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PERGUNTAS E

RESPOSTAS PARA O
EXAME TEOLOGICO
ORMIBAN LESTE
MINEIRO

PERGUNTAS
De seu testemunho de conversão e explique porque você acredita ter o chamado pastoral.

TEOLOGIA PRÓPRIA

1) Apresente um argumento racional que evidencie a existência de Deus: argumento não


bíblico.
2) Apresente um argumento com uma referência bíblica como prova da existência de Deus,
que não seja uma declaração de um personagem.
3) Defina Deus: E quem é Deus para você?
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4) Deus é pessoa? Quais os atributos de uma pessoa que dão essa característica a Deus?
5) Deus é espírito? Prove com uma referência bíblica:
6) Que é Ateísmo?
7) Teísmo?
8) Deísmo?
9) Panteísmo?
10) Animismo?
11) Politeísmo?
12) Agnosticismo
13) Cite os atributos naturais de Deus em relação a si mesmo – incomunicáveis, e explique
cada um:
14) Cite os atributos naturais em relação ao universo e toda a criação – incomunicáveis, e
explique-os:
15) Cite os atributos morais em relação ao homem:
16) Defina a Trindade e dê uma referência bíblica:
17) Defina Triunidade:
18) O que é a Teoria da Evolução? Apresente um argumento bíblico que o refute
cientificamente:
19) Que é religião e qual sua relação com a teologia?
20) Que é doutrina?

Você já caiu em pecado? Quantas vezes? Você é um pecador? Já se desviou?


CRISTOLOGIA

1) O que significa: Cristo? Quem é? Por quê? Prove biblicamente:


2) O que significa o nome de Jesus? Prove:
3) Jesus é Deus? Prove com uma citação sua e a de um escritor bíblico:
4) Qual a missão de Jesus? Cite referências:
5) Cite os ofícios de Jesus, com referências:
6) Como ele foi criado?
7) Onde nasceu e onde cresceu?
8) Quantas são e quais são as naturezas de Jesus? Em que proporção?
9) Explique o porquê das naturezas:
10) Prove biblicamente, citando ocasiões em que se mostrou homem.
11) Se era homem, ele podia pecar? Ele pecou? Prove:
12) Por quê Jesus chorou à entrada de Jerusalém? (Lc 19.41-44)

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13) O que foi o cálice da oração no Getsêmani? Jesus queria desistir?
14) Explique o que o autor aos Hebreus quis dizer sobre Jesus ter que sofrer para aprender a
ser obediente? (Hb 5.7-9)
15) Quem mais profetizou sobre ele e foi chamado de profeta messiânico? Dê um exemplo:
16) Quem profetizou sobre o local de se nascimento? Cite a referência:
17) Cite 3 pessoas que sejam Tipos de Cristo no AT: Explique:
18) Cite outros 3 Tipos (símbolos) no A.T. (não pessoas) e explique por que:
19) Cite as palavras de Jesus na cruz:
20) Se ele morreu numa sexta-feira e ressuscitou na madrugada de domingo, como pode ter
ficado 3 dias e 3 noites sepultado?
Quem é Jesus para você?

PNEUMATOLOGIA

1) Quem é o Espírito Santo? Cite provas de sua deidade:


2) Cite uma manifestação de sua presença no AT e outra no NT:
3) Cite 5 símbolos de ES e explique:
4) Cite a obra do ES com relação ao homem na Criação:
5) Com relação ao homem no Evangelho:
6) Com relação ao crente:
7) Cite 3 manifestações de livre atuação na vida de Jesus:
8) Qual a expressão correta: batismo com o ES ou no ES? Explique a diferença: O que é o
batismo?
9) Como se dá o batismo? Qual sua fórmula? O que é preciso fazer para merecer?
10) De onde ele vem? Com que finalidade? Prove:
11) Quando ele veio a primeira vez sobre a Igreja? Cite referências:
12) De acordo com Pedro, veio para quem? Com que base afirmou?
13) Havia batismo no AT? Explique:
14) Quantos e quais são os dons citados em: (1 Co 12.1-11) ?
15) Qual a prova do batismo? Qual dom? Por quê?
16) De que outros dons a Bíblia fala em: (Rm 12.6-8) (1 Co 12.28) (Ef 4.7-11) ?
17) Quais os frutos do ES conf. (Gl 5.22,23)? Por que se diz: o fruto?
18) O Amor é dom ou fruto, afinal? (1 Co 13) 19) O que é ser cheio do ES?
20) Que é o batismo com fogo, conf. falou João Batista? (Mt 3.11)
21) Pode uma pessoa receber o ES e ser possuída por demônios? Explique o episódio de Saul
em: (1 Sm 10.9-15; 16.14-23; 19.21-24)
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Você é batizado? Tem todos os dons? Quais dons você tem? Por quê?

SOTEROLOGIA

1) O que é Salvação? Salva-se de que? Quem salva?


2) Por quê a Salvação é necessária?
3) O que o homem precisa fazer para ser salvo?
4) Como o homem pode contribuir com sua salvação?
5) Quais os meios providenciados para a Salvação? Quem providenciou? Cite textos:
6) Quando foi providenciada?
7) A Salvação é imediata ou um processo?
8) Quais os quatro passos da Salvação? Fale sobre cada um:
9) 9) O que é Redenção?
10) Que é Remissão?
11) Eleição?
12) Livre arbítrio?
13) Predestinação?
14) Salvação se perde?
15) Você é Calvinista ou Arminiano?
16) Que é graça irresistível?
17) O diabo matou Jesus? Se o matou, ele co-autor da salvação?
ANTROPOLOGIA / HARMATIOLOGIA

1) O que significam estas doutrinas?


2) Explique a natureza do homem quanto à dicotomia e tricotomia: Dê sua opinião pessoal
com referências:
3) Em que estado foi criado o homem original? Cite um texto:
4) Com que propósito foi criado?
5) Em que o homem era à imagem e semelhança de Deus? Ainda é? Por quê?
6) Explique a teoria do Autoctonismo:
7) Aloctonismo:
8) Preadamismo:
9) A teoria da preexistência da alma:
10) Da criação imediata da alma:
11) Que é pecado?
12) Qual foi o pecado original e qual foi sua conseqüência para o homem; a mulher; a terra?

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13) Por quê a consciência do pecado não se deu quando Eva comeu do fruto; mas, somente,
após Adão ter comido.
14) Como o pecado é transmitido à humanidade? Através do corpo ou da alma?
15) A Alma já é criada, inevitavelmente, com o pecado ou ele se adquire?
16) Os homens são culpados do pecado de Adão?
17) João, em sua 1ª Carta diz que aquele que declara não ter pecado é mentiroso e a Palavra
de Deus não está nele, e acusa a Deus de mentiroso; mas, diz também, que quem é
nascido de Deus não pratica o pecado, e se peca é do diabo. Explique: Há contradição?
(cap. 1.810; 3.6-10) 18) Onde surgiu o pecado?
19) Satanás tem perdão? Por quê?
20) Para onde irá o pecador impenitente? Cite referências:
21) O que é o pecado para morte?
22) Quantas mortes há? Explique:
23) O que é o purgatório? Refute citando um texto sobre o juízo após a morte:
Como está sua comunhão com Deus e santificação; hoje; agora?
ANGELOLOGIA / HERESIOLOGIA

1) Quem são os anjos?


2) Quantas classes são conhecidas e quais suas funções?
3) Qual o caráter dos anjos?
4) Anjos voam? Têm asas? Sexo? Fale a respeito:
5) Qual o número dos anjos e quantos caíram?
6) Satanás era um anjo? Cite textos:
7) Qual caráter, sua obra e seu poder?
8) Se Deus criou o diabo, e este gerou o pecado e todo o mal; então, o mal saiu de Deus e
Deus é mau?
9) O que significam os nomes: satanás, diabo? De alguns outros citados na Bíblia:
10) Qualquer pessoa pode expulsar demônios de alguém possuído?
11) O que é a reencarnação?
12) Podem os mortos se comunicar com os vivos? Explique a teoria espírita de que João
Batista era Elias, e o episódio de Saul consultando Samuel através da médium de EnDor:
(Lc 1.7)(1 Sm 28) Cite textos que refutem a afirmação espírita.
13) O Adventismo ensina que após a morte do corpo a alma adormece, fica num estado de
inatividade, silêncio, inconsciência, incomunicabilidade. Quem está certo?
14) Dentre as doutrinas dos Testemunhas de Jeová, está a proibição de transfusão de sangue.

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Explique o porquê e refute biblicamente:
15) Que é o Unicismo? Qual sua base?
16) Pode um crente ser Maçon? Por quê?

ESCATOLOGIA

1) Que é o arrebatamento e quando se dará?


2) O que são a primeira e a segunda ressurreição?
3) O que virá após o arrebatamento, na terra, e quanto tempo durará?
4) E no céu; que fatos ocorrerão neste período?
5) O que são as Taças e as Trombetas? Cite 3 exemplos de cada:
6) O que são as Bodas do Cordeiro?
7) Fale sobre o Tribunal de Cristo e O Julgamento das Nações:
8) De quantas vindas de Cristo a Bíblia nos fala?
9) Haverá salvação durante a Grande Tribulação? Como?
10) Quem é o anticristo? Será homem ou um espírito em forma de homem?
11) O que detém o espírito do diabo e do anticristo? Dê uma referência:
12) Quantas e o que são as bestas no Apocalipse?
13) Quem são as duas Testemunhas? O que elas testemunham?
14) O que é a batalha do Armagedom? Quando se dará? O que virá depois?
15) O que será o Milênio? O que o seguirá?

MAIS PERGUNTAS DE ESCATOLOGIA

1. É possível saber o dia da Segunda Vinda de Cristo? Absolutamente não. Jesus disse
que ninguém sabe. Mt 24.36.

2. Mas Jesus disse que nem o Filho sabia. Como podemos entender isto? Quando Jesus
declarou NEM O FILHO SABE Ele o fez para mostrar Sua perfeita humanidade. Para
ser homem perfeito, Jesus teve de abrir mão temporariamente de Seus atributos ONI.
Logo depois da Sua Ressurreição Ele retomou esses atributos. Desde então, ele sabe
com exatidão o tempo de Sua volta.

3. Existe algum versículo que que fale simultaneamente sobre as duas vindas de Cristo a
este mundo? Sim. Um exemplo clássico é Hebreus 9.27.

4. De onde vem a palavra MILÊNIO? Esta palavra se origina de dois vocábulos latinos
mille (mil) e annum (ano). Ela significa literalmente um período de mil anos.

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5. No período milenial, qual será a situação da sociedade? O quinto nome ou título de
Jesus em Is 9.6 é: PRÍNCIPE DA PAZ. No período milenial o Mundo experimentará o
governo de Jesus, cuja principal característica será a paz. Haverá longevidade e a terra
conhecerá a santidade e sossegará completamente. Leia Is 35:5,6,8, Zc 14.20,21

6. Qual o principal trabalho de Jesus no Céu, atualmente? O de Sumo Sacerdote, Hb


4.14; 10.12,13; 9.26;

7. Que expressões bíblicas podem ser interpretadas como sinônimas do MILÊNIO? O


Milênio será a plenitude do reino dos céus na terra, Mt 5.10; Será a regeneração em
sentido final, Mt 19.28; será o tempo da restauração de todas as coisas, At 3.19. será o
mundo do futuro, Hb 2.5.

8. Qual será o próximo grande acontecimento para o Povo de Deus na Terra? Sem
dúvida alguma será o ARREBATAMENTO.

9. Para a Igreja, que acontecimento se seguirá ao Arrebatamento? O Tribunal de Cristo.

10. É realmente bíblica a doutrina do Tribunal de Cristo? Todos os crentes em Jesus


devem estar conscientes de que algum dia, após o Arrebatamento da Igreja, o Senhor
Jesus Se reunirá com a Igreja a fim de promover o que as Escrituras chamam de
TRIBUNAL DE CRISTO: um encontro para julgamento das nossas obras, praticadas
aqui na Terra, e a conseqüente entrega dos galardões.
11. Qual a palavra grega usada por Paulo quando se referiu ao Tribunal de Cristo? BEMA.

12. Alguém será condenado no Tribunal de Cristo? Não, absolutamente. Será um Tribunal
para recompensa.

13. O Tribunal de Cristo será para recebermos a recompensa de nossa salvação? Nosso
direito de entrar no Céu foi obtido mediante o derramamento do sangue de Jesus na
cruz do Calvário. Nosso galardão será alcançado mediante o resultado de nosso
trabalho. A salvação é pela fé, Ef 2.8. O galardão, pelas obras, Ap 22.10.

14. O Tribunal de Cristo será a mesma coisa que o Grande Trono Branco? Não devemos
confundir o Tribunal de Cristo com o Grande Trono Branco. Este será para os
inconVersos. Aquele, para os salvos. Este será depois do Milênio, aquele será após o
Arrebatamento da Igreja.Em ambos o Juiz será Jesus, porque ele foi constituído pelo
Pai Juiz dos vivos e dos mortos.

15. Quantos livros do AT contém essencialmente mensagens proféticas? 17.

16. Qual o significado da profecia de Balaão – um cetro subirá de Israel - ? Primeiramente


se cumpriu em Davi e de forma final, em Jesus.

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17. Quais os principais textos que falam do ARREBATAMENTO da Igreja? I Co 15.51 e I
Ts 4.16-18. Mas nos Evangelhos e em Isaias também existem referências expressivas.

18. A trombeta de I Co 15.52 é a mesma sétima trombeta do Apocalipse? Certamente,


não. Paulo fala da trombeta do arrebatamento, relacionada com a glória da Igreja. João
se refere a uma trombeta de juízo, destinado aos ímpios.

19. Qual o homem nas Escrituras que emprestou o seu nome para Jesus? Davi. Embora
Jesus seja chamado por Paulo de último Adão, na verdade Ele é chamado de "meu
servo Davi": Ez 37.24; Is 55.3,4; Jr 30.9; Os 3.5.

20. A Bíblia relaciona a volta de Jesus com um "piscar de olhos". Quanto tempo dura um
piscar de olhos? Segundo os engenheiros da GE, demora onze centésimos de
segundo.

21. Algum tempo os judeus pregarão o Evangelho? Alguns eruditos crêem que durante o
período da Grande Tribulação 144.000 judeus andarão por várias partes do mundo
pregando o Evangelho do reino, Ap 7.4-8; Mateus 24:14.

22. Qual será a condição dos crentes durante o período milenial? Nós seremos naquela
época iguais aos anjos, hoje. E faremos o trabalho que eles atualmente fazem, de
assessoria espiritual a Jesus.
23. Onde está escrito que Jesus um dia reinará na casa de Jacó? Em Lc 1.32,33: "O
Senhor Deus lhe dará o trono de Davi seu pai. E reinará eternamente na casa de Jacó,
e o seu reino não terá fim".

24. Temos o direito de esperar algum grande Avivamento antes do Arrebatamento da


Igreja? Certamente, sim. Primeiro, porque o profeta Joel e o apóstolo Pedro se
referiram ao derramamento do Espírito Santo nos últimos dias. Também porque a
Igreja na época do Arrebatamento deverá ser muito mais poderosa que em qualquer
época da História. E, finalmente, a Bíblia declara que enquanto houver a Laodicéia,
também haverá a de
Filadélfia.

25. Que acontecerá com as mães grávidas no dia do Arrebatamento? Muitos temem que
será uma tortura para elas, por causa da profecia de Mt 24. Aquela profecia ("ai das
grávidas") já teve seu cumprimento. Jesus referia-se às mulheres que foram
mortalmente feridas pelos soldados romanos, que sob a ordem do general Tito as
esquartejavam, quando da destruição de Jerusalém no ano 70 d.C., certamente as
mulheres crentes grávidas que forem achadas fiéias subirão com seus respectivos
fetos. Deus nunca defendeu o aborto.
Quem sabe naquele dia acontecerá a aplicação final das palavras de Jesus: "Deixai vir a
Mim as criancinhas...". Lc 18.6. Além disto, leia cuidadosamente Rm 5.19

26. Existem mais versículos que falam de Jesus como futuro rei? Sim, leia Sl 72.7,8; Sl
2.8; Zc 14.9; Ap 11.15; Is 32.1.
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27. Quais as crianças que estão cobertas pela provisão redentora do sangue de Jesus?
Aquelas que estão no estágio da inocência. Deus nunca mistura inocentes com
culpados. Não existe uma data padrão para definir o dia que termina o período da
inocência. À luz de Is 7.15 é o momento em que a criança começa a distinguir o bem
do mal.

28. Existe algum sentido escatológico na vida de Enoque? Sim. Ele é um tipo da Igreja,
que será arrebatada. Assim como Enoque foi trasladado antes do Dilúvio, a Igreja
subirá pelo Arrebatamento, antes da Grande Tribulação.

29. Que relação existe entre a vida de Noé e a Escatologia? Noé, que foi salvo do Dilúvio
através da Arca, lembra a Igreja que tem sida salva do Mundo por Jesus Cristo. Jesus
identificou os dias que precedem Sua Segunda Vinda como os dias de Noé. Leia Gn
7.23; 8.1,4,16,19; I Pe 3.20,21; Mt 24.37,39.

30. Existe algum texto em Gênesis que aponte para o reino Messiânico de Jesus? Leia Gn
49.10.

31. Onde se encontram alusões ao reino Messiânico, em Levítico? 26.5,10.

32. Podemos encontrar algum texto em Deuteronômio que diga respeito à Grande
Tribulação? Leia Dt 32.22,41,43.
33. Jó cria na ressurreição? Sim, de acordo com Jó 19.25.

34. Existe alguma alusão nos salmos à Primeira ressurreição? Leia Sl 17.15.

35. Que acontecerá depois do Tribunal de Cristo? As Bodas do Cordeiro.

36. Quem participará das Bodas do Cordeiro? A Igreja, na condição de NOIVA DE


CRISTO.

37. Existe alguma alusão nos Salmos à Grande Tribulação?

Leia Sl 75.8,10; 83.13,17.

38. Existe algum versículo em Cantares de Salomão que pode ser aplicado às Bodas do
Cordeiro? Leia Ct 2.10; 1.4; 6.10,12.

39. Que texto bíblico fala explicitamente da Igreja como NOIVA de Cristo? II aos Corintios
11.2.

40. Em quais livros proféticos encontramos alusões à primeira ressurreição? Is 26.19;


25.8; Ez 37.12,14; Dn 12.2a; 12.13; Os 6.1; 13.14;

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41. Quais os únicos livros do NT que não apresentam mensagens escatológicas? Gálatas,
Filemon, II e III João.

42. Onde Jesus é mencionado expressamente como NOIVO da Igreja? Efésios 5.22-33.

43. Que acontecerá depois das Bodas do Cordeiro? Jesus Cristo descerá em glória COM
os santos.

44. Que significa a expressão DIA DO SENHOR? O período compreendido a partir do


arrebatamento da Igreja.

45. Alguns dizem que a vinda de Cristo é a conversão de uma pessoa a Cristo. Isto é
verdade? Absolutamente, não. A conversão é a IDA A CRISTO. A volta de Cristo é a
VINDA de Cristo.

46. Alguns afirmam que a vinda de Cristo é a morte física do crente. Que versículos
poderíamos susarpara combater tal teoria? Hb 9.27,28; I Co 15.51; I Ts 4.16,17;
Jo11.23; Fp 3.20, etc.
47. É verdade que a vinda de Jesus se dará em duas fases? Sim. A primeira fase será a
ocasião do arrebatamento da Igreja; a segunda será a revelação pessoal de Cristo. Na
primeira fase Ele recebe a Igreja; na segunda, ele desce com a Igreja.

48. Em que parte do mundo Jesus descerá por ocasião de Sua revelação Pessoal? No
Monte das Oliveiras, em Jerusalém, Zc 14.4

49. Que significa Anticristo? A Bíblia chama de Anticristo uma pessoa que receberá o
poder de Satanás para ser um governante mundial durante a segunda metade dos 7
anos da grande tribulação.

50. Qual será o fim do Anticristo? Jesus o destruirá, em Sua revelação, II Ts 2.8

51. Existe algum método ou estratégia estabelecido por Satanás referente à aparição do
Anticristo? Sim. Será em 3 fases: a) o espírito do anticristo; b) os precursores do
anticristo;
c) a manifestação pessoal do anticristo. Você pode se dar conta de que o diabo copiou isto
do plano de Deus para com Seu filho Jesus.

52. Que significa a GRANDE TRIBULAÇÃO? Um período de catástrofes e inigualável


sofrimento que ocorrerá após o arrebatamento da Igreja. Será o "dia da vingança do
Senhor", o dia do sofrimento maior de Israel.

53. Qual o profeta do AT que se referiu primariamente à Grande Tribulação? Daniel. Veja
Dn 9.26,27. Confira com Ap 7.14.

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54. Algum dia Satanás será destruído? Não. A destruição de Satanás seria uma grande
vitória para ele, que assim pararia de sofrer. Ele será preso durante o milênio (Ap 20.2)
e depois será solto por um período para finalmente ser lançado no lago de fogo e
enxofre, para todo o sempre.

55. Quem será o futuro JUIZ do Mundo? Jesus Cristo. Sl 96.12; Is 2.4; Mt 16.27; 25.31,46;
Jo 5.22,23,27,30; At 10.42.

56. Paulo se referiu alguma vez a Jesus como sendo o Juiz Universal? Sim. Leia Rm 2.16;
I Co 4.5; II co 5.10; II Tm 4.1,8 etc.

57. Que tipo de esperança é a que temos com respeito à volta de Cristo? Uma esperança
bem-aventurada (Tt 2.13) e viva (I Pe 1.3)

58. Em quantas etapas se consuma a nossa salvação? Em 3: Justificação, Santificação e


Redenção.

59. Qual das três etapas acima se enquadra na Escatologia? A Redenção.


60. Qual o mais completo texto sobre o Tribunal de Cristo? I Co 3.11-15.

61. Qual o significado espiritual do ouro, como elemento de julgamento, no Tribunal de


Cristo? O ouro representa tudo que se relaciona com o Pai: a Pessoa, a Glória, o
Poder, a Palavra e a realeza de Deus. Leia I Pe 4.10,11; Sl 19.10; Pv 8.10,19; Ml 3; Jó
22.23,25.

62. Que simboliza a prata? A prata simboliza tudo aquilo que se relaciona com o Filho,
especialmente o seu sacrifício. No AT prata é ometal da redenção. Leia I Co1.23; 3.11;
Ex 30.11,16; Lv 23.34.

63. Que simbolizam as pedras preciosas? As pedras preciosas simbolizam o que se


relaciona com o Espírito Santo: operações, dons e fruto. Leia Cl 1.29; Rm 15.18; Ez
16.13; Gn 24.53; I Co 12.4,6.

64. Que simboliza a madeira? Madeira é, ao longo das Escrituras, um símbolo da


fragilidade da natureza humana. Gl 6.3; Lc 6.32,34.

65. Que simboliza o feno (capim)? Isto fala das coisas secas, coisas que não se renovam,
Jr 23.28; Is 15.16.

66. Que simboliza a palha? Palha representa tudo aquilo que não possui estabilidade. Fala
também da escravidão espiritual, Is 5.24; Na 1.10; Ex 5.7; Ef 4.14. é um material que
lembra a fragilidade, a vaidade e a incapacidade humanas.

67. Que fogo é aquele mencionado no texto de I Co 3, relacionado com o Tribunal de


Cristo? O fogo tem muitos significados e aplicações na Escritura. Aquele fogo de I Co
12
3 significa a glória pessoal do rosto de Cristo, como visto por João em Ap 1. Ao
contemplar as nossas obras, em Sua presença, o fogo consumirá ou projetará o mérito
da referida obra.

68. Devemos ter medo de comparecer no Tribunal de Cristo? Não. Se servirmos a Deus
com sinceridade e fidelidade, teremos confiança de estarmos diante dEle, I Jo 2.28.

69. A Primeira Ressurreição será um fato único? Não. Será um fato dividido em 3 fases: A
ressurreição de Cristo, as primícias, com as pessoas mencionadas em Mt 27.52,53; a
Igreja; os poucos salvos que triunfarem na GT.

70. Quais os principais propósitos da volta de Cristo? 1) Ressuscitar os que morreram em


Cristo, I Ts 4.15; 2) Transformar e arrebatar os salvos que estiverem vivos, I Ts
4.16,17; 3)
Galardoar os servos fiéis, Ap 22.12; 4) Tomar vingança contra os Seus inimigos, II Ts
1.7,10; Ap 19.21,22. 5) Julgar as nações vivas, Mt 25.31,46; Sl 67.4; 98.9.6) Libertar a terra
da maldição, At 3.20,21; Rm 8.21. 7) restabelecer o trono de Davi, Is 9.6,7; Jr 30.7,11.

71. Onde está escrito que Jesus voltará PESSOALMENTE a esta Terra? At 1.11; I Ts
4.16; Zc 14.3 etc.
72. Onde se lê que Jesus voltará REPENTINAMENTE ao Mundo? Mc 13.36; I Co 15.52
etc.

73. Quando Jesus voltar, todos O estarão esperando? Leia Mt 25.13; 24.44; Ap 16.15; I Ts
5.2.

74. Na fase de Sua revelação realmente Jesus descerá VISIVELMENTE? Ap 1.7 e Mt


24.30

75. Nós nos reconheceremos, na Eternidade? Sim, em todas os assuntos espirituais. Não
teremos lembrança das coisas materiais, que não eram intrinsecamente parte do
REINO DE DEUS. Leia cuidadosamente a história da transfiguração de Jesus.

76. Por que devemos crer na volta de Cristo? Porque é uma doutrina fundamental nas
Escrituras; porque Deus não mente; porque está mui próxima.

77. É lícito orar pela volta de Cristo? Leia Mt 6.10; Ap 22.20; I Pe 4.7.

78. Quais os principais grupos de sinais da volta de Cristo? Sociais, naturais, políticos,
religiosos, morais, científicos e eclesiológicos.

79. Como se pode chamar a série de acontecimentos em Israel, que precedem a volta de
Cristo? Jesus os chamou de sinal da figueira.

80. Israel algum dia será destruído?


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JAMAIS. Deus tem um compromisso feito com Abraão e renovado a Moisés e a Davi.
Israel viverá para sempre.

81. A Bíblia nos exorta estarmos despertados para a volta de Cristo. Que significa a
palavra despertar? A palavra despertar vem do hebraico yakats (despertar de um
estado de embriaguez ou torpor) e do grego egeiro (despertar do sono).

82. Quais as 3 palavras que melhor descrevem o arrebatamento dos salvos no dia da volta
de Cristo? Arrebatamento, rapto e trasladação.

83. Quem será arrebatado no Dia da volta de Cristo? Os salvos, santos, fiéis, pacientes e
vigilantes. I Ts 3.12,13; Hb 12.14; I Jo 3.2,3; Hb 10.25; Tg 5.8; Lc 21.36, etc.

84. Que significa a expressão GRANDE TRONO BRANCO? Refere-se ao último


julgamento da História, quando todos os mortos, grandes e pequenos, de todos os
séculos da História se postarão diante do Senhor para serem julgados.

85. Os salvos em Cristo serão julgados no Grande Trono Branco? Não, porquanto por sua
salvação foram libertos de condenação (Rm 8.1) e já foram submetidos ao Tribunal de
Cristo.
86. Quais as 5 principais surpresas do Arrebatamento? Rapidez, Ocasião, Seleção,
Separação e Iminência.

87. Por que Ló é um tipo do Arrebatamento? Porque foi tirado de Sodoma antes de sua
destruição, Gn 19.22,24.

88. Qual a posição de Jerusalém durante o Milênio? Será a capital do Mundo.

89. O Céu é um Lugar ou um estado de vida? A Bíblia menciona exaustivamente que o


Céu é um lugar. Um lugar santo, espiritual, perfeito, divino e eterno. Você deve estar
pronto para viver lá com Cristo.

90. Quais as coroas mencionadas nas Escrituras, destinadas aos crentes vencedores? Da
vida, da justiça, de glória e a incorruptível, Tg 1.12; II Tm 4.8; I Pe 5.2,4; I Co 9.25,27.

91. Quem dominará a Terra durante a Grande Tribulação? A Trindade Satânica, composta
de Dragão, Besta e Falso Profeta.

92. Que outro nome tem a besta, nas Escrituras? Anticristo.

93. Qual a principal característica do Céu? PERFEIÇÃO e SANTIDADE.

94. Que Igreja morará no Céu? A Noiva do Cordeiro, a Igreja e fiel e vencedora, fundada
por Jesus e que a Ele se conservou fiel durante todo o tempo.
14
95. A última pergunta somente você poderá responder: Está você preparado para a volta
de Cristo, e pronto para morar no Céu com Ele?

BIBLIOLOGIA

1) O que significa: Bíblia?


2) O que é a Bíblia?
3) Quem é seu autor?
4) Quantos são os seus escritores e quantos livros a compõem?
5) Durante quanto tempo foi escrita? De quando a quando?
6) Quantas vezes você já a leu toda?
7) Em que partes principais se divide? De que tratam?
8) Cite os livros do AT e NT, e em que blocos são agrupados?
9) Em quantas línguas foi escrita?
10) O que é Revelação; Inspiração; Iluminação?
11) Dê uma referência de que é inspirada:
12) Cite provas de sua autenticidade – em si mesma:
13) Qual a importância da Bíblia?
14) O que é o “Canon”? Qual a origem do nome?
15) O que é a “Septuaginta”?
16) O que é o chamado período Interbíblico?
17) Qual é o maior e qual o menor livro da Bíblia?
18) Qual é o maior e qual o menor capítulo da Bíblia?
19) Qual é o maior e qual o menor versículo da Bíblia?
20) O que é Dispensação e quais são?
21) O que é Aliança ou Concerto e quais são?
22) Cite 5 símbolos (figuras) da Bíblia:

ECLESIOLOGIA

1) Qual o significado da palavra: Igreja?


2) Em que sentido a palavra é usada popularmente?
3) No sentido cristão, quais são vistos no NT?
4) Quem fundou e quem é seu dono? Cite referências:
5) Quando foi fundada?
6) Cite alguns nomes e símbolos pelos quais a Bíblia se refere a ela?
7) Cite nomes pelos quais os membros são chamados no NT?
15
8) Quem são os membros da Igreja?
9) Qual a sua principal regra de fé e prática?
10) Quais suas ordenanças e quais seus sacramentos?
11) Que é sacramento?
12) O que significa o Batismo e qual a forma correta?
13) O que é o Batismo em nome de Jesus, conforme Pedro ensinou?
14) Qual é a expressão correta: Ceia do Senhor ou Santa Ceia? O que significa?
15) Quais são as teorias que falam do valor e misticismo na Ceia? Explique:
16) O que é a Ceia livre, restrita e ultra-restrita? Qual você defende?
17) Qual a missão integral da Igreja?
18) Quais características de crescimento se deve ter na Igreja?
19) Qual o plano financeiro para a Igreja? Cite textos:
20) Fale sobre a forma ou sistema de governo na Igreja Primitiva: Dê um exemplo: 21) Quais
formas de governo encontramos, hoje, nas igrejas?
22) Quais os tipos de disciplina; e que significam? Dê uma referência.
23) Quais os 5 tipos de disciplina corretiva aplicados hoje?

CBN / ORMIBAN / ÉTICA

1) O que é a Convenção Batista Nacional?


2) Quando foi organizada? Por quê?
3) Qual é sua atual estrutura administrativa?
4) O que é uma CBE?
5) O que é a JAMI? Qual sua função?
6) Como são chamadas as organizações internas que representam os homens e as
mulheres, respectivamente?
7) Qual é a instituição de ensino teológico em seu Estado?
8) Em que modelo de Igreja Evangélica a CBN se enquadra e que métodos, estratégias e
liturgias devem ser seguidas?
9) Quais são os oficiais da Igreja segundo o NT? Quais a CBN adota?
10) Qual sistema de governo os batistas adotamos?
11) O que é a ORMIBAN e qual sua função?
12) Por quais instrumentos a ORMIBAN é regida?
13) O que é a ANEM?
14) O que é ÉTICA, para você? Você tem ética?

