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ANÁLISE DE NOVOS

NORMATIVOS
RESOLUÇÃO CNPC N° 50/2022

Dispõe sobre os institutos do benefício proporcional


diferido, da portabilidade, do resgate e do autopatrocínio
em planos de entidades fechadas de previdência
complementar.

Revoga
Resolução CGPC n° 06/2003 e suas alterações

Principais alterações:
Permite a portabilidade entre planos de beneficios de uma mesma
entidade;

Estabelece a possibilidade de que o regulamento preveja a opção de


portabilidade, independentemente do cumprimento de carência ou da
cessação do vínculo empregatício do participante com o empregador, em
relação a recursos portados de outras entidades abertas ou fechadas e
recursos oriundos de contribuições e aportes facultativos;

Estabelece a possibilidade de resgate parcial para planos instituídos por


patrocinador (não obrigatória), cabendo a cada entidade avaliar se vai
adaptar os regulamentos dos planos para que essa opção seja facultada aos
participantes;

Para as opções de resgate parcial, a resolução estabele limite máximo de


20% das contribuições normais vertidas pelo participante e definide
carências para realização dos resgates; e

Estabelece a possibilidade de oferecimento aos participantes de opção por


mais de um instituto, de forma simultânea e combinada.

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RESOLUÇÃO MPS/CGPC Nº 06, DE 30 DE OUTUBRO DE 2003 RESOLUÇÃO CNPC Nº 50, DE 16 DE FEVEREIRO DE 2022 COMENTÁRIOS
Art. 1º Disciplinar os institutos do benefício proporcional diferido, da Art. 1º As entidades fechadas de previdência complementar devem
portabilidade, do resgate e do autopatrocínio em planos de entidades observar o disposto nesta Resolução quanto aos institutos do benefício
fechadas de previdência complementar. proporcional diferido, da portabilidade, do resgate e do autopatrocínio.
Parágrafo único. Os institutos tratados nesta Resolução são acessíveis
somente aos participantes que não estejam em gozo de benefício de
prestação continuada, com exceção do disposto no § 3º do art. 10.
CAPÍTULO I CAPÍTULO I
I DO BENEFÍCIO PROPORCIONAL DIFERIDO DO BENEFÍCIO PROPORCIONAL DIFERIDO
Seção I Seção I
Das Disposições Gerais Das Disposições Gerais
Art. 2º Entende-se por benefício proporcional diferido o instituto que Art. 2º O benefício proporcional diferido é o instituto que faculta ao
faculta ao participante, em razão da cessação do vínculo empregatício com participante, em razão da cessação do vínculo empregatício com o
o patrocinador ou associativo com o instituidor antes da aquisição do patrocinador ou associativo com o instituidor antes da aquisição do direito
direito ao benefício pleno, optar por receber, em tempo futuro, o benefício ao benefício pleno, optar por receber, em tempo futuro, o benefício
decorrente dessa opção. decorrente dessa opção.
Parágrafo único. Para fins do disposto nesta Resolução, entende-se por
Inclusão da definição de "benefício pelo" =
benefício pleno o benefício programado não antecipado, conforme previsto
beneficio programado não antecipado
no regulamento do plano.
Art. 3º A opção do participante pelo benefício proporcional diferido não
Passa-se a considerar também o institudo de
Art. 3º A opção do participante pelo benefício proporcional diferido não impede posterior opção pelos demais institutos, desde que obedecidas as
autopatrocinio e não somente os institutos
impede posterior opção pela portabilidade ou resgate. condições previstas nesta Resolução e no regulamento do plano de
de portabilidade ou resgate
benefícios.
Parágrafo único. No caso de posterior opção pela portabilidade ou resgate, § 1º No caso de posterior opção pela portabilidade ou pelo resgate, os
os recursos financeiros a serem portados ou resgatados serão aqueles recursos financeiros a serem portados ou resgatados são aqueles apurados
apurados na forma e nas condições estabelecidas no plano de benefícios, na forma e nas condições estabelecidas no regulamento do plano de
nos termos dos Capítulos II e III desta Resolução. benefícios.
§ 2º No caso de posterior opção pelo instituto do autopatrocínio, que
somente poderá ocorrer em plano de benefícios estruturado na
modalidade de contribuição definida ou contribuição variável, o Estabelece condições para o caso de opção
regulamento do plano deve, quando aplicável, dispor sobre as condições pelo instituto de autopatrocinio
para a manutenção de eventuais coberturas dos riscos de invalidez e morte
do participante oferecidas durante a fase de diferimento
Inclusão da definiçao de "fase de
§ 3º Para fins do disposto nesta Resolução, a fase de diferimento
diferimento" = fase de acumulação de
corresponde à fase de acumulação de recursos.
recursos
Art. 4º As disposições deste Capítulo aplicam-se a todos os planos de
benefícios, inclusive aos que já contemplam o benefício proporcional
diferido, ainda que sob outra denominação, sendo obrigatória a adaptação
dos seus regulamentos no prazo estabelecido no art. 32 desta Resolução.

