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Agradecimentos
Agradecemos aos familiares e amigos, que nunca negaram palavras de força,
incentivo e otimismo ao longo da jornada acadêmica. Aos professores, nosso muito obrigado
pelo conhecimento transmitido, confiança e compreensão.
Somos especialmente gratos ao Prof. Dr. Maurício Campos Passaro, responsável pela
orientação do nosso projeto. Obrigado por esclarecer dúvidas, ser atencioso e compartilhar
seu tempo e experiência conosco.
Resumo
A energia eólica é considerada limpa e renovável, ou seja, não ocorre a emissão de poluentes
no meio ambiente. A mesma é obtida através do movimento de massas de ar que é captado
por hélices ligadas a geradores. Com isso, esta energia depende da ocorrência de vento em
densidade e velocidades ideais. Tais parâmetros sofrem variações significativas no decorrer
do dia. Assim sendo, isto pode interferir na programação de geração proposta pela área de
planejamento da operação das empresas concessionárias de energia elétrica. Desta forma, ao
se utilizá-la pode-se ocorrer um impacto direto no Controle Automático de Geração (CAG).
Para isso, serão feitas simulações em programas de análise de fluxo de potência e transitórios
eletromecânicos para avaliar a consequência da inserção das fontes renováveis no CAG, bem
como sua possível utilização para este fim. Diante disso, variações maiores na frequência e
no tempo de acomodação para o sistema se estabilizar foram analisadas.
Abstract
Wind energy is considered clean and renewable, in other words, there is no pollutants
emission. This energy is obtained through the movement of air masses that is picked up by
propellers connected to generators and depends on the occurrence of wind in density and
ideal velocities. These parameters have significant variations throughout the day. Therefore,
this may interfere in the generation schedule proposed by the planning area in operation of
the electric power concessionaires companies. Thus, when using it, it can occur a direct
impact on Automatic Generation Control (CAG). To that, simulations will be made in power
flow and electromechanical transients programs to evaluate the consequence of renewable
sources insertion in CAG, as well as its possible use for this purpose.
Greater variations in frequency and accommodation time for the stabilizing system were
analyzed.
Lista de Figuras
Lista de Tabelas
Tabela 1: Potências Ativa e Reativa nos barramentos da Área B .................................. 33
Tabela 2: Potências Ativa e Reativa nos barramentos da Área A .................................. 34
Tabela 3: Dados do Sistema Teste.................................................................................. 39
Tabela 4: Estatismo das Áreas ........................................................................................ 42
Tabela 5: Valores de Bias Adotados .............................................................................. 45
Sumário
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 12
5 REFERÊNCIAS .................................................................................................................... 55
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
1 INTRODUÇÃO
Neste primeiro capítulo será abordada a relevância de se avaliar o impacto que a
inserção de fontes renováveis pode causar no Controle Automático de Geração. Os objetivos
da monografia e sua estrutura também serão retratados.
Utilizando-se apenas a regulação primária, o sistema será estável, porém pode não
estar operando em condições nominais (f<60Hz). Assim, necessita-se de uma nova regulação,
12
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
1.2 Problematização
1.2 Objetivos
A monografia tem por objetivo avaliar o impacto das fontes renováveis sobre o CAG.
Nesse sentido, serão realizadas simulações nos programas Análise de Rede (ANAREDE) e
Análise de Transitórios Eletromecânicos (ANATEM) para se obter a resposta do sistema. Os
resultados encontrados serão analisados, de modo que, se possa compreender como o sistema
abordado reage à inserção de diferentes formas de geração. Desta forma, para que as
simulações possam ser realizadas, foi adotado o Sistema Teste Brazilian Birds, com
participação de energia eólica nas áreas de controle, para que se possa ter uma melhor
compreensão do impacto causado, já que a mesma não apresenta geração constante.
2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo, os principais conceitos teóricos abordados serão explicados
detalhadamente. Entre os mesmos, encontram-se a definição de um Sistema Elétrico de
Potência, a explicação do funcionamento de um Controle Automático de Geração, a
apresentação do Sistema Teste Brazilian Birds e um estudo sobre a geração de energia eólica.
Fonte: www.treinamentonr10.com
Assim sendo, o SEP tem como objetivo final básico atender de forma contínua ao
consumidor de eletricidade, sob um custo mínimo e dentro um padrão de qualidade para a
tensão e frequência.