16
15) Ao ser edificado com boa leitura e sermões de outros, você repassa à Igreja? Como?16)
Que critério deve ser adotado no uso de ilustrações no sermão?
17) Qual a melhor atitude quando surge um confronto entre o pastor e a liderança daigreja? É
assim que você age?
18) Quais os principais textos que apresentam as qualificações do pastor no NT?
19) O que fazer se a igreja se dividir em dois grupos num conflito direto?
20) Qual deve ser a influência do pastor na tesouraria?
21) Ao ser procurado por “ovelhas” que já não estão sob seu cuidado, como deve agir? 22)
Como você recebe as críticas e queixa contra colegas? E como as faz?
23) Com que freqüência convém ao pastor sair de sua igreja para ministrar fora?
24) Como se recepciona num culto, um pastor visitante, desconhecido? E um famoso?25) Qual
sua atitude se no uso de seu púlpito um convidado seu, defender heresias, usar de
irreverência vulgar, ou pregar usos e costumes e disciplina?

OS BATISTAS NA HISTÓRIA FÉ - LIBERDADE - DEMOCRACIA

O COMEÇO

Os Batistas, na história do cristianismo, ainda que tidos como protestantes,


defendemos que nossa origem é bem anterior à "Reforma" que teve no monge Martin
Lutero seu maior expoente. Alguns ramos chegam a afirmar que a Igreja de Cristo teve
início em João, o batista, quando o próprio Jesus a ele se dirigiu para ser batizado e,
assim, outorgou a legitimidade e autoridade de Sua Nova Aliança. Quando em 325 D.C. o
imperador romano Constantino promoveu o 1º concílio tornando a Igreja Cristã, a religião
oficial do Estado, esta começou a entrar no cone de sombra até alcançar a Idade das
Trevas, à partir do Séc. XI. Em diversos pontos da Europa houve durante a Idade Média,
grupos religiosos fiéis à Escritura, que viviam marginalizados e escondidos, lutando contra
a corrupção da igreja dominante, combatendo as heresias pagãs e batizando por imersão
os novos fiéis, mediante seu arrependimento pelos pecados cometidos, e sua confissão em
Jesus como único salvador. Os de fora dos grupos, diziam que os fiéis que eram
aspergidos estavam sendo rebatizados, e chamavam-nos de Anabatistas. O nome de
origem grega "Baptizo" quer dizer, imersão, mergulho, e "Ana" é uma preposição que
significa: outra vez. Na verdade, alguns se deixavam chamar assim, mas os grupos eram
somente batistas por suas práticas e princípios.
Não existe entre os Batistas o nome de um líder único, um fundador, como há entre
outras denominações. Os Batistas resultamos de tais grupos que unidos pelos princípios
da fé apostólica, sempre foram vítimas de lutas, guerras, sofrimento, sangue e morte.
Foram duramente perseguidos não só pela "santa inquisição", o braço criminoso que mais
manchou a Igreja Católica Romana no Séc. XVI, mas também, não tolerados pelo próprio
reformador Lutero.

DA EUROPA PARA A AMÉRICA

17
Na Inglaterra, os grupos Batistas foram perseguidos pela igreja oficial, cujo líder era
o rei, e por grupos reformados. A primeira menção histórica de um grupo adotando o nome
Batista, ainda que tímida, mas não sem importância, acontece em 1612, quando Thomas
Hewlys volta da Holanda para Londres, já com a pregação do que pode ser considerado o
embrião dos Princípios Batistas da "Liberdade de consciência e responsabilidade pessoal
do homem, diante de Deus, não se adimitindo qualquer mediador humano ou direção das
autoridades nas questões de fé”; o que o levou à prisão e à morte, 3 anos depois.
Os diversos grupos espalhados, com os chamados pais peregrinos deixaram, pois, a
Europa e demandaram às colônias inglesas da América do Norte. Em 1620, junto com
calvinistas, que viriam a originar os presbiterianos, desembarcaram do "May Flower" e
respiraram os ares da liberdade. Por terem uma visão própria de certos princípios dos
reformados, separaram-se e se instalaram na Ilha de Rhode, no estado da Virgínia, onde
organizaram em 1639 a Primeira Igreja Batista da América, tendo em Roger Williams, seu
principal lider. Desse começo, abriu-se a porta da liberdade religiosa, social e política que
inspirou a Constituição Americana na apologia da competência da alma humana, do valor
do indivíduo, da inviolabilidade da consciência, da igualdade de direitos e da separação da
Igreja e do Estado. É sabido que os fundadores da nação americana, os que luraram
contra o colonialismo inglês, tiveram participação de calvinistas e forte influência e
presença da Maçonaria. Mas o discurso ético e democrático que os Batistas, já naquele
tempo, reivindicavam como postura para os governantes, de que um Estado laico (não
controlado pela religião) não significa ter um governo imoral, injusto e opressor de minorias
mais fracas, em defesa de seus interesses egoístas pelo poder, muito mais, deveria ser
exemplo na prática em sua comunidade.
Desde os seus primórdios os Batistas decidimos democraticamente sobre as
questões que se referem à igreja, desde que mantidas as bases Bíblicas, das quais não
abrimos mão. A postura com a liberdade exercida pelos membros se confunde com a
história da Igreja. As famosas Declarações de Fé - documentos escritos por teólogos da
igreja que através dos séculos reproduzem nossa ideologia - já marcavam essa posição
muito antes do primeiro missionário norte americano por os pés no Brasil em 1860.
Naquele ano, o pastor Thomas Jefferson Bowen aportou no Rio de Janeiro, capital do
Império de Brasil.

DA AMÉRICA PARA O BRASIL

O pastor Bowen foi o primeiro missionário enviado ao Brasil pela Junta de Missões
das Igrejas Batistas do Sul dos Estados Unidos. Sua missão era organizar uma igreja de
língua inglesa para os imigrantes americanos. Também tinha a intenção de trabalhar entre
os escravos, já que fôra missionário na África, onde aprendera o dialeto "iorubá", corrente
entre os negros traficados para o Brasil. Impedido pelas autoridades, sujeitas ao clero
católico, de propagar a mensagem evangélica; mais o alto custo de vida, o clima quente, a
ameaça da febre amarela e um problema crônico de saúde, Bowen acabou ficando no país
apenas nove meses. Mas nesse período, a Guerra da Secessão dos EUA, (1859 -1865)
entre os estados do norte e do sul, curiosamente promoveu uma onda evangelística
informal através dos imigrantes que vinham fugindo da guerra civil.
Ao chegar, instalaram-se no estado de São Paulo na região de Stª Bárbara D`Oeste
onde fundaram um município com o sugestivo nome de Americana. Assim nasceu a
primeira igreja Batista em território brasileiro, em 10 de setembro de 1871, sob a
coordenação do pastor Richard Ratcliff. Durante dez anos, os cultos continuaram
destinados aos imigrantes e em inglês; somente iniciando as atividades regulares em

18
português, em 1881, com a chegada dos casais de missionários: William e Anne Bagby, e
Zachary e Kate Taylor, que rapidamente aprenderam o novo idioma, num colégio
presbiteriano de Campinas. Um fato interessante é que um dos professores era um
expadre, de Alagoas, Antonio Teixeira de Albuquerque, que se converteu lendo a Bíblia, e
veio a ser o primeiro brasileiro consagrado pastor batista.
As bases já estavam lançadas e o modelo de estrutura eclesiástica congregacional
onde cada igreja local é autônoma, livre e independente, ligando-se às co-irmãs por
associação e cooperação, marca que distingue os Batistas, além da fé inabalável,
determinaram seu crescimento. Foi, pois, com essa herança, que os cinco se mudaram
para Salvador, Bahia, então com 250 mil habitantes e fundaram, em 15 de outubro de
1882, a Primeira Igreja Batista Brasileira.
À medida que as igrejas se multiplicavam surgiu a necessidade de firmar e propagar
seu ideário, o que começou a ser feito através de publicações, sendo o primeiro periódico
editado em 1901, ainda hoje em circulação. Ao missionário e músico de origem judia
polonesa, Salomão Guinsburg, homem de visão avançada para seu tempo, coube o mérito
de idealizar, conceber e por fim congregar todas as igrejas em uma associação que se
reunindo em Assembléia em 22 de junho de 1907, formaram a CBB - Convenção Batista
Brasileira.
Em Minas Gerais, os nomes de Otis Maddox e Rosalee Mills Appleby, estão
marcadamente ligados ao que viria, décadas depois com uma radical mudança, tornar os
Batistas “ainda mais intensos em sua proclamação, mais profundos em seu culto e vivos
em sua missão”.

OS BATISTAS NACIONAIS

O intenso trabalho de D. Rosalee atravessou as décadas de 30 e 50, com uma


pregação vigorosa, sobretudo no uso da literatura. Em 1958, o pastor José Rego do
Nascimento, titular da Igreja Batista da Lagoinha, vencendo o preconceito e resistências ao
evangelho, fechou um contrato para iniciar um programa na Radio Guarani; e ao comunicar
à D. Rosalee, ela declarou profeticamente que o nome fosse: Renovação Espiritual. O
movimento de renovação proliferava em pontos dispersos por toda parte, espelhado no
relato de Atos, capítulo 2, mas era só o começo; e um pentecostes ainda estava para
eclodir. Na noite de 18 de outubro do mesmo ano, o pastor José Rego, que fôra batizado
no Espírito Santo, quatro anos antes, voltava de uma conferência, para o Seminário Batista
do Sul do Brasil, no Rio de Janeiro, quando foi abordado e convidado a participar de uma
vigília pelos alunos. O que aconteceu naquela noite delineou a história do ramo Batista
pentecostal no país. O Espírito caiu, derramou, possuiu os presentes, levando-os ao chão
entre gemidos e lágrimas e concedendo os dons. Imediatamente o pastor Rego
comunicou-se com o pastor Enéas Tognini, que tivera sua própria experiência há apenas
dois meses, em 16 de agosto.
Logo o fogo começou a se alastrar pelas Igrejas do Rio de Janeiro onde importantes
lideranças de então embriagavam-se com o "mosto do céu". Seguidamente, Belo
Horizonte, São Paulo e Maceió, experimentaram o avivamento. Daí, a nova obra não pode
mais ser detida, o que gerou uma feroz oposição dentro da denominação, contra o mover
de Deus; acusado de heresia espírita, desagradável, negado, repudiado, não reconhecido,
condenado e estranho, num Manifesto adotado em todo Brasil pelas demais igrejas
Batistas. Assim, em 1965 sob a justificativa de divergências nas práticas adotadas, 52

19
igrejas foram excluídas da Convenção Batista Brasileira, as quais, em 16 de setembro de
1967 organizaram-se na CBN, Convenção Batista Nacional.
Foi o pastor Tognini quem escreveu em certa ocasião: "Nos Estados Unidos da
América do Norte, existem mais de 33 milhões de batistas e mais de 60 grupos diferentes,
de Batistas. No Brasil há nada menos de 12 grupos diferentes. O essencial em nossas
divisões é quase sempre por questões administrativas... Divergimos no secundário, somos
um no essencial... O espírito de liberdade batista pode ser visto na Igreja local, bem como
nas convenções de âmbito nacional e, principalmente na Aliança batista Mundial, que
agrega em seu seio grupos heterogêneos nos pontos secundários. E todos são Batistas.”

OS BATISTAS EM DADOS – (2010)


Números estatísticos sempre variam. Nas igrejas, com a dinâmica do crescimento,
eles somente serão valores aproximados, por mais que se busque a atualização. Segue,
assim, um Raio X de ambas as Convenções, com dados de dezembro de 2009:
CBB Convenção Batista Brasileira – Sede: Rio de Janeiro – Fundação: 22 de junho
de 1907 – Fiéis: 904 mil – Igrejas: 5.800 – Pastores: 5.900 - Presidente - Paschoal Piragine
Jr.
CBN Convenção Batista Nacional – Sede: Brasília DF – Fundação: 16 de setembro
de 1967 – Fiéis: 305 mil – Igrejas: 2.800 – Pastores: 2.200.
As atividades de ambas se assemelham, o que não poderia deixar de ser. Os
inúmeros seminários teológicos são reconhecidos entre os de mais alto nível de ensino;
escolas; faculdades; as mais diversas obras assistenciais próprias e projetos sociais em
parceria; importantes editoras e amplo trabalho nas redes de comunicação: Rádio e Tv.
CBB e CBN formam e enviam missionários para os cinco continentes, tomando, agora, o
caminho inverso, para o estrangeiro, de onde se deu sua origem. Vale lembrar, que um
brasileiro, já foi o presidente da Aliança Batista Mundial, que congrega cerca de 190
convenções em mais de 150 países com quase 50 milhões de membros. Diferenças à
parte, a ABM tem reconhecido e honrado pastores e lideranças Batistas do Brasil em
conferências internacionais, como ocorreu no I Congresso Latino-Americano de Adoração,
no Rio de Janeiro, em 2000.
Além das duas grandes Convenções, seguem as mais conhecidas e de origem
inteiramente desvinculadas destas: a Igreja Batista Regular; Igreja Batista Independente;
Igreja Batista Bíblica; Igreja Batista Fundamentalista.
O historiador batista, jornalista e professor Israel Belo de Azevedo, como diretor do
Departamento de Comunicação Social da Universidade gama Filho, no Rio, afirmou que:
"O princípio das decisões individuais produz uma democracia participativa, o que está na
raiz do pensamento batista. Não existe cristianismo sem isso, porque na realidade ninguém
pode empurrar sua responsabilidade para outro, nem para Deus."
É claro nas Escrituras, que o governo perfeito do Deus soberano, não é
democrático, mas uma Teocracia. Por meio dela, o Senhor guiou Israel até o juiz,
sacerdote e profeta Samuel, seu representante, quando este foi rejeitado; na verdade, o
próprio Deus. Sua presença e direção não impediram que os filhos da nação fizessem mal,
suas escolhas. A democracia opera em nível horizontal tentando regulamentar o direito nas
decisões, mas só pode ser bem conduzida se não perder sua relação vertical com o
Criador, que tem sempre a última palavra; e nos cabe obedecer. Como batistas entre
homens, num mundo sob o pecado, buscamos em nossas relações interpessoais
transformá-lo e conduzí-lo pela justiça, para a paz e alegria do Reino de Deus. Sir. Winston
Churchill -1874/1965 declarou: "A democracia, de todas as formas de governo humano, é a
menos pior."
20
Que saibamos usar todos os recursos que nos dá, neste tempo, o Senhor, com
sabedoria e temor, como luz do mundo e sal da terra, para o louvor da Sua glória.

Bibliografia
Tognini, Enéas - A História dos Batistas Nacionais
Tognini, Enéas - Eclesiologia
Revista Vinde - Nº 24 nov/97
Jornal O Batista Nacional - Edições diversas
Site CBB:www.batistas.org.br
Site CBN: www.cbn.org.br

RESPOSTAS
TEOLOGIA PRÓPRIA

1) Qualquer declaração ou apologia que se possa apresentar em defesa da existência de


Deus, ainda que irrepreensível na lógica e na solidez e coerência dos argumentos exige fé.
Deus não é matéria e objeto que possa ser percebido pelos sentidos, sem que Ele próprio
o queira, nem mensurado pelos meios científicos. A história do homem passou a “existir”
quando este passou a registrá-la; e quando o homem passou a registrá-la, ele passou
conscientemente a existir. Deus é antes da história e dos pensamentos humanos. É
eterno; mas, desde que o homem começou a pensar na sua existência e no que estava ao
seu redor, e registrou estes pensamentos, Deus esteve presente.
Alguns insistem em dizer que o homem criou Deus – a idéia da existência – para suprir
uma necessidade de sua ignorância. As tantas formas de deuses poderiam justificar o
argumento se o Deus verdadeiro e único não tivera se revelado ao homem através de uma
família, um povo por Ele escolhido; e bem mais pela excelência e grandeza dos evidentes
resultados e efeitos transformadores de sua presença na vida do homem, do que qualquer
argumento.
E finalmente, nenhum registro conhecido tem o poder incontestável que a Bíblia
possui, também, sob todas as condições de exame quanto à fidelidade autoral e histórica
de seu texto. Se é o caso de não se ter uma prova favorável no conceito que a ciência
exija, igualmente, a ciência jamais apresentou uma prova da não existência. Fiquemos,
então, com o Argumento Teleológico:
O absoluto equilíbrio do universo e de toda a criação revelam uma perfeita harmonia
entre suas leis, levando a pensar na possibilidade da existência de um ser criador com
sabedoria e poder superiores; não sendo assim, a criação, uma obra do acaso.

2) A Bíblia não se propõe em ser um tratado de filosofia nem um libelo jurídico em que Deus
se preocupe em tentar provar que exista, contra a negação de homens. Instintiva e
naturalmente o homem pensa e sente a divindade para preencher seu vazio existencial. O
que Deus fez, foi cercá-lo de evidências que pudesse perceber e levá-lo a buscar, e
através da Bíblia forneceu os elementos adequados e exatos para tal, mediante a fé. O
Salmo 19 é uma exposição Teleológica e é uma declaração da fé. Gênesis 1 trás na ordem
da criação a coerência científica que parte dos elementos mais simples, para as formas
mais complexas de vida.
21
3) Seguem como exemplo, a definições dadas por Langston e Strong, respectivamente:
“Deus é um espírito pessoal, perfeitamente bom, que, em santo amor, cria, sustenta e
dirige tudo”.
“Um espírito infinito e perfeito em quem todas as coisas têm sua origem, existência e fim.”

4) Deus é uma pessoa, pois possui as seguintes características: o sentir; o pensar; o querer.
Deus tem consciência própria e direção própria.

5) Deus é espírito! A declaração de Jesus à samaritana. (Jo 4.24)


6) A teoria/filosofia que nega a existência de Deus.

7) A revelação bíblica de Deus como e quem Ele realmente é.

8) A idéia de um deus criador de tudo, porém distante, deixando a criação às suas próprias
leis, sem se relacionar com ela.

9) Tudo é deus ou deus está em tudo. Árvores, pedras, ar, água, terra, fogo, animais, homem
e etc..

10) É a teoria (holística / universal) da grande alma ou energia comum de onde todas as coisas
derivam. Tudo é parte desta mesma energia, menos ou mais desenvolvida.

11) Defende a existência de muitos deuses.

12) Crê que tudo deve conter fundamento lógico e satisfatório para se explicar; propor que
pode haver um deus parece uma idéia elevada, mas é fútil e pretensiosa. Nossa mente
finita e prática não alcança ou aceita, com sinceridade, o que é subjetivo e não pode ser
provado; é impossível afirmar que Deus existe.

13) Os atributos naturais em relação a si mesmo, são próprios e somente de Deus; são
absolutos, são completos e indissolúveis. São incomunicáveis porque não podem ser
doados ou compartilhados. São eles:
■ Unidade – Define em Deus que Ele é um só; há um só Deus; é único; é uno. Fora dele
não há outro Deus, mas nele, dentro dele, revela-se a existência coletiva da Trindade, com
uma só natureza, um só caráter e um mesmo poder. Não se divide. Não se perde. Não se
acrescenta. Não se contradiz.

■ Imutabilidade – Deus é o que é. Não muda em sua natureza nem em seu caráter. Ele é
perfeito. Pronto. Definitivo.

■ Eternidade – É eterno. Traz a idéia de tempo e além do tempo. Transcende o tempo e


não está sujeito a este. Sempre existiu e existirá.

■ Infinitude – É infinito. Traz a idéia de espaço e da imensidão ilimitada de sua grandeza. É


maior que tudo que existe e se possa imaginar.

■ Soberania – É a prerrogativa de Deus em poder fazer sempre o que decide e lhe apraz,
não sendo sujeito a nada. Ainda que nada houvesse, Ele é o Senhor.

22
14) Também, são exclusivos de Deus.

■ Onisciência – É o pleno e perfeito conhecimento de todas as coisas. Deus é presciente


em relação ao que faz, ao que existe e existirá. Não precisa aprender ou pesquisar nada. É
absoluto em informações, ciência e sabedoria. Nada lhe é oculto.

■ Onipresença – Em uma relação com a infinitude, descreve a grandeza de Deus


preenchendo todos os espaços. Onipresença pode ser entendida, não como Deus estando
repartido em todos os lugares ao mesmo tempo, mas, todos os lugares e pessoas, enfim,
estando em sua presença. Para alguns estudiosos, é pela Onisciência que Deus se faz
onipresente em todo o universo. Há um lugar, porém, em que esta presença adquire uma
plenitude como não em outros: No céu, entronizado de glória.

■ Onipotência – Por tudo que é e que faz, é o atributo conclusivo do ser Deus. Ele é
onipotente porque é Deus e é Deus porque é onipotente. A manifestação deste atributo é
imediata à ação criativa. Tudo pode fazer. Tudo faz. Entretanto este poder, força e
capacidade não podem estar em desarmonia com sua natureza e princípios. Deus pode,
mas, não se permite fazer o que não é certo. É impossível. Ele tem poder sobre seu
próprio poder. É o que chamam de Onipotência moral: Deus não pode mentir; não pode
negar a si mesmo; não pode ser tentado; não pode pecar; não pode cometer injustiça.

15) Deus comunica, dá ao homem estes atributos como parte da natureza pessoal e
relacional, para que sejam exercidos. Teólogos diferentes apresentam listas diferentes
para classificar os atributos sem estarem errados. Nossa lista considerou oferecer uma
resposta prática em que diversos atributos podem estar compreendidos em outros, como
conseqüência natural. São eles:

■ Sabedoria – A sabedoria comunicada aqui, não é como a sua; isto é impossível. Em


Deus está a plenitude perfeita. Para o homem ele disponibiliza o conhecimento, a
inteligência e discernimento em constante aperfeiçoamento nele, e ainda, uma sabedoria
como dom especial por seu Espírito em momentos especiais.

■ Verdade – É a retidão e integridade do caráter. Incorruptível e sem engano, é impossível


coexistir a verdade com a mentira e haver duas verdades diferentes sobre uma mesma
questão. Ser verdadeiro é ser autêntico.
■ Justiça – A rigor, é a equidade e equilíbrio para julgar, deliberar, ponderar e determinar a
solução acertada sob normas, princípios e direitos, sem ferir, perverter e desprezar a
liberdade das razões e dos sentimentos. Estabelece-se pela verdade.

■ Fidelidade – Na raiz hebraica, as palavras fidelidade e fiel, significam: escorar, amparar,


sustentar, suportar e firmar. A fidelidade de Deus caracteriza sua lealdade, honestidade,
honra, dignidade, credibilidade, e a fé que podemos ter nele. Se constitui em uma aliança
eterna a qual sua natureza divina não se permite trair. Ela advém do cumprimento da
justiça.

■ Santidade – Literalmente, santidade significa, primeiro, separação. Deus está separado


de tudo, pois que nada se compara ou iguala a Ele; é maior em excelência do que tudo.
Tomando o significado de “absoluto”, da química, quer dizer: aquele elemento, aquela
substancia que não admite mistura. É pura; e nesta pureza satisfaz um propósito exclusivo,
ideal e definitivo. Assim, como segundo significado, temos a dedicação ou consagração a
23
sua vontade. A santidade separa Deus da criação porque Ele é incontaminável, imaculável
e intocável; e por si só esta santidade consome toda a impureza. Somente o seu bom
querer permite que nos aproximemos dele para que sejamos feitos santos.

■ Amor – De todos os atributos morais, relacionais e comunicáveis, o amor é o que melhor


revela seu caráter, e é o que dele nos aproxima. Não é um impulso resultante de uma forte
emoção, mas a permanência de um intenso sentimento favorável de aceitação e querer
apesar do conhecimento de razões para não tê-lo. Se a santidade nos separa, seu amor
nos atrai e nos constrange em um misto de orgulho e vergonha por sermos tão amados e
incapazes de retribuir o amor do qual Ele é digno. Como fruto do Espírito, o amor se
caracteriza em: graça; bondade; benignidade; misericórdia e longanimidade.

16)De forma simples, significa: três em unidade na unidade. Vemos a Deus, que é uno, em
três formas e manifestações pessoais distintas de si mesmo, com identidade e atividade
próprias, conservando, contudo, a mesma essência, natureza e eterna divindade em sua
relação com o homem: O Pai; O Filho; O Espírito Santo. Um em três.

17)Na Triunidade, a ênfase está na comunhão e coexistência das três pessoas divinas
consigo mesmo em que cada uma é o mesmo e único Deus, sendo presentes as duas
outras em cada pessoa. Três em um.

18)É a teoria de que o universo, a terra e o homem surgiram de uma fonte primária,
espontânea e elementar comum, que por combinações aleatórias e sucessivas
desenvolveu e resultou, finalmente, nas formas de vida que se vê, numa “seleção natural”.
Neste processo, Deus é desnecessário e inexistente. Seu autor, Charles Darwin, (1809-
1889) consolidou o que naturalistas como Charles Lyell (1797-1875) e Jean Batiste
LaMarck (17441829) já defendiam em suas observações, tornando-se o maior e mais
expressivo pensador e estudioso.
Quanto ao homem, afirma, não que este tenha evoluído do macaco; mas que todas
as espécies ou raças de macacos, (símeos) e o homem tiveram um ancestral comum; e
apenas uma, a que deu origem ao homem, evoluiu.

■ A narrativa do Gênesis mostra na ordem dos seis dias plena coerência com o que diz a
ciência quanto à formação dos elementos no universo e na Terra, surgindo a vida, das
formas mais simples para as mais complexas. A teoria do “Big Bang”, da grande explosão
que teria dado origem ao universo é muito parecida com (Gn 1.3) “Haja luz”!
Lembrando das leis da Física, a tal explosão se deveria ter dado sobre alguma massa ou
energia, já existente, em reação. É a primeira lei da Termodinâmica que diz que toda
massa é ou se converte em energia e vice versa, sempre em valores constantes. Outra
Lei, a da Biogênese, afirma que a vida só provém de vida e refuta a Geração Espontânea –
vida surgindo do nada; o que provou Louis Pasteur. Até para que houvesse a explosão, o
Big Bang, algo ou alguém deveria prover a substância a explodir.

O próprio tempo é mostrado em sua relatividade quando um dia é descrito como tendo mil
anos e mil anos durando um dia para Deus. (Sl 90.4) (2 Pe 4.1) O dia de quase 24 horas
existe em função da rotação da Terra sobre seu eixo, e ao redor do Sol. O mesmo Sol
criado no 4º dia. Aqui podemos entender cada dia como Eras, períodos diferentes entre si
que tiveram um princípio, meio e fim de duração. A criação, como Deus nos revela, não é
estúpida e não contradiz as Leis da ciência que Ele mesmo, Deus, estabeleceu. O que os
homens não querem é admitir um Deus Senhor e que exige santidade.
24
19)Religião é a expressão da busca do homem, de uma experiência sobrenatural com
algum tipo de força ou ser superiores ou uma divindade em resposta às suas perguntas e
anseios existenciais. Envolve emoções e razões; certas ou erradas. Biblicamente e
literalmente, religião é a religação com Deus. A teologia, portanto, que significa: “estudo de
Deus”, é a forma natural e necessária para se conhecer a Deus a partir da experimentação
religiosa de sentimentos pessoais, para através do ensino, adquirir conhecimento e viver a
prática da verdadeira religião.

20)Doutrina pode ser definida como um conjunto de idéias e princípios imprescindíveis que
formam as correntes de pensamentos de um grupo social e expressam suas crenças e
conhecimentos. A doutrina propõe modelos de vida e de valores, forma opiniões e juízos e
orienta quanto às ações. A doutrina deve conter verdades fundamentais apresentadas com
clareza e coerência, interpretando antecipadamente as mudanças por sua aplicação sob
preceitos bem organizados. Em nosso caso, doutrina, que significa ensinamento: é a
instrução das verdades bíblicas de modo lógico, ordenado e sistemático. Assim, vale a
doutrina, pelo poder de suprir a crença sem a restrição de um credo e a prisão de um
dogma; vale a doutrina, pela revelação do conhecimento da verdade, na razão da fé; vale a
doutrina, pelos frutos produzidos no caráter do crente e pelo caminho apontado para os
homens.

CRISTOLOGIA

1) Cristo, do grego e Messias, do hebraico Mashisch, significa: Ungido. Jesus era o Cristo. O
Ungido era a figura central da esperança judaica; o que representava a reconciliação plena
com o Deus Eterno: Yahweh. A unção no AT estabelecia autoridade reconhecida, enviada,
confirmada e aprovada. O Cristo era O Ungido sobre todos os ungidos. (Is 61.1-3) (Lc
4.1418) (Mt 16.16,17)

2) Jesus, do grego ou Josué, latinização do hebraico Ieshua, significa: Salvador. Jeová Salva.
Era um nome comum que retratava a esperança de Israel, por isso mesmo, muito usado.
(Mt 1.21) (Lc 1.30-33; 2.10,11,21)

3) As declarações de Jesus implicam, bem mais, na reivindicação da divindade pelos


atributos, poder e direitos exclusivos de Deus que ele tomou para si e, os que criam
aceitavam. Estes estavam claros na Lei e eram naturais na cultura hebraica; e assim as
autoridades religiosas não tiveram dúvidas: se não era Deus, se dizia igual, um mesmo
com Ele; Jesus disse ser Deus. Motivo legal de seu julgamento: Blasfêmia.

■ Suas: (Mt 14.33) (Mc 2.5-12) (Lc 7.48-50) (Jo 4.24-26; 5.16-18, 23-26; 8.56-58; 9.3538;
10.30-38; 14.9,15). Antes e depois da ressurreição. (Mt 28.9) (Ap 1.17-20; 5.6-14)

■ Outros: (Jo 1.1,10-14) (Rm 9.1-5) (Tt 2.13) (Hb 1.1-8) (Tg 2.1) (1Pe 5.10,11; 2Pe 2.1) (1
Jo 5..20)

4) Isaías 61.1 – João 4.18

5) Profeta: (Jo 4.19) (At 7.37) Sacerdote: (Hb 3.1) Rei: (Lc 23.42) (Jo 18.36)

6) Não foi criado. Foi gerado pelo E.S. de forma única. (Lc 1.26-35) (Hb1.1-16)
25
7) Belém (Lc 2.4-7) Nazaré (Lc 2.39,51)

8) Duas. Humana e Divina. 100% homem e 100% Deus. (Fl 2.5-11)


9) Era divino em perfeita santidade para que o sacrifício vicário tivesse valor e, humano, para
que o sangue fosse derramado e o sacrifício consumado. (Hb 2.14-18; 4.14,15; 9.22,27,28)

10) Comeu e bebeu: A ceia. (Mt 26) Dormiu: No barco. (Mt 8.24) Morreu.

11) Sim, mas não pecou. (Hb 2.17,18; 4.15)

12) Por ver o futuro do povo judeu em rejeitar o messias; o sofrimento e juízo eterno para a
humanidade que o rejeitaria e por sua própria dor, em todas as dimensões, que se
seguiria. – Consultar referências e considerar suas próprias conclusões.

13) Não há uma resposta conclusiva absoluta. Vale convicção pessoal, naturalmente,
embasada na Palavra. Como no choro à entrada da cidade, agora, os sentimentos eram
mais intensos; chegara a hora. Creio, pessoalmente, que se tratava da luta do Jesus divino
para NÃO ceder e lançar mão ao pleno poder e impedir o sofrimento e sacrifício do Jesus
humano. Isto revogaria o Decreto e propósito do amor eterno e imutável pela salvação.

