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5/9/2023

Aula_9 - Circuitos Sequenciais


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Sistemas Digitais I

5/9/2023 Sistemas Digitais I 1

Circuitos combinatórios

Conteudo

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Sistemas Digitais I 1
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Circuitos Sequenciais

Introdução

O conceito de dispositivo sequencial é um dos mais fundamentais no


desenho de sistemas digitais.

Recordando a logica do circuito combinatorio, a saida é uma função


apenas das entradas presentes. Entretanto, a saida de um circuito
sequencial depende nao so da combinacao actual das entradas mas
tambem a combinação anterior.

Isto é conseguido com a retenção das entradas através de memoria


que adiciona outra dimensao a logica de desenho providenciando a
capacidade de resolver diversos problemas que nao podem ser
resolvidos com apenas a logica combinacional.
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Circuitos Sequenciais

Introdução

O conceito sequencial não se restringe apenas aos sistemas digitais.


Por ex: considere a operacao de um elevador num predio de 4
andares, o elevador age como um dispositivo sequencial uma vez que
a acção é determinada pelo sinal de entrada nos paineis (tanto dentro
do elevador como em cada andar) e a sua actual posicao: 1, 2, 3, 4.
O elevador deve de alguma forma se lembrar qual é a sua posição
actual de tal forma a determinar qual será o próximo andar.
Dai que, defini-se o estado actual do elevador como a descricação do
andar em que está incluindo o histórico dos anteriores andares que
transitou.
Os conceitos do estado actual, próximo estado, entrada e transição de
estado são fundamentais no estudo de circuitos logicos sequenciais.
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Circuitos Sequenciais

Representação de Diagrama de Blocos

No estudo da logica combinacional representou-se os circuitos com


base na figura a. O modelo para circuito sequencial é mostrado na
figura b.

Onde g e h sao funcoes booleanas y e Y


Representam o estado actual e o proximo
Estado respectivamente.
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Circuitos Sequenciais

Representação de Diagrama de Blocos

Todos as variaveis no diagrama são dependentes do tempo. Deve-se


adoptar a convensão de que o y tem o valor y(tk) no tempo tk.
Ocasionalmente, pode-se examinar o y(t) em qualquer instante.

Os dispositivos de memória no diagrama de blocos podem ser de


diferentes tipos: semicondutores flip-flops, dispositivos magnéticos,
linhas de atraso, relés mecânicos, entre outros. Alguns dispositivos
semicondutores serão estudados a posterior.

Os sinais de entrada xi e os sinais de saida zi podem tambem assumir


uma variedade de formas, algumas delas serão vistas a posterior.

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Circuitos Sequenciais

Será um comportamento dum circuito combinatório a seguinte situação:


a) Se encontrar a turma na sala vou dar o tema dos circuitos sequenciais.

Será um comportamento dum circuito sequencial a seguinte situação:


b) Se encontrar 70% dos alunos da aula anterior vou ensiná-los os circuitos
sequenciais, se forem 50% dos alunos vou repetir a aula anterior de contrário
desisto.

A situação a) revela que não importa o estado anterior da turma. Basta que
estejam na sala os alunos e o professor decorrerá a aula de CS

Já a situação b) além da condição de haver estudantes e professor na sala de


aula, há que saber qual foi o estado anterior da turma. As mesmas condições
de entrada geram caminhos distintos de acordo com a predisposição da
turma.
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Circuitos Sequenciais

Tabelas e Diagramas de Estado

As equações lógicas definem o comportamento do circuito sequencial


modelado. Entretanto, a descrição embora completa não representa
uma imagem muito lucida da relação que existe entre as variáveis.
A relação funcional existente entre as entradas, saídas, estado actual e
próximo estado, é melhor ilustrada pela tabela ou diagrama de estado.

O diagrama de estado é a representação de um circuito sequencial em


que os estados do circuito sao representados por circulos e os estados
de transição são mostrados por setas.

