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Os deveres do marido

“Deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher” (Mateus 19:5). “Deixar” é “deixar para trás” e "partir" da ligação de
seus pais. “Unir” é “grudar como cola”.

Seja o cabeça como Cristo é o cabeça da igreja e o salvador do corpo (Efésios 5:23, 1 Coríntios 11:3). Como o “cabeça”,
Cristo é aquele que tem autoridade, aquele que conduz e sustenta, aquele cuja palavra é suprema. Como o “salvador”, ele é o
protetor e o fornecedor, o grande sacrifício e o mediador em nosso interesse.

Cuide daqueles de sua casa (1 Timóteo 5:8). O homem que não cuida dos seus não é um homem de verdade.

Ame sua esposa como Cristo amou a igreja e se deu por ela (Efésios 5:25). Jesus é o maior exemplo devido ao seu amor
sacrificial. Sua esposa terá prazer em submeter-se a um homem que a ame desse modo.

Viva com sua esposa em uma maneira compreensiva, dando lhe a honra como a parte mais frágil (1 Pedro 3:7). Se você
queix-se que não compreende sua esposa, é melhor você aprender a entendê-la, porque Deus ordena que compreenda! Ela
merece honra.

Não trate a sua esposa com amargura (Colossenses 3:19). Como no ponto anterior, isso envolve o tratamento justo que sua
esposa merece.

Conceda a sua esposa o afeto que lhe é devido (1 Coríntios 7:3). Você é obrigado, entre outras coisas, a satisfazer suas
necessidades e seus desejos sexuais. Muitos casamentos poderiam ter continuados se isso fosse praticado.

Não prive sua esposa de seu corpo, porque pertence-lhe (1 Coríntios 7:4-5). Não cumprir suas obrigações conjugais com
sua esposa é roubar o que lhe é devido.

Não provoque seus filhos à ira, mas criai-os na disciplina e na admoestação do Senhor (Efésios 6:4). Seja justo e
honesto. E não deixe toda a disciplina para sua esposa, porque a responsabilidade é sua.

Os deveres da esposa
Seja uma auxiliadora para seu marido (Gênesis 2:18). Esta é a finalidade pela qual você foi criada.
Nunca se esqueça disso. Nenhum cônjuge deve servir a si mesmo de maneira egoísta, mas deve servir ao
outro. Isto é principalmente verdadeiro para você como esposa. “Porque o homem não foi feito da
mulher, e sim a mulher, do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, e
sim a mulher, por causa do homem” (1 Coríntios 11:8-9).

Seja submissa ao seu marido em tudo, assim como a igreja é submissa a Cristo (Efésios 5:22-24;
Colossenses 3:18; 1 Pedro 3:1-6). Nós não precisamos procurar saber se isso ainda é apropriado ou se
está ultrapassado. Os movimentos de libertação feminina podem levantar-se e cair, mas a Bíblia ainda diz:
“Mulheres, sede vós, igualmente, submissas a vosso próprio marido” (1 Pedro 3:1).

Seja uma boa dona de casa (Tito 2:4-5; 1 Timóteo 5:14). O mundo nunca voltará a Deus até que, de
algum modo, colocarmos as donas de casas de volta nos lares em vez de se dedicarem às carreiras. A
mão que balança o berço governa o mundo.

Tenha um espírito manso e tranqüilo (1 Pedro 3:4). Talvez há mulheres hoje que gostariam mais que
pensassem nelas como “pessoas” e não “mulheres”. Ao protestar e queixar-se são barulhentas,
tumultuosas e conseqüentemente disonrosas. É honorável ser uma mulher (1 Pedro 3:7), e ter "um
espírito manso e tranqüilo, que é de grande valor diante de Deus" (1 Pedro 3:4).

Conceda ao seu marido o afeto que lhe é devido (1 Coríntios 7:3). Em uma base igual, ambos os
partidos são obrigados, entre outras coisas, a satisfazer os desejos sexuais do outro.

Não prive seu marido de seu corpo, porque pertence a ele (1 Coríntios 7:4-5). Não cumprir suas
obrigações conjugais com seu marido é roubar o que lhe é devido.

“O que acha uma esposa acha o bem e alcançou a benevolência do SENHOR” (Provérbios 18:22)
Deveres mútuos do esposo e da esposa
“Amai-vos, de coração, uns aos outros ardentemente” (1 Pe 1.22).

