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Ano (edital) Banca Prova Observação

Concurso do MPU 6° 20/06/2010 CESPE 11/09/2010


Concurso do MPU 7° 20/03/2013 CESPE 19/05/2013 Somente (Analista de
Direito e Técnico
Administração)
Concurso do MPU 8° 09/08/2013 CESPE 6/10/2013
Concurso do MPU 9° 13/01/2015 CESPE 22/03/2015
Concurso do MPU 10° 21/08/2018 CESPE 21/10/2018
Concurso do MPU 11° Cespe 2°/2024 (eu acredito)

→ Concurso do MPU 7°

LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU: 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do


Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil constitucional do Ministério
Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 A autonomia
funcional e administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da proposta orçamentária.
1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a
investidura e procedimento de destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções
exclusivas e concorrentes. 1.12 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias,
prerrogativas e vedação. 2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2
Atribuições constitucionais.

→ Concurso do MPU 8°

13.2.1.1 CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS CARGOS DE ANALISTA DO MPU


LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU: 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do
Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil constitucional do Ministério
Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 A autonomia
funcional e administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da proposta orçamentária.
1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a
investidura e procedimento de destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções
exclusivas e concorrentes. 1.12 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias,
prerrogativas e vedação. 2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2
Atribuições constitucionais.
13.2.1.3 CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS CARGOS DE TÉCNICO DO MPU
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU: 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do
Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil constitucional do Ministério
Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 A autonomia
funcional e administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da proposta orçamentária.
1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a
investidura e procedimento de destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções
exclusivas e concorrentes. 1.12 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias,
prerrogativas e vedação.

→ Concurso do MPU 9°
19.2.2 CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA OS CARGOS DE ANALISTA DO MPU
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU: 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei Orgânica do
Ministério Público da União (Lei Complementar nº 75/1993). 1.2 Perfil constitucional do Ministério
Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais. 1.5 A autonomia
funcional e administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da proposta orçamentária.
1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador-Geral da República: requisitos para a
investidura e procedimento de destituição. 1.10 Os demais Procuradores-Gerais. 1.11 Funções
exclusivas e concorrentes. 1.12 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias,
prerrogativas e vedação. 2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2
Atribuições constitucionais.

LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP: 1 Ministério Público da União. 1.1


Lei Complementar nº 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público da União). 1.2 Perfil
constitucional do Ministério Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios
institucionais. 1.5 A autonomia funcional e administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A
elaboração da proposta orçamentária. 1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador‐
Geral da República: requisitos para a investidura e procedimento de destituição. 1.10 Os demais
Procuradores‐Gerais. 1.11 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias,
prerrogativas e vedação. 2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2
Atribuições constitucionais.

→ Concurso do MPU 10°


14.2.2 CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA TODOS OS CARGOS
LEGISLAÇÃO APLICADA AO MPU E AO CNMP: 1 Ministério Público da União. 1.1 Lei
Complementar nº 75/1993 (Lei Orgânica do Ministério Público da União). 1.2 Perfil constitucional
do Ministério Público e suas funções institucionais. 1.3 Conceito. 1.4 Princípios institucionais.
1.5 A autonomia funcional e administrativa. 1.6 A iniciativa legislativa. 1.7 A elaboração da
proposta orçamentária. 1.8 Os vários Ministérios Públicos. 1.9 O Procurador ‐Geral da República:
requisitos para a investidura e procedimento de destituição. 1.10 Os demais Procuradores ‐Gerais.
1.11 Membros: ingresso na carreira, promoção, aposentadoria, garantias, prerrogativas e vedação.
2 Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). 2.1 Composição. 2.2 Atribuições
constitucionais.

Estratégia Legislação do MPU:


1. Filtrar todos os dispositivos da Constituição Federal que tenham o termo “ministério público”;
2. Filtrar todas as jurisprudência do STF e STJ que foram cobradas nos últimos 10 anos no CESPE-
Direito Constitucional- Funções Essenciais da Justiça- Ministério Público da União.

2024- 00 questões // 2023- 33 questões// 2022- 20 questões// 2021- 17 questões// 2020- 5


questões// 2019- 11 questões// 2018- 17 questões// 2017- 17 questões// 2016- 10 questões// 2015-
10 questões// 2014- 18 questões// 2013- 52 questões

3. Filtrar todas as questões do CESPE de Legislação do MPU dos últimos 30 anos e selecionar as
legislações mais incidentes nas provas.

4. Filtrar todas as questões de Legislação do MPU que caíram em todas as provas nos últimos 30
anos, exceto CESPE, e selecionar as legislações mais incidentes nas provas.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO DO ESTADO
CAPÍTULO II
DA UNIÃO

Art. 21. Compete à União:


XIII - organizar e manter o Poder Judiciário, o Ministério Público do Distrito Federal e dos
Territórios e a Defensoria Pública dos Territórios; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 69,
de 2012)

Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:


XVII - organização judiciária, do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios e da
Defensoria Pública dos Territórios, bem como organização administrativa destes; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)

CAPÍTULO V

DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS

SEÇÃO II

DOS TERRITÓRIOS
Art. 33. A lei disporá sobre a organização administrativa e judiciária dos Territórios.
§ 3º Nos Territórios Federais com mais de cem mil habitantes, além do Governador nomeado na
forma desta Constituição, haverá órgãos judiciários de primeira e segunda instância, membros do
Ministério Público e defensores públicos federais; a lei disporá sobre as eleições para a Câmara
Territorial e sua competência deliberativa.

CAPÍTULO VII

DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 19, de 1998)
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da
administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais
agentes políticos e os proventos, pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos
cumulativamente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não
poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal,
aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito
Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos Deputados
Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores
Públicos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)

TÍTULO IV

DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES


CAPÍTULO I

DO PODER LEGISLATIVO
SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES DO CONGRESSO NACIONAL

Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República, não exigida esta
para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as matérias de competência da União,
especialmente sobre:
IX - organização administrativa, judiciária, do Ministério Público e da Defensoria Pública da União
e dos Territórios e organização judiciária e do Ministério Público do Distrito Federal; (Redação
dada pela Emenda Constitucional nº 69, de 2012)

SEÇÃO IV
DO SENADO FEDERAL

Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal:


II - processar e julgar os Ministros do Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho
Nacional de Justiça e do Conselho Nacional do Ministério Público, o Procurador-Geral da
República e o Advogado-Geral da União nos crimes de responsabilidade; (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

SEÇÃO VII
DAS COMISSÕES

Art. 58. O Congresso Nacional e suas Casas terão comissões permanentes e temporárias,
constituídas na forma e com as atribuições previstas no respectivo regimento ou no ato de que
resultar sua criação.
§ 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de investigação próprios das
autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, serão criadas
pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto ou separadamente, mediante
requerimento de um terço de seus membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo,
sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a
responsabilidade civil ou criminal dos infratores.

SEÇÃO VIII

DO PROCESSO LEGISLATIVO
SUBSEÇÃO III
DAS LEIS

Art. 61. A iniciativa das leis complementares e ordinárias cabe a qualquer membro ou Comissão da
Câmara dos Deputados, do Senado Federal ou do Congresso Nacional, ao Presidente da República,
ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos
cidadãos, na forma e nos casos previstos nesta Constituição.
§ 1º São de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que:
II - disponham sobre:
d) organização do Ministério Público e da Defensoria Pública da União, bem como normas gerais
para a organização do Ministério Público e da Defensoria Pública dos Estados, do Distrito Federal e
dos Territórios;
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria: (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
I - relativa a: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
c) organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus membros;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)

Art. 63. Não será admitido aumento da despesa prevista:


II - nos projetos sobre organização dos serviços administrativos da Câmara dos Deputados, do
Senado Federal, dos Tribunais Federais e do Ministério Público.

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a
delegação ao Congresso Nacional.
§ 1º Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de
competência privativa da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei
complementar, nem a legislação sobre:
I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia de seus
membros;

Art. 73. O Tribunal de Contas da União, integrado por nove Ministros, tem sede no Distrito Federal,
quadro próprio de pessoal e jurisdição em todo o território nacional, exercendo, no que couber, as
atribuições previstas no art. 96.
§ 2º Os Ministros do Tribunal de Contas da União serão escolhidos:
I - um terço pelo Presidente da República, com aprovação do Senado Federal, sendo dois
alternadamente dentre auditores e membros do Ministério Público junto ao Tribunal, indicados em
lista tríplice pelo Tribunal, segundo os critérios de antigüidade e merecimento;
II - dois terços pelo Congresso Nacional

CAPÍTULO II

DO PODER EXECUTIVO
SEÇÃO II

DAS ATRIBUIÇÕES DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA


SEÇÃO III
DA RESPONSABILIDADE DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA

Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a
Constituição Federal e, especialmente, contra:
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério Público e dos Poderes
constitucionais das unidades da Federação;

CAPÍTULO III

DO PODER JUDICIÁRIO
SEÇÃO I
DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 94. Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do
Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério Público, com mais de dez
anos de carreira, e de advogados de notório saber jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez
anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.
Parágrafo único. Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice, enviando-a ao Poder
Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de seus integrantes para nomeação.

Art. 96. Compete privativamente:


III - aos Tribunais de Justiça julgar os juízes estaduais e do Distrito Federal e Territórios, bem como
os membros do Ministério Público, nos crimes comuns e de responsabilidade, ressalvada a
competência da Justiça Eleitoral.

