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Produà à o de Conhecimento em Gã Nero, Sexualidade e Educaã à o PDF
Produà à o de Conhecimento em Gã Nero, Sexualidade e Educaã à o PDF
AGRADECIMENTOS
Inclui bibliografia.
ISBN: 978-65-5939-235-3 (brochura)
978-65-5939-236-0 (eBook)
CDU: 37.015
CDD: 370
DOI: 10.31560/pimentacultural/2021.360
___________________________________________________________________________
PIMENTA CULTURAL
São Paulo - SP
Telefone: +55 (11) 96766 2200
livro@pimentacultural.com
www.pimentacultural.com 2 0 2 1
SUMÁRIO
Prefácio........................................................................................... 11
Apresentação.................................................................................. 14
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Trajetórias teórico-metodológicas
em 10 anos de produção do GT 23
da associação nacional
de pós-graduação e pesquisa
em educação – ANPEd................................................................... 98
Cláudia Maria Ribeiro
Constantina Xavier Filha
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Subversão e resistência no GT 23
da ANPEd a partir de Michel Foucault ........................................ 184
Anderson Ferrari
Danilo Araujo de Oliveira
OS DISPOSTOS SE ATRAEM,
SE AGRUPAM. ESCREVEM.
11
io
ár e feministas, em vozes mais numerosas de mulheres, às quais se
m
juntaram cada vez mais vozes masculinas.
Su
12
io
ár da formação docente de olho nos arranjos em gênero e sexualidade;
m
coloca atenção nas culturas juvenis e em seus percursos no interior da
Su
Fernando Seffner
Referência
13
io
ár
APRESENTAÇÃO
m
Su
14
io
ár um/a de nós seja autor/a dessa história, reconhecendo que nossos
m
passos vêm de longe.
Su
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io
ár a caminhada no GT. Misto de alegria e desamparo, os gestos intensos
m
e cuidadosos de cada uma dessas professoras nos convidavam a
Su
Fernando Pocahy
Maria Cláudia Dal’Igna
Comitê Científico do GT 23 ANPEd – Gestão 2019/2021.
16
io
ár
PROPOSIÇÃO DE PASSAGEM
m
Su
DO GE 23 A GT 23
17
io
ár mas propiciar um espaço legitimado, no interior da mais importante
m
associação brasileira de educação, para que essa rede — que já
Su
18
io
ár a partir dos departamentos de Women’s Studies e, posteriormente,
m
se ampliara com os Gender Studies e os Gays and Lesbian Studies.
Su
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io
ár formação e qualificação de docentes beneficiando-se muito pouco de
m
toda essa produção.
Su
20
io
ár do Sul), Mary Neide Damico Figueiró (Universidade Estadual de
m
Londrina), Maria Eulina Pessoa de Carvalho (Universidade Federal da
Su
21
io
ár minicurso. Cada texto foi encaminhado para duas pessoas (pareceristas
m
ad hoc), uma vez que, na condição de GE, não participamos do Comitê
Su
22
io
ár no seu primeiro ano de funcionamento, manifestaram o propósito de
m
ampliar a divulgação deste espaço entre outros grupos e núcleos de
Su
23
io
ár Para a 28ª Reunião Anual, deste ano de 2005, o GE 23 recebeu
m
19 propostas de trabalhos, 07 de pôsteres e uma de minicurso.
Su
24
1
Capítulo 1
GÊNERO, SEXUALIDADE E
EDUCAÇÃO NO GT23 DA ANPED:
NARRATIVAS DE ORGANIZAÇÃO,
RESISTÊNCIA E DESAFIOS1
E EDUCAÇÃO NO GT23
DA ANPED: NARRATIVAS
DE ORGANIZAÇÃO,
RESISTÊNCIA E DESAFIOS1
1 A versão original deste texto foi apresentada como trabalho encomendado no GT23, em
2019. Referência original: RIBEIRO, Cláudia Maria et al. Gênero, sexualidade e educação
no GT23 da ANPEd: narrativas de organização, resistência e desafios In: 39ª. Reunião
1 Anual
A versão original deste
da ANPEd, texto2019.
Niterói/RJ, foi apresentada como trabalho encomendado no GT23, em
2019. Referência original: RIBEIRO, Cláudia Maria et al. Gênero, sexualidade e educação
no GT23 da ANPEd: narrativas de organização, resistência e desafios In: 39ª. Reunião
Anual da ANPEd, Niterói/RJ, 2019.
io
ár [...] suspeito que a tarefa mais difícil que temos em mãos
m
é fazer com que homens e mulheres, juntos, sejam capazes
Su
2 Tais Coletivos organizados multiplicaram-se pelo País, especialmente a partir dos anos
2000. Estão estruturados em forma de Grupos de Estudo e de Pesquisa lotados em
Universidades, de Movimentos Sociais e de Organizações Não Governamentais, sendo
que alguns deles se vinculam fortemente às trajetórias que, aqui, estão narradas. Uma
consulta à lista de Grupos de Pesquisa registrados na plataforma do CNPq ou em outros
sítios de busca na internet revela a dimensão dessa expansão.
26
io
ár A inserção do debate de gênero na ANPEd acompanha o
m
processo de introdução do tema na produção acadêmica em geral,
Su
desde o final dos anos de 1970 “numa perspectiva que focaliza tanto as
relações de gênero e sexualidade quanto suas importantes articulações
com dimensões como raça/etnia, classe, geração, nacionalidade,
religião, dentre outras (MEYER, Dagmar Estermann; RIBEIRO, Cláudia;
RIBEIRO,Paulo Rennes, 2004, p. 1).
27
io
ár Claudia Ribeiro (Universidade Federal de Lavras), Dagmar Estermann
m
Meyer (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), Mary Neide
Su
28
io
ár espaço legitimado, no interior da mais importante associação brasileira
m
de educação, para que essa rede – que já existia – pudesse se tornar
Su
29
io
ár alguns setores da pesquisa e da produção acadêmica em educação.
m
Assim, gênero e sexualidade têm se transformado, nos últimos anos,
Su
30
io
ár DO NIPAM E PPGE DA UFPB PARA
m
Su
31
io
ár concluintes; e o Projeto Capes-DGU “Gênero e educação superior:
m
políticas, narrativas e currículo”, de 2013 a 2017, em colaboração com a
Su
32
io
ár AMORIM, Valquiria Gila de., 2015; SILVA, 2015). Na 38ª RA em São Luís,
m
em 2017, duas orientandas apresentaram trabalho (SILVA, Francisca
Su
33
io
ár o desafio de sustentação do GT 23, que começou com um caráter de
m
militância política e precisa se estabelecer mais amplamente, de modo
Su
DA INSERÇÃO DO GÊNERO EM
GRUPOS DISPERSOS À LEGITIMAÇÃO
DO TEMA NO GT 23 (Cláudia Vianna)
34
io
ár Ainda no início de minha inserção na ANPEd prestei
m
o concurso, em 1992, para professora auxiliar substituta no
Su
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io
ár Nessa trajetória criamos nosso próprio grupo de “Estudos de
m
Gênero, Educação e Cultura Sexual” (Edges) na Feusp liderado por
Su
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io
ár para indagar sobre suas possíveis articulações com o contexto de
m
produção das políticas públicas brasileiras de educação, o que
Su
37
io
ár o debate necessária para as pesquisas realizadas no âmbito do sistema
m
PQ/CNPq. Nesse percurso já longo, mas sempre em construção, pude
Su
38
io
ár criação em 1990, e acabara de consumar minha transferência não só
m
de Universidade (da UFMT para a UFRGS) como também de área de
Su
39
io
ár apoiado e assumido com entusiasmo por mim, como membro desses
m
diferentes coletivos, e marcou minha (nossa) trajetória de ensino e
Su
40
io
ár os quais exerci também o cargo de vice-coordenadora do CC6,
m
contribuiu muito para que eu consolidasse uma perspectiva sobre o
Su
41
io
ár DO GRUPO DE ESTUDO INTERDISCIPLINAR
m
Su
42
io
ár Assim, navegando pelas relações de poder e potencializando as
m
resistências – e com todos os indícios sobre a importância da criação
Su
43
io
ár Secretaria do MEC e os/as pesquisadores/as voltados/as às questões
m
de gênero e sexualidade. Esta aproximação redundou em algumas
Su
44
io
ár Cláudia Regina; SIQUEIRA, Vera Helena Ferraz de., 2008); Relações
m
Dialógicas Interculturais: Brinquedos e Gênero (BARRETO, Flávia de
Su
45
io
ár PRODUZINDO EXPERIÊNCIAS NO
m
Su
46
io
ár Graduação em Educação da FURG. As pesquisas do Gese estão
m
alicerçadas em três linhas: “Corpo, gênero e sexualidade na perspectiva
Su
47
io
ár Desse modo, as atividades realizadas pelo grupo, ao longo de
m
seu tempo de existência, encontram-se intimamente articuladas com o
Su
48
io
ár Todas essas atividades estão articuladas com o GT 23 da
m
ANPEd. No GT além de ministrar, em 2011, o minicurso “entre filmes,
Su
49
io
ár CONSTRUÇÃO NO ESPAÇO PRIVILEGIADO
m
Su
50
io
ár Desde esse período (2005) nunca deixei de participar das RA da
m
ANPEd. Apresentando trabalhos, sendo um deles, em 2008, intitulado
Su
51
io
ár congregando muitos/as pesquisadores/as e interessados/as nas
m
discussões sobre a temática. Esse ano já totalizaram seis eventos.
