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Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica

TEMA 18 - MATERIAIS E EQUIPAMENTOS

DOC. TÉCNICO : ABRADEE-18.35 – ESPECIFICAÇÃO DE ACESSÓRIOS PARA


REDE COMPACTA DE 13,8 kV E 34,5 Kv

Data: 10.01.2000

ÍNDICE

RESUMO
01 - OBJETIVO 03
02 - NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES 03
03- DEFINIÇÕES 03
04- CONDIÇÕES GERAIS 05
05- CONDIÇÕES ESPECÍFICAS 06
06- INSPEÇÃO 06
07- ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO 12
08- ANEXOS 12

PARTICIPANTES : Olympio Passos da Motta Neto - Coordenador (CERJ), Renato A. O. Bernis


(CEMIG), Antônio Fernando Guedes de Brito Costa (COELBA), José Ricardo M. R. Paranhos (COPEL),
Antonio Claudinei Simões (CPFL), Carlos Eduardo de Mello Malheiros (LIGHT), Carlos Alberto Andrade
Cavalcante (Bandeirante), Paulo César Brito Guimarães (CELESC), Clarice Itokazu (ELEKTRO).

Empresa Relatora: CPFL, BANDEIRANTE

SECRETARIA EXECUTIVA:
Rua da Assembléia nº10/Sala 3201
Rio de Janeiro - RJ - CEP 20011-901
E-mail abradee@abradee.org.br
Documento Técnico ABRADEE-01.01 2 de 28

RESUMO

A Especificação ABRADEE-18.35 define os requisitos mínimos exigíveis para a


fabricação e fornecimento de acessórios, utilizados na rede de distribuição aérea primária
compacta com cabo coberto em espaçador, nas tensões de 13,8 kV e 34,5 kV.

Em nosso país, por se tratar de uma tecnologia recente para esta modalidade de rede de
distribuição, esta especificação leva em consideração as experiências de concessionárias
internacionais, fabricantes e normas nacionais e internacionais, além de pesquisas em
laboratório.

Esta Especificação foi elaborada partindo-se da necessidade de adequação à nossa


realidade, fundamentada nos resultados obtidos ao longo dos três últimos anos nos diversos
projetos pilotos executados pelas concessionárias brasileiras em parceria com vários
fornecedores, paralelamente às pesquisas desenvolvidas e em andamento no país.

Palavras-Chave: Materiais, especificação, acessórios.


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1. OBJETIVO

Esta Especificação define os requisitos mínimos exigíveis para a qualificação e aceitação


dos acessórios utilizados em rede de distribuição aérea primária compacta com cabo
coberto em espaçador, nas tensões de 13,8 kV e 34,5 kV.

2. NORMAS E/OU DOCUMENTOS COMPLEMENTARES

Na aplicação desta Especificação pode ser necessário consultar os seguintes documentos:

NBR-5118 - Fios de alumínio nus, de seção circular para fios elétricos


NBR-5426 - Planos de amostragem e procedimentos na inspeção por atributos –
Procedimento.
NBR-5427 - Guia de utilização da Norma NBR 5426 - Planos de amostragem e
procedimento na inspeção por atributos – Procedimento.
NBR-6238 - Fios e cabos elétricos – envelhecimento térmico acelerado.
NBR-6241 - Tração à ruptura em materiais isolantes e coberturas protetoras extrudadas
para fios e cabos elétricos.
NBR-6936 - Técnicas de ensaios elétricos de alta tensão.
NBR-7040 - Fios e cabos elétricos. Absorção de água.
NBR-7291 - Fios e cabos elétrico – Ensaio de resistência à fissuração.
NBR-8158 - Ferragens eletrotécnicas para redes aéreas urbanas e rurais de distribuição
de energia elétrica
NBR-9512 - Fios e cabos elétricos – Intemperismo artificial sob condensação de água,
temperatura e radiação ultravioleta-B proveniente de lâmpadas
fluorescentes.
NBR-10296 - Material isolante elétrico – Avaliação de sua resistência ao trilhamento
elétrico e erosão sob severas condições ambientais.
ASTM-G-26 - Recommended practice for operanting light exposure apparatus (xenon-arc
type) with and without water for exposure of non-metallic materials
ASTM-150 - AC loss characteristics and dielectric constant (permittivity) of solid
electrical insulanting materials, test for, 35, 38, 39, 40.
ASTM-D-257 - Test method for dc – resistance ou conductance of insulating materials.