SEÇÃO II
DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL

Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição,


cabendo-lhe:
I - processar e julgar, originariamente:
r) as ações contra o Conselho Nacional de Justiça e contra o Conselho Nacional do Ministério
Público;
Art. 103-B. O Conselho Nacional de Justiça compõe-se de 15 (quinze) membros com mandato de 2
(dois) anos, admitida 1 (uma) recondução, sendo:
X - um membro do Ministério Público da União, indicado pelo Procurador-Geral da República;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
XI - um membro do Ministério Público estadual, escolhido pelo Procurador-Geral da República
dentre os nomes indicados pelo órgão competente de cada instituição estadual; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e financeira do Poder Judiciário e
do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes, cabendo-lhe, além de outras atribuições que lhe
forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
IV - representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso
de autoridade; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

SEÇÃO III
DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA

Art. 104. O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo, trinta e três Ministros.
Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça serão nomeados pelo Presidente da
República, dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de
notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022)
I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um terço dentre desembargadores dos
Tribunais de Justiça, indicados em lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;
II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do Ministério Público Federal,
Estadual, do Distrito Federal e Territórios, alternadamente, indicados na forma do art. 94.
Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
I - processar e julgar, originariamente:
a) nos crimes comuns, os Governadores dos Estados e do Distrito Federal, e, nestes e nos de
responsabilidade, os desembargadores dos Tribunais de Justiça dos Estados e do Distrito Federal, os
membros dos Tribunais de Contas dos Estados e do Distrito Federal, os dos Tribunais Regionais
Federais, dos Tribunais Regionais Eleitorais e do Trabalho, os membros dos Conselhos ou Tribunais
de Contas dos Municípios e os do Ministério Público da União que oficiem perante tribunais;
SEÇÃO IV
DOS TRIBUNAIS REGIONAIS FEDERAIS E DOS JUÍZES FEDERAIS

Art. 107. Os Tribunais Regionais Federais compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 122, de 2022)
I - um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros
do Ministério Público Federal com mais de dez anos de carreira;
II - os demais, mediante promoção de juízes federais com mais de cinco anos de exercício, por
antigüidade e merecimento, alternadamente.
Art. 108. Compete aos Tribunais Regionais Federais:
I - processar e julgar, originariamente:
a) os juízes federais da área de sua jurisdição, incluídos os da Justiça Militar e da Justiça do
Trabalho, nos crimes comuns e de responsabilidade, e os membros do Ministério Público da União,
ressalvada a competência da Justiça Eleitoral;

SEÇÃO V
DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO, DOS TRIBUNAIS REGIONAIS DO
TRABALHO E DOS JUÍZES DO TRABALHO

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compõe-se de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre
brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, de notável saber jurídico e
reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 122, de 2022)
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no
art. 94; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da
carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:


§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do interesse público, o
Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo, competindo à Justiça do Trabalho
decidir o conflito.
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados,
quando possível, na respectiva região e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 122, de 2022)
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do
Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no
art. 94;
II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e merecimento,
alternadamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

SEÇÃO VII
DOS TRIBUNAIS E JUÍZES MILITARES

Art. 123. O Superior Tribunal Militar compor-se-á de quinze Ministros vitalícios, nomeados pelo
Presidente da República, depois de aprovada a indicação pelo Senado Federal, sendo três dentre
oficiais-generais da Marinha, quatro dentre oficiais-generais do Exército, três dentre oficiais-
generais da Aeronáutica, todos da ativa e do posto mais elevado da carreira, e cinco dentre civis.
Parágrafo único. Os Ministros civis serão escolhidos pelo Presidente da República dentre brasileiros
com mais de trinta e cinco e menos de setenta anos de idade, sendo: (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 122, de 2022)
I - três dentre advogados de notório saber jurídico e conduta ilibada, com mais de dez anos de
efetiva atividade profissional;
II - dois, por escolha paritária, dentre juízes auditores e membros do Ministério Público da Justiça
Militar.

TÍTULO IV
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
CAPÍTULO IV
DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 80, de 2014)
SEÇÃO I
DO MINISTÉRIO PÚBLICO

Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do


Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais
e individuais indisponíveis.
§ 1º - São princípios institucionais do Ministério Público a unidade, a indivisibilidade e a
independência funcional.
§ 2º Ao Ministério Público é assegurada autonomia funcional e administrativa, podendo, observado
o disposto no art. 169, propor ao Poder Legislativo a criação e extinção de seus cargos e serviços
auxiliares, provendo-os por concurso público de provas ou de provas e títulos, a política
remuneratória e os planos de carreira; a lei disporá sobre sua organização e funcionamento.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º O Ministério Público elaborará sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na
lei de diretrizes orçamentárias.
§ 4º Se o Ministério Público não encaminhar a respectiva proposta orçamentária dentro do prazo
estabelecido na lei de diretrizes orçamentárias, o Poder Executivo considerará, para fins de
consolidação da proposta orçamentária anual, os valores aprovados na lei orçamentária vigente,
ajustados de acordo com os limites estipulados na forma do § 3º. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Se a proposta orçamentária de que trata este artigo for encaminhada em desacordo com os
limites estipulados na forma do § 3º, o Poder Executivo procederá aos ajustes necessários para fins
de consolidação da proposta orçamentária anual. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
§ 6º Durante a execução orçamentária do exercício, não poderá haver a realização de despesas ou a
assunção de obrigações que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias,
exceto se previamente autorizadas, mediante a abertura de créditos suplementares ou especiais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 128. O Ministério Público abrange:
I - o Ministério Público da União, que compreende:
a) o Ministério Público Federal;
b) o Ministério Público do Trabalho;
c) o Ministério Público Militar;
d) o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;
II - os Ministérios Públicos dos Estados.
§ 1º O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo
Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a
aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de
dois anos, permitida a recondução.
§ 2º A destituição do Procurador-Geral da República, por iniciativa do Presidente da República,
deverá ser precedida de autorização da maioria absoluta do Senado Federal.
§ 3º Os Ministérios Públicos dos Estados e o do Distrito Federal e Territórios formarão lista tríplice
dentre integrantes da carreira, na forma da lei respectiva, para escolha de seu Procurador-Geral, que
será nomeado pelo Chefe do Poder Executivo, para mandato de dois anos, permitida uma
recondução.
§ 4º Os Procuradores-Gerais nos Estados e no Distrito Federal e Territórios poderão ser destituídos
por deliberação da maioria absoluta do Poder Legislativo, na forma da lei complementar respectiva.
§ 5º Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério
Público, observadas, relativamente a seus membros:
I - as seguintes garantias:
a) vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão por sentença
judicial transitada em julgado;
b) inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do órgão colegiado
competente do Ministério Público, pelo voto da maioria absoluta de seus membros, assegurada
ampla defesa; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
c) irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o disposto nos arts. 37,
X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
1998)
II - as seguintes vedações:
a) receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou custas
processuais;
b) exercer a advocacia;
c) participar de sociedade comercial, na forma da lei;
d) exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de magistério;
e) exercer atividade político-partidária; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
f) receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas, entidades
públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei. (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
§ 6º Aplica-se aos membros do Ministério Público o disposto no art. 95, parágrafo único, V.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
II - zelar pelo efetivo respeito dos Poderes Públicos e dos serviços de relevância pública aos direitos
assegurados nesta Constituição, promovendo as medidas necessárias a sua garantia;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do patrimônio público e
social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos;
IV - promover a ação de inconstitucionalidade ou representação para fins de intervenção da União e
dos Estados, nos casos previstos nesta Constituição;
V - defender judicialmente os direitos e interesses das populações indígenas;
VI - expedir notificações nos procedimentos administrativos de sua competência, requisitando
informações e documentos para instruí-los, na forma da lei complementar respectiva;
VII - exercer o controle externo da atividade policial, na forma da lei complementar mencionada no
artigo anterior;
VIII - requisitar diligências investigatórias e a instauração de inquérito policial, indicados os
fundamentos jurídicos de suas manifestações processuais;
IX - exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas.
§ 1º - A legitimação do Ministério Público para as ações civis previstas neste artigo não impede a de
terceiros, nas mesmas hipóteses, segundo o disposto nesta Constituição e na lei.
§ 2º As funções do Ministério Público só podem ser exercidas por integrantes da carreira, que
deverão residir na comarca da respectiva lotação, salvo autorização do chefe da instituição.
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º O ingresso na carreira do Ministério Público far-se-á mediante concurso público de provas e
títulos, assegurada a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em sua realização, exigindo-
se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade jurídica e observando-se, nas
nomeações, a ordem de classificação. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
§ 4º Aplica-se ao Ministério Público, no que couber, o disposto no art. 93. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º A distribuição de processos no Ministério Público será imediata. (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
Art. 130. Aos membros do Ministério Público junto aos Tribunais de Contas aplicam-se as
disposições desta seção pertinentes a direitos, vedações e forma de investidura.
Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se de quatorze membros
nomeados pelo Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do
Senado Federal, para um mandato de dois anos, admitida uma recondução, sendo: (Incluído
pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I o Procurador-Geral da República, que o preside; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)
II quatro membros do Ministério Público da União, assegurada a representação de cada uma de suas
carreiras; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
III três membros do Ministério Público dos Estados; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,
de 2004)
IV dois juízes, indicados um pelo Supremo Tribunal Federal e outro pelo Superior Tribunal de
Justiça; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V dois advogados, indicados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
VI dois cidadãos de notável saber jurídico e reputação ilibada, indicados um pela Câmara dos
Deputados e outro pelo Senado Federal. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 1º Os membros do Conselho oriundos do Ministério Público serão indicados pelos respectivos
Ministérios Públicos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e
financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros,
cabendo lhe: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I zelar pela autonomia funcional e administrativa do Ministério Público, podendo expedir atos
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências; (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II zelar pela observância do art. 37 e apreciar, de ofício ou mediante provocação, a legalidade dos
atos administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público da União e dos
Estados, podendo desconstituí-los, revê-los ou fixar prazo para que se adotem as providências
necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência dos Tribunais de Contas;
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
III - receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Ministério Público da União
ou dos Estados, inclusive contra seus serviços auxiliares, sem prejuízo da competência disciplinar e
correicional da instituição, podendo avocar processos disciplinares em curso, determinar a remoção
ou a disponibilidade e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 103, de 2019)
IV rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de membros do Ministério
Público da União ou dos Estados julgados há menos de um ano; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
V elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias sobre a situação do
Ministério Público no País e as atividades do Conselho, o qual deve integrar a mensagem prevista
no art. 84, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 3º O Conselho escolherá, em votação secreta, um Corregedor nacional, dentre os membros do
Ministério Público que o integram, vedada a recondução, competindo-lhe, além das atribuições que
lhe forem conferidas pela lei, as seguintes: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
I receber reclamações e denúncias, de qualquer interessado, relativas aos membros do Ministério
Público e dos seus serviços auxiliares; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
II exercer funções executivas do Conselho, de inspeção e correição geral; (Incluído pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)
III requisitar e designar membros do Ministério Público, delegando-lhes atribuições, e requisitar
servidores de órgãos do Ministério Público. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 4º O Presidente do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil oficiará junto ao
Conselho. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
§ 5º Leis da União e dos Estados criarão ouvidorias do Ministério Público, competentes para
receber reclamações e denúncias de qualquer interessado contra membros ou órgãos do Ministério
Público, inclusive contra seus serviços auxiliares, representando diretamente ao Conselho Nacional
do Ministério Público. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

