Você está na página 1de 32

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA

DE SANTA CATARINA – CAMPUS JARAGUÁ DO SUL CURSO


TÉCNICO
EM QUÍMICA (MODALIDADE: INTEGRADO)

MARIA EDUARDA FONTANA DA SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO

JARAGUÁ DO SUL
NOVEMBRO DE 2017
MARIA EDUARDA FONTANA DA SILVA

RELATÓRIO DE ESTÁGIO OBRIGATÓRIO


WEG EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS SA
Laboratório de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)

Relatório de estágio obrigatório


apresentado como requisito para a
obtenção de diploma do Curso Técnico
em Química modalidade Integrado, do
Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Santa Catarina – Campus
Jaraguá do Sul.

Orientador: Juliano Ramos e Giovani


Pakuszewski

JARAGUÁ DO SUL
NOVEMBRO DE 2017
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 5

2. OBJETIVO GERAL .................................................................................................................... 5

2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS ...................................................................................................... 5

3. EMPRESA ................................................................................................................................... 6

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ............................................................................................. 6

4.1. CABOS ....................................................................................................................................... 7


4.1.1. EPR .................................................................................................................................... 8
4.1.2. Silicone ............................................................................................................................... 8
4.1.3. PVC (Cloreto de polivinila) ............................................................................................... 9
4.2. ENSAIOS.................................................................................................................................... 9
4.2.1. Resistência à Tração e Alongamento à Ruptura .............................................................. 10
4.2.2. Envelhecimento Térmico .................................................................................................. 12
4.3. FILMES ISOLANTES .............................................................................................................. 12
4.3.1. Poliéster ........................................................................................................................... 13
4.3.2. DMD................................................................................................................................. 13
4.3.3. NMN ................................................................................................................................. 13
4.3.4. NOMEX ............................................................................................................................ 14
4.4. ENSAIOS EM FILMES ISOLANTES ..................................................................................... 14
4.4.1. Contração......................................................................................................................... 14
4.4.2. Tensão Disruptiva ............................................................................................................ 16
4.4.3. Envelhecimento Térmico .................................................................................................. 17
4.4.4. Resistência ao Rasgo ........................................................................................................ 17
4.4.5. Determinação da Espessura ............................................................................................. 18
4.4.7. Absorção de água ............................................................................................................. 20
4.4.8. Especificação de resultados para cada tipo de filme Isolante. ........................................ 20
5. PROJETO: COMPATIBILIDADE QUÍMICA DA BORRACHA DE ISOLAÇÃO DE
CABOS IMPREGNADA COM VERNIZES ..................................................................................... 21

5.1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................ 21


5.1.1. Infravermelho ................................................................................................................... 22
5.1.2. Análise Termogravimétrica (TGA) ................................................................................... 22
5.2. ENSAIOS.................................................................................................................................. 22
5.2.1. Cabos - EPR ..................................................................................................................... 24
5.2.1.1. Resistência à Tração e Alongamento à Ruptura ........................................................................ 24
5.2.1.2. Análise por Infravermelho.......................................................................................................... 25
5.2.1.3. TGA ............................................................................................................................................ 26
5.2.2. Cabos - Silicone ............................................................................................................... 27
5.2.2.1. Resistência à Tração e Alongamento à Ruptura ........................................................................ 27
5.2.2.2. Infravermelho ............................................................................................................................. 27
5.2.2.3. TGA ............................................................................................................................................ 28

6. CONCLUSÃO ............................................................................................................................ 29

REFERÊNCIAS ................................................................................................................................. 31
1. INTRODUÇÃO

O estágio obrigatório é requisito para obtenção do diploma de Técnico em


Química no IFSC e é assegurado pela Lei no 11.788 de 2008 que classifica o estágio
como: ato educativo escolar supervisionado no ambiente de trabalho, visando a
preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino
regular.
O presente trabalho relata as atividades desenvolvidas durante o período de 06
de Fevereiro de 2017 até 22 de dezembro de 2017 na empresa WEG Equipamentos
Elétricos S.A, descrevendo o projeto de pesquisa proposto pela empresa e os ensaios de
rotina que foram realizados ao longo do ano.
Ao longo das 844 horas, o estágio foi desenvolvido nos Laboratórios de
Pesquisa e Desenvolvimento P&D da WEG, com foco no Laboratório de Isolantes. As
atividades desenvolvidas seguiram o cronograma de estágio e foram supervisionadas
pela Loreni Wajszczyk.

2. OBJETIVO GERAL

Realizar trabalho técnico relacionado à avaliação da compatibilidade química da


borracha de isolação de cabos com verniz/resina de impregnação e auxiliar nas
atividades de rotina, acompanhar estudos de caso e assessoria no Laboratório de
Isolantes.

2.1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

✓ Analisar materiais isolantes;


✓ Realizar ensaios gerais de: Resistência Térmica; Resistência Mecânica;
Resistência Elétrica;
✓ Acompanhar estudos de caso realizados no Laboratório P&D;
✓ Avaliar a compatibilidade química da borracha de isolação de cabos
impregnadas com vernizes/resinas.

