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I-45-PM

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

INSTRUÇÃO POLICIAL MILITAR

INSTRUÇÕES PARA O FUNCIONAMENTO DOS CENTROS DE EQUOTERAPIA

DA

POLÍCIA MILITAR

2013
I-45-PM

INSTRUÇÃO PARA O FUNCIONAMENTO DOS CENTROS DE EQUOTERAPIA

DA

POLÍCIA MILITAR

1ª edição

Publicada anexo ao Bol G PM 085, de 07MAI13


ESTADO DE SÃO PAULO

SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLíCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

COMANDO GERAL

PORTARIA N° PM1-006/04/13

1. O Comandante Geral da Polícia Militar do Estado de São Paulo, nos termos do artigo 19, I, do
Regulamento Geral da Polícia Militar. aprovado pelo Decreto nO 7.290. de 15 de dezembro de 1975.
aprova as 1-45-PM Instrução para o Funcionamento dos Centros de Equoterapia da Polícia Militar - 1a
edição, autoriza sua publicação anexo ao Boletim Geral PM e sua divulgação pela intranet da Instituição.

2. Estas Instruções entram em vigor na data de sua publicação. revogando-se as disposições em


contrário.

e abril de 2013.

"Nós. Policiais Militares. sob a proteção de Deus, estamos compromissados com a defesa da Vida, da Integridade Física e da Dignidade da Pessoa Humana"
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABREVIATURA / SIGLA SIGNIFICADO POR EXTENSO


ANDE Associação Nacional de Equoterapia
CEO Curso de Especialização de Oficiais
CEP Curso de Especialização de Praças
Cmt Comandante
DGE Diretriz Geral de Ensino
Gp Mon Grupamento Montado
OGC Organização Policial Militar Gestora do Conhecimento
OPM Organização Policial Militar
PM Policial Militar
PMESP Polícia Militar do Estado de São Paulo
RPMon Regimento de Policiamento Montado
SUMÁRIO

CAPÍTULO I - INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 6


Seção I - Da Finalidade e necessidade ................................................................................................. 6
Seção II - Do Emprego do solípede na equoterapia .............................................................................. 6
CAPÍTULO II - DA EQUOTERAPIA........................................................................................................... 6
Seção I - Dos Conceitos ........................................................................................................................ 6
Seção II - Do Profissional de equitação ................................................................................................. 7
Seção III - Do Condutor ......................................................................................................................... 7
Seção IV- Da Doutrina ........................................................................................................................... 7
CAPÍTULO III- DO FUNCIONAMENTO .................................................................................................... 8
CAPÍTULO IV- DA ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES ................................................................................. 8
Seção I- Do Coordenador ...................................................................................................................... 8
Seção II- Das Competências do coordenador ....................................................................................... 8
Seção III- Da Equipe multidisciplinar ...................................................................................................10
Seção IV- Da Documentação ..............................................................................................................10
CAPÍTULO V- DO VOLUNTARIADO ......................................................................................................10
CAPÍTULO VI- DO ATENDIMENTO........................................................................................................11
Seção I- Do Cavalo de equoterapia .....................................................................................................11
Seção II- Da Área de atendimento .......................................................................................................11
Seção III- Das Responsabilidades .......................................................................................................11
Seção IV- Dos Procedimentos durante o atendimento ........................................................................13
Seção V- Dos Procedimentos após o atendimento .............................................................................14
CAPÍTULO VII- DISPOSIÇÕES FINAIS ..................................................................................................15
Anexo I - Planilha de avaliação do cavalo de equoterapia .........................................................................16
Anexo II - Planilha de avaliação da área destinada a equoterapia .............................................................19
Anexo III - Relatório Anual ..........................................................................................................................20
Anexo IV - Planilha de Evolução Diária ......................................................................................................23
Anexo V - Modelos de documentos ............................................................................................................24
ÍNDICE REMISSIVO ...................................................................................................................................30
INSTRUÇÃO PARA O FUNCIONAMENTO DOS CENTROS DE EQUOTERAPIA DA POLÍCIA MILITAR

CAPÍTULO I -

INTRODUÇÃO
Seção I -

Da Finalidade e necessidade
Artigo 1º - As Instruções para o funcionamento dos Centros de Equoterapia têm por finalidade:
I - trazer uniformidade na conduta a ser seguida pela equipe multidisciplinar, principalmente no que
tange ao emprego do cavalo, quando em atividades de equoterapia desenvolvidas nos quartéis da
Polícia Militar do Estado de São Paulo (PMESP), em Organização Policial Militar (OPM) subordinadas ao
Regimento de Policiamento Montado (RPMon) ou não, sejam estas atividades de cunho exclusivamente
filantrópico ou fruto de cooperações, convênios ou outros acordos celebrados com Associações,
Instituições de Ensino e outros;
II - estabelecer critérios técnico-científicos para o emprego e adestramento dos solípedes patrimônios
da PMESP, nestas atividades;
III - ampliar o treinamento dos policiais militares envolvidos nesta atividade, consoante o inciso III do
art.7.º, da Diretriz Geral de Ensino (DGE), visando à capacitação em novas técnicas e a atualização de
conhecimentos e habilidades.

Artigo 2º - A centralização do treinamento e doutrina facilita a gestão dos centros de equoterapia no


Estado de São Paulo, haja vista a escassez de normatização em âmbito interno da Instituição que
preencha esta lacuna.

Artigo 3º - Com a criação de novos Grupamentos Montados (Gp Mon), o presente documento
assessora os Cmt OPM quanto à implantação e funcionamento de novos centros de equoterapia,
resguardados os aspectos técnicos e legais.
§ 1º - O RPMon é a única OPM gestora do conhecimento (OGC) nesta área e, no uso de suas
atribuições legais, tem competência para orientar os demais coordenadores dos centros de equoterapia.
§ 2º - Ao encontro do Manual de Padronização da PMESP (M-13-PM), ressalvados os diagnósticos e
tratamentos para cada praticante, a padronização para as atividades de equoterapia, principalmente na
gestão dos centros e treinamento/manejo dos cavalos traz níveis desejáveis de segurança, qualidade e
minimização dos riscos.

Seção II -

Do Emprego do solípede na equoterapia


Artigo 4º - São critérios para o emprego dos semoventes na equoterapia:
I - o RPMon é a OGC no que tange ao emprego do cavalo na Instituição, papel do profissional de
equitação consoante art. 27, inciso I da DGE, em todas aplicações nas quais o semovente se faça útil;
II - a PMESP, por meio do art.2º c.c. o inciso VI, do art.3º das Instruções para a Remonta de Equinos
para a Polícia Militar (I-37-PM) estabeleceu normas para o adestramento de equinos, cuja
responsabilidade é do RPMon;
III - a NI Nº PM3-001/02/04, que trata da descentralização do Policiamento Montado e Canil, elencou
como responsabilidades do RPMon as orientações técnicas e adestramento dos cavalos para o serviço
policial-militar.