3. DEFINIÇÕES

Os termos técnicos utilizados nesta especificação estão definidos de 3.1 a 3.10.

3.1. Alça Pré-Formada para Cabo Coberto

Acessório metálico utilizado para ancoragem do cabo coberto em fim de linha, derivações
e ângulos.
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3.2. Braço Antibalanço

Acessório de material polimérico cuja função é a redução da vibração mecânica das redes
compactas.

3.3. Cobertura de Emenda para Cabo Coberto

Acessório de material polimérico utilizado sobre as emendas para a reconstituição das


características do cabo coberto.

3.4. Protetor de Estribo e Grampo de Linha Viva

Acessório de material polimérico apropriado para a proteção dos componentes energizados


na derivação através do estribo e conector derivação de linha viva (grampo de linha viva),
podendo ser instalado e retirado através de vara de manobra.

3.5. Protetor de Conector

Acessório de material polimérico para proteção da conexão de derivação.

3.6. Anel de Amarração para Isolador Tipo Pino

Acessório de material polimérico utilizado para a fixação do condutor fase no isolador tipo
pino.

3.7. Fio de Amarração para Isolador Tipo Pino

Acessório utilizado para fixação do condutor fase no isolador tipo pino.

3.8. Grampo de Ancoragem para Cabo Coberto

Acessório utilizado para a ancoragem do cabo coberto em fim de linha, derivação e


ângulos.

3.9. Protetor de Bucha

Acessório de material polimérico utilizado para proteção das partes energizadas de buchas
de equipamentos.

3.10. Protetor de Pára-Raios

Acessório de material polimérico utilizado para proteção das partes energizadas de pára-
raios.
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4. CONDIÇÕES GERAIS

4.1.- Identificação

Os acessórios devem ser identificados de modo legível e indelével, no mínimo com:

a) nome ou marca do fabricante;


b) mês e ano de fabricação;
c) tensão máxima de operação, quando aplicável;
d) identificação do cabo aplicável (quando for o caso).

4.2. Acondicionamento

Os acessórios devem ser acondicionados:

a) de modo adequado ao meio de transporte e ao manuseio;


b) obedecidos os limites de massa ou dimensões fixados pelo comprador;
c) em caixas de papelão marcadas com:

- nome ou marca do fabricante;


- identificação completa do conteúdo (tipo, quantidade);
- massa (bruta ou líquida) e dimensões do volume;
- dados do comprador (nome, endereço, etc.);
- número da ordem de compra e da nota fiscal;

d) de modo que os volumes fiquem apoiados em barrotes de madeira, a fim de evitar o


contato direto com o solo, devendo para isso utilizar paletes.

NOTAS:
1 - Para os materiais constituídos por conjuntos (kits), os mesmos devem ser embalados
individualmente e então acondicionados como acima.
2 - Caso necessário, devem constar das embalagens às instruções para a aplicação do
material.

4.3. Acabamento

Os acessórios devem ter superfícies lisas e uniformes, não devendo apresentar rebarbas,
bolhas, asperezas, fissuras ou inclusões.

4.4. Condições de Utilização

Os materiais serão utilizados em locais com as seguintes características:

a) temperatura ambiente variando desde –5 °C a 45 °C;


b) altitude variando de 0 a 1000 m;
c) elevado nível de insolação;
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d) contatos intermitentes com árvores e outros objetos;


e) contato permanente com condutores operando até 90 °C.

5. CONDIÇÕES ESPECÍFICAS

5.1. Material e Dimensões

Os materiais e dimensões dos acessórios estão indicados nas respectivas figuras constantes
do anexo B. Os desenhos são orientativos, sendo permitidas pequenas variações no
formato, desde que atendam as cotas indicadas e as características elétricas e mecânicas.

5.2. Características Mecânicas

Os acessórios devem atender aos requisitos mecânicos do anexo B.

6. INSPEÇÃO

6.1 - Generalidades

6.1.1 - O fornecimento de qualquer acessório deve ser condicionado à aprovação nos


ensaios de tipo que, de comum acordo entre fabricante e comprador, podem ser
substituídos por um certificado de ensaio emitido por um laboratório oficial ou
credenciado.