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§1º Aos participantes que tiverem optado pelo benefício proporcional
diferido até a data de adaptação do regulamento aos dispositivos desta
Resolução serão aplicadas as disposições regulamentares vigentes à época
da opção.
§ 2º Adaptados os regulamentos dos planos às disposições deste Capítulo,
as novas disposições regulamentares aplicam-se a todos os participantes
que não tiverem optado pelo benefício proporcional diferido, facultando-se
àqueles inscritos antes da adaptação a opção pelas regras anteriores.
Seção II Seção II
Da Opção pelo Benefício Proporcional Diferido e da sua Concessão Da Opção pelo Benefício Proporcional Diferido e da sua Concessão
Art. 5o Ao participante que não tenha preenchido os requisitos de Art. 4º Ao participante que não tenha preenchido os requisitos de
elegibilidade ao benefício pleno é facultada a opção pelo benefício elegibilidade ao benefício pleno é facultada a opção pelo benefício
proporcional diferido na ocorrência simultânea das seguintes situações: proporcional diferido na ocorrência simultânea das seguintes situações:
I - cessação do vínculo empregatício do participante com o patrocinador ou I - cessação do vínculo empregatício do participante com o patrocinador ou
associativo com o instituidor; associativo com o instituidor; e
II - cumprimento da carência de até três anos de vinculação do participante II - cumprimento da carência de até três anos de vinculação do participante
ao plano de benefícios. ao plano de benefícios, na forma do regulamento.
Parágrafo único. A concessão do benefício pleno sob a forma antecipada,
conforme previsto no regulamento do plano, impede a opção pelo
benefício proporcional diferido.
Art. 6º A opção pelo benefício proporcional diferido implicará, a partir da Art. 5º A opção pelo benefício proporcional diferido implica, a partir da
data do requerimento, a cessação das contribuições para o benefício pleno data do requerimento, a cessação das contribuições normais para o
programado, observado o disposto nos parágrafos deste artigo. benefício programado.
§ 1º Em relação ao participante optante pelo benefício proporcional Estabelece que para fins de opção pelo
diferido, o regulamento do plano de benefícios deve dispor sobre o custeio: participante pelo instituto de beneficio
§ 1º O regulamento do plano de benefícios deverá dispor sobre o custeio
I - das despesas administrativas; proporcional diferido, o regulamento do
das despesas administrativas e de eventuais coberturas dos riscos de
II - de déficits ou serviço passado; e plano de beneficios deve dispor também
invalidez e morte do participante, oferecidas durante a fase de diferimento.
III - de eventuais coberturas dos riscos de invalidez e morte do participante sobre o custeio de deficits ou serviços
durante a fase de diferimento, por opção do participante. passados.
§ 2º O participante que optar pelas coberturas referidas no §1º § 2º O participante que optar pelo benefício proporcional diferido deve ser
suportará os respectivos custeios. o responsável pelos custeios referidos no § 1º.
§ 3º O regulamento do plano de benefícios poderá facultar o aporte, com § 3º O regulamento do plano de benefícios pode facultar ao participante
destinação específica, de contribuições do participante que tenha optado que tenha optado pelo benefício proporcional diferido a realização de
pelo benefício proporcional diferido. aportes com destinação específica.
Art. 7º O benefício decorrente da opção pelo instituto do benefício
Art. 6º O benefício decorrente da opção pelo instituto do benefício
proporcional diferido será devido a partir da data em que o participante
proporcional diferido pode ser concedido a partir da data em que o
tornar-se-ia elegível ao benefício pleno, na forma do regulamento, caso
participante tornar-se-ia elegível ao benefício pleno, desde que este o
mantivesse a sua inscrição no plano de benefícios na condição anterior à
requeira.
opção por este instituto.

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Seção III Seção III
Da Apuração do Valor do Benefício Proporcional Diferido Da Apuração do Valor do Benefício Proporcional Diferido

Art. 7º O benefício decorrente da opção pelo benefício proporcional Estabele que o beneficio oriundo da opção
Art. 8º O benefício decorrente da opção pelo benefício proporcional
diferido deve ser: pelo participante pelo instituto de beneficio
diferido será atuarialmente equivalente à totalidade da reserva matemática
I - apurado mediante conversão atuarial, no caso de renda vitalícia; ou proporcional diferido, no caso de renda
do benefício pleno programado na data da opção, observado como mínimo
II - equivalente à totalidade da reserva matemática do benefício pleno na vitalicia, seja apurado mediante conversão
o valor equivalente ao resgate, na forma definida no Capítulo III desta
data da opção, no caso de conversão financeira, observado como mínimo o atuarial, e, no caso de renda financeira,
Resolução.
valor equivalente ao resgate, na forma definida nesta Resolução. conversão financeira.

Parágrafo único. O regulamento e a nota técnica atuarial do plano de


Estabele que no regulamento do plano de
benefícios deverão dispor sobre a data de cálculo e a metodologia de § 1º O regulamento do plano de benefícios deve dispor sobre a forma de
beneficios deve conter a forma de calculo de
apuração e atualização de valores, considerando eventuais insuficiências de cálculo, de pagamento e de atualização do benefício decorrente da opção
pagamento e de atualizaçao do referido
cobertura e eventuais aportes de recursos ocorridos durante o período de pelo benefício proporcional diferido.
beneficio.
diferimento.
§ 2º A nota técnica atuarial do plano de benefícios deve dispor sobre a Estabele que na Nota Tecnica Atuarial do
metodologia de apuração do benefício decorrente da opção pelo benefício plano deve conter a metodologia de
proporcional diferido. apuraçao do referido beneficio.
CAPÍTULO II CAPÍTULO II
II DA PORTABILIDADE DA PORTABILIDADE
Seção I Seção I
Das Disposições Gerais Das Disposições Gerais
Art. 8º A portabilidade é o instituto que faculta ao participante transferir os
Art. 9º Entende-se por portabilidade o instituto que faculta ao participante
recursos financeiros correspondentes ao seu direito acumulado para outro
transferir os recursos financeiros correspondentes ao seu direito
plano de benefícios de caráter previdenciário administrado por entidade
acumulado para outro plano de benefícios de caráter previdenciário
fechada de previdência complementar, entidade aberta de previdência
operado por entidade de previdência complementar ou sociedade
complementar ou sociedade seguradora autorizada a operar o referido
seguradora autorizada a operar o referido plano.
plano.
Passa-se a considerar a permissão de
§ 1º É permitida a portabilidade entre planos de benefícios administrados
portabilidade entre planos de beneficios de
por uma mesma entidade fechada de previdência complementar.
uma mesma entidade
Art. 10. A portabilidade é direito inalienável do participante, vedada sua
cessão sob qualquer forma.
Parágrafo único. O direito à portabilidade será exercido na forma e § 2º O direito à portabilidade será exercido na forma e nas condições
condições estabelecidas pelo regulamento do plano de benefícios, em estabelecidas pelo regulamento do plano de benefícios, em caráter
caráter irrevogável e irretratável irrevogável e irretratável.
Art. 11. Para efeito deste Capítulo, entende-se por: Art. 9º Para efeito desta Resolução, entende-se por:
I – plano de benefícios originário: aquele do qual serão portados os I - plano de benefícios de origem: aquele do qual são portados os recursos
recursos financeiros que representam o direito acumulado; financeiros que representam o direito acumulado; e
II – plano de benefícios receptor: aquele para o qual serão portados os II - plano de benefícios de destino: aquele para o qual são portados os
recursos financeiros que representam o direito acumulado. recursos financeiros que representam o direito acumulado.