Todas as entradas sao apresentadas no top enquanto que os estados


actuais sao colocadas a esquerda da tabela. As entradas da tabela sao
o proximo estado e a saida.
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Circuitos Sequenciais

Tabelas e Diagramas de Estado

Na prática, o diagrama e tabelas de estados sao representados usando


simbolos em vez de vectores. Por exemplo, considere as variaveis do
estado actual y, y1 e y2:

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Circuitos Sequenciais

Tabelas e Diagramas de Estado

Assim o circuito sequencial tem apenas quatro estados possiveis, que


podem ser representados por A, B, C e D.
Considere um circuito sequencial com uma entrada x e duas variaveis
de estado y1 e y2, e uma saida Z:

O circuito irá se comportar da


seguinte forma se o estado
inicial for A:

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Circuitos Sequenciais

Tabelas e Diagramas de Estado

Considerando a Aplicação da seguinte sequência na entrada


x=0110101100 no estado A causa uma sequencia na saida igual
z=0100110111, e deixa o circuito no estado final C.

Esta informação pode ser lida tanto do diagrama de estados


como da tabela de estados:

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Circuitos Sequenciais

Tabelas e Diagramas de Estado

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Circuitos Sequenciais

Tabelas e Diagramas de Estado

Como foi indicado no inicio uma parte dos circuitos sequenciais é a


unidade de memória.
A nálise desses dispositivos será confinada a sua aplicação em sistemas
digitais.
Na aplicação em circuitos lógicos, maior parte de elementos de
memórias são circuitos electrónicos biestáveis, isto é, eles existem
indefinidamente em 1 dos 2 estados possíveis, 0 e 1.
Dados binários são guardados nos elementos de memória atraves da
colocação do elemento no estado 0 para guardar o 0 e no estado 1
para guardar 1. A saida do circuito Q indica o estado actual da
memória.
Cada circuito de memória tem um ou mais entradas de excitação,
chamadas assim porque sao usados para excitar ou conduzir o circuito
ao estado desejado.
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Circuitos Sequenciais

Elementos de Memoria

Os diferentes dispositivos de memória sao chamados de acordo com


suas entradas de excitação, que diferem de dispositivo para
dispositivo.
Os dois tipos de elementos de memórias mais comumente utilizados
em circuitos logicos são latches e flip-flops. O latch é um elemento de
memória o qual as os sinais de entrada de excitação controlam o
estado do dispositivos.
Se um latch tem um sinal de entrada de
excitação que força a 1, chama-se set latch.
Se tem um sinal de entrada de excitação
que força o elemento a 0, chama-se reset latch. Se o elemento tem os
dois, chama-se set-reset latch.
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Circuitos Sequenciais

Tabelas e Diagramas de Estado

O flip-flop difere de um latch uma vez que tem um sinal de controlo


chamado clock. O sinal de clock emite um comando para o flip-flop,
permitindo que ele troque os estados em funcção dos sinais das
entradas de excitação.

O latch troca de estado


imediatamente de
acordo com os sinais da
entrada de excitação
enquanto que, o flip-flop
espera pelo sinal de
clock antes de trocar de
estados.
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Set-Reset Latch

Considere uma porta OR. Assuma que no início temos as duas


entradas em 0, nestas condições a saída é igual a 0.
Se nestas condições a saída for conectada a uma das entradas, o
circuito permanece estável nesse estado.
Se nestas condições coloca 1 na entrada S activará o nivel 1, assim a
saida Q foi “set” para o 1. devolvendo o valor 0 para S mantem Q no
nivel 1 devido a realimentacao pela entrada da OR.
Por tanto, o elemento esta permanentemente “set” em 1 e dai e
chamado de set latch.

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Circuitos Sequenciais

Set-Reset Latch

Trocando a porta OR por uma NOR e NOT em serie, resulta num


circuito equivalente de set-latch. Examinemos o circuito se utilizar a
saida da NOR como saida Q do latch.
A saida da NOR esta em 1 se ambas entradas estao em 0, a
realimentacao pela NOT e 0 mantendo o circuito estavel.
Colocando 1 na entrada R forca a saida para 0 e a realimentacao para
1. Se devolver a entrada para 0 a saida permanecera em 0, dai chamar-
se ao circuito reset-latch:

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Circuitos Sequenciais

Set-Reset Latch: Estrutura NOR

Dispositivos que matem-se permanentemente num unico estado nao


sao muito uteis na maioria das vezes.
Se combinar-se essas duas funcioalidades descriatas previamente num
unico circuito pode-se fazer o set e reset do circuito do latch como é
necessário.
Se substituir a NOT por uma NOR o elemento continua operando como
um latch. Se desconectar-se a entrada, vai passar a funcionar como
excitação reset. Assim tem-se criou-se um set-reset latch (SR latch)
com duas NORs de 2 entradas.