14) Interpretação pessoal. Nos três versículos o autor aos Hebreus disseca as naturezas divina
e humana de Jesus e a relação conflitante de todo homem, entre a razão e a sensibilidade;
mente e coração; o que se sabe e o que se sente. A dupla natureza única e atípica de
Jesus, só será conhecida na Glória. O servo perfeito em obediência, ao Pai e ao seu
próprio querer, (Mt 26.38,39) (Jo 10.17,18; 12.27) não poderia ser sujeitado a um castigo
que lhe impusesse sofrimento para aprender a obedecer, e só assim, ser aperfeiçoado,
como parece sugerir o texto. Isto seria duvidar, vacilar, incredulidade, pecar. (Is 53.11)
(1Pe 1.11) (Sl 22.24) Deus se fez homem para impor a si mesmo o alto preço da justiça e
juízo que decretou contra o homem, e pagar, por amor.

15) Isaías.

16) Miquéias. (Mq 5.2) 17) Exemplos. ■ Isaque: O sinal mais evidente de sua vida foi o ser
levado ao sacrifício por seu pai Abraão; (Gn 22) mas, um dos mais impressionantes e mais
belos momentos está no envio de Eliezer, servo de Abraão e figura do Espírito Santo em
busca de uma esposa para Isaque. (Gn 24) Eliezer não vai a uma terra de estranhos e
encontra Rebeca, figura da Igreja. Todo o episódio é o completo relato profético, repetido
em Cantares, ministrado pelo próprio Jesus e consumado no Apocalipse, do encontro de
Cristo com a Igreja. O Arrebatamento. (Gn 24.6367) (Ct 3.6,7; 6.10; 8.5) (Mt 25.1-12) (Ap
19.7)

■ José: O que é traído pelos irmãos; vendido por moedas de prata; tido como morto; o que
recebe aos que o negaram em um banquete, se dá a conhecer e perdoa. O humilde servo
que se torna senhor da terra, abaixo, somente, do grande rei, que lhe dá o nome de:
salvador do mundo. (Gn 37 a 46)

■ Moisés. Não é necessário dizer muito. O libertador. (Dt 18.17,18) (At 3.22) (Hb 3.1-19)

18) Exemplos.

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■ A Arca de Noé: A Salvação do juízo divino foi proclamada e estabelecida de forma única
e condicional à entrada na Arca, pela fé. (Gn 6 à 9) (Hb 11.7) (Ef 4.5) O abrigo da Arca é
símbolo do batismo – morte e ressurreição em Jesus Cristo; novo nascimento pela água e
pelo Espírito. (1Pe 3.20,21) (Jo 3.5)

■ A serpente no deserto: A serpente enrolada numa haste é o símbolo da medicina É


símbolo de cura e saúde para o corpo e para a alma. (Nm 21.4-9) No deserto, depois do
pecado de murmuração, rebeldia, veio a morte por serpentes ardentes; a ordem de Deus
era o olhar – ir ao encontro da serpente de metal para perdão e vida. Jesus confirmou o
símbolo. O Filho do Homem no madeiro; levantado, (Jo 3.14,15) se fazendo maldito ao
levar a nossa maldição. (Gl 3.13) Como profetizou Davi: olhar para ele. (Sl 34.5)

■ O Tabernáculo: O santuário e todos os elementos e peças sagradas nele contidos, bem


como o propósito de sua edificação; a oferta de sacrifícios, prefiguram o sacrifício maior e
perfeito do Cordeiro de Deus – do Sumo Sacerdote Jesus. (Hb 81-5; 9.6-12; 10.19-23)

19) ■ “Deus meu ...” (Mt 27.46)


■ “Pai, perdoa-lhes ...” (Lc 23.34)
■ “Em verdade te digo ...” (Lc 23.43)
■ “Pai, nas tuas mãos ...” (Lc 23.46)
■ “Mulher, eis aí ...” (Jo 19.26,27)
■ “Tenho sede.” (Jo 19.28) ■
“Está consumado.” (Jo 19.30)

20) Para debate:


A maioria dos teólogos, seguindo a tradição, apresenta a sexta-feira como dia da
morte, afirmando que os 3 dias e as 3 noites foram simbólicos. É a resposta de uma
exegese e hermenêutica rendida ao que parece ser mais fácil entender. Jesus, o cordeiro
pascal, declarou que ficaria 3 dias e 3 noites sepultado, tendo morrido no dia da
preparação da Páscoa; e os discípulos testemunharam isso. (Mt 12.39,40) (Lc 24.18-21) O
que acontece é que, segundo os lingüistas, por “preparação”, o dia do sacrifício do
cordeiro, ter o mesmo radical do nome do sexto dia, no hebraico, e porque Marcos e Lucas
usam esta expressão, generalizam e desconsideram o que está escrito em Levítico sobre a
santificação sabática dos outros dias. Apegados numa tradução literal, para o que lhes
convém, fecham os olhos ao que os mesmos Evangelistas continuam a dizer e dispensam
uma afirmação bíblica ou prova histórica, insistindo, em outra conveniência: nos dias
simbólicos. As referências das Escrituras sugerem mais outros dias e deixam lacunas entre
a morte e a ressurreição. O sábado é a chave.

Os principais dias das diversas festas eram santificados e eram considerados como
um sábado com a paralisação. É preciso lembrar que sábado – shabbath, significa:
descanso, parada, paralisação, etc.. Vejamos: O Pentecostes. No dia imediato ao sétimo
sábado; (Lv 23.15,16,21) o primeiro dia no sétimo mês. (Lv 23. 24,25) A Expiação. No dia
dez do sétimo mês. (Lv 23. 26-32) O Tabernáculo. Dia quinze do sétimo mês; dias de santa
convocação, sem obras – sábados que não eram o sétimo dia. E oito dias depois, um novo

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sábado solene. (Lv 23. 33-36) Outra lembrança importante é que estamos considerando os
dias religiosos; de uma tarde à outra tarde. (vs 32)

No que implica à Páscoa, não se pode ignorar o contexto da lei que segundo o AT
impunha normas à celebração. (Ex 12.1-20) (Lv 23.4-8) (Dt 16.1-8) A Páscoa acontecia no
primeiro mês. (Religioso – Abibe, antes do cativeiro Babilônio e Nissãn, após e atualmente)
No dia 10 o cordeiro era escolhido e separado, e no dia 14 preparado sendo sacrificado à
hora nona, às 15:00 horas. Ao por do sol, após às 18:00 hs, era o início do dia 15, o
sábado santo, litúrgico, cerimonial da Páscoa, a Páscoa propriamente dita, quando o
cordeiro era comido (em família) com pães asmos e ervas amargas; era o Sêder, a
refeição da Pessach. Páscoa era o momento em que o anjo da morte passava sobre os
lares egípcios; a Passagem. Nele nenhuma obra se fazia. Do dia 16 ao dia 20, o trabalho
era parcialmente liberado. Ao iniciar sempre no dia 14 do mês, os dias da semana são
rotativos. Jesus, o cordeiro, morreu no dia da preparação. (Mt 27.57-64) (Mc 15.42-46) (Lc
23.54-56) Poderia ser qualquer um, mas para termos os 3 dias até o domingo, o 14
naquele ano deveria ser quarta-feira; Como responder? Fosse qual fosse ele, o dia 15,
seguinte à preparação, era de paralisação solene. Contados os sete dias, nova
paralisação; era o segundo sábado cerimonial da Páscoa: representando a segunda
passagem: a do povo pelo mar vermelho. E é claro, que nesta semana religiosa o sétimo
dia, o sábado verdadeiro, estava incluído; podendo fazer com que a semana tivesse três
sábados. – Mas, uma única sexta-feira. Em qual deles?
Outra evidência a se discutir e entender, está em que os textos sugerem a Ceia,
próxima ou durante a preparação, celebrada no cenáculo, (Mt 26.17-19) (Mc 14.12-16) (Lc
22.7-13) na passagem do dia 14 para o dia 15. Ora, como Jesus foi morto na preparação,
dia 14, na hora nona, às 15:00 horas, como poderia cear a Páscoa após às 18:00 horas do
mesmo dia? E se a Ceia fora o Sêder da Pessach, comemorado conforme a Lei, sua morte
se teria dado no dia 15, durante pleno sábado “solene” de paralisação, incorrendo uma
frontal violação e contradição pelos próprios sacerdotes, diante de uma população
perigosamente multiplicada e agitada naqueles dias. É o apóstolo João quem responde,
revelando que Jesus antecipara o Sêder, ao celebrar a Ceia do sacrifício Pascal, Seu
sacrifício, um dia antes. (Jo 13.1,2)
Os textos continuam e dizem que no dia seguinte, 15, de santa convocação durante
a Pessach, os sacerdotes foram a Pilatos pedir guardas para o sepulcro, e as mulheres
adquirir e preparar especiarias para ungir o corpo; mas por ser um sábado “solene”, não
puderam fazê-lo. Assim, no dia 16 as mulheres deram prosseguimento aos preparativos
dos ungüentos, porém, mais uma vez não concluíram em tempo de ir ao sepulcro; e com a
chegada do sábado “verdadeiro”, o sétimo dia da semana, dia 17, recolheram-se. (Mc
16.1,2) De acordo com o evangelista Marcos, a compra ter-se-ia dado após o sábado,
restando a alta noite e madrugada de domingo para ir ao mercado. Impossível. Improvável,
se fosse o sétimo dia. As compras, então, se deram depois de passar o dia 15 do sábado
“cerimonial” da Pessach, durante o dia 16. Ao chegar, afinal, o primeiro dia da semana, dia
18, quase comum na semana da festa Pascal, as mulheres saíram para cumprir ao
propósito da unção. Findara o sábado; (Mt 28.1-4) Nascia o sol; (Mc 16.2) Era alta
madrugada; (Lc 24.1) Ainda escuro; (Jo 20.1) e elas foram ao sepulcro, mas Ele já não
estava lá. Passados 3 dias e 3 noites, ressuscitou.
Finalmente, foi no Concílio de Nicéia em 325 DC, que se determinou a
comemoração da páscoa no 1º domingo após a 1ª lua cheia da primavera, no hemisfério

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norte – outono, no hemisfério sul, entre 22 de março e 25 de abril, tornando a “sexta da
paixão”, um dogma. Dogma papal católico apostólico romano. Você já pensou nisso?

Nota: O tema acima foi estudado nas fontes constantes no apêndice ao final.

PNEUMATOLOGIA

1) É Deus. A terceira pessoa da Trindade, não por ordem de importância, mas, pela
revelação de seu ministério para com o homem no propósito divino. É Deus – A declaração
de Pedro a Ananias: (At 5.3,4)

2) Livre citação. AT (2Cr 24.20) (Ez 37.9,10,14) NT (At 2.1-4)

3) ■ Água – Poder purificador. Limpa. Refrigera. Santifica.


■ Óleo – Unção. Revestimento. Autoridade. Cura.
■ Fogo – Poder sobre o pecado; sobre o diabo. Força. Justiça e Juízo.
■ Vento – Soberania e presença. Liberdade em obediência. Serviço.
■ Pomba – Mansidão. Paz. Pureza. Fidelidade.

4) Prover a vida. O sopro, o fôlego. (Gn 2.7)

5) Convencer do pecado da justiça e do juízo. (Jo 16.8)

6) Regenerar; santificar; consolar; guiar; fortalecer; testificar; ensinar; edificar; interceder;


revestir de poder; etc.. (Consultar textos para cada afirmação)

7) Na concepção. (Lc 1.35) No batismo. (Lc 3.21,22) No deserto. (Mt 4.1)

8) Na prática, tanto faz. O uso da preposição “com”, indica o modo e ao mesmo tempo dá a
idéia de uma relação de parceria: junto. O uso de: “no”; a combinação da preposição “em”
+ o pronome “o”, sugere: um lugar e aponta para uma presença pessoal; é demonstrativo.
O batismo com, ou no Espírito Santo, é a doação de uma manifestação presencial de
Deus. É uma “experiência sensorial concreta”. Aqueles que a têm, evidenciam em si
mesmos, atributos e capacidades humanas que jamais adquiriram e, outras, sobre-
humanas. São atuações no interior da alma e espírito do batizado, por meio de frutos e
dons e, exteriores através de dons “de poder”.

9) É uma doação de Deus. Em sua misericórdia Ele nos dá porque quer umrelacionamento
mais profundo e porque necessitamos. Não é resultado do merecimento de pretensos
santos cheios de fé. É preciso ter fé, sim, para receber; mas, não somos nós quem
medimos a fé. É uma promessa para o que nasceu de novo. (At 2.38) Não há fórmula
mística de palavras, ou ações. Deve se ter uma postura de paz, confiança e entrega de si
próprio sob um sincero desejo.
10) Vem de Deus. (Jo 14.16; 15.26) Vem com a finalidade de nos suprir por completo todos os
dias e conferir poder sobrenatural para pregarmos e Evangelho confrontando as trevas. (Lc
24.49) (At 1.8)

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11) No dia de Pentecostes, após a ascensão de Jesus. (At 1.1-11; 2.1-4)

12) Citando a profecia de Joel, (Jl 2.28-32) afirmou que era a promessa para sobre toda a
“carne”, todos os filhos de Israel, todos de todos os povos, todos os servos de Deus, todos
os que invocarem o nome do Senhor com arrependimento para salvação, a todos quanto
Ele chamar. (At 2.14-22, 38,39)

13) Como no Pentecoste, para a Igreja, não. Havia uma doação, um revestimento, uma unção,
uma cobertura, um enchimento. Eram manifestações individuais sobre pessoas escolhidas
por Deus com finalidades específicas. P/ex.: Os artífices do Tabernáculo; (Ex 31.1-11;
35.3036) os setenta anciãos separados para auxiliar a Moisés. (Nm 11.16,17, 24-30) Os
juízes. Os profetas.

14) Nove: Palavra de Sabedoria; ■ Palavra de Ciência; ■ Fé; Dons de Curar; ■ Operação de
Milagres ou Maravilhas; ■ Dom de Profecia; ■ Discernimento de Espíritos; ■ Variedade de
Línguas; ■ Interpretação de Línguas.

15) Quando se fala de prova a intenção é satisfazer cobranças externas. As correntes


pentecostais ensinam que é a presença do dom de línguas em razão de que em quase
todas as ocasiões de batismo no NT, ele se evidencia. Nenhum dos apóstolos afirmam ou
negam o dom de línguas como sinal de confirmação. Paulo, escrevendo aos Coríntios,
(1Co 14) ensina que este é o menor em importância e efeito dentre os dons porque,
segundo ele, edifica ao que o possui, e pouco ou nada à igreja e aos de fora. Testemunhar
a presença do dom como presença do batismo edifica quem sabe o que é a manifestação;
mas não significa, necessariamente, que seja a prova única. Cremos que ao proceder ao
batismo com o dom de línguas, Deus o faz para que de um modo imediato e simples não
deixe nenhuma dúvida do ocorrido; o que outro dom não faria.
O que deve ser observado como prova é a razão do batismo, nas palavras do
próprio Jesus: Autoridade e poder para pregar o Evangelho. (Lc 24.49) (At 1.7,8) Pregar
não só com palavras; mas, com conhecimento, sabedoria, convicção e a ousadia de uma
vida sem temor do mundo e plena de amor e paixão por Ele e pelas almas, sendo capaz de
revelar a Sua glória ao anunciá-lo. (Jo 14.16-27; 16.1-14) Você concorda?

16) Sete; Oito e Cinco, respectivamente:

Aos Romanos, Paulo agrega dons sobrenaturais com os talentos inatos do homem, que
podem ser aprimorados em excelência como dons divinos; são eles: ■ Profecia; ■
Ministério ou Servir; ■ Ensinar; ■ Exortar ou dar ânimo, encorajar; ■ Contribuir; ■ Presidir
ou liderar; ■ exercer Misericórdia.

Na continuidade aos Coríntios há uma nova mistura entre dons de liderança e ministério
com os sobrenaturais e talentos inatos, vocacionais: ■ Apóstolos; ■ Profetas; ■ Mestres; ■
Operações de Milagres; ■ Dons de Curar; ■ Prestação de Socorro; ■ Governo ou
administrar; ■ Variedade de Línguas.
Em Efésios, os dons de ministério: ■ Apóstolos, ■ Profetas, ■ Evangelistas, ■ Pastores ; ■
Mestres.

17) Amor, alegria/gozo, paz (interior), longanimidade/paciência, benignidade, bondade, fé,


mansidão, temperança/domínio próprio. Diz-se fruto, no singular, porque são todas

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características de um fruto primeiro e maior: o amor. É o que Paulo aponta em sua
descrição do amor. (1Co 13)

18) É fruto, mas também é dom. Paulo compara e apresenta o amor ao enumerar uma lista de
dons, mas não se refere ao amor chamando-o de dom. Ele descreve a sua excelência.
Podemos considerar como dom a partir do momento que entendemos que é uma bênção,
uma dádiva de Deus. O verdadeiro e perfeito amor vem dele, pois é a sua natureza. (1Jo
4.8) Nós o recebemos pelo derramar de seu Espírito. (Rm 5.5-8) mas é fruto, porque é
plantado e semeado em nós para que se desenvolva e permaneça para sempre, também,
pelo nosso desejo e nosso trabalho.

19) Não há quem seja; mas, podemos e devemos estar cheios pela renovação contínua. Se
falamos em nos encher é porque nos esvaziamos. Encher é experimentar, viver em
constante, profunda e integral comunhão com Deus, pelo Espírito. É buscá-Lo de todo
coração e entendimento e, ao encontrá-Lo, aproveitar ao máximo e voltar a fazer o mesmo,
depois de se exaurir nas atividades, provações e tentações diárias.

20) Há duas interpretações aceitas: Um batismo sob o simbolismo do poder do fogo,


manifestado na força das ações, paixão e amor, que impulsionam àquele que é batizado e
um batismo em que o crente estará submetido e mergulhado em desafios, provações e
lutas “ardentes como no fogo”.

21) O momento do AT é diferente do que vivemos a partir do NT e do Pentecostes para a


Igreja. A experiência de Saul, também é resultado da soberania de Deus em seu propósito.
O crente, hoje, nascido de novo, feito nova criatura, filho de Deus, justificado por Cristo,
tornado templo do Espírito Santo, não pode ser possuído por demônios. Pode, no entanto,
ser oprimido, afastar-se da Fé e servir ao diabo e, então, pelo arrependimento, voltar. Essa
discussão, porém, entra no campo da validade e sustentabilidade da salvação. Se o crente
a perde ou não. Qual a relação entre a graça doadora com as obras de quem a recebeu.
Vale estudar Romanos e orar muito.

SOTEROLOGIA

1) É o ato da maravilhosa graça e amor de Deus em oferecer por Seu favor e boa vontade,
sem que os homens façamos algo anteriormente para merecer receber, o livramento da
condenação do pecado, que é a morte, por intermédio do sacrifício de Seu filho Jesus
Cristo. (Jo 3.16) (Rm 6.23)
2) Porque todos pecaram; (Rm 3.23) estamos sob a herança do pecado original em Adãoe, o
salário, a consequência do pecado é a morte. (Rm 6.23)
3) (At 2.37,38; 16.30,31) (Rm 10.8-10,13) Crer em Jesus como seu único e suficienteSenhor
e Salvador, arrepender-se de seus pecados e confessar-se pecador, pedindo perdão e
entregando sua vida a Ele.

4) Não pode. Deve apenas crer e obedecer. (Ef 2.8,9)

5) Há somente um: Jesus.

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6) Em Deus, em Seu propósito, na eternidade; (1Pe 1.18-20) (Ap 13.8) “antes da fundação do
mundo”.

7) Ambos. Do ponto de vista de Deus, é imediata. Ele é soberano; o sacrifício de Jesus é


eficaz e, quando somos declarados justos é a expressão da verdade em Seu poder para
nos dar salvação. Nele, nossa salvação está consumada. (Ef 1.3-6) Para nós, em nossa
ótica humana limitada e imperfeita; cremos na fidelidade da declaração de Deus, pela fé,
mas nos confrontamos com nossa própria realidade. Nela, devemos viver a nossa luta
diária perseverando pelo nosso aperfeiçoamento na salvação. (1Co 9.24-27) (2Co 7.1) (Fl
3.1214) (Cl 3.1-17) (Hb 13.20,21) (1Pe 5.10) (1Jo 1.7)

8) Regeneração – Justificação – Santificação – Glorificação.

■ Regeneração é ser gerado de novo: É o ato do novo nascimento; da conversão; da


mudança; transformação em uma nova criatura pelo sangue de Jesus. (Jo 3.3) (Tt 4.5)

■ Justificação é o ato judicial de Deus em nos declarar justos. Em sua onisciência e


soberania Ele vê a Regeneração operada em nosso coração a atesta que estamos
justificados perante Ele e, cumprida a exigência da lei do pecado, livres da condenação.
(Rm 5.1; 8.30-33)

■ Santificação é o início da restituição da imagem e semelhança da natureza divina no


homem. É o ato contínuo à Regeneração e Justificação, sendo nós, separados do mundo e
do pecado por Ele e para Ele pelo seu Espírito Santo. (1Ts 3.13) ( Hb 12.14) (1Pe 1.2)

■ Glorificação é o estado final reservado para o crente. Ser feito e transformado em um


corpo incorruptível, glorificado, como o de Cristo após a ressurreição. (1Co 15.50-58) (Rm
8.3033)

9) Redenção é o ato ou efeito de redimir; ajudar; salvar; libertar; remover a culpa e receber
e/ou dar uma nova condição; ser transformado, transformar em definitivo.

10) Remissão é o perdão da dívida; (do pecado) aceitando o credor, (Deus) uma compensação
que o satisfaça plenamente como pagamento e, assim, desconsiderando o rigor da
exigência inicial.

11) Eleição é a escolha de Deus nos dando acesso a todas as suas bênçãos; aos servos, o
direito de serem filhos: à salvação. Esta escolha em Cristo é uma eleição geral e eterna
para todo aquele que se candidatar a receber o voto de aprovação de Deus. Ser candidato
(ao céu) é ter a “marca da candura”, a brancura, ser tornado alvo, ser purificado. (Ef 1.3-6)
12) Liberdade de decidir e julgar o que lhe parecer melhor para si; liberdade de escolha.

13) É a doutrina que ensina que Deus decretou, já “previamente” pela sua soberania, que os
homens estão escolhidos e destinados a um fim, independente do que façam ou
aparentam ser: uma parte deve ser salva e a outra parte condenada.
Segundo ela, nada ou qualquer ação pode mudar este fato; “Deus não é injusto,
pois não é obrigado a salvar ninguém. A culpa é do homem; a queda de Adão foi sua
própria falta. Jesus não morreu por todos; mas, apenas pelos salvos. Não fosse assim, os

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que se perdem atribuiriam fracasso à expiação”. Apenas, não sabem os homens, quem faz
ou fará parte de cada grupo. É irreversível.

14) Afirmar que se perde ou não é uma pretensão humana sobre o conhecimento da Teologia
cujo propósito pouco acrescenta à prática da vida cristã. Bem mais importante do que
definir um ponto doutrinário, é desfrutar e viver a salvação conforme o caráter que o
Salvador Jesus definiu para os salvos.
O candidato examinado deve apresentar sua convicção pessoal sob base bíblica, porém,
este autor apresenta as seguintes respostas a serem consideradas:

1º) Santidade de vida é o padrão e perfil exigido de quem está e é salvo. Entendemos que
o homem obtém a salvação mediante o reconhecimento e arrependimento de suas culpas
e a confissão sincera e completa de seus pecados, tornando-se nova criatura pelo Novo
Nascimento. (Jo 3.3-6) Sob este ponto de vista, assim como o nascimento físico só ocorre
uma vez, o nascimento do Espírito só deve, igualmente, ocorrer uma única vez. Assim, ao
nascer de novo e se tornar “filho de Deus”, a salvação é absoluta, pois faz parte da
natureza interior e implica em transformação, conversão, metanóia. Por esta ótica,
salvação não é algo que se possua como um objeto e seria impossível perdê-la sem
perder a vida, literalmente. Jesus, mesmo, disse que não abre mão, ou perde os que vão a
Ele. (Jo 6.37) Perder é uma ocorrência involuntária. Quem perde algo fica separado e sem
o conhecimento de onde esteja o objeto perdido. E sendo a salvação adquirida em Cristo e
por meio de Cristo – sempre presente – perder é inconcebível.

2º) Por outro lado, sabemos que os nossos pecados fazem separação entre nós e Deus;
(Is 59.2) e João, pelo Espírito, afirma que mesmo os salvos, pecam, (1 Jo 1.7-10) e Paulo,
falando de si mesmo, descreve o esforço, trabalho e determinação para permanência na
salvação. (Rm 7.14-25) (Fp 3.7-14) Ora, se somos salvos pela graça de Cristo – e somos,
mas devemos viver uma vida de obras – testemunho de retidão, santidade, verdade e
justiça, que só é possível com a ajuda e força que vem de Deus, então, ao cair nas
tentações, se não perdemos, lançamos fora a salvação.

Concluímos que há dois pontos de vista. O de Deus e o dos homens. Em Deus, a salvação
é definitiva. É um ato. Nos homens é relativa e condicional à continuidade de vida nos
padrões de Deus diariamente. Afirmar sobre perder ou não a salvação, é julgar
temerariamente a sinceridade do próximo quanto a sua entrega a Deus; é de forma
arrogante pretender dizer o que está em cada coração e cada espírito. Não compete à
criatura discutir ou discorrer sobre tal aspecto da salvação. Deve o homem, vivê-la e cuidar
de si, pois que prestará contas ao Senhor.
15) Identifique os dois teólogos: João Calvino e Jacob Armínio, exponha suas afirmações e
declare sua posição.
16) É a base da teologia Calvinista, desenvolvida sobre a pregação de Agostinho, emque a
salvação é por mérito exclusivo de Deus, manifestando uma graça atrativa irresistível a
qual os predestinados à salvação são incapazes de se oporem a ela. Assim, de modo
sobrenatural os que devem ser salvos serão atraídos pelo poder desta graça,
inevitavelmente.

17) Tal pergunta é um sofisma. Jesus deu a sua vida voluntariamente. A morte do Inocente
cercada de injustiça e brutalidade e, envolvendo a mentira e o ódio, são da natureza
maligna. Porém, a condenação do homem à morte como sentença pelo pecado foi decreto
33
de Deus; e não uma atribuição imposta pelo diabo. A natureza divina/humana vista em
Jesus era algo inimaginável, até para aquele que fora participante da glória de Deus. Matar
o Salvador seria a 1ª opção de um impasse. A 2ª seria levar Jesus a desistir da sua morte,
a qual daria a salvação, ao tornar tudo mais grave por meio da tortura dos flagelos, das
humilhações e afrontas. Cremos que no seu desespero o diabo não teve o controle da
barbárie. A morte do Cordeiro foi o plano Eterno e exclusivo de Deus.

ANTROPOLOGIA / HARMATIOLOGIA

1) São as: do homem (da raça humana), sua origem, existência, conformação, natureza; e
a doutrina do pecado.

2) A discussão em base bíblica sobre o que é o homem em sua estrutura e natureza


deságua nas duas correntes dentro da doutrina formando as duas “sub-doutrinas”.
Teólogos de renome se dividem; mas, somente uns poucos afirmam ser uma, certa e a
outra errada em assunto tão complexo. De certa forma, ambas, sob seus respectivos
pontos de vista, são corretas. É preciso distinguir o que cada uma destaca e entender que
Dicotomia e Tricotomia se compreendem e, a Tricotomia completa a Dicotomia. São elas,
assim definidas:

DICOTOMIA – Afirma que o homem se divide somente em duas partes; corpo e alma.
Ensina que espírito e alma não têm distinção. São uma mesma existência, substância e
natureza. TRICOTOMIA – Ensina que a divisão se dá nas três partes; corpo, alma e
espírito. E mesmo que as duas últimas tenham uma natureza substancial comum, se
distinguem por suas finalidades. As duas podem apresentar versículos e interpretações
para justificar suas posições, que isoladamente do contexto e do propósito as fazem
parecer absolutas, excluindo a outra tendenciosamente; o que não fazemos.

■ Os Dicotomistas partem da criação do primeiro homem (Gn 2.7) para se firmarem. Dizem
que Deus criou uma alma e, aí quando se usa a palavra espírito, só tem sentido relacional
e não existe outra forma de existência qualquer. Mas o próprio texto fala de “fôlego”, como
o mesmo espírito de Gênesis 6.17: Vida. Já, Zacarias (Zc 12.1) fala de espírito no sentido
criativo da vida, mas permite uma interpretação de espírito pessoal. Por estas referências a
conclusão é evasiva e não nos responde se foram criados alma e espírito; diferenciados,
ou se são um só. Tratando da morte do homem, as palavras se revezam: Salomão fala de
espírito; (Ec 12.7) João fala de alma; (Ap 6.9) Jesus fala de alma; (Mt 10.28) Tiago,
espírito. (Tg 2.26) Entendemos que quando se fala da alma, na morte, relaciona-se com
morte da natureza física e existencial, com a identidade original do ser. Quando se
menciona espírito, aponta-se para a redenção, há uma relação superior ligada à vida e à
morte eternas. (Hb 12.22,23) (Ap 4.2)
■ Os Tricitomistas consideram tais referências, mas concordam que não são conclusivas;
por isso mesmo destacam os textos que apresentam alma e espírito com sentido
diferenciado, ainda que ninguém explique tudo plenamente; entre eles: (Is 57.16) Há,
entretanto, dois textos determinantes em favor da Tricotomia: (1Ts 5.23) (Hb 4.12) Diante
do exposto e sobre a explicação de SCOFIELD, consideramos a Tricotomia como a melhor
posição: “Sendo o homem, espírito, é capaz de ter conhecimento de Deus e ter comunhão
com Ele; sendo alma, ele tem conhecimento de si próprio; sendo corpo, através dos
sentidos, conhecimento do mundo.”

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3) Salomão declara que o homem foi feito reto, por Deus. (Ec 7.29) A narrativa da criação
no Gênesis, (Gn 1.26) feito, o homem, à imagem, conforme a semelhança de Deus, e
depois, a sua queda (Gn 3) ao tomar do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal,
ratificam a inocência original.

4) Muito pode ser dito: Para exercer o domínio sobre a terra, a criação, povoar a terra e
fazê-la produzir frutos; (Gn 1.26-29; 2.5) numa relação pessoal e íntima, para o louvor de
Sua glória. (Ef 1.3-14)

5) Os ensinamentos das Escrituras a respeito da Imagem de Deus no homem dão base


para as duas seguintes afirmações:

■ As palavras imagem e semelhança em Gênesis 1.26 são empregadas como sinônimo e


uma pela outra; e, portanto, não se referem a duas coisas diferentes. No versículo 26,
temos ambas, mas no 27, somente a primeira; e mais adiante, há citações únicas sem
qualquer distinção. Semelhança; (Gn 5.1) Imagem; (Gn 9.6) Imagem; (1Co 11.7)
Semelhança. (Tg
3.9)

■ Em Gênesis 1.26 as palavras imagem e semelhança se reforçam mutuamente, contudo


parece não terem o mesmo significado. O homem como imagem de Deus, é um ser
racional e moralmente responsável. Como semelhança de Deus, ele se parece com o
criador em sua natureza mental.
O que se vê é: muita confusão como se fossem, intelecto e moral, possíveis de
separar da mente. É preciso bom senso e humildade para submeter-se aos limites que o
próprio Deus nos dá para, então, aprender.

IGUAL SEM SER O MESMO – Dizer que o homem foi criado à semelhança de
Deus, não é o mesmo que dizer que seja absolutamente igual a Deus; o que é óbvio.
Primeiro, porque o homem é antes, um corpo físico e Deus é espírito. Segundo, porque no
homem jamais haverá a absoluta perfeição do único e poderoso Deus. Contudo há uma
perfeição para nós estabelecida que pode e deve ser alcançada. (Gn 17.1) (Dt 18.13) (1Re
11.4) (Sl 101.2) (Mt 5.48) (Cl 1.28) (1Pe 5.10) Sabemos que só Jesus Cristo, o segundo
Adão, possui em si mesmo o resplendor da glória e a expressão exata de Deus. (Hb 1.3)
Só ele é a imagem do Deus invisível. (Cl 1.15) Não em sua aparência encarnada, mas no
todo de seu caráter; e a nós, cabe-nos, nele permanecer. (Jo 15)
IMAGEM PERCEBIDA – A Imagem de Deus segundo o homem, certamente inclui
quatro características elementares assim denominadas: Justiça Original; Espiritualidade;
Imortalidade e Domínio.