6.1.2 - Os ensaios de tipo devem ser realizados em laboratórios designados de comum


acordo entre fabricante e comprador. Os ensaios de recebimento devem ser executados nas
instalações do fabricante, salvo acordo contrário entre fabricante e comprador.

6.1.3 - Por ocasião do recebimento, para fins de aprovação do lote, devem ser executados
todos os ensaios de recebimento e os demais ensaios de tipo, quando exigidos pelo
comprador.

6.1.4 - A dispensa da execução de qualquer ensaio e a aceitação do lote não eximem o


fabricante da responsabilidade de fornecer os acessórios de acordo com esta Especificação.

6.2. Inspeção Geral

Antes de serem efetuados os ensaios, deve ser comprovado se o material contém todos os
componentes, acessórios e características, verificando:

a) identificação, conforme item 4.1;


b) acondicionamento, conforme item 4.2;
c) acabamento, conforme item 4.3.
6.3. Relação de Ensaios
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6.3.1. Para o composto utilizado

6.3.1.1- Resistência à tensão de trilhamento elétrico

6.3.1.2 - Ensaios físicos:

a) permitividade relativa
b) absorção de água
c) temperatura de fragilização

6.3.1.3 - Ensaios mecânicos antes e após o envelhecimento artificial em estufa a ar:

a) carga de ruptura
b) alongamento à ruptura

6.3.1.4 - Ensaios mecânicos antes e após o envelhecimento artificial em câmara de


UV:

a) carga de ruptura
b) alongamento à ruptura

6.3.2 - Para o produto acabado

6.3.2.1 – Verificação dimensional

6.3.2.2 – Resistência à tração de curta duração

6.3.2.3 – Resistência à tração de escorregamento

6.3.2.4 – Compressão de curta duração

6.3.2.5 – Resistência à carga lateral de curta duração

6.3.2.6 – Resistência à carga lateral de longa duração

6.3.2.7 – Tensão suportável sob chuva

6.3.2.8 – Tensão aplicada sob água

6.3.3. Ensaios de tipo e recebimento

A aplicação destes tipos de ensaios a cada material encontra-se na Tabela 1 do anexo A.

6.4. Descrição dos Ensaios

6.4.1 - Ensaio de resistência ao trilhamento elétrico


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6.4.1.1 - O ensaio deve ser realizado em 5 (cinco) corpos de prova preparados conforme
item 6.4.1.3.

6.4.1.2 - Como ensaio de tipo, devem ser ensaiados 5 (cinco) corpos de prova no estado
de novo e outros 5 (cinco) após submetidos a 2.000 horas de envelhecimento em câmara de
intemperismo artificial. Como ensaio de recebimento, todos os corpos de prova são
ensaiados no estado de novo.

6.4.1.3 - Preparação dos corpos de prova

Para obtenção dos corpos de prova o fabricante deve dispor de ferramenta apropriada para
moldagem do material utilizado na confecção dos acessórios, com as dimensões
padronizadas na NBR 10296, a partir do mesmo equipamento empregado para injeção do
lote do produto final.
Caso os corpos de prova sejam produzidos a partir do produto acabado, poderá ser
utilizado outro método acordado entre o fabricante e o comprador. A preparação dos
corpos de prova deve ser realizada conforme instruções a seguir:

a) deve-se preparar os 5 corpos de prova conforme a NBR 10296;


b) deve-se proceder o lixamento de cada corpo de prova novo nas seguintes condições:

b.1. selecionar o lado sem gravação, se esta existir no corpo de prova;


b.2. utilizando um borrifador cheio de água destilada ou deionizada, borrifar
água sobre a superfície e iniciar o lixamento com lixa de carbeto de silício
ou de óxido de alumínio, granulação 400, para retirar a oleosidade, brilho
e repelência à água. Solventes e detergentes químicos deverão ser
evitados, pois podem modificar a condição superficial do dielétrico que
constitui os corpos de prova;
b.3. lixar levemente apenas no sentido longitudinal do corpo de prova, sendo
importante que seja removido todo o brilho da superfície do corpo de prova, bem
como eventuais resíduos metálicos. Uma mesma lixa não deve ser usada em mais
do que três corpos de prova;
b.4. secar os corpos-de-prova com papel toalha ou lenço de papel após o lixamento;
b.5. limpar com gaze (ou outro material que não deixe resíduos) umedecida em álcool
isopropílico, para retirar gordura após o lixamento.