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Set-Reset Latch: Estrutura NAND

Se ambos S e R estão em 0 as portas


NOT colocam sinal 1 a entradas das NANDs e se 1 das entradas da
NAND esta em 1 ela funciona como a NOT, isto é:

Se uma das entradas é activa, nivel 1, e outra mantem-se em 0, uma


parte do circuito tera a entrada da NAND em 0, isto é:

O valor 0 na entrada de uma NAND força a saída para 1, o valor 1 na


entrada da NAND força a saída da outra NAND para 0:

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Circuitos Sequenciais

Set-Reset Latch: Estrutura NAND

Então o valor 1 em S faz o set do Q


para 1, fornçando o ~Q para 0. Isto é faz set do latch. Em
contrapartida, o 1 no R faz o set de ~Q para 1, que subsequentemente
força a saída Q para 0, ressetting do latch. Retirando as portas NOT do
circuitos as entradas tornam-se ~S e ~R, isto é, as entradas do latch são
activas em low.

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Circuitos Sequenciais

Diagrama Temporal do Latch RS

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Latch SR com controlo

Sempre é desejavel usar um sinal especial de controlo para inibir a


alteração no latch SR enquanto S e R estão a mudar. Assim que S e R
estão prontos, o sinal de controlo é activado para que latch responda
as novas entradas.

TPC1: Construa a tabela de excitacao e o diagrama de estados.

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Delay Latch

Uma das operações mais frequentes utilizadas em sistemas digitais é o


armazenamento de informação. Nestas aplicações a excitação do
circuito é o próprio dado que se pretende armazenar, dai que precisa-
se de um dispositivo que transfere o valor lógico da entrada de
excitação D para a célula do armazenamento.

TPC12 Apresente o diagrama de estados e o diagrama.


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Deficiências do latch SR básico

a) Tem uma combinação perdida porque não é permitida;


b) Não tem controle sobre os sinais de entrada. Assim que estiverem
presentes na entrada são combinadas com os sinais das linhas de
realimentação e geram novas saídas que se combinam de novo.

Por isso não se consegue armazenar a informação como tal.

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Circuitos Sequenciais

Deficiências do latch SR básico

Lembremos que o circuito sequencial separa o instante t-1 do t. Isto tem que
ser duma forma controlada.

O latch SR básico que visto anteriormente, como circuito sequencial, peca


pelo facto de não introduzir este aspecto. Sempre que as variáveis estiverem
presentes na entrada elas combinam-se e geram o resultado conforme a
tabela de verdade.

Latch SR com ontrolo


A as entradas esperem até que o sinal de Ck seja activo (neste caso em 1).

No fundo, o que a barreira faz é levar o latch para a 1ª linha da tabela


de verdade sempre que se deseja esperar pelo instante t+1.

Lembremos que na primeira linha, as saídas mantêm o estado anterior.


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Circuitos Sequenciais

Deficiências do latch SR básico resolvidas:

a)A falta de controle sobre as entradas.

Deficiências do latch SR com Ck (Controlo)


a) Tem uma combinação perdida porque não é permitida
b) Não tem controle sobre as entradas quando o sinal de Ck estiver
activo.
Assim que estiverem presentes na entrada são combinadas com os
sinais das linhas da re-alimentação e geram novas saídas que se
combinam de novo.

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Flip-Flops

Os circuitos de latch apresentados até aqui não são apropriados para


o uso na lógica de circuitos sequênciais sincronos. Quando o sinal de C
é activo, as entradas de excitação são guiadas directamente a saída Q.
Assim, qualquer mudança na entrada de excitação vai causar
imediatamente alterações na saída do latch.
Voltando ao modelo de circuito sequencial, os sinais de saida do
elemento de memória são as entradas da lógica combinacional e vice-
versa. Quando está activa, o latch age como também como circuito
combinacional.
Assim tem-se 2 circuitos combinatorios alimentando um a outro,
gerando oscilações e um comportamento instável. Este problema é
resolvido através do uso de um controlo de tempo especial, chamado
clock para restringir os tempos em que os estados do elemento de
memória podem alterar.
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Circuitos Sequenciais

Flip-Flops JK

Tomamos o latch SR e acrescentamos duas portas AND antes das entradas S e R.