■ Justiça Original: ou mais especificamente, o verdadeiro conhecimento ou consciência,


justiça e santidade originais, perdidas devido ao pecado. Característica, esta, que não
pode estar restringida totalmente como perda. Ela inclui, também, elementos que
pertencem à constituição natural do homem. São elementos que compõem o homem como
tal, como as faculdades intelectuais, os sentimentos e a liberdade moral, que não perdeu
com o pecado, e que não poderia perder sem deixar de ser homem. Esta parte da imagem
de Deus, de fato, foi corrompida pelo pecado, mas ainda pertence ao homem, mesmo
depois da queda. O homem, independente da sua condição espiritual, ainda é apresentado
como imagem de Deus. Nos Evangelhos, e por todo o NT, a doutrina da Salvação em seus

35
aspectos da responsabilidade pessoal, Justificação e Regeneração graciosas, o
confirmam.

■ Espiritualidade: é outro elemento incluído na imagem de Deus, que é espírito; e assim, é


simplesmente natural se esperar que esta característica também ache sua expressão e
lugar no homem como imagem de Deus.

■ Imortalidade: “dom” que só Deus tem; (1Tm 6.16) e isto parecia excluir a idéia da
imortalidade humana. Deus a tem como qualidade essencial de sua natureza; tem-na em
Si e de Si próprio, mas aprouve-lhe por seu desígnio conceder a imortalidade ao espírito
do homem; ao homem.

■ Domínio: há considerável diferença de opiniões quanto a se o domínio do homem sobre


a criação inferior, também fazia parte da imagem de Deus. A autoridade não é causa da
imagem e semelhança, mas são ambas o fundamento da autoridade.

SEMELHANÇA PERCEBIDA – Alguns teólogos têm interpretado esta imagem de


Deus, como: Semelhança Natural; Semelhança Moral e Semelhança Social.

■ Semelhança Natural: Deus é um espírito pessoal. A alma humana é um espírito pessoal.


Os atributos essenciais de uma pessoa são; a razão, sensibilidade e vontade. Um espírito
é um agente racional e moral; portanto, também, livre. Ao criar o homem à Sua própria
imagem, Deus o dotou dos atributos que pertencem à Sua natureza como pessoa
espiritual. O homem, assim, difere de todos os habitantes deste mundo, e está
imensuravelmente acima deles. Ele pertence à mesma ordem de seres que o próprio Deus
e é, portanto capaz de perceber e ter comunhão com seu criador.
Langston é um dos teólogos modernos que admitem que, intelectualmente, o homem se
parece com Deus, porque, se não houvesse conformidade na estrutura mental, seria
impossível a comunicação de uma com o outro, e o homem não poderia receber a
revelação de Deus. O fato de Deus se manifestar ao homem prova que o homem pode
receber e compreender esta manifestação. “Assim sendo, a semelhança natural entre
Deus e o homem perdura sempre, porque o homem não poderá jamais deixar de ser uma
pessoa como Deus o é.”

■ Semelhança Moral: A identidade de Deus no homem consiste tanto de sua natureza


racional, quanto de sua conformidade moral com Deus. O homem, indubitavelmente,
possuía retidão e santidade; Gênesis 1 e 2 demonstram isso. Apenas com base nisto foi
possível para o homem ter comunhão com Deus, que não pode contemplar, aceitar em
conformidade e indiferença a perversidade. (Hb 1.13) A semelhança moral consiste nas
qualidades que faziam e ainda fazem parte do caráter de Deus. Tendo sido criado: bom e
dotado de relativa justiça, as tendências do homem e os sentimentos de seu coração, eram
voltadas e inclinados para Deus; contudo, ao dar lugar ao pecado desviou-se do padrão,
sendo preciso que Deus enviasse Seu Filho para restaurá-lo e dar uma nova identidade.
■ Semelhança Social: A natureza social de Deus é embasada em Suas afeições e são
relacionais. Os objetos de seu amor se encontram na trindade e implicam no que Ele
sente, sabe e nas intenções de sua relação para com o homem. Assim como Deus tem
uma natureza social, por desejo e vontade própria, Ele também dotou o homem de uma
natureza social, em que se inclui a necessidade sobre o desejo e vontade. (Gn 2.18; 3.8)

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CONCEITO EVANGÉLICO – Ao considerar que o homem foi criado em um estado
de relativa perfeição; não significa que ele já se encontrara no mais elevado estado de
excelência desejado e possível. Ele estava destinado a alcançar um grau de perfeição pela
obediência. Sua condição era temporária, podendo levar à glória ou acabar em queda. A
perda da justiça original foi a perda da própria natureza de seu estado ideal, significando o
enfraquecimento e deterioração de sua humanidade. O homem poderia perdê-la e
continuar sendo homem, mas podia não perdê-la para continuar a ser O Homem. É muito
estreita, é imensurável a relação existente entre a IMAGEM e SEMELHANÇA de Deus no
estado original do homem e, por isso, não podemos separar.

6) O Autoctonismo é a teoria que defende que os homens que possuem uma mesma raça
e cultura são originados da própria região em que vivem. Mas, o Autoctonismo esta
passando por uma redefinição sob as seguintes considerações:
A tradicional idéia das 3 raças: branca, negra e amarela (ou vermelha) divididas em regiões
distintas do planeta tem perdido sua força a mediada que mais valores comuns são
descobertos; e a cor da pele e aparência diferentes, bem com as distâncias não explicam.
A Ciência Natural, mesmo defendendo a Evolução das Espécies, considera as
diferenças entre os homens, variedades de uma raça original, sendo elas, frutos da
seleção e adaptação ao habitat, ao longo dos tempos e após seu deslocamento. E a
Biologia, com as descobertas do Genoma humano e DNA, afirma hoje, que há
infinitamente mais características comuns do que diferentes.
A tradição histórica de cada povo apresenta em senso comum, a origem dos homens a
partir de um Homem em um Centro, que depois distribuiu-se em muitos povos.
A Filologia, estudando as línguas, sugere que todas parecem ser ramos de um
mesmo tronco, uma mesma raiz; e que Babel é uma possibilidade.
Assim, defendendo um lugar único e uma só origem para toda a Espécie humana, o
homem, e não as Raças, Evolução e Criação se aproximam no Autoctonismo.

7) Aloctonismo é a teoria que abrange todas as demais teorias que defendem que o homem
se originou em diferentes centros fora de seu habitat.

8) O Preadamismo afirmava a princípio que antes de Adão haviam outros homens, sendo
Adão, o cabeça da raça judaica. Posteriormente, acrescentou que os Preadamitas seriam
menos desenvolvidos sem serem primitivos; guardando todas as raças, porém, um fator de
unidade e igualdade pela agência de um criador.
9) Dentro da teologia, afirma que Deus criou todas as almas no começo da existência, e à
medida que os homens são gerados, ou antes do nascimento, elas como que encarnam ou
reencarnam.

10) Ensina que Deus cria uma alma para cada corpo e esta não possui qualquer relação direta
com a hereditariedade, a raça ou a espécie. Sabemos, porém, que as semelhanças com
os nossos ascendentes não são apenas físicas; herdamos muito mais. São talentos e
aptidões inatos e expressões comportamentais que se manifestam, mesmo fora de uma
influência direta. Outro problema está na relação com o pecado: neste caso ou o pecado é
só no corpo, ou Deus cria uma alma pecaminosa, já carregada de pecado; sendo assim, o
homem, inocente e Deus, culpado. (Ez 18.19-22)

11) É antes de tudo uma posição (Em Oposição) à boa, agradável e perfeita santidade
evontade de Deus. Surge de sentimentos e pensamentos arrazoados contra Deus e em

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favor de si mesmo, dos próprios interesses, acabando por atingir a terceiros; ao próximo.
Não devemos confundir pecado com o ato pecaminoso gerado por ele. Peca-se por
pensamento e sentimento, ainda que ocultados e não expressados; peca-se, então, por
atitudes, comportamento; em seguida peca-se pelas palavras proferidas; e por último,
peca-se pelas más ações consumadas ou pela omissão, quando se sabe do bem e do
certo e se recusa a fazê-lo.

12) Em Adão, ou para o homem, em todas as raças da espécie humana, podemos listar: o
Egoísmo na valorização exagerada de si mesmo, quando tentado, seduzido e adulado em
ser como igual a Deus; a Vaidade decorrente desta aceitação; a Arrogância e Pretensão
com que deu cabo ao que passou a crer; a Desconfiança e Descrença no caráter de Deus,
atribuindo-lhe mentira e falsidade; a Desobediência consciente no único ato que lhe fora
restringido; a Covardia e Hipocrisia em não admitir seu erro e ao lançar a culpa sobre a
mulher, e sobre o próprio Deus que a criara e a dera como companheira.
A conseqüência foi a morte geral da criação; morte como fim natural da vida e morte
como perda das bênçãos, favores e facilidades que haviam sobre ela enquanto corria. Na
declaração do Gênesis, (Gn 3.16-24) lemos e entendemos:
Para a mulher, a multiplicação das dores e sofrimentos da gravidez e do parto e a sujeição
ao marido. Depreende-se que não são apenas as dores físicas, mas, toda a miséria vista
hoje sobre a maternidade. Estupro, aborto, o abandono, abuso infantil dos filhos pelos pais,
deformidade e morte na gestação pelo consumo de drogas, a violência doméstica dos
companheiros sobre as mulheres.
Sobre o homem, o trabalho que passa a ser pesado, numa terra que não responde
mais com os frutos, mas com todos os tipos de espinhos que uma cruel e verdadeira
metáfora possa permitir. A escravidão, a exploração da mão-de-obra mal paga, A pobreza
de tantos debaixo da riqueza e ganância de alguns, a corrupção e injustiça, as doenças do
trabalho e os sonhos sepultados nos cemitérios.
Sobre a terra, sobre as formas de vida inferiores ao homem, em dignidade, um poder
destrutivo e degenerado que este não pode controlar. Desde a força dos climas e
elementos da natureza até as epidemias causadas pela vida microscópica. Maldição.
Enfim, a expulsão do Jardim, a perda da comunhão, a separação espiritual de Deus.

13) Entendem os teólogos, que tendo sido Adão, O Homem, o que fora criado originalmente
por
Deus, nele estava e está toda a humanidade; inclusive, é evidente e especialmente, a
primeira mulher, que dele saíra, somente pela intervenção do Criador. Assim, Eva estava
nele, Adão; que a abrigava e tinha sobre ela a autoridade, governo e responsabilidade.
Nele, os dois eram uma carne. Nele estava a consciência moral. Mais, fora a ele quem
Deus ordenara a proibição de não comer do fruto. No entanto, sobre a culpa exclusiva de
Adão, pode-se suscitar a presunção da inocência de Eva, e/ou a pergunta de qual seria o
resultado se ele não tivesse provado, mas apenas ela.

14) 15) 16) As três perguntas devem ser respondidas em um só contexto, como segue:

A teoria da Transmissão ensina que os pais transmitem aos filhos a totalidade da natureza,
no corpo, na alma e espírito; ainda que a vida na alma seja dada por Deus. Esses dois
últimos seriam como uma só substância, recebedora de características próximas, porém,
respectivamente definidas sobre o que recebem das impressões do corpo por meio do qual
recebem.

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É impossível para a ciência médica, para a filosofia e a teologia definirem,
identificarem e separarem a fronteira entre o cérebro a mente e a alma humana. Certo é,
que aquilo que somos e fazemos, é resultado de todas as informações e impressões
percebidas e assimiladas durante a vida. Todos os homens as recebem da mesma forma:
do corpo para a alma, e desta para o corpo. Podemos considerar a mente (Nous, do
grego) como o elo entre o corpo material e a alma/espírito imaterial. E em tudo em todos,
se manifesta o mesmo pecado original.
Aqui a unidade da espécie/raça é completa e o ser humano é parente de cada
membro da humanidade. Herda-se toda potencialidade para o bem e para o mal; geral e
pessoal, na família em que se é gerado. Cada indivíduo, como parte da raça é
coresponsável pelo pecado de todos; ou seja: é participante na, e da natureza pecaminosa
de Adão. Assim, podemos intuir que qualquer que estivesse no seu lugar cometeria o
mesmo ato, e é possuidor da mesma culpa. Por isso mesmo, também é recebedor de um
mesmo e único ato de redenção executado por um único homem: Jesus. (Rm 5.12-19)
O pecado e a culpa que dele advém são inerentes à raça. O corpo peca, mas antes
o pecado se origina na alma; e todos são de igual natureza. Desde a infância, consciente
ou não, ou instintivamente o padrão comportamental é um. (Pv 22.15) É importante que
esta interdependência universal seja bem entendida, ou levará o homem para longe de seu
livre arbítrio e de sua responsabilidade pessoal, na tentativa de isentar-se de culpa; pois,
quando a culpa é de todos acaba não sendo de ninguém.

17)João discorre o mesmo ensino de Paulo quando fala da luta da carne contra o espírito.
(Gl 5.16,17) (Rm 7.15-22; 8.4-6) O que o apóstolo quer dizer é que apesar de nossa nova
natureza, ainda estamos sujeitos a pecar, enquanto neste mundo, enquanto neste corpo,
nesta vida; e que Deus nos deixa claro esta verdade. Entretanto, nos exorta a perseverar
na santidade e resistir e evitar o pecado na dependência do Espírito de Deus e na
confiança no sacrifício de Jesus, que nos justifica. Ele fala da prática do pecado; quer
dizer: viver pecando voluntária e conscientemente. O pecado já não é regra, é exceção. O
que é nascido de Deus não está sob o poder do pecado de forma que não possa resistir-
lhe e vencê-lo. Não faz mais parte da natureza dos filhos de Deus, a presença do pecado
no seu dia a dia. O testemunho revela os filhos de Deus. Cometer pecados de forma
contumaz sob a desculpa da humanidade é, pois, ser falso crente; é ser filho do diabo.
18)No céu, ante a glória de Deus, no coração do, então, querubim ungido, no íntimo de
satanás. (Ez 28.1-19)

19)Não. (2Pe 2.4) Pois teve diante de si, a glória da face de Deus. Era o mais excelente
dos anjos, de todas as criaturas em beleza e honra; menor, somente, que o próprio Deus
trino. Deus, conhecendo seu coração e suas obras, por decisão soberana, justa e
irrevogável decretou a sentença de juízo que o condena. (Ez 28.18,19) (2Ts 2.1-10) (Ap
20.1-10)

20)Inúmeras são as declarações diretas e metáforas quanto ao juízo, quanto àcondenação


a morte eterna; ao fogo; ao inferno. (Ez 18.4) (Mt 7.13,14, 21,22; Mt 25.3133, 41-46) (2Pe
2.9, 17; 3.7, 10-12) (Ap 20.11-15; 21.8; 22.14,15)

21)Para todo pecado há perdão – quando confessado mediante sincero e


completoarrependimento. Sem perdão, pecado para morte, é aquele cometido
voluntariamente, assumindo-se o pleno conhecimento da conseqüência e, declarando o
não desejo da graça salvadora de Jesus. Mais do que o prazer no pecado, se estabelece a

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revolta e resistência a qualquer ação de Deus. Ensinam, ainda, os teólogos, ser a
“blasfêmia” contra o Espírito Santo; que consiste em atribuir à Suas palavras e obras, a
procedência maligna: que Deus é mal, é o próprio diabo. Finalmente, considera-se para
morte por negarse a todo o plano de redenção revelado na Trindade:
Tal pecador rejeita o amor de Deus Pai, que enviou Seu Filho; rejeita o Filho, que
intercede junto ao Pai, em favor do homem; e rejeita a intercessão do Espírito, que busca
convencer ao homem de seu pecado. Não havendo mais quem interceda, finda-se a
esperança e resta a morte. (1Jo 5.16,17) (Mt 12.27-32) (Is 53.12) (Hb 2.3,4; Hb 7.22,25)
(Rm 8.34; 8.26,27)

22)Há duas. A morte física, natural da vida do corpo e a morte espiritual que se manifesta
em duas condições: Quando o homem está na prática do pecado, separado da comunhão
com Deus, e diz a Escritura que está morto; e quando se der o juízo final e for consumada
a morte espiritual. (Rm 6.23) (Tg 1.15) (Ef 2.1,2,5,6) (Cl 2.13) (Ap 2.11; 20.6; 21.8) Os
textos apresentam, ainda, a metáfora da morte para o pecado e para o mundo, seguida da
ressurreição com Cristo; o novo nascimento. (Rm 6.8-13) Mas, morte efetiva, como dano
resultante do pecado, são as duas.

23)Segundo a teologia Católica Romana é um lugar intermediário entre o céu e o inferno


para a expiação e punição das almas dos fiéis que morreram em pecado venial
(desculpável, leve) não perdoado em vida. Esta falsa doutrina, que compõe um dos
sacramentos, ensina que as almas dos penitentes podem ser ajudadas por meio de
orações, indulgências (ofertas) e especialmente com as missas encomendadas.
As primeiras menções da existência de tal lugar, vêm da religião persa e do
budismo. Na Grécia do século IV AC., Platão escreveu sobre a sua possibilidade no
Hades. No século V os padres romanos já defendiam e pregavam o purgatório como
realidade; mas, foram nos Concílios de Florença e Trento (1439/1476) que os papas
formalizaram oficialmente a doutrina. Nessas ocasiões a tormenta e o fogo foram
acrescentados e validados. Os apologistas do dogma usam de forma grosseira os textos
em (Mt 5.26; 12.32) (1Co 3.15) para justificar o credo. A refutação está na verdade, justiça
e na misericórdia de Deus, as quais encontramos em textos como: (Jo 5.24; 8.32,36) (Rm
5.1,2; 8.1) (Hb 9.26,27).
ANGELOLOGIA / HERESIOLOGIA

1) Anjo, do grego, angelos, significa mensageiro. São seres criados por Deus em seu
propósito soberano para serem testemunhas de toda a criação e de sua glória e, agentes
comunicadores de sua vontade para com o homem e executores de seu poder. Os anjos, a
semelhança de Deus e antes dos homens, também foram criados: espíritos pessoais,
pessoas, porém, sem corpos como os temos, dotados de inteligência, sentimentos e
vontade. São naturalmente santos, tendo como habitação original a proximidade do trono
de Deus, contemplando sua face; mas, são moralmente livres, possuidores de livre arbítrio
e sujeitos a tentação e ao pecado. Numa comparação em relação aos homens, os anjos
têm maior excelência em poder, porém não receberam o privilégio da intimidade afetiva em
amor dada aos filhos. Aos anjos, jamais chamou de filhos, mas em Jesus, o unigênito,
recebemos o direito por adoção. (Hb 1.5-8; 2.6,7) (Gl 4.1-7) (Ef 1.3-14) Intérpretes
consideram (Jó 1.6; 2.1) e (Sl 29.1; 89.6) a palavra filhos como uma alegoria aos anjos
pelo poder criativo e submissão.

40
2) De certa forma, anjo, é a expressão genérica para todas as categorias de
anjosidentificadas e interpretadas pela teologia bíblica. Aos nomes relacionados foram
atribuídas hierarquias e funções que não podemos afirmar como exclusivas e restritas,
apenas, pelo relato bíblico de uma aparição ou intervenção. Além da identificação de
categorias individuais, vemos hostes (exércitos) tronos e principados. Assim como
encontramos um anjo com a missão de proteger e auxiliar uma pessoa, (Sl 91.11) (Mt 4.6)
(At 12.7-10) há aqueles com a missão de guardar uma nação. (Dn 10.21) A ordem
conhecida e aceita é: Querubim; Serafim: Arcanjo e Anjo; com as respectivas funções:

■ Querubins – Com um significado incerto de: “aquele que ora e abençoa”, os querubins
são vistos, muito mais, em função de guardas, guardiões e representantes da majestade,
domínio, glória e poder da pessoa de Deus. São 81 as citações. Seja pessoalmente, (Gn
3.24) como figura nos ornamentos sagrados na Arca e no Templo de Salomão (Ex
25.1823) (1Re 6.29,32) ou na linguagem poética (2Sm 22.11) (Sl 18.10) e nas visões
proféticas. (Ez
10.1-20)

■ Serafiins – Derivado do original hebraico que significa arder e queimar - pelo fogo, só
aparece 2 vezes, e no capítulo 6 em Isaías. A relação ou função parece ser com a
purificação e santificação e adoração.

■ Arcanjo – O prefixo “Arc”, elevado, maior, principal, ao compor-se com anjo, descreve
uma posição de autoridade, liderança e superioridade entre os anjos. Aparece 2 vezes na
Bíblia: (Jd 9) Identificando nominalmente a Miguel, que recebe o título e em (1Ts 4.16). Por
sua vez, Miguel está em mais 4 textos: (Dn 10.13,21; 12.1) (Ap 12.7) Ainda que somente
seu nome seja citado, vemos que o é como “um dos primeiros príncipes”. Miguel é
traduzido como: “Quem é como Deus?”

■ Anjo – É a designação geral e comum para a maioria das citações tanto no AT. quanto
no
Novo Testamento. O único outro nome mencionado entre os anjos é Gabriel, que significa;
“homem de Deus, soldado de Deus.” Este, mesmo sem outro título, é reconhecido como da
mais elevada e especial condição, pela missão que lhe foi dada: (Dn 8.16; 9.21) (Lc
1.19,26) 3) São considerados santos, puros, justos e bons. Em sua retidão são obedientes
para a execução de juízos. Daí, a imagem distorcida de passividade, tolerância e
benevolência ante o pecado se desfaz na consciência que possuem sobre o caráter de
Deus e no conhecimento de Sua vontade, para agirem com punição. Entretanto, são
imperfeitos diante do único que é perfeito: o próprio Deus. A queda é uma prova. (Ez 28)
Aos anjos é vedado aceitar adoração, a qual cabe somente a Deus; (Mt 4.10) (Lc 4.8) (Ap
22.8,9) e aos homens é proibido lhes oferecer culto e dirigir orações. (Cl 2.18) Ainda que o
Evangelho seja fruto de admiração e júbilo por parte dos anjos e eles tenham participado
do seu anúncio profético, não lhes foi dado a prerrogativa de pregá-lo por iniciativa própria,
apesar de o desejarem. (1Pe 1.12) A pregação compete à Igreja, em fé, amor, gratidão,
responsabilidade e dever. Seu anúncio integral, como o fazemos hoje, será feito
abertamente por eles na segunda metade da Grande Tribulação. (Ap 14.6) Passíveis de
erro e de pecar voluntariamente, se o anúncio que os anjos venham a fazer, ainda é de um
outro evangelho, o anunciador e sua pregação são considerados malditos. (Gl 1.8)

4) Nem todas as citações de anjos voando ou movendo-se nos ares falam de asas.Tomemos

41
3 exemplos. (Ap 10.1) (Sl 18.10) (Jz 13.20) No caso de juízes, a referência é ao Anjo do
Senhor, que é interpretado como uma manifestação visível e especial do próprio Deus,
Javé, ou mesmo, uma aparição de Jesus no AT; afirmação justificada pela mensagem
profética de libertação e pela adoração aceita. O Anjo do Senhor se destaca, também, com
igual entendimento, em: (Gn 16.7; 22.11) com Agar, e interrompendo o sacrifício de
Isaque; (Ex 3.2) na sarça com Moisés; (Js 5.13) a Josué, sendo identificado como homem,
varão e príncipe do exército do Senhor. Nestas últimas, não há referência a asas e em
voar.
Quanto aos anjos, propriamente, vemos: Em (Ex 25.20) (1Re 8.7) os querubins têm
2 asas; já, em (Ez 1.6,11,24; 10.21) são 2 pares de asas, 4 asas; em (Is 6.2) os serafins
têm 6 asas. Lembramos que estas são as visões de homens, das coisas celestiais e não
uma declaração descritiva de Deus.
O sexo é uma característica física e de natureza mental – racional e emocional do
ser humano desde a concepção e o nascimento. Descreve sua existência integral. Sendo
os anjos, criados com uma natureza espiritual, um gênero ou sexo inexistente ou neutro se
torna incompreensível. Jesus ao responder aos saduceus sobre a ressurreição, não afirma,
mas nos dá a entender que a natureza espiritual dos homens pode vir a ser assexuada
“como os anjos no céu”. (Mt 22.30) (Mc12.25) Entretanto, em todas as manifestações os
anjos são descritos como varões; homens. Natureza espiritual que o próprio Deus toma
para si como de Homem, como Pai, como Senhor. Ao responder, devemos nos ater ao
limite de nossa compreensão da revelação.

5) A Bíblia nos fala de exércitos, milhares e milhões. (Gn 32.1,2) (1Cr 12.22) (Jó 25.3) (Sl
68.17) (Ap 5.11) Para se ter a idéia de um número, com a expressão da palavra anjos e a
autoridade máxima de quem afirma; Jesus: façamos uma projeção com valores disponíveis
na Bíblia e na história sobre (Mt 26.53) incluindo o poder inerente ao exemplo. Ao
mencionar as legiões, naturalmente, Jesus se referia às legiões romanas de então para o
entendimento dos seus ouvintes. Cada legião chegou a possuir 6 mil soldados; assim,
apenas 12 legiões já perfazem 72 mil guerreiros. Consideremos que cada anjo estivesse
com a autoridade e poder para matar os inimigos do Filho de Deus, como fez o anjo
enviado a Jerusalém em favor de Ezequias e por intercessão de Isaías contra o exército de
Senaqueribe, quando 185 mil assírios pereceram. (2Re 19.35) (2Cr 32.21) (Is 37.36)
Multiplicando 72 mil por 185 mil, chegamos a 13.320 bilhões; cerca de o dobro da
população da Terra, hoje.
Ainda que a visão do Apocalipse seja futura, os teólogos não têm dúvida quanto a
revelação ser aplicada, também, a eventos anteriores. A descrição numérica da queda se
completa no contexto da afirmação de Jesus. (Ap 9.1-4; 12.4,9) (Lc 10.18)

6) O capitulo 28 de Ezequiel, ao lado de Isaías 14.12-20 se constituem na mais completa


descrição da queda do, então, querubim. A expressão anjos, também, é encontrada em
(Mt 25.41) (2Pe 2.4) (Jd 6) e (Ap 12.9; 20.2); assim, tanto para satanás, como líder, como
para os demônios que o seguem, temos a resposta quanto a sua natureza. Sendo um
espírito que pode se apossar dos corpos de animais e do homem, a partir da possessão da
serpente no Éden, encontramos figuras de sua conformação, culminando com a do dragão.
(Is 27.1) (Ap 12.3,12,15,17; 13.4,14)

7) Pelo orgulho e pela soberba que deixou brotar e crescer em seu interior, corrompeu-se
para a mentira, injustiça, engano e toda malícia e perversidade. (Jo 8.44) (At 13.10) (2Co
4.4; 11.3,14,15) Sua intenção é matar, roubar e destruir (Jo 10.10) (1Pe 5.8) mas, antes,

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ele tenta, induz ao erro e ao pecado, (1Cr 21.1) mesmo entre os crentes a pretexto de
consagração. (1Co 7.5) Ele induz à traição, infidelidade; (Jo 13.21,26,27) é assassino; (Jo
8.44) é caluniador e acusador; (Ap 12.10) e responsável por toda perversão moral, sexual
e relacional. (Rm 1.18-32) (Gl 5.19-21) Imprime e reproduz nos corações dos homens, sua
avareza, egoísmo, presunção, rebeldia, crueldade, obstinação e imundície. (2Tm 3.1-9)
(2Pe 2.4-32)
Seu poder: Os desastres na vida de Jó, incluindo manifestações sobre os elementos
da natureza, descrevem um poder que somente Deus possui e pode conceder. (2Ts 2.9)
(Ap 13.11-13) Eles podem causar doenças (Mt 9.32,33; 17.14-18) e transfigurar-se,
materializando-se ou não; (2Co 11.14)

8) Deus criou a todos os seres superiores; anjos e homens, dotados de livre arbítrio. Em sua
presciência Ele não se furtou em criar e deixar que a criatura escolhesse seu próprio
caminho. Nada acontece sem sua permissão e o querer de sua soberana vontade, a qual,
pouco entendemos. O conhecimento do bem e do mal, sempre lhe pertenceu; (Gn 2.17;
3.5) Ele é o Criador Onipotente que tem o pleno controle sobre a criação. Nem a
decorrência do mal foge ao cumprimento de Seu propósito. (Is 45.7) (Os 6.1)

9) Satanás – do hebraico: Adversário, Inimigo. Diabo – do grego: Caluniador, também,


Acusador. Nomes usado tanto para o líder dos demônios como para estes. (Jo 6.70)
Demônio gr – era usado para referir a deuses, seres espirituais. As referências cruzadas
levam o nome Diabo até Abadom, hb e Apoliom, gr; o Destruidor. (Ap.9.11) Baal-Zebube –
nome de origem cananéia / siríaca: o senhor dos altos, sofreu alteração entre os hebreus
para Belzebu – deus das moscas. (2Re 1.1-6) (Mt 12.22-28)

10) O verdadeiro crente em Jesus pode e deve, nas condições que foram deixadas para a
Igreja nos diversos textos no NT. Na missão dos 12 e dos 70, Jesus nos confirmou essa
autoridade e ordenou o compromisso; (Mt 10.1-8) (Lc 10.1-19) compromisso que deve se
dar sob a unção do Espírito Santo, fé e a autoridade do nome de Jesus. (Mc 16.16-18) Há
casos em que se requer especial consagração – jejum e oração, (Mt 17.21) (Mc 9.29) mas,
os demônios são obrigados a obedecer e sujeitar-se ao poder do Senhor em nós. Essa
autoridade e missão se repete nas ações e nos ensinos apostólicos. (At 19.11-15) (Rm
16.20) (Ef 6.10-18) (Tg 4.7) (1Pe 5.8,9)
11) É a falsa doutrina Espírita, e comum em praticamente todas as crenças religiosas
conhecidas, da antiguidade e atual, de todos os cantos do mundo, em que se diz que uma
mesma alma ou espírito volta a dar vida a um novo corpo diferente, após a morte do
anterior, e sucessivamente. Cada nova encarnação pode passar por animais inferiores, e
até muitas gerações de “homens” em uma evolução e para purificação.

12) Não; por vontade soberana de Deus, entre mortos e os vivos está vedada a
possibilidade de comunicação. Tentar fazê-lo é uma repulsiva afronta e desobediência. (Dt
18.9-14) (Jó 7.9,10) (Is 8.19,20) Após a morte não há retorno nem para o corpo nem para a
alma. (Hb 9.27) Na parábola do rico e Lázaro, (Lc 16.19-31) Jesus ratificou a proibição e
impossibilidade de comunicação, seja presencial ou por mensageiros – médiuns, entre
vivos e mortos. O quadro narrado com a imagem de então, descreve a vontade absoluta
do Deus imutável.
O surgimento de um profeta semelhante a Elias era esperado, (Mt 11.14; 17.1013)
(Lc 1.17) mas, quando este, João Batista, surgiu, os judeus o tiveram como a ressurreição,
ou melhor, a reaparição do primeiro. A semelhança se dava na postura de caráter, tipo de

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pregação e vestimentas escolhidas; características que impressionaram uma população
carente da manifestação de Deus. João, porém, disse taxativamente que não era Elias. (Jo
1.21)
Quanto ao episódio de Saul, respondemos: O que houve foi uma livre manifestação
de um espírito maligno de mentira, confusão e engano pela legalidade na desobediência
de Saul em consultar uma “bruxa” para ouvir o que queria ouvir.
Consideremos os fatos anteriores e os decorrentes do episódio. Deus rejeitara a Saul pela
palavra de Samuel e, ambos não mais voltaram a falar com o rei; (1Sm 15.10-35) o que
Saul confirmou (1Sm 28.6,15) e Deus ratificou em nova reprovação. (1Cr 10.13) O diálogo
com o pretenso espírito de Samuel, além de atribuir contradição a Deus pelo que
determinara em (Dt 18.9-14), confere desobediência, ignorância e mentira ao “dito” Samuel
que anunciara a morte de Saul e de seus filhos para o dia seguinte; o que não aconteceu.
(1Sm 28.19) A feiticeira que conhecia o caráter corrupto e vingativo do rei e certamente
sua reação e intenção sobre o que esperar do que diria Samuel, e numa sessão espírita;
(1Sm 16.2; 28.8,9) deu a Saul a resposta que este queria. Finalmente, lembramos que
nenhum médium tem poder sobre o espírito dos santos de Deus que Nele descansam.