O casamento é o alicerce da estrutura familiar. O apóstolo disse: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio” (Hb
13.4) e condenou como “doutrina de demônios” a opinião de alguns no sentido de que o casamento é proibido (1 Tm
4.1). O casamento é uma instituição divina. Foi estabelecido no Éden, honrado pela presença de Cristo e serviu de
ocasião para à realização do primeiro de uma série de milagres esplêndidos que Ele fez para provar que era o Filho de
Deus e o Salvador do mundo…

O casamento distingue os homens dos animais, servindo não somente para acontinuidade, mas também para o
conforto de nossa raça. Contém a fonte da felicidade humana, bem como de todas as emoções excelentes e os
sentimentos altruístas que enobrecem o caráter do homem. Nunca podemos demonstrar vigilância e zelo suficientes
para guardar o casamento, assim como nunca podemos demonstrar prudência e cuidado bastantes para assumir o
casamento… Meu objetivo é abordar aqueles deveres que são comuns ao esposo e à esposa.

1. O primeiro dever que menciono é o fundamento de todo os outros — o amor. Se não houver amor, o casamento é logo
degradado e se torna um acordo sórdido e grosseiro. Esse dever, que é recomendado especialmente ao homem,
compete também à esposa. Tem de ser mútuo, pois, do contrário, não pode haver felicidade, pelo menos para aquele
que não  ama. Quão terrível é a idéia de estar preso, para o resto da vida, a uma pessoa pela qual não temos qualquer
afeição e de viver quase sempre na companhia de uma pessoa da qual nos esquivamos, por aversão, embora estejamos
sob um vínculo que impede a separação e o abandono.
2. O respeito mútuo é um dever da vida conjugal. Embora, como observaremos depois, o respeito especial seja um dever
da esposa, também é um dever do esposo. É difícil respeitarmos aqueles que não têm direito a isso com base em
qualquer outro fundamento que não seja a posição de superioridade ou o relacionamento comum; por isso, é muito
importante oferecermos um ao outro um tipo de comportamento que merece respeito e o recomenda. Estima moral é
um dos mais firmes alicerces e mais fortes apoios do amor; e um elevado grau de excelência não deixa de produzir essa
estima. Nesta conexão, somos mais conhecidos um pelo outro do que pelo mundo, ou por nossos empregados, ou
mesmo por nossos filhos. A privacidade desse relacionamento expõe os nossos motivos e todo o interior de nosso
caráter, de modo que somos mais bem conhecidos um para o outro do que o somos para nós mesmos.
3. Apego mútuo na companhia um do outro é o dever do esposo e da esposa. Nós nos casamos para sermos companhias
— para vivermos juntos, andarmos juntos, conversarmos juntos. O marido é ordenado a viver a vida comum do lar com
discernimento (1 Pe 3.7). “Isso”, disse William Jay, “tenciona nada mais do que a residência, em oposição à ausência e a
vagueação. Entrar nesse estado é um absurdo para aqueles que não têm qualquer perspectiva de habitarem juntos. E
aqueles que já são casados não deveriam estar desnecessariamente fora do lar. Vários tipos de circunstâncias tornarão
inevitáveis algumas viagens, mas o esposo deve retornar tão logo se cumpra o propósito de sua ausência. Ele deve
sempre viajar com as palavras de Salomão em sua mente: ‘Qual ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem
que anda vagueando longe do seu lar’ (Pv 27.8). Um homem que está fora de seu lar pode cumprir os deveres para com
a família? Pode disciplinar seus filhos? Pode manter a adoração a Deus na família? Sei que é o dever da esposa liderar
as devoções na ausência do esposo; e deve tomar esse dever como uma cruz, se não como um privilégio. Poucas estão
dispostas a fazer isso; assim, um dos santuários de Deus  permanece fechado por semanas e meses. Sinto tristeza em
dizer: há esposos mais inclinados a qualquer  outra companhia do que à de sua esposa. Isso se manifesta na maneira
como eles usam suas horas vagas. Quão poucas dessas horas são dadas à esposa! A noite é o período mais doméstico
do dia. A esposa tem o direito peculiar desse período: ela está agora mais livre de seus inúmeros cuidados e tem mais
liberdade para desfrutar de uma leitura e de uma conversa. É uma triste reflexão sobre um homem, quando ele se
mostra propenso a gastar sua noite fora de casa. Isso significa algo mau e prediz coisa pior”.
4. A tolerância mútua é outro dever. Isso nós devemos a todos, incluindo o estranho e o inimigo. E, com certeza, não deve
ser negado à pessoa de nossa maior intimidade. Pois o “amor é paciente, é benigno; o amor não arde em ciúmes, não
se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera,
não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo
espera, tudo suporta” (1 Coríntios 13.4-7). Tanto há necessidade como lugar para esse amor em todos os
relacionamentos da vida. Onde há pecado e imperfeição, existe ambiente para a tolerância resultante do amor.
Aqueles que amam, é verdade, imaginam que já acharam essa tolerância; todavia, uma análise mais sensata do esposo
e da esposa corrige o engano. As primeiras impressões dessa tolerância passam geralmente com o primeiro amor.
Todos devemos adentrar o casamentolembrando que estamos prestes a nos unirmos com uma criatura caída… As
afeição não impedem, mas exigem, que apontemos mutuamente as nossas faltas. Isso deve ser feito com toda a
humildade de sabedoria, com toda a ternura do amor, para que não aumentemos o mal que tencionamos remover ou
o substituamos por outro mais grave…
5. Auxílio mútuo é o dever do esposo e da esposa. Isso se aplica ao cuidado da vida… O esposo não deve nunca realizar
qualquer coisa importante sem comunicar o assunto à esposa, que, por sua vez, em lugar de esquivar-se da
responsabilidade de aconselhar e deixá-lo lidar sozinho com suas dificuldades e problemas, deve convidá-lo a
compartilhar livremente toda as suas ansiedades. Pois, se não lhe pode dar conselho, pode animá-lo. Se ela não pode
aliviar suas preocupações, pode ajudá-lo a carregá-las. Se não pode direcionar o rumo de seu negócio, pode direcionar
o fluxo de seus sentimentos. Se a esposa não pode oferecer-lhe uma fonte de sabedoria secular, pode derramar o
assunto diante do Pai e Fonte das luzes. Muitos homens, devido à idéia de delicadeza de sua esposa, guardam consigo
todas as suas dificuldades, e isso os predispõem a sentir o golpe mais intenso, quando ele vier.
6. Simpatia mútua é exigida. A enfermidade pode exigir isso. E as mulheres parecem ser naturalmente formadas e
inclinadas a oferecer simpatia. “Ó mulher… tu és um anjo ministrador!”… Se pudéssemos  viver sem a mulher e ser
felizes na saúde, o que seríamos nós durante a enfermidade, sem a presença da mulher e de seus serviços
compassivos? Podemos afofar, como o faz a mulher, o travesseiro no qual o homem enfermo repousa a cabeça? Não,
não podemos dar o remédio e servir o alimento como ela o faz. Existe uma ternura no toque da mulher, um leveza em
seus passos, uma habilidade em suas disposições; em seu olhar irradiante há uma simpatia que nos alcança, uma
simpatia que os nossos olhos necessitam…