CAPÍTULO II -

DA EQUOTERAPIA
Seção I -

Dos Conceitos
Artigo 5º - A equoterapia é conceituada por alguns autores como abaixo apresentado:
I - um método terapêutico e educacional que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem
interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial

-6-
de pessoas com deficiência e necessidades especiais. Ela emprega o cavalo como agente promotor de
ganhos físicos, psicológicos e educacionais. Praticante de equoterapia é o termo utilizado para designar
a pessoa com deficiência ou com necessidades especiais quando em atividades equoterápicas
1
(Associação Nacional de Equoterapia – ANDE/ Brasil).
II - um método terapêutico, holístico, que utiliza os recursos fornecidos pelo cavalo, dentro de uma
abordagem interdisciplinar, montado ou não, buscando um desenvolvimento biopsicossocial do
indivíduo. Habilita, reabilita, previne e educa o praticante de forma global (Gabriele Brigite Walter,
representante da Federação Equestre Internacional no paradesporto equestre, América Latina)
III - atividades equestres assistidas com o propósito de contribuir positivamente para o bem-estar
2
cognitivo, físico, emocional e social de pessoas com deficiência .
IV - um excelente método para que se continue a estimulação do aparelho do equilíbrio, por exemplo,
devido a seu movimento rítmico, que é transmitido pela andadura do cavalo a seu cavaleiro e que
3
constantemente lhe exige novos ajustes posturais para que se continue montado .

Seção II -

Do Profissional de equitação
Artigo 6º - O profissional de equitação é o policial militar possuidor do Curso de Especialização de
Oficiais (CEP) ou Curso de Especialização de Praças (CEO) – Tropa Montada e do Curso Básico de
Equoterapia, cuja responsabilidade é:
I - promover o adestramento dos animais para a equoterapia;
II - manter as condições físicas e psicológicas do plantel, assegurando que o manejo é o mais
adequado para a atividade;
III - promover o treinamento de toda a equipe, assegurando que todos os profissionais envolvidos
saibam do comportamento equino e dos princípios básicos da equitação, requisito indispensável para a
manutenção da segurança na equoterapia.

Seção III -

Do Condutor
4
Artigo 7º - O condutor é o profissional responsável por conduzir o cavalo durante as sessões.
§ 1º - O profissional de equitação, pelo seu conhecimento, habilidade e atitude, pode desempenhar
também este papel, no entanto o condutor não deve desempenhar o papel do profissional de equitação.
§ 2º - O profissional de equitação deve orientar os condutores sobre a maneira correta de conduzir o
animal durante as sessões.

Seção IV -

Da Doutrina
Artigo 8º - Paralelamente à vasta doutrina publicada na Europa e América do Norte, o RPMon toma
por base a doutrina da Associação Nacional de Equoterapia (ANDE - Brasil), sendo a equoterapia
instituída na PMESP pelo Boletim Geral 210/92, seguindo a doutrina de equitação clássica.
§ 1º - O RPMon segue a doutrina de que, no atendimento de equoterapia, o cavalo é o mais
importante, os materiais pedagógicos serão úteis à medida em que não prejudicarem o animal e tudo o
que ele contribui no movimento tridimensional e no desenvolvimento biopsicossocial do indivíduo.
§ 2º - O movimento e percepção trazidos ao praticante não podem ser reproduzidos em outro lugar
senão sob o dorso do equino, portanto o planejamento realizado pela equipe multidisciplinar deve atentar
para não subutilizar o cavalo e seu meio ambiente.

1
Anais do V Congresso Ibero-americano de Equoterapia em João Pessoa, PB. 28 a 30Set. 2011
2
Disponível em http://www.narha.org/resources-education/resources/eaat/198-learn-about-therapeutic-riding, acesso em
9Mai11
3
MARTINEZ, S.L. Fisioterapia na equoterapia. Ideias e letras, São Paulo, SP. 2005
4
Ou axiliar-guia, segundo definição da ANDE

-7-
CAPÍTULO III -

DO FUNCIONAMENTO
Artigo 9º - o RPMon e demais centros de equoterapia da PMESP deverão pautar-se em
conhecimentos técnico-científicos e bibliografia atualizada sobre equitação e adestramento do cavalo
para a equoterapia.

Artigo 10 - Todas as OPM que gerirem um centro de equoterapia, considerando que a PMESP se faz
presente em todos os municípios do Estado de São Paulo, deverão adotar o nome “Centro de
Equoterapia do(a) ....(nome da OPM)”.
Parágrafo único - O RPMon usará a denominação “Centro de Equoterapia do RPMon”.

Artigo 11 - Os centros de equoterapia devem filiar-se à ANDE – Brasil, enviando nomes/funções dos
profissionais que compõem a equipe multidisciplinar.

Artigo 12 - Com a finalidade de gerir o conhecimento nesta área, promover o treinamento que lhe
cabe por força de Lei, e representar a PMESP nos assuntos atinentes ao emprego do cavalo na
equoterapia, os centros de equoterapia deverão enviar ao RPMon relatório anual com os seguintes
dados (anexo III):
I - pesquisas e/ou trabalhos científicos realizados, publicados ou não;
II - cavalos utilizados na equoterapia, carga horária semanal, problemas enfrentados e treinamentos
empregados;
III - cursos realizados fora da PMESP, pelos PM integrantes do centro de equoterapia (nesta área do
conhecimento); e
IV - nome de todos os profissionais e Instituições envolvidos na atividade.

Artigo 13 - O uso do solípede para a atividade de equoterapia seguirá o disposto neste Manual e
legislação específica.
Parágrafo único - Tendo em vista a necessidade de segurança e que os praticantes se encontram
sob responsabilidade da equipe multidisciplinar durante o atendimento, a carga horária do semovente
empregado na equoterapia deverá ser planejada por um PM profissional de equitação com o curso
básico de equoterapia.

CAPÍTULO IV -

DA ESTRUTURA E ATRIBUIÇÕES
Seção I -

Do Coordenador
Artigo 14 - O coordenador do centro de equoterapia será preferencialmente Oficial ou Sargento,
obrigatoriamente possuidores do CEP – Tropa Montada e do curso básico de equoterapia.
I - o coordenador PM poderá indicar um profissional de saúde, educação para ser o coordenador
técnico e responder complementarmente pelo planejamento e desenvolvimento das sessões.

