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V
fazendeiros rezaram pedindo proteção para suas plantações – e foram
atendidos com o surgimento de joaninhas, que eliminam as pragas da lavoura.
Para uma dessas pragas, o pulgão, ela é a morte em pessoa. A não ser que
haja formigas por perto. Porque, aí, algo curioso acontece: as formigas atacam as
joaninhas e defendem os pulgões, que depois elas criam.
As formigas cortam as asas deles, para que não tentem fugir, ao mesmo tempo em que
empregam uma tática mais gentil: suas patas liberam substâncias tranquilizantes, que
acalmam os pulgões (1).
Tudo isso tendo um cérebro incrivelmente pequeno e simples, com míseros 250 mil
neurônios: quase nada perto dos 70 milhões presentes no cérebro de um rato, por
exemplo (que, mesmo com 300 vezes mais neurônios, não sabe fazer nenhuma dessas
coisas).
O segredo das formigas, que surgiram entre 150 e 100 milhões de anos atrás, está na
cooperação: elas trabalham e se organizam coletivamente, colocando a inteligência e o
esforço de cada uma em prol do grupo.
E que grupo. Existem 16 mil espécies, que juntas somam incríveis 20 quatrilhões de
formigas, espalhadas por todos os cantos do mundo exceto a Antártida. Foi o que
constatou um estudo (2) publicado em setembro de 2022 por cientistas chineses e
australianos.
Eles conseguiram estimar, pela primeira vez, a quantidade total desses insetos –
somando os dados de 489 trabalhos científicos, que empregaram duas técnicas para
aferir a quantidade de formigas em 3.900 pontos do planeta.
https://super.abril.com.br/ciencia/o-planeta-das-formigas/ 1/1