13) É um erro calçado na interpretação literal e isolada das palavras sono e dormir ao se
referir aos mortos, ignorando o evidente contexto de separação e descanso do que se
tenha vivido na terra. Na parábola do rico e Lázaro, (Lc 16.22-30) Jesus expõe a
consciência como fato; o que também fica entendido em suas palavras ao ladrão na cruz.
(Lc 23.43) E João, na Revelação, (Ap 6.9,10) vê as almas dos que morreram na fé, e por
amor martirizados, clamando por justiça ao Senhor. A incomunicabilidade é com os
homens, os vivos, e não entre si ou com Deus.

14) Numa completa e deliberada ignorância e insensatez, a partir da interpretação de que a


alma ou a vida é o sangue, (Lv 17.14) recusam doutrinariamente as transfusões. É óbvio
que a vida humana em seu sentido mais amplo não é o sangue. Este é um veículo
condutor da vida biológica. O sangue perdido pode ser recuperado, regenerado. Quem o
perde não tem sua vida descaracterizada nem perde sua identidade. Por outro lado, o
homem morre sem que haja perda de sangue. A vida do homem como pessoa é a alma;
(Gn 46.22) (Lv 22.3) e esta foi feita imortal, para condenação ou glorificação.
15) É a doutrina herética que nega a revelação das três pessoas divinas da Trindade,
declarando-a como carnal e diabólica. Afirmam que Deus é somente o Espírito Santo e que
não existe a pessoa do Pai, este é um título. Ensinam que antes da encarnação de Jesus,
o Filho jamais existiu como pessoa, e que o Jesus homem, se a Trindade existisse, teria
dois pais espirituais diferentes. Jesus é a personificação material do Espírito, só passando
a existir, no nascimento em Belém, tornando-se a partir daí, o centro da revelação e o
único Deus pessoal. Nem Pai, nem Filho ou qualquer outro nome ou título conhecido
devem ser invocados. Jesus é o nome próprio de Deus; e somente este Nome tem o poder
de salvar ao ser invocado, e por meio do ato do batismo.

16) Absolutamente não! Ainda que a Maçonaria se apresente como uma sociedade fraterna
de interesses culturais e políticos, sua existência e prática estão essencialmente imersas
na religiosidade que afirma não ser seu fundamento. Como religião, possui templos aos
quais chamam: lojas, onde se celebram cerimônias rituais em seus altares por meio de
ministros oficiantes, são feias orações, se queimam incenso, tem batismo e, muito mais,
numa liturgia repleta de símbolos místicos e uma pregação que aceita todas as formas de
divindade.
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Sendo desnecessário aqui, considerar as origens históricas, apenas, apontamos a
relação carregada do sincretismo e esoterismo Rosacruz: O nome invocado como
mediador é “Hiram Abif” e o deus cultuado (o grande arquiteto do universo) é “Gadu”; um
deus universal não identificável, para todos os credos. Dentre suas polêmicas figuras
mitológicas, está Bafomet: um cruzamento de homem e animais com cabeça de bode
tendo um pentagrama em sua fronte; deus e demônio. Essa imagem é negada pelos
maçons, porém, está associada e presente em sua história e remonta ao séc.XIII, às
Cruzadas e aos Cavaleiros Templários, de quem descendem e aos místicos “Iluminati”.
Em suas reuniões em que são ordinárias as juras e pactos, todos os deuses são exaltados
e os fiéis de todos os credos não precisam negar sua fé ao ingressarem como novos
membros, mas devem declarar no ritual de iniciação, que: “são profanos e estão vindo das
trevas para a luz da maçonaria”; inclusive os cristãos. Tais reuniões são herméticas,
fechadas, secretas, e só tem acesso, aquele que é convidado e levado por um membro.
Defendendo a Maçonaria, um comentarista disse que em virtude de tudo que é conhecido
e das próprias Lojas, que são claramente identificadas, não é uma sociedade secreta,
porém, com segredos.
Se o que se ensina é bom e o que se faz tem virtude, por que ocultar aos homens?
Jesus disse que as palavras de vida e as boas obras devem ser vistas e conhecidas. (Mt
5.13-16; 10.26,27) Mas é, sobretudo, Jesus, o grande problema Maçom. Se, afirmam
guardar valores do cristianismo, negam o Cristo Salvador por seu sacrifício na cruz. Negam
a ressurreição e a sua promessa fiel de vida eterna e proíbem que se falem das doutrinas
de Jesus em seus templos.
Os maçons enfatizam os altos valores morais como princípio fundamental para o
justo desenvolvimento da sociedade. Estão presentes em importantes movimentos
históricos mundiais contribuindo, muitas vezes, positivamente; mas, são a religião e
misticismo vividos, o grande engano e laço que prende homens bem intencionados
conduzindo-os ao inferno, pois, sem o verdadeiro Deus, as obras de justiça própria são:
trapo de imundície, (Is 64.6,7) e a virtude proclamada é mentira e apostasia. (2Ts 2.7-11)
(1Tm 4.1,2; 2Tm 3.1-5)
Para um crente, então, ser maçom é estar em adultério espiritual, infidelidade,
traição, desobediência, idolatria, rebeldia, feitiçaria. É trocar a vida pela morte.
ESCATOLOGIA

1) É a primeira parte de duas fases distintas da volta de Jesus que irá desencadear uma
série de eventos na terra e no céu para o que se pode descrever como: o Fim de todas as
coisas; o fim do mundo. O Arrebatamento será, propriamente, a saída, escape, tomada
repentina, rápida e enérgica da Igreja fiel, da terra, por Jesus, em um momento inesperado
quanto à sua exatidão, porém, cercado de sinais já profetizados. (Mt 24.3121) (Lc 12.35-
46; 17.24-36) (Jo 14.1-3) (Rm 13.11) (1Co 15.20-23, 51-53) (1Ts 4.13-17; 5.2-4) O
Arrebatamento compreende, se dará para a Igreja que estiver viva e todos os que
morreram na esperança e na fé tendo entregue suas vidas ao salvador Jesus. Ele mesmo,
Jesus, fará o chamado e os mortos ressuscitarão primeiro e receberão um corpo
glorificado, e em seguida e imediatamente, “num piscar de olhos”, os santos receberão
igualmente, o corpo glorificado sem passar pela morte, e ambos serão recebidos nos céus.
Nesta fase, Jesus não tocará seus pés na terra nem será visto; somente a Igreja terá
consciência e participação. Aos olhos do mundo será um desaparecimento brutal e
misterioso de parte da população; uma catástrofe.

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2) As duas ressurreições de que nos fala a Bíblia, num sentido geral, descrevem uma
decisão e julgamento de Deus sobre os homens que participarão de ambas. A primeira diz
respeito aos salvos; a todos os que morreram na esperança e na fé desde Adão. A
segunda será a dos ímpios, igualmente, de todos os tempos desde a criação do homem.
Na primeira haverá a concessão legal e consumada dos galardões e recompensas, bem
como a vida mediante o corpo glorificado com o acesso a presença do Deus Pai. Na
segunda, os ímpios ressuscitados receberão a condenação a qual já estão sentenciados.
(Dn 12.2) (Mt 25.3146) (Jo 5.28,29) (Ap 20.5,11-15) Entre o desfecho de ambas há um
intervalo de mil anos, assim compreendido:
A primeira inclui três fases em três tempos e três grupos de ressuscitados em
condições características e distintas que se somarão até que se completem mutuamente. A
primeira fase é formada por Cristo – A Primícia – em sua ressurreição, resgatando e
levando consigo todos os fiéis que morreram antes e até sua morte na Cruz. (Mt 27.53) (Lc
23.3943) (At 26.23) (1Co 15.20,23) (Cl 1.18) A segunda fase abriga os santos que
morreram, a Igreja, depois de sua ressurreição até o momento do Arrebatamento. (1Ts
4.16) A terceira e última é formada pela Igreja que não estiver preparada, vigilante no ato
do Arrebatamento e for deixada para trás pelo Noivo (Mt 25.1-13) ante a Grande Tribulação
e neste período se reconciliar com o Salvador Jesus e, os ímpios que se converterem, não
aceitando o sinal da Besta. Estes dois grupos serão martirizados e mortos pelas forças do
Anticristo. (Ap 6.9-11; 7.9-14; 20.4; 22.12) A primeira ressurreição se completará, então, e
Jesus voltará em Glória com todos os santos e os exércitos celestiais, sendo visto por toda
a terra e prenderá Satanás por mil anos, após o qual se dará a segunda ressurreição; o
juízo final.

3)
APÊNDICE
LEITURA INDICADA PARA O EXAME TEOLÓGICO:
Manual Básico Batista Nacional e Manual da Ormiban / CBN
Eclesiologia – Tognini, Enéias / CBN
Os Fundamentos da Nossa Fé / JUERP
Calvário e Pentecostes – Nascimento, José Rego do / CBN
História dos Batistas Nacionais – Tognini, Enéias / CBN
Esboço de Teologia Sistemática – Langston, A B / JUERP
Introdução à Teologia Sistemática – Millard, J Erickson / VIDA NOVA
Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Pearlman, M / VIDA

LEITURA COMPLEMENTAR RECOMENDADA


Teologia Sistemática – Grunden / VIDA NOVA
Teologia Sistemática – Finney, C / CPAD
Teologia Sistemática – Horton, S M / CPAD
Introdução à Teologia Sistemática Vols. 1, 2 – Strong / ED TEOLOGICA

BIBLIOGRAFIA ADICIONAL CONSULTADA

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD / 1996


Bíblia de Estudo Almeida – SBB / 1999
Bíblia de Estudo Plenitude – SBB / 2003
Bíblia de Estudo Temas em Concordância – ED. CENTRAL GOSPEL / 2005
46
Novo Dicionário da Bíblia – ED. VIDA NOVA / 1979
Pequena Enciclopédia Bíblica Orlando Boyer – ED. VIDA / 1978
Heresiologia – Oliveira, Raimundo F. / Apostila EETAD
O Catolicismo Romano – Robleto, Adolfo / JUERP
Revista Defesa da Fé – nºs diversos ICP
Jornal Palavra da Vida , nº 53 / 1977
AGONIA DO P T Blumfield
Outro http://pt.wikipedia.org/wiki/

NOTA REFERENTE À RESPOSTA N.20 EM CRISTOLOGIA:


A questão foi apresentada e defendida no Estudo deste autor:
“OS SÁBADOS PERDIDOS”; sendo pesquisada nas seguintes fontes:

O Novo Dicionário da Bíblia – Edições Vida Nova – 1979


Champlin, Russel Norman – O Novo Testamento Interpretado Vrs / Vrs. - Ed Candeia
Cabral, J. – Introdução Bíblica – Universal Produções
Guimarães, Marcelo Miranda – A Pessoa do Messias nas Festas Bíblicas – Ministério
Ensinando de Sião – 1999
Imbriani, Bento Rain – Três Dias e Três Noites Sepultado – IBL – 2001 O Obreiro
nº 11 – CPAD – 1980.
Grande Enciclopédia Larousse Cultural – Círculo do Livro Ed. Universo Ltda – 1988
Revista A Seara – 04/1980 CPAD
Revista Jovem Cristão – 12/1978 CPAD
Xavier, João Leão dos Santos – Passo a Passo com Cristo Nº 3 LERBAN
www.calendário.cnt.br/cal-judaico.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/pessach www.visaojudaica.com.br
www.chabadmorumbi.com.br/calendario
www.amisrael.com.br/noticias
www.aticaeducacional.com.br/htdocs
www.morasha.com.br/conteudo
www.netjudaica.com.br/novanetjudaica
www.fierj.org.br/pessach
http://jerusalemdeouro.tripod.com

Batismo, do grego – baptizo: significa mergulho e imersão. O simbolismo religioso,


teológico, bíblico fala de morte, sepultamento e ressurreição, com a entrada e saída da
água, depois de ser coberto por ela; e fala de novo nascimento: nascemos depois de ser
gerados envoltos em ambiente de água.

PRIMEIRA PARTE TEOLOGIA BIBLICA

01) Dê uma definição de Teologia Bíblica?


Resposta – É o ramo da Teologia Exegética que busca descobrir, conhecer e explicar a
revelação de Deus ao homem, conforme se entende das Escrituras do Velho e do Novo
Testamento – a Biblia Sagrada.
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02) Qual a distinção entre Teologia Bíblica e Teologia Sistemática?
Resposta – A Teologia Bíblica se limita ao estudo da doutrina com nos vem apresentada
na Bíblia, sem sair dela. A Sistemática busca outros recursos: filosofia, história, revelação
natural.

03) Qual a principal “ferramenta” ou instrumento da Teologia Bíblica?


Resposta – A exegese bíblica que busca trazer o sentido real do escrito.

04) Quais os meios pelos quais o homem recebe conhecimento de Deus, segundo a Teologia
Bíblica?
Resposta - Pelo nome de Deus; pelos atos de Deus; pelo Espirito de Deus; pela Palavra de
Deus (profecia).

05) Qual o significado do nome de Deus, na Teologia Bíblica?


Resposta – O nome além de distinguir a pessoa, é usado para indicar ou descrever a
própria natureza de quem porta o nome.

06) Qual o nome usado pra Deus considerado o mais antigo e seu significado? Resposta – EL
– significa “ser forte”, “ser poderoso”.

07) Qual o nome de Deus usado para expressar o conceito de divindade, criador e a relação
com as nações? Resposta – Elohim.

08) Qual o nome de Deus, mais conhecido e divulgado, cuja tradução é Senhor? Resposta –
Jeová ou Javé (este último é preferido).

09) Qual o significado do nome El Shaddai?


Resposta – A palavra Shadu vem do assírio e significa alto ou montanha, assim El Shaddai
> “Poderoso do Alto” ou “Altíssimo Poderoso”.

10) Quais as interpretações para o nome Javé Zeba’oth e qual é a tradução?


Resposta – A tradução é “Senhor dos Exércitos”. As interpretações são: refere-se aos
exércitos militares de Israel; refere-se à totalidade de todos os seres do céu e da terra.

11) Enuncie algumas atividades do Espirito do Senhor (Ruah-Javé) no Velho Testamento.


Resposta – Ele controla e inspira os profetas; Ele habilita artífices para obras especificas;
Ele sela (no inicio da monarquia) e habilita para o poder real; Ele transforma o caos “na
ordem cósmica “, como na criação; Ele é quem produz e sustenta a vida no homem.

12) Dê alguns atributos ou características de Deus no Velho Testamento? Resposta – Vivo,


eterno, Imutável, poderoso, único, santo, justo.

13) Quais as concepções bíblicas sobre o que é o “Deus Vivo”?


Resposta – Distinção dos demais “deuses” que eram mortos, não andavam, não agiam,
não falavam, etc. Ênfase na realidade de que é a fonte de todas as formas de vida.
Capacidade de manter vivo o espirito do homem e o próprio homem.

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14) Qual a concepção sobre a eternidade de Deus no escopo da Teologia Bíblica?
Resposta – Embora os escritores bíblicos não especulem sobre este ponto, deixam claro
que a existência de Deus é uma verdade e que esta existência não é temporal, ou seja,
não tem principio nem fim.

15) Qual a concepção da imutabilidade de Deus dentro do escopo da Teologia Bíblica?


Resposta – Não se refere ao seu relacionamento com os homens, mas ao que Êle é.
Desta forma concebe-se a Deus como aquele que “é sempre o mesmo em seu Ser”.

16) Qual a concepção sobre o poder de Deus na Teologia Bíblica?


Resposta – Tem-se a idéia de que Ele realiza tudo o que lhe apraz. Assim, Ele governa
todas as nações e homens conforme Seu querer e mesmo quando seu povo é derrotado
Ele mostra que quem fez isto foi Ele pelo seu poder para disciplinar o povo.

17) Qual a idéia sobre a unicidade de Deus quanto à Teologia Bíblica?


Resposta – A idéia de Deus como o único e verdadeiro vem com os profetas antigos, pois
até então Javé era considerado o Altíssimo em relação aos outros deuses. Com o
Decálogo se estabelece: “Eus sou o Senhor teu Deus ... não terás outros deuses diante de
mim...”

18) Quais as idéias básicas sobre a santidade de Deus na Teologia Bíblica?


Resposta – Separação de tudo o que é comum, que é mundo físico ou da humanidade;
exclusão de tudo aquilo que é mal ou perverso moralmente; independência e superioridade
de tudo quanto criou.

19) Dentro da Teologia Bíblica a santidade de Deus é exclusividade Sua ou se comunica?


Resposta – Ela é exclusividade de Deus no sentido de que Ele é puro e elevado, mas que
nós somos também alcançados por ela quando Ele a coloca em nós, como no caso de
Enoque, Arão, Isaías e outros.

20) A encarnação de Deus, em Cristo, quebra a noção de Sua santidade?


Resposta – Não, porque Ele sempre deseja comunicar sua santidade aos homens (veja na
criação) e a expressão maior de para esta comunicação, foi sua encarnação.

21) Dê três nomes de Cristo e seus significados?


Resposta – Jesus = Salvador; Cristo = Ungido; Emanuel = Deus Conosco.

22) Dê pelo menos três funções do Espirito Santo a nível de Igreja?


Resposta – Conduzir e instruir em toda a verdade de Deus; administrar a Igreja,
distribuindo dons e ministérios segundo lhe apraz; revestir de poder e autoridade a Igreja
para a realização de seu ministério.

23) Quais algumas formas de governo que o povo de Israel experimentou?


Resposta – Patriarcal – com Abraão, Isaque e Jacó; Teocracia pura – com Moisés, Josué e
alguns juízes; Monarquia teocrática, monarquia familiar, monarquia “golpista” (norte);
Governo sacerdotal – após o cativeiro babilônico.

24) Quais as concepções existentes sobre a palavra “Dia”, na descrição da criação?

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Resposta – Dia normal de 24 horas; dia no sentido de espaço de tempo ou era (alguns
aceitam a realidade das eras geológicas em consonância com a narrativa da criação;
apenas referencia ao fato seqüencial da criação (Moisés recebeu a revelação como se
fossem quadros seqüenciais e a seqüência foram “os dias”).

25) Quais as concepções ou em que sentido o homem é visto como “imagem e semelhança de
Deus”?
Resposta – A imagem e semelhança de Deus se vê na personalidade do homem com sua
consciência própria e direção própria. Na capacidade de raciocinar, sentir e querer a
capacidade de discernimento espiritual.

26) De acordo com o registro da criação, quais os elementos constitutivos da natureza


humana?
Resposta – São dois os elementos: o material = corpo; o imaterial = espirito.

27) Qual a diferença entre a queda do diabo e a queda do homem?


Resposta – A queda do diabo teve apenas o agente interior (sua própria cobiça); a queda
do homem além do agente interior (sua cobiça), houve o agente exterior que foi o próprio
diabo.

28) Qual a interpretação popular para o pecado original? Há base? Por que?
Resposta – A interpretação popular é que o pecado original foi a relação sexual entre Adão
e Eva. Não há base para esta interpretação, porque o próprio Deus determinara que
crescessem e se multiplicassem, e enchessem a terra antes de haver a queda.

29) Qual e em que sentido foi a conseqüência do pecado?


Resposta – A conseqüência do pecado foi a morte, no sentido físico, moral e espiritual.

30) O pecado trouxe conseqüências graves no relacionamento do ser humano. Que áreas do
relacionamento humano foram afetadas pelo pecado?
Resposta – Relacionamento com Deus; relacionamento consigo mesmo; relacionamento
com o próximo; relacionamento com o cônjuge; relacionamento com a natureza.

31) No escopo da Teologia Bíblica o céu é um novo Éden? Por que?


Resposta – O Céu é um novo Éden pelo fato de no céu não haverá mais a possibilidade do
pecado como foi no Éden.

32) Qual o fim da Lei e em que sentido devemos entender este fim?
Resposta – O fim da Lei é Cristo. Devemos entender este fim não como término,
eliminação, mas como objetivo, clímax. Assim toda a Lei aponta e converge para Cristo.

33) Quais os objetivos dos milagres no Velho Testamento?


Resposta – Demonstrar o poder e a soberania de Javé, bem como seu amor protetor por
Israel.

34)Quanto ao Novo Testamento, quais os objetivos dos milagres?


Resposta – Com relação a Jesus tem o objetivo de despertar a fé em Sua Pessoa e
ratificar Seu ministério; com relação aos apóstolos tem o objetivo de confirmar sua
pregação e despertar temor e fé nos corações; com relação ao povo tem o objetivo de
50
demonstrar o poder curativo e restaurador de Deus, bem como despertar a fé mediante
tais sinais.

35)No escopo geral da Teologia Bíblica as doutrinas são apresentadas de uma vez na sua
completa enunciação dentro da revelação bíblica?
Resposta – Não. A Teologia Bíblica mostra que acertadamente as doutrinas vão sofrendo
sedimentação gradativa até sua expressão última. Assim admite-se uma revelação
progressiva dentro da Teologia Bíblica.

36)Com relação ao pecado a revelação bíblica enfatiza mais sobre atos ou sobre a natureza
corrupta do homem. Por que?
Resposta – A ênfase é posta sobre a natureza corrompida e corrupta do ser humano, isto
porque entendiam (corretamente) que a natureza pecaminosa é que faz o homem pecar e
não o contrário. Assim, a questão tem de ser mudar a natureza humana para que atos
pecaminosos diminuam ou desapareçam.

37)Dentro da Teologia Bíblica qual foi o último pacto ou aliança de Deus com os homens?
Resposta – A última aliança de Deus com os homens foi feita no sangue de Cristo, que é a
“nova e eterna aliança”, na qual promete salvar àqueles que aceitem e recebam o
sacrifício.

38)Qual a forma de resgate pelo estabelecida por Deus?


Resposta – O derramamento de sangue.
39)Porque o derramamento de sangue é o meio estabelecido por Deus para resgate do
pecado?
Resposta – O motivo é pelo fato de só pode haver perdão se uma vida for sacrificada para
resgatar a “divida”. Assim, “a alma que pecar esta morrerá”. Por isto só havendo morte
(derramamento de sangue) pode haver perdão.

40)Há, em alguma época da revelação bíblica, algum indicio de crença dualita?


Resposta – Não. O Velho Testamento apresenta Javé como Senhor Supremo que não tem
rival, muito menos igual.

41)Qual a concepção bíblica sobre a matéria?


Resposta – Tanto no Velho como no Novo Testamento a matéria (inclusive o corpo) não
vista como alguma coisa ruim ou má (muito menos como sede do pecado). No entanto a
ênfase é para que não vivamos para ela, pois isto é um tipo de idolatria e usurpação do
lugar de Javé ou de Cristo.

42)Qual o selo do pacto de Deus com Abraão e qual o seu significado?


Resposta – O selo do pacto entre Deus e Abraão foi a circuncisão e significava que
aqueles descendentes seriam também do Senhor.

43)Quais as interrupções mais comuns sobre os “filhos de Deus” de Gênesis, capítulo 67?
Resposta – Filhos de Deus são anjos / Filhos de Deus são os descendentes dos fiéis
(Enos, Sete, etc.).

44)Cite 04 grandes pactos registrados nas Escrituras Sagradas e seus sinais?


51
Resposta – Pacto com Noé – sinal: arco íris / Pacto com Abraão – sinal: circuncisão / Pacto
com Moisés – sinal: tábuas da lei / Pacto com Cristo – sinal: ceia do Senhor.

45)Qual a concepção bíblica sobre o sofrimento, quanto a sua origem? Resposta – De modo
último e geral – é conseqüência do pecado.

46)Segundo a concepção do Apóstolo Paulo qual o propósito da Lei Mosaica?


Resposta – Paulo entendia que a Lei nos serve de aio, ou instrutor, levando-nos até o
Senhor Jesus Cristo.

47)Qual a função do sacerdote dentro da perspectiva da Teologia Bíblica?


Resposta – A função do sacerdote era levar o povo a Deus , buscando o perdão de Deus
para este povo mediante oferta de sacrifícios.

48)Qual a função do profeta dentro da Teologia Bíblica?


Resposta – Revelar a vontade de Deus ao povo, dando-lhe a conhecer a Sua palavra.
49)Dê 05 características bíblicas e indiscutíveis acerca da volta de Cristo? Resposta – Visível;
pessoal. Gloriosa; repentina e consumadora.

50)Qual a expectativa judaica quanto ao aparecimento do Messias nos dias de Cristo?


Resposta – Devido ao longo período de pressão e dominação estrangeira sofrido por Israel
a expectativa era de um Messias restaurador da glória política e terrena de Israel nos
moldes ampliados dos dias de Davi. Assim seu Messias era politico-libertador.

51)Qual o centro de toda a Escritura, ou seja sobre o que, ou quem, gravita todo o registro
escriturístico?
Resposta – Sobre Jesus Cristo que é o “centro das Escrituras e da vida”.

52)Dê o nome de 04 grupos judeus (seitas judaicas) existentes nos dias de Jesus? Resposta
– Fariseus; saduceus; zelotes; essênios e herodianos.

53)Quais as concepções sobre a palavra Sheol?


Resposta – Esta palavra ou este conceito sofreu mudanças ao longo da revelação bíblica
devido à própria luz que era derramada sobre o assunto. Basicamente “Sheol” significa:
Lugar de sombras e trevas onde estão todos os mortos; sepultura; lugar de punição das
injustiças cometidas na vida; tem a mesma conotação que Hades no Novo Testamento.

54)Dentro da tipologia bíblica qual é a concepção do catolicismo romano sobre a Arca de Noé,
em termos soteriológicos?
Resposta – O catolicismo romano ensina que assim como só se salvaram os estavam
dentro da arca, assim também só se salvam os que estiverem dentro da nova arca que é a
Igreja de Roma (“fora de Roma, não há salvação”).

55)Dentro da tipologia bíblica qual a concepção evangélica sobre a Arca de Noé em termos
soteriológicos?
Resposta – O protestantismo ensina que assim como só se salvaram os estavam dentro da
Arca, assim também só se salvam os que estiverem em Cristo, a nova arca pela qual os
homens são salvos (“fora de Cristo, não há salvação).

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56)Qual a evolução do pensamento bíblico sobre a presença de Deus?
Resposta – As idéias primitivas estavam ligadas a lugares e objetos; como exemplo disto
temos a evolução de altares, para tabernáculo, depois para templo. No entanto a
expressão completa desta idéia se deu em Jesus quando a presença de Deus não estava
mais entre, mas nas pessoas. Assim Jesus é a presença de Deus viva. Ele mesmo nos
deu a real compreensão desta presença enviando-nos Seu Espirito Santo, presença
constante e renovadora.

57)O batismo não é de origem cristã. Os judeus o praticavam. Qual era o seu sentido básico
então?
Resposta – Havia dois sentidos básicos: expressava arrependimento pelos atos feitos até
então contra Javé e purificação cerimonial como prova deste arrependimento.

58)No cristianismo em relação ao Judaísmo houve mudanças na concepção acerca do


batismo? Se houve, quais foram?
Resposta – Houve mudanças em algumas das concepções sobre o batismo que era
praticado especialmente no judaísmo. O batismo passava agora a ser uma identificação
com Cristo, sendo assim símbolo da regeneração (nova vida) e integração em Seu Corpo
Místico, a Igreja; deixou de ser apenas um ritual religioso.

59)Qual a importância do batismo dentro do cristianismo conforme o Novo Testamento?


Resposta – A importância do batismo era grande ( o que precisa ser resgatado), pois
através dele se estava dizendo que se entregava a Jesus, recebendo d’Ele perdão. O
batismo era o selo e o testemunho da fé, daí sua grande importância.
60)Quais alguns benefícios resultantes da expiação?
Resposta – Tanto no Velho como no Novo Testamento vemos: “reatamento” da ligação
amigável com Deus; “purificação” dos pecados cometidos; devido a vida que foi entregue;
“paz” com Deus que cancelou Seu pronunciamento condenatório; “justificação” pois o
resgate exigido para saldar a dívida adquirida foi pago.

61)Por que a vítima deveria ser completamente perfeita para o sacrifício?


Resposta – Devido à concepção de santidade e justiça de Deus que exige absoluta
perfeição quanto ao relacionamento consigo; para apontar o fato de que só o que é perfeito
pode purificar o que não é, sendo entregue em seu lugar; era preparação para o sacrifício
perfeito e puro oferecido por Cristo como oblação perfeita e perpetua pelo pecado a Deus.

62)Em que sentido se vê a realidade do Reino de Deus em Teologia Bíblica, ou de que forma
se concebe o Reino de Deus?
Resposta – Há dois sentidos para o Reino de Deus: o Seu Governo sobre o mundo que
constitui tudo como o seu Reino, sendo o mundo o estrado do seus pés; o povo sobre o
qual Deus governa soberano, ou seja, seu Reino é o seu povo, seja Israel ou a Igreja; o
governo de Deus de forma pessoal e completa quando todos os Seus preceitos e Leis
serão vividos pelos homens por graça do próprio Deus.

63)Quanto ao estabelecimento do Reino de Deus, qual é o ensino bíblico sobre o tempo em


este Reino se instaurará?

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Resposta – Há como uma tensão, pois o Reino é e virá a ser. Ou seja, este Reino já existe
no interior do homem, mas escatológicamente se tornará exterior atingindo a tudo. Assim o
Reino se estabelece agora nos corações e depois na realidade total.

64)Quais os dois sentimentos existentes (no ensino bíblico) quanto à instauração ou


implantação do Reino?
Resposta – São dois: Certeza (já) e Esperança (ainda não).

65)Como se enquadra o sentimento de certeza quanto a implantação do Reino?


Resposta – A certeza se enquadra na realidade de que o reino está em mim, ou seja, no
instante em que recebo a Cristo eu tenho a certeza de Reino se instala, se implanta. (“O
Reino de Deus dentro de vós”).

66)Como se enquadra a esperança quanto à implantação do Reino de Deus?


Resposta – É a expectativa do povo de Deus no momento em que Ele mesmo vai fazer
com que seu domínio seja de fato e completo. É uma realidade também escatológica, que
se torna a esperança do povo de Deus. “Venha o Teu Reino”.

67)Qual a mudança de concepção sobre o Reino de Deus no Novo Testamento?


Resposta – A partir do Novo Testamento desvincula-se a idéia de Reino de Deus de um
povo organizado politicamente, no caso os judeus. A visão do Reino se alarga e se
entende que todos os homens (qualquer do povo) pode ser integrado e pertencer a este
Reino.

68)A idéia de Reino de Deus não nacionalista é algo estritamente do Novo Testamento?
Por que?
Resposta – Não, esta idéia está também no Velho Testamento. Desde a chamada de
Abraão o propósito é ser uma benção para todas as nações (integrá-las à benção do povo)
da terra.
Os profetas mostram que os outros povos seriam integrados a este Reino. Então vemos
que no Novo Testamento houve a efetivação e expressão real destas idéias já existentes
no VT.

69)Qual ou quais os sentidos da expressão “filho do homem”?


Resposta – Este é um titulo que aparece no V. Testamento com dois sentidos: usado para
representar a fragilidade do homem em contraste com a perenidade de Deus (Jó 25:6; Sl
8:4); título daquele que estabelecerá o Reino messiânico de Deus na terra, triunfando
sobre os inimigos (Dn 7:13,14).

