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I) REPETITIVOS:
A) TEMA 1069 (2023)
Questão submetida a julgamento
Definição da obrigatoriedade de custeio pelo plano
de saúde de cirurgias plásticas em paciente pós-
cirurgia bariátrica.
Teses Firmadas:
(i) É de cobertura obrigatória pelos planos de saúde
a cirurgia plástica de caráter reparador ou funcional
indicada pelo médico assistente, em paciente pós-
cirurgia bariátrica, visto ser parte decorrente do
tratamento da obesidade mórbida.
(ii) Havendo dúvidas justificadas e razoáveis quanto
ao caráter eminentemente estético da cirurgia
plástica indicada ao paciente póscirurgia bariátrica, a
operadora de plano de saúde pode se utilizar do
procedimento da junta médica, formada para dirimir
a divergência técnicoassistencial, desde que arque
com os honorários dos respectivos profissionais e
sem prejuízo do exercício do direito de ação pelo
beneficiário, em caso de parecer desfavorável à
indicação clínica do médico assistente, ao qual não
se vincula o julgador.
Teses Firmadas:
(i) na modalidade de contrato de seguro de vida
coletivo, cabe exclusivamente ao estipulante,
mandatário legal e único sujeito que tem vínculo
anterior com os membros do grupo segurável
(estipulação própria), a obrigação de prestar
informações prévias aos potenciais segurados acerca
das condições contratuais quando da formalização
da adesão, incluídas as cláusulas limitativas e
restritivas de direito previstas na apólice mestre, e
(ii) não se incluem, no âmbito da matéria afetada, as
causas originadas de estipulação imprópria e de
falsos estipulantes, visto que as apólices coletivas
nessas figuras devem ser consideradas apólices
individuais, no que tange ao relacionamento dos
segurados com a sociedade seguradora.
Teses Firmadas:
(a) Aplicabilidade das teses firmadas no Tema
952/STJ aos planos coletivos, ressalvando-se, quanto
às entidades de autogestão, a inaplicabilidade do
CDC;
(b) A melhor interpretação do enunciado normativo
do art. 3°, II, da Resolução n. 63/2003, da ANS, é
aquela que observa o sentido matemático da
expressão 'variação acumulada', referente ao
aumento real de preço verificado em cada intervalo,
devendo-se aplicar, para sua apuração, a respectiva
fórmula matemática, estando incorreta a simples
soma aritmética de percentuais de reajuste ou o
cálculo de média dos percentuais aplicados em todas
as faixas etárias.
F) TEMA 1068 (2021)
Questão submetida a julgamento
Definir a legalidade da cláusula que prevê a
cobertura adicional de invalidez funcional
permanente total por doença (IFPD) em contrato
de seguro de vida em grupo, condicionando o
pagamento da indenização securitária à perda da
existência independente do segurado.
Tese Firmada
Não é ilegal ou abusiva a cláusula que prevê a
cobertura adicional de invalidez funcional
permanente total por doença (IFPD) em contrato de
seguro de vida em grupo, condicionando o
pagamento da indenização securitária à perda da
existência independente do segurado, comprovada
por declaração médica.
G) TEMA 1078 (2021)
Questão submetida a julgamento
Definir se o atraso na baixa de gravame de alienação
fiduciária no registro de veículo automotor por parte
de instituição financeira configura dano moralin re
ipsa.
Tese Firmada
O atraso, por parte de instituição financeira, na baixa
de gravame de alienação fiduciária no registro de
veículo não caracteriza, por si só, dano moral in re
ipsa.
H) TEMA 1061 (2021)
Questão submetida a julgamento
Se nas hipóteses em que o consumidor/autor
impugnar a autenticidade da assinatura constante do
contrato juntado ao processo, cabe à instituição
financeira/ré o ônus de provar essa autenticidade
(CPC, art. 429, II), por intermédio de perícia
grafotécnica ou mediante os meios de prova legais ou
moralmente legítimos (CPC, art. 369).
Tese Firmada
Na hipótese em que o consumidor/autor impugnar a
autenticidade da assinatura constante em contrato
bancário juntado ao processo pela instituição
financeira, caberá a esta o ônus de provar a
autenticidade (CPC, arts. 6º, 369 e 429, II).
I) TEMA 1032 (2020)
Questão submetida a julgamento
Definição da tese alusiva à legalidade ou abusividade
de cláusula contratual de plano de saúde que
estabelece o pagamento parcial pelo contratante, a
título de coparticipação, na hipótese de internação
hospitalar superior a 30 dias decorrente de
transtornos psiquiátricos.
Tese Firmada
Nos contratos de plano de saúde não é abusiva a
cláusula de coparticipação expressamente ajustada e
informada ao consumidor, à razão máxima de 50%
(cinquenta por cento) do valor das despesas, nos
casos de internação superior a 30 (trinta) dias por
ano, decorrente de transtornos psiquiátricos,
preservada a manutenção do equilíbrio financeiro.
J) TEMA 990 (2018)
Questão submetida a julgamento
Definir se as operadoras de plano de saúde estão
obrigadas ou não a fornecer medicamento importado,
não registrado na ANVISA.
Tese Firmada
As operadoras de plano de saúde não estão
obrigadas a fornecer medicamento não registrado
pela ANVISA.
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E em vários outros - todos com o mesmo argumento: "embora se trate de fármaco importado ainda
não registrado pela ANVISA, teve a sua importação autorizada pela referida Agência Nacional"
5. Segundo o entendimento consolidado pela 2ª Seção no
julgamento do REsp 1.712.163/SP e do REsp 1.726.563/SP,
sob a sistemática dos recursos repetitivos, "as operadoras
de plano de saúde não estão obrigadas a fornecer
medicamento não registrado pela ANVISA" (Tema 990 -
julgado em 01/09/2020, DJe de 09/09/2020).
6. A autorização da ANVISA para a importação do
medicamento para uso próprio, sob prescrição médica, é
medida que, embora não substitua o devido registro,
evidencia a segurança sanitária do fármaco, porquanto
pressupõe a análise da Agência Reguladora quanto à sua
segurança e eficácia, além de excluir a tipicidade das
condutas previstas no art. 10, IV, da Lei 6.437/77, bem como
nos arts. 12 c/c 66 da Lei 6.360/76.
7. Necessária a realização da distinção (distinguishing) entre
o entendimento firmado no precedente vinculante e a
hipótese concreta dos autos, na qual o medicamento
(PURODIOL 200mg/ml) prescrito à beneficiária do plano de
saúde, embora se trate de fármaco importado ainda não
registrado pela ANVISA, teve a sua importação autorizada
pela referida Agência Nacional, sendo, pois, de cobertura
obrigatória pela operadora de plano de saúde.
8. A orientação adotada pela jurisprudência desta Corte é a
de ser possível, em determinadas situações fáticas, afastar a
presunção de dano moral na hipótese em que a recusa de
cobertura pelo plano de saúde decorrer de dúvida razoável
na interpretação do contrato, por não configurar conduta
ilícita capaz de ensejar o dever de compensação.
9. Hipótese em que a atuação da operadora esta revestida
de aparente legalidade, a afastar a ocorrência do ato ilícito
caracterizador do dano moral.