Esticamos a re-alimentação mais para atrás até a estas portas. Em consequência disso
obtemos um novo dispositivo que toma o nome de flip-flop JK.

O flip-flop JK tem o mesmo comportamento que o latch SR nas 3 primeiras


combinações. Analisemos a última com detalhe.
Partimos das equações:

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Circuitos Sequenciais

Flip-Flops JK
seja J=1 e K=1. Assumimos que Q=0 e logo, ~Q=1.
Esta situação representa a 3ª linha da tabela de verdade do latch SR.
Obtemos: S=1 e R=0.
Nesta linha Q=1 e ~Q=0.

seja J=1 e K=1. Assumimos que Q=1 e logo, ~Q=0.


Obtemos: S=0 e R=1.
Esta situação representa a 2ª linha da tabela de verdade do latch SR.
Nesta linha Q=0 e ~Q=1.

Vemos que se no instante t, em que J=1 e K=1, enquanto que antes (no
instante t-1) os valores das saídas eram Q=0 e ~Q=1, os valores
actuais das mesmas são Q=1 e ~Q =0.
Por outro lado, se no instante t, em que J=1 e K=1, enquanto que antes
(no instante t-1) os valores das saídas eram Q=1 e ~Q=0, os valores
actuais das mesmas são Q=0 e ~Q =1.
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Circuitos Sequenciais

Flip-Flops JK
Conclusão:
Se J=1 e K=1, as saídas Q e ~Q mudam do seu estado
anterior para o seu complementar. Desta vez consegue-se
ainda obter a complementaridade entre as saídas Q e ~Q.

Deficiências do latch SR com Ck resolvidas:


· Existência duma combinação perdida.
Deficiências do flip-flop JK:
· Não tem controle sobre as entradas quando o sinal de Ck for activo.
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Circuitos Sequenciais

Flip-Flops – Master – Slave SR Flip-Flops

Um método para previnir o comportamento instável é empregar dois latches


numa configuração master-slave (mestre – escravo). Quando o sinal de clock
C está em low, o latch master está activo e o slave está a espera. Alterações
nas entradas de excitação S e R são refletidas no latch master enquanto o
slave ignora essas mudanças. Quando o clock passa para high, os dois latches
mudam de papeis. O latch escravo fica activo, mandando a saída do latch
master a saída do flip-flop Q, enquanto o latch master fica em espera e ignora
qualquer alterações na entrada.

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Circuitos Sequenciais

Flip-Flops – Master – Slave SR Flip-Flops

Diagrama Temporal

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Circuitos Sequenciais

Flip-Flops – Master – Slave D Flip-Flops

Pode-se construir um flip-flop mestre-escravo tipo D a partir de dois latches


do tipo D.
Note que este flip-flop opera da mesma forma que a versão SR. O master está
activo quando o clock está em low e o escravo quando o clock está em high.
Note que o simbolo lógico indica que a saída altera na transição de low para
high do sinal de clock.

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Flip-Flops – Master – Slave D Flip-Flops

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Circuitos Sequenciais

Flip-Flops – Master – Slave D Flip-Flops

Uma outra abordagem de resolver o problema de transições instáveis


é desenvolver circuitos flip-flop que são sensíveis as entradas de
excitação apenas durante a transição de subida ou descida do clock.

Um circuito com esta funcionalidade é chamado de flanco positivo se


responde na transição do clock de 0 – 1 ou é chamado de flanco
negativo se responde na transição do clock de 1 – 0.

A funcionalidade de sensibilidade de flancos elimina as transições


instáveis elimina drasticamente reduzindo o periodo durante a qual as
entradas de excitação são aplicadas aos latches internos.

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Circuitos Sequenciais

Flip-Flops: Master – Slave JK Flip-Flops

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Circuitos Sequenciais

Flip-Flops JK

O flip-flop JK pode ser considerado uma extensão do SR visto anteriormente.