14
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Desta forma, para que a frequência permaneça em seu valor nominal, que é 60 Hz no
Brasil, o valor gerado de energia elétrica deve ser compatível com a carga consumida. Caso a
geração seja menor que a carga, existirá um déficit de energia e a frequência diminuirá. Já a
situação inversa, ou seja, em que a carga é menor que a geração, a frequência aumentará.
Porém, ao longo do dia a carga apresenta variações, podendo alternar entre o período
de carga leve, média ou pesada. A Figura 2 apresenta uma curva de carga real:
Com isso, o equilíbrio entre a carga e a geração é sempre modificado, surgindo assim
uma constante necessidade de se restabelecer o estado de equilíbrio original. Diante disso,
deve-se haver um sistema de controle rápido e eficiente responsável por realizar este
reestabelecimento.
15
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Desta forma, este fator de amortecimento pode ser calculado da seguinte maneira:
οܲܦ
ܦൌ (1)
ο݂
Sendo:
Fonte: Vieira Filho, Xisto. 1984. Operação de Sistemas de Potência com Controle Automático de
Geração,15. Rio de Janeiro: Editora Campus Ltda.
Assim sendo, para manter a frequência do sistema mais próxima da nominal, surge a
necessidade de um sistema de controle apropriado.
16
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Assim sendo, esta regulação automática exercida pelos reguladores de velocidade das
máquinas do sistema é denominada Regulação Primária.
Segundo (Vieira Filho, 1984), alguns fatores podem influenciar no tempo de resposta
dos reguladores de velocidade, como por exemplo, as condições de carga, a configuração da
geração, a intensidade da variação da carga e as características dos reguladores.
Regulador isócrono;
Regulador com queda de velocidade;
Regulador com queda de velocidade e estatismo transitório.
18
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Sendo:
19
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
frequência atingir seu valor inicial de operação. O esquema de funcionamento deste regulador
está situado na Figura 7:
Sendo:
ǻ$V YDULDomRQDDEHUWXUDGDYiOYXODGHDGPLVVmRGDWXUELQD>SX@
20
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Por ter realimentação, esse regulador é mais rápido e estável que o isócrono.
Entretanto, o mesmo possui um erro final na frequência do sistema. Assim sendo, para
corrigir este erro, o CAG se faz necessário.
Seu estatismo transitório significa que para desvios rápidos na frequência, se tem uma
alta regulação. Já para variações lentas e no estado de equilíbrio, se tem uma baixa regulação.
A Figura 9 apresenta como é o esquema de funcionamento deste regulador:
21
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Sendo:
De acordo com (Vieira Filho, 1984), uma área de controle pode ser considerada como
a parte de um sistema de potência na qual os grupos de unidades geradoras respondem às
variações de cargas contidas nesta parte do sistema. Tais áreas devem apresentar um
balanceamento entre carga e geração, possuir linhas de interligação com outras áreas
22
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
operando com folga para auxiliar alguma área carente e se ter coerência entre unidades
geradoras.
Com isso, uma unidade geradora composta por turbinas e reguladores de velocidade,
pode ser simplificada por uma área de controle, indicando assim o fluxo de potência presente
na mesma. A Figura 11 apresenta uma representação de uma área de controle e seu respectivo
IOX[RGHSRWrQFLDFRQWHQGRXPDSRWrQFLDJHUDGD³ܲ ´ e uma potência consumida ³ܲ ´:
23
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Sendo:
Desta forma, quando uma determinada área de controle não contém os recursos
próprios de geração para atender sua própria carga, o intercâmbio de potência se faz
necessário.
A modalidade FTL quando empregada em uma área de controle isolada faz o controle
do desvio de frequência, mas não visa manter constante o intercâmbio de potência ativa.
Assim, apresenta um erro de controle de área (ECA) igual à variação da frequência. Desta
forma seu coeficiente de polarização é igual a zero.
24
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Sendo:
B = Bias;
ǻI YDULDomRGDIUHTXrQFLD
ǻ7 YDULDomRGRLQWHUFkPELR de potência.
Com o avanço das redes elétricas novas fontes de energias renováveis foram sendo
estudadas. Desta forma, em um desses estudos se focou na energia provinda das massas de ar.