Su
52
io
ár CONSIDERAÇÕES FINAIS
m
Su
53
io
ár é reconhecido nessa Associação como um todo, ocupando o espaço
m
de poucos GT, com exceção do GT 23. Mas vale também ponderar que
Su
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Su
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Ila Maria Silva. Educação Inclusiva: tecendo gênero e diversidade sexual nas
redes de proteção. 1ª. Ed., Lavras/MG: Editora UFLA, 2008; p. 84-95.
57
2
Capítulo 2
GÊNERO, SEXUALIDADE E
EDUCAÇÃO. ‘OLHARES’ SOBRE
ALGUMAS DAS PERSPECTIVAS
TEÓRICO-METODOLÓGICAS QUE
INSTITUEM UM NOVO G.E.1
Dagmar E. Estermann Meyer
Dagmar E. Estermann Meyer
Cláudia Maria Ribeiro
Paulo
Cláudia Maria Rennes Marçal Ribeiro
Ribeiro
SOBRE ALGUMAS
DAS PERSPECTIVAS
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
QUE INSTITUEM
UM NOVO G.E.1
1 A versão original deste texto foi apresentada como trabalho encomendado no GT23, em
2019. Referência original: RIBEIRO, Cláudia Maria et al. Gênero, sexualidade e educação
no GT23 da ANPEd: narrativas de organização, resistência e desafios In: 39ª. Reunião
1 Anual
A versão original deste
da ANPEd, texto2019.
Niterói/RJ, foi apresentada como trabalho encomendado no GT23, em
2019. Referência original: RIBEIRO, Cláudia Maria et al. Gênero, sexualidade e educação
no GT23 da ANPEd: narrativas de organização, resistência e desafios In: 39ª. Reunião
Anual da ANPEd, Niterói/RJ, 2019.
io
ár INTRODUÇÃO
m
Su
59
io
ár muitos aspectos: delimita um movimento de consolidação acadêmica
m
e política e institui um espaço de encontro e discussão que pretende
Su
2 Esta parte do texto foi escrita com a colaboração de Ana Maria Faccioli de Camargo,
Elizabete Franco Cruz e Joaquim Brasil Fontes, integrantes do GEISH.
60
io
ár as, sobre novas possibilidades de intervenções com crianças,
m
adolescentes e famílias. Assim, o GEISH surgiu para pensar a
Su
61
io
ár Outra linha de pesquisa dialeticamente articulada com essa
m
procede de uma visada do erotismo em dupla vertente que nos vem
Su
62
io
ár nos faz refletir constantemente sobre nossos objetivos, perguntas
m
e referências na pesquisa, o que inclui: explicitar os diferentes
Su
63
io
ár relacionadas à sexualidade (vivências, conteúdos sociais, etc)
m
influenciam a construção do significado que educadores e
Su
64
io
ár GRUPO DE ESTUDOS DE EDUCAÇÃO
m
Su
3 Esta parte do texto foi escrita com a colaboração de Guacira Lopes Louro e Jane Felipe,
também integrantes do GEERGE e da Linha de Pesquisa Educação e Relações de Gênero.
As publicações do GEERGE, bem como as pesquisas e atividades de ensino e extensão
em andamento, podem ser consultadas em: www.ufrgs.br/faced/geerge.
65
io
ár temos desenvolvido no espaço que se configura com e a partir desta
m
simbiose, desde então.
Su
66
io
ár em estudos, políticas e ações programáticas contemporâneas), a
m
ênfase na construção sócio-cultural do masculino e do feminino não
Su
67
io
ár as muitas formas sociais e culturais que, de forma interdependente
m
e inter-relacionada, educam homens e mulheres como “sujeitos
Su
68
io
ár relações e as resistências que são exercidas). O movimento analítico
m
que se propõe vai na direção de desmanchar dicotomias e desconstruir
Su
69
io
ár suas expectativas, opiniões e vivências em torno da construção das
m
identidades de gênero e sexuais (FELIPE, Jane; GUIZZO, Bianca,
Su
2003).
NÚCLEO DE ESTUDOS DA
SEXUALIDADE – NUSEX
70
io
ár ESTUDOS DA SEXUALIDADE – NUSEX. Ele é um grupo interdisciplinar
m
de pesquisa no campo da sexualidade e da educação sexual,
Su
71
io
ár Os métodos de investigação normalmente utilizados no NUSEX,
m
considerando a interdisciplinaridade e a integração entre os temas de
Su
72
io
ár O segundo eixo norteador das pesquisas é a sexualidade
m
enquanto tema da educação escolar, e estes projetos se voltam para
Su
73
io
ár Este segundo agrupamento de projetos fundamenta-se,
m
basicamente, na psicanálise (FREUD, Sigmund, 1973), notadamente
Su
74
io
ár FECHAMENTOS PROVISÓRIOS PARA
m
Su
UM TEXTO EM MOVIMENTO
75
io
ár Algumas dificuldades se colocam a partir dessas discussões.
m
Da problematização sobre as relações de poder imbricadas na
Su
76
io
ár numa área tão estratégica e disputada em todos os discursos políticos
m
quanto esta da educação.
Su
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78
io
ár LOURO, Guacira. Gênero, sexualidade e educação. Uma abordagem pós-
m
estruturalista. Petrópolis: Vozes, 1997.
Su
79
io
ár TOBIAS, José Antônio. História das idéias no Brasil. São Paulo: E.P.U., 1987.
m
Su
80
3
Capítulo 3
GÊNERO, SEXUALIDADE E
EDUCAÇÃO: DAS AFINIDADES
POLÍTICAS ÀS TENSÕES
TEÓRICO-METODOLÓGICAS1
Guacira Lopes Louro
Guacira Lopes Louro
GÊNERO,
SEXUALIDADE
DOI: 10.31560/pimentacultural/2021.360.81-97
E EDUCAÇÃO:
DAS AFINIDADES POLÍTICAS
ÀS TENSÕES TEÓRICO-
METODOLÓGICAS1
1 A versão original deste texto foi publicada na Educação em Revista (UFMG), e esta versão
é publicada neste livro com anuência da Comissão Editorial do referido periódico. Uma
1 versão
A versãopreliminar também
original deste foi foi
texto apresentada
publicada como trabalhoem
na Educação encomendado no GT23,
Revista (UFMG), emversão
e esta 2006.
Referência
é publicadaoriginal:
neste LOURO,
livro comGuacira Lopes.
anuência da Gênero,
Comissãosexualidade e educação:
Editorial do das afinidades
referido periódico. Uma
políticas às tensões
versão preliminar teórico-metodológicas.
também Educação
foi apresentada como emencomendado
trabalho Revista, n. 46, no
p. 201-218,
GT23, em2007.
2006.
Referência original: LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: das afinidades
políticas às tensões teórico-metodológicas. Educação em Revista, n. 46, p. 201-218, 2007.
io
ár INTRODUÇÃO
m
Su
82
io
ár condições do intolerável é que, para a maioria, não é intolerável, mas
m
normal.” (LARRAURI, 2000, p.14). O que eu considero intolerável
Su
Desprezar alguém por ser gay ou por ser lésbica é, para mim,
intolerável. No entanto, na nossa sociedade, essa parece ser uma
atitude comum, corriqueira, talvez mesmo “compreensível”. Conviver
com um sistema de leis, de normas e de preceitos jurídicos, religiosos,
morais ou educacionais que discriminam sujeitos porque suas práticas
amorosas e sexuais não são heterossexuais é, para mim, intolerável.
Mas esse quadro parece representar, em linhas mais ou menos gerais,
a sociedade brasileira. Por isso, sinto-me autorizada a afirmar que a
sexualidade ou as tensões em torno da sexualidade constituem-se
numa questão que vale a pena colocar em primeiro plano.
