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RITUAL PARA ABERTURA DE CAMPO PSÍQUICO PARA AS MUDANÇAS

A tônica ritualística será dividida em:

Recordação,

Gratidão e

Comunhão com a linhagem feminina ancestral, seguiremos com um ritual de “morte” de tudo
aquilo que precisa ser removido (por ter cumprido com sua finalidade) para abrir espaço e
fortalecer um novo ciclo (que não pode surgir sem antes “limparmos o terreno”).

Na tradição feminina sempre reverenciamos a anciã, a detentora do poder sobre a vida e a


morte como também da sabedoria dos mistérios da transmutação, ela representa a colheita
das experiências e também é a guardiã das tradições. É no seu caldeirão mágico que
movimentamos a energia da transformação, renovação, cura alquímica, do corpo e da alma.

Baba Yaga, Ísis e Hécate podem ser boas representantes para este momento, procurem por
estes arquétipos e criem algum tipo de relacionamento com eles.

Essa é a primeira parte: Reverência às ancestrais

Busque se conectar nesses momentos com pedras escuras e com ervas como Artemísia,
alecrim, sálvia ou mirra.

Essas ervas podem cuidar do seu espaço e purificar sempre que a reverência for feita podendo
ser acompanhada por vela preta ou laranja junto com um oráculo de sua preferência afim de
fazer as próprias conexões e iniciar esse contato profundo.

O nosso enfoque é o resgate atual, através de círculos femininos das tradições antigas e
celebrações que nos fazem reconhecer a inevitabilidade da morte e dos fins de ciclos, desta
forma podemos viver de forma mais plena o momento presente.

A mensagem de “tudo que morre renascerá” é como aqueles que partiram e aqueles que
ainda não nasceram estão juntos no mesmo tempo espaço, o passado e o futuro são
entrelaçados pelo presente. A vida e a morte são fases do ciclo do “eterno retorno” sendo a
morte uma pausa para a preparação que antecede um novo ciclo, e a vida é uma oportunidade
para aprender e evoluir.

Façam respirações profundas enquanto guio vocês nessa abertura de campo individual e
contato com a egrégora que nos suporta durante esse trabalho.

“Peço licença ao meu Eu Superior e ao Eu Superior de todas que estão conectando seu campo
comigo através desse vídeo, invoco a presença da Sociedade Dévica e todos os espíritos
elementais que ancoram meu campo verde e minha casa interior, Baba Yaga que me mostra
todos os dias a importância das tarefas no plano da superfície para que eu mantenha o contato
com a minha Mulher Selvagem enquanto cuido da jornada material do meu novo Self, estou
em processo de amadurecimento espiritual e terreno que engloba o descondicionamento de
crenças antigas a partir da minha entrega e ação dirigida pela minha intuição, minha sabedoria
interior. Com isso guio mais mulheres e homens e acessar esse mesmo local, cada um da sua
forma dentro da sua própria existência e próprio tempo pautado em sua
autorresponsabilidade em continuar observando suas escolhas e decisões.

“Pela água que é Seu sangue, pelo fogo que é o Seu espírito, pelo ar que é Seu sopro e pela
terra que é Seu corpo, a Deusa abençoa esse círculo”.

“tocar o sino como abertura”

Convido a todos os seres aqui presentes, do plano sutil e plano material a compartilhar o pão e
o sal da vida junto com o vinho da comunhão, vamos iniciar uma série de ativações onde a
princípio vamos ao encontro de nossas ancestrais para pedir a elas uma mensagem ou
orientação sobre esse momento presente da nossa jornada.

“projete-se mentalmente em uma planície cercada por pedras antigas e coberta por uma
densa bruma. Siga uma trilha estreita no meio das pedras até chegar a uma pequena enseada,
onde você vê se aproximando um barco com velas pretas, conduzido por uma mulher envolta
em um manto escuro com capuz. Ela lhe acena com a cabeça e você entra no barco junto com
suas companheiras. Após atravessar uma água escura o barco para na beira de uma ilha
coberta por árvores muito antigas. Você desce e caminha devagar até achar a entrada de uma
fruta, de onde você ouve uma canção que lhe desperta uma emoção e profundas lembranças.
Você vai entrando na gruta iluminada por tochas e vê um círculo de mulheres, sentadas ao
redor de um caldeirão em que são queimadas ervas aromáticas. Junte-se a essas mulheres e
deixe que memórias antigas aflorem na sua mente, que os sons e as melodias atuem como um
bálsamo que cura a saudade ou as feridas do seu coração. Ouça o que uma ou mais mulheres
estão lhe dizendo e agradeça, permanecendo em silêncio e oração. Após alguns momentos
inicie seu caminho de volta percorrendo o mesmo trajeto no sentido inverso e vá voltando
para o aqui e agora, conforme sua consciência vai aterrizando no presente você repete comigo
mentalmente e ativamente:

-Para descartar o velho e abrir espaço para o novo ciclo me aproximo da minha Anciã e lhe
entrego todo meu lixo emocional, mental, comportamental, minhas dores, medos, culpas,
decepções, mágoas, ressentimentos, compulsões, bloqueios, vergonhas, autossabotagem,
cristalização.