TÍTULO VI
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO
CAPÍTULO II
DAS FINANÇAS PÚBLICAS
SEÇÃO II
DOS ORÇAMENTOS
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre despesas correntes e
receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério
Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação,
aplicar o mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: (Incluído pela Emenda Constitucional nº
109, de 2021)
VI - criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de representação ou
benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho indenizatório, em favor de membros de
Poder, do Ministério Público ou da Defensoria Pública e de servidores e empregados públicos e de
militares, ou ainda de seus dependentes, exceto quando derivados de sentença judicial transitada em
julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação das medidas de que trata este
artigo; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 109, de 2021)
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, compreendidos os créditos
suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério
Público e da Defensoria Pública, ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na
forma da lei complementar a que se refere o art. 165, § 9º. (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 45, de 2004)

TÍTULO VIII
DA ORDEM SOCIAL
CAPÍTULO VIII
DOS ÍNDIOS
Art. 232. Os índios, suas comunidades e organizações são partes legítimas para ingressar em juízo
em defesa de seus direitos e interesses, intervindo o Ministério Público em todos os atos do
processo.

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS TRANSITÓRIAS


Art. 29. Enquanto não aprovadas as leis complementares relativas ao Ministério Público e à
Advocacia-Geral da União, o Ministério Público Federal, a Procuradoria-Geral da Fazenda
Nacional, as Consultorias Jurídicas dos Ministérios, as Procuradorias e Departamentos Jurídicos de
autarquias federais com representação própria e os membros das Procuradorias das Universidades
fundacionais públicas continuarão a exercer suas atividades na área das respectivas atribuições.
§ 2º Aos atuais Procuradores da República, nos termos da lei complementar, será facultada a opção,
de forma irretratável, entre as carreiras do Ministério Público Federal e da Advocacia-Geral da
União.
DOUTRINA

O Ministério Público é fruto do desenvolvimento do estado brasileiro e da


democracia. A sua história é marcada por dois grandes processos que culminaram na formalização
do Parquet como instituição e na ampliação de sua área de atuação.
No período colonial , o Brasil foi orientado pelo direito lusitano. Não havia o
Ministério Público como instituição. Mas as Ordenações Manuelinas de 1521 e as Ordenações
Filipinas de 1603 já faziam menção aos promotores de justiça, atribuindo a eles o papel de fiscalizar
a lei e de promover a acusação criminal. Existiam ainda o cargo de procurador dos feitos da Coroa
(defensor da Coroa) e o de procurador da Fazenda (defensor do fisco).
Só no Império, em 1832, com o Código de Processo Penal do Império, iniciou-se a
sistematização das ações do Ministério Público.
Na República, o decreto nº 848, de 11/09/1890, ao criar e regulamentar a Justiça
Federal, dispôs, em um capítulo, sobre a estrutura e atribuições do Ministério Público no âmbito
federal. Neste decreto destacam-se:
a) a indicação do procurador-geral pelo Presidente da República;
b) a função do procurador de "cumprir as ordens do Governo da Repúlbica relativas
ao exercício de suas funções" e de "promover o bem dos direitos e interesses da União." (art.24,
alínea c)
Mas foi o processo de codificação do Direito nacional que permitiu o crescimento
institucional do Ministério Público, visto que os códigos (Civil de 1917, de Processo Civil de 1939
e de 1973, Penal de 1940 e de Processo Penal de 1941) atribuíram várias funções à instituição.
Em 1951,a lei federal nº 1.341 criou o Ministério Público da União, que se
ramificava em Ministério Público Federal, Militar, Eleitoral e do Trabalho. O MPU pertencia ao
Poder Executivo.
Em 1981, a Lei Complementar nº 40 dispôs sobre o estatuto do Ministério Público,
instituindo garantias, atribuições e vedações aos membros do órgão.
Em 1985, a lei 7.347 de Ação Civil Pública ampliou consideravelmente a área de
atuação do Parquet , ao atribuir a função de defesa dos interesses difusos e coletivos. Antes da ação
civil pública, o Ministério Público desempenhava basicamente funções na área criminal. Na área
cível, o Ministério tinha apenas uma atuação interveniente, como fiscal da lei em ações individuais.
Com o advento da ação civil pública, o órgão passa a ser agente tutelador dos interesses difusos e
coletivos.
Quanto aos textos constitucionais, o Ministério Público ora aparece, ora não é citado.
Esta inconstância decorre das oscilações entre regimes democráticos e regimes
autoritários/ditatoriais.
Constituição de 1824: não faz referência expressa ao Ministério Público. Estabelece
que "nos juízos dos crimes, cuja acusação não pertence à Câmara dos Deputados, acusará o
procurador da Coroa e Soberania Nacional".
Constituição de 1891: não faz referência expressa ao Ministério Público. Dispõe
sobre a escolha do Procurador-Geral da República e a sua iniciativa na revisão criminal.
Constituição de 1934: faz referência expressa ao Ministério Público no capítulo
"Dos órgãos de cooperação". Institucionaliza o Ministério Público. Prevê lei federal sobre a
organização do Ministério Público da União.
Constituição de 1937: não faz referência expressa ao Ministério Público. Diz
respeito ao Procurador-Geral da República e ao quinto constitucional.
Constituição de 1946: faz referência expresa ao Ministério Público em título próprio
(artigos 125 a 128) sem vinculação aos poderes.
Constituição de 1967: faz referência expressa ao Ministério Público no capítulo
destinado ao Poder Judiciário.
Emenda constitucional de 1969: faz referência expressa ao Ministério Público no
capítulo destinado ao Poder Executivo.
Constituição de 1988: faz referência expressa ao Ministério Público no capítulo
"Das funções essenciais à Justiça". Define as funções institucionais, as garantias e as vedações de
seus membros. Foi na área cível que o Ministério Público adquiriu novas funções, destacando a sua
atuação na tutela dos interesses difusos e coletivos (meio ambiente, consumidor, patrimônio
histórico, turístico e paisagístico; pessoa portadora de deficiência; criança e adolescente,
comunidades indígenas e minorias ético-sociais). Isso deu evidência à instituição, tornando-a uma
espécie de Ouvidoria da sociedade brasileira

Bibliografia consultada

LOPES, J. A. V. Democracia e cidadania: o novo Ministério Público . Rio de janeiro: Lumen Juris,
2000.
MAZZILLI, H. N. Introdução ao Ministério Público . São Paulo: Saraiva, 1997.
SALLES, C. A. Entre a razão e a utopia: a formação histórica do Ministério Público. In: VIGLIAR,
J. M. M. e MACEDO JÚNIOR, R. P. (Coord.). Ministério Público II: democracia . São Paulo:
Atlas, 1999.

Princípios
Os princípios são mandamentos que se irradiam sobre as normas, dando-lhes sentido, harmonia e
lógica. Eles constituem o próprio “espírito” do sistema jurídico-constitucional. Alguns exemplos: a
administração pública é regida por princípios como os da moralidade, legalidade, publicidade,
impessoalidade e eficiência; o Direito Penal é regido pelo princípio da presunção de inocência e
pelo da irretroatividade da lei penal (uma lei não pode punir atos praticados antes da sua edição); o
Direito Tributário, pelo princípio da igualdade tributária e pelo princípio da anterioridade (nenhum
tributo pode ser cobrado no mesmo exercício financeiro em que foi publicada a lei que o instituiu
ou aumentou).

Princípio da independência funcional?


Cada procurador, no exercício de suas funções, tem inteira autonomia. Não fica sujeito a ordens de
quem quer que seja, nem a superiores hierárquicos. Se vários membros do MPF atuam em um
mesmo processo, cada um pode emitir sua convicção pessoal acerca do caso; não estão obrigados a
adotar o mesmo entendimento do colega. Em decorrência desse princípio, a hierarquia no MPF é
considerada com relação a atos administrativos e de gestão. Ex.: somente o procurador-geral da
República pode designar procuradores para atuarem numa força-tarefa. Após a designação, no
entanto, o procurador-geral não tem nenhum poder de dizer quais medidas o procurador deve adotar
em seu trabalho.

Princípio da Indivisibilidade
Princípio do Ministério Público, significa que membros não se vinculam aos processos nos quais
atuam, podendo ser substituídos uns pelos outros. Essa possibilidade apenas se confirma entre
membros de um mesmo ramo, ou seja, procuradores da República não substituem procuradores do
Trabalho ou promotores de Justiça. Tal substituição se dá apenas no MPF.

Promotor Natural
Princípio reconhecido pelo Supremo Tribunal Federal como decorrente das cláusulas da
independência funcional da inamovibilidade dos integrantes do MP. Significa que somente o
promotor natural é que deve atuar no processo, o que impede a chefia da instituição de efetuar
designações casuísticas, afastando um procurador e designando outro para atuar naquela causa. Um
procurador somente se afasta de um processo por algum dos motivos previstos em lei ou quando
mudam de área de atuação ou cidade.

Princípio da Unidade
Um princípio institucional do Ministério Público (artigo 127, parágrafo 1º, da Constituição da
República). Diz-se que o MP é uno porque os procuradores integram um só órgão, sob a direção de
um só chefe. A unidade só existe dentro de cada Ministério Público, inexistindo entre o MPF e o
MP Estadual ou entre o MP de cada estado.

Direitos individuais homogêneos


São os que decorrem de um único fato gerador, atingindo as pessoas individualmente ao mesmo
tempo e da mesma forma, mas sem que se possa considerar que eles sejam restritos a um único
indivíduo. Os direitos dos consumidores são típicos direitos individuais homogêneos. Por exemplo:
as ações que pedem a ilegalidade da cobrança mensal de assinatura de telefone. É um direito que diz
respeito ao titular de cada conta, mas a situação que gera a ilegalidade – cobrança da assinatura
mensal – é a mesma para todos que utilizam aquele serviço.