A energia cinética de translação contida nas massas de ar é convertida em energia cinética de
rotação, com o emprego de aerogeradores, para a geração de energia elétrica.
25
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Mesmo que a energia eólica seja tão antiga quanto à energia hidráulica em finalidades
que envolvem energia mecânica, a mesma só começou a receber investimentos suficientes
para viabilizar o seu desenvolvimento após a crise internacional do petróleo (década de
1970). Recentemente, com os eventuais avanços tecnológicos, houve redução dos custos e
melhora no desempenho e confiabilidade dos equipamentos.
De acordo com (ANEEL, 2005), para que a energia eólica seja considerada
aproveitável, é necessário que sua densidade seja maior ou igual a 500 W/m², a uma altura de
50 m, o que requer uma velocidade mínima de 7 a 8 m/s.
A Figura 14 foi publicada pela ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica) para
mostrar o desenvolvimento da energia eólica no país:
Com isso, percebe-se que em dez anos esta fonte de energia cresceu
exponencialmente, conforme os leilões foram sendo ofertados.
26
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Pode-se observar a evolução da matriz energética brasileira entre 2009 e 2018, para
assim analisar seu crescimento em relação às demais fontes. Assim, a situação de 2009
encontra-se na Figura 16:
Fonte: www.mme.gov.br
27
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
2.2.1 Aerogeradores
2.2.1 Aerogeradores
De acordo com o tipo de rotor, os aerogeradores podem ser divididos em dois tipos,
ou seja, os de eixo horizontal e de eixo vertical. Os mesmos se diferenciam em seu custo de
produção e eficiência
Os aerogeradores de eixo vertical são mais baratos em relação aos de eixo horizontal,
pois o gerador é fixo e apenas seu rotor gira. Desta forma, o desempenho do rotor de eixo
vertical é inferior. Com isso, os rotores de eixo horizontal são mais utilizados por ter uma
maior eficiência, compensando seu custo elevado. Esse tipo de turbina eólica ainda se divide
em rotores de duas, três ou múltiplas pás. As Figuras 20 e 21 representam as turbinas
mencionadas:
Figura 20: Turbinas de eixo vertical Figura 21: Turbina de eixo horizontal
As pás da turbina eólica giram com a força do vento, fazendo com que o rotor gire e
transmita a rotação pela caixa multiplicadora ao gerador. Assim, o gerador converte essa
energia mecânica em energia elétrica e a mesma é injetada na rede elétrica do parque eólico.
ͳ
ܲ ൌ ݒ כ ܣ כ ߩ כௐ ଷ ܥ כ (3)
ʹ
30
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Sendo:
32
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
3 TESTES E RESULTADOS
Neste capítulo serão apresentados os resultados dos diversos cenários avaliados, tais
como:
Assim sendo, os valores das cargas adotadas nas barras da Área B encontram-se na
Tabela 1:
33
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
34
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
IMPORT PE1M
PELE,#Loc3
(17)
PE1M
X4
PBGER1 X X4
N
(20)
PBSIS ÷ PE1 PE1
PE1T
16 (21)
NUGER1 X PE1TX
PBGER1 (22)
ENTRAD 48
*
(19) PE1T +
(32)
PE1ER
IMPORT NUGER1
NUGER,#Loc3
(18) PE1T
PET #Ki1 +#Kp1 s
PET PE1ER X6
PE2T + ALFA1 X PE1TX
s
(29) (34) ZERO
(30) =<0
9 X7
X6 SELET2
>0
(37)
SL2
IMPORT PE2M
PELE,#Loc4
(23)
PE2M X5
N
PBGER2 X X5
PBSIS ÷ PE2
ZERO
PE2TX 9 =<0
X9
PE2ER #Ki2 +#Kp2 s X8 X8 SELET2
IMPORT
NUGER,#Loc4
NUGER2
PE2
PE2T + s
>0
(38)
(33) (35)
(24) PE2T PE2ER
NUGER2 X SL2
(28)
PE1T0 SL2
ENTRAD ENTRAD
(39) (36)
PE1T0
N
PET0 ÷ ALFA1
(42)
PET0
ENTRAD
(41)
PE2T0
N
PET0 ÷ ALFA2
PE2T0 (43)
ENTRAD
(40)
35
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
FREF
ENTRAD
(2) FREF
FERR X1
FMED + #B1
(3) (4)
FERR
IMPORT FMED
FREQ,#Loc1
(1)
36
19
37
Trabalho Final de Graduação
25