83
io
ár Sei que a sociedade trata desigualmente esses sujeitos e
m
valoriza diferentemente essas práticas. Sei que tudo isso é atravessado
Su
84
io
ár ser saudada como indicadora da vitalidade e da contemporaneidade
m
dos campos teóricos e políticos a que nos dedicamos. Disputas em
Su
85
io
ár faltavam algumas palavras ou havia palavras que deveriam ser
m
reescritas, face aos novos movimentos sociais. Donna Haraway lançou-
Su
86
io
ár “Interpretando gênero” (NICHOLSON, 2000). Há pelo menos dois
m
argumentos neste texto que me parecem pertinentes destacar. Um
Su
87
io
ár dirige-se exatamente para o hábito de se tomar as noções ocidentais e
m
contemporâneas como noções generalizáveis para qualquer tempo e
Su
88
io
ár talvez se constitua num dos pontos de fricção entre as várias correntes
m
dos estudos de gênero e de sexualidade.
Su
89
io
ár entendimento mais preciso sobre o sentido e a função metodológica
m
do termo dispositivo, ouviríamos Foucault dizer:
Su
Ele supõe que entre esses elementos exista “um tipo de jogo, ou
seja, mudanças de posição, modificações de funções”. Para Foucault,
o dispositivo pode ser visto “como um tipo de formação que, em um
determinado momento histórico, teve como função principal responder
a uma urgência”. Tais indicações nos fazem reafirmar, portanto, que, tal
como ocorre com o gênero, haveria de se compreender a sexualidade
como um constructo histórico, como sendo produzida na cultura,
cambiante, carregada da possibilidade de instabilidade, multiplicidade
e provisoriedade.
90
io
ár denominados como estudos feministas, estudos de gênero, estudos
m
gays e lésbicos, estudos da sexualidade ou teoria queer) podem ser,
Su
91
io
ár é acompanhada, também, por alguns riscos. Um deles, que se
m
coloca de forma especial para nós, pesquisadores/as e intelectuais,
Su
92
io
ár incontrolável, volátil. Mas essa constatação não significa que não
m
possamos refletir sobre este processo.
Su
93
io
ár que os textos que escrevemos são constituintes do nosso processo
m
de conhecer e de dar a conhecer. Conseqüentemente, o modo como
Su
94
io
ár algum modo, as linhas ou os enquadramentos. Mais ou menos na
m
mesma direção me parece razoável questionar a delimitação de
Su
95
io
ár macroscópica em favor das abordagens microscópicas” (EWALD,
m
1993, p.27). A dinâmica de poder entre os gêneros e a sexualidade
Su
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EWALD, François. Foucault. A norma e o direito. Trad. Fernando Cascais.
Lisboa: Vega, 1993.
FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Trad. Roberto Machado. 11a Ed.
Rio de Janeiro: Graal, 1979.
96
io
ár FOUCAULT, Michel. História da Sexualidade. A vontade de saber.Trad. M.
m
Thereza Albuquerque e J. A. Guilhon Albuquerquer. 11a Ed. Rio de Janeiro:
Su
Graal, 1988.
FOUCAULT, Michel. Ditos e Escritos. Vol. V. Ética, sexualidade, política. Rio de
Janeiro: Forense Universitária, 2004.
HARAWAY, Donna. Ciencia, cyborgs y mujeres. La reinvención de la
natureleza. Manuel Talens. Valencia: Madrid: Ediciones Catedra, 1995.
LARRAURI, Maite. La sexualidad según Michel Foucault. Valencia.
Tandem, 2000.
LOURO, Guacira. “Conhecer, pesquisar escrever”. In Texto apresentado na
V ANPEd Sul, Curitiba, 2004.
LOURO, Guacira. “Os estudos feministas, os estudos gays e lésbicos e a
teoria queer como políticas de conhecimento”. In: LOPES, Denílson Lopes et
al. (Orgs.). Imagem e diversidade sexual. Estudos de Homocultura. Brasília:
Nojosa, 2004.
NICHOLSON, Linda. Interpretando o gênero. Estudos Feministas, v. 8, n. 2, p.
9-42, jul./ago., 2000.
97
4
Capítulo 4
TRAJETÓRIAS TEÓRICO-
METODOLÓGICAS EM 10 ANOS
DE PRODUÇÃO DO GT 23 DA
ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE
PÓS-GRADUAÇÃO E Cláudia
PESQUISAMaria Ribeiro
Constantina Xavier Filha
EM EDUCAÇÃO – ANPED1
TRAJETÓRIASCláudia Maria Ribeiro
TEÓRICO-METODOLÓGICAS
Constantina Xavier Filha
EM 10 ANOS DE PRODUÇÃO
DOI: 10.31560/pimentacultural/2021.360.98-130
DO GT 23 DA ASSOCIAÇÃO
NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO
E PESQUISA EM EDUCAÇÃO
– ANPED1
1 A versão original deste texto foi publicada na Revista Periódicus (UFBA), e esta versão
é publicada neste livro com anuência da Comissão Editorial do referido periódico. Uma
versão preliminar também foi apresentada como trabalho encomendado no GT23, em
1 A2013.
versão original deste
Referência texto
original: foi publicada
RIBEIRO, CláudianaM.;
Revista
XAVIERPeriódicus (UFBA), e esta
FILHA, Constantina. versão
Trajetórias
é publicada neste livroem
teórico-metodológicas com 10 anuência da Comissão
anos de produção do GTEditorial do referidoNacional
23 da Associação periódico.de Uma
Pós-
versão preliminar
Graduação também
e Pesquisa foi apresentada
em Educação como
– ANPEd. trabalho
Revista encomendado
Periódicus, nop.GT23,
v. 1, n. 2, em
167–185.
2013. Referência
Disponível original: RIBEIRO, Cláudia M.; XAVIER FILHA, Constantina. Trajetórias
em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/12886
teórico-metodológicas em 10 anos de produção do GT 23 da Associação Nacional de Pós-
Graduação e Pesquisa em Educação – ANPEd. Revista Periódicus, v. 1, n. 2, p. 167–185.
Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/revistaperiodicus/article/view/12886
io
ár INÍCIO DE NOSSAS TRAJETÓRIAS...
m
Su
Gonzaguinha
99
io
ár legitimado no interior da mais importante associação brasileira de
m
educação, para constituir uma rede que ampliasse as possibilidades
Su
100
io
ár danças, diferenças que inquietam e que potencializam a liberdade
m
necessária para transitar nas relações de poder; para a construção
Su
OS 10 ANOS DE PRODUÇÃO
TEÓRICO-METODOLÓGICA
Este texto tem por objetivo mapear e esboçar uma análise dos
trabalhos (apresentação oral e pôster) apresentados3 no decorrer
dos anos da 27ª. à 36ª. RA (de 2004 a 2013). Fez-se o download de
todos os trabalhos e pôsteres dos 10 anos contemplando o seguinte
procedimento: separou-se cada reunião em uma pasta de arquivo no
computador; efetuou-se a leitura individual e completa de cada trabalho
e pôster com vistas a mapear os autores e as autoras, as instituições
e região de origem, a temática dos trabalhos, o referencial teórico e
se havia financiamento ou não. Produziram-se tabelas, por Reunião
Anual (RA), fazendo-se, também, uma síntese de cada trabalho e
pôster anotando os aspectos significativos tanto para a construção de
uma tabela final quanto para problematizações em torno das temáticas
3 Analisamos os trabalhos dispostos em cada uma das Reuniões Anuais no site da ANPEd,
dentre eles os excedentes que, no caso, não foram apresentados mas aprovados e
publicados nos Anais e site da ANPEd.
101
io
ár e referenciais teóricos abordados. Abaixo a tabela 1 com os dados
m
gerais de todos os trabalhos analisados.
Su
102
io
ár trabalhos apresentados no GT e a segunda (Tabela 3) com os dos
m
últimos cinco anos.
Su
103
io
ár Profissionais da região Sudeste inscreveram e aprovaram a
m
maioria dos trabalhos e pôsteres apresentados ao longo desses
Su
4 Não foi possível obter essa informação de todos os trabalhos devido a inexistência desses
dados no site em algumas RAs.
5 No decorrer de nossas análises, não realizaremos as devidas referências a todos os
inúmeros trabalhos destacados somente os que citamos ao longo do texto.
6 Ver conceito em XAVIER FILHA, Constantina. Educação para a sexualidade, para a equidade
de gênero e para a diversidade sexual. Campo Grande, MS: Editora da UFMS, 2009.