70)Em que sentido se pode aplicar ou se aplica o título de Filho do Homem a Jesus e o que
quer significar?
Resposta – Aplica-se este título no sentido messiânico de seu ministério como é visto no
Novo Testamento. Mas também significa sua identificação perfeita com a raça humana, a
fim de poder resgatá-la, por ser seu legitimo representante.

71)Como se pode interpretar a expressão “Filho de Deus”, em relação a Jesus?

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Resposta – A Teologia Bíblica é unanime em afirmar que este título dá a verdadeira noção
de quem era Jesus. Ou seja, este título expressa a realidade de sua divindade total e
completa e não apenas no sentido de como nós somos filhos de Deus.

72)Qual o motivo de já não haver mais lugar para um sacerdócio regular como no VT?
Resposta – O sacerdócio era uma função que visava oferecer sacrifício a Deus para
obtenção de perdão. Devido o fato de Cristo (sumo sacerdote dos bens realizados – HB.
9:11) Ter oferecido um único, suficiente e perpétuo sacrifício já não há razão para
sacerdotes que ofereçam outros sacrifícios. Hoje, todos podem achegar-se a Deus tendo
como Sumo Sacerdote Jesus.

73)Qual a situação da natureza em relação ao homem e vice-versa após a queda, dentro do


escopo da Teologia Bíblica?
Resposta – Há, pelo menos três aspectos relativos à natureza dentro deste prisma: a. ela
se tornou hostil ao homem, produzindo cardos, levando-o à morte, etc. b. ela é sua
companheira, devendo ser dominada e governada pelo homem para o bem de ambos, pois
dela o homem tira o sustento; c. a natureza aguarda sua redenção que se dará quando da
revelação dos filhos de Deus, a glorificação final dos santos.

74)Através de que modos Deus se revela ao homem conforme vemos em toda a Bíblia?
Resposta – Revelação direta – aparições e comunicações diretas às pessoas; Revelação
indireta – mensagens ou visões dadas a pessoas específicas para transmissão posterior
(profecia); Revelação escrita – período em que não houve visões ou mensagens proféticas
e que orientação era mediante a Palavra escrita; Revelação pessoal – encarnação do
próprio Deus na pessoa de Jesus Cristo.

75)Qual o clímax da revelação divina aos homens?


Resposta – É a revelação de Deus na pessoa de Seu próprio Filho, Jesus Cristo.

76)Em que sentido se entende a “Palavra do Senhor” na revelação bíblica?


Resposta – Há três acepções para a “palavra de Deus”: a. palavra falada, como no caso da
profecia (“veio a mim a palavra do Senhor e disse...”); b. palavra escrita, como no caso da
Bíblia (“invalidais a palavra de Deus por causa das vossas tradições” – Mt 15:6); c. palavra
viva ou encarnada, no caso da encarnação de Cristo (“e o verbo se fez carne e habitou...”
– Jo 1:1).

77)Quais são algumas obras realizadas pela Palavra de Deus, ou por meio dela?
Resposta – Obra da criação – “Foi o universo formado pela Palavra” – Hb 11:3; Obra de
santificação – “santifica-os na verdade, a Tua palavra ...” – Jo 17:17; Obra de reconciliação
– “nos confiou a palavra da reconciliação...” – II Co 5:19.

78)Em que ou sobre o que se baseia o julgamento final de Deus com relação aos homens?
Resposta – O julgamento final será nas obras realizadas ou deixadas de realizar por todos
os seres humanos.

79)Dê algumas características bíblicas sobre o Juízo Final.


Resposta: Será universal – todos terão de comparecer. Será consumador – desfecho final
da história humana; após, a eternidade. Será baseado nas obras – justiça alcançada ou
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não diante de Deus. Será absolutamente justo – ninguém será salvo ou condenado
injustamente

80. Como alguém julgado pelas obras pode ser salvo no dia do juízo de Deus?
Resposta – O julgamento será pelas obras e por elas todos serão condenados, mas os que
estiverem em Cristo, a Sua graça lhes é conferida e Sua justiça lhes é dada, alcançando o
padrão exigido e sendo assim salvo.

80)Quais são algumas concepções bíblicas sobre o corpo?


Resposta – A Bíblia não apresenta o corpo (matéria) como algo mau, ou sede do mal. Javé
pode e é adorado no corpo e na alma (espírito). O corpo é importante e deve ser bem
tratado, pois Deus o deu e vai tomá-lo. O corpo vai ressuscitar para uma nova vida. O
corpo é templo (morada) do próprio Deus (Espírito Santo).

81)Quais alguns aspectos da natureza moral do homem no contexto bíblico?


Resposta – É responsável – responderá por suas escolhas. É livre – embora haja a força
da corrupção do pecado, pode resistir e escolher o bem.

82)Quais as duas idéias que aparecem na Bíblia com relação à salvação do homem que
parecem contraditórias e excludentes?
Resposta – As duas idéias relacionadas com a salvação do homem são: a soberania de
Deus e a liberdade do homem. Mas, por não conseguirmos a harmonia não quer dizer que
não existem e se harmonizam.

84 – Qual a diferença básica quanto à expiação de pecados e sacrifícios na Bíblia em


relação às demais religiões que não o judaísmo e o cristianismo?
Resposta – A diferença fundamental ou básica é que no judaísmo e cristianismo não se faz
propiciação ou expiação para que Deus nos ame ou se torne favorável, mas por que Deus
nos ama e nos é favorável aceitando a sua oferta. Nas demais religiões você tem que
tornar a divindade favorável por meio de ofertas.

85) Quanto à realidade da salvação e a participação humana qual a diferença básica entre
a religião bíblica e não bíblica?
Resposta – A diferença básica é que nas religiões não bíblicas o homem tem que se
esforçar para construir sua “escada” que o faça chegar até Deus por seu nível. As religiões
bíblicas ensinam que Deus desceu até nos por não podermos nunca ir até Êle. Assim, as
outras ensinam que o homem tem e pode ir por si só até Deus; o cristianismo ensina que
Deus se tornou carne e veio até nós.

86) O propósito de Deus em escolher Israel era para ser uma benção a todas as famílias da
terra. Este propósito deixou se cumprir? Se, se cumpriu, como?
Resposta – O propósito ou plano de Deus de abençoar todas as famílias da terra por meio
de Abraão e seus descendentes se cumpriu cabalmente, e cumpriu-se não por Israel
como povo ou nação, mas enquanto o Salvador do mundo veio dos judeus, assim através
deles, por meio de Jesus, veio a benção a todas as famílias da terra.

87) Quantos povos escolhidos Deus tem?


Resposta – Há um só povo escolhido, aquele se identifica de fato com Jesus Cristo como
Salvador e Senhor ( I Pd. 2:9).
56
88) O povo de Israel deixou de ser povo de Deus, tendo Deus mudado Seu plano?
Resposta – O povo de Deus continua sendo a comunidade dos fiéis em todas as épocas,
assim não há um “novo povo” (Igreja); há pessoas novas neste velho povo. Israel é parte
deste povo enquanto se identifica com Jesus Cristo, pois do contrário permanece a mesma
situação de outrora em que muitos de Israel não eram de fato do povo de Deus, pela sua
infidelidade.

89) De acordo com a Teologia Bíblica o que motivou Deus a escolher Israel e também nós
outros hoje?
Resposta – O que motivou e motiva Deus escolher alguém para comunicar-lhe a salvação
é Seu amor misericordioso, sem levar em conta méritos ou deméritos dos homens.

90) Aponte quatro figuras que ilustram a Igreja no Novo Testamento?


Resposta – Corpo de Cristo; Edifício de Deus; Lavoura de Deus; Noiva de Cristo.

91) O apóstolo Paulo diz que as coisas antigas “eram sombras” das permanentes. As
permanentes são superiores. Jesus é visto como superior (principalmente na carta aos
Hebreus) a muitas coisas. Dê 05 exemplos da superioridade de Cristo em relação à
realidade do Velho Testamento.
Resposta – Superior aos anjos; superior a Moisés; superior a Arão; superior ao sacerdócio
levitico; superior aos sacrifícios de animais; superior à Lei;

92) Com base nas narrativas do Velho e Novo Testamentos, onde Satanás e seus
seguidores se encontram?
Resposta – Ao contrário da crendice popular Satanás e seus “anjos” não estão no inferno,
mas estão espalhados por todos os lugares e são chamados por Paulo de “potestades”,
dando a entender que eles estão aqui no nosso meio.

93) Qual será o destino de Satanás e seus anjos, e como viverão?


Resposta – O destino final de Satanás e seus anjos será o de serem lançados “no lago de
fogo e enxofre” e “serão atormentados pelos séculos dos séculos”.

94) Vemos na Bíblia algum indicio de Dualismo Maniqueísmo?


Resposta – Não. A Bíblia fala que há uma força pessoal do mal operando neste mundo,
mas nem de longe insinua que seja comparável ou do mesmo nível de Deus.
95) Israel e a Igreja são comunidades para viverem para si mesmas?
Resposta – Não. Tanto Israel como a Igreja são comunidades chamadas a viver para Deus
no mundo, realizando o ministério proposto pelo Seu Senhor. Israel como povo falhou. A
Igreja precisa não falhar, deixando de viver para si mesma.

96) Qual o sentido teológico do uso da linguagem antropomórfica e antropopática para


Deus, em relação à experiência diária do homem?
Resposta – O sentido é para mostrar a solidariedade e aproximação de Deus para com o
homem, a fim de que se saiba que “Deus está perto” e o compreende.

97) Qual a demonstração maior da presença e companhia de Deus com o homem?


Resposta – Sem dúvida alguma a Bíblia mostra que a encarnação do verbo é a
demonstração mais efetiva da presença de Deus entre os homens.
57
98) O Cristianismo é uma das poucas religiões que dá importância ao corpo. Onde (através
de que fato) se percebe esta importância atribuída ao corpo?
Resposta – No fato de se enfatizar a realidade da ressurreição da carne e do corpo.

99) No Novo Testamento vemos o apogeu da revelação sobre a ressurreição. O que nos é
ensinado quanto a quem irá ressuscitar?
Resposta – O ensino é claro sobre o fato de que todos irão ressuscitar, ímpios e justos;
estes para a glória eterna, aqueles para a vergonha eterna.

100) Qual a situação do ser humano após a morte?


Resposta – A Bíblia ensina que o corpo vai para o “pós”, enquanto seu espirito vai para um
lugar definido de alegria ou sofrimento, aguardando o momento da “re-união” do corpo ao
espirito para a consumação do gozo ou plenitude de tormento.

101) Quais os dois ministérios primordiais da Igreja?


Resposta – 1. Glorificação a Deus; 2. Pregar o Evangelho de Cristo.

SEGUNDA PARTE
TEOLOGIA SISTEMÁTICA
1. Quais as fontes da Teologia?
Resposta – A Natureza, a Bíblia e Cristo.

2. Quais alguns empecilhos à Teologia?


Resposta – Finitude do entendimento humano, pobreza da linguagem, silêncio sobre vários
assuntos, falta de discernimento por causa do pecado.

3. Que é revelação?
Resposta – Comunicação (interpretação) que Deus faz de si mesmo aos homens.

4. Quais os tipos de revelação?


Resposta – Natural, oral e especial.
5. Quais os modos de revelação de Deus?
Resposta – Formas (teofanias); palavra (profecia); atos (milagres).

6. Que significa inspiração quanto à Sagrada Escritura?


Resposta – Transmissão oral ou registro da verdade feito pelo Espirito Santo por meio de
instrumentos humanos.

7. Quais as teorias da inspiração?


Resposta - a. Intuição – percepção mais elevada que a maioria dos homens;
b. Iluminação – afirma que os escritores e não os registros são inspirados – intensificação da
percepção religiosa;
58
c. Mecânica ou ditado-verbal – O Espirito Santo apossa-se do escritor e o reduz a
instrumento mecânico;
d. Dinâmico-plenária – É um fato dinâmico, sobrenatural e plenário. O Espirito Santo atua,
mas o elemento humano é preservado.

8. Que são os atributos de Deus?


Resposta – São qualidades essenciais a Deus ou descrição de suas perfeições?

9. Quais os tipos de atributos divinos que são apresentados? Resposta – Comunicáveis e


incomunicáveis

10. Que é atributo incomunicável?


Resposta – É aquele atributo exclusivo de Deus, não existindo no homem ou outra criatura.

11. Quais são os atributos incomunicáveis?


Resposta – Auto existência; imutabilidade; infinitude; unidade.

12. Onde se enquadram a eternidade e a imensidade de Deus?


Resposta – São as infinitudes de Deus em relação ao tempo e ao espaço,
respectivamente.

13. Que é atributo comunicável?


Resposta – São aqueles comuns a Deus e aos homens ainda que em menor intensidade.

14. Quais são os atributos comunicáveis?


Resposta: Espiritualidade, intelectualidade (conhecimento, sabedoria), moralidade
(bondade, benevolência, amor, graça, misericórdia, longanimidade), santidade, justiça e
sabedoria.

15.Quem é o Espírito Santo?


Resposta: É a terceira pessoa da Trindade, portanto um ser divino e pessoal.

16. Quando nos é dado particularmente o Espírito Santo?


Resposta: Quando aceitamos e recebemos Jesus Cristo como Senhor e Salvador.

17. O que é teantropologia?


Resposta: É a parte da teologia que trata da relação de Deus com o homem.

18. Quais as teorias sobre a natureza do homem e o que dizem?


Resposta: Tricotomia – O homem constitui-se de três “partes” – Corpo, alma (mente),
espírito.
59
Dicotomia – O homem constitui-se de duas “partes” – Material e espiritual.

19. Quais as teorias sobre a existência da alma? Explique?


Resposta: Preexistencialista – a alma tem existência anterior à união com o corpo.
Traducianista – alma propagada juntamente com o corpo pela geração.
Criacionista – cada alma é criada por ato direto de Deus.

20. O que é decreto de Deus?


Resposta: Seu propósito eterno, segundo o conselho de sua própria vontade, em virtude
do qual tem preordenado para sua glória tudo o que sucede.

21. Quais as características do decreto de Deus?


Resposta: Uno, sábio, eterno, eficaz, imutável e universal.

22. Quais são algumas objeções à doutrina do decreto ou ao decreto?


Resposta: 1. Inconsistente com a liberdade humana em termos morais.
2. Elimina todo o motivo para o esforço humano.
3. Faz com que Deus seja o autor do pecado.

23. O que é predestinação?


Resposta: É o conselho de Deus com respeito ao homem caído, incluindo a soberana
eleição de alguns e justa reprovação do restante, bem como os anjos.

24. Quem é o autor da predestinação?


Resposta: O Deus triúno, soberano e eterno.

25.Quem é o alvo da predestinação?


Resposta: 1. Todos os homens como indivíduos.
2. Anjos bons e maus.

26. Quais as partes da predestinação (ou em que partes consiste)? Resposta: Eleição e
reprovação

27. Dê algumas características da eleição?


Resposta: Imutável, incondicional, irresistível, justa.

28. Quais os propósitos da eleição?


Resposta: Salvação dos eleitos; preparo para o serviço e obras, gloria de Deus.

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29. Como é chamada dentro da teologia calvinista a reprovação? Resposta: Decreto terrível.

30. Qual o nome dado à doutrina que ensina a atuação de Deus neste universo preservando
tudo e guiando para um determinado fim? Resposta: Providencia.

31. Em termos de doutrina da providencia qual a diferença entre teísmo, deísmo, panteísmo e
fatalismo?
Resposta: Teismo – ensina que Deus pessoalmente conduz todas as coisas.
Deísmo – ensina que Deus criou o universo e o faz dirigir-se por si só
(relojoeiro).
Panteísmo – ensina que Deus é tudo e tudo é Deus.
Fatalismo – ensina que nada pode ser mudado – destino – karma – maktub.

32. Quais as partes que constituem a providencia dentro da teologia sistemática? Resposta:
Preservação; Governo; Concorrência.

33. O que é preservação em termos da doutrina da providencia?


Resposta: Obra continua de Deus, pela qual mantem todas as coisas que criou juntamente
com propriedades e poderes com que as criou.

34. O que é governo em termos de doutrina da providencia?


Resposta: Atividade continua de Deus, pela qual ele governa todas as coisas
teleologicamente de maneira que assegura o cumprimento de seu propósito.

35. O que é a concorrência em termos de doutrina da providencia?


Resposta: Cooperação dos poderes divinos com os poderes subordinados, de acordo com
as leis preestabelecidas para sua operação.

36. Qual a parte da teologia sistemática que estuda as criaturas morais criadas por Deus que
não são homens?
Resposta: Angelologia.

37. Quais são algumas características dos anjos?


Resposta: Criados, espirituais, limitados, pessoais, estéreis, imortais e poderosos.

38. Quais as duas características de anjos existentes? Resposta: Bons (não caídos); Maus
(caídos).

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39. Qual ou quais são os nomes dados ao príncipe dos anjos caídos? Resposta: Satanás,
diabo, dragão, serpente, satã, etc.

40. Quais as teorias existentes sobre a origem do pecado em termos “cristãos”? Resposta:
Gnosticismo – Pecado se deve ao corpo (matéria) que é mau.
Preexistencialismo – Os homens pecaram preexistencialmente e entram no
mundo assim.
Limitacionismo – O pecado é apenas limitação e finitude ignorante do homem.
Bíblica – Deus não é o autor do pecado – sua origem se deu no mundo angelical; no
homem veio como ação externa; ato voluntário; ato deturpador.

41. Quais são algumas conseqüências do pecado?


Resposta: Morte, sofrimentos, mutação na natureza.

42. O que é o pacto da redenção?


Resposta: Aliança estabelecida entre o Pai e o Filho, em favor do pecador eleito.

43. Qual é a posição do filho no pacto da redenção? Resposta: É a de fiador.

44. Para o filho o pacto da redenção foi um pacto de obras ou da graça? Resposta: Foi um
pacto de obras (justiça em cumprimento da Lei).

45. Que é o pacto da graça?


Resposta: Contrato entre Deus e Cristo, com todos aqueles a quem dentre a massa de
perdidos, tem decretado adota-los como filhos da graça, dotando-os com fé.

46. Quais as características do pacto da graça?


Resposta: Gratuito, eterno, inquebrantável, trinitário, restrito.

47. O que é Cristologia?


Resposta: É o nome dado à unidade da Teologia Sistemática que trata da pessoa e obras
de Cristo.

48. Qual o significado dos nomes de Jesus Cristo? Resposta: Jesus = Salvador; Cristo =
Ungido.

49. Quando Cristo passou a existir?


Resposta: Ele é eterno como o Pai. Preexistia com Deus.

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50. Que tipo de preexistência Cristo possuía?
Resposta: A preexistência real e divina. Ele é de fato Deus desde toda a eternidade.

51. Quais as necessidades de se sustentar a preexistência real divina?


Resposta: Testifica a divindade de Cristo; comprova a encarnação; une em Cristo, a
criação e a encarnação.

52. Que é pessoa teantrópica?


Resposta: É a pessoa divino-humana de Cristo, graças à união da natureza divina com
uma natureza humana.

53. Em que sentido Cristo era homem?


Resposta: No sentido pleno da palavra, possuindo um corpo (sujeito a fadiga, sono, fome,
etc.); mente (sujeita ao amadurecimento, processo de maturação sapiencial,
armazenamento de dados, etc.); e espírito (que necessitava de conforto do Pai e do
Espírito Santo). À exceção do pecado, nada em Cristo é alheio ao homem.

54. É Cristo meio homem e meio Deus, para ser uma pessoa divino-humana?
Resposta: Não. Cristo é verdadeiramente homem e verdadeiramente Deus, unidos em uma
só pessoa.

55. Quais as necessidades da humanidade de Cristo?


Resposta: O homem pecara, teria que ser membro da raça e resgatar a divida;
O pagamento envolvia sofrimento, só um homem poderia faze-lo;
Era necessário para se tornar sacerdote fiel que se compadece do que sofre;
Pela exigência divina que só pelo derramamento de sangue há perdão de
pecados.

56. Como podemos sustentar a divindade de Cristo?


Resposta: Pelos sinais operados por Ele; pelos ofícios atribuídos a Ele – criador,
preservador de tudo, doador da vida eterna, juiz de todos, abençoador.

57. Quais as necessidades da divindade de Cristo?


Resposta: O oferecer sacrifício de valor infinito e eterno; suportar a ira de Deus
(intensidade) para resgatar o homem da perdição; ser absolutamente perfeito e sem
mancha; poder aplicar frutos de sua obra aos que tiverem fé.

58. O que é encarnação de Cristo?

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Resposta: È uma investidura própria por uma pessoa divina, nos elementos constitutivos
da natureza humana.

59. Quais as teorias existentes sobre a encarnação?


Resposta: Encarnação gradual; comunhão dos atributos; Kenóticas; Cristo humanitário;
Presença divina.

60. Quais os dois estados de Cristo? Resposta: Humilhação e exaltação

61. O que é humilhação de Cristo?


Resposta: Sujeição de Cristo à Lei, isto é, completa submissão as demandas da Lei.

62. Quais as fases da humilhação?


Resposta: Kenósis e Tapeinósis.

63. Quais os estados de Cristo na fase de Tapeinósis?


Resposta: Encarnação, sofrimentos, morte, descida ao hades.

64. Que é exaltação de Cristo?


Resposta: Estado em que Cristo é posto na condição de Senhor e Governador de todas as
coisas de forma total e plena.

65. Quais as etapas ou fases deste estado de exaltação?


Resposta: Ressurreição, ascensão, exaltação à direita do Pai, volta de Cristo.

66. Que são os ofícios de Cristo?


Resposta: São atividades exercidas por Ele no seu ministério terreno, atual e futuro.

67. Quais estes ofícios?


Resposta: Profeta, sacerdote e rei.

68. Com relação à expiação, quais as posições (pelo menos três) existentes?
Resposta: Não era necessária; Necessidade hipotética ou relativa (esta é uma das
soluções para o pecado); absolutamente necessária.

69. Quais as confirmações de que a expiação é absolutamente necessária?


Resposta: Deus não pode passar por cima do pacto; imutabilidade de Deus (perdão é
punido com vida de substituto); natureza do pecado; grandeza do sacrifício (havendo outra
hipótese sacrificaria o Filho?).

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70. O que a expiação proporcionou ao pecador?
Resposta: Segurança da salvação; permanência da salvação; plenitude da salvação.

71. Qual a parte da teologia que trata da aplicação da obra redentora ao homem? Resposta:
Soteriologia.

73. O que é ordem da salvação em Soteriologia?


Resposta: É a descrição em ordem lógica e as inter-relações dos vários movimentos do
Espírito Santo na aplicação da obra salvadora.

74. Quais os itens formadores da “ordem da salvação”?


Resposta: Chamado externo; chamado interno (vocação eficaz); conversão (fé e
arrependimento); justificação; adoção; santificação; perseverança; glorificação.

75. Que significa “graça”?


Resposta: Favor imerecido.

76. Quais as formas da operação da graça de Deus?


Resposta: Graça comum e graça especial.
77. O que é graça comum?
Resposta: É a manifestação da misericórdia de Deus sobre todos os homens,
comunicandolhes bênçãos materiais e espirituais.

78. Quais são alguns frutos da graça comum?


Resposta: Frear o pecado; conservar sentido da verdade, moral e religião; realizar bem
público e justiça.

79. O que é “união mística”?


Resposta: É a união espiritual, intima e vital entre Cristo e seu povo, pelo qual ele é a fonte
de vida, força e salvação.

80. Quais são as fases desta união mística?


Resposta: Fase anterior ou eleição; fase atual ou santificação; fase futura ou glorificação.

81. Quais as características desta união mística?


Resposta: Vital, pessoal, espiritual, transformadora e permanente.
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82. O que é chamado externo?
Resposta: Conclamação de Deus a todos os homens para se arrependerem de seus
pecados e aceitarem-No, ou “pregação do Evangelho”.

83. O chamado externo é dirigido a todos os homens?


Resposta: Sim.

84. O chamado externo pode ser rejeitado ou é rejeitável pelo homem? Resposta: Sim

85. Este chamado externo é de realização humana?


Resposta: Sim

86. O que é chamado interno?


Resposta: É um chamado feito pela Palavra, aplicado de forma salvadora pela operação do
Espírito Santo.
87. Como é também titulado o chamado interno?
Resposta: Vocação eficaz.

88. Quais são algumas características do chamado interno?


Resposta: Eficaz, restrito, irresistível.

89. O que é regeneração?


Resposta: Mudança operada pelo Espírito Santo, usando a verdade como meio, em que a
disposição moral e espiritual da alma (ser) é renovada à imagem de Cristo.

90. A regeneração trata da eliminação da alma antiga e colocação de uma nova?


Resposta: Não. É mudança na disposição moral e espiritual.

91. Dê duas características da regeneração?


Resposta: Mudança instantânea; mudança ocorrida no subconsciente.

92. Quais as duas teorias sobre a causa eficiente da regeneração?


Resposta: Vontade humana (Pelágio e Arminio); Espírito Santo.

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93. Qual a diferença (em termos de aplicação) entre a regeneração e a conversão?
Resposta: A regeneração se aplica no subconsciente.
A conversão aplica-se no consciente.

94. O que é conversão?


Resposta: Mudança operada na vida consciente do pecador, por meio do qual se volta do
pecado para Deus.

95. A conversão muda o estado do homem?


Resposta: Não. Muda a condição.

96. Quantas vezes ocorre a conversão?


Resposta: Uma só vez.
98. Quantos elementos são reconhecidamente ligados à conversão? Ou, quais elementos
compõem a conversão?
Resposta: Arrependimento e fé.

99. Dê uma definição de arrependimento?


Resposta: Sentimento de reconhecimento do pecado e tristeza por tê-lo cometido e
disposição de deixa-lo.

100. Em que consiste a penitencia na Igreja Romana?


Resposta: Contrição; confissão; satisfação (sofra algo penoso); absolvição.

101. Quais as distinções que se podem fazer de fé?


Resposta: Fé confessional; fé salvadora; crença difusa em Deus; reconhecimento e
aceitação intelectual de Cristo e seu ministério (histórica).

102. Que é justificação?


Resposta: Ato judicial de Deus no qual declara, sobre a base da justiça de Cristo que todas
as demandas da Lei, estão satisfeitas em relação ao pecador.

103. Dê algumas características da justificação?


Resposta: Remove a culpa do pecador; é realizada no tribunal de Deus; realizada uma vez;
muda o estado do pecador.

104. Quem nos declara justos em termos judiciais?


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Resposta: É Deus o Pai, quem nos faz esta declaração.

105. Baseado em que o Pai declara justo o pecador?


Resposta: Nos méritos de Cristo.

106. Qual o elemento que nos é dado por Deus para ser o instrumento de recepção da
justificação?
Resposta: A fé salvadora.

107. Que é santificação?


Resposta: A operação bondosa e continua do Espírito Santo, mediante a qual Ele liberta o
pecador justificado da corrupção do pecado, renova sua natureza e imagem de Deus e o
capacita a fazer boas obras.

108. Qual a diferença básica entre a santificação e a conversão?


Resposta: A santificação é um processo continuo; a conversão é um ato definido.

109. O que é doutrina perfeccionista?


Resposta: A perfeição pode ser alcançada na vida presente (Jimmy Suaggart).

110. Qual a doutrina que sustenta que aqueles chamados e regenerados por Deus
perseverarão com toda a segurança e serão salvos?
Resposta: Perseverança dos santos.

111. Quais as objeções levantadas à perseverança dos santos?


Resposta: Incompatível com a liberdade humana; leva à imoralidade e indolência espiritual.

112. Qual a parte da teologia que estuda a Igreja?


Resposta: Eclesiologia.

113. Qual é o fundamento da Igreja?


Resposta: Cristo.

114. Quais os fundamentos da Igreja?


Resposta: Unidade, santidade, catolicidade, apostolicidade.

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115. Qual o conceito básico de unidade do catolicismo romano?
Resposta: Há uma só igreja verdadeira (de Roma); fora da Igreja não há salvação.

116. Qual o conceito católico de santidade?


Resposta: Santidade cerimonial – Santa em seus dogmas, preceitos morais, adoração e
disciplina – perfeita e sem erros.

117. Qual o conceito protestante de santidade da Igreja?


Resposta: Objetivo – sua condição em Cristo;
Subjetivo – separada do mundo, consagrando-se a Deus.
118. Qual o conceito romanista de catolicidade?
Resposta: aplica-se à sua realidade visível – em toda a terra.

119. Qual o conceito protestante sobre catolicidade?


Resposta: No sentido de reunir os salvos sobre a terra; no sentido de receber gente de
todas as nações;é em caráter espiritual e não físico.

120. Qual o conceito romanista de apostolicidade?


Resposta: Sucessão ininterrupta de Pedro e os apóstolos assegurando a verdadeira e pura
doutrina dos apóstolos.

121. Qual o conceito protestante de apostolicidade?


Resposta: Iniciada pelos apóstolos; ensina a doutrina dos apóstolos; desenvolve o mesmo
ministério dos apóstolos.

122. Quais são os chamados sinais da Igreja Verdadeira?


Resposta: Verdadeira pregação da Palavra; correta administração dos sacramentos;
exercício fiel da disciplina.

123. Quais são os tipos de governo da igreja que temos?


Resposta: Erastiano; episcopal; hierárquico; congregacional (presbiteriano conciliar).

124. Como se processa o governo erastiano?


Resposta: Governo é do estado – luterana, anglicana.

125. Como se dá o governo episcopal?

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Resposta: Governo entregue a um grupo de prelados nomeados.

126. Como se dá o governo hierárquico?


Resposta: Os prelados têm autoridade sobre os seus subalternos – espécie de monarquia.

127. Como se dá o governo congregacional?


Resposta: Governo é do povo; oficiais ensinam e administram.

128. Como se dá o governo presbiterial?


Resposta: De forma democrática, representativa, com a igreja escolhendo pelo voto seus
representantes.

143. O que é antipedobatismo?


Resposta: Doutrina ou corrente doutrinária contrária ao batismo de crianças.

146. Qual a concepção romanista sobre a Ceia do Senhor?


Resposta: Ponto básico é a transubstanciação, isto é, elementos se transformam (mudam
substância), passando a ser verdadeiramente corpo e sangue de Cristo. A presença é real
e física, independente de quem participa.

147. Qual a concepção luterana sobre a Ceia do Senhor?


Resposta: O ponto básico é a consubstanciação. Cristo está com, sob e em, mas não é o
pão e o vinho. A presença de Cristo é real e local.

150. Qual a unidade de teologia sistemática que trata das coisas que ocorrerão no fim dos
tempos?
Resposta: Escatologia.

151. Quais os assuntos tratados pela escatologia de forma geral e individual?


Resposta: Volta de Cristo; ressurreição geral; Juízo final; Consumação do reino; condição
definitiva dos homens (céu e inferno).

152. Quanto ao corpo, quais algumas teorias sobre sua situação depois da morte?
Resposta: Espírita – corpo desaparece se integrando à energia da matéria – não há
ressurreição;
Adventista - Corpo do ímpio vai ressuscitar e será aniquilado com seu espírito;

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Testemunha de Jeová – Corpo vai para a sepultura e se desintegra – só há
ressurreição dos justos;
Bíblico – cristã – corpo do ímpio e do justo vão para a sepultura e ressuscitarão no
último dia para a glória e vergonha eternas.

153. Cite três teorias sobre origem da morte.


Resposta: O homem foi criado por Deus como um ser mortal.
A morte é lei da matéria organizada (materialista).
A morte é conseqüência do pecado.

154. Quais os três estágios de existência da alma em relação ao corpo?


Resposta: Unida ao corpo; separada do corpo; reunida ao corpo pela ressurreição.

155. Quais os seres humanos (tipos de pessoas) que tem imortalidade? Ou a imortalidade é geral
ou apenas parte da humanidade a possui?
Resposta: Todos os homens são imortais. Ímpios e justos existirão permanentemente.