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Art. 10. O plano de benefícios de destino deve manter controle em
Art. 12. Para os recursos portados de outro plano de previdência separado, desvinculado do direito acumulado pelo participante no plano de
complementar, o plano de benefícios receptor deverá manter controle em destino, das parcelas correspondentes às contribuições do participante e
separado, desvinculado do direito acumulado pelo participante neste plano do patrocinador oriundas de recursos portados de outro plano de
de benefícios, na forma e condições definidas pelo órgão fiscalizador. previdência complementar, observando a forma e as condições definidas
pela Superintendência Nacional de Previdência Complementar - Previc
§ 1º Sem prejuízo do disposto no caput e observado o disposto no art. 21
§ 1º Sem prejuízo do disposto no caput, os recursos portados de outro
desta Resolução, os recursos portados de outro plano de previdência
plano de previdência complementar podem ser utilizados para pagamento
complementar poderão ser utilizados para pagamento de aporte inicial
de aporte inicial previsto no regulamento e na nota técnica atuarial do
previsto no regulamento e nota técnica atuarial do plano de benefícios
plano de benefícios de destino.
receptor.
§ 2º Os recursos portados não utilizados na forma do parágrafo § 1º deste § 2º Os recursos portados não utilizados na forma do § 1º devem resultar
artigo resultarão em benefício adicional, ou em melhoria de benefício, de em benefício adicional, ou em melhoria de benefício, de acordo com as
acordo com as normas do regulamento, atendidos os mesmos requisitos de normas do regulamento, atendidos os mesmos requisitos de elegibilidade
elegibilidade vigentes para os benefícios do plano receptor. vigentes para os benefícios do plano de destino.

Inclui possibilidade de recebimento de


§ 3º Em plano de benefícios estruturado na modalidade de contribuição
recursos oriundos de portalidade mesmo
definida e contribuição variável poderão ser recepcionados recursos
durante a fase de concessão de benefícios,
oriundos de portabilidade mesmo durante a fase de concessão de
desde que seja em planos de contribuição
benefícios, desde que o participante não esteja recebendo benefício de
definida ou contribuição variável e que o
prestação continuada vitalício.
participante não receba benefício vitalício

Art. 13. A portabilidade do direito acumulado pelo participante no plano de Art. 11. A portabilidade integral do direito acumulado pelo participante no
benefícios originário implica a portabilidade de eventuais recursos portados plano de benefícios de origem implica a portabilidade de eventuais recursos
anteriormente e a cessação dos compromissos deste plano em relação ao portados anteriormente e a cessação dos compromissos deste plano em
participante e seus beneficiários. relação ao participante e a seus beneficiários.
Seção II Seção II
Dos Requisitos para a Opção pela Portabilidade Dos Requisitos para a Opção pela Portabilidade
Art. 14. Ao participante que não tenha preenchido os requisitos de
Art. 12. Ao participante que não esteja em gozo de benefício é facultada a
elegibilidade ao benefício pleno, é facultada a opção pela portabilidade na
opção pela portabilidade na ocorrência simultânea das seguintes situações:
ocorrência simultânea das seguintes situações:
I – cessação do vínculo empregatício do participante com o patrocinador, I - cessação do vínculo empregatício do participante com o patrocinador,
nos planos instituídos por patrocinador; nos planos instituídos por patrocinador; e
II - cumprimento da carência de até três anos de vinculação do participante II - cumprimento da carência de até três anos de vinculação do participante
ao plano de benefícios. ao plano de benefícios, na forma do regulamento.

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Parágrafo único. O regulamento do plano de benefícios pode prever a