Opera como um flip-flop SR onde as entradas são J=S e K=R. Entranto,
enquanto que a combinação das entradas S=R=1 não era permitida, o JK usa
este caso especial para incorporar uma operação muito útil.
Isto é, O dispositivo JK muda o seu estado de 0 para 1 ou de 1 para 0 sempre
que J=K=1.

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Circuitos Sequenciais

Flip-Flops Activados por flancos

Alguns flip-flops já incluem configuração de sinais de set ~PRE e de


reset ~CLR. Os sinais ~PRE e ~CLR sobrepõem-se a operação dos pulsos
das entradas J, K e CLK, isto é, se ~CLR = 0, então o Q* passa para 0 e
se ~PRE=0, os estado de Q* é 1, independentemente dos valores do
clock e das entradas de excitação.

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Circuitos Sequenciais

Características Básicas do Flip-Flop

A parte fundamental no circuito sequencial é o elemento de memória.


É necessário que de alguma maneira consigamos reter o estado actual do circuito para
usá-lo no futuro.

Se tivermos em conta que estamos a falar de circuitos electrónicos temos que saber
que fixar um estado é conservar o nível lógico 0 (normalmente 0V) ou o nível lógico 1
(Normalmente 5V, 12V ou 18V).

Há vários elementos de memória. Mas o mais importante é um elemento sequencial


elementar representado na Fig. anterior que tem as seguintes características:
CARACTERISTICAS FÍSICAS
1) Tem duas entradas independentes J e K
2) Tem uma entrada de controle Ck
3) Tem duas entradas prioritárias Pr e Clr
4) Tem duas saídas complementares Q e ^Q
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Circuitos Sequenciais
Características Básicas do Flip-Flop

CARACTERISTICAS FUNCIONAIS
1) a entrada J, quando activa(nível 1), força a saída Q a ficar activa(nível 1)
2) a entrada K, quando activa, força a saídaQ a ficar inactiva (nível 0)
3) se a duas entradas estiverem inactivas nada sucede com a saídaQ
4) se ambas entradas estiverem activas, forçama saída Q a mudar de estado
5) As saídas Q e ^Q reagem às entradas J e K quando o sinal de controle for
Activo
6) a entrada Pr, quando activa, força a saída Q a ficar activa(nível 1)
independentemente das entradas J e K
7) a entrada Clr, quando activa, força a saída Q a ficar inactiva(nível 0)
independentemente das entradas J e K

RESTRIÇÕES
1) As saídas devem ser sempre complementares
2) As entradas prioritárias não devem ser activas em simultâneo

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Circuitos Sequenciais

Características Básicas do Flip-Flop

Os flip-flops activados pelo sinal de relógio, flanco ou pulso,


aprersentam uma exigência no tempo em que este sinal deve ocorrer.

Se pretende que ao acontecer o impulso de Ck o J e o K do flip-flop


estejam numa dada combinação, é necessário que até um determinado
tempo antes de Ck as entradas estejam prontas.

A esse tempo se chama “setup time” ou Tempo de Preparação.

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Circuitos Sequenciais

Características Básicas do Flip-Flop

TEMPO DE LIBERAÇÃO

Por outro lado, depois de se dar o comando de Ck, é necessário


esperar um tempo para que os sinais se combinem. Só depois desse
tempo as entradas J e K podem assumir novos valores.

A este tempo se chama “release time”, tr, ou Tempo de Liberação.

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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

Voltando ao modelo dum Circuito Sequencial, podemos penetrar no bloco de


memória para descrevermos as condições necessárias para que este bloco coloque o
sistema na sequência desejada.
A nossa preocupação é conseguirmos um elemento de memória, o que quer dizer que
tem em conta o estado anterior.

Introduzimos aqui o conceito do Mapa de Transição que nos apoiará na síntese dos
circuitos sequenciais bem como na sua simplificação.

Iremos analisar o mapa de transição para o flip-flop JK Mestre-Escravo que na verdade


é uma célula básica de memória.

O diagrama de estados do JK apresentado ajudará a introduzir o conceito de Mapas de


Transição.

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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

Reflectindo o seu comportamento para uma tabela de verdade tem-se:

Tabela de verdade da variavel Q.