5
3. EMPRESA

Fundada em 1961, a WEG nasceu a partir da união de três homens com


profissões diferentes. Werner, Egon e Geraldo uniram a experiência com manutenção
em eletrônica, arte na administração e criatividade mecânica, para formar a
multinacional WEG S/A.
Na década de 80, a empresa ampliou sua oferta e começou a produzir
componentes eletroeletrônicos, produtos para automação industrial, tintas líquidas e em
pó, vernizes eletroisolantes e transformadores de força e distribuição.
Atualmente, a empresa conta com cerca de 31.000 colaboradores distribuídos em
29 países e o faturamento em 2016 foi de 9,3 bilhões de reais. Junto ao crescimento
econômico da empresa, investe-se grandemente em pesquisa e desenvolvimento, com o
domínio de tecnologia e inovação no desenvolvimento de produtos. A partir disso, os
Laboratórios de Pesquisa e Desenvolvimento tem a missão de realizar ensaios, suporte
técnico à pesquisa e desenvolvimento de novas tecnologias e análise de falhas em
campo e nos processos de fabricação (WEG, 2016).
Vinculado a isso, a WEG conta com um setor de laboratórios avançados que
realizam testes de qualidade, fazem pesquisas e desenvolvem métodos. Diariamente, o
produto é avaliado de diferentes formas a fim de firmar a qualidade desta indústria. Os
testes variam desde o motor inteiro até as partes menores que o compõem.

4. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

Os materiais isolantes utilizados nos sistemas de isolação WEG passam por


rigorosos ensaios de inspeção, para garantir que estão de acordo com as Normas de
materiais e sistemas isolantes nacionais e internacionais.
Neste relatório estão descritos os mais frequentes e de maior relevância, que
seguem Normas internas da empresa baseadas em Normas externas como UL, ASTM e
IEC (Normas do mercado).

6
4.1. CABOS

No Laboratório de Isolantes, hodiernamente são realizados ensaios em materiais


poliméricos, dentre estes os cabos de isolação. Comumente cabos de silicone, Etileno
Propileno (EPR) e Cloreto de Polivinil (PVC) passam por ensaios de Resistência a
Tração, Alongamento e Envelhecimento Térmico, que serão descritos nos itens
seguintes. Em suma, as borrachas dos cabos são ensaiadas rotineiramente para
comprovar qualidade sem serem impregnadas com vernizes, mas em casos de pesquisa
de desenvolvimento ou estudo de caso é feita a impregnação dos materiais.
Os polímeros têm suas propriedades diferenciadas devido as diferentes
formações de cadeia, sendo as mais populares as ramificadas e as lineares. Essas
propriedades são responsáveis pelas formas e características dos materiais poliméricos.
Os cabos a serem empregados no motor são definidos de acordo com a classe
térmica necessária onde vão ser dispostos. Os materiais e sistemas isolantes são
classificados conforme a resistência à temperatura por longo período de tempo, cada
material é designado a uma classe de temperatura, conforme Figura 1.

Figura 1. Classes Térmicas

Fonte: DÖGE (2016)

7
4.1.1. EPR

Os cabos de EPR são materiais poliméricos, constituídos de Etileno-Propileno


(Figura 2), ou seja, são macromoléculas constituídas de monômeros. De acordo com
MANO (1999), as macromoléculas podem ser encontradas tanto em produtos de origem
natural, quanto sintéticos. Exemplo de fontes naturais são os polissacarídeos, proteínas e
ácidos nucleicos e de sintéticas temos o náilon e o poliestireno.
Os cabos de EPR são utilizados como cabo de ligação em motores e pertencem a
classe F de temperatura 155 °C.

Figura 2. Estrutura Química da Borracha de Etileno Propileno

Fonte: (CAETAN, 2014)

4.1.2. Silicone

De acordo com Coser (2009), a borracha de silicone é uma mistura de


poli(dimetilsiloxano), que contém átomos de silício e oxigênio, conforme pode se
observar na Figura 3. Seu peso molecular é de 300.000 a 700.000 g/mol e esse material
é amplamente utilizado variando em mais de 5000 produtos.
No Laboratório de Materiais Isolantes, a borracha de silicone é utilizada como
cabo de ligação em motores elétricos e os cabos de silicone são da classe térmica H que
é na faixa de 180 °C.

Figura 3. Estrutura Molecular da Borracha de Silicone

Fonte: Coser (2009)

8
4.1.3. PVC (Cloreto de polivinila)

PVC é a sigla inglês das palavras “ Polyvinyl chloride” que em português


significa cloreto de polivinila que também é conhecido como policloreto de polivinila,
mas sua nomenclatura IUPAC é policloroeteno, sendo um plástico, resistente a micro
organismos, impermeável, isolante térmico, elétrico e acústico, resistente a choques e
com vida útil de mais de 20 anos (FERNANDES, 2016). Na Figura 4 é possível
observar a molécula de PVC.

Figura 4: Molécula de PVC

Fonte: Química Seed (2017)

No laboratório de Isolantes, os cabos de PVC são utilizados na parte de ligação


dos motores, porém, são de uma classe de temperatura mais baixa, a classe A, e a
temperatura que esses materiais são ensaiados varia de 70 a 105 °C.