104
io
ár utiliza essa nomenclatura havendo a preferência para a terminologia
m
orientação sexual ou educação sexual. Os trabalhos abordam as
Su
105
io
ár e futebol feminino; 12) proposta de ação socioeducativa na temática
m
da gravidez na adolescência; 13) interações de mulheres educadoras
Su
106
io
ár outro trabalho há parágrafos inteiros sobre a performatividade e não
m
remete à autoria do conceito. Outro aspecto que discutimos, pois
Su
107
io
ár Os trabalhos foram em número de 13 e são decorrentes de
m
estudos etnográficos, entrevistas semiestruturadas, observações,
Su
108
io
ár texto e de outros apresentados nesta RA? Fundamentalmente
m
porque a maioria deles remetem ou efetivam suas pesquisas no
Su
109
io
ár Os trabalhos foram em número de 12 e versaram sobre os
m
seguintes temas: 1) grupos gays, educação e a constituição do sujeito
Su
110
io
ár 30ª. RA: trabalhos aprovados e veiculados
m
para além dos limites do GT
Su
111
io
ár tiragem de 5.000 exemplares; os livros foram distribuídos para estudos
m
e discutidos em processos de formação, contemplando metodologias
Su
112
io
ár hegemônica: acomodações e resistências a partir da apropriação de
m
personagens de novelas por adolescentes das camadas populares, de
Su
113
io
ár 1975). As autoras entendem que a organização dos espaços, objetos,
m
rotinas e atividades no cotidiano dessas Instituições de Educação
Su
LEGITIMAÇÃO E CONSOLIDAÇÃO DO GT
23 NAS ÚLTIMAS CINCO REUNIÕES ANUAIS
DA ANPED (2009/32ª. A 2013/36ª. RAS)
114
io
ár Nesses últimos cinco anos vivemos um período de
m
consolidação e legitimação do GT, tanto pelo reconhecimento da
Su
115
io
ár identidades e de produção de subjetividade mediante pedagogias
m
culturais e pedagogias da sexualidade e de gênero (LOURO, 2000).
Su
116
io
ár trans e de professores/as homossexuais e lésbicas, destacando os
m
processos de sua exclusão da vivência no espaço da escolarização e
Su
117
io
ár primeiro, de Gabriela Silveira Meireles (2009), analisou as relações de
m
gênero na Educação Infantil de crianças de quatro a cinco anos de
Su
118
io
ár e o envolvimento de mulheres como cuidadoras, educadoras e como
m
principais responsáveis pelo cuidado pela prole; 3) a Primeira Infância
Su
119
io
ár práticas que visam a garantir espaços de diferenciação em jogos e
m
brincadeiras de meninos e meninas na Educação Infantil; as discussões
Su
120
io
ár revistas, documentos oficiais e de divulgação de programas e projetos
m
governamentais, dentre outros.
Su
121
io
ár A opção pelas teorizações pós-críticas nos estudos
m
apresentados no GT 23 instigam a pensar e a repensar o fazer
Su
122
io
ár nos estudos da academia, questionando o determinismo biológico e
m
a essencialização do sujeito.
Su
123
io
ár e homens no interior de práticas sociais e culturais. Os estudos da
m
autora são amplamente discutidos e problematizados em quase todas
Su
124
io
ár e feminilidades. O conceito de masculinidade hegemônica de Connell
m
(1995) é articulado ao de gênero, provocando vigorosas discussões
Su
125
io
ár heterossexualidade normativa mediante atos performativos. Alguns
m
últimos trabalhos apresentados no GT questionam veementemente o
Su
126
io
ár Enfim... não tem fim! Muito há que se produzir e aventurar nesses
m
mares revoltos das incertezas e dos inusitados. Que venham muitos
Su
REFERÊNCIAS
BACKES, José Licínio; PAVAN, Ruth. A produtividade dos conceitos de
identidade, diferença e cultura nos estudos de gênero articulada com as
epistemologias. In: 34a. ANPEd: Natal, 2011.
BASSALO, Lucélia de Moraes Braga. A educação sexual na primeira metade
do seculo XX no Brasil. In: 33a. ANPEd: Caxambu, 2010.
BOURDIEU, Pierre.; PASSERON, Jean-Claude. A reprodução: elementos para
uma teoria do sistema de ensino. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. Rio de Janeiro: Bertrand
Brasil, 1999.
BOURDIEU, Pierre. Cultural Reproduction and Social Reproduction. In:
KARABEL, Jeromy; HALSEY, Albert. (Eds.). Power and ideology in Education.
New York: Oxford University Press, 1977. p. 487-511.
BOURDIEU, Pierre. The forms of Capital. In: RICHARDSON, John G. (Ed.).
Handbook of theory and research for the Sociology of Education. New York:
Greenwoods Press, 1986.
BRAGA, Denise da Silva. A experiência transexual: estigma, estereótipo e
desqualificação social no intramuros da escola. In: 34a. ANPEd: Natal, 2011.
BUTLER, Judith. Deshacer el gênero. Barcelona: Ediciones Paidós, 2004.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero. Feminismo e subversão da
identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CAMPOS, Miriam Piber. Identidades “anormais”: a (des)construção dos
corpos “deficientes”. In: 29a. ANPED: Caxambu, 2006.
CASTRO, Roney Polato de; FERRARI, Anderson. “Nossa! Eu nunca tinha
parado pra pensar nisso!” Gênero, sexualidade e formação docente. In: 34a.
ANPEd: Natal, 2011.
CÉSAR, Maria Rita de Assis. Governando corpos e sexualidades na escola.
In: 33a. ANPEd: Caxambu, 2010.
127
io
ár COHEN, Jeffrey Jerome. A cultura dos monstros: sete teses. In: SILVA, Tomaz
m
Tadeu da. (Org.). Pedagogia dos monstros: os prazeres e os perigos da
Su
128
io
ár LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: das afinidades
m
políticas às tensões teórico-metodológicas. Educação em Revista, n. 46. p.
Su
129
io
ár SANTOS, Luís Henrique Sacchi; OLIVEIRA, Dora Lúcia Leidens Correa.
m
Gênero e risco de HIV/Aids nas campanhas de educação em saúde através
Su
130
5
Capítulo 5
O CAMPO
DO GÊNERO
DOI: 10.31560/pimentacultural/2021.360.131-154
NA ANPED:
HIPÓTESES
EM CONSTRUÇÃO1
1 A versão original deste texto foi apresentada no GT 23, em 2015. Em 2017 uma versão
ampliada foi publicada na revista Educação e Pesquisa (FERREIRA; CORONEL, 2017).
Referência original: FERREIRA, Márcia Ondina V. O campo do gênero na ANPEd. Hipóteses
1 em
A versão original
construção. In:deste textoANUAL
REUNIÃO foi apresentada no GT 23,
DA ASSOCIAÇÃO em 2015.DE
NACIONAL EmPÓS-GRADUAÇÃO
2017 uma versão
ampliada
E PESQUISAfoi publicada na revista
EM EDUCAÇÃO Educação
– ANPEd, 37, e2015,
Pesquisa (FERREIRA;
Curitiba/PR. CORONEL,
Anais... 2017).
Rio de Janeiro:
Referência original:
ANPEd, 2015. FERREIRA,
Agradeço Márcia pelo
ao CNPq Ondina V. O campo do
financiamento gênero
dos na ANPEd.
estudos Hipóteses
originais; e aos
em construção.
membros In: REUNIÃO
das equipes ANUALpor
de pesquisa DAseu
ASSOCIAÇÃO NACIONAL
árduo trabalho DE PÓS-GRADUAÇÃO
no transcorrer dos anos.
E PESQUISA EM EDUCAÇÃO – ANPEd, 37, 2015, Curitiba/PR. Anais... Rio de Janeiro:
ANPEd, 2015. Agradeço ao CNPq pelo financiamento dos estudos originais; e aos
membros das equipes de pesquisa por seu árduo trabalho no transcorrer dos anos.
io
ár SITUANDO O ESTUDO E A DISCUSSÃO
m
Su
132
io
ár gênero, de tal maneira que os parâmetros tradicionais das disciplinas
m
se mantivessem intactos2.
Su
2 O que é compreensível se entendemos o campo científico como um lugar onde ocorre uma
luta pela autoridade científica (“definida, de maneira inseparável, como capacidade técnica
e poder social” (BOURDIEU, 1983, p. 122], no qual quem pretende legitimar-se precisa
disputar o monopólio da competência científica.
133
io
ár Já a revista Cadernos Pagu, do Núcleo de Estudos de
m
Gênero Pagu, da UNICAMP, foi criada em 1993. Para Costa (2008),
Su
134
io
ár e inovações teóricas e metodológicas, enquanto várias de
m
suas necessidades infra-estruturais básicas estão ainda em
Su
135
io
ár Programas de Pós-Graduação da área. Mas aí também o espaço vem
m
sendo ganho lenta e arduamente, já que em todo campo científico vige
Su
3 Tal divisão nos permitiu a detecção de pessoas voltadas desde o início a pesquisas com
foco central no gênero.
136
io
ár A primeira delas refere-se a como está o processo de constituição do
m
campo do gênero na ANPEd, abordando o período compreendido entre
Su
137
io
ár à presença do gênero. Desta forma, de maneira rápida, seguem-se
m
nossos principais resultados.
