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José Tadeu dos Santos Travassos Economista

E-mail: jose.travassos@fiduc.com.br Corecon / RJ - registro 25.300


Telefone: (21) 99709-8530 Rio de Janeiro – RJ

Como se cria uma bolsa de valores?

Segundo alguns historiadores, a origem das bolsas de valores remonta à Roma


antiga; segundo outros, as bolsas de valores se desenvolveram a partir da praça
do comércio marítimo da Grécia antiga ou dos bazares palestinos, onde os
comerciantes se reuniam para tratar de negócios. Mas, certamente, na sua
origem, todos esses mercados tinham características muito diferentes das
bolsas atuais.

As primeiras bolsas com características modernas surgiram em meados do


século XV, na esteira da expansão comercial. Em Bruges, na Bélgica, no ano de
1487, a palavra 'bolsa' ganhou seu sentido comercial e financeiro, quando
mercadores e comerciantes passaram a se reunir na casa de certo senhor Van
der Burse, cujo brasão continha o desenho de três bolsas, a fim de realizar seus
negócios: compra e venda de moedas, letras de câmbio e metais preciosos.

As bolsas de valores são associações civis, sem fins lucrativos e com funções
de interesse público. Atuam como delegadas do poder público, têm ampla
autonomia em sua esfera de responsabilidade. Além de seu papel básico de
oferecer um mercado para a cotação dos títulos nelas registrados, orienta e
fiscaliza os serviços prestados por seus membros, facilita a divulgação constante
de informações sobre as empresas e sobre os negócios que se realizam sob seu
controle. As bolsas de valores propiciam liquidez às aplicações de curto e longo
prazos, por intermédio de um mercado contínuo, com movimentos ondulares
representados por seus pregões diários. É por meio das bolsas de valores que
se pode viabilizar um importante objetivo de capitalismo moderno: o estímulo à
poupança do grande público e o investimento em empresas em expansão, que,
diante deste apoio, poderão assegurar as condições para seu desenvolvimento.

A criação de uma bolsa de valores deve ser baseada por características


diferentes das atuais, para contribuir e incentivar de forma inédita, e
complementar as negociações que deixam de acontecer na bolsa de São Paulo,
por exemplo. Além do mais, deve convergir, de maneira harmônica, ao propósito
de estímulo à economia do país, através da poupança interna, que segundo a
teoria macroeconômica, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) é
dependente do investimento, o qual precisa ser financiado pela poupança.
Quando isso não é suficiente para sustentar os investimentos a serem realizados
no país, o desenvolvimento econômico torna-se subordinado ao acesso dos

Link da publicação em 28/08/2021


https://investnews.com.br/colunistas/sos-financas/como-se-cria-uma-
nova-bolsa-de-valores/ 1|P á gi na
José Tadeu dos Santos Travassos Economista
E-mail: jose.travassos@fiduc.com.br Corecon / RJ - registro 25.300
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recursos provenientes do exterior, sob forma de dívida externa ou investimento


direto.

Nesse contexto, há uma reportagem do Valor Investe, de Julia Lewgoy (link


abaixo), dando conta de que há iniciativa para a criação de uma nova bolsa de
valores em estudos preliminares. Contudo, a nova bolsa não foi regulada pela
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Vamos aguardar as cenas dos
próximos capítulos.

https://valorinveste.globo.com/objetivo/empreenda-se/noticia/2021/03/03/bolsa-
de-valores-de-impacto-social-recebe-investimento-de-fundo-pela-primeira-
vez.ghtml

Tadeu Travassos
Planejador Fiduciário

Link da publicação em 28/08/2021


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nova-bolsa-de-valores/ 2|P á gi na

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