156. Qual a parte do ser humano que vai ficar eternamente em tormentos ou em gozo no céu?
Resposta: O homem não irá em parte para o céu, mas todo o seu ser.

157. Quais as teorias sobre a imortalidade da alma (Porque ela é imortal)?


Resposta: Teoria substancial; teoria condicional; teoria relacional.

158. Qual é a proposta da teoria substancial da imortalidade da alma?


Resposta: É imortal em si mesma – sua substancia é imortal.

159. Qual é a proposta da teoria condicional da imortalidade da alma?


Resposta: É imortal à medida que observa (cumpre condições) das demandas da lei.

160. Qual é a proposta da teoria relacional da imortalidade da alma?


Resposta: Só Deus é imortal (I Timóteo 6:15-16); o que é imortal se deve ao seu relacionamento
com Ele.

161. O que é o estado intermediário?


Resposta: Período mediano entre a morte do corpo e sua ressurreição.

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162. Qual é a concepção romanista sobre o estado intermediário?
Resposta: Lugar para onde vão as almas dos não puros para um processo de purificação e
Posterior ingresso no céu ou decadência ao inferno.

163. Quais são as objeções à doutrina do purgatório?


Resposta: Afirma a insuficiência da obra sacrificial de Cristo; nossas obras meritórias podem ser
canalizadas para outro; poder da Igreja se mantém sobre o elemento mesmo depois da
morte.
164. O que é o “Limbus Patrum”?
Resposta: Limbo dos patriarcas – lugar onde se encontram as almas dos santos do VT,
aguardando a ressurreição.

165. O que é o “Limbus Infantum”?


Resposta: Morada das crianças não batizadas – não sofrem castigo mas não tem bênçãos no céu
– não podem sair ou mudar seu estado.

166. Quanto a situação da alma após a morte, o que é o ensino PSICOPANIQUI?


Resposta: Doutrina adventista do sono da alma.

167. O que é o estado final da escatologia?


Resposta: É o lugar onde os seres humanos irão experimentar a eternidade.

168. Quais os lugares designados para o estado final dos homens?


Resposta: Céu e inferno.

169. Quais as características do céu?


Resposta: É um lugar adequado às perfeições, lugar de alivio, lugar de premio, lugar de
plenitude.

170. O que é o inferno?


Resposta: Lugar de total tormento e sofrimento eternos, onde os ímpios e anjos caídos
experimentarão a eternidade.

171. Quem será atormentado no inferno?


Resposta: Todos os que lá estiverem, inclusive o diabo e seus discípulos.

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172. De duas características essenciais e básicas sobre a ressurreição?
Resposta: Universal e física.

174. Qual é a diferença entre arrebatamento e volta de Cristo?


Resposta: Arrebatamento é a tomada da Igreja pelo Senhor.
Volta de Cristo é o Seu retorno triunfal à terra para consumação de tudo.

175. Quanto ao milênio quais as teorias existentes?


Resposta: Amilenismo, pós-milenismo e pré-milenismo.

176. O que sustenta o amilenismo?


Resposta: Sustenta que estamos no milênio – nome mais correto “milenismo presente”.

177. Que sustenta o pós milenismo?


Resposta: Jesus voltará após o milênio que será estabelecido pelo progresso do evangelho.

178. O que sustenta o pré milenismo?


Resposta: Sustenta e ensina que Cristo voltará para instaurar o milênio (reino terreno), vindo
assim antes dele.

179. Quanto à tribulação quais as correntes existentes?


Resposta: Pré-tribulacionista, mide-tribulacionista, pós tribulacionista.

180. O que ensinam as teorias tribulacionistas em relação à volta de Cristo?


Resposta: Pré – Jesus vem antes da tribulação para buscar sua igreja e ficar com ela durante
este período regressando com ela à terra ao seu final.
Pós – Jesus vem após a tribulação para encontrar com sua igreja no arrebatamento.
Mide – Jesus vem no meio da tribulação para recolher os fiéis (invisível).

181. Quais as partes constitutivas do Juízo final?


Resposta: Conhecimento da causa da condenação.
Promulgação da sentença.
Execução da sentença.

184. O que é eleição incondicional?

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Resposta: É o ato soberano e livre de Deus em eleger para a salvação dentre a massa dos
perdidos aqueles que ele quis, sem que houvesse imposição de condição alguma a eles ou
algo meritório neles que motivasse tal eleição.

185. O que é expiação limitada?


Resposta: É a teoria da morte expiatória que assevera que ela foi realizada apenas para aqueles
aos quais se dirigia, isto é, os eleitos, no que respeita a sua aplicação.

186. O que é graça irresistível?


Resposta: É o ensino pelo qual se sustenta que aqueles a quem Deus escolheu não resistirão
sempre ao chamado da salvação, mas rendidos vão aceita-lo.

187. O que é perseverança dos santos?


Resposta: É o ensino pelo qual se sustenta que aqueles que foram salvos por Cristo serão por
Ele sustentados neste estado e herdarão a vida eterna.

190. Quais as distinções na justiça distributiva de Deus?


Resposta: Remunerativa e retributiva.

191. Cite algumas teorias sobre a imputação do pecado?


Resposta: Pelagiana, mítica, agostiniana (realista), teoria da queda na pré-éxistencia (Julius
Muller), arminiana, federalista.

192. Quais as teorias sobre a expiação?


Resposta: Sacrifício ao diabo para resgate (Orígenes, Irineu, Agostinho, Gregório).
Teoria da satisfação à justiça divina (Anselmo).
Teoria da influencia moral (Cristo morreu para demonstrar amor aos homens e ganhar
seus corações – não para resgate).
Teoria governamental (Deus como legislador pode perdoar pecados relaxando sua lei
– Cristo morreu para mostrar que o pecador não fica impune se não se arrepender).
Teoria do Ágape (R. Niebuhr) a morte de Cristo é para ilustrar como o homem pode
salvar-se, dando-se pelo outro até a morte.

193. Que ensina a teoria do sacrifício ao Diabo para resgate quanto à expiação?
Resposta: Cristo foi oferecido ao diabo como resgate em favor dos homens sobre os quais tinha
adquirido direito de conquista.

194. Que ensina a teoria da satisfação à justiça divina quanto a expiação?


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Resposta: Cristo se encarnou para poder, como homem sofrer em lugar dos pecadores, e como
Deus, oferecer um sacrifício capaz de expiar todos os pecados e satisfazer plenamente a
justiça divina.

195. Qual o ensino da teoria da influencia moral quanto à expiação?


Resposta: Cristo morreu para demonstrar amor aos homens e assim vencer sua rebelião e
ganharlhes o coração.

196. Qual o ensino da teoria governamental quanto a expiação?


Resposta: Como legislador pode perdoar o pecado relaxando a lei e a morte de Cristo era para
dar um exemplo de que o pecador não escapará impune.

197. Qual o ensino da teoria Ágape quanto à expiação?


Resposta: Cristo morreu para mostrar ao homem como pode se salvar, isto é, dando-se a si
mesmo até a morte em favor do outro.

200. De que forma se dá a união da natureza divina e humana em Cristo?


Resposta: Se dá sem mistura de substancias.

201. Em que sentido se entende teologicamente a onipresença de Deus?


Resposta: Ele está em todo o seu Ser, em todos os lugares do universo ao mesmo tempo.

202. Qual foi o agente da encarnação?


Resposta: A segunda pessoa da Trindade ou o Filho.

203. Quais as correntes teológicas existentes no calvinismo quanto ao tempo da eleição em


relação à queda do homem?
Resposta: Supralapsorianismo e infralapsorianismo.

206. Qual é o único alvo da fé salvadora?


Resposta: Deus triuno.

207. Qual é a relação entre Deus e o universo?


Resposta: Deus tem existência distinta do mundo e este está totalmente dependente de Deus.

208. O que entendemos por imanência de Deus?

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Resposta: É a realidade da presença total de Deus em todo o universo sem identificar-se como
sendo o próprio universo.

209. O que entendemos por transcendência de Deus?


Resposta: Entendemos ser o fato de que Deus embora sendo em todo o universo com todo o Seu
Ser, mantém acima e além d’Ele pelo que Deus é, não sendo assim retido ou absorvido
pelo universo.

210. Em termos trinitários o que é Pessoa?


Resposta: É a essência divina com uma característica própria.

211. Que é justificativa objetiva ou ativa?


Resposta: É aquela realizada na eternidade (na eleição) quando somos beneficiados pela sua
justiça e declarados justos nele.

212. O que é justificação subjetiva?


Resposta: É a justificação realizada no tempo quando tomo conhecimento da aplicação da justiça
de Cristo em mim, declarando-me justo.

213. Responda: 1. Qual é a causa eficiente (motivadora) da justificação? 2. Causa material (meio
usada) da justificação? 3. Causa formal (modo de aplicação) da justificação? 4. Causa
instrumental (como receber) da justificação?
Respostas: 1. Graça de Deus; 2. Justiça de Cristo; 3. Imputação da justiça de Cristo em nós; 4. A
fé salvadora.

214. Em que sentido Deus é imutável?


Resposta: No seu Ser e em seu decreto.

215. Em termos de atributo de Deus, em que sentido ensina-se a unidade de Deus?


Resposta: Unidade singular – só há um Deus – Ele é único.
Unidade simples – não possui divisão ou composição de partes.

216. Quais são os atributos morais de Deus?


Resposta: Amor, santidade, justiça.

217. Em termos trinitários quais as funções das três pessoas no pacto da redenção?
Resposta: O Pai é o originador; o Filho é o executor; o Espírito Santo é o administrador
(aplicador).
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218. Quais as semelhanças entre Pacto da Graça e pacto das obras?
Resposta: Autor – Deus; Conteúdo das promessas – Vida eterna; Propósito – Glória de Deus.

219. Quais as diferenças entre pacto da graça e pacto das obras?


Resposta: Pacto da graça – Deus e redentor e Pai – Pacto das obras Criador e Senhor;
Pacto da graça – pecador caído – Pacto das obras homem aparece como criatura
reta;
Pacto da graça é fé em Jesus – Pacto das obras caminho para vida era obediência à
Lei.

220. Quais os efeitos no pecador com relação à expiação providenciada por Cristo?
Resposta: Uma possessão judicial pela justificação; uma união mística com Cristo; uma benção
final de glorificação.

221. Dê três características da intercessão de Cristo?


Resposta: Constancia; autoridade; eficácia.

225. Quais os conceitos apresentados sobre a regeneração ou quais os tipos que são
defendidos?
Resposta: Pelagiana; batismal; sinergista ou arminiana; tricotômica ou racional.

226. Qual o conceito católico romano sobre a regeneração?


Resposta: A regeneração é batismal, isto é, por meio do batismo é implantada a nova vida.

227. Quais as áreas atingidas pela conversão no ser humano?


Resposta: Todas. Intelectual, volitiva e emocional.

228. A justificação é um ato recriativo ou declarativo quanto ao pecador?


Resposta: É um ato declarativo pelo meio do qual Deus nos declara justos.

229. Por meio da justificação Deus nos torna justos (sem mais pecado) ou nos declara justos
diante de Deus?
Resposta: Por ser a justificação um ato declarativo de Deus nos somos por Ele declarados justos.

230. Na concepção católico romana qual a relação entre a igreja de Roma e o Reino de Deus?

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Resposta: Para o romanismo há uma identificação entre a Igreja de Roma e o Reino de Deus, a
ponto de sustentarem “fora da Igreja (Roma) não há salvação”, dizendo com isso que ela é
o Reino de Deus.

231. É o homem imortal ou é eterno? Por que?


Resposta: É imortal, porque seu corpo e sua alma viverão (existirão) para sempre.

232. É o homem eterno em algum sentido?


Resposta: Não. Só Deus é eterno. O homem é eviterno, tendo um principio de existência.

233. Quais os argumentos usados para “provar” a existência de Deus?


Resposta: Ontológico, cosmológico, teológico, moral, histórico ou etnológico.

234. Como se chama as aparições de Deus em forma humana ou de anjo?


Resposta: Teofanias.

235. Como se chama o emprego de elementos do corpo humano a Deus?


Resposta: Antropomorfismo.

236. Como se chama o emprego de sentimentos humanos a Deus?


Resposta: Antropopatismo.

237. Quais as teorias sobre a relação do pecado de Adão e seus descendentes?


Resposta: Realista; federalista ou pacto das obras; imputação imediata.

238. Qual o ensino da teoria realista quanto à relação do pecado de Adão em nós?
Resposta: A natureza humana constitui uma unidade simples em forma genérica e numérica.
Homens são manifestações da mesma substancia que se corrompeu em Adão e assim
estas individualizações são corruptas desde o principio de sua existência.

239. Qual o ensino da teoria federalista sobre a relação do pecado de Adão em nós?
Resposta: Adão é o representante da raça com que Deus fez o pacto. Ele era representante. A
depravação é por imputação de Deus. Temos a culpa do pecado original não porque
tenhamos caído em Adão, mas Deus no-la imputa por causa da queda de Adão.

240. Qual o ensino da teoria da imputação imediata quanto ao pecado de Adão e nós?

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Resposta: Os descendentes de Adão herdam dele sua corrupção inata mediante geração natural.
Deus imputa a corrupção sem levar em conta a culpa de Adão.

241. Quais os três tipos de santificação que são apresentados na Teologia?


Resposta: Santificação posicional (referente á posição moral de Cristo);
Santificação prática (nova criatura, com novos desejos e propósitos);
Santificação escatológica (plenitude ou glorificação).

242. Que é santificação posicional?


Resposta: É a santificação pela qual estamos definitiva e completamente santificados em Cristo
devido à nossa posição n’Ele.

243. O que é em teologia sistemática Pneumatologia?


Resposta: Unidade da teologia sistemática que estuda a Pessoa e Obra do Espírito Santo.

244. Como ou através de quem Cristo se faz presente hoje na sua Igreja?
Resposta: Por meio do seu vigário, ou seja, o Espírito Santo.

245. O corpo de Cristo elevado aos céus é onipresente ou está limitado no espaço?
Resposta: Embora um corpo glorioso e com nova estrutura, o corpo de Cristo não é onipresente
estando limitado ao espaço, não podendo ocupar simultaneamente mais de um lugar.

246. Em termos eclesiológicos quem é o vigário de Cristo na concepção do catolicismo romano?


Resposta: O vigário de Cristo para o romanismo é o Papa.

248. Dê pelo menos cinco características do conhecimento de Deus?


Resposta: Inato (existe com Ele); Intuitivo (não alinha pensamentos para tirar conclusão);
Imediato (é sem intermediário ou instrumento); Completo (tudo é real ou possível);
Simultâneo (tudo de uma só vez); Consciente (não se esquece ou não se lembra).

249. Em termos trinitários defina o que é “opera as intra”?


Resposta: São operações internas do Ser divino, que não terminam na criatura.

250. Em termos trinitários defina o que é “opera ad extra”?


Resposta: São aquelas atividades e resultados por meio das quais a Trindade se manifesta fora
dela

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251. O que se define como trindade econômica ou o que é trindade econômica?
Resposta: É a definição da ordem essencial de Deus quanto à sua atuação especifica como Pai,
Filho e Espírito Santo. Ou é a operação criadora do Pai, redentora do Filho, santificadora
do Espírito Santo.

252. É o pacto da redenção a efetivação histórica do Pacto da graça?


Resposta: Não. Na realidade é o Pacto da Graça que é a efetivação histórica do pacto da
redenção.

Referencias bibliográficas:
• BERKHOF, Louis – Teologia Sistemática, 6ª Edição. Wm. B. Eerdmans Publishing
Company, Michigan EE.UU, 1983.
• BERKHOF, Louis – Manual de Doutrina Cristã, 1ª Edição, Luz para O Caminho,
Campinas (SP).

TERCEIRA PARTE
TEOLOGIA CONTEMPORANEA

01. Dê o nome de 03 filósofos que influenciaram decisivamente na chamada teologia


moderna? Resposta: Emanuel Kant; Soren Kierkegaard; Martin Heidegger; Schleirmacher.

02. Quais as idéias filosóficas de século passado que influenciaram o curso da teologia
moderna?
Resposta: Iluminismo; Racionalismo; Toleracionismo;Cientificismo (evolucionismo).

03. O que é neo – ortodoxia?


Resposta: Movimento teológico do inicio do século que visava uma volta à ortodoxia, e do
liberalismo então existente.

04. Quem foi o originador do movimento chamado neo-ortodoxia? Resposta: O originador do


movimento foi o teólogo Karl Barth.

05. Quando e qual foi o fator determinante para o surgimento da neo-ortodoxia?


Resposta: O fator apontado como originador da neo-ortodoxia foi o comentário da Carta
aos Romanos, editado em 1919; comentário este feito por Karl Barth.

06. O que é teologia da crise?


Resposta: É o movimento neo-ortodoxo que recebe também este nome devido
principalmente a Emil Brunner.
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07.O que teologia dialética?
Resposta: É a teologia desenvolvida por Karl Barth, Emil Brunner e os seguidores da
chamada neo-ortodoxia.

08. Em que se baseia a teologia dialética, ou qual sua forma (modo) de ação?
Resposta: Este método de "fazer" teologia foi usado por Barth e está baseado em que as
afirmações são de índole paradoxal. O homem deve perceber estes paradoxos e aceitá-
los.
Exemplos: Deus oculto que se revela; Cristo o reprovado e eleito; O homem justificado e
pecador; etc.

09. Cite pelo menos 05 pontos sustentados pela neo-ortodoxia?


Resposta: a. A Bíblia não é a revelação mesma, mas um testemunho da revelação que é
Cristo; b. Os eventos "especiais" da Bíblia têm um caráter "especial', ou seja, não são
acontecimentos históricos que se deram em dados momentos, mas "condições históricas
sob as quais existem todos os homens"; c. Admitem que a filosofia existencial é o melhor
ponto de partida para a teologia cristã; d. Crêem na centralidade absoluta de Cristo como
"Deus-Homem" das antigas confissões da Igreja; e. Aceitam a pecaminosidade real do
homem. Mas, o registro sobre o pecado original e etc. refletem apenas as condições
históricas do ser humano existente; f. Crêem na transcendência de Deus; g. Crêem que
qualquer abordagem racionalista ou empírica de Deus é errada.

10. Como são chamados os fatos tais como: Queda de Adão, Redenção em Cristo,
Ressurreição e Segunda Vinda de Cristo, por Brunner e Barth?
Resposta: Barth chama tais fatos de SAGAS (lendas) e Brunner os chama de MITOS.

11. Para Barth fatos como: Segunda Vinda de Cristo, Pecado Original e Ressurreição são
parte da história? Em que sentido?
Resposta: Não. Estes fatos são parte do que se chama "supra-história".

12. Qual a distinção de história que faz na neo-ortodoxia, ou mais propriamente em Barth?
Resposta: Historie e Geschichte.
13. O que é Historie na neo-ortodoxia?
Resposta: "É o total dos fatos históricos no passado que se podem comprovar
objetivamente".

14. O que é Geschichte na neo-ortodoxia?


Resposta: É a historia que me atinge existencialmente, que exige algo de mim e requer
meu compromisso.

15. Qual o método usado por Rudolf Bultmann para exposição de suas teses?
Resposta: Critica formal ou Critica da forma ou Alta Critica.
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16. Qual o nome dado à forma de Bultmann tratar a Bíblia, quanto aos milagres e fatos
extraordinários?
Resposta: Demitogização.

17. No Novo Testamento qual é o propósito da demitologização?


Resposta: Descobrir o Cristo da fé primitiva; o Cristo Kerigmático.

18. O que ficou conhecido como o "Jesus Histórico"?


Resposta: Foi o movimento que visava descobrir ou resgatar a figura histórica de Jesus,
isto é, pesquisar e analisar com o proposito de se conseguir remover da pessoa histórica
de Jesus toda a agregação fruto de expressão de fé da Igreja, mas não histórica e real em
relação a Cristo.

19. Quem foi o iniciador do movimento do "Jesus Historico" e através de que ele desencadeou
o movimento?
Resposta: Foi iniciado por Albert Schweitzer no século XIX, em seu livro "The Quest of th
Historical Jesus".

20. O que é chamado "Cristo Kerigmático"?


Resposta: È a proposta de Bultmann para se descobrir o Cristo que é a expressão da fé
cristã primitiva (do ou da Kerigma) sem os mitos acerca de sua pessoa, que são as
agregações posteriores.

21. Dê alguns pontos (pelos menos 03) comuns entre o pensamento de Bultman e o
pensamento ortodoxo.
Resposta: a. concorda em que o Evangelho se manteve na forma oral na geração cristã: b.
concorda em que os evangelhos não são "relatos neutros ou imparciais", mas testemunho
de crentes cristãos; c. concorda que os evangelhos foram escritos com uma idéia da
ocasião e situação especifica; d. concorda em que os evangelhos não se interessam tanto
por detalhes geográficos e cronológicos.

22. O que é Cristomonismo?


Resposta: É um principio que tem Cristo como centro de tudo. Este é um principio da
Reforma, que foi adotado por Barth, a partir do que escreveu sua dogmática. No entanto,
deve-se observar que a forma como os reformadores tomavam a Cristo é bastante
diferente da de Barth.

23. Em que escola filosófica se baseiam a neo-ortodoxia e a "desmitologização"?


Resposta: Na escola filosófica existencialista.
24.O que é "Heilsgeschichte"?

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Resposta: È uma palavra alemã que significa "historia da salvação". É o nome de uma
"escola" teológica cuja base é a "prioridade de evento histórico (sagrado) sobre a Bíblia,
como fundamento primário da fé bíblica".

25. Qual o principal representante da " Heilsgeschichte"?


Resosta: Oscar Culmann é a figura de maior destaque desta escola.

26. Como a escola de "Heilsgeschichte" vê a Escritura Sagrada?


Resposta: Para esta escola a Escritura é o testemunho de atos salvificos de Deus para
com o homem. O fundamento da fé são os atos e não o depoimento sobre eles. Mas, estes
atos só são história de salvação quando me identifico com eles.

27. Cite o nome de dois livros que são tidos como obras dentro da teologia da secularização?
Resposta: "Honest to God" e "The Secular City".

28. Dê o nome de dois grandes representantes da Teologia da Secularização que escreveram


duas das principais obras desta corrente teológica.
Resposta: John Robinson ("Honest to God") e Harvey Cox ("The Secular City").

29. Qual o postulado básico da Teologia da Secularização?


Resposta: Supressão das distinções entre a Igreja e o mundo, entre o sagrado e o profano.

30. Qual a concepção de secularismo na Teologia da secularização


Resposta: Evitar qualquer expressão do elemento religioso, tornando "mundano" (secular)
ou não espiritual.

31. Qual a corrente teológica da secularização que ficou conhecida como "Teologia de
Brochura"?
Resposta: Foi a chamada "Teologia da Morte de Deus".

32. Qual o nome de um teólogo secular conhecido pela sua participação na resistência contra
o nazismo, o que lhe custou a vida? E quais as suas duas colocações básicas?
Resposta: Dietrich Bonhoeffer. Suas duas colocações básicas são: "O mundo atingiu a
maturidade" e "Necessidade de um cristianismo sem religião".

33. Quais são alguns valores positivos na Teologia Secular?


Resposta: Necessidade de envolvimento e resolução dos problemas do homem;
Eliminação da dicotomia na vida sagrado-profano, devendo ser tudo manifestação de vida
com Deus; Valorização do ser humano e respeito a vida de cada um.

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34. A Teologia da Secularização levou a uma ética "relativista". Qual o nome dado a esta
ética? Resposta: Ética situacional.

35. Qual a proposta básica da ética situacional?


Resposta: Os padrões não são fixos nem rígidos quanto ao comportamento determinado
ser ou não ser pecado uma atitude. Ou seja, uma mesma atitude pode ser pecado em uma
situação e não ser em outra.

36. Dê o nome de 04 "Teólogos da Esperança"?


Resposta: Jurgen Moltmann; Wolfhart Pannenberb; Joahannes Metz; Rubem Alves.

37. A "Teologia da Esperança" surgiu de uma certa forma como reação a que corrente
teológica? Resposta: Foi uma espécie de reação a contra a Teologia da "Morte de Deus".

38. Qual o nome do livro (e quem foi o autor) que deu inicio à Teologia da Esperança?
Resposta: O livro foi publicado em alemão "Theologie der Hoffnung", em 1965; publicada
em inglês "Teology of Hope". O autor é Jugen Moltmann.

39. Como é também chamada a "Teologia da Esperança"?


Resposta: Recebe também o nome de "Teologia Futurista".

40. Para Moltmann qual o principio hermenêutico fundamental?


Resposta: O principio hermenêutico é a escatologia e a esperança.

41. Qual o nome dado à teologia de Pierre Teilherd de Chardin e qual a base de compreensão
de toda a realidade para Chardin e sua corrente teológica?
Resposta: Teologia da Evolução. Tem como base o processo evolutivo.

42. Qual o ponto básico da Teologia do Processo?


Resposta: "A realidade não é estática e substancial, mas sim, dinâmica e em processo.
Aquilo que é real, inclusive Deus, não é composto de essência imutável, mas, sim de
atividades mutáveis".

43. Quem é considerado como o expoente maior e sistematizador da Teologia do processo?


Resposta: Alfred North Whitehead.
44.Qual o conceito básico que a teologia do processo tem de Deus?
Resposta: Este conceito é chamado panenteismo (Deus no mundo).

45. O que é panenteismo?

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Resposta: É a concepção da Teologia do Processo sobre Deus que diz: "ser a crença em
que o ser de Deus inclui e penetra a totalidade do universo, de modo que cada parte dele
existe n'Ele, mas (em contraste com o panteísmo) que seu Ser é mais do que o universo, e
não é esgotado por este".

46. Cite o nome dos 03 teólogos contemporâneos considerados os mais importantes?


(Teólogos considerados ortodoxos).
Resposta: Karl Barth; Rudolf Bultmann; Paul Tilich.

47. Como alguns (maioria) chamam a forma de teologia ou corrente desenvolvida por Tillich?
Resposta: Teologia do Ser.

48. Qual o propósito de Tillich em sua teologia quanto à realidade contemporânea?


Resposta: Seu propósito é relacionar a mensagem bíblica com a situação atual, manter
uma relação entre o pensamento e os problemas do homem e as respostas dadas pela fé
religiosa.

49. Como Tillich vê a regeneração?


Resposta: "É o estado de haver sido incorporado na nova realidade manifesta em Jesus
como portador do Novo Ser".

50. Como Tillich encara a justificação?


Resposta: "É uma palavra símbolo para expressar que o homem é aceito apesar dele
mesmo".

51. Qual a concepção de santificação em Tillich?


Resposta: "Processo pelo qual o poder do Novo Ser transforma a personalidade e a
comunidade tanto dentro como fora da Igreja".

52. Qual a concepção da Teologia do Processo sobre Deus?


Resposta: Deus deve ser visto como essencialmente imutável ou senão como
relacionalmente mutável, mas não ambos.

53. Qual e ênfase dada pelo movimento teológico do misticismo?


Resposta: A perda de uma norma objetiva leva o misticismo a enfatizar o subjetivismo e o
emocionalismo.

54. Qual a característica básica do misticismo?


Resposta: É crer em uma revelação fora da Bíblia.

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55.Quanto a revelações "especiais" e à Bíblia, há uma contradição dentro do misticismo?
Resposta: Dão ênfase à Bíblia como livro santo e regra de fé e pratica, mas suas
"revelações especiais" é que direcionam suas vidas.

56. Aponte algumas conseqüências danosas do "movimento místico" a nível de Igreja Cristã?
Resposta: Devido às visões e sonhos, revelações e profecias, muita heresia e anarquia se
tem visto. Exemplos: Joseph Smith e os mórmons; Ellen White e os adventistas; Jim Jones
(e congêneres), etc.

57. Qual o representante de maior destaque da Escola de Valores Morais? Resposta: Albrechit
Ritschill.

58. Quais alguns ensinos da Escola de Valores Morais?


Resposta: Separação da Teologia da Metafísica / Cristo é um mestre de ética, que foi
vestido da metafísica dos gregos / Principal da religião é o elemento ético / Objetivo da
Igreja é estabelecer o nivelamento de todas as camadas sociais a nível moral / Reino de
Deus é santificação moral da humanidade.

59. Para a Escola de Valores Morais há dois tipos de juízo; quais são? Resposta: São os
juízos de valor e os juízos históricos?

60. Que os juízos teóricos?


Resposta: São os juízos sobre fatos (históricos ou não) que não são recebidos ou
assimilados por mim e que existem independentes de mim.

61. Que são os juízos de valor em Ritschill?


Resposta: São as ocorrências que são recebidas e assimiladas e aceitas por mim e que só
existem em dependência de mim. Exemplo: Jesus morreu na cruz (juízo teórico); Jesus
morreu na cruz por mim (juízo de valor).

62. O que é o universalismo?


Resposta: É a doutrina do liberalismo teológico que ensina que todos os homens são filhos
de Deus e que Ele não descansará até que tenha salvo a todos, negando o inferno e as
penas eternas.
63.Dê o nome de 03 teólogos da libertação brasileiros com projeção internacional? Resposta:
Rubem Alves / Leonardo Boff / Clóvis Boff / Hugo Assman

64. Qual foi a obra que marcou o ingresso da Teologia da Libertação no cenário teológico
internacional?
Resposta: "Teologia de la Liberacion".

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65. Quem é o autor da obra "Teologia de la Liberacíon" e considerado impulsionador da
Teologia da Libertação no inicio dos anos 70?
Resposta: É o peruano Gustavo Gutierrez.

66. Qual o nome de uma Escola de Teologia norte americana que é paralela à Teologia da
Libertação na América Latina?
Resposta: É a "Black Theology" ou "Teologia Negra".
67. Qual a diferença básica entre a Teologia da Libertação terceiro-mundista e a Teologia
Negra norte americana?
Resposta: Aquela visa as questões sócio-politico-economicas, isto é, problemas da
pobreza e miséria. Esta visa o problema racial, isto é, a defesa dos direitos de uma cor "a
negra", tendo muitos e muitos bastante ricos.

68. Qual a hermenêutica utilizada pela Teologia da Libertação?


Resposta: A hermenêutica libertacionária toma a Escritura como bandeira para a promoção
da libertação da tirania, do servilismo, do colonialismo, das injustiças sociais, etc. sempre a
nível socioeconômico e político.

69. Como a Teologia da Libertação vê o problema do pecado?


Resposta: O pecado não é visto como ensino bíblico ou algo interior do homem, mas visto
em seu reflexo social, isto é, na exploração das pessoas, na miséria e desigualdade social,
na mortandade infantil causada pelas sub-condições de existência, etc.

70. O movimento da Teologia da Libertação não é monolítico. Dê algumas correntes dentro da


Teologia da Libertação?
Resposta: Teologia da Libertação propriamente dita; Teologia do Povo; Teologia do
Cativeiro.

71. Qual o instrumento de ação ao nível de idéia da Teologia da Libertação de modo geral?
Resposta: O instrumento ideológico da Teologia da Libertação são as categorias
marxistas, com a base fundamental na luta de classes, se necessário violenta.

72.Quais são alguns dos pontos positivos na Teologia da Libertação?


Resposta: Clamor contra as injustiças sociais e humanas; responsabilização à igreja na
sua tarefa de promover o homem e combater o mal e o erro tenha o colorido que tiver;
sacudir a igreja da sua posição de cooperadora pacifica e passiva da situação opressora
dos poderosos.

73. O que é dispensacionalismo?


Resposta: É sistema de interpretação e teologia que afirma haver sete dispensações nas
quais Deus atua em relação aos homens e tais dispensações tem certos termos e
condições especificas.

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74. Dê o nome de quatro fortes difusores do dispensacionalismo?
Resposta: John Nelson Darby (criador); Scofield e sua Bíblia Anotada; Dwight L. Moody em
seu instituto; L. S. Schaffer em sua teologia.

