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DESENVOLVIMENTO DE UM MODELO MATEMÁTICO PARA

DETERMINAÇÃO DO REQUERIMENTO DE ENERGIA DE MOAGEM DA


RESERVA DE MINÉRIO DE FERRO DA SAMARCO MINERAÇÃO S.A.

Grupo de Geometalurgia
- Rafael de Souza Rodrigues
- Leonardo Esteves Bonfioli
- Paulo Sérgio Mapa
- Leônidas Angelo Pinto

1
Samarco Mineração

50%
QUADRILÁTERO FERRÍFERO 50%

Belo Horizonte GERMANO

Tubarão
Vitória

MINAS Brasília

GERAIS PONTA UBU


Vitória
Rio de Janeiro

MINA • BENEFICIAMENTO • MINERODUTO • PELOTIZAÇÃO • PORTO

2
Samarco Mineração
Operações Unitárias

3
Samarco Mineração

Legend
Alegria North Samarco's Tenures

Municipal Limits
Mariana
Ouro Preto

Alegria Vale’s
Center Facilities

P3P
Overland conveyor
belt – North system
Rio
Piracicaba
Alegria South

Germano

Overland conveyor
belt – South system

Germano
Tailing Dam
4
Contexto Geológico

Sinclinal Moeda

5
Samarco Mineração
Recurso Mineral

ALEGRIA NORTH + CENTER 2013


20Class wmt Fe Al2O3 Al2O3c P Pc LOI LOIc +3/8" +100# SH
Measured 1 597 942 400 41.57 0.67 0.42 0.047 0.058 3.52 4.28 49.74 74.31 21.17
Indicated 1 853 405 000 38.11 0.61 0.40 0.042 0.056 3.23 4.16 55.74 77.97 20.63
Inferred 1 142 018 800 37.30 0.59 0.39 0.042 0.056 3.04 3.94 60.49 80.52 18.15
Total 4 593 366 200 39.11 0.63 0.40 0.044 0.057 3.28 4.15 54.83 77.33 20.20

ALEGRIA SOUTH 2013


Class wmt Fe Al2O3 Al2O3c P Pc LOI LOIc +3/8" +100# SH
Measured 1 223 727 600 36.72 0.50 0.33 0.033 0.045 2.39 3.26 52.72 74.45 23.40
Indicated 967 603 400 35.04 0.48 0.32 0.034 0.046 2.42 3.32 61.83 81.44 20.01
Inferred 807 443 000 34.27 0.48 0.31 0.030 0.042 2.25 3.08 62.06 81.17 22.32
Total 2 998 774 000 35.52 0.49 0.32 0.032 0.045 2.36 3.23 58.17 78.51 22.01

GERMANO 2013
Class wmt Fe Al2O3 Al2O3c P Pc LOI LOIc +3/8" +100# SH
Measured 185 592 000 38.40 0.66 0.40 0.037 0.051 0.83 1.12 21.16 47.93 84.11
Indicated 189 728 000 37.37 0.87 0.50 0.043 0.062 0.96 1.28 25.27 52.82 79.63
Inferred 69 080 000 35.17 0.70 0.41 0.035 0.050 0.66 0.90 33.83 55.89 86.92
Total 444 400 000 37.46 0.76 0.44 0.039 0.056 0.86 1.16 24.88 51.26 82.63

TOTAL RESOURCE 2013


Class wmt Fe Al2O3 Al2O3c P Pc LOI LOIc +3/8" +100# SH
Measured 3 007 262 000 39.40 0.60 0.38 0.041 0.052 2.89 3.67 49.19 72.74 25.96
Indicated 3 010 736 400 37.08 0.58 0.38 0.039 0.053 2.83 3.71 55.78 77.50 24.15
Inferred 2 018 541 800 36.02 0.55 0.36 0.037 0.050 2.64 3.49 60.21 79.94 22.17
Total 8 036 540 200 37.68 0.58 0.37 0.039 0.052 2.80 3.64 54.42 76.33 24.33
6
Samarco Mineração
Reserva de Minério