§1º O disposto no inciso II deste artigo não se aplica para portabilidade, nos
opção pela portabilidade, independentemente do cumprimento dos
planos instituídos por patrocinador, de recursos portados de outro plano de
requisitos previstos nos incisos I e II do caput, em relação aos seguintes Estabelece a possibilidade de previsão
previdência complementar.
recursos financeiros: regulamentar do exercício da portabilidade
independentemente do cumprimento de
carência ou da cessação do vínculo
I - valores oriundos de portabilidade de recursos que tenham sido empregatício do participante com o
constituídos em entidade fechada de previdência complementar, entidade empregador, especificamente em relação a
aberta de previdência complementar ou sociedade seguradora autorizada a recursos portados de outras entidades
operar plano de benefícios, desde que não tenham sido utilizados na forma abertas ou fechadas e recursos oriundos de
disposta no § 1º do art. 10; e contribuições e aportes facultativos.
II - valores oriundos de contribuições e aportes facultativos, esporádicos ou
eventuais efetuados pelo participante, no caso de plano de benefícios
estruturado na modalidade de contribuição definida ou de contribuição
variável.
§2º A concessão do benefício pleno sob a forma antecipada, conforme
previsto no regulamento do plano, impede a opção pela portabilidade.
Seção III Seção III
Do Direito Acumulado para fins de Portabilidade Do Direito Acumulado para fins de Portabilidade
Art. 15. O direito acumulado pelo participante no plano de benefícios Art. 13. O direito acumulado pelo participante no plano de benefícios de
originário, para fins de portabilidade corresponde: origem, para fins de portabilidade, corresponde:
I - nos planos instituídos até 29 de maio de 2001, ao valor previsto no I - nos planos instituídos até 29 de maio de 2001, ao valor previsto no
regulamento para o caso de desligamento do plano de benefícios, regulamento para o caso de desligamento do plano de benefícios,
conforme nota técnica atuarial, observado como mínimo o valor conforme nota técnica atuarial, observado como mínimo o valor
equivalente ao resgate, na forma definida no Capítulo III desta Resolução; equivalente ao resgate, na forma definida nesta Resolução; e
II - nos planos instituídos a partir de 30 de maio de 2001: II - nos planos instituídos a partir de 30 de maio de 2001:
a) em plano cuja modelagem de acumulação do recurso garantidor do a) quando a modelagem de acumulação do recurso garantidor do benefício
benefício pleno programado seja de benefício definido, às reservas pleno for de benefício definido, às reservas constituídas pelo participante
constituídas pelo participante ou reserva matemática, o que lhe for mais ou à reserva matemática, o que lhe for mais favorável, na forma
favorável, na forma regulamentada e conforme nota técnica atuarial do regulamentada e conforme nota técnica atuarial do plano de benefícios,
plano de benefícios, assegurado no mínimo o valor do resgate nos termos assegurado no mínimo o valor do resgate, na forma definida desta
desta Resolução; Resolução; e
b) em plano cuja modelagem de acumulação do recurso garantidor do
b) quando a modelagem de acumulação do recurso garantidor do benefício
benefício pleno programado seja de contribuição definida, à reserva
pleno for de contribuição definida, à reserva matemática constituída com
matemática constituída com base nas contribuições do participante e do
base nas contribuições do participante e do patrocinador ou empregador.
patrocinador ou empregador.

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§ 1º Em plano que, na fase de acumulação do recurso garantidor do
§ 1º Em plano que, na fase de diferimento, combine alternativamente as
benefício pleno programado,combine alternativamente características das
características dispostas no inciso II do caput, a reserva matemática deve
alíneas “a” e “b” do inciso II deste artigo, a reserva matemática
corresponder ao maior valor que resultar da aplicação das regras nele
corresponderá ao maior valor que resultar da aplicação das regras previstas
previstas.
nas alíneas “a” e“b”.
§ 2º Em plano que, na fase de acumulação do recurso garantidor do
§ 2º Em plano que, na fase de diferimento, combine cumulativamente as
benefício pleno programado, combine cumulativamente características das
características dispostas no inciso II do caput, a reserva matemática deve
alíneas “a” e “b” do inciso II deste artigo, a reserva matemática
corresponder à soma dos valores resultantes da aplicação isolada das
corresponderá à soma dos valores resultantes da aplicação isolada das
regras nele previstas.
regras previstas nas alíneas “a” e “b”.
§ 3º Para fins de aplicação da alínea “a”, do inciso II deste artigo, entende- § 3º Para fins de aplicação da alínea "a" do inciso II do caput, entende-se
se por reserva constituída pelo participante o valor acumulado das por reserva constituída pelo participante o valor acumulado das
contribuições vertidas por ele ao plano, destinadas ao financiamento do contribuições vertidas por ele ao plano, destinadas ao financiamento do
benefício pleno programado, de acordo com o plano de custeio, ajustado benefício pleno, de acordo com o plano de custeio, reajustado conforme o
conforme o regulamento do plano de benefícios. regulamento do plano de benefícios.
§ 4º O regulamento do plano de benefícios poderá prever outros critérios § 4º O regulamento do plano de benefícios pode prever outros critérios
para apuração do direito acumulado pelo participante que resultem em para a apuração do direito acumulado pelo participante, desde que
valor superior ao previsto neste artigo, sempre respeitando as resultem em valor superior ao previsto neste artigo, observadas as
especificidades do plano de benefícios. especificidades do plano de benefícios.

Estabelece que, do direito acumulado do


participante para fins de portabilidade,
§ 5º Os critérios de apuração e a metodologia de cálculo do direito apurado conforme critérios definidos no
§ 5º Os critérios e a metodologia de apuração do direito acumulado pelo
acumulado para fins de portabilidade devem constar do regulamento e da regulamento e metodologia de cálculo
participante, para fins de portabilidade, considerando eventuais
nota técnica atuarial do plano de benefícios, respectivamente, descontadas apresentada em nota técnica atuarial,
insuficiências de cobertura do plano de benefícios, deverão constar do
eventuais contribuições extraordinárias e resultados deficitários não devem ser descontadas: 1) eventuais
regulamento e da nota técnica atuarial do plano de benefícios.
equacionados, cabíveis ao participante. contribuiçoes extraordinárias; e 2) os
resultados deficitários não equacionados do
plano, de responsabilidade dos participantes.