4.2. ENSAIOS

Diariamente são realizados ensaios envolvendo os citados cabos no laboratório


de Isolantes. Primeiramente, antes de realizar os ensaios o material é cortado em
amostras, como pode ser observado na Figura 5.

9
Figura 5. Amostras de cabos

Fonte: Própria autora

4.2.1. Resistência à Tração e Alongamento à Ruptura

Segundo a IEC 60811, Norma de métodos de ensaios comuns para materiais de


isolação e de cobertura de cabos elétricos, “resistência a tração” refere-se à tensão de
tração máxima registrada que é suportada pelo corpo-de-prova durante o ensaio de
tração até que ocorra sua ruptura. Já o termo “alongamento à ruptura” faz menção ao
incremento do comprimento de referência do corpo-de-prova, na ruptura, expresso
como porcentagem do comprimento de referência.

❖ Embutimento

Antes de realizar o ensaio de resistência à tração e alongamento à ruptura, é


necessário fazer o embutimento dos cabos que serão tracionados. Esse processo consiste
um pequeno pedaço do cabo em uma resina. Essa resina rapidamente se solidifica e os
cabos ficam totalmente imóveis em meio a ela, então ela é lixada e polida de maneira a
deixar a superfície dos cabos à mostra (Figura 6). Desta forma, pode-se medir a área de
cada cabo com o auxílio de um microscópio eletrônico. Colhida as áreas dos cabos, eles
podem ser tracionados e analisados.

10
Figura 6. Amostra de embutimento

Fonte: Própria Autora

O procedimento de embutimento é necessário para este ensaio, pois, através dele


é coletado o valor da área do cabo. Esse valor é utilizado pela Máquina Universal de
Ensaio (EMIC), com o auxílio de um extensômetro - que é responsável por medir o
deslocamento do material até ocorrer o rompimento. A EMIC é um equipamento para
desenvolvimento de materiais, produtos e ensaios de controle de qualidade. Além do
extensômetro ela é composta por células de carga, garras, dispositivos e por softwares
que quantificam e organizam os resultados obtidos através de gráficos. Na Figura 7
pode-se observar a Máquina Universal de Ensaio e o extensômetro, respectivamente, em
um ensaio envolvendo cabos.

Figura 7: Máquina Universal de Ensaio e extensômetro

Fonte: Própria autora

11
O ensaio em geral consiste em prender as duas extremidades do corpo-de-prova
nas células de carga e no extensômetro, é tencionar o material, promovendo seu
alongamento, até que ocorra a ruptura do mesmo.

4.2.2. Envelhecimento Térmico

O ensaio de envelhecimento térmico é referente ao processo físico resultante da


interação do polímero com o ambiente em que se encontra. Neste ensaio, é feita a
degradação do material através da aplicação de uma temperatura superior a classe em
que ele pertence, se a energia térmica for maior que a energia das ligações presentes no
material, ocorre a degradação do mesmo. No laboratório de Isolantes, o envelhecimento
térmico é feito em estufas.

❖ Cabos de EPR

Para cabos de EPR, o ensaio de envelhecimento térmico ocorre com as amostras


submetidas à estufa durante 168 horas a temperatura de 158°C.

❖ Cabos de Silicone

Para os cabos de silicone, o ensaio ocorre durante 168 horas também, mas a
temperatura na estufa é de 213 °C.

❖ Cabos de PVC

As borrachas de PVC são envelhecidas à temperatura de 135°C em estufa


durante sete dias.

4.3. FILMES ISOLANTES

Átomos são constituídos de um núcleo central formado por prótons e por


nêutrons e ao redor do núcleo existem órbitas em que estão os elétrons, que possuem
carga negativa. Os elétrons podem mudar de órbita conforme recebem energia, indo

12
para uma órbita mais externa e por conta disso, a ligação entre o átomo e o elétron fica
enfraquecido, ocasionando a migração deste para outro átomo.
Os materiais que possuem átomos que têm esse comportamento recebem o nome
de condutores e ao contrário do comportamento citado, existem os elétrons
extremamente ligados ao átomo e recebem o nome de dielétricos ou isolantes, por não
possibilitarem a libertação dos elétrons na influência de um campo elétrico.
No laboratório, diariamente foram ensaiados filmes isolantes, que são utilizados
no revestimento do motor. Os filmes são ensaiados conforme Normas internas da WEG
e de acordo com a especificação de cada material.

4.3.1. Poliéster

O filme de poliéster é uma folha homogênea composta por poliéster (Figura 8)


(Teraflato de polietileno) e pertence a classe térmica B (130°C).

Figura 8: Poliéster

Fonte: Mundo Vestibular (2017)

4.3.2. DMD

O DMD é um filme laminado em camadas, senda elas três camadas de fibra de


poliéster e, sua classe térmica é a F (155°C).

4.3.3. NMN

O filme de NMN também pertence à classe térmica F, mas em sua composição


contém aramida, além do poliéster. Assim como o DMD, ele também é laminado em
camadas, sendo elas: Aramida + Poliéster + Aramida.

13
4.3.4. NOMEX

Já o NOMEX, é uma folha homogênea que tem como constituinte principal a


aramida. A classe térmica desse material é a H (180°C) e na Figura 9, é possível
observar a estrutura química da Aramida.

