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Atualidades

Exploração das Riquezas Minerais

Professor Luciano Teixeira

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Atualidades

EXPLORAÇÃO DAS RIQUEZAS

MANAUS – O Amazonas corresponde a uma das maiores regiões, ainda desconhecidas,


com potencialidades para descobertas de minerais. Os programas de geologia revelam uma
considerável variedade de ambientes geológicos de minerais, desde os mais utilizados na
indústria até os mais valiosos. Mais de 40% do território da Amazônia estão na área do pré-
cambriano, que apresentam grandes potencialidades para os depósitos minerais de ferro,
manganês, cobre, alumínio, zinco, níquel, cromo, titânio, fosfato, ouro, prata, platina, paládio.
Mas, na opinião do presidente da Comissão de Geodiversidade, Recursos Hídricos, Minas, Gás
e Energia da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), deputado Sinésio Campos
(PT), um dos maiores gargalos para a exploração mineral no Estado e a demarcação de terras
indígenas em territórios com alta potencialidade comercial. De acordo com o parlamentar,
a exploração desses recursos ainda aguarda regulamentação pela Câmara Federal. “Um dos
principais gargalos (para a exploração mineral) é a questão das áreas indígenas. Existem muitos
recursos minerais em reservas indígenas. A Câmara Federal constituiu uma comissão especial
para regulamentar a exploração mineral em áreas indígenas, mas até agora não houve essa
regulamentação.

ECONOMIA – Minerais

Abrigo de imensas riquezas minerais


A partir da década de 70, o Pará descobriu que abrigava, em seu subsolo, a maior província
mineral da Terra, localizada na Serra dos Carajás, explorada pela Companhia Vale do Rio
Doce(CVRD), através do programa Grande Carajás. A descoberta do imenso potencial mineral
do Estado ocorreu após a implantação do Projeto Radambrasil pelo ministério das Minas e
Energia, considerado o maior projeto de levantamento integrado de recursos naturais do
planeta. Através de Radar, aerofotogrametria e outros recursos, incluindo pesquisas de campo,
foi elaborado um perfil geológico, pedológico e florestal de algumas regiões brasileiras, entre
as quais a Amazônia. O conhecimento detalhado das riquezas minerais visava racionalizar seu
aproveitamento econômico. Antes mesmo da descoberta de minas como Serra pelada, o Pará
já produzia ouro de aluvião, extraído de terrenos sedimentares recentes, formados nas eras
terciária e quaternária, existente nos leitos de alguns de seus principais rios, como Tapajós e Jari.
A extração era feita por habitantes da própria região, e também por moradores das "Guianas",
que entravam em território paraense através do Rio Jari. As maiores concentrações minerais
do Pará estão nas serras dos Carajás e Pelada, e nos vales dos rios Trombetas, Jari e Tapajós.

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Os maiores destaques ficam nos municípios de Parauapebas(jazidas de ferro), Oriximiná(de
bauxita) e Itaituba (de ouro e calcário). Hoje, a produção de apenas três minerais- ferro,
alumínio e manganês- é responsável por 92,4% da arrecadação do Estado no setor mineral. Em
janeiro deste ano, a Rio Doce Geologia e Mineração(DOCEGEO), empresa que realiza pesquisas
para a vale do Rio Doce, anunciou a descoberta, em Serra Leste, município de Curionópolis,
de uma enorme jazida de ouro há mais de 400 m de profundidade. Segundo a empresa, a
jazida tem capacidade para produzir mais de 150 toneladas de ouro. Alvo de conflito entre
garimpeiros(que sustentam estar a jazida em Serra Pelada, e não na Serra Leste) e a CVRD,
que detém o direito de lavra na região, a jazida só entrou em fase de exploração após 1988,
devido à necessidade de continuação das pesquisas, para delimitar com precisão sua área de
ocorrência e implantar a infra- estrutura necessária para a retirada do minério.

