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O Sofrimento e a dor

“quando não entendemos por que certas coisas acontecem na vida, devemos nos apoiar nas
coisas que entendemos. Devemos entender que Deus ama todos nós.”

Ás vezes, os cristãos chegam a pensar que quem obedece a Deus e procura ser um bom cristão
não passará por sofrimentos horríveis. Entretanto, se coisas ruins aconteceram com Jó, João
Batista e o apóstolo Paulo, com certeza elas podem acontecer com os bons cristãos.

A dor física, a dor emocional e a dor existencial — todas elas são espinhos sempre presentes
em nossa vida. Basta esperar o tempo suficiente, e todos serão ferroados por elas de uma
maneira ou de outra.

Paul W. Powell, pensador cristão, disse, certa vez, que "o tormento não é um penetra na arena
de nossa vida; ele tem assento reservado nela". 1? Penso, fundamentado em muitos anos de
experiência pessoal, que Powell está certo!

Essa é uma das principais lições que tiramos do livro de Jó. Deus nunca explicou a Jó por que
Ele permitiu que coisas ruins acontecessem no mundo. A principal lição que Jó aprendeu com
Deus é que, independentemente do que aconteça — até mesmo se o sofrimento e a dor do ser
humano não fizerem sentido para a pessoa —, devemos, em tudo, confiar em Deus (Jó 13.15).
Jó aprendeu que os caminhos de Deus são inescrutáveis, mas também aprendeu a confiar
totalmente em Deus, e Ele o abençoou por essa fé.

Tudo, inclusive as tragédias e as calamidades e as angústias, a doença e a


enfermidade, e o que denominamos de morte prematura, e as terríveis
deformidades e defeitos de nascimento e doenças congênitas colaboram para o
bem. Tudo será revelado e veremos que os planos de Deus estavam certos.17

: para fazer a distinção entre indivíduos bons e maus deve-se ter um


[padrão] universal ou absoluto. Uma vez que se admita isso, então, o resultado
final diz que, sem um ponto de referência infinito para o 'bem', a pessoa não
pode identificar o bem nem o mal. Apenas Deus pode esgotar o significado
ilimitado de bem. Portanto, sem a existência de Deus, não há 'mal' nem 'bem'
em um sentido absoluto, pois tudo é relativo. O problema do mal não nega a
existência de Deus. Na verdade, ele a exige.8

O que é o mal? De uma perspectiva filosófica, o mal não auto-existente; mas na verdade, ele é
a perversão de algo que já existe. O mal é a ausência ou privação de alguma coisa boa. Só há
devastação florestal, por exemplo, enquanto existirem árvores. A queda de um dente apenas
pode acontecer se houver dente. A ferrugem em um carro, a carcaça decadente, olhos cegos e
ouvidos surdos ilustram o mesmo ponto. O mal existe como perversão de alguma coisa boa;
ele é a privação e não tem essência em si mesmo.13 Norman Geisler declara: "O mal é como um
ferimento em um braço ou um buraco de traça em uma vestimenta. Ele apenas existe no
outro, mas não por si mesmo".1

O mal sempre é um parasita do bem. Na verdade, todas nossas palavras para definir o mal
pressupõem que um bem foi pervertido. Impureza pressupõe pureza, improbidade pressupõe
probidade, desvio pressupõe caminho (i.e., uma via) de onde partimos, o pecado [...]
pressupõe um alvo errado, e assim por diante.

O mal é a perversão ou privação de alguma coisa boa que deveria estar presente.

Embora possamos ser tentados a pensar que Deus não está no controle ou que Ele não está
envolvido com nossa vida, a realidade é que Ele sempre está conosco, operando nos
bastidores para realizar seus propósitos soberanos, permanecendo o tempo todo
perfeitamente bom, justo, reto e santo. Ao final da história da humanidade, quando
estivermos com Deus no céu, sem dúvida, todos nos deleitaremos na magnificência Dele ao
realizar Seus propósitos em um planeta caído sem fazer concessão alguma nem comprometer
qualquer um de Seus perfeitos atributos.

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