Direitos difusos
São aqueles que possuem natureza indivisível e dizem respeito a uma massa indeterminada de
pessoas, que não podem ser individualizadas. Por exemplo, o direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado é um direito tipicamente difuso, porque afeta um número incalculável
de pessoas, que não estão ligadas entre si por qualquer relação jurídica pré-estabelecida.

Direitos coletivos
São os que pertencem a determinado grupo, categoria ou classe de pessoas, de início
indeterminadas, mas determináveis em algum momento posterior. Existe entre eles uma relação
jurídica pré-estabelecida, anterior a qualquer fato ou ato jurídico. Por exemplo, ação civil pública
que pede a inexigibilidade de fiador para estudantes inscritos no FIES.

Inamovibilidade
Prerrogativa constitucional assegurada aos magistrados e membros do Ministério Público, salvo por
promoção aceita, remoção a pedido, ou em virtude de decisão do tribunal competente, diante do
interesse público. Por essa prerrogativa, magistrados e membros não podem ser removidos a pedido
ou por permuta, ou de ofício, mediante decisão do órgão colegiado competente.

Qual é a principal distinção entre os princípios da unidade e da indivisibilidade do Ministério


Público?
R: Segundo já decidiu o STF, enquanto o princípio da unidade do Ministério Público é de caráter
administrativo, a partir da ideia força de que o Ministério Público tem um só chefe, a
indivisibilidade diz com a atuação do Ministério Público em juízo (STF. Pleno. ADI 932-SP, Rel.
Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 12/12/2010)

LUPA JURÍDICA!!!
Art. 127. O Ministério Público é instituição permanente (CLÁUSULA PÉTREA IMPLÍCITA),
essencial à função jurisdicional do Estado, (não exerce apenas funções jurisdicionais)
incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica (CUSTOS IURIS), do regime democrático (fiscaliza o
efetivo exercício da democracia) e dos interesses sociais e individuais indisponíveis (em regra, o
Ministério Público não irá atuar na defesa de interesses individuais disponíveis, salvo se
houver interesse público.)

Nos julgamentos do RE 643978/SE-2019 e do REsp 1585794-MG – 2021, o STF e o STJ foi


sedimento o entendimento de que o Ministério Publico possui legitimidade para promover a tutela
coletiva de direitos individuais homogêneos, mesmo que de natureza disponível, desde que o
interesse jurídico tutelado possua relevante natureza social.
JURISPRUDÊNCIA MINISTÉRIO PÚBLICO

Supremo Tribunal Federal (STF)

STF. Jurisprudência. Súmula 643. O Ministério Público tem legitimidade para promover ação
civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.

STF. Jurisprudência. ADI 514 MC. Não obstante a autonomia institucional que foi conferida ao
Ministério Público pela Carta Política, permanece na esfera exclusiva do Poder Executivo a
competência para instaurar o processo de formação das leis orçamentárias em geral. A Constituição
autoriza, apenas, a elaboração, na fase pré-legislativa, de sua proposta orçamentária, dentro dos
limites estabelecidos na lei de diretrizes. [ADI 514 MC, rel. min. Celso de Mello, j. 13-6-1991, P,
DJ de 18-3-1994.]

STF. Jurisprudência. ADI 1285 - SÃO PAULO. Não há violação à competência privativa da
União para legislar a respeito de matéria processual, tendo em vista que o inquérito civil possui
natureza procedimental inserida no âmbito da competência concorrente dos Estados-membros (art.
24, XI, CF/1988) e a atribuição interna de competências para o ajuizamento de ação civil pública
não possui natureza processual, mas de norma organizacional a ser estabelecida por lei
complementar estadual, na forma do art. 128, § 5º, da CF/1988. Não há violação ao princípio da
independência funcional do Ministério Público ao se promover, pela lei estadual, a divisão de
competências entre seus membros para o inquérito civil ou para a ação civil pública. (ADI 1285,
Relator(a): ROBERTO BARROSO, Tribunal Pleno, julgado em 27-03-2023, PROCESSO
ELETRÔNICO DJe-s/n DIVULG 04-05-2023 PUBLIC 05-05-2023)

STF. Jurisprudência. ADI 3.727. A escolha do PGR deve ser aprovada pelo Senado (CF, art. 128,
§ 1º). A nomeação do procurador-geral de Justiça dos Estados não está sujeita à aprovação da
assembleia legislativa. Compete ao governador nomeá-lo dentre lista tríplice composta de
integrantes da carreira (CF, art. 128, § 3º). Não aplicação do princípio da simetria." [ADI 452, rel.
min. Maurício Corrêa, j. 28-8-2002, P, DJ de 31-10-2002.] = ADI 3.727, rel. min. Ayres Britto, j.
12-5-2010, P, DJE de 11-6-2010

STF. Jurisprudência. ADI 1783. “Ministério Público dos Estados: Procurador-Geral de Justiça:
nomeação a termo por dois anos (Constituição, art. 128, § 3º): é inconstitucional a previsão em lei
estadual de que, vago o cargo de Procurador Geral no curso do biênio, o provimento se faça para
completar o período interrompido e não para iniciar outro de dois anos:implicações da previsão de
que a nomeação se faça sempre para o tempo certo de um biênio com a mecânica das garantias da
independência do Chefe do Ministério Público: ação direta julgada procedente”. (ADI 1783,
Relator(a): Min. SEPÚLVEDA PERTENCE, Tribunal Pleno, julgado em 11/10/2001, DJ 16-11-
2001)

STF. Jurisprudência. ADI 4768/DF. A prerrogativa atribuída aos membros do Ministério Público
de situar-se no mesmo plano e imediatamente à direita dos magistrados nas audiências e sessões de
julgamento (Lei Complementar 75/1993, art. 18, I, “a”; e Lei 8.625/1993, art. 41, XI) não fere os
princípios da isonomia, do devido processo legal, da ampla defesa e do contraditório (CF/1988, art.
5º, I, LIV e LV) nem compromete a necessária paridade de armas que deve existir entre a defesa e a
acusação. STF. Plenário. ADI 4768/DF, Rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 23/11/2022 (Info
1077).

STF. Jurisprudência. RE 1178617 RG. O Ministério Público de Contas não tem legitimidade para
impetrar mandado de segurança em face de acórdão do Tribunal de Contas perante o qual atua. STF.
Plenário virtual. RE 1178617 RG, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em 25/04/2019
(repercussão geral).

STF. Jurisprudência. Rcl 24156 AgR/DF e Rcl 24158 AgR/DF. O Ministério Público junto ao
Tribunal de Contas não possui legitimidade ativa para propor reclamação no STF alegando
descumprimento da decisão do Supremo. A atuação dos membros do MPTC limita-se, unicamente,
ao âmbito dos próprios Tribunais de Contas perante os quais oficiam. STF. 2ª Turma. Rcl 24156
AgR/DF e Rcl 24158 AgR/DF, Rel. Min. Celso de Mello, julgados em 24/10/2017 (Info 883).

STF. Jurisprudência. Rcl 24162 AgR . O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas não
dispõe de fisionomia institucional própria, não integrando o conceito de Ministério Público
enquanto ente despersonalizado de função essencial à Justiça (CF/88, art. 127), cuja abrangência é
disciplinada no art. 128 da Constituição Federal. STF. 2ª Turma. Rcl 24162 AgR, Rel. Min. Dias
Toffoli, julgado em 22/11/2016.

STF. Jurisprudência. ADI 892/RS. O Supremo Tribunal Federal firmou entendimento de que o
Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União é instituição que não integra o Ministério
Público da União, cujos ramos foram taxativamente enumerados no art. 128, inciso I, da Carta
Política. Portanto, aquele Ministério Público é vinculado administrativamente ao próprio Tribunal
de Contas da União. (ADI 892/RS, rel. Min. Sepúlveda Pertence, 18.03.2002).

STF. Jurisprudência. ADI 892-RS. ADI 789-DF. O Ministério Público junto ao Tribunal de
Contas é vinculado administrativamente ao Tribunal de Contas e não possui autonomia financeira e
administrativa, mas apenas funcional. (resumido)

STF. Jurisprudência. Rcl 24.159 AgR. As atribuições do Ministério Público comum, entre as
quais se inclui sua legitimidade processual extraordinária e autônoma, não se estendem ao
Ministério Público junto aos Tribunais de Contas, cuja atuação está limitada ao controle externo a
que se refere o art. 71 da CF/88 (STF, Rcl 24.159 AgR, 2016).

STF. Jurisprudência. MS 27.339. É também pelo fato do Ministério Público de Contas não se
inserir na estrutura do MP comum que não podem os membros do MPE atuar junto às Cortes de
Contas, ainda que transitoriamente (STF, MS 27.339).

STF. Jurisprudência. ADI 3.192. Impossibilidade de procuradores de justiça do Estado do Espírito


Santo atuarem junto à corte de contas estadual, em substituição aos membros do Ministério Público
especial. Esta Corte entende que somente o Ministério Público especial tem legitimidade para atuar
junto aos tribunais de contas dos Estados e que a organização e composição dos tribunais de contas
estaduais estão sujeitas ao modelo jurídico estabelecido pela Constituição do Brasil (art. 75). (...) É
inconstitucional o texto normativo que prevê a possibilidade de procuradores de justiça suprirem a
não existência do Ministério Público especial, de atuação específica no tribunal de contas estadual.
[ADI 3.192, rel. min. Eros Grau, j. 24-5-2006, P, DJ de 18-8-2006.] = ADI 3.307, rel. min. Cármen
Lúcia, j. 2-2-2009, P, DJE de 29-5-2009

STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 576155. Tema 56. Tese. O Ministério Público tem
legitimidade para propor ação civil pública com o objetivo de anular Termo de Acordo de Regime
Especial — TARE firmado entre o Poder Público e contribuinte, em face da legitimação ad causam
que o texto constitucional lhe confere para defender o erário. Relator(a): MIN. RICARDO
LEWANDOWSKI

STF. Jurisprudência. RE 206781. O Supremo Tribunal Federal reafirmou a jurisprudência no


sentido de que o Ministério Público não tem legitimidade processual para requerer, por meio de
Ação Civil Pública, pretensão de natureza tributária em defesa dos contribuintes, visando questionar
a constitucionalidade de tributo.
STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 605533. Tema 262. Tese. O Ministério Público é parte
legítima para ajuizamento de ação civil pública que vise o fornecimento de remédios a portadores
de certa doença. Relator(a): MIN. MARCO AURÉLIO

STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 657718. Tema 500. Tese. 1) O Estado não pode ser
obrigado a fornecer medicamentos experimentais. 2) A ausência de registro na Anvisa impede,
como regra geral, o fornecimento de medicamento por decisão judicial. 3) É possível,
excepcionalmente, a concessão judicial de medicamento sem registro sanitário, em caso de mora
irrazoável da Anvisa em apreciar o pedido (prazo superior ao previsto na Lei 13.411/2016), quando
preenchidos três requisitos: I – a existência de pedido de registro do medicamento no Brasil, salvo
no caso de medicamentos órfãos para doenças raras e ultrarraras; II – a existência de registro do
medicamento em renomadas agências de regulação no exterior; III – a inexistência de substituto
terapêutico com registro no Brasil. 4) As ações que demandem o fornecimento de medicamentos
sem registro na Anvisa deverão ser necessariamente propostas em face da União. Relator(a): MIN.
MARCO AURÉLIO

STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 409356. Tema 561. Tese. O Ministério Público é parte
legítima para o ajuizamento de ação coletiva que visa anular ato administrativo de aposentadoria
que importe em lesão ao patrimônio público.

