Você está na página 1de 5

AQUEST¤O

UDAICA

22 edição

KARL MARX
EM>EDITORA MORAES
ÍNDICE

Págs.
Marx, as Teses do Humanisno e da Alienação 7

A QUESTÃO JUDÁICA 11

I) Bruno Bauer, A Questão Judáica (Die Judenfra- 13


ge). Braunschweig, 1843
II) Capacidade dos atuais Judeus e Cristãos de ser
Livres (Die Fähigkeit der Heutigen Juden und
Christen, frei zu werden), Bruno Bauer 53

APÉNDICES

a) Colocação de Problemas 65
b) Descobertas Críticas sôbre Socialismo, Jurispru.
dência e Politica (nacionalidade) 71
c) Os Anais Franco-Alemães e a Questão Judáica 80

INTRODUÇÃO ÀCRÍTICA DA FILOSOFIA DO


DIREITO DE HEGEL 103
MARX, AS TESES DO HUMAN0SMO
E DA ALIENAÇÃO

Costuma-se dizer que o homem é um ser social, pois


vive en sociedade e recebe suas influencias culturais
específicas, 0 homem, assinalava Mara, é o mundo
dos homens, o Estado, a sociedade". Mas êle também
é um ser histórico, que vive em determinada época e
assimila as idéias que predominam urante o periodo de
sua vida, bem como as que o antecedem pois, ao nascer,
êle se torna herdeiro de todo o patrimônio cultural da
humanidade.
Diante da impossibilidade de desvincular o homem
de seu contecto, é preciso salientar que o hOmem atual
atravessa uma fase de transição histórica, em que todos
0s valôres são questionados, delineando-se Uma perspecti
va de reencontro do homem no homem. Por conseginte,
a inquietação do homem de mossos dias éa inguietação
de uma época de transformações gue se aprofundamn à
medida em que éste toma consciência de seu papel de
ator e diretor a própria ecistência. Por outro lado, o
processo de abertura, diálog0, coloca-se como Uma das
caracteristicas nais importantes de nosso tempo. 0 diá
logo nasce da necessidade de abandonar-se uma atitude
rigida. Nada mais prejudicial e anticientifico do que
a intransigência pela intransigência. A dialética nos
KARL MARX
8
só evolu com a condição de sune.
ensina que a cência
Apreocupação e o reexamne das obras
rar a si mesma. aprofundamento
do jovem Marz refletem, portanto, o
desta tendência.
Segundo Franz Mehring, A Questão Judáica
Hegel.
Introdução à Crítica da Filosofia do Direito de
pela primeira vez traduzidos integralmente em idioma
português, "guardam entre si, apesar da grande dife.
rença de temas, uma enorme afmdade por seu conteú
do'. Para ampliar ainda mais esta noção de conjunto,
de totalidade, traduzimos também todos os tópicos em
que Marz aborda a questo judáica noutro tezto da ju
ventude Sagrada Família, originalmente denomi
nado Crítica da Crítica Crítica, primeiro trabalho que
escreve com aquêle que seria o amigo fiel, o companheiro
colaborador de tôdas as horas, Apesar de ter escrito
apenas umas tantas páginas, o nome de Engels aparece
em primeiro lugar na edicão desta obra polêmica.
Assim, de posse déste instrumental de anáise,
leitor brasileiro poderá tomar contato com as teses do
humanismo e da alienação, neste importante lançamento
da Laemmert, e procurará ler também os
Manuscritos
Econômicos e Filosóficos, editados há algum tempo entre
nós. 0 ezame dos escritos que
de 1844, possibilitará compreendem o periodo
mento de acompanhar a evoeão do peNSA
Mara, cuja
sempre que assim o erigeterminologia sofre alterações
a necessidade de melhor c0
municar as suas idéras, e à constatação da
das bases doutrinárias do formulação
materialismo dialético, Dai
A QUESTÃO JUDAICA

Mare empregar, na Questão Judáica e noutras obras da


mocidade, uma terminologia muito usada naquela época:
a do assim chamado socialisno alemão ou socialismo
verdadeiro'". Alm disso, profundamente irônico, Mare
costumava rdicularizar seus adversários por meio de
complicados trocadilhos em alemão.
E' justamente o encadeamento necessário e con
seqüente de seu pensamento que levaráMara a concluir,
individuo
n°0 Capital, a necessidade de 'substituir o
fragmentado, doloarido, de uma função produtiva de
retalho pelo imdividuo integral". 0 reencontro com a sua
humanidade perdida permitirá ao homem construir
ponte gue o levará do reino da necessidade ao reino da
liberdade.

Você também pode gostar