Seção II -

Das Competências do coordenador


Artigo 15 - São competências do coordenador:
I - em conjunto com a equipe multidisciplinar e efetivo do Gp Mon, planejar as sessões, incluindo a
carga horária dos solípedes;

II - em conjunto com o efetivo do Gp Mon, realizar o adestramento dos cavalos, adaptação à atividade
e/ou materiais diversos como: rampa de embarque, cadeira de rodas, próteses, barulhos, mantas e selas
específicas de equoterapia;
III - em conjunto com o efetivo do Gp Mon, classificar determinado semovente como apto ou inapto
para a terapia, lembrando que o risco de queda para pessoa com deficiência é bem maior do que para

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uma pessoa saudável, sem deficiência ou mobilidade reduzida, devendo ser seguidas as orientações
constantes no Anexo I;
IV - em conjunto com a equipe multidisciplinar e efetivo do Gp P Mon, classificar o picadeiro e/ou
área para as atividades como adequada ou inadequada, devendo ser seguidas as orientações
constantes no anexo II;
V - em conjunto com a equipe multidisciplinar, elaborar a divisão das equipes para o atendimento e o
remanejamento conforme necessidade do praticante, cavalo ou da OPM;
VI - o treinamento da equipe multidisciplinar para o manejo e conhecimento do solípede, para que se
portem de maneira segura no set terapêutico em que o cavalo é presença constante, inclui:
a) retirada de emergência do praticante;
b) montagem e desmontagem;
c) aproximação do praticante ao cavalo;
d) uso dos equipamentos de montaria;
e) comportamento equino;
f) equitação.
VII - em conjunto com o Cmt da OPM e Instituições envolvidas, autorizar ou não, a realização de
trabalhos científicos com os dados dos praticantes, lembrando da legislação que trata da pesquisa
científica e outros aspectos como Aprovação pelo Comitê de Ética, termo de consentimento e livre
esclarecido, sendo para isso necessário observar que:
a) os trabalhos publicados deverão obrigatoriamente constar o nome do coordenador do centro de
equoterapia e o nome do comandante da OPM, além do nome do Batalhão e animais utilizados;
b) quando houver a publicação de dados ou imagens dos praticantes, o coordenador e os integrantes
da equipe que realizam a pesquisa deverão seguir a legislação específica.
VIII - supervisionar a conservação dos equipamentos utilizados e providenciar a sua compra e/ou
reposição;
IX - coordenar o treinamento dos voluntários e/ou novos integrantes da equipe multidisciplinar,
principalmente no que se refere à adaptação ao equino;
X - fornecer o certificado de participação aos integrantes da equipe que tiveram a frequência mínima
de 75 %;
XI - em conjunto com o Cmt da OPM, apresentar um policial militar (PM) integrante da equipe
multidisciplinar para os treinamentos/encontros técnico-científicos de equoterapia ou dos Comandantes
de grupamento montado, organizados pelo RPMon;
XII - em conjunto com o Cmt da OPM, apresentar um PM para acompanhar as sessões de
Equoterapia, somente durante os horários de atendimento.
§ 1º - A carga horária dos solípedes será limitada, conforme abaixo exposto:
1. nenhum animal poderá trabalhar mais do que 3h30min por dia (respeitado o intervalo de 15
minutos entre as sessões);
2. o cavalo não poderá trabalhar mais do que 6h por dia (respeitando o intervalo de 15 minutos entre
as sessões) que é a carga horária máxima dos cavalos patrimônios da PMESP;
3. nenhum cavalo poderá permanecer em atividade mais do que 30 minutos;
4. havendo sessões em dois dias consecutivos, o próximo dia será obrigatoriamente de descanso ou
treinamento;
5. havendo montaria dupla:
a) o cavalo destinado para montaria dupla deverá realizar somente duas montarias duplas por dia,
sendo estas sessões intercaladas por no mínimo uma montaria de um praticante somente;
b) o terapeuta que realizar a montaria dupla deverá possuir um nível mínimo de equitação.
§ 2º - os condutores durante o atendimento serão preferencialmente PM com especialização em tropa
montada e equoterapia, não havendo tal profissional, outro membro da equipe multidisciplinar poderá
conduzir o animal, comprovada sua capacitação técnica.

-9-
XIII - em conjunto com a equipe que atende determinado praticante, cientificar os pais ou
responsáveis, por escrito, dos motivos do desligamento do praticante, salvo quando se tratar de alta, que
também deverá constar em registro próprio.

Seção III-

Da Equipe multidisciplinar
Artigo 16 - A equipe multidisciplinar terá a composição mínima de:
I - um fisioterapeuta;
II - um psicólogo;
III - um profissional de equitação.

Artigo 17 - A composição da equipe multidisciplinar deverá se adequar ao caso de cada praticante,


portanto o psicólogo poderá ser substituído por um professor de educação física ou pedagogo, se a
terapia assim o exigir.
Parágrafo único - Sendo uma equipe multiprofissional de atuação interdisciplinar, a fim de oferecer
um tratamento mais individual possível, deve-se buscar o maior número de profissionais das áreas da
saúde, equitação e educação.

Artigo 18 - A equipe é responsável pelas seguintes atividades:


I - triagem de praticantes, atestando os indicados ou contraindicados para a terapia, ainda que o
motivo que o contraindicou seja temporário;
II - acompanhamento, avaliação e tratamento, com o competente cadastramento e registro de caso.

Seção IV -

Da Documentação
Artigo 19 - Para a realização da atividade, o coordenador deverá preencher, para cada praticante, o
Termo de Consentimento e Livre Esclarecido e o Termo de Responsabilidade, conforme constante no
Anexo V destas Instruções.

Artigo 20 - O modelo que trata da aptidão do cavalo para a equoterapia será instrumento de avaliação
obrigatória (anexo I)

CAPÍTULO V -

DO VOLUNTARIADO
Artigo 21 - Qualquer pessoa pode ser voluntária e integrar a equipe multidisciplinar, no entanto os
profissionais da saúde e educação terão prioridade, em virtude do conhecimento técnico.

Artigo 22 - Na composição de uma equipe multidisciplinar, um dos profissionais que atendem o


praticante obrigatoriamente deverá ser um graduado ou um estagiário da área da saúde, educação ou
equitação.

Artigo 23 - Para compor a equipe multidisciplinar, o voluntário deverá:


I - aceitar o Termo de Voluntariado, assinado em conjunto com o coordenador do centro de
equoterapia, ao encontro da Lei N.º 9608/98 (Lei que regula o serviço voluntário);
II - obter uma frequência mínima de 75%, salvo as faltas justificadas;
III - ser classificado na equipe multidisciplinar conforme divisão do coordenador do centro de
equoterapia;
IV - frequentar um treinamento mínimo para que possa integrar a equipe multidisciplinar, a saber:
a) leitura da Seção Das Responsabilidades, da presente instrução;
b) acompanhamento de 4 (quatro) sessões como observador;
c) avaliação prática com os coordenadores do centro de equoterapia.
V - cumprir as missões para as quais foi designado e seguir as orientações do coordenador.