6.4.1.4 - Preparação da solução contaminante

A preparação da solução deve ser realizada conforme especificado na NBR-10296,


complementada pelas instruções a seguir:

a) após a sua preparação e equilíbrio térmico em ambiente a 23 ± 2 oC, deve-se medir a sua
resistividade. Para os fins deste método, o equilíbrio térmico consiste em no mínimo 2
horas no ambiente com a temperatura especificada;
b) havendo necessidade de ajuste no valor encontrado para atender a NBR-10296, deve-se
fazê-lo e realizar nova medição da resistividade sempre respeitando a temperatura
especificada.
6.4.1.5 - Execução do ensaio
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O ensaio deve ser executado conforme a NBR-10296, método 2, critério A,


complementado pelas instruções a seguir:

a) os eletrodos devem atender os desenhos da NBR-10296, bem como a preparação e


montagem do circuito de ensaio;
b) a(s) fonte(s) de alimentação do(s) circuito(s) de ensaio deve(m) ter potência suficiente,
ou ter regulagem de resposta rápida, para manter constante a tensão aplicada quando
ocorrerem cintilações ou centelhamentos nos corpos de prova;
c) o fluxo do líquido contaminante deve ser de 0,13 ml/min para degraus de tensão igual
ou inferiores a 2,75 kV e de 0,22 ml/min para degraus de tensão de 3,0 a 3,75 kV;
d) nos corpos de prova envelhecidos, que não sofrem lixamento, o fluxo do líquido
contaminante deve ocorrer principalmente na superfície que sofreu a incidência direta de
radiação na câmara de intemperismo;
e) a calibração do fluxo deve ser feita antes de cada ensaio e para cada um dos 5 corpos de
prova, conforme os passos abaixo:
e.1. dispor de 5 “beckers” pequenos com tara conhecida e bem identificada;
e.2. ajustar a bomba peristáltica e coletar solução por um tempo mínimo de 10 min
emtodos os cinco canais simultaneamente;
e.3. pesar cada um dos “beckers” com solução;
e.4. calcular o fluxo, para cada canal, com a fórmula abaixo;
e.5. reajustar, repetindo os passos de e.1) a e.4), até que todos os canais apresentem uma
diferença menor que 5 % em relação ao valor prescrito para o fluxo;
(m1 − m 2 )
F=
t.d
Sendo:
F = fluxo (ml/min)
m1 = massa do “becker” com solução coletada (g)
m2 = tara do “becker” (g)
t = tempo de coleta da solução (min)
d= densidade da solução (g/cm3).No caso pressupõe-se densidade igual a1 g/cm3

f) o umedecimento das folhas de papel de filtro (usar 8 folhas), antes do início do ensaio,
deve ser realizado usando-se a própria solução contaminante, e não água;

g) as trocas de resistências nos degraus especificados devem ser feitas em no máximo 5


min após o término do degrau anterior.

6.4.1.6. Avaliação dos resultados.

Constitui falha no ensaio a ocorrência de qualquer das seguintes situações, com tensão de
trilhamento de até 2,75 kV, inclusive, para corpo de prova novo, ou de até 2,50 kV para
corpo de prova envelhecido:
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a) interrupção do circuito de teste de algum dos corpos de prova, por atuação automática
de seu disjuntor;
b) erosão do material de algum dos corpos de prova que descaracterize o circuito de teste;
c) acendimento de chama no material de algum dos corpos de prova.

6.4.2 – Ensaios físicos

O composto deve satisfazer aos requisitos apresentados no itens 3, 4 e 5 da Tabela 2 do


anexo A.

6.4.3 - Ensaios mecânicos do composto - antes e após envelhecimento em estufa a ar

6.4.3.1 - Devem ser confeccionados 10 (dez) corpos de prova, preparados de acordo com as
respectivas normas de ensaio, e separados em dois grupos com 5 (cinco) unidades cada,
para execução dos ensaios, antes e após envelhecimento em estufa a ar.