Figura 9. Nomex

Fonte: DUPONT (1996)

4.4. ENSAIOS EM FILMES ISOLANTES

4.4.1. Contração

O ensaio de contração consiste em medir a largura e o comprimento de um


determinado material antes de deixá-lo na estufa e depois de ter o deixado na estufa. A
contração refere-se ao quanto as fibras do material encolhem ao serem submetidas a
condições diferentes O objetivo do ensaio é determinar a variação dessas medidas
conforme as amostras são submetidas a um aumento de temperatura.
No laboratório de materiais isolantes foram realizados vários ensaios de
contração em filmes. Para este ensaio utilizavam-se dois corpos de prova de 100 mm de
comprimento e largura, e identificados conforme o sentido de laminação, que consiste
no sentido que as fibras estão dispostas. Em seguida, tirava-se a medida da largura e do
comprimento inicial de cada corpo de prova com o auxílio de um paquímetro (Figura
10), aparelho que mede o comprimento e largura em escala milimétrica.

14
Figura 10: Paquímetro

Fonte: Própria autora

Repetia-se a medição após 24 horas de estufa e depois após 48 horas de estufa


para identificar a variação conforme o envelhecimento do material. Na Figura 11 pode-
se observar como é feito o controle do ensaio.

Figura 11. Ensaio de contração

Fonte: Laboratório de materiais isolantes

15
Depois de anotados todos os valores de largura e comprimento dos corpos de
prova, aplica-se uma formula de acordo com o regulamento interno da empresa, para
obter-se o resultado do ensaio de contração.

4.4.2. Tensão Disruptiva

Tensão refere-se ao estado que se tem ameaça de rompimento. No ensaio de


tensão disruptiva, busca-se o valor de ruptura dielétrica de um material, ou seja, o valor
em que vai ocorrer o rompimento desse material ocasionado pela aplicação de
eletricidade constante.
Nos materiais isolantes utiliza-se um aparelho que contabiliza o quanto esses
materiais ionizam até se tornarem condutores. Na WEG, diariamente realizam-se
ensaios que envolvem ruptura dielétrica. Esses ensaios são realizados em diferentes
materiais isolantes e em diferentes condições, podendo ser realizado em contato com o
ar ou imerso em água.
Em filmes isolantes, o ensaio é feito utilizando um corpo de prova com área de
160 de largura e 160 mm de comprimento. São cortadas cinco amostras e estes são
submetidos à eletricidade utilizando um aparelho de ruptura dielétrica que tem como
tensão máxima 36 kV. Na Figura 12, a foto da esquerda, representa um corpo de prova
de filme isolante utilizado no ensaio, e na foto da direita, tem-se o aparelho de Ruptura
Dielétrica.

Figura 12. Corpo e prova de filme isolante (esquerda) e aparelho de ruptura dielétrica
(direita).

Fonte: Própria Autora

16
4.4.3. Envelhecimento Térmico

Assim como nos cabos, nos filmes também são feitos teste de envelhecimento,
que consiste em aplicar temperatura no material durante um dado tempo para verificar
se o mesmo irá sofrer degradação.
Em filmes isolantes, o ensaio de envelhecimento térmico é realizado dispondo
três amostras com 150 mm de comprimento e 25 mm de largura (Figura 13) na estufa e
submetendo-os à temperatura de classe de cada filme durante 96 horas.
Após o tempo na estufa, os filmes são dobrados num ângulo de 180º em torno
dos diâmetros de um mandril. Após cada dobramento, verifica-se os corpos de prova
apresentaram ressecamento, bolhas ou separação entre as camadas e se apresentam
trincas ou outros sinais de ruptura quando dobrados.

Figura 13: Corpos de prova para ensaio de envelhecimento térmico

Fonte: Própria Autora

4.4.4. Resistência ao Rasgo

O ensaio de resistência ao rasgo consiste em determinar a força média necessária


para que o material rasgue. No laboratório de materiais isolantes, o ensaio de
rasgamento é muito utilizado em filmes isolantes. Para ensaiar esses filmes, são cortadas
amostras de prova no formato e especificação demonstrada na Figura 14. Para cada

17
sentido de laminação, que são o transversal e o longitudinal, são cortadas cinco corpos
de prova.

Figura 14. Corpo de prova para ensaio de Resistência ao rasgo

Fonte: Elaborado pela autora

Cada extremidade de 25 mm é presa em uma célula e ao iniciar o ensaio, cada


uma é puxada para um lado diferente a fim de promover o rasgo.
Os corpos de prova são ensaiados na máquina de ensaios universais (EMIC)
utilizando um dispositivo de resistência ao rasgo. Depois de ensaiados, é realizado o
cálculo da resistência ao rasgo através de equação disponível na Norma interna da
WEG.

4.4.5. Determinação da Espessura

Esse ensaio simples é utilizado para obter a espessura dos filmes através de uma
média aritmética. Para isso é necessário cortar três corpos de prova com 150 mm de
comprimento e 25 mm de largura e medir a espessura de cada corpo de prova em 3
pontos distribuídos de maneira uniforme pela área dos corpos. As medições são feitas
utilizando um micrômetro (Figura 15), aparelho que mede com escala de 0,001 mm.