ECONOMIA – Minerais
Mapa da Mineração visa atrair capital estrangeiro. Ministério coordenará ação de empresas
privadas em novo levantamento aerogeofísico da Amazônia, para montar o maior banco dados
do potencial mineralógico da região.
Somam US$ 700 milhões por ano os investimentos feitos no circuito mundial da mineração,
dominado por Canadá e Austrália. O governo brasileiro pretende atrair investimentos de até
US$ 200 milhões por ano das grandes gigantes mundiais do setor mineral. O Ministério das
Minas e Energia (MME) começará a divulgar no mercado internacional, na próxima semana,
seu primeiro passo para atingir essa meta, o Programa de Levantamento Aerogeofísico da
Amazônia (PLAA). O Programa deve servir de base para montagem do maior banco de dados já
conhecido sobre a Amazônia – região rica em ouro, cobre, estanho e outros.

ECONOMIA – Minerais

Participação dos principais minerais da Amazônia no total do Brasil, em milhões de toneladas


Mineral Amazônia Brasil %
Alumínio 2.011.501 2.442,839 82
Caulim 915,433 1.104,234 83
Cobre 1.219,979 1.355,051 90
Estanho 398,087 403,567 99
Ferro 4.815,801 19.628,716 25
Fert. Potássicos 990,418 1.514,330 65
Níquel 388,091 427,111 91
Ouro 370,700 1.450,432 26
Prata 161,355 178,279 91
Obs: Dados de 1989, referentes à Amazônia Legal, que incluem os estados do Acre, Amazonas, Amapá,
Goiás, Mato Grosso, Maranhão, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Os números exprimem a soma
das reservas medidas mais as indicadas (reservas comprovadas). A prata aparece em associação com
outros metais. Nas reservas medidas, existem 534.409 quilos de ouro.

Fonte: CPRM (Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais)

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JAZIDAS MAIS SIGNIFICATIVAS DA REGIÃO NORTE (EM MILHÕES DE TONELADAS)


Minerais Amapá Amazonas Pará Rondônia Total
Alumínio 61,775 2.570,092 2.631,867
Calcário 116,694 1.728,381 226,581 2.071,656
Cobre 1.290,033 1.290,033
Caulim 364,800 669,931 1.034,731
Cromo 7,065 7,065
Estanho 123,162 49,207 212,235 384,604
Ferro 5,130 17.667,860 17.672,990
Fert.
1.140,638 1.140,638
Potássicos
Gipsita 570,254 570,254
Manganês 55,015 89,820 144,835
Níquel 80,725 80,725
Ouro 8,745 98,147 38,628 145,520
Sal-gema 481,098 481,098
Tungstênio 2,062 2,062
Obs: As reservas medidas de ouro no Amapá são de 11.558 quilos (teor de 3,27 gramas de metal por
tonelada de minério); no Pará, de 21.860 quilos (teor de 0,5 grama por tonelada). A quantidade de
ouro extraída nos garimpos é de difícil avaliação. Fonte: MDRV/ Anuário Mineral Brasileiro. MDN/M,
do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral). Dados relativos a 1989.

ECONOMIA – Minerais Pará

Proximidade das jazidas de calcário


A elevada acidez dos solos de cerrado torna indispensável a aplicação de calcário para garantir
êxito da atividade agrícola. Na pratica tem sido utilizada a aplicação de 5 a 6 toneladas de
calcário por hectare.
O Estado do Pará, possui amplas ocorrências de rochas calcárias em todos os seus quadrantes.
Algumas destas, já a nível de depósito, têm características químicas adequadas para a utilização
como corretivo de solo, ou seja, apresentam percentagem de Cão + Mg de 38%, conforme
padrões estabelecidos pelo Ministério da Agricultura.
Suas principais ocorrências segundo pesquisa do IDESP e CVRD em 1976, estão no município de
Monte Alegre, Marabá, Itaituba, Santana do Araguaia e outros.

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A existência de jazidas de rochas calcárias adequadas para o uso agrícola, nos municípios de
Marabá, Curionópolis e Santanas do Araguaia, ainda sem exploração, e das indústrias do norte
de Goiás, a 42 km de Conceição do Araguaia, em funcionamento normal, tranqüiliza a região
quanto a abastecimento deste importante insumo, que deverá ser utilizado em larga escala
para correção dos solos ácidos do cerrado.