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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

A tabela anterior releva-nos que há 4 tipos de transição da variável Q, que resumimos:

Tabela: Tipos de transições e suas definições

Lembrando que a separação de estados é feita


pelo Ck nos dispositivos controlados.

Sendo assim verificamos que a variável Q


executa as transições conforme o critério:
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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

A tabela mostra quando é que as variáveis J e K, da célula sequencial elementar,


obrigatoriamente devem ser 1 ou 0. Da tabela apresentada vimos que J = 1 na
transição do tipo ⍺ e K=1 na transição do tipo β, por outro lado J=0 na transição do
tipo 0 e K=0 na transição do tipo 1.

Ou seja:

As expressões denominam-se “equações generalizadas das entradas J e K”

Estas equações querem dizer:


A variável J deve estar obrigatoriamente no nível lógico 0 para que Q realize uma
transição do tipo 0 e deve estar em 1 para que Q realize a transição do tipo ⍺. Nas
restantes transições não importa o valor de J.

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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

Só que diferentemente dos circuitos combinatórios em que encontramos as


expressões das funções de saída, aqui temos que encontrar as expressões das
entradas J e K que garantam que a saída Q (que é a variável de estado) vá para o
estado desejado.

As expressões de J e K mostram como as variáveis do circuito deve estar combinadas


para atacar J e K para que a saída do flip-flop realize as transiçóes desejadas.

A forma prática de encontrar as expressões de J e K é através dos chamados Mapas de


Transição.

Mapa de Transição é um mapa de V-K preenchida não com os valores actuais de


estado, mas sim com a previsão do que irão assumir a seguir.

O exemplo a seguir nos ajudará a introduzir os mapas de transição.


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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

Exemplo:
Desenhar o circuito que realiza o diagrama de estados seguinte na condição de que
uma variavel de controle P seja igual a 1. Na condição contrária o circuito mantem-se
no mesmo estado.

Como temos 4 estados precisaremos no mínimo de 2 variáveis de estado para fazer a


codificação. Escolhemos aleatoriamente que o estado W será 01, o Y será 10, etc.

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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

Exemplo:
Vamos escolher duas variáveis de estado A e B para assumirem os valores 0 e 1 por
forma a representarem os estados W, Y, X e Z. Nesta óptica redesenhamos o diagrama
abaixo. Preenchemos uma tabela de verdade que nos mostra o estado actual das
variáveis de estado AB e o seu estado futuro.

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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

Exemplo:
Vemos na tabela que do estado 00, a variável A deve executar uma transição do tipo 0
e a B do tipo α para que possamos sair do estado Z(00) para W(01).

A questão é: O que devo colocar na entrada de cada flip-flop para que realizem estas
transições? A resposta obteremos continuando o estudo.
Passemos todas as situações expressas na tabela de verdade para os mapas de
transição donde obteremos as expressões simplificadas.
A simplificação pelos mapas de Karnaugh requer um mapa para cada variável:

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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

Exemplo:
De seguida replicamos os mapas para cada variável de entrada J e K (entanto que
interna). Nesta réplica fazemos:
Para a variável J - trocamos a transição do tipo α por 1, a transição do tipo 0 por 0 e as
outras por x;
Para a variável K - trocamos a transição do tipo β por 1, a transição 1 por 0 e as outras
por x;

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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

Exemplo:
O mapa de Karnaugh preenchido desta forma denomina-se por Mapa de Transição.
Ele mostra-nos simultaneamente o estado actual e o futuro sob as condições
colocadas no exterior.
Por exemplo, a transição α na célula PAB=101 mostra que a variável A sairá do estado
lógico 0 para o 1 na condição inscrita no exterior do mapa (No caso P=1, A=0, B=1).
Os mapas parciais mostram quando é que as variáveis J e K devem, obrigatoriamente,
estarem em 0 ou 1 para que a variável Q realize as transições indicadas nas células
correspondentes do mapa de transição.