Seção IV Seção IV
Dos Recursos Financeiros Dos Recursos Financeiros
Art. 16. É vedado que os recursos financeiros transitem pelos participantes Art. 14. É vedado que os recursos financeiros transitem pelos participantes
dos planos de benefícios, sob qualquer forma. dos planos de benefícios, sob qualquer forma.
Art. 17. O regulamento do plano de benefícios deverá dispor sobre a data Art. 15. O regulamento do plano de benefícios deve dispor sobre a data Estabelece que os criterios de atualizaçao do
base de apuração e a atualização do valor a ser portado, na forma definida base de apuração e os critérios de atualização do valor a ser portado, na valor a ser portado deve estar descrito no
pelo órgão fiscalizador. forma definida pela Previc. Regulamento do Plano de Beneficios

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Estabelece que na ocasião da apuração do
valor a ser portado pelo participante deve ser
Parágrafo único. A entidade fechada de previdência complementar deve
considerado a situação atualizada do
considerar, por ocasião da apuração do valor a ser portado, a situação do
participante junto ao plano , considerando
participante em relação a eventuais débitos que este detenha junto ao
inclusive valores relacionados a operações
plano de benefícios, inclusive valores ainda não vencidos relativos a
com participante (ex: débitos em aberto ou
operações com o participante
valores a vencer com empréstimos e
financiamentos)
Art. 18. A entidade fechada de previdência complementar, na forma
definida pelo órgão fiscalizador, deverá observar as regras de transferência
dos recursos financeiros, bem como outros procedimentos administrativos
necessários à sua operacionalização.
CAPÍTULO III CAPÍTULO III
III DO RESGATE DO RESGATE
Seção I Seção I
Das Disposições Gerais Das Disposições Gerais
Art. 19. Entende-se por resgate o instituto que faculta ao participante o Art. 16. O resgate é o instituto que faculta ao participante receber, durante
recebimento de valor decorrente do seu desligamento do plano de a fase de diferimento, valor decorrente de recursos vertidos em seu nome
benefícios. ao plano de benefícios.
Possibilidade do resgate parcial, conforme
§ 1º É admitido o resgate parcial ou integral de recursos, nas condições estabelecido pela entidade no regulamento
previstas nesta Resolução. do plano, tendo em vista a referida
Resolução.
§ 2º O direito ao resgate será exercido na forma e nas condições
estabelecidas pelo regulamento do plano de benefícios, em caráter
irrevogável e irretratável.
Art. 20. O exercício do resgate implica a cessação dos compromissos do
plano administrado pela entidade fechada de previdência complementar
em relação ao participante e seus beneficiários.
Art. 21. É vedado o resgate de valores portados.
Seção II Seção II
Da Opção e Pagamento do Resgate Do Resgate Integral
Art. 17. O resgate integral implica o desligamento do participante do plano
de benefícios, com cessação dos compromissos do plano administrado pela
entidade em relação ao participante e aos seus beneficiários.
§ 1º O resgate integral, em plano instituído por patrocinador, somente No caso de plano de beneficio instituído por
Art. 22. No caso de plano de benefícios instituído por patrocinador, o
pode ocorrer por ocasião da perda do vínculo empregatício do participante patrocinador é vedado ao regulamento do
regulamento deverá condicionar o pagamento do resgate à cessação do
com o seu patrocinador, sendo vedado que o regulamento do plano de plano estabelecer prazo de carência para o
vínculo empregatício.
benefícios estabeleça prazo de carência para o seu exercício. resgate integral.

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No caso de plano de beneficio instituído por


Art. 23. No caso de plano de benefícios instituído por instituidor, o § 2º O regulamento de plano de benefícios instituído por instituidor deve
instituidor, altera o prazo de carência para o
regulamento deverá prever prazo de carência para o pagamento do prever carência mínima de trinta e seis meses para o pagamento do resgate
pagamento do resgate integral para o mínimo
resgate, de seis meses a dois anos, contado a partir da data de inscrição no integral, contados a partir da data de inscrição do participante no plano de
de 3 anos, ficando a critério da entidade a
plano de benefícios. benefícios.
definição do prazo após esse limite.

Parágrafo único. Em relação às contribuições efetuadas pelo empregador,


sem prejuízo do disposto no caput, poderão ser estabelecidas condições § 3º Em relação a cada uma das contribuições efetuadas por pessoas
adicionais no instrumento contratual de que trata a Resolução MPS/CGPC jurídicas ao plano de benefícios de que trata o § 2º, somente é admitido o
nº 12, de 17 de setembro de 2002, com a redação dada pela Resolução resgate após o cumprimento de prazo de carência de trinta e seis meses
MPS/CGPC nº 03, de 22 de maio de 2003, observadas as condições em relação à data do respectivo aporte.
previstas no regulamento do plano de benefícios.
§ 4º Instrumento contratual específico pode estabelecer condições
adicionais em relação às contribuições efetuadas por pessoas jurídicas em
plano de benefícios instituído por instituidor, observadas as demais
condições previstas no regulamento do plano de benefícios.
§ 5º A suspensão do contrato de trabalho decorrente de invalidez de
participante é equiparada à perda de vínculo de empregatício a que se
refere o § 1º, sendo assegurado ao participante a opção pelo pagamento
do resgate integral independentemente do cumprimento de carência,
observadas as demais condições previstas nesta Resolução e no
regulamento do plano de benefícios.
Art. 24. O resgate não será permitido caso o participante já tenha
preenchido os requisitos de elegibilidade ao benefício pleno, inclusive sob a
forma antecipada, de acordo com o regulamento do plano de benefícios.
Art. 25. O regulamento do plano de benefícios deverá prever o pagamento
do resgate em quota única ou, por opção única e exclusiva do participante,
o pagamento em até doze parcelas mensais e consecutivas.
§1º Quando do pagamento parcelado do resgate, o regulamento do plano
de benefícios deverá estabelecer o critério de ajuste das parcelas vincendas.
§2º Ao resgate parcelado, aplica-se o disposto no art. 20 desta Resolução,
à exceção do compromisso da entidade fechada de previdência
complementar de pagar as parcelas vincendas do resgate.
Art. 18. Em relação aos recursos oriundos de portabilidade, o regulamento
do plano de benefícios:

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I - deve facultar o resgate integral de recursos constituídos em plano
administrado por entidade aberta de previdência complementar ou
sociedade seguradora autorizada a operar o referido plano; e
II - pode facultar o resgate integral de recursos constituídos em plano de
benefícios administrado por entidade fechada de previdência
complementar, desde que cumprido o prazo de carência de trinta e seis
meses, contados da data da portabilidade, sendo vedado o resgate das
parcelas correspondentes às contribuições de patrocinador.
Seção III
Estabelece a possibilidade do resgate parcial
(não é obrigatório), cabendo a cada entidade
Do Resgate Parcial avaliar se vai adaptar os regulamentos dos
planos para que essa opção seja facultada
aos participantes.
Subseção I
Dos Planos Instituídos por Patrocinador
Art. 19. Em relação aos planos de benefícios instituídos por patrocinador,
estruturados na modalidade de contribuição definida ou de contribuição
variável, o regulamento pode facultar ao participante o resgate parcial de
recursos.
§ 1º No caso de resgate parcial, o regulamento do plano:
I - deve facultar o resgate de valores oriundos de portabilidade de recursos
Nesse caso, estabelece que o resgate parcial
que tenham sido constituídos em entidade aberta de previdência
pode ocorrer independente do cumprimento
complementar ou sociedade seguradora autorizada a operar plano de
de carência, conforme § 5º , art.19
benefícios;
II - pode facultar o resgate de valores oriundos portabilidade de recursos
que tenham sido constituídos em entidade fechada de previdência
complementar, desde que cumprido o prazo de carência de trinta e seis
meses da data da portabilidade, sendo vedado o resgate das parcelas
correspondentes às contribuições de patrocinador;
Nesse caso, estabelece que o resgate parcial
III - deve facultar o resgate de valores oriundos de contribuições e aportes
pode ocorrer independente do cumprimento
facultativos, esporádicos ou eventuais vertidos ao plano pelo participante; e
de carência, conforme § 5º , art.19
IV - pode facultar o resgate de valores oriundos de contribuições normais Para as opções de resgate a resolução
vertidas ao plano pelo participante, com limite de até vinte por cento estabele que tenham limite máximo de 20%
dessas contribuições. da reserva do participante
§ 2º A carência referida no inciso II do § 1º poderá ser dispensada no caso
de valores oriundos de portabilidade de recursos que tenham sido
constituídos em planos instituídos por instituidor.

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§ 3º O exercício do resgate parcial previsto no inciso IV do § 1º está sujeito
às seguintes condições:
Dos Planos Instituídos por Patrocinador o
I - a carência para o primeiro resgate parcial deve ser de, no mínimo,
primeiro resgate parcial poderá ser exercido
sessenta meses, a contar da data de inscrição do participante no plano de
após um período de carência de no mínimo
benefícios, conforme estabelecido no regulamento; e
cinco anos de permanência no plano
Dos Planos Instituídos por Patrocinador
Após o primeiro resgate parcial o
II - a carência para cada resgate parcial posterior deve ser de, no mínimo, participante poderá realizar novos aportes
trinta e seis meses, a contar da data do último resgate parcial efetuado. após um período de carência de no mínimo
3 anos a contar da data do ultimo resgate
supracitado
§ 4º O primeiro resgate parcial pode ser efetuado sobre o valor do saldo da
conta individual correspondente à totalidade das contribuições normais
vertidas ao plano pelo participante e, para os resgates parciais posteriores, Estabelece a base de cálculo para o
sobre o valor do saldo da conta individual correspondente ao somatório pagamento dos resgates parciais
das contribuições normais vertidas ao plano pelo participante desde a data
do último resgate parcial efetuado.
§ 5º Os resgates parciais a que se referem os incisos I e III do § 1º podem
ocorrer independentemente de cumprimento de carência.
§ 6º No caso dos resgates parciais referidos no inciso IV do § 1º, o
regulamento do plano de benefícios instituído por patrocinador pode
estabelecer limite financeiro para o pagamento do valor a ser resgatado a
cada período pelo participante.
Estabelece que na ocasião do valor a ser pago
ao participante em decorrencia do resgate
§ 7º A entidade fechada de previdência complementar deve considerar, por
parcial deve ser considerado a situaçãoo
ocasião do pagamento do resgate parcial previsto neste artigo, a situação
atualizada do participante junto ao plano,
do participante em relação a eventuais débitos que este detenha junto ao
considerando inclusive valores relacionados a
plano de benefícios, inclusive valores ainda não vencidos relativos a
operações com participante (ex: débitos em
operações com o participante.
aberto ou valores a vencer com empréstimos
e financiamentos e etc)
Subseção II
Dos planos instituídos por instituidor
Art. 20. No caso de plano de benefícios instituído por instituidor, o
regulamento deve facultar ao participante o resgate parcial de valores
oriundos de:
I - portabilidade de recursos que tenham sido constituídos em entidade Nesse caso, o resgate parcial pode ocorrer
aberta de previdência complementar ou sociedade seguradora autorizada a independente do cumprimento de carência,
operar plano de benefícios; conforme § 3º , art.20

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Nesse caso, a carência será dispensada no
II - portabilidade de recursos que tenham sido constituídos em entidade
caso de valores oriundos de portabilidade de
fechada de previdência complementar, desde que cumprido o prazo de
recursos que tenham sido constituídos em
carência de trinta e seis meses, sendo vedado o resgate das parcelas
planos instituídos por instituidor, conforme §
correspondentes às contribuições de patrocinador;
1º, Inciso IV art 20
Nesse caso, o resgate parcial pode ocorrer
III - contribuições e aportes facultativos, esporádicos ou eventuais; e independentemente do cumprimento de
carencia, conforme § 3º , art.20
Para as opções de resgate parcial, a
IV - contribuições normais vertidas ao plano pelo participante, com limite
resolução estabele o limite máximo de 20%
de até vinte por cento do saldo da conta individual correspondente a essas
das contribuições normais vertidas pelo
contribuições.
participante
§ 1º A carência referida no inciso II do caput será dispensada no caso de
valores oriundos de portabilidade de recursos que tenham sido constituídos
em planos instituídos por instituidor.
§ 2º O exercício do resgate parcial previsto no inciso IV do caput está
sujeito às seguintes condições:
Dos planos instituídos por instituidor - o
I - a carência para o primeiro resgate parcial deve ser de, no mínimo, trinta
primeiro resgate parcial poderá ser exercido
e seis meses, a contar da data de inscrição do participante no plano de
após um período de carência de no mínimo 3
benefícios;
anos de permanência no plano.