RESERVAS MINERAIS DE CALCÁRIO NO ESTADO DO PARÁ


Localização Reserva Composição
Município Requerente
dos Depósitos Medida (t) % CaO % MgO
Mulata Caima (J.
17.639.000 ND ND
Monte Alegre Serra Santos)
20.000.000 46,47 1,43
Itamajuri CAEMI
Capanema Pirabas 152.000.000 ND ND CIBRASA
Laranjo 55.000.000 45,4 1,0 J. Santos
Jibóia 600.000.000 49,4 1,5 CICOAL
Itaituba
Capitoã 360.000.000 41,6 5,8 J. Santos
Arixi 360.000.000 40,4 4,6 J. Santos
Marabá Palestina 5.000.000 35,4 12,5 SILICAL
Sta.M. Barreira Campo Alegre ND ND ND TRETEX
TOTAL 1.529.639.000

Fonte: Paraminérios               Obs: Volume correspondente à 49,3% da Reserva Nacional

ECONOMIA Minerais – Pará

Crescimento com verticalização


No Pará, crescimento econômico virou sinônimo de verticalização e de internalização de capital.
A passos firmes, empreendimentos privados voltados para a transformação e a diversificação
da produção estão chegando ao estado e, com eles, a perspectiva de redesenho, no médio e
longo prazos, da balança comercial paraense, historicamente sustentada pela exportação de
commodities.
A expansão da verticalização das cadeias mineral, da agroindústria e do ecoturismo faz parte
de uma estratégia de crescimento adequada, de um lado, ao comportamento globalizador dos
mercados, que valorizam a agregação de valor como diferencial indispensável. De outro, encara
dois do maiores desafios do estado: elevar o nível de renda da população e reduzir as profundas
desigualdades sociais.

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Província mineral de Carajás


Entre as áreas pré-cambrianas da Amazônia, destaca-se a "província mineral de Carajás". Sua
evolução foi beneficiada por uma série de eventos geológicos, desde a consolidação de sua
crosta até os tempos mais recentes, todos bastante favoráveis à formação de depósitos minerais.
A conjunção de fatores, tais como tectonismo, vulcanismo, plutonismo, intemperismo e erosão,
ocorrida numa área relativamente limitada — da ordem de 40 mil quilômetros quadrados —
deu origem a um conjunto expressivo de jazimentos minerais de interesse econômico.
Na província mineral de Carajás, predominou um vulcanismo básico arqueano, responsável
pela metalogenia do ferro, do cobre (com zinco subordinado), do manganês e do ouro. O
plutonismo granítico contribuiu para remobilizar — talvez adicionando conteúdo metálico ao
sistema — e concentrar os elementos minerais. O magmatismo ultramáfico introduziu níquel
na província — sendo que, localmente, na sua extremidade leste, existe a presença de cromo,
platina e platinóides. A atuação conjugada do intemperismo e da erosão, em tempos mais
recentes, sobre sedimentos clasto-químicos relacionados com o vulcanismo básico arqueano
foi responsável pela concentração de depósitos residuais de ferro e manganês, bem com de
ouro sobre rochas básicas e de níquel laterítico associado aos corpos ultramáficos.

A geologia de Carajás possui características próprias, não reproduzidas em outras províncias


metalogenéticas da Terra. Alguns geocientistas que têm estudado a região chegam a considerar
o vulcanismo básico arqueano como sendo um greenstone belt, mas com características
específicas nessa província — greenstone belt do tipo Carajás.

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Slides – Exploração das Riquezas Minerais

O surto da garimpagem
•  Até   os   anos   60,   menos   de   10.000   homens   garimpavam   no   Pará.   O  
número  subiu  até  150.000  nos  anos  80  (a  metade  do  país),  e  cerca  
de  400.000  no  começo  da  década  de  90.  Foi  a  corrida  de  garimpeiros  
vindos   de   muitos   Estados   pelas   rodovias.   Desde   o   século   XVI,   os  
portugueses  Mveram  grande  interesse  em  encontrar  ouro  no  Brasil,  
para   isso   organizando-­‐se   as   entradas   e   bandeiras.   A   produção  
aurífera   expandiu-­‐se   até   1760,   quando   a   diminuição   dos   veios,   a  
baixa   tecnologia   e   o   contrabando   provocaram   uma   conVnua  
decadência.  