(tocar o sino 3 vezes)

“chegou o momento do sacrifício e do desapego de tudo o que morreu e que cumpriu sua
finalidade. Se despeça das máscaras, das falsas crenças e das limitações. Entreguem tudo o
que não querem, nem necessitam mais, para que seja queimado pela nossa Anciã no caldeirão
sagrado da transmutação alquímica”.

Por isso estamos trabalhando com o 23º caminho na Árvore da Vida, o arquétipo do
ENFORCADO que nos auxilia a ressignificar palavras como: SUSPENSÃO, DESAPEGO E
SACRIFÍCIO através de uma INICIAÇÃO. Uma nova forma de colocar nossa consciência a
serviço. Esse caminho simboliza os sacrifícios impostos para que possamos assumir as
penalidades e também a suspensão necessária em certos momentos da vida, as vezes, não
fazer nada é fazer muito. Durante esse processo quando tudo parecer estar parado e sem
sentido, é justamente o Sagrado Ofício, o real sacrifício que o Enforcado está nos
apresentando no caminho entre discernir a intuição da razão, colocar nossa consciência a
serviço do nosso Self é utilizar desse período de suspensão para refletir sobre nossas atitudes e
então aprender com os nossos erros em um novo patamar de profundidade.

Esse caminho pode trazer estranhamento para vocês, mas é muito importante considerar a
energia da inércia nesse momento da jornada, até que o momento de ação volte a aparecer,
ele nos concede a tão falada paciência necessárias no caminho e principalmente resignação
para aturar situações difíceis que nos trarão aprendizados maiores, ao mesmo tempo que nos
sacrificamos em prol de algo maior levamos paz aos nossos antepassados através desse
arcano.

Com o campo que está sendo movimentado através dessas aulas aqui reside a oportunidade
de transformações radicais que ativam as crises, pois coisas precisam morrer dentro de nós
para que uma nova ordem de pensar possa ser instalada, é através dos destroços dessa
estrutura decomposta que uma nova construção será realizada, o inconsciente de vocês trará
muita necessidade de eliminar tudo que não é mais possível conviver no caminho do
despertar.

Tudo que for mais crítico e necessitar de transformação irá transparecer e você perceberá com
clareza o que deve ser feito, essa luz traz a sustentação pois é uma Consciência de Apoio.

O momento requer cuidado com nosso corpo pois ele vai refletir toda a carga que estamos
suportando no inconsciente, mesmo não percebendo, a sua mente está nesse momento
totalmente conectada com Deus.

“mentalize comigo: Inteligência Estável, Sagrado Destruidor

Por ti minhas estruturas são abaladas; mas o que eliminas já não tinha Vida nem Razão para
existir. Sobre a nova base farei outra construção.

Potestade e Arcanjos, vossa ajuda eu invoco

Peça a benção da Deusa e das ancestrais para a continuação da linhagem ancestral,


visualizando o entrelaçamento do passado e do futuro pela magia do presente. Assim
brindamos às realizações próprias do novo ciclo que se inicia aqui, após a transmutação ser
realizada durante essa mentoria agradeceremos às forças espirituais aqui hoje invocadas e às
ancestrais podem então desfazer o círculo energético no sentido inverso da sua criação e
poderemos seguir com essa finalização cantando em gratidão a Deusa Oya, protetora do meu
trabalho alquímico que abre os caminhos de mudanças, repitam comigo mentalmente:

Eu trabalho de modo profundo

Sempre presente

Sempre em movimento

Eu trabalho de modo dramático

Com trovões e relâmpagos

Varrendo e extirpando

Eu trabalho de modo sutil

Empurrando e aguiolhando

Deteriorando

Eu a rodopio e giro

Borrifo e disperso

Choco e sacudo

Abro caminho para o que tem de vir

Posso ser insignificante ou estupenda

Breve ou duradoura

Tumulto ou ascensão

O que não posso é ser ignorada

O caminho para a totalidade á abraçar as mudanças que estão acampando na sua porta, ela
inspira medo que pode te fazer deixa-la de lado, mas chegou a hora de varrer, remover e
limpar. Escolher dançar com a mudança significa que você flui com ela, deixem-se ser instáveis,
preparem-se para crescer.

É hora de mexer a terra antes que algo possa ser plantado, é hora de fazer algo
completamente diferente.

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