Su
138
io
ár 13,9% de autores e 5,9% de coautorias homem/mulher. Ainda assim,
m
o número de homens vem crescendo, em especial a partir de 2004,
Su
139
io
ár No Centro-oeste, UFMT traz cinco textos; UFMS, quatro; e
m
UnB contou com três. Na lista com dois trabalhos destaca-se a UFG.
Su
140
io
ár 0 a 6 Anos), com 14 trabalhos; e com 10 trabalhos os GTs 3 e 14
m
(Sociologia da Educação). Em seguida, o GT 23 alcança 132 trabalhos
Su
porque todos seus estudos são enquadrados, por nós, na categoria FP.
141
io
ár interessa. Documentos do GT 235 descrevem um processo de inegável
m
ganho de espaço e aceitação da relevância da existência de um GT
Su
142
io
ár seria preciso verificar grupos e orientadoras/es de trabalhos de pós-
m
graduação. Ou seja, seria preciso ver a articulação entre estudos de
Su
143
io
ár alternados: indicar o grupo em que a pessoa fosse líder; indicar o
m
grupo cuja ementa sugerisse abordagem mais aproximada aos
Su
144
io
ár pesquisa, bolsistas de produtividade e publicações constantes sobre
m
gênero em GTs específicos, excetuando-se o caso de Marília Pinto de
Su
145
io
ár Diversidade e Inclusão (UFPB), LABIN - Laboratório de Investigação
m
em Corpo, Gênero e Subjetividade na Educação (UFPR) e NUDISEX
Su
146
io
ár docentes com atuação nas instituições de ensino superior. Dentre os
m
grupos com trabalhos financiados entre 2007 e 2010 encontramos
Su
147
io
ár CONSIDERAÇÕES FINAIS: ESTÃO OS ESTUDOS
m
Su
148
io
ár O outro lado dessa discussão – ganho de espaço, aceitação
m
da relevância (legitimação...) – radica naqueles e naquelas que têm
Su
149
io
ár REFERÊNCIAS
m
Su
150
io
ár COSTA, Albertina de O. O campo de estudos de gênero e suas duas revistas:
m
uma pauta de pesquisa. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 16, n. 1,
Su
151
io
ár NACIONAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E
m
PESQUISA EM EDUCAÇÃO – ANPEd, 36., 2013, Goiânia. Anais... Rio de
Su
152
Su
m
ár
io
2 233 1 3 1 1 1 2 0 2 0 3 0 2 16 (6,9%)
3 179 2 0 0 0 2 2 1 0 0 0 2 1 10 (5,6%)
4 210 0 0 0 0 0 0 0 0 1 2 0 0 3 (1,4%)
5 271 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 (0,4%)
6 213 1 0 1 0 0 0 0 0 0 2 2 1 7 (3,3%)
7 242 1 2 2 0 0 2 3 1 0 1 0 2 14 (5,8%)
8 359 0 2 0 0 0 3 0 0 0 0 0 1 6 (1,7%)
9 219 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 1 0 3 (1,4%)
11 206 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
12 278 0 0 0 2 0 0 0 1 0 1 3 1 8 (2,9%)
13 241 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 (0,4%)
14 169 1 0 0 1 1 1 0 2 1 1 1 1 10 (5,9%)
15 217 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
16 274 0 0 1 1 0 0 0 0 0 1 1 1 5 (1,8%)
17 178 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
19 215 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 2 1 3 (1,4%)
21 177 X X 2 1 1 0 1 1 0 0 0 1 7 (4%)
Número total de trabalhos versus número de trabalhos sobre
gênero e sexualidades (G/S) por GT 23ª à 34ª Reunião da ANPEd
(2000-2011) (somente uso do gênero como ferramenta primária)*
22 139 X X X 0 0 0 0 0 0 0 1 0 1 (0,7%)
243 99 X X X X X X X 0 0 0 1 0 1 (1%)
153
io
ár 1
Nomes dos GTs: GT 2 - História da Educação; GT 3 - Movimentos Sociais e
m
Educação; GT 4 - Didática; GT 5 - Estado e Política Educacional; GT 6 - Educação
Su
154
6
Capítulo 6
GÊNERO, SEXUALIDADE E
FORMAÇÃO DE PROFESSORES:
UMA ANÁLISE A PARTIR DA
PRODUÇÃO ACADÊMICA DA ANPED1
GÊNERO, SEXUALIDADE
DOI: 10.31560/pimentacultural/2021.360.155-183
E FORMAÇÃO
DE PROFESSORES:
UMA ANÁLISE
A PARTIR DA PRODUÇÃO
ACADÊMICA DA ANPED1
1 A versão original deste texto foi publicada na Revista Inter-ação (UFG), e esta versão é
publicada neste livro com anuência da Comissão Editorial do referido periódico. Uma versão
preliminar também foi apresentada no GT23, em 2016. Referência original: DAL’IGNA, Maria
1 Cláudia;
A versãoSCHERER,
original deste textoPorcher;
Renata foi publicada
CRUZ, na Revista
Éderson da.Inter-ação (UFG), e esta
Gênero, sexualidade versão é
e formação
publicada neste livro
de professores: umacom anuência
análise dada
a partir Comissão
produçãoEditorial do referido
acadêmica periódico.
da ANPEd. Uma versão
Inter-ação, v. 42,
preliminar
p. 632-655,também foi apresentada
2018. Disponível no GT23, em 2016. Referência original: DAL’IGNA, Maria
em: https://www.revistas.ufg.br/interacao/article/view/48941
Cláudia; SCHERER, Renata Porcher; CRUZ, Éderson da. Gênero, sexualidade e formação
de professores: uma análise a partir da produção acadêmica da ANPEd. Inter-ação, v. 42,
p. 632-655, 2018. Disponível em: https://www.revistas.ufg.br/interacao/article/view/48941
io
ár O CONTEXTO DA ANÁLISE
m
Su
156
io
ár analítica desenvolvida sobre a produção acadêmica do GT 23 da
m
ANPEd, para construir e delimitar seus problemas. Ao mesmo tempo,
Su
157
io
ár formam através daquilo que é posto à margem do ensino, instituindo
m
marcas, lugares e posições nos jogos de poder4.
Su
4 Dagmar Meyer, Maria Cláudia Dal’Igna e Maria Simone Schwengber (2015, p. 185), ao
analisar o verbete Educação, explicam que: “[...] o ato ou processo de educar ou educar-
se no mundo inclui o conhecimento e desenvolvimento resultantes desse ato ou processo.
Nesse sentido, o termo educar reúne dois grupos de significados, associados aos termos
educare – de fora para dentro do indivíduo, com o sentido de orientar, levá-lo do ponto em
que se encontra para outro que se deseja alcançar – e educere – de dentro para fora, no
sentido de promover as potencialidades que o indivíduo possui”. (grifo das autoras).
158
io
ár e de sexualidade são possíveis de serem identificados (ou não) nas
m
pesquisas desenvolvidas pelo GT 23.
Su
A PRODUÇÃO ACADÊMICA DA
ANPED EM CONTEXTO
5 Desde 2000, a ANPEd disponibiliza uma versão completa de cada trabalho e pôster
apresentados nos grupos de trabalho, nas reuniões científicas nacionais. Para maiores
detalhes, ver: http://www.anped.org.br/.
159
io
ár Em 1978, a ANPEd realizou na Universidade Federal do Ceará
m
sua primeira reunião científica nacional. E, desde 2000, a partir da
Su
160
io
ár aos conceitos de gênero e/ou sexualidade têm se concentrado, nos
m
últimos dez anos, no GT 23 Gênero, Sexualidade e Educação, e que tal
Su
161
io
ár Trabalho encomendado. Cláudia M. Ribeiro (UFLA); Constantina
m
Xavier Filha (UFMS). Título: “Trajetórias teórico-metodológicas em 10
Su
162
io
ár Tabela 1 – Total de trabalhos apresentados e selecionados para análise.
m
Su
Trabalhos selecionados,
Número de trabalhos a partir das temáticas
Ano apresentados investigadas
2004 13 1
2005 13 1
2006 12 0
2007 16 4
2008 11 2
2009 12 1
2010 15 3
2011 15 2
2012 17 3
2013 17 5
2014 26 3
163
io
ár Tabela 2 – Unidades de sentido criadas a partir dos trabalhos selecionados.
m
Su
Unidade
2014
2013
2012
2011
2010
2009
2008
2007
2006
2005
2004
de análise
Total
(1) 0 0 1 0 1 0 0 2 0 0 1 5
(2) 3 2 1 1 0 0 2 0 0 1 0 10
(3) 0 3 1 1 2 1 0 2 0 0 0 10
164
io
ár GÊNERO, SEXUALIDADE E FORMAÇÃO
m
Su
DE PROFESSORES EM DEBATE NA
PESQUISA EDUCACIONAL
165
io
ár ao modelo de feminino e de feminilidade convencional que prevalece
m
na sociedade brasileira.