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O Plano
•  A   par&r   da   década   de   1950   houve,   no   Brasil,   a   consciência   de   que   o   Pará   e   a  
Amazônia   não   deviam   mais   ficar   isolados   do   resto   do   país.   A   Amazônia,   por   sua  
enorme   riqueza   natural,   começou   a   ser   cobiçada   por   alguns   países,   que  
defendiam   a   tese   de   que   a   Amazônia   era   um   patrimônio   extraordinário,   não  
explorado,   e   que   devia   ser   internacionalizada:   desta   forma,   um   conjunto   de  
países   poderia   supostamente   gerenciar   os   recursos   naturais   da   Amazônia.   É  
assim   que   o   Governo   Federal   teve   a   idéia   de   implantar   um   desenvolvimento  
planejado  para  a  região.  
•  Para  desenvolver  a  Amazônia,  marcar  a  presença  do  governo  federal  na  região  e  
protegê-­‐la   da   cobiça   internacional,   foi   criada   a   Superintendência   do   Plano   de  
Valorização  Econômica  da  Amazônia  (SPVA),  em  1954.  

•  O  governo  não  cogitou,  de  fato,  de  explorar  a  riqueza  da  floresta  e  dos  rios  da  
Amazônia,  embora  este  propósito  es>vesse  no  Primeiro  Plano  Qüinqüenal:  
•  1  –  produção  de  alimentos,  em  uma  proporção  pelo  menos  equivalente  as  suas  
necessidades  de  consumo;  
•  2   –   produção   de   matérias-­‐primas   e   produtos   alimentares   necessários   à  
economia  nacional  e  que  o  país  precisa  importar;  
•  3  –  exploração  das  riquezas  extra>vistas  e  minerais;  
•  4   –   conversão   da   economia   extra>vista   e   comercial   numa   economia   agrícola,  
industrial  e  pecuária;  
•  5  –  aperfeiçoamento  dos  transportes;  
•  6  –  elevação  do  nível  de  vida  e  da  cultura  polí>ca  e  técnica  de  sua  população.  

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•  o   Governo   Federal   no   sen-do   de   promover   a   maior   exportação,   implanta   na   década   de   1970  
uma   nova   polí-ca,   a   de   Programa   de   Pólos   Agropecuários   e   Agrominerais   da   Amazônia   –  
Polamazônia,  o  que  viria  a  dar  ênfase  à  produção  mineral,  fazendo  parte  deste  os  pólos  Carajás,  
Trombetas  e  Amapá.  
•  Com  a  implantação  do  Polamazônia  ambas  as  empresas  passaram  a  se  beneficiar  da  polí-ca  de  
incen-vos   fiscais   que   se   dariam   na   forma   de   equipamentos   infra-­‐estruturais   promovidos   pelo  
Estado,   uma   vez   que   esses   seriam   um   dos   caminhos   que   impulsionariam   o   processo   de  
exploração  mineral.  Nesse  período  criaram-­‐se  as  universidades  e  centros  de  pesquisa  cienTfica  
como  a  Universidade  Federal  do  Pará  -­‐  UFPA,  a  Faculdade  de  Ciências  Agrárias  do  Pará  -­‐  FCAP  
(atualmente   UFRA)   e   a   Empresa   Brasileira   de   Pesquisa   Agropecuária   do   Estado   do   Pará   –  
EMBRAPA,   em   Belém.   Em   Manaus   foi   criado   o   Ins-tuto   Nacional   de   Pesquisa   da   Amazônia   –  
INPA.  