Figura 26: Repartição de Potência Ativa e Participação dos Geradores
ZERO
9 =<0
X9
X8 SELET2
>0
(38)
SL2
IMPORT PE1M
PELE,#Loc3
(17)
PE1M
X4 X4
PBGER1 X N
(20)
PBSIS ÷ PE1 PE1
PE1T
16 (21)
NUGER1 X PE1TX
PBGER1 (22)
ENTRAD
*
(19) PE1T +
(32)
PE1ER
IMPORT NUGER1
NUGER,#Loc3 ZERO
PE1T 9 =<0
(18) X7
PET #Ki1 +#Kp1 s X6 SELET2
PET PE1ER X6
PE2T + ALFA1 X PE1TX
s
>0
(37)
(29) (34)
(30)
SL2
IMPORT PE2M
PELE,#Loc4
(23)
PE2M X5
N
PBGER2 X X5
PBSIS ÷ PE2
(26)16 (27) PET
PBGER2
ENTRAD
*
(25)
ALFA2 X
(31)
PE2TX
PE2TX
PE2ER #Ki2 +#Kp2 s X8
IMPORT
NUGER,#Loc4
NUGER2
PE2
PE2T + s
(33) (35)
(24) PE2T PE2ER
NUGER2 X
(28)
PE1T0 SL2
ENTRAD ENTRAD
(39) (36)
PE1T0
N
PET0 ÷ ALFA1
(42)
PET0
ENTRAD
(41)
PE2T0
N
PET0 ÷ ALFA2
UNIFEI ± ISEE
PE2T0 (43)
ENTRAD
(40)
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
X1
ECA1 ECA1 #Ki +#Kp s IECA1
X3 + s IECA1
(14) (15)
X10
X7 + X10
(44)
X12
PBSIS X
(46) X12 N
21
ENTRAD
PBSIS
27 PBGER1
19
÷ VCAG1 VCAG1 EXPORT
VCAG,#Loc3
* (48) (50)
(16)
47
IECA1 X11
X11
X9 + PBSIS X X13
(45) 16 (47) X13 N
PBGER2
25
÷ VCAG2 VCAG2 EXPORT
VCAG,#Loc4
(49) (51)
ZERO
9 =<0 X7
X6 SELET2
>0
(37)
ZERO =<0
9 X9 SL2
X8 SELET2
>0
(38)
SL2
Com o intuito de melhor observar o impacto das fontes eólicas no sistema de potência,
foram avaliados diferentes cenários de carga. Sendo assim, os seguintes casos foram
adotados:
Carga Pesada;
Carga Pesada com participação de Eólica;
Carga Leve;
Carga Leve com participação de Eólica.
Para a análise dos sistemas, foram inseridos dois novos geradores na Área B, sendo
ambos hidráulicos para os casos sem eólica, e eólicos quando há participação. Os mesmos
representam 50% e 75% da geração desta área em carga pesada e leve, respectivamente. Os
valores de tensão e potência ativa deste novo modelo encontram-se na Tabela 3:
38
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
39
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
40
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Para a inserção dos geradores eólicos, duas barras novas foram adicionadas ao
sistema. As mesmas são as barras 30 e 31, que estão conectadas em Garça e Coruja
respectivamente, como se pode observar nas Figuras 29 e 30:
41
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
3DUDREWHURELDVpQHFHVViULRFDOFXODUDFDUDFWHUtVWLFDQDWXUDOGDiUHDGHFRQWUROHȕ
a mesma pode ser vista na Equação 4:
ͳ (
ߚ ൌ ܦ
ܴ (4)
Sendo:
Porém, como D apresenta valores muito menores do que 1/R, toma-se a Equação 5:
ͳ (
ߚ ൌ
ܴ (5)
Assim sendo, a característica natural da área de controle passa a ser o inverso do
estatismo das máquinas geradoras em cada área. Com isso, R é adotado como 5%, permitindo
assim o cálculo do estatismo de cada máquina. Consequentemente, encontrou-se ȕ para cada
uma das áreas, como mostra a Tabela 5:
De acordo (Cohn, 1967), deve-se considerar varáveis de interesse que vão influenciar
ou refletir sobre o desempenho do sistema de controle. Carga e geração estão entre essas
variáveis, sendo assim com uma comparação entre elas é possível se definir o bias utilizado
para os estudos, os casos para determinação são os seguintes:
42
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
No primeiro caso simulado, o CAG foi colocado em função FF. Desta forma, o
mesmo é responsável por apenas fazer o controle da frequência do sistema. Sendo assim, a
Figura 31 representa este cenário:
43
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Utilizando o modo FTL, o controle secundário apresenta como objetivo apenas tornar
nulo o erro de intercâmbio. Assim, a Figura 33 apresenta o comportamento da frequência
nesta situação:
44
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Na Figura 34, uma comparação entre o erro de intercâmbio com e sem a inserção de
eólica é feita:
Percebe-se assim que o erro é nulo nas duas situações nesta configuração.
