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JARAGUÁ DO SUL
NOVEMBRO DE 2017
MARIA EDUARDA FONTANA DA SILVA
JARAGUÁ DO SUL
NOVEMBRO DE 2017
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 5
3. EMPRESA ................................................................................................................................... 6
6. CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 29
REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 31
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVO GERAL
5
3. EMPRESA
4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS
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4.1. CABOS
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4.1.1. EPR
4.1.2. Silicone
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4.1.3. PVC (Cloreto de polivinila)
4.2. ENSAIOS
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Figura 5. Amostras de cabos
❖ Embutimento
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Figura 6. Amostra de embutimento
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O ensaio em geral consiste em prender as duas extremidades do corpo-de-prova
nas células de carga e no extensômetro, é tencionar o material, promovendo seu
alongamento, até que ocorra a ruptura do mesmo.
❖ Cabos de EPR
❖ Cabos de Silicone
Para os cabos de silicone, o ensaio ocorre durante 168 horas também, mas a
temperatura na estufa é de 213 °C.
❖ Cabos de PVC
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para uma órbita mais externa e por conta disso, a ligação entre o átomo e o elétron fica
enfraquecido, ocasionando a migração deste para outro átomo.
Os materiais que possuem átomos que têm esse comportamento recebem o nome
de condutores e ao contrário do comportamento citado, existem os elétrons
extremamente ligados ao átomo e recebem o nome de dielétricos ou isolantes, por não
possibilitarem a libertação dos elétrons na influência de um campo elétrico.
No laboratório, diariamente foram ensaiados filmes isolantes, que são utilizados
no revestimento do motor. Os filmes são ensaiados conforme Normas internas da WEG
e de acordo com a especificação de cada material.
4.3.1. Poliéster
Figura 8: Poliéster
4.3.2. DMD
4.3.3. NMN
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4.3.4. NOMEX
Figura 9. Nomex
4.4.1. Contração
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Figura 10: Paquímetro
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Depois de anotados todos os valores de largura e comprimento dos corpos de
prova, aplica-se uma formula de acordo com o regulamento interno da empresa, para
obter-se o resultado do ensaio de contração.
Figura 12. Corpo e prova de filme isolante (esquerda) e aparelho de ruptura dielétrica
(direita).
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4.4.3. Envelhecimento Térmico
Assim como nos cabos, nos filmes também são feitos teste de envelhecimento,
que consiste em aplicar temperatura no material durante um dado tempo para verificar
se o mesmo irá sofrer degradação.
Em filmes isolantes, o ensaio de envelhecimento térmico é realizado dispondo
três amostras com 150 mm de comprimento e 25 mm de largura (Figura 13) na estufa e
submetendo-os à temperatura de classe de cada filme durante 96 horas.
Após o tempo na estufa, os filmes são dobrados num ângulo de 180º em torno
dos diâmetros de um mandril. Após cada dobramento, verifica-se os corpos de prova
apresentaram ressecamento, bolhas ou separação entre as camadas e se apresentam
trincas ou outros sinais de ruptura quando dobrados.
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sentido de laminação, que são o transversal e o longitudinal, são cortadas cinco corpos
de prova.
Esse ensaio simples é utilizado para obter a espessura dos filmes através de uma
média aritmética. Para isso é necessário cortar três corpos de prova com 150 mm de
comprimento e 25 mm de largura e medir a espessura de cada corpo de prova em 3
pontos distribuídos de maneira uniforme pela área dos corpos. As medições são feitas
utilizando um micrômetro (Figura 15), aparelho que mede com escala de 0,001 mm.
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Figura 15: Micrômetro
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Após 8 horas na estufa o material retirado é deixado para esfriar. Posteriormente,
se realiza o teste de dobramento com mandril, semelhante ao ensaio de envelhecimento
térmico, e verifica-se a amostra possui ressecamento, trincas ou separação entre
camadas e bolhas. Após essa etapa, o material é aprovado ou rejeitado de acordo coma
Norma regente do ensaio.
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Tabela 1. Especificação de resultados para cada tipo de filme Isolante.
CARACTERÍSTICAS POLIÉSTER DMD NMN NOMEX
Absorção de água (%) Máx 0,75 Máx 6,0 Máx 6,0 Máx 10,0
Contração (%) Máx 3,0 Máx 3,0 Máx 3,0 Máx 3,0
Classe Térmica 130 °C 155°C 155 °C 180 °C
Resistência Térmica Isento de bolhas, rupturas ou separação de camadas.
Envelhecimento Térmico (96h Isento de ressecamento, bolhas ou separação entre camadas. Não
na temp. da classe térmica) deve apresentar trincas ou rupturas quando dobrados em mandril.