STF. Jurisprudência. Leading Case. ARE 694294. Tema 645. Tese. O Ministério Público não
possui legitimidade ativa ad causam para, em ação civil pública, deduzir em juízo pretensão de
natureza tributária em defesa dos contribuintes, que vise questionar a constitucionalidade/legalidade
de tributo. Relator(a):
MIN. LUIZ FUX

STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 684612. Tema 698. Tese. A tese de repercussão geral
fixada foi a seguinte: 1. A intervenção do Poder Judiciário em políticas públicas voltadas à
realização de direitos fundamentais, em caso de ausência ou deficiência grave do serviço, não viola
o princípio da separação dos poderes. 2. A decisão judicial, como regra, em lugar de determinar
medidas pontuais, deve apontar as finalidades a serem alcançadas e determinar à Administração
Pública que apresente um plano e/ou os meios adequados para alcançar o resultado; 3. No caso de
serviços de saúde, o déficit de profissionais pode ser suprido por concurso público ou, por exemplo,
pelo remanejamento de recursos humanos e pela contratação de organizações sociais (OS) e
organizações da sociedade civil de interesse público (OSCIP). Relator(a): MIN. LUÍS ROBERTO
BARROSO

STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 855178. Tema 793. Tese: Os entes da federação, em
decorrência da competência comum, são solidariamente responsáveis nas demandas prestacionais
na área da saúde, e diante dos critérios constitucionais de descentralização e hierarquização,
compete à autoridade judicial direcionar o cumprimento conforme as regras de repartição de
competências e determinar o ressarcimento a quem suportou o ônus financeiro. Relator(a): MIN.
LUIZ FUX

STF. Jurisprudência. Leading Case. RE 643978. Tema 850. Tese. O Ministério Público tem
legitimidade para a propositura de ação civil pública em defesa de direitos sociais relacionados ao
FGTS.

STF. Jurisprudência. RE 985392. Tema 946. Tese. Os Ministérios Públicos dos Estados e do
Distrito Federal têm legitimidade para propor e atuar em recursos e meios de impugnação de
decisões judiciais em trâmite no STF e no STJ, oriundos de processos de sua atribuição, sem
prejuízo da atuação do Ministério Público Federal. Relator(a): MIN. GILMAR MENDES

STF. Jurisprudência. MS 27744/DF. O Conselho Nacional do Ministério Público não ostenta


competência para efetuar controle de constitucionalidade de lei, posto consabido tratar-se de órgão
de natureza administrativa, cuja atribuição adstringe-se ao controle da legitimidade dos atos
administrativos praticados por membros ou órgãos do Ministério Público federal e estadual (art.
130-A, § 2º, da CF/88). STF. 1ª Turma. MS 27744/DF, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 14/4/2015
(Info 781).

STF. Jurisprudência. RE 409356. “O Ministério Público tem legitimidade para ajuizar Ação Civil
Pública que vise anular ato administrativo de aposentadoria que importe em lesão patrimônio
público”. (RE 409356, Relator(a): LUIZ FUX, Tribunal Pleno, julgado em 25/10/2018,
PROCESSO ELETRÔNICO DJe-187 DIVULG 28-07-2020 PUBLIC 29-07-2020)

STF. Jurisprudência. ADI 2831. É inconstitucional dispositivo de lei estadual que institui
gratificação aos membros do MP pela prestação de serviço à Justiça Eleitoral a ser paga pelo Poder
Judiciário.
STF. Jurisprudência. ADI 6328. É inconstitucional lei estadual que prevê movimentação funcional
entre membros do Ministério Público, mediante procedimentos e critérios diversos dos
estabelecidos pelo modelo federal.
STF. Jurisprudência. ADI 6845. É inconstitucional a exigência de prévia comunicação ou
autorização para que os membros do Ministério Público do Acre possam ausentar-se da comarca ou
do Estado onde exercem suas atribuições. Ofensa à liberdade de locomoção. (ADI 6845, Relator(a):
CÁRMEN LÚCIA, Tribunal Pleno, julgado em 25/10/2021, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-217
DIVULG 04-11-2021 PUBLIC 05-11-2021)

STF. Jurisprudência. Informativo 677. O CNMP não possui competência para rever processos
disciplinares instaurados e julgados contra servidores do Ministério Público pela Corregedoria local.
A competência revisora conferida ao CNMP limita-se aos processos disciplinares instaurados contra
os membros do Ministério Público da União ou dos Estados (inciso IV do § 2º do art. 130-A da CF),
não sendo possível a revisão de processo disciplinar contra servidores. STF. 1ª Turma. MS
28827/SP, rel. Min. Cármen Lúcia, julgado em 28/8/2012 (Info 677).

STF. Jurisprudência. Informativo 763. Se uma grande quantidade de pessoas está tendo
problemas com determinada seguradora consorciada ao DPVAT (que tem deixado de pagar os
beneficiários ou o faz em valores inferiores ao devido), o Ministério Público poderá ajuizar uma
ação civil pública em favor dessas pessoas? SIM. O Plenário do STF decidiu que o Ministério
Público tem legitimidade para defender contratantes do seguro obrigatório DPVAT (RE
631.111/GO, Rel. Min. Teori Zavascki, julgado em 06 e 07/08/2014. Repercussão Geral).

STF. Jurisprudência. Informativo 821. A comprovação do triênio de atividade jurídica exigida


para o ingresso no cargo de juiz substituto, nos termos do art. 93, I, da CF, deve ocorrer no
momento da inscrição definitiva no concurso público. STF. Plenário. RE 655265/DF, rel. orig. Min.
Luiz Fux, red. p/ o acórdão Min. Edson Fachin, julgado em 13/4/2016 (repercussão geral) (Info
821).

STF. Jurisprudência. Informativo 851. "O PGR decide conflitos de atribuições entre MPE e MPF,
seja este conflito positivo ou negativo, tanto em matéria cível como criminal". STF. Plenário. Pet
5586 AgR/RS, rel. Min. Marco Aurélio, red. p/ o ac. Min. Teori Zavascki, julgado em 15/12/2016
(Info 851).
STF. Jurisprudência. Informativo 893. Promotor de Justiça que passa a atuar no processo
decorrente de desmembramento oriundo do TJ está livre para alterar a denúncia anteriormente
oferecida pelo PGJ.

STF. Jurisprudência. Informativo 907. É CONSTITUCIONAL dispositivo da Constituição


Estadual que assegura ao Ministério Público autonomia financeira e a iniciativa ao Procurador-
Geral de Justiça para propor ao Poder Legislativo a criação e a extinção dos cargos e serviços
auxiliares e a fixação dos vencimentos dos membros e dos servidores de seus órgãos auxiliares.
Também é constitucional a previsão de que o Ministério Público elaborará a sua proposta
orçamentária dentro dos limites estabelecidos pela LDO. STF. Plenário. ADI 145/CE, Rel. Min.
Dias Toffoli, julgado em 20/6/2018 (Info 907).

STF. Jurisprudência. Informativo 955. O Ministério Público tem legitimidade para a propositura
de ação civil pública em defesa de direitos sociais relacionados ao Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço(FGTS). STF. Plenário. RE 643978/SE, Rel. Min. Alexandre de Moraes, julgado em
9/10/2019 (repercussão geral – Tema 850) (Info 955).

STF. Jurisprudência. Informativo 1015. É inconstitucional dispositivo de lei estadual que


institui gratificação aos membros do MP pela prestação de serviço à Justiça Eleitoral a ser paga pelo
Poder Judiciário.” STF. Plenário. ADI 2831/RJ, Rel. Min. Marco Aurélio, redator do acórdão Min.
Alexandre de Moraes, julgado em 30/4/2021 (Info 1015). - Fere a separação dos Poderes.

STF. Jurisprudência. Informativo 1016. É inconstitucional emenda à Constituição estadual que


trate sobre normas gerais para a organização do Ministério Público e sobre atribuições dos órgãos e
membros do Parquet.” STF. Plenário. ADI 5281/RO e ADI 5324/RO, Rel. Min. Cármen Lúcia,
julgado em 11/5/2021 (Info 1016). Fere a autonomia administrativa e organizacional do Ministério
Público

STF. Jurisprudência. Informativo 1026. É inconstitucional norma de constituição estadual que


estende o foro por prerrogativa de função a autoridades não contempladas pela Constituição Federal
de forma expressa ou por simetria. STF. Plenário. ADI 6501/PA, ADI 6508/RO, ADI 6515/AM e
ADI 6516/AL, Rel. Min. Roberto Barroso, julgados em 20/8/2021 (Info 1026).

STF. Jurisprudência. Informativo 1035. É inconstitucional, por configurar ofensa à liberdade de


locomoção, a exigência de prévia comunicação ou autorização para que os membros do Ministério
Público possam se ausentar da comarca ou do estado onde exercem suas atribuições. STF. Plenário.
ADI 6845/AC, Rel. Min. Carmen Lúcia, julgado em 22/10/2021 (Info 1035).

