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Com atendimento em apenas 39% da região norte, unidades da

defensoria pública podem fechar com arcabouço fiscal

Atualmente, apenas 9 municípios da região contam com unidades do órgão, que presta
auxílio jurídico para a população vulnerável

Se aprovado pelo Congresso Nacional, o novo arcabouço fiscal pode comprometer o


atendimento da Defensoria Pública da União (DPU) em 39% da região Norte. As novas
regras propostas pelo governo limitam as despesas com o órgão, o que pode inviabilizar
a ampliação da cobertura do serviço - que já é defasada.

Atualmente, apenas 9 municípios do Norte do país contam com unidades da DPU. Ao


todo, a região conta com apenas 53 defensores públicos, responsáveis por atender uma
população de 17 milhões de pessoas.

Vale lembrar que, em 2014, a Emenda Constitucional nº 80 estipulou prazo de oito anos
para que a DPU se interiorizasse e que todas as unidades jurisdicionais contassem com
um defensor. Em junho, completa-se um ano desde o fim do prazo e a meta não foi
alcançada.

Segundo o presidente da Associação Nacional de Defensoras e Defensores Públicos


Federais (Anadef), Eduardo Kassuga, seria necessário um orçamento de R$ 3 bilhões
para garantir a presença da DPU em todo o país. “Entendemos que o novo arcabouço
fiscal é uma importante e necessária medida econômica, mas não podemos deixar a
população mais vulnerável sem acesso à justiça”, ressalta.

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