18
Figura 15: Micrômetro

Fonte: Própria autora

4.4.6. Resistência Térmica

Este ensaio tem como objetivo verificar, também, possíveis degradações no


material. Para isso, utilizam-se três corpos de prova com dimensão 100 x 150 mm
(Figura 16) para serem dispostas na estufa à temperatura conforme sua classe térmica.

Figura 16: Amostra para teste de Resistência Térmica

Fonte: Própria autora

19
Após 8 horas na estufa o material retirado é deixado para esfriar. Posteriormente,
se realiza o teste de dobramento com mandril, semelhante ao ensaio de envelhecimento
térmico, e verifica-se a amostra possui ressecamento, trincas ou separação entre
camadas e bolhas. Após essa etapa, o material é aprovado ou rejeitado de acordo coma
Norma regente do ensaio.

4.4.7. Absorção de água

No ensaio de absorção de água, três amostras com mesma espessura que do


ensaio de envelhecimento térmico, 100 mm x 25 mm, são cortadas. Essas amostras são
secas na estufa a temperatura de 50 ± 3°C durante 24 horas. Dando continuidade ao
ensaio, os corpos de prova secos são pesados em uma balança analítica e anota-se o
peso inicial da amostra. Em seguida, são colocados num recipiente contendo água
destilada a 23 ± 1°C de maneira que fiquem totalmente imersos.
Após 24 horas eles são retirados da água e enxugados cuidadosamente utilizando
um papel absorvente para cada amostra e imediatamente realiza-se a pesagem e anotasse
os valores obtidos.
O resultado desejado visa o teor de água absorvido pelo filme isolante, uma vez
que, se absorver mais água do que é permitido pode haver interferência na isolação do
motor, e é calculado conforme Norma interna.

4.4.8. Especificação de resultados para cada tipo de filme Isolante.

Na tabela 1 é possível observar as especificações mínimas de avaliação para


cada tipo de filme utilizado nos sistemas de isolação WEG, de acordo com cada ensaio
que foi descrito nos tópicos anteriores.

20
Tabela 1. Especificação de resultados para cada tipo de filme Isolante.
CARACTERÍSTICAS POLIÉSTER DMD NMN NOMEX
Absorção de água (%) Máx 0,75 Máx 6,0 Máx 6,0 Máx 10,0

Contração (%) Máx 3,0 Máx 3,0 Máx 3,0 Máx 3,0
Classe Térmica 130 °C 155°C 155 °C 180 °C
Resistência Térmica Isento de bolhas, rupturas ou separação de camadas.

Envelhecimento Térmico (96h Isento de ressecamento, bolhas ou separação entre camadas. Não
na temp. da classe térmica) deve apresentar trincas ou rupturas quando dobrados em mandril.
Tensão Disruptiva (varia mín de 13 kV a mín de 7 kV a 18 mín 14 kV a 23 mín de 6 kV a
conforme espessura do filme) 20 kV kV kV 12,5 kV

Fonte: Elaborada pela autora

5. PROJETO: COMPATIBILIDADE QUÍMICA DA BORRACHA DE


ISOLAÇÃO DE CABOS IMPREGNADA COM VERNIZES

5.1. INTRODUÇÃO

A fim de simular o processo fabril envolvendo os cabos de ligação e de averiguar as


causas de problemas recorrentes na fábrica, este projeto foi desenvolvido com o intuito
de testar a compatibilidade química entre os vernizes de impregnação e as borrachas dos
cabos utilizados em motores elétricos, já que os mesmos, quando impregnados, estão
ficando ressecados e trincados, o que ocasiona a exposição do condutor e possivelmente
um curto circuito ou choques.
O presente estudo envolveu ensaios de compatibilidade química de borrachas de
EPR e silicone com os diferentes vernizes de impregnação utilizados nos processos
WEG, uma vez que as mesmas apresentaram problemas no parque fabril e
comprometeram o funcionamento de motores. A cura que consta no boletim técnico
deste material é de 150°C por duas horas, mas como o objetivo do ensaio é simular a
utilização do reagente na fábrica, adotou-se a condição de 170°C.
Outros ensaios realizados para averiguar a compatibilidade química entre as
borrachas e os vernizes foram a análise termogravimétrica e o infravermelho, que foram
realizados nos cabos que apresentaram resultados mais discrepantes no teste de tração e
alongamento à ruptura.