6.4.3.2 - Todos os corpos de prova devem atender aos valores do item 1 da Tabela 2 do
anexo A.

6.4.3.3 - Os valores mínimo e máximo obtidos após o envelhecimento não devem variar
mais do que 25% em relação aos respectivos valores mínimo e máximo obtidos dos corpos
de prova ensaiados sem envelhecimento.

6.4.4. Ensaios mecânicos do composto - antes e após envelhecimento em câmara de UV

6.4.4.1 - Devem ser confeccionados 10 (dez) corpos de prova, preparados de acordo com as
respectivas normas de ensaio, e separados em dois grupos com 5 (cinco) unidades cada,
para execução dos ensaios, antes e após envelhecimento em câmara de imtemperismo
artficial, durante 2000 h, de acordo com um dos seguintes critérios:

a) quando for utilizada lâmpada xenônio, ensaiar conforme ASTM-G-26, método A;


b) quando for utilizada lâmpada fluorescente, ensaiar conforme NBR 9512, com ciclos de
8h de exposição à radiação UV-B a 60 0C e 4h de exposição à condensação de água a 50
0
C.

6.4.4.2 - Todos os corpos de prova devem atender aos valores do item 2 da Tabela 2 do
anexo A.

6.4.4.3 - Os valores mínimo e máximo obtidos após o envelhecimento não devem variar
mais do que 25% em relação aos respectivos valores mínimo e máximo obtidos dos corpos
de prova ensaiados sem envelhecimento.

6.4.5 – Verificação dimensional

Para todos acessórios devem ser verificadas todas as dimensões constantes das figuras do
anexo B.
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6.4.6. Resistência a tração de curta duração

Deve ser aplicada uma força “T1”, conforme figuras 1, 2 e 8 do anexo B, de modo que o
acessório seja distendido de forma gradual e constante, sem que haja deformação
permanente ou ruptura.

6.4.7. Resistência a tração de escorregamento

Após a montagem do grampo de ancoragem ou da alça pré-formada em um cabo coberto,


deve ser aplicada uma força de tração “T2”, conforme figuras 1 e 8 do anexo B, de modo
que o acessório seja distendido de forma gradual e constante, sem que haja escorregamento
do cabo.

6.4.8. Compressão de curta duração

Deve ser aplicada uma força “T1”, conforme figura 2 do anexo B, de modo que o braço
antibalanço seja comprimido de forma gradual e constante até 60 daN sem que haja
deformação permanente ou ruptura.

6.4.9. Carga lateral curta duração

Deve ser aplicada uma força “L1” (flexão), conforme figura 2 do anexo B, de modo que o
braço antibalanço seja flexionado, de forma gradual e constante, sem que haja ruptura.

6.4.10. Carga lateral longa duração

Deve ser aplicada uma força “L2” (flexão), conforme figura 2 do anexo B, de modo que o
braço antibalanço seja flexionado e mantido com esta carga durante 9 dias, sem que haja
ruptura.

6.4.11. Tensão suportável sob chuva

6.4.11.1 - A montagem deve simular a aplicação do acessório no campo.

6.4.11.2 - Deve ser energizada a parte metálica que o acessório deve cobrir no campo.

6.4.11.3 - Um fio ou malha de cobre deve ser enrolada em torno da região central do corpo
isolante do acessório.

6.4.11.4 - Deve ser realizado de acordo com a NBR-6936. O acessório não deve apresentar
disrupção quando aplicada tensão de 15 kV durante 5 (cinco) minutos.
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6.4.1. Tensão aplicada sob água

O ensaio deve ser realizado conforme descrito a seguir:

a) deve-se preparar uma emenda em um cabo coberto e aplicar a cobertura de emenda


sobre a mesma;
b) a parte do cabo contendo a emenda deve ser mergulhada em água por 6 (seis) horas, no
mínimo, antes da aplicação da tensão;
c) em seguida, aplicar uma tensão de 22 kV durante 5 (cinco) minutos, entre o condutor e
a água;
d) o acessório não deve apresentar disrupção ou perfuração durante a aplicação da tensão.