Área A Área B
Bias = 0,5* ȕ Bias = 1,5* ȕ
. Tal escolha foi feita pela área B apresentar uma geração muito maior do que a carga
consumida na mesma, enquanto A tem uma carga maior que a geração. Desta forma, como
tratado no subcapítulo 3.4, quando a área em consideração apresenta uma geração maior do
que sua carga, deve-se considerar bias 50% maior que o original, e para o caso inverso é
necessário considera-lo como 50% menor.
45
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Figura 35: CAG Modo TLB com Bias Maior na Área B ± Gráfico de Frequência
Figura 36: CAG Modo TLB com Bias Maior na Área B ± Gráfico do Erro de
Intercâmbio
Assim sendo, o erro de controle de área foi anulado, ou seja, o sistema retorna a 60
Hz, e não apresenta variação no intercâmbio após o CAG agir.
Para se analisar como a potência mecânica se comporta nas barras geradoras nessa
situação, as Figuras 37 e 38 foram plotadas:
46
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
47
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Para os seguintes gráficos foi adotado uma participação de 75% de geração Eólica na
área B, pois o período de carga leve ocorre principalmente durante a madrugada, que é
quando se têm as maiores incidências de vento. Desta forma, ao se observar a Figura 41, tem-
se que independente do cenário analisado a oscilação de frequência no período de regulação
primária é maior na presença de eólica, devido a perda de inércia no sistema.
48
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
hídricas frente aos distúrbios, mas as eólicas não possuem esta característica natural,
contribuindo assim para maiores desvios de frequência.
Assim como o cenário de carga pesada, no modo FTL a frequência não foi
restabelecida para o valor nominal, porém o erro de intercâmbio foi nulo.
49
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Neste modo, tanto o erro de frequência quanto o erro de intercâmbio foram zerados.
Assim sendo, percebe-se que independente do cenário de carga, ou do modo do CAG, o
sistema apresentará maior variação de frequência, quando há presença de eólica no sistema:
Com o estudo dos casos apresentados durante os subcapítulos 3.5.1 e 3.5.2, avaliou-se
a influência da energia eólica no sistema. Sendo assim, é necessário avaliar o desempenho do
CAG nos diferentes patamares de carga do sistema.
50
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Pela Figura 46, percebe-se que quanto maior a inserção de eólica no sistema, maior
será a oscilação apresentada pela frequência, devido a menor inércia.
Com o CAG operando no modo TLB, utilizando o bias apresentado na Tabela 5, têm-
se que este caso também apresenta oscilação maior de frequência com a inserção de eólica.
Tal cenário encontra-se na Figura 47:
Figura 46: Variação de Carga no Modo TLB com Bias Maior na Área B ± Gráfico de
Frequência
51
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Figura 47: Variação de Carga no Modo TLB com Bias Maior na Área B ± Gráfico do
Erro de Intercâmbio
52
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
4 CONCLUSÕES
O desenvolvimento do presente estudo possibilitou uma análise do impacto de fontes
de energia eólica no Controle Automático de Geração. Desta forma, foi aplicado como
exemplo de Sistema Elétrico de Potência o Sistema Teste Brazilian Birds, que foi
devidamente representado no ANAREDE. Assim sendo, avaliou-se através de simulações de
transitório eletromecânico o comportamento das seguintes grandezas: frequência, potência
mecânica e erro de controle de área em cenários cuja matriz energética é hidro-térmica e
também quando parte da geração hidráulica é substituída por eólica.