21
5.1.1. Infravermelho

Existem diversas formas de identificar a composição de materiais, seja ela a


nível molecular ou atômico e, através dessas técnicas é possível saber as concentrações
dessas substâncias. A análise de infravermelho é uma técnica espectroscópica, ou seja,
consiste em medir a radiação eletromagnética absorvida ou emitida pelo material e
possibilita verificar a estrutura de determinada substância.
O processo ocorre incidindo um feixe de luz com comprimento de onda na
região do infravermelho e o aparelho, através de um software, constrói os espectros de
absorção (e/ou transmissão). De maneira geral, cada material tem um espectro que já é
conhecido, então com base na literatura, pode-se deduzir quais são as substâncias e
ligações presentes no material (OLIVEIRA; PRADO, 2012)

5.1.2. Análise Termogravimétrica (TGA)

A análise Termogravimétrica tem como objetivo quantificar a perda de massa


em amostras em função do aumento de temperatura. A técnica consiste em separar uma
pequena amostra do material que se deseja analisar e pesar esse material em uma
balança que já é acoplada no equipamento. Anotado o peso, o aquecimento da amostra é
feito através de atmosfera de nitrogênio no início e no final o restante da amostra é
transformado em cinzas por meio da aplicação de oxigênio.
Com base na massa inicial de cada amostra, são calculados os percentuais de
perda de massa em um intervalo de tempo e temperatura, subtraindo-se o valor inicial
da massa final obtida em cada intervalo de temperatura. Através do TGA é possível
verificar as alterações que a amostra sofre ao longo do processo de aumento de
temperatura.

5.2. ENSAIOS

Para realizar os ensaios, primeiramente foram preparadas 10 amostras de cada


cabo para cada condição e 5 amostras que não foram submetidas a nenhuma condição
térmica e química (normal) para servir como base na avaliação. A quantidade de
amostras preparadas está representada na Tabela 2.

22
Tabela 2. Número de amostras para cada cabo e condição
Número de amostras para cada cabo e condição
Condição/cabos Amarelo Verde Cinza Azul
(EPR) (EPR) (EPR) (Silicone)
Impregnado 1314 10 10 10 10
Vapor 1314 10 10 10 10
Impregnado 1317 10 10 10 10
Vapor 1317 10 10 10 10
Impregnado 1319 10 10 10 10
Vapor 1319 10 10 10 10
Normal 5 5 5 5
Fonte: Elaborada pela autora

Como citado na Tabela 2, para cada verniz e condição foram cortados 10 cabos
de aproximadamente 20 cm de comprimento. O preparo do cabo consistiu em retirar o
condutor, procedimento que já é realizado rotineiramente.
Os vernizes têm maneiras distintas de serem impregnados. Os vernizes 1314 e
1319 são impregnados por meio de imersão, ou seja, o material a ser envernizado é
mergulhado em recipiente contendo o verniz. Já o 1317 é impregnado por meio de
gotejamento, em fábrica, mas no laboratório (em pequena escala) ele foi impregnado
por imersão.
É importante ressaltar o cuidado necessário ao impregnar os materiais, já que
problemas de aglutinação e bolhas podem surgir facilmente se não houver cuidados.
Deste modo, o manuseio para impregnar deve ser feito cuidadosamente.
Depois de impregnados, os cabos são dispostos em estufa com circulação de ar
por duas horas, para que ocorra a cura do material, que consiste em secar o verniz no
cabo e liberar alguns solventes. Para cada verniz há uma temperatura e tempo de cura:

● 1314: 1,5h – 3h / 145°C – 155°C


● 1317: 15min. – 45min. / 130°C – 150°C.
● 1319: 1,5h – 3h. / 125°C – 130°C

Para aprofundar o projeto e as análises, foram escolhidos os cabos que


apresentaram maiores problemas em fábrica e no ensaio de resistência à tração, os
amarelos, e para representar outro polímero, os cabos azuis (silicone) foram também

23
estudados. Estes foram ensaiados nos equipamentos FTIR (Infravermelho) e TGA, e
serão descritos especificamente.

5.2.1. Cabos - EPR

5.2.1.1. Resistência à Tração e Alongamento à Ruptura

No ensaio de Resistência à tração e alongamento à ruptura, constatou-se que ao


serem impregnados, as borrachas perdem um pouco de suas propriedades mecânicas,
variando de acordo com o tipo de borracha e verniz. A borracha de EPR escolhida para
representar os demais foi a de cor amarela, geralmente utilizada em ligação de motores,
pois, dentre os problemas que ocorrem em fábrica, esta é a que mais está envolvida e no
ensaio mecânico, também foi a que apresentou maiores variações.
Como pode se observar na Figura 17, as borrachas que foram impregnadas com
os vernizes 1314 e 1317 tiveram as piores médias de alongamento dentre todas e
ficaram abaixo da especificação mínima exigida.

Figura 17. Média percentual de alongamento para borrachas de EPR

Já as borrachas que tiveram contato com vapores liberados durante a cura das
impregnadas ainda que, tenha diminuído um pouco a média em relação ao normal,
continuam dentro das especificações.

24
5.2.1.2. Análise por Infravermelho

Como já citado, através da análise de infravermelho é possível verificar


alterações na estrutura de dado material. Na Figura 18 é possível observar os espectros
da borracha de EPR amarelo contendo os três impregnantes (1314; 1317 e 1319) em
comparação com a sem contato com nenhum verniz, chamada de normal.

Figura 18. Espectro de absorção infravermelha dos cabos de EPR impregnados

Na análise da borracha impregnada com o verniz 1314 ocorreu uma mudança em


relação ao normal. É possível perceber que na região de 2000 a 1500 cm -1 uma banda
desaparece, indicando que a borracha sofre interferência na sua estrutura e justificando
uma maior degradação quando em contato com esse verniz. Possivelmente, a banda que
desaparece pode ser algum tipo aditivo de elasticidade ou alguma reação secundária que
acontece formando algum composto mais rígido, visto que, no teste mecânico essa
borracha diminui o percentual de alongamento. Os demais espectros não sofrerão
alterações visíveis em relação à borracha sem contato com nenhum verniz.