Tensão Disruptiva (varia mín de 13 kV a mín de 7 kV a 18 mín 14 kV a 23 mín de 6 kV a
conforme espessura do filme) 20 kV kV kV 12,5 kV
5.1. INTRODUÇÃO
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5.1.1. Infravermelho
5.2. ENSAIOS
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Tabela 2. Número de amostras para cada cabo e condição
Número de amostras para cada cabo e condição
Condição/cabos Amarelo Verde Cinza Azul
(EPR) (EPR) (EPR) (Silicone)
Impregnado 1314 10 10 10 10
Vapor 1314 10 10 10 10
Impregnado 1317 10 10 10 10
Vapor 1317 10 10 10 10
Impregnado 1319 10 10 10 10
Vapor 1319 10 10 10 10
Normal 5 5 5 5
Fonte: Elaborada pela autora
Como citado na Tabela 2, para cada verniz e condição foram cortados 10 cabos
de aproximadamente 20 cm de comprimento. O preparo do cabo consistiu em retirar o
condutor, procedimento que já é realizado rotineiramente.
Os vernizes têm maneiras distintas de serem impregnados. Os vernizes 1314 e
1319 são impregnados por meio de imersão, ou seja, o material a ser envernizado é
mergulhado em recipiente contendo o verniz. Já o 1317 é impregnado por meio de
gotejamento, em fábrica, mas no laboratório (em pequena escala) ele foi impregnado
por imersão.
É importante ressaltar o cuidado necessário ao impregnar os materiais, já que
problemas de aglutinação e bolhas podem surgir facilmente se não houver cuidados.
Deste modo, o manuseio para impregnar deve ser feito cuidadosamente.
Depois de impregnados, os cabos são dispostos em estufa com circulação de ar
por duas horas, para que ocorra a cura do material, que consiste em secar o verniz no
cabo e liberar alguns solventes. Para cada verniz há uma temperatura e tempo de cura:
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estudados. Estes foram ensaiados nos equipamentos FTIR (Infravermelho) e TGA, e
serão descritos especificamente.
Já as borrachas que tiveram contato com vapores liberados durante a cura das
impregnadas ainda que, tenha diminuído um pouco a média em relação ao normal,
continuam dentro das especificações.
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5.2.1.2. Análise por Infravermelho
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Em relação aos espectros das borrachas que ficaram em contato com o vapor dos
vernizes utilizados, não houve perdas ou aparecimento de bandas, portanto o mesmo
não será discutido.
5.2.1.3. TGA
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5.2.2. Cabos - Silicone
5.2.2.2. Infravermelho
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Neste espectro, ocorreu alteração na região de 2000 cm-1 a 1500 cm-1 e bandas
que não estavam presentes no espectro da borracha normal apareceram nos demais,
como pode ser observado na Figura 20. As borrachas impregnadas com os três vernizes
tiveram o acréscimo de uma banda em seu espectro, o que pode explicar as diferenças
no ensaio mecânico.
Nas borrachas que ficaram submetidas aos vapores dos vernizes, também não há
essas bandas, portanto, pode-se afirmar que o contato direto da borracha de silicone com
o verniz altera sua estrutura química de alguma maneira, o que justifica o alongamento e
força de tração não estarem conforme especificação.
5.2.2.3. TGA
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Pode se observar na Tabela 4 que para a borracha impregnada com o verniz
1314, a perda de massa da temperatura de 395°C até 600°C foi menor que na normal,
resultado oposto ao que ocorreu com a borracha de EPR.
6. CONCLUSÃO
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verificar a compatibilidade química entre as borrachas dos cabos de EPR e silicone
através de ensaios mecânicos e análises químicas. Ao executar o projeto tive a
oportunidade de conhecer e fazer uso do equipamento de infravermelho.
Também durante o projeto tive contato com o TGA, aparelho que faz análise
termogravimétrica e quantifica (percentualmente) o quanto de massa é perdida durante o
aquecimento do composto. Desde modo, também tive a oportunidade de conhecer um
novo equipamento que não foi possível ter contato nas aulas teóricas do curso técnico
em química.
Ainda sobre o projeto, é notável que as borrachas ao serem impregnadas sofrem
alterações estruturais e por isso suas propriedades físicas também. Embora não se possa
afirmar qual ligação química é alterada, as três análises permitem concluir que há
alterações estruturais, requerendo ensaios complementares para melhor elucidação.
De maneira geral, o estágio técnico obrigatório me proporcionou muito
conhecimento prático e teórico. Durante os 10 meses que permaneci na empresa,
aprendi muito com todos que trabalhavam próximo a mim, e pude conhecer melhor a
WEG e ter uma experiência profissional em uma multinacional.
O laboratório de isolantes, apesar de parecer não ter muita relação com química,
tem muitos fundamentos químicos envolvidos, que procurei abordar ao longo do
Relatório de Estágio.
Por fim, os colegas que me acompanharam durante o Estágio me guiaram a
aprender novos conhecimentos, foram essenciais em meu desenvolvimento como
Técnica em Química, bem como os docentes que me forneceram tanto conhecimento ao
longo de quatro anos.
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REFERÊNCIAS
WEG (Santa Catarina). Weg Institucional. WEG em Números. 2016. Disponível em:
<http://www.weg.net/institutional/BR/pt/weg-in-numbers>. Acesso em: 25 out. 2017.
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ANEXOS
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