- 10 -
CAPÍTULO VI -

DO ATENDIMENTO
Seção I -

Do Cavalo de equoterapia
Artigo 24 - Qualquer atividade com o uso do cavalo é uma atividade de risco. O respeito às regras de
segurança e o pleno conhecimento da área e equipamentos de trabalho minimizarão esses riscos,
tornando a atividade segura.

Artigo 25 - Uma conduta segura no trabalho com o cavalo de equoterapia envolve inúmeras ações,
sendo elas:
I - evite gestos bruscos e mantenha-se calmo para que o animal não se assuste; embora os cavalos
empregados na terapia sejam extremamente mansos podem reagir proporcionalmente às atitudes que
os tomem de surpresa;
II - mantenha-se calmo ao trabalhar com o cavalo, o barulho ou movimento excessivo, fora de seu
cotidiano, certamente irá deixá-lo menos atento ao trabalho;
III - dirija-se ao animal sempre devagar, andando, nunca correndo;
IV - mostre-lhe o que você deseja fazer, avise-o antes. Aproxime-se lateralmente, seguindo a linha
dos ombros do animal. Mostre ao cavalo, pelo toque, voz ou pelo contato visual onde exatamente você
está;
V - o cavalo, na maior parte de suas condutas, irá se comportar seguindo seu instinto.

Artigo 26 - Sane suas dúvidas com o condutor e profissional de equitação, no que tange ao manejo
ou trabalho do cavalo. Lembremo-nos que o trabalho da equipe é interdisciplinar e depende da
congruência das disciplinas envolvidas, tudo isso em prol do praticante.

Seção II -

Da Área de atendimento
Artigo 27 - No picadeiro devem permanecer somente os integrantes das equipes que estiverem em
atendimento ou pessoas autorizadas pelos coordenadores.

Artigo 28 - Não use o celular. Havendo necessidade, avise o outro terapeuta que precisa atendê-lo
em caráter emergencial a fim de que a equipe se prepare para a substituição.
Parágrafo único - Devido à posição em que se encontram, por vezes, os laterais não conseguem se
enxergar, portanto avise o outro terapeuta ou auxiliar de qualquer mudança que precise fazer (alto,
ajuste no praticante, reações do cavalo).

Seção III -

Das Responsabilidades
Artigo 29 - É responsabilidade de todos, em qualquer momento:
I - zelar sempre pela segurança do praticante, da equipe e do cavalo;
II - estar em condições nos horários estabelecidos;
III - avisar da impossibilidade de comparecimento;
IV - conhecer os animais e equipamentos à disposição;
V - conhecer os procedimentos de emergência, quem acionar e onde se encontram os materiais de
primeiros socorros;
VI - conhecer as funções dos outros membros da equipe multidisciplinar;
VII - conhecer das técnicas empregadas e dos meios à sua disposição;

Artigo 30 - É responsabilidade de todos os integrantes da equipe:


I - verificar as condições de saúde do praticante antes do início da sessão, impedindo quando
necessário o início da terapia;

- 11 -
II - verificar se o equipamento segue o planejamento para aquele praticante e realizar o ajuste
individual; podendo o coordenador do centro de equoterapia, em conjunto com o coordenador técnico,
autorizar alterações, devendo constar-se na Planilha de evolução diária, constante no Anexo VI;
III - desobstruir a área de embarque/desembarque;
IV - verificar se a pista ou área onde será realizado o atendimento está em condições;
V - manterem-se em condições de uma retirada de emergência;
VI - observar quanto ao uso de uniforme ou vestimentas adequadas para a terapia, com a
identificação clara de quem pertence à equipe, ajudando os presentes a dirigirem-se em caso de dúvidas
ou emergências;
VII - zelar pela segurança da própria equipe, cavalos e praticantes (por ex. evitando aglomerações
em volta do animal, barulhos, etc);
VIII - seguir as orientações do profissional de equitação e do condutor quanto ao uso de materiais
pedagógicos;
IX - quando ocorrerem substituições ou chegada de novos integrantes, partilhar dos objetivos gerais e
específicos do praticante, conduta adotada, etc (por ex. o PM que conduzia o cavalo não pode vir e
portanto o coordenador do centro de equoterapia enviou um outro PM habilitado para integrar a equipe,
contudo este PM não conhece o praticante, talvez não conheça a equipe. Deve ser orientado sobre:
patologia do praticante, passo do cavalo, figuras, materiais pedagógicos, etc);
X - o fiel cumprimento dos horários e do planejamento, em respeito aos praticantes e demais
membros da equipe multidisciplinar e da OPM;
XI - avisar com antecedência ao condutor a necessidade de troca de equipamentos ou cavalo.

Artigo 31 - É de responsabilidade do terapeuta referência ou que realiza o atendimento:


I - a conferência da evolução diária, para casos em que tenha se ausentado da terapia;
II - o contato com os pais ou responsáveis a fim de esclarecer dúvidas do estado de saúde do
praticante no dia;
III - a propositura de mudanças no planejamento, tendo em vista os objetivos gerais e específicos
definidos com a equipe multidisciplinar;
IV - as solicitações ao condutor ou profissional de equitação para a mudança equipamentos etc, uma
vez autorizado pelos coordenadores do centro de equoterapia;
V - a interrupção da terapia, a qualquer tempo por motivo que coloque em risco a segurança da
equipe, do praticante ou do cavalo (por ex. praticante que agride a equipe ou o animal);
VI - a utilização ou não do capacete para determinados praticantes, para tal lavrar documentação
própria (seguir orientações do anexo VII);
VII - usar o capacete quando realizar a montaria dupla, sendo que:
a) deve estar acompanhado de dois laterais (que em uma emergência cuidarão de retirar primeiro o
praticante);
b) deve primeiro montar e só após montar o praticante, jamais montar com o praticante no colo.