UMA SÓ CARNE
A aliança matrimonial traz consigo uma poderosa força de ligação. Um dos seus efeitos é o de mistura de vida, o de
tornar o casal uma só carne. Esta afirmação foi inicialmente feita por Deus em Gênesis e posteriormente citada pelo
Senhor Jesus e também pelo apóstolo Paulo:

“Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”.
Gênesis 2.24

“Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta
causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são
mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não separe o homem”. Mateus 19.6

“Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe e se unirá à sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne”
Efésios 6.31

O homem deixa seu lar, seu lugar de criação, seus mais intensos relacionamentos para se unir à sua mulher. Isto
significa que sua esposa passa a ser mais importante que qualquer outra pessoa, pois após o casamento passa a haver
uma dimensão de união com sua esposa maior do que aquela que o homem provou com seus próprios pais.

Nas palavras de Thomas Adams: “Assim como pela criação Deus de um fez dois, pelo casamento, ele de dois fez um”.

O princípio de uma só carne significa morte à vida egoísta e independente. Ninguém deve casar para SER feliz; este é
um mito acerca do casamento que tem sido perpetuado mesmo no meio evangélico. O princípio bíblico fala de casar
para FAZER seu cônjuge feliz:

“Homem recém-casado não sairá à guerra, nem se lhe imporá qualquer encargo; por um ano ficará livre em casa e
promoverá felicidade à mulher que tomou”. Deuteronômio 24.5

Se cada um dos cônjuges procurar a felicidade do outro, ambos serão realizados; porém, se cada um tentar defender
apenas sua própria felicidade e realização, o relacionamento se destruirá e só haverá decepção e tristeza. Portanto, ao
entrar na aliança matrimonial, cada um deve estar ciente da necessidade de morrer para si mesmo e procurar agradar
ao seu cônjuge. Quem procura a felicidade de seu marido ou esposa alcança sua própria felicidade; o apóstolo Paulo
declarou aos efésios que “quem ama a esposa a si mesmo se ama”. Logo, é justo declarar que quem alegra seu
cônjuge, a si mesmo se alegra.

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