A energia eólica possui uma série de vantagens, pois não emite gases poluentes, não
geram resíduos e é considerada como uma geração inesgotável. Porém, a mesma apresenta
alguns inconvenientes, pois é uma geração intermitente, apresentando assim diferentes
incidências de vento no decorrer do dia. Tal fator não é desejável, pois o sistema deve estar
apto para suprir uma variação súbita de carga a todo o momento.
Desta forma, quando se opera com geradores eólicos, para se obter uma resposta mais
adequada do sistema é conveniente se utilizar uma reserva operativa hidro-térmica, pois
assim se evita possíveis déficits de energia
Analisando-se as simulações feitas, têm-se que o ajuste do bias deve ser adequado,
pois o mesmo é responsável por quantificar a participação de cada área na regulação do
sistema. Diante disso, áreas que possuem uma geração maior que a carga, devem possuir um
53
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
bias maior, pois as mesmas podem transferir potência para áreas que apresentam carência de
geração.
54
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
5 REFERÊNCIAS
TECNOGERA: Sistema Elétrico de Potência. Disponível em:
<http://www.tecnogera.com/blog/o-que-e-sep-sistema-eletrico-de-potencia>. Acesso em: 30
março 2018.
&2+1 1 ³6RPH $VSHFWV RI Tie-Line Bias Control on Interconnected Power
Systems”, AIEE Transactions on Power Apparatus and Systens, v. 75, pp. 1415-1436,
Fevereiro 1957.
55
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
56
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
ANEXO I ANATEM
O ANATEM (Análise de Transitórios Eletromecânicos) é uma ferramenta
computacional utilizada para estudos de estabilidade transitória à frequência fundamental
tanto para operação como para planejamento. Tem a finalidade de realizar simulações de
desempenho dinâmico dos Sistemas Elétricos de Potência.
58
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
ANEXO 2 ANAREDE
O ANAREDE é utilizado para análise e síntese de redes elétricas em regime
permanente. Para o desenvolvimento do programa o Centro de Pesquisas de Energia Elétrica
(CEPEL) integrou um conjunto de técnicas e métodos desenvolvidos para a análise de rede
em aplicações computacionais. O mesmo é adequado para condições específicas do sistema
brasileiro.
59
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
60
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
CURIÓ 230 440 13,8 14,00 10,50 26,00 150 2 S 4 x +/-1,25% P 218,5 / 241,5 Yat Yat Delta
ARARA 230 440 13,8 14,00 10,50 26,00 150 2 S 4 x +/-1,25% P 218,5 / 241,5 Yat Yat Delta
SABIÁ 230 440 13,8 14,00 10,50 26,00 150 2 S 4 x +/-1,25% P 218,5 / 241,5 Yat Yat Delta
PELICANO 230 440 13,8 14,00 10,50 26,00 150 2 S 4 x +/-1,25% P 218,5 / 241,5 Yat Yat Delta
BICUDO 440 69 13,8 12,00 3,55 15,50 80 2 P 4 x +/-1,25% não tem Yat Yat Delta
61
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
Tensão Nominal
Local Tipo Valor
(kV)
CANÁRIO 101,40 77,00 31,40 28,00 16,30 0,50 2,00 6,55 0,04 0,07 3,12
SABIÁ 105,00 98,00 18,50 36,00 13,00 7,00 0,31 2,00 6,10 0,30 0,04 0,10 6,19
TUCANO 106,00 61,00 31,50 25,00 14,70 0,24 2,00 8,68 0,04 0,08 3,82
GAVIÃO 92,00 51,00 30,00 22,00 13,00 0,20 2,00 5,20 0,03 0,03 3,18
62
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
IMPORT Vt
VOLT
(1) Emax
Vt
Vref Vref X1 X1 #Ka EFD EFD
ENTRAD
VSAD
+ 1+#Ta s
EXPORT
EFD
(3) (4) (5) (6)
Emin
IMPORT VSAD
VSAD
(2)
IMPORT Vt Emax
VOLT
(1) Vt
X1 X1 #Ka EFD EFD
Vref + 1+#Ta s
EXPORT
EFD
(4) (5) (6)
Vref
ENTRAD Emin
(3)
63
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
64
UNIFEI ± ISEE Trabalho Final de Graduação
ANEXO 5 CAG
65