Artigo 32 - É de responsabilidade do terapeuta mediador ou voluntário:


I - acompanhar o terapeuta referência ou mediador em todas as atividades;
II - acompanhar o praticante e sua evolução para que, na falta do terapeuta referência, esteja em
condições de substituí-lo;
III - acompanhar o processo de embarque (montar no cavalo), mesmo que não atue diretamente
nesta etapa;
IV - aguardar orientação do terapeuta referência para procedimentos que não tenha competência ou
autorização para desenvolver sozinho (por ex. colocar o praticante a cavalo);

- 12 -
Artigo 33 - É de responsabilidade do condutor, supervisionado pelo profissional de equitação e
5
veterinário, quando necessário :
I - verificar o estado físico e psicológico do cavalo, atestando-o em condições para a terapia,
incluindo:
a) o fiel cumprimento da carga horária;
b) o uso dos equipamentos adequados, não devendo criar improvisos;
c) o aquecimento do cavalo para a sessão.
II - checar todo o equipamento e seu ajuste (bridão, guia, manta, sela, estribos, etc);
III - determinar o momento em que o cavalo está em condições de iniciar o processo de desmontar o
praticante (transferência);
IV - determinar o local em que tal procedimento será realizado (por ex. casos de chuva em que não
haja área coberta, ou praticantes que não necessitem da plataforma ou similar);
V - orientar a equipe, quando em substituição de cavalo, das condições físicas, comportamentais do
animal que será utilizado podendo inclusive indeferir a utilização do semovente (por ex. incompatibilidade
de peso).
VI - checar as condições do solo e, quando em área aberta, atentar para situações que possam por o
animal em risco ou assustá-lo;
VII - atender as solicitações da equipe no que se refere a materiais e outros e na impossibilidade do
atendimento, avisar com antecedência e propor alternativas;
VIII - avisar com antecedência à equipe, a necessidade de troca de equipamentos ou cavalo;
IX - acompanhar a evolução diária e inteirar-se do planejamento e objetivos, especialmente quando
integrar uma nova equipe;
X - adestrar os cavalos e manter o treinamento dos animais já em condição, preocupando-se em
manter no centro de equoterapia ao menos um cavalo reserva, mesmo que em condições não ideais,
este solípede seja mantido no policiamento;
XI - planejar para que os cavalos da equoterapia cumpram o treinamento mínimo, situação que trará
segurança a toda equipe, pois o fruto de um treinamento e manejo adequado é um cavalo mais
preparado físico e psicologicamente, menos suscetível a reações e lesões;
XII - zelar para que, nas sessões com montaria dupla, o dorso do animal seja preservado com a
utilização de manta que seja ampla o suficiente para montarem terapeuta e praticante;
XIII - utilizar o bridão adequado, dentre outros equipamentos, os quais devem já ter sido testados
tanto para as atividades a cavalo, quanto conduzindo o cavalo.
§ 1º - Cumpridos estes requisitos, sem trazer prejuízo ao treinamento e manejo do semovente, o
profissional de equitação, junto com o coordenador, poderá propor plano de trabalho em que o solípede
destinado ao centro de equoterapia efetue em situações especiais o policiamento montado;
§ 2º - Qualquer cavalo da equoterapia realiza o policiamento montado, no entanto nem todo animal do
policiamento está em condições de realizar a equoterapia, sob pena de colocarmos em risco o praticante
e a própria imagem da PMESP.

Seção IV -

Dos Procedimentos durante o atendimento


Artigo 34 - São procedimentos de responsabilidade de todos os integrantes da equipe:
I - zelar pela segurança do praticante, da equipe e do cavalo, sendo que, na observância de qualquer
risco iminente a qualquer uma destas pessoas ou ao animal, a terapia deve ser interrompida;
II - manterem-se atentos também ao meio ambiente, prevendo possíveis circunstâncias que
representem risco à segurança, seja pelo seu potencial em assustar ou ferir o praticante, equipe ou
cavalo, seja por interferirem na terapia diminuindo ou neutralizando os aspectos positivos da
equoterapia;

5
Veterinário entende-se Oficial Médico Veterinário ou praça Enfermeiro Veterinário.
- 13 -
III - lembrar-se que nossa conduta pode ser observada in loco ou trazida ao conhecimento dos pais,
familiares, escola pelo próprio praticante.

Artigo 35 - Devem ser observados os seguintes procedimentos quanto à retirada ou não do


praticante:
I - quando o risco surgir em razão do comportamento do animal (por exemplo, o cavalo que se
assusta com a queda de uma árvore próxima a ele), a retirada do praticante será executada pela equipe
sob comando do condutor;
II - quando o risco surgir em razão do comportamento ou condição de saúde do praticante (por ex. o
praticante que convulsiona ou que por seu comportamento fere ou possa vir a ferir a equipe), a retirada
será determinada pelo terapeuta referência, sendo imprescindível avisar toda a equipe do procedimento;
III - quando o risco surgir em razão do comportamento ou condição de saúde de algum integrante da
equipe multidisciplinar (por ex. o terapeuta que passa mal durante a terapia ou que se mostre ausente, e
que possa colocar em risco o tratamento):
a) o próprio integrante requer ao terapeuta referência a interrupção da terapia e a sua substituição;
b) o terapeuta referência ou o condutor determinam ao profissional que se retire da terapia ou que
seja substituído.
§ 1º - O condutor, devido ao seu grau de conhecimento de equitação e manejo dos solípedes, por
conhecer também o comportamento daquele cavalo especificamente, pode dizer da classificação do
risco e do melhor momento e posição do animal para a execução da retirada.
§ 2º - A retirada do praticante em momento inoportuno ou sem o comando do condutor, sem que este
seja prepare o cavalo para a execução da ação, pode por em risco toda a equipe, trata-se de um
tratamento de saúde, portanto não há improvisos.

Artigo 36 - O terapeuta referência deve observar os seguintes procedimentos:


I - a obrigatoriedade de dois laterais quando em montaria dupla, podendo estes laterais ser
mediadores, referências de outros praticantes ou voluntários;
II - fazer cumprir o planejado para a sessão, anotando na evolução diária os motivos que o impediram
de fazer;
III - as solicitações ao condutor sobre trajeto, andadura, etc;
IV - a orientação e esclarecimentos aos pais.

Artigo 37 - são procedimentos que devem ser seguidos pelo condutor:


I - manter-se atento ao cavalo, pois, no momento em que dirige seu olhar para o praticante, perde
parte da atenção que tinha no cavalo;
II - manter-se atento aos outros animais e objetos que o circundam, partilhando do objetivo de prever
possíveis circunstâncias que representem risco à segurança, seja pelo seu potencial em assustar ou ferir
o praticante, equipe ou cavalo, seja por interferirem na terapia diminuindo ou neutralizando os aspectos
positivos da equoterapia;
III - determinar à equipe a retirada de emergência, quando identificar que pela ação desencadeada,
não há mais maneiras de manter o praticante a cavalo em condição de segurança, ainda que cessado o
motivo da situação de risco, ateste o animal seguro para reiniciar a terapia.