Dos Planos Instituídos por instituidor - Após


o primeiro resgate parcial o participante
II - a carência para cada resgate parcial posterior deve ser de, no mínimo,
poderá realizar novos aportes após um
vinte e quatro meses, a contar da data do último resgate parcial efetuado.
período de carência de no mínimo 2 anos a
contar da data do último resgate supracitado.
§ 3º Os resgates dos valores a que se referem os Incisos I e III do caput
podem ocorrer independentemente de cumprimento de carência.
Seção IV
Da Opção e Pagamento do Resgate
Art. 21. O regulamento do plano de benefícios deve prever o pagamento do
resgate integral ou parcial, por opção do participante, em:
Possibilidade do pagamento do resgate com
opção de quota única em até 90 dias ou de
I - quota única, com possibilidade de diferimento em até noventa dias; ou
pagamento em até 12 parcelas mensais
consecutivas
II - até doze parcelas mensais e consecutivas, por opção do participante.

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Parágrafo único. O regulamento do plano de benefícios deve dispor sobre o
critério de reajuste das parcelas vincendas, no caso de pagamento
parcelado ou diferido do resgate.
Seção III Seção V
Do Valor do Resgate Do Valor do Resgate Integral
Art. 26. O valor do resgate corresponde, no mínimo, à totalidade das Art. 22. O valor do resgate integral corresponde, no mínimo, à totalidade
contribuições vertidas ao plano de benefícios pelo participante, das contribuições vertidas ao plano de benefícios pelo participante,
descontadas as parcelas do custeio administrativo que, na forma do descontadas as parcelas do custeio administrativo que, na forma do
regulamento e do plano de custeio, sejam de sua responsabilidade. regulamento e do plano de custeio, sejam de sua responsabilidade.
§ 1º Do valor previsto no caput, poderá ser deduzida
a parcela destinada à cobertura dos benefícios de risco que, na forma do
§ 1º Do valor previsto no caput poderão ainda ser deduzidos:
regulamento e do plano de custeio, seja de responsabilidade do
participante.
I - a parcela destinada à cobertura dos benefícios de risco que, na forma do
regulamento e do plano de custeio, seja de responsabilidade do
participante;
Estabelece que na ocasião do valor a ser pago
ao participante em decorrência do resgate
integral deve ser considerado a situaçao
II - os valores referentes a eventuais débitos do participante junto ao plano
atualizada do participante junto ao plano,
de benefícios, inclusive valores ainda não vencidos relativos a operações
considerando inclusive valores relacionados a
com o participante; e
operaçoes com participante (ex: débitos em
aberto ou valores a vencer com emprestimos
e financiamentos)
III - as parcelas anteriormente resgatadas pelo participante, na forma dos Deve-se deduzir os valores de resgates
arts. 19 ou 20. parciais já realizados
§ 2º O regulamento do plano de benefícios deverá prever forma de § 2º O regulamento do plano de benefícios deve prever forma de
atualização das contribuições referidas no caput. atualização das contribuições referidas no caput.
§ 3º No caso de plano de benefícios estruturado na modalidade de
contribuição definida ou de contribuição variável, a atualização das
contribuições referida no § 2º deve corresponder à variação das quotas de
patrimônio observada no período entre a realização da contribuição e a
apuração do valor do resgate.
CAPÍTULO IV CAPÍTULO IV
IV DO AUTOPATROCÍNIO DO AUTOPATROCÍNIO
Seção I Seção I
Das Disposições Gerais Das Disposições Gerais