Su
166
io
ár identidade docente”, nele os autores analisam o discurso bíblico a partir
m
de autores pós-estruturalistas e mostram que podem ser identificados
Su
167
io
ár aos modos como gênero e sexualidadesão abordados na formação
m
de professores, a partir da produção acadêmica de um grupo de
Su
168
io
ár fugido de espaços como alfabetização, e procurado ocupar espaços
m
na Educação Física ou na Gestão da Educação, espaços esses
Su
169
io
ár transitam pelas fronteiras das sexualidades e de gênero, mostraram
m
que permanece um sentimento de estranhamento e repulsa com esses
Su
170
io
ár comum que permite avaliar todos e todas – separando-os em normais
m
e anormais, regulando e conformando aquilo que entendemos por
Su
171
io
ár tensionamentos de gênero somente na dimensão prática dessa
m
formação (CRUZ; DAL’IGNA, 2014).
Su
172
io
ár diálogo entre formação docente e as questões de gênero e sexualidade,
m
realizaram observações participantes em uma disciplina que enfocou
Su
173
io
ár relativas ao desempenho escolar. Para a autora esses processos de
m
diferenciação distinguem meninos de meninas, mas também meninos
Su
174
io
ár CONSIDERAÇÕES FINAIS
m
Su
175
io
ár e sexualidade em ação nos currículos escolares e universitários, no
m
âmbito no qual a profissão docente vem sendo constituída.
Su
176
io
ár Tais apontamentos reforçam a importância de que a questão
m
da formação docente não seja excluída das discussões e trabalhos
Su
REFERÊNCIAS
ALVES-MAZZOTI, Alda Judith. Revisão da Bibliografia. In: ALVES-MAZZOTI,
Alda Judith; GEWANDSZNA-JDER, Fernando. O método nas Ciências
Naturais e Sociais: pesquisa quantitativa e qualitativa. São Paulo: Pioneira,
1998, p. 179-188.
ARAÚJO, Sônia Maria. Constituir-se professora na Amazônia: história de
mulheres mestiças da região de ilhas de Belém. In: REUNIÃO ANUAL
177
io
ár DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM
m
EDUCAÇÃO – ANPEd, 33, 2010, Caxambu/MG. Anais... Educação no Brasil:
Su
178
io
ár CASTRO, Roney Polato de. Formação docente, experiência religiosa e
m
sexualidades: problematizações. In: REUNIÃO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO
Su
179
io
ár Florianópolis/ SC. Anais... PNE: tensões e perspectivas para a educação
m
brasileira. Rio de Janeiro: ANPEd, 2015.
Su
180
io
ár MEYER, Dagmar.; RIBEIRO, Cláudia; RIBEIRO, Paulo. Gênero, sexualidade e
m
educação: “olhares” sobre algumas das perspectivas teórico-metodológicas
Su
181
io
ár EDUCAÇÃO – ANPEd, 36, 2013, Goiânia/GO. Anais... Sistema Nacional de
m
Educação e Participação Popular: Desafios para as Políticas Educacionais.
Su
182
io
ár EM EDUCAÇÃO – ANPEd, 30, 2007, Caxambu/MG. Anais... Constituição
m
Brasileira, Direitos Humanos e Educação. Rio de Janeiro: ANPEd, 2007.
Su
183
7
Capítulo 7
SUBVERSÃO E RESISTÊNCIA
NO GT 23 DA ANPED A PARTIR
DE MICHEL FOUCAULT 8
Anderson Ferrari
SUBVERSÃO
E RESISTÊNCIA
DOI: 10.31560/pimentacultural/2021.360.184-216
NO GT 23
DA ANPED
A PARTIR
DE MICHEL
FOUCAULT1
8 A versão original deste texto foi publicada na Revista Interinstitucional Artes de Educar,
e esta versão é publicada neste livro com anuência da Comissão Editorial do referido
periódico. Referência original: FERRARI, Anderson, OLIVEIRA, Danilo Araujo de. “Subversão
1 eAresistência
versão original
no GTdeste
23 datexto foi publicada
ANPEd naMichel
a partir de RevistaFoucault.”
Interinstitucional
Revista Artes de Educar,
Interinstitucional
e estadeversão
Artes Educaré v.publicada neste livro
6, n. 3, p. 815-835, comDisponível
2020. anuência em:
da https://www.e-publicacoes.uerj.
Comissão Editorial do referido
periódico. Referência original: FERRARI, Anderson, OLIVEIRA, Danilo Araujo de. “Subversão
br/index.php/riae/article/view/54561.
e resistência no GT 23 da ANPEd a partir de Michel Foucault.” Revista Interinstitucional
Artes de Educar v. 6, n. 3, p. 815-835, 2020. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.
br/index.php/riae/article/view/54561.
io
ár O novo não está no que é dito, mas no
m
acontecimento de seu retorno.
Su
INTRODUÇÃO
185
io
ár interessados nas construções das homossexualidades masculinas em
m
diferentes contextos, sobretudo nas escolas. A segunda motivação foi
Su
baseada nos atuais ataques que essa área vem sofrendo, o que nos
exige um tipo de resistência criativa e inventiva, o que vai ao encontro
da potencialidade do arcabouço foucaultiano.
186
io
ár algo que sempre esteve presente e continua atual, o que nos permite
m
afirmar que ele é o autor mais utilizado nos trabalhos.
Su
9 Esse número não leva em consideração os trabalhos apresentados na 33ª reunião anual,
de 2010, em função da falta de acesso na página, sendo a única reunião que não é possível
ter acesso aos trabalhos. Também não leva em consideração a totalidade de trabalhos
aprovados e apresentados na 39ª reunião anual, de 2019, visto que, a partir desse ano, os
autores e autoras não eram obrigados a disponibilizar os trabalhos para serem publicados
na página da ANPEd.
10 A escolha do GT23 para a presente pesquisa é um posicionamento político em resistência
aos recentes ataques a esse campo do conhecimento já consolidado na Educação.
11 Estamos considerando aqui como livro não somente os livros escritos por Foucault como
tal, mas também os cursos dados por ele, posteriormente transformados em livros, e as
diversas entrevistas compiladas e transformadas em livro.
187
io
ár Tabela 1 – Relação livro e trabalhos em que é referência.
m
Su
Livro Nº de trabalhos
em que é
referência
A Arqueologia do Saber 22
A Coragem da Verdade: o governo de si e dos outros 02
A hermenêutica do sujeito 02
A ordem do discurso 18
As palavras as coisas: uma arqueologia das ciências humanas 04
Ditos e Escritos II: Arqueologia das Ciências e 01
História dos Sistemas de Pensamento
Ditos e Escritos IV: estratégia, poder-saber 06
Ditos e Escritos V: Ética, Sexualidade, Política 15
Ditos e Escritos VI: Repensar a Política 02
Do governo dos vivos 01
El yo minimalista e otras conversaciones 02
Em defesa da sociedade 06
Herculine Barbin: o diário de um hermafrodita 01
História da Sexualidade I: a vontade de saber 49
História da Sexualidade II: O uso dos prazeres 12
História da sexualidade III: Cuidado de si 06
Microfísica do poder 22
Nascimento da Biopolítica 06
O Belo Perigo 01
O nascimento da clínica 01
Os anormais 05
Resumo dos Cursos do Collège de France 01
Tecnologías del yo y otros textos afines 04
Um diálogo sobre os prazeres do sexo: Nietzche, Freud e Marx 02
Vigiar e punir: nascimento da prisão 26
Segurança, território, população 05
Segurança, território, população 05
189
io
ár A FIDELIDADE INFIEL COMO
m
Su
CARACTERÍSTICA DO GT 23
190
io
ár CASTRO, 2013); Transexualidade (CÉSAR, 2009; TORRES, Marco
m
Antônio, 2013; SANTOS, Dayana Brunetto Carlin dos., 2013; SANTOS,
Su
191
io
ár movimento de diferenciação”, de modo que a fidelidade infiel explora
m
não “[...] o significado oculto de um texto, a verdade sobre o que
Su
192
io
ár por aquele que o escreveu. Quanto mais houver usos novos,
m
possíveis, imprevistos, mais eu ficarei contente. Todos os meus
Su
193
io
ár FOUCAULT, O INSTAURADOR
m
Su
DE DISCURSIVIDADE
194
io
ár guiar as problematizações e como esses conceitos foram sendo
m
reatualizados, renovados e reativados a partir do contexto educacional
Su
195
io
ár na problematização das práticas e discursos que estão construindo
m
as imagens e identidades dos homossexuais presentes na cultura”.
Su
196
io
ár como grande lugar em que se processam as produções de verdade
m
sobre o sexo, o gênero e a sexualidade” (SIERRA, 2012, p. 4).