25
Em relação aos espectros das borrachas que ficaram em contato com o vapor dos
vernizes utilizados, não houve perdas ou aparecimento de bandas, portanto o mesmo
não será discutido.

5.2.1.3. TGA

Como constatado nos ensaios de resistência a tração e alongamento à ruptura, a


borracha de EPR amarelo demonstrou deteriorar-se mais facilmente quando
impregnada, principalmente quando utilizamos o verniz 1314. Através da análise
termogravimétrica, é possível verificar a perda da massa deste material em relação a
temperatura aplicada, como pode ser observado na Tabela 3.

Tabela 3: EPR- Amarelo


Normall Impreg Impreg Impreg Vapor Vapor Vapor
1314 1317 1319 1314 1317 1319
Perda de massa de 30°C 14,4 17,6 16,2 14,7 14,5 14,4 14,7
a 395°C (%)
Perda de massa de 395°C 41,2 41,3 41,2 41,3 41,2 41,2 41,2
a 600°C (%)
Perda de massa de 600°C 1,6 3,2 2,3 1,9 1,7 1,7 1,7
a 900°C (%)
Temperatura de maior 483,3 480,3 480,5 480,3 480,2 479,1 360,
velocidade de 7
degradação (°C)
Teor de cinzas a 900°C 42,7 37,8 40,3 42,2 42,6 42,8 42,3
(%)

Através da Tabela 3, é possível verificar que a perda de massa da borracha


normal em relação ao impregnado é menor de que em relação as que tiveram contato
com os vernizes. Na temperatura de 600°C a 900 °C de massa da borracha impregnada
com o verniz 1314 em relação ao normal foi duas vezes maior, justificando os
problemas que ocorrem nas borrachas impregnadas que estão no motor, uma vez que as
mesmas estão degradando mais rápido que as normais.
Além disso, a temperatura de maior velocidade de degradação para borrachas
impregnadas e no vapor é sempre menor que a temperatura da borracha normal, ou seja,
elas começam a perder massa antes das borrachas sem contato com os vernizes.

26
5.2.2. Cabos - Silicone

5.2.2.1. Resistência à Tração e Alongamento à Ruptura

Semelhante ao que ocorreu com o EPR, as borrachas de silicone também


apresentaram alteração na propriedade mecânica de alongamento do material. Conforme
a Figura 19, as borrachas impregnadas com o verniz 1314 e 1317 ficaram muito abaixo
da especificação mínima aceita, comprovando o fato de que ao serem impregnadas, a
compatibilidade química entre elas varia alterando suas propriedades mecânicas.

Figura 19: Média percentual de alongamento para borrachas de Silicone

As demais borrachas se mantiveram com médias de alongamento acima da


especificação e as que tiveram contato com vapores provenientes dos vernizes, embora
tenham ficado acima do especificado, também diminuíram um pouco em relação ao
normal. O desvio padrão das amostras foi relativamente alto por conta dos resultados
serem bastante variados.

5.2.2.2. Infravermelho

Como o ensaio de resistência a tração e alongamento à ruptura apresentaram


grandes variações em borrachas impregnadas, realizou-se a análise de infravermelho
para verificar possíveis alterações estruturais no material.

27
Neste espectro, ocorreu alteração na região de 2000 cm-1 a 1500 cm-1 e bandas
que não estavam presentes no espectro da borracha normal apareceram nos demais,
como pode ser observado na Figura 20. As borrachas impregnadas com os três vernizes
tiveram o acréscimo de uma banda em seu espectro, o que pode explicar as diferenças
no ensaio mecânico.

Figura 20: Espectro de absorção infravermelha das borrachas de Silicone impregnadas

Nas borrachas que ficaram submetidas aos vapores dos vernizes, também não há
essas bandas, portanto, pode-se afirmar que o contato direto da borracha de silicone com
o verniz altera sua estrutura química de alguma maneira, o que justifica o alongamento e
força de tração não estarem conforme especificação.

5.2.2.3. TGA

A análise termogravimétrica para as borrachas de silicone apresentaram


alternâncias e não seguiram um padrão, como nas de EPR.

28
Pode se observar na Tabela 4 que para a borracha impregnada com o verniz
1314, a perda de massa da temperatura de 395°C até 600°C foi menor que na normal,
resultado oposto ao que ocorreu com a borracha de EPR.

Tabela 4: TGA – Borrachas de silicone

Normal Impreg. Impreg. Vapor Vapor Vapor


1314 1317 1319 1314 1317
Perda de massa de 30°C 11,4 3,6 13,3 10,8 11,4 11,2
a 395°C (%)
Perda de massa de 36,2 22,4 40 39,1 35,8 42,16
395°C a 600°C (%)
Perda de massa de 0 1,4 2 2,1 0 2
600°C a 900°C (%)
Temperatura de maior 678,7 663,9 685,9 687,6 681,4 685,9
velocidade de
degradação (°C)
Teor de cinzas a 900°C 52,4 28,7 46,7 50,1 52,9 46,7
(%)

Vinculado a isso, a temperatura de maior velocidade de degradação também foi


maior do que a borracha normal, ou seja, a borracha sem impregnação começou a perder
massa antes das impregnadas, o que não condiz com os testes mecânicos, uma vez que
neste ensaio as borrachas impregnadas se mostraram mais “resistentes” que a borracha
normal.