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Art. 27. Entende-se por autopatrocínio a faculdade de o participante Art. 23. O autopatrocínio é instituto que faculta ao participante a
manter o valor de sua contribuição e a do patrocinador, no caso de perda manutenção do valor de sua contribuição e a do patrocinador, no caso de
parcial ou total da remuneração recebida, para assegurar a percepção dos perda parcial ou total da remuneração recebida, para assegurar a
benefícios nos níveis correspondentes àquela remuneração ou em outros percepção dos benefícios nos níveis correspondentes àquela remuneração
definidos em normas regulamentares. ou em outros definidos em normas regulamentares.
Estabele que para os Planos CD e CV fica a
§ 1º Nos planos de benefícios estruturados na modalidade de contribuição
critério da entidade facultar ao participante a
definida oucontribuição variável, o regulamento pode facultar ao
alteração do nível de suas contribuições nos
participante a alteração do nível de suas contribuições, nos limites nele
limites estabelecidos no regulamento do
estabelecidos.
plano.
Parágrafo único. A cessação do vínculo empregatício com o patrocinador
§ 2º A cessação do vínculo empregatício com o patrocinador deve ser
deverá ser entendida como uma das formas de perda total da remuneração
entendida como uma das formas de perda total da remuneração recebida.
recebida.
Seção II Seção II
Da Opção ao Autopatrocínio Da Opção ao Autopatrocínio
Art. 28. O regulamento do plano de benefícios deverá prever prazo para Art. 24. O regulamento do plano de benefícios deve prever prazo para
opção pelo autopatrocínio. opção pelo autopatrocínio.
Art. 29. A opção do participante pelo autopatrocínio não impede posterior Art. 25. A opção do participante pelo autopatrocínio não impede posterior
opção pelo benefício proporcional diferido, portabilidade ou resgate, nos opção pelo benefício proporcional diferido, pela portabilidade ou pelo
termos desta Resolução. resgate, na forma definida nesta Resolução.
Art. 30. Observada a modalidade do plano de benefícios, as contribuições Art. 26. As contribuições do participante que optar pelo autopatrocínio não
do participante que optar pelo autopatrocínio não poderão ser distintas podem ser distintas daquelas previstas no plano de custeio, devendo ser
daquelas previstas no plano de custeio, mediante a utilização de critérios estabelecidas mediante a utilização de critérios uniformes e não
uniformes e não discriminatórios. discriminatórios, ressalvado o disposto no § 1º do art. 23
Parágrafo único. As contribuições vertidas ao plano de benefícios, em Parágrafo único. As contribuições vertidas ao plano de benefícios, em
decorrência do autopatrocínio, serão entendidas, em qualquer situação, decorrência da opção pelo autopatrocínio, são entendidas, em qualquer
como contribuições do participante. situação, como contribuições do participante.
CAPÍTULO V CAPÍTULO V
DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIAS
Art. 27. A faculdade prevista no inciso II do § 1º do art. 19 e a vedação
prevista no inciso II do art. 20 somente se aplicam para os recursos
portados que tiverem sido recepcionados pela entidade fechada de
previdência complementar após o início de vigência desta Resolução.
Art. 31. O participante, que tenha optado até a data da publicação desta
Resolução pelo autopatrocínio, uma vez comprovada a cessação do vínculo
empregatício com o patrocinador, poderá suspender as contribuições ao
plano de benefícios até que lhe seja permitida, na forma do regulamento
do plano, manifestar sua opção pelo benefício proporcional diferido,
portabilidade ou resgate, tendo por base a data da suspensão, nos termos
desta Resolução.

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Art. 32. Os regulamentos e notas técnicas atuariais de planos de benefícios
deverão ser adaptados ao disposto na Lei Complementar nº 109, de 29 de
maio de 2001 e nesta Resolução nos seguintes prazos (o texto deste artigo
está alterado de acordo com retificação publicada no DOU de 04/11/2003,
seção 1, página 42):
I – até 29 de fevereiro de 2004 para planos cuja modelagem de acumulação
do recurso garantidor do benefício pleno programado seja de contribuição
definida, em relação às entidades fechadas de previdência complementar
não regidas pela Lei Complementar nº 108, de 29 de maio de 2001;
II - até 30 de abril de 2004 para os demais planos
CAPÍTULO VI CAPÍTULO VI
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
Art. 33. O participante que tenha cessado seu vínculo empregatício com o
patrocinador ou associativo com o instituidor antes de ter preenchido os Art. 28. O participante que tenha cessado seu vínculo empregatício com o
requisitos de elegibilidade ao benefício pleno, inclusive na forma patrocinador ou associativo com o instituidor, não tenha requerido
antecipada, e que não tenha optado por nenhum dos institutos previstos nenhum benefício e não tenha optado por nenhum dos institutos previstos
nesta Resolução, nos respectivos prazos estabelecidos no regulamento do nesta Resolução nos prazos estabelecidos no regulamento do plano de
plano de benefícios, terá presumida a sua opção pelo benefício benefícios deve ter presumida a sua opção pelo benefício proporcional
proporcional diferido, atendidas as demais condições previstas nesta diferido, atendidas as demais condições previstas nesta Resolução
Resolução e no regulamento do plano de benefícios.
Parágrafo único. Na situação prevista no caput, o regulamento do plano
pode presumir a opção pelo resgate nos casos em que o participante não
tenha atendido às condições requeridas para o exercício do benefício
proporcional diferido.
Art. 29. É facultado ao regulamento do plano de benefícios prever a
Estabele a possibilidade de oferecimento aos
possibilidade de opção, pelo participante, por mais de um instituto, de
participantes a opção por mais de um
forma simultânea e combinada, desde que compatíveis, observadas as
instituto, de forma simultânea e combinada
demais disposições previstas nesta Resolução.
Art. 30. A transferência de empregados, participantes de plano de
benefícios, de seu empregador, patrocinador de plano de benefícios, para
outra empresa do mesmo grupo econômico que não seja patrocinador
daquele plano, é equiparada à cessação de vínculo empregatício, sendo
assegurado aos participantes transferidos a opção pelos institutos previstos
nesta Resolução.
Parágrafo único. A opção prevista no caput poderá ser feita
independentemente de carência, obedecidas as demais disposições
previstas no regulamento do plano e nesta Resolução.
Art. 34. O órgão fiscalizador fica autorizado a adotar medidas em casos
Art. 31. Fica a Previc autorizada a editar instruções complementares
excepcionais e editar instruções complementares necessárias à execução
necessárias à execução do disposto nesta Resolução.
do disposto nesta Resolução.

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Art. 35. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação
Art. 32. Ficam revogadas:
I - a Resolução CGPC nº 06, de 30 de outubro de 2003;
Art. 36. Revogam-se as Resoluções MPS/CGPC nº 09, de 27 de junho de
II - a Resolução CGPC nº 12, de 27 de maio de 2004; Revoga-se a Resoluçao CGPC nº 06 e suas
2002, e nº 13, de 02 de outubro
III - a Resolução CGPC nº 19, de 25 de setembro de 2006; e alterações
de 2002.
IV - a Resolução CNPC nº 23, de 25 de novembro de 2015.

Art. 33. Esta Resolução entra em vigor em 1º de janeiro de 2023. Vigência a partir de 01/01/2023

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