6.5. Relatório dos Ensaios

Devem constar do relatório de ensaio, no mínimo, as seguintes informações:

a) nome ou marca comercial do fabricante;


b) identificação do laboratório de ensaio;
c) tipo e quantidade de material do lote e tipo e quantidade ensaiada;
d) identificação completa do material ensaiado;
e) relação, descrição e resultado dos ensaios executados e respectivas normas utilizadas;
f) certificados de aferições dos aparelhos utilizados nos ensaios, realizadas no máximo há
24 meses;
g) número da ordem de compra;
h) data de início e de término de cada ensaio;
i) nomes legíveis e assinaturas dos representantes do fabricante e do inspetor do
comprador e data de emissão de relatório.

7. ACEITAÇÃO E REJEIÇÃO

7.1. Para a análise da aceitação ou rejeição de um lote deve-se inspecionar as peças de


acordo com os critérios de aceitação da Tabela 3 do Anexo A.

7.2. A comutação do regime de inspeção ou qualquer outra consideração adicional deve


ser feita de acordo com as recomendações da NBR 5426 e NBR 5427.

8. ANEXOS

Anexo I - Tabelas
Anexo II – Figuras
1 de 3
Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO I

ANEXO I – TABELAS

Tabela 1 – Ensaios de Tipo e Recebimento

Acessórios

Grampo de ancoragem
Cobertura de emendas

Protetor de pára-raios
Protetor de conector

Anel de amarração
Protetor de estribo
Braço antibalanço
Alça pré-formada

Protetor de bucha
Fio de amarração
Ensaios

Inspeção Geral TR TR TR TR TR TR TR TR TR TR
Resistência à tensão de trilhamento elétrico - - T T T T T T T T
Ensaios no composto

Permitividade - T T T T T T T T T
Absorção de água - T T T T T T T T T
Fragilização - T T T T T T T T T
Carga e alongamento de ruptura, antes e após
o envelhecimento em estufa a ar
- T T T T T T T T T
Carga e alongamento de ruptura, antes e após
o envelhecimento em câmara de UV
- T T T T T T T T T
Verificação dimensional TR TR TR TR TR TR TR TR TR TR
Resistência à tração (curta duração) TR TR - - - - - TR - -
Resistência à tração de escorregamento TR - - - - - - TR - -
Resistência a compressão (curta duração) - TR - - - - - - - -
Resistência a carga lateral (curta duração) - TR - - - - - - - -
Resistência a carga lateral (longa duração) - T - - - - - - - -
Tensão suportável sob chuva - - T T T - - - T T
Tensão aplicada sob água - - TR - - - - - - -

T – Ensaio de Tipo
R – Ensaio de Recebimento
2 de 3
Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO I

Tabela 2 -- Requisitos Físicos do Composto

Item Norma a ser Ensaios Requisitos Unid


utilizada para
ensaios

Polietileno Borracha de EPR


silicone
1 NBR 6241 Carga de ruptura sem ≥ 12,5 ≥ 7,0 ≥ 4,2 MPa
envelhecimento
Alongamento à ruptura ≥ 300 ≥ 150 ≥ 200 %
sem envelhecimento
2 NBR 6238 Carga de ruptura após variação máxima variação variação
envelhecimento de± 25 máxima de± 25 máxima de± 25
com duração de 168 h
(a 110 ± 2 °C) (a 135 ± 3 °C ) (a 135 ± 3 °C ) %
Alongamento à ruptura variação máxima variação variação
após envelhecimento de ± 25 máxima de± 25 máxima de± 25
c/duração 168 h %
(a 110 ± 2 °C) (a 135 ± 3 °C ) (a 135 ± 3 °C )
3 ASTM-D-150 Permitividade relativa ≤ 3 ≤3 ≤3 -
4 NBR 7040 Absorção de água:
método gravimétrico
- duração da 168 não aplicável 168 horas
imersão(h) 85±2 85±2 °C
- temperatura (°C) 0,25 0,25 %
- variação máxima
permissível de massa
5 NBR 7307 Temperatura de ≤ - 15 ≤ - 15 ≤ - 15 °C
fragilização

Nota:
1 - Os materiais apresentados na Tabela são os atualmente utilizados pelos principais
fornecedores.
2 - Outros materiais poderão ser aceitos, desde que seus valores correspondam aos
requisitos físicos acima listados e sejam submetidos à aprovação do comprador.
3 de 3
Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO I