3.500 +48% -1%


3.008 2.976
3.000

2.500 +19%
+7% 2.029
+42%
MM NMT

2.000
1.701
+88% 1.586
1.500
1.116
+113%
1.000
+87% 595
500 280
150
0
1977 1990 2001 2005 2008 2009 2011 2012 2013

CHEMICAL QUALITY SIZE QUALITY MINERALOGY

Year Tonnes (nmt) Fe Al2O3c Pc LOIc >3/8” >100# SHc

2001 595,000,000 46.12 0.31 0.043 3.00 - - 21.36


2005 1,116,000,000 43.74 0,35 0.047 3.23 38.73 69.40 28.20
2008 1,586,000,000 42.46 0.37 0.048 3.21 47.86 72.77 27.39
2009 1,701,000,000 42.87 0.37 0.048 3.14 47.39 72.68 26.99
2011 2,029,378,715 41.19 0.41 0.047 3.36 46.10 71.55 23.2
2013 2,976,521,300 39.70 0.37 0.048 3.43 49.00 72.50 -
7
Modelo Geológico-Tipológico

Baseado na composição mineralógica do minério

Magnetita Hematita especular Hematita Martita Goethita


(porosa)
20
20

7772000
40
Cf

30
Ba IMG Md
Md18 70
Md IEM
Md IG AT
Md
Md 35 40
IMG 50 50
55 50 IAG
Mo
IEM 60 IME IAG
Ba IG IME
IMEG 55
IEMd 70 60IMEG
AT
60
IMG IG IE 75 65 70
IMEG IE
AT IAG IAM75 60
IG
Md 55 IEM90
IMG IMGIMG IMEGIEM IEM
IG IEM IMEG IME 50 IM
IEMG AT
IEM
IMG IG IMG
IMEG
IEM AT
IE IEMG IMEG
Mo
55
30
IMG IEM AT 45
IME 90
IEM IAG PI 80 60
IMGMd IAM IE
IMG IEM
IM IME 65 Piracicaba

7768000
IMEG IMEG
Md IEG
IEM IAM Sab
IMEIMEGIMEG IT
IGIMEG IMG La

LEGENDA: IEM IEM


PI80
PI 80 55 PI
IMAG 50 45
70 80
75 40 20

IMAG IME IME


IM

IAG
IAG

IM 8080
50
60
70
60
IAG
20 45
Rp 50

IMEG IE 45IAM
IMEIEM
25IEM
35 IEG
PI
40
45
50
IE
AT
35 55
IME
IMEG35 PI
IAM IEMG 50
IMGIM
IGIMAG IM 55
50
35 45

20
IT
Md IAM 40
IAG
IAG IEM IME
32 IM
2926 75
32IAG AT
IEM
18 35
FL IMG IM

7764000
Ba 38 IME IM 40
Ca 25 IEG
Ba PI 20
La
Ca La IT

QT IMGE 652000 656000


Meters 8
0 500 1.000 2.000 3.000 4.000
Modelo Geológico-Tipológico

Classificação do Minério quanto à Compacidade

9
Aumento da Compacidade do minério
em Profundidade
Seção vertical de Alegria Norte

Compacidade
Friável
Semi Compacto
Compacto
10
Participação do Minério Semi Compacto
na Lavra

Aumento da Compacidade do Minério

11
Compacidade do Minério

• O aproveitamento dos minérios de maior compacidade impacta significativamente


no processo de moagem;

• Minérios mais duros/consistentes demandam maior requerimento energético,


acarretando em grande dificuldade para atender as especificações com as taxas
nominais de alimentação, no caso da Samarco, 10% retido na malha de150µm.

• A obtenção da liberação mineral, necessária ao processo de flotação, é


comprometida, prejudicando a obtenção das especificações de qualidade do
concentrado e de índices otimizados de recuperação metálica.

12
Objetivo

Objetivo: desenvolvimento de ferramentas que possibilitem a previsão do


comportamento do minério para a etapa de moagem

• Questionamento do +3/8” como variável que traduz a compacidade/dureza;

• Estudo das variáveis que mais impactam no comportamento do minério na


moagem;

• Definição do teste/variável que reflete o comportamento do minério na moagem;

• Disponibilizar ao planejamento de mina e engenharia de processo variáveis que


forneçam previsibilidade do comportamento do minério na etapa de moagem;

13
Requerimento Energético Moagem

• O requerimento energético é a ferramenta que traz a relação direta do comportamento do


minério ao conceito de eficiência de moagem, fornecendo subsídios para o controle
operacional do circuito de moagem e para o dimensionamento de novas instalações.