Seção V -

Dos Procedimentos após o atendimento


Artigo 38 - Após o atendimento, deverão ser observados por toda a equipe os seguintes
procedimentos:
I - zelar pela segurança do praticante, da equipe e do cavalo, pois o ato de montar e desmontar o
praticante do cavalo são momentos que inspiram muito cuidados, haja vista:
a) o número de pessoas próximas ao animal;
b) a condição de desequilíbrio do praticante e a necessidade de ajuda para sair da sela ou manta e
firmar-se ao solo ou em cadeira de rodas, bengalas, etc;

- 14 -
c) a obrigatoriedade de o cavalo manter-se imóvel e junto à rampa, plataforma, elevador ou similar,
portanto cada movimento do animal desequilibra o praticante e exige maior esforço de todos envolvidos.

Artigo 39 - O condutor deve realizar, após o atendimento, os seguintes procedimentos:


I - determinar o momento em que o cavalo está em condições de iniciar o processo de desmontar o
praticante (transferência);
II - preparar o cavalo para a próxima sessão, incluindo:
a) o descanso de 15 minutos com a cilha frouxa;
b) o fornecimento de água;
c) a estabulagem do cavalo em local seguro e calmo (quando os cavalos permanecerem na área da
terapia, assegurar que não sejam incomodados);
d) a substituição por outro equipamento, quando requisitado pelo terapeuta referência;
e) assegurar-se que o cavalo já utilizou aquele equipamento e que está plenamente adaptado (anexo
II).

Artigo 40 - É de responsabilidade do terapeuta referência após o atendimento:


I - acompanhar o praticante até que esteja em condição de segurança junto aos seus pais ou
responsáveis;
II - observar para que, se a alimentação ou manejo com os animais for realizada, como parte do
planejamento ou não, o praticante jamais poderá dirigir-se às baias ou a qualquer cavalo sozinho ou
acompanhado de qualquer outra pessoa que não seja da integrante da equipe multidisciplinar.
III - realizar a evolução diária do praticante;
IV - prestar esclarecimentos aos pais ou responsáveis sobre assuntos atinentes à terapia;
V - quando o terapeuta referência não for policial militar, encaminhar as dúvidas e solicitações que
envolvam a Instituição ao Coordenador do Centro de Equoterapia;
VI - solicitar ao condutor a troca de equipamentos;
VII - checar se o cavalo e equipamentos para a próxima sessão estão em condições, caso contrário,
realizar as substituições, uma vez cientes os coordenadores e condutor.

CAPÍTULO VII -

DISPOSIÇÕES FINAIS
Artigo 41 - O RPmon organizará anualmente ETC com a finalidade de disseminar a padronização das
presentes Instruções.
§ 1º - Quando da realização de Cursos, seminários ou palestras sobre o tema em outra OPM, o
RPMon deverá ser cientificado.
§ 2º - Para as atividades de ensino, recomenda-se a participação de pelo menos dois representantes
de cada centro de equoterapia, preferencialmente o coordenador efetivo e o eventual.

- 15 -
Anexo I - Planilha de avaliação do cavalo de equoterapia

Parte A – Comportamento
no quadro à direita, assinale 0 – indesejável
1 – insuficiente
2 – bom
3 – excelente

Pode ser conduzido por qualquer profissional habilitado (não inclui a


1 condução durante a terapia)
Permanece parado durante a alimentação, escovação e encilhamento, sejam
Manuseio

2 realizados pela equipe ou pelo praticante


Responde adequadamente, de modo seguro, às ajudas do condutor ou do
3 praticante, quando este último seguir o planejamento da equipe
Comporta-se adequadamente, de modo seguro, nos trabalhos em diferentes
4 terrenos ou área destinada para a terapia
Comporta-se adequadamente, de modo seguro, com um grande número de
5 pessoas a sua volta, bem como com a presença de outros animais ou
equipamentos como cadeira de rodas, andadores, etc
Dessensibilização

Comporta-se adequadamente, de modo seguro, com a presença de dois


6 profissionais servindo como laterais durante a terapia
Comporta-se adequadamente, de modo seguro, com interferências do
7 praticante como gritos, sentar-se na garupa, jogar-se para um lado ou para o
outro, agarrar a crina do animal ou bater as pernas contra o flanco
Comporta-se adequadamente, de modo seguro, com o uso de equipamentos
8 específicos de equoterapia ou ainda, com o uso de materiais pedagógicos

Orientação
Pontuação: mínima - 16 / máxima - 24
Nenhum dos quesitos menos que 2, tendo em vista envolver segurança da equipe e do praticante

- 16 -
Parte B – Condicionamento físico

Trabalha ao passo na guia, com facilidade em ambos os lados (5 min)


1
Trabalho à guia

Trabalha ao trote na guia, com facilidade em ambos os lados (5 min)


2
Trabalha ao galope na guia, com facilidade em ambos os lados (2 min)
3
Responde adequadamente aos comandos de voz (transição, partida, alto)
4
É conduzido com facilidade pelo bridão, em ambos os lados
5
Durante a terapia, faz o alto e conserva-se parado
6
Condução

Não toma a frente do condutor ou “se atravessa” quando é conduzido pelo


7 lado direito ou esquerdo
Pode ser conduzido lateralmente ou à guia (com o condutor ao centro)
8
Realiza adequadamente, de modo seguro, transições (passo médio para
9 passo livre, passo reunido, etc)
Realiza adequadamente, de modo seguro, passo, trote e galope nas duas
10 mãos
Trabalho montado

Realiza adequadamente, de modo seguro, transições de trote - passo, trote


11 – alto, galope – passo, passo – alto
Realiza ao passo, exercícios de duas pistas como garupa para fora, cessão
12 à perna e espádua a dentro
Trabalha adequadamente com o uso de bridão de argola, ou chantilly
13

Orientação
Pontuação: mínima - 26 / máxima – 39
Nenhum dos quesitos menos que 2, tendo em vista envolver segurança da equipe e do praticante

- 17 -
Parte C – Requisitos
Assinale S (sim) ou N (não)

Idade Mínima de 5 anos


1
Sem histórico de doença que tenha comprometido o aparelho locomotor ou
2 o comportamento
Perfil

Ser castrado
3
Ter trabalhado ao menos 6 meses na atividade operacional, ainda que
4 neste período estivesse sendo treinado para a equoterapia
Ser digno de confiança e obediente
5
Dócil, de temperamento calmo
Comportamento

6
Corajoso, não se assusta facilmente
7
De fácil socialização com outros animais e com o ser humano
8
Tem seu convívio social com outros indivíduos da mesma espécie
9
Livre de fome, sede, dor, medo e desenvolvendo atividade que seja
10 compatível com sua capacidade física e psicológica
É exigido consoante seu treinamento, isto é, seguindo a mesma escola das
Durante a terapia

11 ajudas
Carrega peso compatível e desenvolve carga horária estabelecido neste
12 Manual, ou o adequado para sua condição
Cumpre obrigatoriamente um dia de descanso e um dia de treinamento
13 (fora dos dias de equoterapia)

Orientação
Para ser classificado na equoterapia, o animal deve cumprir todos estes requisitos.