Médici
•  O   Estado   do   Pará,   pelo   seu   potencial   energé6co   e   mineral,   passou   a   ser   foco   de   atenção.   No  
Pará  houve  instalação  de  Grandes  Projetos  econômicos  voltados  para  o  mercado  internacional  
ou  des6nados  à  produção  de  insumos  para  indústrias  localizadas  em  outras  regiões  do  país.  
•  A   década   de   1970   no   Brasil   irá   marcar   um   momento   em   que   emerge   no   âmbito   polí6co   e  
econômico   brasileiro   um   novo   padrão   de   desenvolvimento   baseado   na   ocupação   territorial,  
comandado   pelo   Estado   e   pelos   Grandes   Projetos,   postos   em   ação   no   âmbito   dos   Planos  
Nacionais   de   Desenvolvimento   (PNDs).   Isto   surge   inicialmente   no   governo   do   general   Emilio  
Garrastazu  Médici  (1970-­‐1974).  
•  A   estratégia   de   desenvolvimento   do   governo   Médici,   que   buscava   a   recuperação   econômica   e   a  
superação   do   subdesenvolvimento   do   Brasil,   pretendia   realizar   isto   através   de   uma   polí6ca  
nacional  que  visava  transformar  o  país  em  “nação  desenvolvida”  dentro  de  uma  geração.  

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“O Milagre Brasileiro”
•  Traçaram   e   sustentaram   as   estratégias   e   os   planos   de   crescimento  
nacional   e   regional   marcado   por   uma   euforia   desenvolvimen6sta  
para   preservar   e   legi6mar   a   própria   ditadura.   Desempenharam   um  
papel  essencial  na  cantata  “Brasil  Grande”,  “Brasil  Potência”,  e  pela  
busca  da  manutenção  do  “Milagre  Brasileiro”.    

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Os Projetos
•  A   Usina   Hidrelétrica   de   Tucuruí   (UHT),   sobre   o   rio   Tocan8ns;   o   da  
Mineração   Rio   do   Norte   (MRN),   de   exploração   de   bauxita  
metalúrgica,  a  noroeste  do  Estado,  no  município  de  Oriximiná;  o  da  
Albrás   e   Alunorte   de   produção   de   alumínio   e   alumina,  
respec8vamente,   localizados   nas   proximidades   de   Belém,   no  
município  de  Barcarena;  o  Projeto  de  Ferro  Carajás  (PFC),  no  sudeste  
do  Estado,  no  município  de  Parauapebas.  

Projeto ALBRAS-ALUNORTE
•  O  Projeto  Albras/Alunorte  localiza-­‐se  no  município  de  Barcarena  e  está  voltado  
para   a   produção   industrial   de   alumínio   a   par>r   das   jazidas   de   bauxita   do   rio  
Trombetas  (município  de  Oriximiná,  Estado  do  Pará).  
•  A  origem  dos  projetos  está  na  descoberta  da  jazida  de  bauxita  no  rio  Trombetas,  
entre  as  melhores  do  mundo.  O  minério  encontrava-­‐se  quase  na  superJcie.  Era  
re>rada   do   estéril   (as   rochas   sem   valor)   com   uma   “drag-­‐line”,   máquina   que  
re>ra   8   milhões   de   toneladas   por   ano.   O   início   da   implantação   da   ALBRÁS/
ALUNORTE  foi  dirigida  pela  Companhia  Vale  do  Rio  Doce  (CVRD)  que  comunicou  
ao  governo  do  Pará  sobre  o  projeto  des>nado  à  produção  de  alumina  e  alumínio  
tendo  como  sócios  empresários  japoneses  que  inves>ram  no  projeto.  

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Lingotes de Alumínio na Albras.


•  O  projeto  Albras/Alunorte,  criado  durante  o  período  do  regime  militar,  inserido  
em  um  contexto  de  busca  pelo  desejado  desenvolvimento  regional,  crescimento  
econômico  e  segurança  nacional,  gerou  (e  gera)  graves  danos  ao  meio  ambiente  
e   a   população   existente   nas   proximidades   deste   grande   empreendimento  
industrial.  