Su
197
io
ár inseridas em um campo sempre muito aberto, pois as técnicas
m
de poder se atualizam, ganham novas formas e funcionamento, de
Su
198
io
ár a mostrar esses modos também no presente, fazemos isso como um
m
investimento para que nós mesmos e os próprios sujeitos pensem
Su
199
io
ár demonstrando como o espaço do GT vai se construindo em diálogo
m
com o movimento no campo. É exemplo disso a entrada das discussões
Su
200
io
ár A obra é parte de um projeto mais amplo de problematizar como
m
nos tornamos o que somos. Nesse investimento em questionar nossas
Su
201
io
ár A primeira fase é marcadamente epistemológica, buscando
m
desvendar o solo do qual brotam os saberes; a segunda,
Su
202
io
ár pensarmos possíveis futuros para a Educação” (GALLO, 2004, p. 95).
m
Nesse sentido, a “História da Sexualidade I” cumpre sua função no
Su
SUBVERSÃO E RESISTÊNCIA
203
io
ár institucionais, educacionais, dentre outras que agem com a intenção
m
de regular os sujeitos. Durante muito tempo, a tendência foi tomar esse
Su
204
io
ár Interessado nas relações entre os jogos de saber-poder e a
m
produção das subjetividades, Foucault (1988) vai demonstrar que é na
Su
205
io
ár o exame e classificações, os exercícios corporais, as punições e as
m
premiações. Mais recentemente, essas obras passaram a ajudar nos
Su
206
io
ár Travestis e transexuais são sujeitos desclassificados por
m
discursos que os produzem a partir da desordem social
Su
207
io
ár dispositivo da sexualidade (FOUCAULT, 1988), o dispositivo da
m
transexualidade organiza os saberes, as práticas e os discursos
Su
12 A definição de último ou terceiro Foucault acontece para fins didáticos. É uma maneira
de separar todo o conjunto de obras do autor, basicamente, em três fases: arqueológica
(primeiro Foucault), genealógica (segundo Foucault), ética (terceiro/último Foucault). Cada
uma dessas fases ele se debruça de maneiras, e com focos diferenciados para seus objetos
de pesquisa, conferindo qualidades específicas aos conceitos e modos metodológicos de
operar com as questões de pesquisa. Para mais detalhes ver: Veiga-Neto (2003).
208
io
ár sujeitos. E, talvez, por isso “História da Sexualidade I” seja a obra
m
mais utilizada nos trabalhos que discutiram a transexualidade, porque
Su
ela é porta de entrada para essa última fase de Foucault, uma fase
muito diferente das anteriores em que o indivíduo pouco ou nada
podia fazer nas lutas de transformação do mundo social e político
(BRANCO, Guilherme Castelo, 2001).
209
io
ár CONSIDERAÇÕES FINAIS
m
Su
210
io
ár escola, a educação, a relação entre sujeitos. Não queremos dizer com
m
isso que somente as transexualidades possam ser consideradas como
Su
REFERÊNCIAS
ALMEIDA, Edwana Nauar de. Corpos escalpelados na escola: entre marcas
físicas, sociais e escolares. In: Corpos escalpelados na escola: entre marcas
físicas, sociais e escolares. In: 38ª. Reunião Anual da ANPEd, São Luís, 2017.
ALMEIDA, Neil Franco Pereira; MOTA, Maria Veranilda Soares. Docências
que transitam pelas fronteiras das sexualidades e do gênero: a escola como
espaço de imposições de poderes e resistências. In: 32ª. Reunião Anual da
ANPEd, Caxambu, 2009.
BALESTRIN, Patrícia Abel. A sexualidade num curso normal – seus tempos e
“contra-tempos”. In: 30ª. Reunião Anual da ANPEd, Caxambu, 2007.
BASSALO, Lucélia de Moraes Braga. Heteronormatividade ou
reconhecimento? professores e professoras diante da homossexualidade. In:
30ª. Reunião Anual da ANPEd, Caxambu, 2007.
211
io
ár BRANCO, Guilherme Castelo. As resistências ao poder em Michel Foucault.
m
Revista Trans/Form/Ação, Marília, v. 24. n. 1, p. 327-248, nov. 2001.
Su
212
io
ár FOUCAULT, Michel. Gerir os ilegalismos. In: FOUCAULT, Michel. Michel
m
Foucault: entrevistas a Roger Pol-Droit. São Paulo: Graal, 2006. p.41-52.
Su
213
io
ár NOGUEIRA, Juslaine de Fátima Abreu. Dispositivo da sexualidade e
m
psiquiatrização da educação: notas farmacobiopolíticas sobre o corpo. In:
Su
214
io
ár SANTOS, Dayana Brunetto Carlin dos. Docências trans: entre a decência e a
m
abjeção. In: 38ª. Reunião Anual da ANPEd, São Luís, 2017.
Su
215
io
ár VARGAS, Juliana Ribeiro de; XAVIER, Maria Luisa Merino. A feminilidade em
m
discurso: mídias musicais contemporâneas produzindo modos de ser jovem
Su
216
io
ár
SOBRE AS AUTORAS E AUTORES
m
Su
Anderson Ferrari
Professor da Faculdade de Educação da UFJF, professor permanente do
PPGE/UFJF. Pós-doutor em Educação e Cultura Visual pela Universidade
de Barcelona/Espanha, Doutor em Educação pela Unicamp. Coordenador
do Grupo de Estudos e Pesquisas em Gênero, Sexualidade, Educação e
Diversidade (GESED/UFJF). E-mail: ferrarianderson13@gmail.com
Cláudia Vianna
Professora Sênior no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Educação
da Universidade de São Paulo (FEUSP), onde concluiu seu doutorado e livre-
docência. Possui Pós-Doutorado em Sociologia e Gênero na Universidad
Atónoma de Madrid e é bolsista de Produtividade em Pesquisa pelo CNPq.
Coordena, com Marília Pinto de Carvalho, o grupo de Estudos de Gênero,
Educação e Cultura Sexual (EdGES) e desenvolve investigações na área das
relações de gênero e produção das sexualidades nas políticas públicas de
educação. Além de diversos artigos e capítulos, é autora de “Os nós do nós:
crise e perspectivas da ação coletiva docente em São Paulo” (Xamã, 1999) e
“Políticas de Educação, Gênero e Diversidade Sexual: breve história de lutas,
danos e resistências” (Autêntica, 2018). E-mail: cpvianna@usp.br
217
io
ár extensão em escolas públicas municipais de Campo Grande/MS produzindo
m
coletivamente filmes de animação com crianças da primeira etapa do Ensino
Su
Éderson da Cruz
Professor e gestor escolar na Educação Básica das redes pública estadual
e privada no Rio Grande do Sul. Graduado em Letras (UNISINOS) e em
Pedagogia (UFRGS); Especialista em Gestão Escolar (UNIP); Mestre e Doutor
em Educação (UNISINOS). Integrante do Grupo Interinstitucional de Pesquisa
em Docências, Pedagogias e Diferenças (GIPEDI - UNISINOS - CNPq). Suas
pesquisas analisam os temas: Gênero, masculinidades, currículo e docências.
E-mail: prof.dr.edersoncruz@gmail.com
218
io
ár Eliane Rose Maio
m
Su
Fernando Pocahy
Professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)/
Faculdade de Educação, onde atua como pesquisador-docente do quadro
permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação (ProPEd) e do
Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social (PPGPS). Líder do GENI
- Estudos de Gênero e Sexualidade. Bolsista de Produtividade em Pesquisa
do CNPq e do Programa Jovem Cientista do Nosso Estado (JCNE-FAPERJ);
Procientista (UERJ-FAPERJ). Doutor em Educação e Mestre em Psicologia
Social e Institucional pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
Tem realizado estudos e intervenções a partir de interlocuções entre Educação
e(m) Saúde, interessado principalmente nos seguintes temas: envelhecimento,
gênero e sexualidade. E-mail: fernando.pocahy@gmail.com
Fernando Seffner
Professor titular da Faculdade de Educação da UFRGS. Vinculado ao
Programa de Pós-Graduação em Educação, na linha de pesquisa Educação,
Sexualidade e Relações de Gênero, e ao Mestrado Profissional em Ensino de
História PROF HISTÓRIA, na linha de Pesquisa Saberes Históricos no Espaço
Escolar. É coordenador do Grupo de Estudos de Educação e Relações de
Gênero GEERGE e foi coordenador do GT 23 Gênero, Sexualidade e Educação
da ANPEd (2017/2021). Email: fernandoseffner@gmail.com
219
io
ár de gênero, sexualidade e estudos queer em articulação com o campo da
m
Educação. Publicou artigos, livros e capítulos sobre essas temáticas. Entre
Su
220
io
ár #maternidadenolattes, destaca também que é mãe de duas gurias gêmeas.