STF. Jurisprudência. Informativo 1040. O Ministério Público junto ao Tribunal de Contas


encontra-se estritamente vinculado à estrutura da Corte de Contas e não detém autonomia jurídica e
iniciativa legislativa para as leis que definem sua estrutura organizacional. É inconstitucional a
exigência de lei complementar para regular a organização do Ministério Público especial. A
Constituição não autoriza a equiparação de “vencimentos” e “vantagens” entre membros do
Ministério Público especial e membros do Ministério Público comum. STF. Plenário. ADI 3804/AL,
Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 3/12/2021 (Info 1040).

STF. Jurisprudência. Súmula 643. O Ministério Público tem legitimidade para promover ação
civil pública cujo fundamento seja a ilegalidade de reajuste de mensalidades escolares.

STF. Jurisprudência. Súmula 734. Não cabe reclamação quando já houver transitado em julgado
o ato judicial que se alega tenha desrespeitado decisão do Supremo Tribunal Federal.

STF. Jurisprudência. ACO 2351 AgR. Os Ministérios Públicos estaduais não estão vinculados,
nem subordinados, no plano processual, administrativo e/ou institucional, à Chefia do Ministério
Público da União, o que lhes confere ampla possibilidade de atuação autônoma nos processos em
que forem partes, inclusive perante os Tribunais Superiores. Assim, por exemplo, o Ministério
Público Estadual possui legitimidade para o ajuizamento de ação rescisória perante o STJ para
impugnar acórdão daquela Corte que julgou processo no qual o parquet estadual era parte. STF. 1ª
Turma. ACO 2351 AgR, Rel. Min. Luiz Fux, julgado em 10⁄02⁄2015.

STF. Jurisprudência. ACO 2351 AgR. "Os Ministérios Públicos estaduais não estão vinculados
nem subordinados, no plano processual, administrativo e/ou institucional, à Chefia do Ministério
Público da União, o que lhes confere ampla possibilidade de atuação autônoma nos processos em
que forem partes, inclusive perante os Tribunais Superiores." (ACO 2351 AgR, Relator(a): Min.
LUIZ FUX, Primeira Turma, julgado em 10/02/2015, ACÓRDÃO ELETRÔNICO DJe-042
DIVULG 04-03-2015 PUBLIC 05-03-2015)

STF. Jurisprudência. Rcl 7.101. O Supremo Tribunal reconheceu a legitimidade ativa autônoma
do Ministério Público estadual para ajuizar reclamação no Supremo Tribunal, sem que se exija a
ratificação da inicial pelo PGR. [Rcl 7.101, rel. min. Cármen Lúcia, j. 24-2-2011, P, DJE de 9-8-
2011.].

STF. Jurisprudência. MS 27542/DF. o CNMP tem competência para apreciar ato de


vitaliciamento de membro do Ministério Público, que é uma espécie de ato administrativa (MS
27542/DF).

STF. Jurisprudência. ARE 725.491. A pretensão de um órgão do Ministério Público não vincula
os demais, garantindo-se a legitimidade para recorrer, em face do princípio da independência
funcional. (ARE 725.491, Rel. Min. Luiz Fux. 26.05.2015).

STF. Jurisprudência. RE 407.902/RS. O Ministério Público é parte legítima para ingressar em


juízo com ação civil pública visando a compelir o Estado a fornecer medicamento indispensável à
saúde de pessoa individualizada. rel. Min. Marco Aurélio

STF. Jurisprudência. RE 597994/PA. Não há, efetivamente, direito adquirido do membro do


Ministério Público a candidatar-se ao exercício de novo mandado político. O que socorre a
recorrente é o direito, atual - não adquirido no passado, mas atual - a concorrer a nova eleição e ser
reeleita, afirmado pelo artigo 14, §5º, da Constituição do Brasil. Não há contradição entre os
preceitos contidos no § 5º do artigo 14 e no artigo 128, § 5º, II, "e", da Constituição do Brasil.

STF. Jurisprudência. MS 28827. 1. O Ministério Público estadual tem legitimidade ativa


autônoma para atuar originariamente neste Supremo Tribunal, no desempenho de suas prerrogativas
institucionais relativamente a processos em que seja parte. 2 (..). 4. Mandado de segurança
concedido, prejudicados os recursos interpostos contra o deferimento da liminar. (MS 28827,
Relator(a): Min. CÁRMEN LÚCIA, Primeira Turma, julgado em 28/08/2012, ACÓRDÃO
ELETRÔNICO DJe-198 DIVULG 08-10-2012 PUBLIC 09-10-2012)”

STF. Jurisprudência. RE 576155/DF. o Ministério Público, na tutela dos interesses


metaindividuais, tem legitimidade para ajuizar ação civil pública com o objetivo de anular Termo de
Acordo de Regime Especial - TARE, potencialmente lesivo ao patrimônio público, em razão de
recolhimento do ICMS a menor. (RE 576155, Relator(a): Min. RICARDO LEWANDOWSKI,
Tribunal Pleno, julgado em 12/08/2010, REPERCUSSÃO GERAL, DJE 01-02-2011)
STF. Jurisprudência. ADI 5505-RN. EMENTA: AÇÃO DIRETA DE
INCONSTITUCIONALIDADE. ARTIGOS 22, XLI E LV, E 38, V, DA LEI COMPLEMENTAR
141/1996 DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE (LEI ORGÂNICA DO MINISTÉRIO
PÚBLICO ESTADUAL). ATRIBUIÇÃO AO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA DA
COMPETÊNCIA PARA INTERPOR RECURSOS DIRIGIDOS AO SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL E AO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. POSSIBILIDADE DE AMPLIAÇÃO
DAS ATRIBUIÇÕES DOS PROCURADORES-GERAIS DE JUSTIÇA NAS LEIS ORGÂNICAS
DOS MINISTÉRIOS PÚBLICOS ESTADUAIS. ROL NÃO EXAUSTIVO DA LEI FEDERAL
LEI 8.625/1993 (LEI ORGÂNICA NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO - LONMP).
INVIABILIDADE DA INVOCAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DA INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL E
DO PROMOTOR NATURAL PARA INVALIDAR A DISTRIBUIÇÃO DE ATRIBUIÇÕES
EFETUADA PELA LEI. PRINCÍPIOS INSTITUCIONAIS DA UNIDADE E DA
INDIVISIBILIDADE DO PARQUET. AÇÃO CONHECIDA E JULGADO IMPROCEDENTE O
PEDIDO. 1. As leis complementares estaduais que dispõem sobre a organização, atribuições e
estatuto dos respectivos Ministérios Públicos, nos termos previstos pelo artigo 128, §5º, da
Constituição Federal, (i) são de iniciativa do Procurador-Geral de Justiça daquele Estado-membro; e
(ii) devem respeito à lei federal de normas gerais, de iniciativa privativa do Presidente da
República. Precedentes: ADI 852, Rel. Min. Ilmar Galvão, Tribunal Pleno, julgada em 29/8/2002,
DJ de 18/10/2002; ADI 3.041, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, Tribunal Pleno, julgada em
10/11/2011, DJe de 1º/2/2012). 2. A Lei federal 8.625/1993 (Lei Orgânica Nacional do Ministério
Público - LONMP) não pormenoriza a atuação dos Procuradores Gerais de Justiça e dos
Procuradores de Justiça em sede recursal e, por expressa dicção do caput de seu artigo 29, o rol de
atribuições dos Procuradores Gerais de Justiça não é exaustivo, de modo que as leis orgânicas dos
Ministérios Públicos estaduais podem, validamente, ampliar ou densificar tais atribuições. 3. A
independência funcional do órgão do Ministério Público é exercida dentro das atribuições fixadas
na lei, mercê de a atuação do Parquet se dar, institucionalmente, de forma organizada e
hierarquizada, uma vez que seus agentes exercem as respectivas funções sob determinadas regras e
limites impostos pela estrutura interna do organismo. 4. O princípio do promotor natural significa
tão somente a existência de órgão do Ministério Público escolhido por prévios critérios legais .
Precedente: HC 102.147/GO, Rel. Min. Celso de Mello, DJe 22 de 2/2/2011. 5. Os princípios da
independência funcional e do promotor natural não podem ser invocados, via de regra, para
invalidar a distribuição de atribuições efetuada pela lei, sob pena de desconsideração dos princípios
institucionais da unidade e da indivisibilidade do Parquet. Precedentes: ADI 1.916, Rel. Min. Eros
Grau, Plenário, DJe de 18/6/2010; ADI 5.434, Redator do acórdão Min. Edson Fachin, Plenário,
DJe de 23/9/2019; ADI 1.285-MC, Rel. Min. Moreira Alves, Plenário, DJ de 23/3/2001. 6. In casu,
o artigo 22, XLI e LV, da Lei Complementar 141/1996 do Estado do Rio Grande do Norte (Lei
Orgânica do Ministério Público estadual), que atribui ao Procurador-Geral de Justiça a competência
para interpor recursos ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça e neles oficiar,
e o artigo 38, V, da referida Lei, que atribui aos Procuradores de Justiça a incumbência de
encaminhar acórdãos, no prazo de vinte e quatro horas, ao Procurador-Geral de Justiça, com
manifestação pela conveniência da interposição do recurso devido, não padecem de
inconstitucionalidade formal ou material, uma vez que (i) não há incompatibilidade entre os
dispositivos estaduais e as normas gerais delineadas na Lei federal 8.625/1993; (ii) o processo
legislativo que originou a norma foi deflagrado pelo Procurador-Geral de Justiça; (iii) não se cogita
de vulneração aos princípios do promotor natural e da independência funcional, eis que se trata de
mera divisão de atribuições dentro do Ministério Público estadual, veiculada por meio de lei , a qual
não possibilita a ingerência do Procurador-Geral de Justiça nas atividades dos Procuradores de
Justiça, que conservam plena autonomia no exercício de seus misteres legais. 7. Ação direta de
inconstitucionalidade CONHECIDA e julgado IMPROCEDENTE o pedido.

STF. Jurisprudência. ADI 2.854-DF. EMENTA: CONSTITUCIONAL. MINISTÉRIO PÚBLICO.