Tabela 3 - Planos de Amostragem para os Ensaios de Recebimento e Inspeção Geral


no Produto Acabado

Trilhamento elétrico e
Verificação Dimensional Inspeção Geral
Seq. resistência à tração
Tamanho do Lote
Amost. NÍVEL S4 - NQA 4% NÍVEL S4 - NQA 10% NÍVEL S2 - NQA 6,5%
AM AC RE AM AC RE AM AC RE
1a 8 0 2 8 1 4 5 2 2
151 a 280
2a 8 1 2 8 4 5 5 2 2
1a 8 0 2 8 1 4 5 2 2
281 a 500
2a 8 1 2 8 4 5 5 2 2
1a 13 0 3 13 2 5 5 2 2
501 a 1.200
2a 13 3 4 13 6 7 5 2 2
1a 20 1 4 20 3 7 5 2 2
1.201 a 3.200
2a 20 4 5 20 8 9 5 2 2
1a 20 1 4 20 3 7 5 2 2
3.201 a 10.000
2a 20 4 5 20 8 9 5 2 2
1a 32 2 5 32 5 9 8 3 3
10.001 a 35.000
2a 32 6 7 32 12 13 8 4 4
1a 50 3 7 50 7 11 8 3 3
35.001 a 150.000
2a 50 8 9 50 18 19 8 4 4
1a 50 3 7 50 7 11 8 3 3
acima de 150.001
2a 50 8 9 50 18 19 8 4 4

NOTA:

1) Amostragem Dupla - Regime Normal de Inspeção :

Am = tamanho da amostra
Ac = número de unidades defeituosas que ainda permite aceitar o lote
Re = número de unidades defeituosas que implica na rejeição do lote

2) Procedimento para Amostragem Dupla:

Inicialmente, é ensaiado um número de unidades igual ao da primeira amostra


obtida na Tabela.

Se o número de unidades defeituosas encontrado estiver compreendido entre Ac e


número de unidades defeituosas encontrado estiver compreendido entre Ac e Re
(excluídos estes valores), deve ser ensaiada a segunda amostra.

O total de unidades defeituosas encontradas após ensaiadas as duas amostras deve


ser igual ou inferior ao maior Ac especificado.
1 de 13
Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

ANEXO II - FIGURAS

DESENHOS:

1- Alça pré-formada para cabo coberto


2- Braço antibalanço
3- Cobertura de emenda para cabo coberto
4- Protetor de estribo e grampo de linha viva
5- Protetor de conector
6- Anel de amarração para isolador tipo pino
7- Fio de amarração para isolador tipo pino
8- Grampo de ancoragem para cabo coberto
9- Protetor de bucha

T1,T2

2 de 13

Método de Ensaio
Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

Tensão Dimensões Carga de Carga de


Nominal Seção Intervalo de Ruptura “T1” Escorregament
A
(KV) (mm²) Aplicação (daN) o “T2” (daN)
35 650 13,0 à 15,0
50 750 14,0 à 16,0
70 750 15,5 à 18,0
95 800 17,0 à 19,5
13,8 800 250
120 850 18,8 à 21,5
150 900 20,0 à 22,5
185 1000 22,0 à 24,5
240 1100 24,0 à 26,6
70 1000 25,0 á 27,5
95 1100 26,5 à 29,0
120 1150 28,5 à 30,5
34,5 1000 350
150 1300 29,5 à 32,0
185 1300 31,5 à 34,0
240 1400 33,5 à 36,0

NOTAS:

1- Material: Aço aluminizado ou aço zincado


2- Dimensões: em milímetros

3 de 13

Figura 1 - Alça Pré-formada Para Cabo Coberto Folha 1/1


Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

Tensão Comprimento Ensaios Físicos (daN)


(kV) (L) Tração-Compressão Flexão
+ 20
13,8 305 -0 L1=50
+ 25 T1=60 L2=25
34,5 565 - 10

NOTAS:

1- Material: Polietileno de alta densidade ou polipropileno, resistente ao intemperismo