• O ensaio de requerimento energético é realizado rotineiramente na Samarco desde 1995;

• Fornece o consumo específico de energia para os moinhos industriais.

14
Caracterização das amostras de
furos de sonda

• 2003 – Caracterização completa nas amostras de


furos de sonda;

Análise Granulométrica • 2010 – Análise do Grau de Liberação

AMOSTRA (séries Grossa Média e Fina) • 2013 – Resgate dos valores de DTM (desde 2007)
• 2013 – Inserção do teste de requerimento
energético
Britagem e Peneiramento
AQ

Moagem DTM
(100#)
Eficiência Energética

Lama Deslamagem
GL
AQ AM +100#

Rejeito Flotação

Concentrado AQ AM 15
Investigação Inicial

• Amostras com mesma faixa de +3/8” e valores de requerimento energético distintos;

• Amostras dos minérios anfibolíticos com valores de energia significativamente maiores


do que os tipos martíticos-especularíticos.

• Requerimento energético apresentou boa correlação com teor de PPC e valor de DTM.

16
Modelo Geometalúrgico
Requerimento Energético

• Estudo estatístico do banco de dados das amostras de furos de sonda com resultado de
requerimento energético – 450 amostras;

• Identificação das variáveis significativas no resultado de requerimento energético;

Desenvolvimento de um modelo matemático para cálculo do requerimento energético

3/8” HE
Fe HM

PPC REQUERIMENTO DTM


ENERGÉTICO
17
Modelo Geometalúrgico
Requerimento Energético

18
Mapa do Requerimento Energético
Moagem

Mina de Alegria Norte

19
Simulador Controle de Qualidade

20
Planejamento Mensal de Lavra
Alegria Norte

21
Sequenciamento de Lavra de Longo Prazo

22
Reconciliação do Modelo de Blocos
Requerimento Energético

23
Referência Bibliográfica

1 DORR, J. V. N. Physiographic, Stratigraphic and Structural Development of the QuadriláteroFerrífero, Minas


Gerais, Brazil. Washington, GeologicalSurvey Professional Paper 641-A, 110 p, 1969.

2 HASUI, Y. et al., Mina de Alegria (Porção Ocidental). Parte I - Tipologia dos Constituintes da Jazida de Ferro.
Geociências, São Paulo, v. 13, n. 1, p. 101-119, 1994.

3 DORR, J. V. N. Supergene Iron of Minas Gerais, Brazil. Economic Geology, vol. 59, p. 1203-1240, 1964.

4 COSTA, A. G. D., ROCHA, J. M. P., BONFIOLI, L. E., VIEIRA, C. B. A importância do modelamento geológico-
tipológico no controle de qualidade dos concentrados e pelotas e minério de ferro da Samarco Mineração
S/A. in: XXIX Seminário de Redução de Minério de Ferro, 1998, Belo Horizonte-MG. p. 545-555.

5 COSTA, A. G. D. C., COSTA, F. J. O., BONFIOLI, L. E., RODRIGUES, M. L. Geologia de mina na Samarco
Mineração: um suporte ao planejamento de curto prazo/controle de qualidade, com ênfase no controle
mineralógico e na previsibilidade do comportamento dos tipos de minério no processo. In: III Simpósio
Brasileiro de Minério de Ferro, 2001, Ouro Preto-MG. 10p.

6 DONDA, J. D. Um método para prever o consumo específico de energia na (re)moagem de concentrados


de minérios de ferro em moinhos de bolas. Tese Doutorado. Belo Horizonte-MG: Universidade Federal de
Minas Gerais; 2003.

7 DONDA, J. D.; GALINARI C.M; RABELO P. J. B. O controle da eficiência energética nos circuitos de pré-
moagem e moagem primária da Samarco Mineração. Simpósio Brasileiro de Minério de Ferro – ABM, São
24
Paulo-SP, p. 144-150, 1999.

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