GARANTIAS DE INAMOVABILIDADE E INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL DE SEUS
MEMBROS. PRINCÍPIO DO PROMOTOR NATURAL. ART. 10, IX, “G”, DA LEI ORGÂNICA
NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO. ALTERAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DE MEMBRO
POR DESIGNAÇÃO DO PROCURADOR-GERAL DE JUSTIÇA. INTERPRETAÇÃO
CONFORME A CONSTITUIÇÃO. NECESSIDADE DE CONCORDÂNCIA DO PROMOTOR
NATURAL. PROCEDÊNCIA PARCIAL. 1. A Jurisprudência do SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL reconhece a existência do princípio do promotor natural, garantia de imparcialidade da
atuação do órgão do Ministério Público, tanto a favor da sociedade quanto a favor do próprio
acusado, que não pode ser submetido a um acusador de exceção (nem para privilegiá-lo, nem para
auxiliá-lo). 2. É inadmissível, após o advento da Constituição Federal de 1988, regulamentada pela
Lei Orgânica Nacional do Ministério Público (Lei 8.625/1993), que o Procurador-Geral faça
designações arbitrárias de Promotores de Justiça para uma Promotoria ou para as funções de outro
Promotor, que seria afastado compulsoriamente de suas atribuições e prerrogativas legais, porque
isso seria ferir a garantia da inamovibilidade prevista no texto constitucional. 3. A avocação de
atribuições de membro do Ministério Público pelo Procurador-Geral implica quebra na identidade
natural do promotor responsável, já que não é atribuição ordinária da Chefia do Ministério Público
atuar em substituição a membros do órgão. Essa hipótese de avocação deve ser condicionada à
aceitação do próprio promotor natural, cujas atribuições se pretende avocar pelo PGJ, para afastar a
possibilidade de desempenho de atividades ministeriais por acusador de exceção, em prejuízo da
independência funcional de todos os membros. 4. Ação Direta julgada parcialmente procedente para
conferir interpretação conforme à norma impugnada, para estabelecer que a avocação, pelo
Procurador-Geral de Justiça, de funções afetas a outro membro do Ministério Público depende da
concordância deste e da deliberação (prévia à avocação e posterior à aceitação pelo promotor
natural) do Conselho Superior respectivo.

STF. Jurisprudência. ADPF 482. EMENTA: CONSTITUCIONAL. FEDERALISMO E


MINISTÉRIO PÚBLICO. INEXISTÊNCIA DE UMA ÚNICA CARREIRA COMUM A TODOS
OS MINISTÉRIOS PÚBLICOS ESTADUAIS E AO MINISTÉRIO PÚBLICO DA UNIÃO.
INCONSTITUCIONALIDADE DA REMOÇÃO, POR PERMUTA NACIONAL, ENTRE
MEMBROS DE MINISTÉRIOS PÚBLICOS DIVERSOS. VIOLAÇÃO AO PRINCÍPIO DO
CONCURSO PÚBLICO. SÚMULA VINCULANTE 43 DO STF. ARGUIÇÃO DE
DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL CONHECIDA E JULGADA
PROCEDENTE. 1. O Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados são
disciplinados por leis complementares próprias, cuja iniciativa é facultada aos respectivos
Procuradores-Gerais, as quais estabelecem a organização, as atribuições e o estatuto de cada
Ministério Público (art. 128, § 5º, da CF). 2. Por força do princípio da unidade do Ministério
Público (art. 127, § 1º, da CF), os membros do Ministério Público integram um só órgão sob a
direção única de um só Procurador-Geral. Só existe unidade dentro de cada Ministério Público, não
havendo unidade entre o Ministério Público de um Estado e o de outro, nem entre esses e os
diversos ramos do Ministério Público da União. 3. A remoção, por permuta nacional, entre membros
do Ministério Público dos Estados e entre esses e membros do Ministério Público do Distrito
Federal e Territórios, admitida na decisão impugnada, equivale à transferência, ou seja, forma de
ingresso em carreira diversa daquela para a qual o servidor público ingressou por concurso, vedada
pelo art. 37, II, da Constituição Federal e pela Súmula Vinculante 43, segundo a qual “ é
inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia
aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira
na qual anteriormente investido”. 4. Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental
conhecida e julgada procedente.

STF. Jurisprudência. PETIÇÃO. CONSTITUCIONAL E ADMINISTRATIVO. COMPETÊNCIA


DO CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA DIRIMIR CONFLITO DE
ATRIBUIÇÃO ENTRE MINISTÉRIOS PÚBLICOS DIVERSOS. EXERCÍCIO DO CONTROLE
DA LEGALIDADE DA ATUAÇÃO ADMINISTRATIVA. RESPEITO À INDEPENDÊNCIA
FUNCIONAL. CF, ART. 130-A, § 2º, INCISOS I E II. INCOMPETÊNCIA DO SUPREMO
TRIBUNAL FEDERAL. 1. Incompetência originária do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL para
conhecer e dirimir conflito de atribuições entre membros de ramos diversos do Ministério Público.
Inaplicabilidade do art. 102, I, f, da CF, por ausência de risco ao equilíbrio federativo. 2.
Impossibilidade de encaminhamento do conflito de atribuição para o Procurador-Geral da
República, enquanto autoridade competente, pois é parte interessada na solução da demanda
administrativa, uma vez que acumula a Chefia do Ministério Público da União com a chefia de um
de seus ramos, o Ministério Público Federal, nos termos da LC 75/1993. 3. Os membros do
Ministério Público integram um só órgão sob a direção única de um só Procurador-Geral,
ressalvando-se, porém, que só existem unidade e indivisibilidade dentro de cada Ministério Público,
inexistindo qualquer relação de hierarquia entre o Ministério Público Federal e os dos Estados, entre
o de um Estado e o de outro, ou entre os diversos ramos do Ministério Público da União. 4. EC
45/2004 e interpretação sistemática da Constituição Federal. A solução de conflitos de atribuições
entre ramos diversos dos Ministérios Públicos pelo CNMP, nos termos do artigo 130-A, § 2º, e
incisos I e II, da Constituição Federal e no exercício do controle da atuação administrativa do
Parquet, é a mais adequada, pois reforça o mandamento constitucional que lhe atribuiu o controle da
legalidade das ações administrativas dos membros e órgãos dos diversos ramos ministeriais, sem
ingressar ou ferir a independência funcional. 5. Não conhecimento da Ação e encaminhamento dos
autos ao Conselho Nacional do Ministério Público para, nos termos do artigo 130-A, incisos I e II,
da Constituição Federal, dirimir o conflito de atribuições.
(Pet 4891, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: ALEXANDRE DE MORAES,
Tribunal Pleno, julgado em 16/06/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-196 DIVULG 05-08-
2020 PUBLIC 06-08-2020)

RESUMINDO!!!
QUEM DECIDE O CONFLITO DE ATRIBUIÇÕES ENTRE MEMBROS DO MINISTÉRIO
PÚBLICO?
MPE do Estado 1 x MPE do Estado 1: PGJ do Estado 1
MPF x MPF: CCR, com recurso ao PGR
MPU (ramo 1) x MPU (ramo 2): PGR
MPE x MPF: CNMP
MPE do Estado 1 x MPE do Estado 2: CNMP

STF. Jurisprudência. ADI 3161. Ementa: CONSTITUCIONAL. AÇÃO DIRETA. ART. 263, §2º,
DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO. PARTICIPAÇÃO DE MEMBRO DO
MINISTÉRIO PÚBLICO EM CONSELHO SUPERIOR DE FUNDO ESTADUAL DE
CONSERVAÇÃO AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO URBANO. RESERVA DE LEI
COMPLEMENTAR PARA ESTABELECIMENTO DE ATRIBUIÇÕES DO MINISTÉRIO
PÚBLICO. IMPOSSIBILIDADE DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADES DE CONSULTORIA DE
ÓRGÃOS PÚBLICOS. INTERPRETAÇÃO CONFORME. PROCEDÊNCIA PARCIAL. 1.Nos
termos do artigo 129, IX da Constituição Federal, são funções institucionais do Ministério Público
“exercer outras funções que lhe forem conferidas, desde que compatíveis com sua finalidade,
sendo-lhe vedada a representação judicial e a consultoria jurídica de entidades públicas”.
Possibilidade regulamentada pela Lei Orgânica Nacional dos Ministérios Públicos estaduais (art.
25, VII da Lei Federal 8.625/93) e Estatuto do Ministério Público da União (LC 75/93).
2.Concretização do artigo 129, IX da CF. Inúmeras e importantes previsões legais de participação
em conselhos relacionados as funções institucionais do Ministério Público. A título de exemplo:
Conselho Nacional de Política Indigenista (art. 5º do Decreto 8.593/2015); Comitê Nacional para os
Refugiados (Lei Federal 9.474/1997); Conselho Nacional dos Direitos Humanos, CNDH (Lei
12.986/2014); Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescentes, CONANDA (art. 260,
§4º, do ECA). 3.A participação em Conselhos da Administração Pública – órgãos com atribuição
legal para se manifestar, em caráter deliberativo ou consultivo, sobre a formulação de políticas
públicas de interesse social – é compatível com as atribuições previstas pela Constituição Federal e
pela Lei 8.625/1993 para o Ministério Público, desde que: (a) a representação do Ministério Público
seja exercida por membro nato, indicado pelo Procurador-Geral de Justiça; (b) a participação desse
membro ocorra a título de exercício das atribuições institucionais do Ministério Público; e (c)
vedada a percepção de remuneração adicional. 4. Ação Direta julgada parcialmente procedente.
(ADI 3161, Relator(a): MARCO AURÉLIO, Relator(a) p/ Acórdão: ALEXANDRE DE MORAES,
Tribunal Pleno, julgado em 13/10/2020, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-294 DIVULG 16-12-
2020 PUBLIC 17-12-2020)
Superior Tribunal de Justiça (STJ)

STJ. Jurisprudência. Súmula n° 99. O Ministério Público tem legitimidade para recorrer no
processo que oficiou como fiscal da lei, ainda que não haja recurso da parte.

STJ. Jurisprudência. Súmula n° 601. O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na
defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço público.