m
E-mail: mcdaligna@hotmail.com
Su
221
io
ár educação sexual, adolescência, sexualidade e sociedade. Possui graduação
m
em Psicologia (1985) pela PUCCAMP; graduação em Pedagogia (1983) e
Su
222
io
ár
ÍNDICE REMISSIVO
m
Su
223
io
ár Estudos Feministas 19, 29, 79, 97, gênero 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18,
m
129, 133, 134, 151, 181 19, 20, 21, 22, 23, 24, 26, 27, 28, 29,
Su
F
30, 31, 32, 33, 34, 35, 36, 37, 38, 39,
41, 42, 43, 44, 45, 47, 48, 49, 51, 52,
feminino 55, 67, 69, 78, 86, 87, 91, 94, 53, 54, 55, 57, 59, 60, 61, 63, 64, 66,
106, 113, 123, 124, 126, 138, 166, 169 67, 68, 69, 70, 75, 77, 79, 84, 85, 86,
fidelidade infiel 189, 190, 191, 192, 87, 88, 89, 90, 91, 95, 97, 99, 100,
193, 198 104, 105, 107, 108, 109, 110, 111,
formação 13, 14, 20, 22, 26, 32, 34, 112, 113, 114, 115, 116, 118, 119,
35, 39, 41, 43, 45, 47, 63, 65, 71, 72, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 126,
78, 90, 101, 107, 108, 111, 112, 113, 127, 128, 129, 130, 131, 132, 133,
116, 119, 120, 127, 145, 146, 147, 134, 135, 136, 137, 138, 140, 141,
150, 155, 156, 157, 158, 159, 160, 142, 143, 144, 145, 146, 147, 148,
161, 162, 163, 165, 166, 167, 168, 149, 150, 151, 152, 153, 156, 157,
170, 171, 172, 173, 174, 175, 176, 158, 159, 160, 161, 162, 163, 165,
177, 179, 181, 182, 215, 217, 218, 166, 167, 168, 169, 170, 171, 172,
219, 220 173, 174, 175, 176, 177, 178, 179,
formação de professores 111, 155, 156, 180, 181, 182, 183, 185, 186, 189,
157, 158, 159, 160, 161, 162, 163, 190, 191, 193, 194, 195, 197, 200,
165, 168, 170, 171, 174, 175, 176, 202, 203, 204, 205, 206, 207, 208,
177, 182, 215, 220 210, 211, 212, 213, 214, 215, 216,
formação docente 13, 34, 107, 113, 217, 218, 219, 220, 221
119, 127, 167, 171, 173, 176, 177, gênero, sexualidade e educação 11, 21,
179, 217, 218, 219 29, 30, 33, 51, 68, 112, 114, 115, 176,
Foucault 47, 61, 62, 67, 74, 89, 90, 95, 185, 189, 193, 194, 195, 200, 210
96, 97, 100, 106, 121, 122, 129, 179, geração 12, 18, 27, 34, 40, 59, 68, 213
184, 185, 186, 187, 189, 190, 191, Gestão 13, 16, 169, 218
192, 193, 194, 195, 198, 199, 200, Grupo de Estudos 17, 21, 27, 35, 36,
201, 202, 203, 204, 205, 206, 207, 65, 99, 104, 109, 144, 160, 186, 217,
208, 209, 210, 211, 212, 213, 216 218, 219, 220, 222
G Grupo de Trabalho 14, 17, 27, 99, 100,
GE 15, 17, 18, 20, 21, 22, 23, 24, 27, 109, 156, 186
28, 32, 39, 42, 43, 50, 56, 99, 100, GT 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 22,
102, 109, 142, 160, 161, 186 24, 27, 28, 29, 30, 31, 32, 33, 34, 36,
GE 23 15, 17, 18, 21, 22, 23, 24, 27, 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 49,
28, 32, 50, 99, 142 50, 53, 54, 56, 84, 92, 98, 99, 100,
GEISH 21, 24, 42, 60, 61 102, 103, 104, 107, 108, 109, 111,
114, 115, 116, 119, 120, 121, 122,
224
io
ár 123, 124, 125, 126, 127, 131, 138, M
m
139, 140, 141, 142, 144, 145, 146, Ministério da Educação 19, 43, 77,
Su
147, 149, 151, 153, 154, 156, 157, 111, 135, 151
159, 160, 161, 162, 163, 164, 165,
N
169, 170, 175, 176, 177, 181, 184,
186, 187, 189, 190, 194, 197, 199, nacionalidade 18, 27, 59, 68, 69, 77
200, 202, 203, 205, 209, 210, 211, O
214, 219
orientação sexual 19, 71, 73, 74, 77,
GT 23 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 29,
105
30, 31, 32, 33, 34, 36, 37, 38, 39, 41,
42, 43, 44, 45, 49, 50, 53, 54, 56, 98, P
100, 102, 103, 104, 108, 114, 115, Pedagogia 31, 70, 71, 128, 166, 171,
119, 120, 121, 122, 123, 124, 125, 172, 173, 180, 181, 182, 190, 218,
127, 131, 138, 139, 140, 141, 142, 220, 221, 222
145, 146, 147, 149, 151, 154, 156, pedagógicos 69, 71, 116, 198
157, 159, 160, 161, 162, 165, 169, pensamento educacional 14, 191, 193,
175, 177, 181, 184, 186, 187, 189, 198
190, 194, 199, 202, 203, 205, 209, pesquisadoras 11, 12, 14, 17, 18, 21,
210, 211, 214, 219 23, 27, 36, 37, 40, 42, 43, 46, 52, 59,
H 62, 84, 92, 99, 115, 141, 145, 149,
156, 161, 162, 168, 169, 171, 175, 186
História da Sexualidade 97, 128, 187,
política 15, 18, 19, 20, 30, 34, 41, 55,
188, 189, 190, 194, 195, 199, 200,
59, 60, 66, 79, 80, 87, 92, 97, 100,
202, 203, 204, 205, 207, 208, 209,
109, 114, 117, 120, 122, 124, 125,
211, 212
128, 129, 151, 156, 168, 179, 186,
I 199, 202
infância 50, 56, 57, 63, 69, 105, 107, Política Educacional 31, 144, 154, 221
114, 116, 119 práticas 16, 17, 22, 28, 36, 37, 38, 44,
investigações 17, 40, 63, 71, 73, 99, 45, 48, 51, 52, 53, 54, 56, 57, 61, 62,
133, 192, 194, 198, 199, 205, 208, 63, 75, 83, 84, 95, 99, 105, 107, 112,
217, 222 113, 119, 120, 124, 173, 195, 196,
198, 200, 201, 208, 209, 210, 214, 222
L
práticas pedagógicas 17, 99, 119, 120,
liberdade 16, 101, 198, 208, 209 173, 222
literatura 19, 33, 48, 59, 60, 69, 92, produção acadêmica 18, 27, 30, 37,
113, 173, 183, 215 53, 54, 59, 60, 65, 152, 155, 156, 157,
158, 159, 160, 161, 162, 165, 168, 175
225
io
ár professores 22, 46, 70, 71, 111, 117, Sexualidade 14, 21, 23, 27, 32, 36, 38,
m
119, 124, 155, 156, 157, 158, 159, 39, 42, 46, 48, 50, 56, 60, 70, 75, 77,
Su
160, 161, 162, 163, 165, 168, 169, 78, 79, 80, 97, 99, 100, 106, 109, 128,
170, 171, 173, 174, 175, 176, 177, 138, 145, 147, 154, 156, 160, 161,
178, 181, 182, 202, 205, 207, 211, 162, 165, 167, 175, 176, 177, 180,
215, 220 186, 187, 188, 189, 190, 194, 195,
Programa 31, 35, 46, 65, 71, 150, 156, 199, 200, 202, 203, 204, 205, 207,
172, 179, 217, 218, 219, 220, 221 208, 209, 210, 211, 212, 215, 217,
publicações 19, 28, 47, 65, 145, 220 218, 219, 221
R T
reflexão 26, 61, 63, 78, 136, 169, 174 teologia 19, 59
resistência 25, 45, 58, 96, 152, 166, transexuais 117, 119, 169, 180, 189,
184, 186, 187, 189, 195, 197, 202, 202, 206, 207, 212, 214
203, 205, 209, 210, 211 transexualidade 169, 170, 198, 200,
Reunião Anual da ANPEd 15, 17, 24, 207, 208, 209
25, 27, 58, 161, 162, 211, 212, 213, transformação 18, 43, 64, 100, 105,
214 107, 205, 209
S
transgressões 200, 205, 207
travestis 117, 119, 169, 180, 189, 202,
saúde 19, 39, 53, 59, 64, 69, 105, 110, 206, 207, 212
116, 130, 181, 206
226