- 18 -
Anexo II - Planilha de avaliação da área destinada a equoterapia

Parte A – Pista, picadeiro ou área da terapia


no quadro à direita, assinale 0 – indesejável
1 – insuficiente
2 – bom
3 – excelente

É adequado ao trabalho desejado?


1
Oferece segurança ao deslocamento do cavalo e da equipe?
2
Terreno

Está o mais livre possível de interferências que possam assustar o cavalo ou


3 por em risco a terapia como veículos, outros animais que possam aproximar-
se do cavalo?*
É de fácil acesso para a realização de um resgate de qualquer um dos
4 envolvidos (humanos e animais)?
Ao menos um dos integrantes do centro de equoterapia tem noções de
5 primeiro socorros?
Existe um telefone de fácil acesso, fácil visualização para o acionamento de
Segurança

6 uma equipe de resgate?


A documentação dos praticantes está em área de fácil acesso e conhecida
7 por todos da equipe?
Existe um veterinário à disposição, ou de plantão, que possa ser acionado
8 em caso de emergência?

* o trabalho em área aberta é permitido e adequado quando tomadas as medidas de segurança


Orientação
Pontuação: mínima - 16 / máxima – 24
Nenhum dos quesitos menos que 2, tendo em vista envolver segurança da equipe e do praticante

- 19 -
Anexo III - Relatório Anual

Parte A – Pesquisas e/ou trabalhos científicos realizados

Cite o tema, profissionais envolvidos, instituições envolvidas, dificuldades encontradas e outras informações
que julgar relevantes

1
Publicados

5
Não-publicados

- 20 -
Parte B – Cavalos utilizados na equoterapia

B1 - Número / Idade

B2 - Comportamento

B3 – Andaduras

B4 – Problemas apresentados / correção empregada

B5 – Atividade semanal desenvolvida


Seg

Ter

Qua

Qui

Sex

Sab

Dom

- 21 -
Parte C – Profissionais e instituições envolvidos

C1 – Nome do profissional (locais em que trabalha) ou da Instituição

C2 – Formação, experiência anterior, cursos realizados (se Instituição, principais


atividades desenvolvidas)

C3 – Contatos (somente email e telefone)

- 22 -
Anexo IV - Planilha de Evolução Diária

Nome do
Praticante/
idade
Diagnóstico ou hipótese de diagnóstico

Objetivos neste campo devem ser descritos os objetivos de maneira


global, não somente para determinada sessão. Se necessário,
dividir entre objetivo geral e específico, ou ainda, planejamentos
semestrais.
Conduta constar quais técnicas deverão ser empregadas e conduta para
que o praticante atinja o objetivo proposto pela equipe; neste
campo se encontrarão materiais a serem utilizados, manta ou sela,
andaduras, exercícios, enfoque terapêutico, etc

Data Terapeuta(s) Cavalo

na possibilidade de mudança de profissionais, anotar sempre,


constar o(s) nome(s) dos terapeutas de cada considerando
sessão. O terapeuta referência, responsável pela também a hipótese
terapia assinará, no entanto havendo mais de um de mudança de
constar o nome de todos. animal e a
conseguinte
constar os exercícios aplicados, alterações influência no
verificadas no praticante, aspectos positivos e praticante
negativos, motivos pelos quais a terapia foi
interrompida ou a impossibilidade de realização,

Assinatura

Data Terapeuta(s) Cavalo

na hipótese de desligamento, os pais ou


responsáveis devem ser cientificados dos
motivos do desligamento, assinando na própria
ficha de evolução diária a ciência, juntamente
com o coordenador

Assinatura

- 23 -
Anexo V - Modelos de documentos

Termo De Compromisso

1. Introdução

O Regimento de Polícia Montada "9 de Julho", filiado à Associação Nacional de Equoterapia -


ANDE - Brasil, atende pessoas com deficiências com o objetivo de proporcionar-lhes a possibilidade
de uma melhor adaptação frente a problemas físicos e psicológicos, através da equoterapia. Este
tratamento não se propõe a curar as deficiências do praticante e sim auxiliá-lo a ter maior percepção
sobre si, seus limites e potencialidade e aprender a explorá-los.

2. Avaliação inicial, avaliação médica

O Centro de Desenvolvimento e Pesquisa em Equoterapia possui uma equipe multidisciplinar


composta por: Psicólogos, Fisioterapeutas, Pedagogos, Fonoaudiólogos e Instrutores de Equitação.
Baseados nessas avaliações, serão programadas as sessões de equoterapia, reavaliadas quando
necessário. As sessões se iniciam no momento em que o terapeuta recebe a criança de seu
responsável e termina ao devolvê-la para os pais ou responsáveis. Os cavalos utilizados durante as
sessões são mansos e devidamente adestrados para esta atividade
A autorização médica para a prática de equoterapia é obrigatória.

3. Vestimentas e Trânsito Interno

Para a equoterapia é obrigatório: calças compridas e confortáveis (moletom, por exemplo),


camisetas de manga curta (verão) ou blusa (inverno) que não limitem seus movimentos e calçados
fechados (botas ou tênis, de preferência).
Considerando que a terapia é realizada dentro do quartel, tendo em vista as normas internas da
Instituição, órgão do Governo do Estado de São Paulo, o acompanhante deverá se trajar com
roupas adequadas ao local.
Os veículos/ condutores que adentrarem o quartel terão seus documentos fiscalizados (CNH E
CRLV)

a. O uso do capacete

O capacete é parte do EPI (equipamento de proteção individual) e não será utilizado quando
representar prejuízo à saúde do praticante. Sendo assim, os pais ou responsáveis assinarão a
ciência desta condição e autorizarão ou não a terapia.

4. Frequência

As sessões serão realizadas uma vez por semana durante o período de 01 (um) ano,
improrrogáveis. O praticante deverá comparecer às sessões no dia e horário estabelecidos, sem
atrasos. Faltas frequentes limitam o processo terapêutico: três faltas consecutivas, sem justificativas
serão motivo de desligamento automático do praticante. Na impossibilidade do comparecimento,
avise antes.