6. CONCLUSÃO

Diante de todas as atividades desenvolvidas, pode-se afirmar que os ensaios que


são realizados no laboratório de materiais isolantes embora não sejam diretamente
químicos, há inúmeros aspectos químicos que podem auxiliar a compreensão destes
ensaios. Ao mencionar “isolantes” é importante recordar qual material e suas
propriedades, o qual está relacionado com as teorias atômicas.
Outrossim, ensaios que envolvem envelhecimento, alongamento, ruptura
absorção se relacionam totalmente com a química, pois, a estrutura das moléculas
presentes no material e as ligações que as compõem influenciam suas características
físicas.
Durante o estágio, a parte que mais envolveu conhecimentos químicos foi o
projeto proposto no cronograma de estágio. O objetivo principal do projeto visava

29
verificar a compatibilidade química entre as borrachas dos cabos de EPR e silicone
através de ensaios mecânicos e análises químicas. Ao executar o projeto tive a
oportunidade de conhecer e fazer uso do equipamento de infravermelho.
Também durante o projeto tive contato com o TGA, aparelho que faz análise
termogravimétrica e quantifica (percentualmente) o quanto de massa é perdida durante o
aquecimento do composto. Desde modo, também tive a oportunidade de conhecer um
novo equipamento que não foi possível ter contato nas aulas teóricas do curso técnico
em química.
Ainda sobre o projeto, é notável que as borrachas ao serem impregnadas sofrem
alterações estruturais e por isso suas propriedades físicas também. Embora não se possa
afirmar qual ligação química é alterada, as três análises permitem concluir que há
alterações estruturais, requerendo ensaios complementares para melhor elucidação.
De maneira geral, o estágio técnico obrigatório me proporcionou muito
conhecimento prático e teórico. Durante os 10 meses que permaneci na empresa,
aprendi muito com todos que trabalhavam próximo a mim, e pude conhecer melhor a
WEG e ter uma experiência profissional em uma multinacional.
O laboratório de isolantes, apesar de parecer não ter muita relação com química,
tem muitos fundamentos químicos envolvidos, que procurei abordar ao longo do
Relatório de Estágio.
Por fim, os colegas que me acompanharam durante o Estágio me guiaram a
aprender novos conhecimentos, foram essenciais em meu desenvolvimento como
Técnica em Química, bem como os docentes que me forneceram tanto conhecimento ao
longo de quatro anos.

30
REFERÊNCIAS

CAETAN, Mário. Borrachas de Etileno Propileno (EPM e EPDM): Borracha de


Etileno Propileno (EPM). 2014. Disponível em:
<https://ctborracha.com/?page_id=5279>. Acesso em: 25 out. 2017.

COSER, Eliane. Caracterização da borracha de Silicone utilizada em Isoladores


para rede elétrica. 2009. 111 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia, Ciência
e Tecnologia de Materiais, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,
2009.Disponívelem:
<http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/17623/000720115.pdf?sequence=1>
. Acesso em: 25 out. 2017.

FERNANDES, Silvio Soares; DIACENCO, Adriana Amaro. Origem do PVC e seu


processo de transformação. Revista Científica da FEPI, v. 7, n. 1, 2016.

DÖGE, Maiely. Relatório de Estágio Obrigatório. 2016. 58 f. TCC (Graduação) -


Curso de Técnico em Química, Instituto Federal de Santa Catarina, Jaraguá do Sul,
2016.

DUPONT (Wilmington). Dupont Products (Comp.). Nomex & Kevlar. 1996.


Disponível em: <http://www.iec-international.com/dupont/nomex/index.html>. Acesso
em: 01 nov. 2017.

OLIVEIRA LEITE, Diego de; PRADO, Rogério Junqueira. Espectroscopia no


infravermelho: uma apresentação para o Ensino Médio. Revista Brasileira de
Ensino de Fısica, v. 34, n. 2, p. 2504, 2012.

VESTIBULAR, Mundo (Org.). POLÍMEROS DE CONDENSAÇÃO: Poliésteres.


2017. Disponível em:
<http://www.mundovestibular.com.br/articles/777/1/POLIMEROS-DE-
CONDENSACAO/Paacutegina1.html>. Acesso em: 31 out. 2017.

WEG. Manual da Qualidade Laboratório De P&D - WMO. 2016. 21 p. WMO


Motores, Laboratório Pesquisa e Desenvolvimento, Jaraguá do Sul.

WEG (Santa Catarina). Weg Institucional. WEG em Números. 2016. Disponível em:
<http://www.weg.net/institutional/BR/pt/weg-in-numbers>. Acesso em: 25 out. 2017.

31
ANEXOS

32
33

Você também pode gostar