NOTA IMPORTANTE: Como já projectamos o elemento básico, o flip-flop, não


precisamos mais encontrar as suas equações de saída.
É bastante e suficiente determinar em que estado devem estar as variáveis de entrada
para que a de saída vá para o estado desejável

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Sistemas Digitais I 26
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Circuitos Sequenciais

Mapa de Transicao e Equacoes Generalizadas de Entrada

Exemplo:
Finalmente executamos o circuito com base nas expressões particulares de J e K
obtidas.
Notou que dissemos “particulares”? Isto é porque são expressões de J e K para um
caso concreto!

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Circuitos Sequenciais

Classificacao dos Circuitos Sequenciais

Os sistemas sequenciais podem ser classificados como se segue.

1. Quanto à duração do Ck
a) Activados por pulso
b) Activados por flanco

2. Quanto à forma de ligação do Ck


a) Assíncronos
b) Síncronos
- Totalmente Síncronos
- Pseudo - Sincronos

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Circuitos Sequenciais

Sistemas Activados Por Pulsos

Lembremos que a definição da sequência, ou melhor, a separação entre o instante t e


t-1 é feito por um relógio. Na verdade o relógio é um sinal que gera pulsos, numa
dada frequência ou sequência.

mostra a situação em que o instante t-1 corresponde ao ciclo anterior e o instante t


corresponde ao ciclo actual.
Nos sistemas deste tipo a passagem dum estado para o outro é activada pelo estado
Low ou High do sinal do relógio.

Para os sistemas activados em Low, as variáveis de entrada serão permitidas a


prepararem-se durante o semi-ciclo em que o relógio estiver no nível 1. Os que são
activados em High as variáveis de entrada serão permitidas a prepararem-se
durante o semi-ciclo em que o relógio estiver no nível 0.
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Circuitos Sequenciais

Sistemas Activados Por Pulsos

Normalmente depois que se entra no período em que o Ck é activo, as variáveis de


entrada não devem mudar mais.

Os sistemas activados deste modo dizem-se activados por pulsos. Esta configuração
tem a desvantagem de haver muito tempo para as variáveis se combinarem.
Lembremos que há re-alimentação no circuito. E, como tal, se a duração do semi-
ciclo activo for maior que o tempo médio de propagação no caminho da re-
alimentação, poderá ocorrer que o novo estado das saídas seja re-combinado com
as entradas.

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Sistemas Digitais I 28
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Circuitos Sequenciais

Sistemas Activados Por Flancos

Nestes, a separação entre o instante t-1 e t faz-se pela linha de subida ou descida do
sinal do relógio.

Nesta configuração a linha da realimentação não conseguirá devolver as saídas para a


entrada ao ponto de recombiná- los com as variáveis do instante t-2.

Os sistemas da alínea a) dizem-se activados pelo flanco positivo ou flanco ascendente,


enquanto os da alínea b) dizem-se activados pelo flanco negativo ou flanco
descendente.

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Circuitos Sequenciais

Sistemas Assíncronos

No modelo generalizado do circuito sequencial, deliberadamente, não ligamos o


relógio.
Se o sinal de Ck for ligado a um elemento de memoria (são estes que necessitam de
Ck) e este passar o sinal para os outros, o circuito diz-se Assíncrono.

Este circuito tem a vantagem de


não ter constrangimento de
fanout do circuito do relógio.
Mas tem o problema de retardo
de propagação do Ck pois o
último elemento da cadeia deve
esperar até que todos os
anteriores lhe passem o sinal

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Sistemas Digitais I 29
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Circuitos Sequenciais

Sistemas Síncronos

Se o sinal de Ck for ligado a todos os elementos de memória o circuito diz-se Síncrono.

Este circuito tem a vantangem


de que todos os elementos são
sincronizados.
Mas tem a desvantagem de ter
constrangimento de fan-out do
circuito do relógio pois não é
possível obter uma porta capaz
de alimentar um numero
elevado de portas. Por outro
lado é sensível aos
defasamentos no sinal de Ck

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Circuitos Sequenciais

Sistemas Pseudo-Síncronos

É possivel num mesmo sistema misturar circuitos síncronos e assíncronos. Desse modo
obtemos um circuito Pseudo-síncrono

Este circuito tenta fazer o


aproveitamento das vantagens
dos dois anteriores.

Porém há sempre atrasos na


parte assíncrona e limitações de
fan-out na parte síncrona,
embora numa escala reduzida

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Sistemas Digitais I 30

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