STJ. Jurisprudência. Súmula n° 329. O Ministério Público tem legitimidade para propor ação
civil pública em defesa do patrimônio público.

STJ. Jurisprudência. Súmula n° 234. A participação de membro do Ministério Público na fase


investigatória criminal não acarreta o seu impedimento ou suspeição para o oferecimento da
denúncia. (SÚMULA 234, TERCEIRA SEÇÃO, julgado em 13/12/1999, DJ 07/02/2000, p. 185)

STJ. Jurisprudência. Súmula n° 601. O Ministério Público tem legitimidade ativa para atuar na
defesa de direitos difusos, coletivos e individuais homogêneos dos consumidores, ainda que
decorrentes da prestação de serviço público. STJ. Corte Especial. Aprovada em 07/02/2018, DJe
14/02/2018.

STJ. Jurisprudência. Informativo 552. O Ministério Público tem legitimidade ad causam para
propor ação civil pública com a finalidade de defender interesses coletivos e individuais
homogêneos dos mutuários do Sistema Financeiro da Habitação. O STJ entende que os temas
relacionados com SFH possuem uma expressão para a coletividade e o interesse em discussão é
socialmente relevante. STJ. 3ª Turma. REsp 1.114.035-PR, Rel. originário Min. Sidnei Beneti, Rel.
para acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em 7/10/2014 (Info 552).

STJ. Jurisprudência. Informativo 552. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE


PARA A EXECUÇÃO DE TÍTULO EXECUTIVO EXTRAJUDICIAL PROVENIENTE DE
DECISÃO DO TRIBUNAL DE CONTAS. A execução de título executivo extrajudicial decorrente
de condenação patrimonial proferida por tribunal de contas somente pode ser proposta pelo ente
público beneficiário da condenação, não possuindo o Ministério Público legitimidade ativa para
tanto.
STJ. Jurisprudência. Informativo 556. O Ministério Público Estadual tem legitimidade para atuar
diretamente no STJ nos processos em que figure como parte. Assim, o MPE possui legitimidade
para atuar diretamente em recurso por ele interposto e submetido a julgamento perante o STJ. STJ.
Corte Especial. EREsp 1.327.573-RJ, Rel. originário e voto vencedor Min. Ari Pargendler, Rel. para
acórdão Min. Nancy Andrighi, julgado em 17/12/2014 (Info 556).

STJ. Jurisprudência. Informativo 563. DIREITO PROCESSUAL CIVIL. LEGITIMIDADE DO


MP PARA AJUIZAR AÇÃO COLETIVA EM DEFESA DE DIREITOS INDIVIDUAIS
HOMOGÊNEOS DOS BENEFICIÁRIOS DO SEGURO DPVAT. O Ministério Público tem
legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa dos direitos individuais homogêneos dos
beneficiários do seguro DPVAT. Isso porque o STF, ao julgar o RE 631.111-GO (Tribunal Pleno,
DJe 30/10/2014), submetido ao rito do art. 543-B do CPC, firmou o entendimento de que Órgão
Ministerial tem legitimidade para ajuizar ação civil pública em defesa dos direitos individuais
homogêneos dos beneficiários do seguro DPVAT, dado o interesse social qualificado presente na
tutela jurisdicional das vítimas de acidente de trânsito beneficiárias pelo DPVAT, bem como as
relevantes funções institucionais do MP. Consequentemente, é imperioso o cancelamento da súmula
470 do STJ, a qual veicula entendimento superado por orientação jurisprudencial do STF firmada
em recurso extraordinário submetido ao rito do art. 543-B do CPC.

STJ. Jurisprudência. Informativo 576. O Ministério Público Estadual possui legitimidade para
atuar diretamente no STJ nos processos em que figurar como parte. O MPE, nos processos em que
figurar como parte e que tramitam no STJ, possui legitimidade para exercer todos os meios
inerentes à defesa de sua pretensão. A função de fiscal da lei no âmbito do STJ será exercida
exclusivamente pelo Ministério Público Federal, por meio dos Subprocuradores-Gerais da
República designados pelo Procurador-Geral da República. STJ. Corte Especial. EREsp 1.236.822-
PR, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, julgado em 16/12/2015.

STJ. Jurisprudência. Informativo 587. O controle externo da atividade policial exercido pelo
Ministério Público Federal não lhe garante o acesso irrestrito a todos os relatórios de inteligência
produzidos pela Diretoria de Inteligência do Departamento de Polícia Federal, mas somente aos de
natureza persecutório-penal. O controle externo da atividade policial exercido pelo Parquet deve
circunscrever-se à atividade de polícia judiciária, conforme a dicção do art. 9º da LC n. 75/93,
cabendo-lhe, por essa razão, o acesso aos relatórios de inteligência policial de natureza
persecutório-penal, ou seja, relacionados com a atividade de investigação criminal. O poder
fiscalizador atribuído ao Ministério Público não lhe confere o acesso irrestrito a "todos os relatórios
de inteligência" produzidos pelo Departamento de Polícia Federal, incluindo aqueles não destinados
a aparelhar procedimentos investigatórios criminais formalizados. STJ. 1ª Turma. REsp 1.439.193-
RJ, Rel. Min. Gurgel de Faria, julgado em 14/6/2016 (Info 587).

STJ. Jurisprudência. Informativo 662. Ação Civil de perda de cargo de Promotor de Justiça cuja
causa de pedir não esteja vinculada a ilícito capitulado na Lei nº 8.429/92 deve ser julgada pelo
Tribunal de Justiça. STJ. 2ª Turma. REsp 1737900-SP, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em
19/11/2019 (Info 662).

STJ. Jurisprudência. Informativo 670. Os Ministérios Públicos dos Estados podem atuar,
diretamente, na condição de partes, perante os Tribunais Superiores, em razão da não existência de
vinculação ou subordinação entre o Parquet Estadual e o Ministério Público da União. Tal
conclusão, entretanto, não pode ser aplicada ao Ministério Público do Trabalho, considerando que o
MPT é sim órgão vinculado ao Ministério Público da União, conforme dispõe o art. 128, I, “b”, da
Constituição Federal. O MPT integra a estrutura do MPU, atuando perante o Tribunal Superior do
Trabalho, não tendo legitimidade para funcionar no âmbito do STJ, tendo em vista que esta
atribuição é reservada aos Subprocuradores-gerais da República integrantes do quadro do
Ministério Público Federal. STJ. 1ª Seção. AgRg no CC 122.940-MS, Rel. Min. Regina Helena
Costa, julgado em 07/04/2020 (Info 670).

STJ. Jurisprudência. Tema repetitivo 766. O Ministério Público é parte legítima para pleitear
tratamento médico ou entrega de medicamentos nas demandas de saúde propostas contra os entes
federativos, mesmo quando se tratar de feitos contendo beneficiários individualizados, porque se
refere a direitos individuais indisponíveis, na forma do art. 1º da Lei n. 8.625/1993 (Lei Orgânica
Nacional do Ministério Público)

STJ. Jurisprudência em Teses. EDIÇÃO N. 19: PROCESSO COLETIVO I –


LEGITIMIDADE. O Ministério Público Estadual não tem legitimidade para ajuizar ação civil
pública objetivando defesa de bem da União, por se tratar de atribuição do Ministério Público
Federal.

STJ. Jurisprudência. AgInt no AREsp 1.688.809-SP. Ministério Público Federal é parte legítima
para pleitear indenização por danos morais coletivos e individuais em decorrência do óbito de
menor indígena. STJ, AgInt no AREsp 1.688.809-SP, Rel. Min. Assusete Magalhães, Segunda
Turma, por unanimidade, julgado em 26/04/2021, DJe 28/04/2021 (Info 696).
STJ. Jurisprudência. HC 155245 AgR-AgR. O Ministério Público Militar NÃO DISPÕE DE
LEGITIMIDADE PARA ATUAR, EM SEDE PROCESSUAL, PERANTE O STF. Isso porque a
representação institucional do Ministério Público da União, nas causas instauradas na Suprema
Corte, cabe ao Procurador-Geral da República [...] STF. 2ª Turma. HC 155245 AgR-AgR,
11/11/2019.

STJ. Jurisprudência. RHC 26236 RJ 2009/0106396-8. 1. Os membros do Ministério Público, no


uso de suas prerrogativas institucionais, não estão autorizados a requisitar documentos fiscais e
bancários sigilosos diretamente ao fisco e às instituições financeiras, sob pena de violar os direitos e
garantias constitucionais da intimidade de da vida privada dos cidadãos. 2. A despeito de o sigilo
das informações fiscais e bancárias não ser absoluto, uma vez que pode ser mitigado quando haja
preponderância de interesse público, notadamente da persecução criminal, o próprio texto
constitucional (art. 5º, inciso XII) exige a prévia manifestação da autoridade judicial, preservando,
assim, a imparcialidade da decisão. (..)

STJ. Jurisprudência. CC 177.100/CE. o STJ firmou entendimento CC 177.100/CE de que um


promotor de justiça que comete um crime em unidade federativa diversa da qual possui atribuição,
mesmo assim deverá ser julgado pelo Tribunal de Justiça de origem, ainda que o crime cometido
fosse de competência da Justiça Federal, mesmo assim o Tribunal de Justiça deveria ser o órgão
competente para o julgamento da lide, com fulcro no art.96, inciso III da CF/88. No entanto, o
crime eleitoral deverá ser julgado pelo TRE respectivo.
Aula 01
Ano: 2010 Banca: FUNCAB Órgão: SEMARH-GO Prova: FUNCAB - 2010 - SEMARH-GO -
Cientista da Computação Na organização dos Poderes, prevista na Constituição Federal de 1988,
pode-se afirmar que o Ministério Público da União – MPU – quando atua numa Ação Civil Pública
relativa à área ambiental:
Alternativas
A) está hierarquicamente submetido ao Supremo Tribunal Federal – STF, órgão supremo do
Judiciário.
B) está hierarquicamente submetido ao Superior Tribunal de Justiça – STJ, órgão supremo do
Judiciário.
C) está hierarquicamente submetido à Presidência da República e/ou ao Ministério do Meio
Ambiente.
D) é autônomo, não estando hierarquicamente submetido a nenhum Poder.
E) é autônomo, constituindo assim expressamente o quarto Poder da República Brasileira.

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