2- Dimensões: em milímetros

4 de 13

Figura 2 - Braço Antibalanço Folha 1/1


Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

Cobertura do cabo

Resistente à abrasão, Resistente ao Resistente ao


erosão e ao trilhamento elétrico trilhamento elétrico
trilhamento elétrico

NOTAS:

1- Os comprimentos dos tubos deverão ser dimensionados em função do comprimento dos conectores
usados pelas concessionárias
2- O conector não é parte constituinte do conjunto da cobertura

5 de 13

Figura 3 – Cobertura de Emenda para Cabo Coberto Folha 1/1


Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

360 -10
+50

190±10 200±10

NOTAS:

1 – Material: polietileno ou polipropileno, resistente ao ultravioleta e ao trilhamento elétrico


2 – Dimensões: em milímetros

6 de 13

Figura 4 – Protetor de Estribo e Grampo de Linha Viva Folha 1/1


Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

7 de 13

Figura 5 – Protetor de Conector Folha 1/3


Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

Tamanho do Protetor Dimensões


Para 13,8 kV A A1 B B1 C C1 D D1
Pequena 131,3 131,3 80,2 78,7 37,0 36,5 46,8 25,0
Grande 166,0 166,0 100,0 100,0 43,5 43,0 50,0 27,0

NOTAS:

1 - Material: polietileno ou polipropileno, resistente ao intemperismo e trilhamento elétrico


2 - Observação: Não existe disponível no mercado produto similar para a tensão de 34,5
kV
3 - Dimensões: em milímetros
4 - Tolerâncias: ± 1,0 mm

8 de 13

Figura 5 – Protetor de Conector Folha 2/3


Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

9 de 13

Figura 5 – Protetor de Conector Folha 3/3


Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

∅8±0,5

Dimensões Resistência Mínima ao


A B C Escorregamento (daN)
]
+0 +5
20±1 25 - 2,5 60 -0 5

NOTAS:

1- Observação: Não existe disponível no mercado produto similar para a tensão de 34,5 kV
2- Material: Borracha de silicone resistente ao intemperismo e ao trilhamento elétrico
3- Dimensões: em milímetros 10 de 13

Figura 6 - Anel de Amarração para Isolador Tipo Pino e Espaçador -


Folha 1/1
Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

NOTAS:

1- Material: fio de alumínio, tempera H0, coberto com borracha termoplástica, resistente ao intemperismo e
ao trilhamento elétrico
2- A camada de material sobre o condutor deve ser contínua, uniforme e homogênea
3- Dimensões: em milímetros

11 de 13

Figura 7 - Fio de Amarração Para Isolador Tipo Pino Folha 1/1


Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

T
i

T
i

T1, T2

Método de ensaio
Tensão Carga de Carga de
Seção
Nominal L Ruptura Escorregamento
(mm²)
(KV) “T1” (daN) “T2” (daN)
35
50
70
13,8 95
230 ± 20 800 250
120
150
185
240
70
95
120
34,5 230 ± 20 800 350
150
185
240
12 de 13
NOTAS:
1- Material: - Corpo: plástico reforçado, resistente ao intemperismo ou alumínio
- Cunha: plástico reforçado, resistente ao intemperismo e trilhamento elétrico
- Estribo: aço inoxidável ou aço zincado
2- Dimensões: em milímetros

Figura 8 - Grampo de Ancoragem Para Cabo Coberto Folha 1/1


Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

Presilha de
fechamento

NOTAS:

1- Material: Corpo: polietileno reticulado ou borracha de silicone, resistente ao intemperismo e ao


trilhamento elétrico.
Presilha: material polimérico resistente ao ultravioleta.
2- Após sua instalação, o protetor não deve permitir o acúmulo de água em seu interior
3- Dimensões: em milímetros

13 de 13
Documento Técnico ABRADEE-18.35 - ANEXO II

Figura 9 - Protetor de Bucha Folha 1/1

Presilha de
fechamento

Nota 3

NOTAS:

1- Material: Corpo: polietileno reticulado ou borracha de silicone, resistente ao intemperismo e ao


trilhamento elétrico.
Presilha: material polimérico resistente ao ultravioleta.
2- Após sua instalação, o protetor não deve permitir o acúmulo de água em seu interior.
3- O diâmetro do protetor deve ser dimensionado pela concessionária em função dos pára-raios utilizados.
4- Dimensões: em milímetros

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