5. Autorização para veiculação de imagem na mídia, confecção de trabalhos científicos

O presente termo autoriza a veiculação de imagem do praticante na imprensa escrita e


televisionada sempre que necessário para a divulgação do tratamento, bem como a cessão dos
dados, preservado o sigilo dos praticantes, para a realização de trabalhos científicos/pesquisas
Responsável:______________________________________________________________
R.G:_____________________________ CPF:____________________________________
Endereço:________________________________________________________________
Telefones:________________________________________________________________
Email:____________________________________________________________________
Como responsável pelo menor supracitado estou ciente e de acordo com as prescrições
contidas no presente Termo de Compromisso.
________________________________________________________
Assinatura

- 24 -
Termo De Responsabilidade
Quanto ao uso do capacete

A equipe multidisciplinar formada pelo(a)

____________________________________________________________________________________
_
Nome e assinatura/ graduação (1)
____________________________________________________________________________________
_
(2)
____________________________________________________________________________________
_
(3)

consoante critérios técnicos, considera que o uso do capacete para o praticante abaixo,

____________________________________________________________________________
Nome do praticante
é incompatível, neste momento, para a execução das atividades de equoterapia. Isto posto,
requer a manifestação dos pais ou responsáveis para o prosseguimento ou não das atividades.

Autorizo

Não autorizo

____________________________________________________________________________________
(Nome e assinatura do responsável)

____________________________________________________________________________________
1.º Ten PM Syllas Iadach Oliveira Lima

São Paulo, _______________________


(data)

- 25 -
REGIMENTO DE POLÍCIA MONTADA “9 DE JULHO”

EQUOTERAPIA
TERMO DE ADESÃO AO VOLUNTARIADO

NOME________________________________________________ANIVERSÁRIO ___________

END P CORRESPONDÊNCIA
_________________________________________________________________
BAIRRO_______________CEP_______-______MUNICIPIO________________
TEL/cel____________________________________________________________
e-mail _____________________________________________________________

ÁREA DE ATUAÇÃO: _______________________NÚMERO NO CONSELHO________________


POSSUI CURSO BÁSICO DE EQUOTERAPIA? __________ANO: ________
ORGÃO DE ENSINO: ______________________________________________
OUTROS CURSOS EM EQUOTERAPIA:

OBJETIVO NA EQUOTERAPIA:

1. O trabalho voluntário desenvolvido junto à esta instituição, de acordo com a lei nº 9.608 de
18/02/98 é atividade não remunerada, com a finalidade assistencial, educacional, científicas,
cívicas, recreativas, tecnológica entre outras e não gera vínculo empregatício nem funcional, ou
qualquer obrigações trabalhistas, previdenciárias e afins.

2. O RPMon concederá certificado aos voluntários com uma frequência mínima de 75%,
excetuando-se as faltas justificadas, assim como reserva-se o direito de, a qualquer tempo, em
prol das necessidades da PMESP, remanejar os integrantes da equipe.

3. Declaro estar ciente da legislação específica sobre serviço voluntário e que me disponho a
atuar como voluntário, nos termos do presente termo de adesão.

LEI DO VOLUNTARIADO

LEI Nº 9608, DE 18 DE FEVEREIRO DE 1998


Dispõe sobre o serviço de voluntário e dá outras providências.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA
Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:

Art. 1. Considera-se serviço voluntário, para fins desta lei, a atividade não remunerada, prestado por
pessoa física a entidade pública de qualquer natureza ou instituição privada de fins não lucrativos, que
tenha objetivos cívicos, culturais, educacionais, científicos, recreativos ou de assistência social, inclusive,
mutualidade.

- 26 -
Parágrafo único. O serviço voluntário não gera vínculo empregatício nem obrigações desta natureza
trabalhista, previdenciária ou afim.
Art. 2. O serviço voluntário será exercido mediante a celebração de termo de adesão entre a entidade,
pública ou privada, e o prestador do serviço voluntário, dele devendo constar o objeto e as condições do
seu exercício.
Art. 3. O prestador de serviço voluntário poderá ser ressarcido pelas despesas que comprovadamente
realizar no desempenho das atividades voluntárias.
Parágrafo único. As despesas a serem ressarcidas deverão estar expressamente autorizadas pela
entidade a que for prestado o serviço voluntário.
Art. 4. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 5. Revogam-se as disposições em contrário.

Brasília, 18 de fevereiro de 1998

FERNADO HENRIQUE CARDOSO


Paulo Paiva

(Publicado no Diário Oficial da União, de 18/02/98)

São Paulo, ___________

_____________________________ _______________________________
Assinatura Syllas Iadach Oliveira Lima
1.º Ten PM Coordenador

- 27 -
Ao aderirmos ao trabalho voluntário, é nossa responsabilidade

 Zelar sempre pela segurança do praticante e da equipe.

 Estar em condições nos horários estabelecidos.

 Avisar da impossibilidade de comparecimento.

 Conhecer os animais/ equipamentos à disposição.

 Conhecer os procedimentos de emergência.

 Conhecer as funções dos outros membros da equipe multidisciplinar.

 Conhecer das técnicas empregadas e dos meios à sua disposição.

Em nome da equipe, obrigado.

______PM Coordenador

- 28 -
Termo de consentimento e livre esclarecido

TÍTULO DO TRABALHO

Texto explicativo do trabalho, objetivos, amostra, grupo controle, etc

Em que consistirá o trabalho, exames a que serão submetidos, o quê se pretende comprovar,
riscos etc

Responsável pelo projeto, aprovação do Comitê de ética e pesquisa, utilização ou não de


imagem.

Eu, ______(nome), RG declaro ter sido informado e estou plenamente esclarecido sobre o
(projeto, pesquisa, TCC) acima proposto e voluntariamente concordo em participar, bem como
disponibilizar todas as informações necessárias. Ficaram claros quais são os propósitos da
pesquisa, procedimentos e métodos de coleta de dados sendo que, a qualquer tempo, posso
desautorizar a continuidade da pesquisa, sem que isto represente prejuízo de qualquer
natureza.

______________________

Ass. (data)

Nome dos pesquisadores

- 29 -
ÍNDICE REMISSIVO

A
Ações de Segurança 11
Área de atendimento 11
C
Competências do coordenador 8
Conceitos de Equoterapia 6
Condutor 7
Coordenador 8
D
Documentação 10
Doutrina 7
E
Emprego dos Semoventes 6
Equipe Multidisciplinar 10
F
Finalidades 6
N
Nomenclatura 8
O
OPM Gestora do Conhecimento 6
P
Procedimentos 13
Procedimentos após o atendimento 14
Procedimentos do condutor 14
Procedimentos do terapeuta 14
Profissional de Equitação 7
R
Relatório Anual 8
Responsabilidades da equipe 11
Responsabilidades do condutor 13
Responsabilidades do terapeuta mediador 12
Responsabilidades do terapeuta referência 12
Responsabilidades gerais 11
Retirada do praticante 14
V
Voluntariado 10

- 30 -
- 31 -

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