Projeto Carajás

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•  A   Serra   dos   Carajás,   serra   do   estado   do   Pará,   ficou   logo   famosa   pela  
imensa  riqueza  mineral,  principalmente  ferro,  cujo  volume  foi  cubado  
em   5.000.000   de   toneladas.   Formada   de   cristalinas,   corresponde   a   um  
planalto   residual   que   temrochas     expressão   no   setor   meridional   dos  
estados   do   Amazonas   e   Pará.   Os   planaltos   residuais   da   Amazônia  
correspondem   a   um   agrupamento   de   relevos   interpenetrados   pela  
superGcie  pediplanada  da  depressão  amazônica.  Em  1967,  ricas  jazidas  
de   ferro   foram   descobertas   na   serra   dos   Carajás   pela   Companhia  
Meridional   de   Mineração,   subsidiária   da   United   States   Steel  
CorporaPon  

•  A   importância   da   descoberta   originou   o   interesse   da   par3cipação   da  


Companhia  Vale  do  Rio  Doce,  tendo  sido  criada,  em  1970,  a  Amazônia  
Mineração   S/A   para   desenvolver   o   Projeto   Carajás.   Outras   reservas  
foram  descobertas:  cobre,  manganês,  bauxita,  níquel,  estanho  e  ouro.  
Na  região,  logo  se  deu  muitos  conflitos  pela  posse  de  terras.  
•  O   Projeto   Ferro-­‐Carajás   corresponde   a   exploração   da   região,   localizada  
no  Brasil,  muito  significa3va  em  termos  de  riquezas  minerais;  uma  das  
mais   importante   do   mundo.   Abrange   o   sudoeste   do   Pará,   o   norte   de  
Tocan3ns   e   o   oeste   do   Maranhão.   A   área   tem   potencial   hidrelétrico,  
amplas   florestas   e   condições   que   permitem   o   reflorestamento   para  
produção  de  celulose  e  carvão  vegetal.  É  cortada  pelos  rios  Tocan3ns,  
Araguaia  e  Xingu  

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Reservas

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Cassiterita (estanho)
•  Rondônia   brevemente   deverá   ultrapassar   o   vizinho   Estado   do   Amazonas   na  
produção   de   cassiterita   (minério   de   estanho).   Em   2012,   o   estado   totalizou  
13.667  toneladas,  com  alta  de  27%  em  relação  a  2011.  
•  Rondônia   e   Amazonas   responderam,   respecGvamente,   com   47%   e   50%   da  
produção   nacional,   conforme   dados   do   Departamento   Nacional   de   Produção  
Mineral  (DNPM).  
•  Aproximadamente   7,5%   das   reservas   mundiais   de   estanho   conGdo   estão   no  
Brasil.   As   reservas   brasileiras   localizam-­‐se   em   sua   maior   parte   na   região  
amazônica:  província  mineral  do  Mapuera,  no  Amazonas  (mina  do  PiGnga)  e  na  
Província   Estanífera   de   Rondônia   (Bom   Futuro,   Santa   Bárbara,   Massangana   e  
Cachoeirinha).  

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Kimberlito
•  Um  estudo  inédito  que  mapeou  as  reservas  minerais  do  Brasil,  apontou  que  o  
garimpo   do   Roosevelt   abriga   um   kimberlito   mineralizado   (rocha   de   origem  
vulcânica   que   dá   diamante)   com   idade,   estrutura   geológica   e   capacidade   de  
produção   de   pedras   preciosas   semelhantes   às   da   mina   de   diamantes  
do  Guaniano,  na  Venezuela.  
•  Elaborado   pela   Companhia   de   Pesquisa   de   Recursos   Minerais   (CPRM),   o  
levantamento   apontou   que   o   kimberlito   tem   1,8   bilhão   de   anos   e   uma  
capacidade   de   produção   de   no   mínimo   um   milhão   de   quilates   por   ano.   Esse  
número   subesOmado   coloca   a   Roosevelt,   no   mínimo,   entre   as   cinco   maiores  
minas   de   diamantes   do   mundo.   A   capacidade   real   somente   poderá   ser  
verificada   com   uma   análise   mais   detalhada,   o   que   ainda   não   foi   feito,   pois   o  
garimpo   está   localizado   em   área   indígena.   Para   especialistas,   a   sondagem  
poderá  indicar  a  Roosevelt  como  a  maior  mina  do  mundo  

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