75. Quais alguns pontos do dispensacionalismo?


Resposta: Interpretação exatamente literal da Bíblia; a Igreja é um parêntese no plano de
Deus, desconhecido dos profetas do A. T.; na dispensação da Lei não houve manifestação
da graça e agora na graça não há obrigação de obediência às posições da lei; o reino de
Jesus oferecido aos judeus não foi espiritual, mas restauração do reino de Davi; ensina
uma "vinda secreta" do Cristo para sua igreja, a fim de livrá-la da Grande Tribulação.

76. A que linha teológica tem se identificado o dispensaciolismo?


Resposta: Tem havido uma grande identificação do dispensacionalismo com o
fundamentalismo, a ponto de se dizer que quem não é dispensacionalista, não
fundamentalista ou ortodoxo.

77. O fundamentalismo surgiu como movimento teológico de combate ou oposição a que?


Resposta: Surgiu como oposição ao movimento liberal (também chamado naturalismo) da
teologia que havia destituído o cristianismo de vigor e sentido real.

78. De onde provém ou como se originou termo fundamentalismo?


Resposta: Vem de uma serie de 12 volumes intitulados "The Fundamentals" (Os
Fundamentos: num total de 90 artigos – 29 sobre a autoridade da Bíblia) que representou
os interesses comuns dos defensores das doutrinas tradicionais do cristianismo.

79. O que é neofundamentalismo?


Resposta: É um movimento oriundo do fundamentalismo, mas com características
diferentes e ultraconservadoras.

80. Quais são alguns pontos do neofundamentalismo?


Resposta: Dispensacionalismo extremado; emocionalismo excessivo; isolamento social;
temor aos temas éticos; individualismo pietista; intolerância teológica e comportamental.

81. O que é evangelicalismo?


Resposta: É um movimento teológico de reação a um só tempo à neo-ortodoxia (ou
movimentos ortodoxos) e ao neofundamentalismo que se tornou motivo de escárnio.

82. Quais as propostas básicas do evangelicalismo?


Resposta: Debate acerca da autoridade e inspiração da Escritura; reavaliação da
eclesiologia que desemboque em uma cooperação maior e melhor; avaliação da relação
entre ciência e Escritura; resposta firme às necessidades sociais e uma ética social bíblica.

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83. Quais alguns nomes e instituições ligados ao neoevangelicalismo?
Resposta: Visão Mundial; Christianity Today; Fundo Cristão de Crianças; VINDE; Carl F. H.
Henry; Edward Carnell; Bernard Ramn; Robinson Cavalcanti; Caio Fábio D'Araujo Filho;
Francis Schaeffer.

84. Qual o propósito da Critica da Forma?


Resposta: O propósito é descobrir que consiste a mensagem cristã primitiva, qualificada
como Kerigma.

85. Qual a concepção Bultmaniana sobre Deus?


Resposta: Deus não se revela através de categoria humana, pois assim seria objeto. Ele é
a transcendência absoluta.

86. Qual a concepção cristológica de Bultman?


Resposta: Jesus não é um ser metafísico, mas revelador de Deus. Seus atos
extraordinários ou fatos excepcionais em sua vida não tem significação atual. Assim Cristo
só tem sentido no Kerigma que me envolve existencialmente, Cristo sem salvação não
existe.

87. Qual o conceito de pecado em Bultman?


Resposta: É uma maneira de ser do homem livre, a maneira de viver pela qual o homem
confia nele mesmo, vive na autonomia, sem a existência autentica que lhe vem de Deus.

88. Qual a concepção de Barth sobre Deus?


Resposta: Para Barth Deus é o "inteiramente outro".

89. O que chamado "Critica de Substancia"?


Resposta: Significa que um interprete depois de determinar o significado (a substancia) de
uma passagem da Escritura, pode criticar este significado e aceitá-lo ou rejeitá-lo,
rechaçálo.
90. O que é chamado de Erística?
Resposta: É o termo usado por Brunner em lugar de apologética. Ele usa para dizer que o
cristão é chamado para convocar sua geração para uma controvérsia, e esta controvérsia
ou disputa é Erística.
91. Dê alguns tipos de escatologia a nível de Teologia Contemporânea?
Resposta: Escatologia Futurista; Escatologia consistente; Escatologia simbólica;
Escatologia teleológica; Escatologia realizada; Escatologia inaugurada.

92. Quais os dois principais expoentes da Escatologia simbólica e o que se propõem?


Resposta: Tillich e Neighbur. As menções escatológicas devem ser tomadas
simbolicamente informando que não podem ter sua realização na historia.

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93. Quem é o principal partidário da Teologia realizada e o que ensina?
Resposta: C. H. Dodd. Ensina que o "escaton" final tem vindo em Cristo. O reino tem vindo
em Cristo e com ele a realização escatológica.

94. O que ensina a Teologia inaugurada?


Resposta: Ensina que há elementos futuristas na escatologia, mas que o "escaton" já tem
vindo a partir da ressurreição de Jesus; já estamos dentro de uma escatologia.

95. Qual a concepção de Barth quanto à eleição e Cristo?


Resposta: Cristo é o eleito de Deus e o preterido de Deus ao mesmo tempo.

96. Qual a missão da teologia para Tillich?


Resposta: É a correlação ou mediação entre o pensamento e os problemas do homem e
as respostas que dá a fé religiosa. É responder de fato as perguntas dos homens.

97. Tillich rejeita dois tipos de filosofia para formulação de suas idéias para as respostas à
humanidade; quais estas filosofias?
Resposta: O naturalismo que é algo tido pelo homem e não para o homem; e o
supranaturalismo que vem "como um conjunto de verdades sagradas que tem caído na
situação humana como corpos de um mundo estranho".

98. Quais os três princípios estabelecidos por Tillich quanto a relação do homem com a
necessidade de correlação ou mediação aceita pela teologia? Resposta: Heteronomia;
Autonomia; Teonomia.

QUARTA PARTE HISTORIA ECLESIASTICA

1. Dê uma divisão da história da Igreja, citando pelo menos 05 fases?


Resposta: Igreja Primitiva; Patrística; Escolástica; Reforma Protestante; Atual.

2. A fase da Igreja Primitiva recebe também outro nome. Qual é? Resposta: Apostólica.

3. Por que a fase subseqüente à primitiva chama-se "patrística"? Resposta: Por ser a era dos
"Pais da Igreja".

4. Por que se chama Patrística ou por que se chama "Pais da Igreja"?


Resposta: Pelo fato de terem sido os primeiros a sistematizarem a doutrina e teologia
cristãs, defendendo-as e expondo sistematicamente aos opositores do cristianismo.

5. Dê alguns nomes (pelo menos 10), de Pais da Igreja?


Resposta: Clemente de Roma, Inácio, Policarpo, Papias, Tertuliano, Justino, Aristides,
Taciano, Atenagoras, Teófilo, Irineu, Orígenes, Cipriano Jerônimo, Jerônimo, Ambrosio,
Agostinho, Atanásio, Crisostomo, Teodoro, Basílio de Cesareia.
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6. Qual a situação comum entre Lucas e Eusébio quanto ao aspecto histórico?
Resposta: Ambos foram historiadores da Igreja; Lucas da Igreja Primitiva e Eusébio do
Segundo Século.

7. Quais as fases em que se divide a Patrística?


Resposta: Edificativa, Apologética, Polêmica e Teológica.

8. Dê algumas obras da fase edificativa da Patrística?


Resposta: Epistola de Clemente de Roma; Epistola de Policarpo; Pastor de Hermas;
Didaquê e Epistola de Diogneto.

9. O que caracteriza o período apologético da patrística?


Resposta: A defesa contra as acusações feitas aos cristãos e à Igreja.

10. Quais as acusações difamatórias mais comuns aos cristãos nesta época? Resposta: São
ateus, depravados, canibais e subversivos.

11. Porque eram os cristãos chamados ateus, depravados, canibais e subversivos.


Resposta: Ateus por não crerem em deuses; depravados porque não tinham relações
incestuosas em seus banquetes de amor e casavam-se irmãos com irmãs; canibais por
comerem carne e beberem sangue de homem; subversivos por ensinarem sobre outro
reino.

12. Dê algumas obras da fase apologética da patrística e seus autores?


Resposta: "Apologia da Fé", de Aristides - endereçada ao imperador Adriano; "Dialogo com
Trypho", de Justino, o mártir – endereçada a Marco Aurélio e seu pai Antonio Pio; "Oração
aos gregos ou Apologia de Taciano" – escrita por Taciano; "Apologia a Autolico", escrita
por Teófilo.

13.O que distingue a fase polemica da patrística?


Resposta: O conflito com as heresias que se insinuavam dentro do Cristianismo.

14. Dê o nome de 04 pessoas que fazem parte da fase polêmica da patrística? Resposta:
Hipólito; Tertuliano; Irineu e Cipriano.

15. Dê o nome de algumas heresias encontradas no período da patrística?


Resposta: Ebionitas; Gnosticismo; Maniqueísmo; Monarquismo;
Docetismo; Arianismo;Eutiquismo.

16. Quais os nomes de alguns imperadores romanos que estão diretamente ligados com a
historia da Igreja Cristã Primitiva e Patristica?
Resposta: Trajano Neto; Diocleciano; Marco Aurélio e Constantino.

17. Qual era o envolvimento de Nero em relação aos cristãos dos seus dias?
Resposta: Incendiou Roma e acusou os cristãos de terem feito isto, perseguindo-os
exacerbadamente.

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18. Qual o nome do imperador romano que reconheceu o cristianismo como religião "licita ou
legal" no Império Romano?
Resposta: Constantino.

19. Qual o édito mais importante de Constantino com relação ao Cristianismo? Resposta: Edito
de Milão.

20. O que continha o Edito de Milão?


Resposta: Eximiu o clero de impostos e serviço militar; Isentou as propriedades da igreja
de impostos; Legalizou as doações feitas a igreja; Restituição de todas as propriedades
confiscadas em perseguição.

21. Quando se deu a adesão de Constantino ao Cristianismo?


Resposta: Na luta contra Maxêncio, na ponte Múlvia (também chamada Milvio) sobre o Rio
Tigre, em 28 de Outubro de 312.

22. Qual a famosa revelação ou visão que Constantino teve?


Resposta: Apareceram as iniciais do nome de Cristo com a inscrição "Por este sinal
vencerás".

23. Dê quatro dos seis primeiros Concílios Ecumênicos?


Resposta: Nicéia (325); Constantinopla (381); Éfeso (431); Calcedônia (451);
Constantinopla II (553); Nicéia II (787).

24. Fale algo sobre Agostinho e sua influencia?


Resposta: Nasceu em Tagaste, na Numidia, (hoje Suk Ahras, Argélia) em 13/11/354. Pai
pagão de alta posição social que aceitou o cristianismo no fim de sua vida. Sua mãe
Mônica, cristã de grande valor. Agostinho foi um libertino; adotou a filosofia maniqueísta.
Sua conversão se deu em 386. Foi um defensor da doutrina da Trindade, tendo escrito a
obra "Sobre a Trindade". Escreveu ainda "Confissões" e "Cidade de Deus", entre muitas
outras obras. Morreu no ano de 430.

25. Dê o nome de algumas características da decadência da Igreja no final da Era patristica?


Resposta: Concentração do poder eclesiástico ("Roma centro Jurisd ecles"); Dogmas;
Sacramentos.

26. Quando surgiu o Credo Apostólico?


Resposta: Na sua expressão atual, por volta do Século IV.

27. Quem e quando se estabeleceu a datação aceita hoje para o Credo Apostólico? Resposta:
Laurenço Vallia (1405 – 1407).

28. Por que se dá o nome de Credo Apostólico?


Resposta: Pelo fato de suas afirmações de fé se basearem nas afirmações de fé dos
apóstolos, expressas sistematicamente nas Escrituras.

29. Com vistas a que, criou-se o Credo Apostólico?

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Resposta: Com vistas ao combate das heresias e também para dar aos postulantes ao
batismo uma visão correta da fé cristã, ao mesmo tempo que fácil de ser assimilada e
exposta.

30. O que é Monaquismo?


Resposta: É o movimento também chamado monasticismo e que consistiu na formação de
comunidades cristãs onde seus participantes desejavam uma vida moral e religiosa mais
elevada do que aquela que estava ao seu redor.

31. Quais as causas do aparecimento do Monaquismo (monasticismo)?


Resposta: Decadência moral da igreja; Desejo de salvação pessoal pela dedicação
exclusiva a Deus; Evitar o contato com a depravação e corrupção do mundo; Influencia do
ascetismo como expressão de religião que agrada de fato a Deus.

32. Qual o nome do monge responsável pela cristianização da Irlanda no Século VI?
Resposta: Patrício

33. Qual o nome do responsável pelo termino das lutas de gladiadores em Roma e como foi?
Resposta: Foi o monge por nome Telêmaco que tendo se atirado dentro da arena para
impedir a luta foi morto pela multidão (supostamente cristã) nos primórdios do século V.

34. Quem foi o responsável pela cristianização dos Paises Baixos?


Resposta: Bonifácio

35. Qual o fato importante que marcou a cristianização dos Paises Baixos?
Resposta: Havia o Carvalho Sagrado de Thor (deus do trovão). Bonifácio cortou este
carvalho e quando todos esperavam um raio para fulminá-lo, um vento acabou por
derrubar a arvore.

36. Dê o nome dos 08 primeiros papas segundo a Igreja Romana?


Resposta: Pedro; Lino; Anacleto (Cleto); Clemente; Evaristo; Alexandre; Sixto; Telésfero.

37. Qual a origem do papado?


Resposta: Deveu-se ao aumento do prestigio do bispo de Roma pelo fato de ser a capital
do Império e gozar das benevolências e influencias do Imperador.

38. Qual o nome daquele que é considerado o maior dos papas na Idade Média e "reformador"
da Igreja.
Resposta: Seu nome é Hildebrando, que recebeu o nome de Gregório VII.

39. Quais as propostas de Hildebrando (Gregório VII) para o total fortalecimento da Igreja?
Resposta: Livrar a igreja do controle externo com a escolha do papa pelo Colégio de
Cardeais; Acabar com a "investidura secular" ou indicação de bispos feita pelo Rei;
Abolição do casamento do clero (julgava que interesses dos clérigos, não se dirigiam,
primordialmente, para a Igreja e sim para a família); Tornar a igreja senhora suprema do
Universo.

40. Qual a realização de Inocêncio III (1.198 – 1.216)?


Resposta: Estabeleceu a "Inquisição".
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41. O que é a "Inquisição"?
Resposta: Organização eclesiástica destinada a indagar, descobrir (por meio de tortura, se
necessário) e punir (com morte pelo fogo) o que a Igreja considerava heresia ou
discordância de seus ensinos.

42. Quem foi Bernardo de Claraval e o que fez?


Resposta: É considerado um dos mais importantes monges (por sua piedade e dedicação)
da Idade Média e foi responsável pela criação da Ordem Cistercienses.

43. O que é escolástica ou escolaticismo?


Resposta: Saber medieval emergente das escolas do período; Aplicação dos métodos da
dialética e da lógica na discussão dos problemas teológicos, tendo se originado nas
escolas da época.

44. Qual foi a Bíblia usada na Idade Média?


Resposta: A Vulgata Latina

45. Quem traduziu e criou a Vulgata?


Resposta: São Jerônimo.

46. Quando se deu a tradução da Vulgata (aproximadamente)? Resposta: Na primeira década


do Século V.

47. Qual era o ponto central da discussão da Escolástica?


Resposta: Era a discussão da natureza dos "Universais".

48. Que são os "universais" na escolástica?


Resposta: Referencia a existência de gêneros e espécies.

49. Quais as três posições existentes nos "universais" na Escolástica? Resposta: Realista;
Realistas moderados; Nominalistas.

50. Dê alguns (pelo menos 04) dos grandes nomes de filósofos cristãos da Escolástica?
Resposta: Anselmo; Pedro Lombardo; Abelardo; Alexandre de Hales; Alberto Magno;
Tomás de Aquino.

51. Qual o nome daquele que é considerado o maior teólogo da Idade Média (Escolástica).
Resposta: Tomás de Aquino.

52. Qual a principal obra de Aquino na Escolástica?


Resposta: Suma Teológica

53. Qual a base filosófica da teologia Escolástica?


Resposta: Aristotélica

54. Por qual apelido ficou também conhecido Tomás de Aquino?


Resposta: Doutor Angélico

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55. O que se chama "O Grande Cisma do Oriente"?
Resposta: A separação definitiva e radical da Igreja do Ocidente e do Oriente.

56. Quando se deu "O Grande Cisma do Oriente"?


Resposta: Em 1054.

57. Quais as diferenças básicas da Igreja do Ocidente e do Oriente?


Resposta: A procedência do Espírito Santo; O casamento dos sacerdotes; Não há imagens
na Igreja Oriental; A questão da primazia do papado.

58. O que ficou conhecido como "as fraudes pias" ou "falsas decretais"?
Resposta: São documentos inverossímeis e fraudulentos emitidos por Roma para
consolidar o poder papal no Século XI.

59. Qual a mais conhecida e divulgada destas "Fraudes Pias"? Resposta: A doação de
Constantino.

60. Em linhas gerais o que continha a "Doação de Constantino"?


Resposta: Constantino havia dado a Silvestre (314 – 335) Bispo de Roma autoridade
absoluta sobre todas as províncias do Império e o havia proclamado "Governador de todos
os Imperadores". Justifica também a mudança de Roma para Constantinopla, excetuando
o do papa.

61. Qual o rei que se viu forçado a ficar por três dias de fora do palácio vestido como
penitente, juntamente com toda a sua família, pedindo misericórdia ao papa, a fim de que
fosse "restaurado"? E que papa foi esse?
Resposta: O rei foi Henrique IV (da Alemanha) e o papa foi Gregório VII (Hildebrando).

62. O que foi o "Cisma do Ocidente"?


Resposta: Foi a vergonhosa situação de existirem dois papas devidamente eleitos pelos
cardeais a um só tempo.

63. Quais os papas do "Cisma do Ocidente"? Resposta: Urbano VI e Clemente VII.


64.Qual a solução para se resolver o "Cisma do Ocidente"?
Resposta: Foi convocado um Concilio Universal para se reunir em Pisa, em 1409, onde
seria eleito um Papa, acabando com o cisma.

65. Qual o resultado do Concilio de Pisa (1409)?


Resposta: Ao contrario de acabar com o cisma do ocidente piorou a situação, pois agora
havia três papas devidamente eleitos por concílios:Benedito XIII, Gregório XII e Alexandre
V (eleito em Pisa).

66. O que ficou conhecido como "Cativeiro Babilônico", na Idade Média?


Resposta: É o período que caracteriza o papado sob o poder da França, com o papa
residindo em Avinhão (Avignon) e submetendo-se ao Rei da França.

67. Qual o período do "Cativeiro Babilonico"?


Resposta: 68 anos (conforme Nicholls).
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68. Que são a 05 vias de Tomás de Aquino?
Resposta: São demonstrações lógicas das quais ele propõe provar a existência de Deus.

69. Quais as cinco vias de Tomás de Aquino?


Resposta: Motor Primus (primeiro movimento); Causa Prima; Necessidade e Possibilidade
(potencia e ato); Hierarquia da perfeição; Ordem e finalidade.

70. Dê três movimentos de protesto à situação de decadência dentro da Igreja no fim da Idade
Média?
Resposta: Petrobrussianos; Valdenses; Albigenses ou Cataristas.

71. Quem eram os Petrobrussianos?


Resposta: Movimentos de protesto contra a decadência da Igreja no fim da Idade Média,
recomendado por Pedro de Bruis, no sudoeste da França, no inicio do século XII.

72. Como também eram chamados os Albigenses?


Resposta: Cataristas

73. Por que são chamados Albigenses?


Resposta: Porque este movimento foi mais forte no sudoeste da França com sede na
cidade de Albi.

74. Por que são chamados Cataristas?


Resposta: Devido a derivação da palavra "Puto" (Catáro).

75. Dê alguns pontos sobre os ensinos dos albigenses?


Resposta: O seu credo era um sincretismo de cristianismo e idéias orientais; matéria foi
criada por Satanás e é fonte de todo o mal; são gnósticos e docetistas quanto a Pessoa de
Cristo; acentuadamente ascetas devido à sua filosofia; usavam abundantemente as
Escrituras Sagradas; renuncio ao matrimônio.
76. Quem são os Valdenses?
Resposta: São seguidores de Pedro Valdo, que formavam um movimento de protesto
contra a decadência da Igreja.
77.Quem foi Pedro Valdo e o que fez?
Resposta: Era um prospero comerciante de Lyon (França), que lendo Mateus 10, resolveu
distribuir todos os seus bens com os pobres e assim pregar o Evangelho sem os
movimentos supersticiosos da época. Sua pregação era bastante evangélica e apesar das
perseguições os Valdenses se espalharam pela Europa e se fortaleceram, sendo levados
ao protestantismo já no século XVI.

78. Pedro Valdo deu inicio a um movimento (além dos Valdenses) com entrega de seus bens
aos pobres. Que movimento foi este?
Resposta: O movimento chamado de "Ordem dos Mendicantes".

79. Dê três causas da decadência do poder papal a partir do Século XIII.


Resposta: A prisão do papa Bonifácio VIII, por Filipe, o Belo de França; o chamado
"Cativeiro Babilônico", ou papado avinhoês; o grande cisma do ocidente, ou seja dos dois
(depois três papas).
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80. Qual o nome do movimento político-militar-religioso do final da Idade Média? Resposta:
Cruzadas

81. Contra quem eram as Cruzadas?


Resposta: Contra os maometanos.

82. Dê quatro causas do surgimento das Cruzadas?


Resposta: As peregrinações à Terra Santa; o avanço do Islamismo e sua força; o espírito
de cavalaria e o desejo de luta; "avivamento" religioso da Europa com o ápice do poder
papal.

83. Qual o papa que incentivou e promoveu a 1ª Cruzada?


Resposta: Urbano II

84. Qual o nome do pregador mais denodado a favor das cruzadas? Resposta: Pedro Ermitão
(eremita).

85. Quando se deu a primeira cruzada?


Resposta: No Século XI, em 1096.

86. Apenas os muçulmanos foram alvos das cruzadas?


Resposta: Não. Milhares de judeus foram mortos neste período.

87. Qual o fato pitoresco e notório que se deu na tomada de Antioquia pelos cruzados?
Resposta: Os cruzados estavam famintos e, embora dentro da cidade, se encontravam
cercados pelos turcos por dentro e por fora. Então um tal de Pedro Bartolomeu disse ter
tido uma visão de que a lança que fora usada contra Jesus estava enterrada ali naquela
Igreja. Tendo sido encontrada a lança, o exercito cruzado tomou-se de vigor e derrotou os
turcos conquistando toda a cidade.

88. Quais as conseqüências das cruzadas (pelo menos 04)?


Resposta: Inimizade crescente entre o cristianismo latino (europeu) e o oriental; prejudicou
as vidas dos cristãos que viviam em terras muçulmanas; aumentaram ainda mais, o poder
do papa na Europa; aumento das superstições com o exarcebado culto das relíquias.
89.Qual o nome dos cristãos que viviam em terras muçulmanas? Resposta:
Moçárabes.

90. Qual o nome dos muçulmanos que viviam em terras cristãs?


Resposta: Mudejares

91. Quem é considerado o fundador do monasticismo ocidental? Resposta: Benedito da


Nursia.

92. Quais algumas características da chamada "Regra Beneditina"?


Resposta: Era moderada (seis a oito horas de sono, duas refeições por dia); permanência
(não deviam ficar vagando de um mosteiro para o outro); obediência (não lamuriar-se pelas
tarefas a executar); trabalho físico (todos deveriam participar, exceto em raras exceções);
vida devocional (oração individual e comunitária).
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93. Que são as "Ordens Mendicantes"?
Resposta: São aquelas ordens monásticas em que a pobreza era a predominância, e sua
principal característica, com uma vida de cristã de piedade e serviçao.

94. Quais são as duas principais "Ordens Mendicantes"?


Resposta: Franciscanos e Dominicanos.

95. Quando surgiram as "Ordens Mendicantes"?


Resposta: Final do Século XII e principio do XIII.

96. Qual a razão do nome Francisco de Assis?


Resposta: Seu verdadeiro nome era Giovanni (João), mas por sua mãe ser francesa era
conhecido como Francisco (pequeno francês) e como era da cidade de Assis, tornou-se o
Francisco de Assis.

97. Quem eram as "Clarissas"?


Resposta: Eram as componentes da "Ordem Mendicante", formada por Santa Clara.

98. Como foi também chamada a Ordem Dominicana?


Resposta: Ordem dos pregadores.

99. Como é também chamada a Ordem dos Franciscanos?


Resposta: Ordem dos irmãos menores.

100. Quais algumas diferenças entre dominicanos e franciscanos?


Resposta: Franciscanos assumiram de fato a pobreza como forma cristã de vida –
dominicanos apenas para dar força ao seu testemunho; franciscanos não se ocupavam de
atividade intelectual – dominicanos eram zelosos quanto ao preparo e atividade intelectual;
franciscanos passaram a existir com o propósito de auxiliar e amparar os pobres
identificando-se com eles – dominicanos surgiram para combater a heresia albigense.

101. Dê o nome de 04 pré-reformadores?


Resposta: João Huss; João Wycliff; Pedro Valdo; Jerônimo Savanarola.

102. Quais as maiores contribuições de Wycliff?


Resposta: Tradução da Vulgata para o inglês; pregação do evangelho segundo o ensino
bíblico e não romanista; a igreja é dos predestinados (povo) e não de poderosos
eclesiásticos; portanto da Bíblia pertence e deve ser dada à Igreja.

103. Qual o período de vida de Wycliff?


Resposta: Nasceu entre 1320 e 1330 (não há registro definido) e morreu em 1384.

104. Qual é o fato notório e grotesco acontecido com Wycliff depois de sua morte?
Resposta: Após ser condenado no Concilio de Constança como herege, foi
exumado e queimado, e suas cinzas lançadas no Rio Swift.

105. Onde Wycliff promoveu suas pregações reformistas? Resposta: Na Inglaterra.

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106. Onde João Huss desenvolveu seus ideais reformadores? Resposta: Na Boêmia,
parte do que é hoje a Tchecoslováquia.

107. Dê alguns traços biográficos de Huss?


Resposta: Nasceu por volta de 1730 na aldeia de Hussnek (Boêmia). Aos 17 anos entrou
para a Universidade de Praga. Em 1402 foi nomeado reitor e pregador na capela de
Belém. Em 1410 foi convocado até Roma para prestar esclarecimentos sobre seus
ensinos, negouse a ir, e em 1411 foi excomungado. No dia 05/06/1415 compareceu diante
do Concilio de Constança. Morreu queimado em 06/07/1415.

108. Quais são os chamados "Quatro Artigos" dos Hussitas?


Resposta: Fosse pregada por toda a Boêmia a Palavra de Deus; a ceia devia ser
administrada nas "duas espécies"; o clero deveria ser despojado de suas riquezas; os
pecados graves e públicos fossem castigados.

109. Quem são os Taboritas?


Resposta: São os seguidores de João Huss que tinham sua comunidade localizada no
Monte Tabor.

110. Quais são algumas características dos taboritas?


Resposta: Revolucionários apocalípticos; aceitavam a imposição do reino pela espada;
tudo o que não constasse na Bíblia deveria ser rejeitado.

111. Quais algumas causas apontadas para a Reforma Protestante do Século XVI?
Resposta: Grandes descobrimentos geográficos; as grandes invenções, principalmente a
imprensa; incremento do comércio entre os povos e intercambio de idéias; ressurgimento
da cultura greco-romana; insatisfação crescente do povo e dos pobres com a situação da
Igreja.

112. Qual o humanista que mais se destacou contribuindo para a Reforma, mas não se
identificando com ela? Resposta: Erasmo de Roterdã.

113. Qual foi a principal contribuição de Erasmo de Roterdã à Reforma?


Resposta: A tradução do Novo Testamento Grego, onde os reformadores puderam se
estribar.

114. Dê o nome de 07 reformadores protestantes?


Resposta: Martinho Lutero; João Calvino; Thomas Müntzer; Martin Bucer; Johannes Brenz;
Jan Hus; John Wyclif

115. Qual o nome da esposa de Martinho Lutero?


Resposta: Catarina de Bora, que era ex-freira.

116. Qual o fato que é apontado como a causa direta da reforma protestante? Resposta:
A venda de indulgências.

117. Qual era o propósito da venda de indulgências ou qual o fim do dinheiro


arrecadado?
Resposta: Para a conclusão da Basílica de São Pedro, em Roma.
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118. Qual o nome do monge que vendia as indulgências e que foi desafiado por Lutero?
Resposta: Johanes Tetzel de Leipzig.

119. Qual a reação inicial do papa para com esta situação das teses contra a venda de
indulgências?
Resposta: O papa não deu muita importância por tratar-se de uma querela de frades.

120. Qual o nome do papa nos dias da reforma?


Resposta: Leão X

121. Qual o nome da Bula de excomunhão de Lutero?


Resposta: "Exsurge Domine"

122. Qual foi a Dieta que Lutero compareceu devendo se retratar?


Resposta: Dieta de Worms

123. Quando se deu a Dieta de Worms?


Resposta: Em 1521.

124. Qual foi o maior protetor político de Lutero?


Resposta: Frederico da Saxônia (O sábio).

125. Dê algumas obras de Lutero?


Resposta: Carta à nobreza alemã; Cativeiro Babilônico; Liberdade Cristã.

126. Qual foi o movimento social de caráter violento ocorrido no inicio da Reforma e
atribuído a ela?
Resposta: A Revolta dos camponeses, em 1523.

127. Qual foi a grande contribuição literária de Lutero em termos da língua alemã?
Resposta: A tradução da Bíblia para o alemão, sistematizando aquela língua.

128. O que ficou conhecido como "Claustro Negro" na história da Reforma?


Resposta: O período de exílio, ou melhor de refugio, que Lutero passou no castelo de
Waterburgo, para onde foi levado "seqüestrado", por Frederico, a fim de não ser morto pelo
Papa ou pelo Imperador.

129. Qual o ponto central que levou o rompimento da reforma humanista com a reforma
religiosa (Erasmo x Lutero)?
Resposta: A questão do Livre Arbítrio.

130. Onde começou a se dar o nome de protestantes àqueles adeptos da Reforma?


Resposta: Na Dieta de Spira (II), em 1529.

131. O que os levou a ser chamados de protestantes?


Resposta: O fato que na Dieta de Spira (1529) o imperador por ter força política
estabeleceu que não poderia haver propaganda da Reforma e que não poderia haver

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proselitismo, do que discordaram os partidários da Reforma, elaborando um documento de
protesto contra estas medidas.

132. O que se chama "Liga de Esmalcada"?


Resposta: Após a Dieta de Augsburg, o imperador Carlos V estava disposto a destruir o
movimento reformista com a ajuda dos exércitos espanhóis. Os príncipes (eleitores) que
abraçaram a Reforma então se uniram contra o imperador e em defesa de seus ideais;
esta união ficou conhecida como a "Liga de Esmalcada".

133. Como a Dinamarca se tornou Luterana?


Resposta: Por um ato de Cristiano III, rei deste país e também por meio da Assembléia
Nacional.

134. Como a Noruega se tornou Luterana?


Resposta: em 1539, em virtude do assentimento do Rei.

135. Como se tornou a Suécia Luterana?


Resposta: Em 1527 a Dieta Nacional decretou que a Igreja na Suécia fosse reformada
luterana.

136. Quem foi o responsável pela reforma nos cantões suíços? Resposta: Ulrico
Zwinglio.

137. Quais algumas diferenças entre Zwinglio e Lutero?


Resposta: Zwinglio – lançava mão das armas para impor a Reforma; rompimento completo
com Roma (liturgia, teologia, etc.).
Lutero – Não belicoso (embora tenha consentido em alguns momentos);
manutenção de muitos ritos e ensinos do catolicismo (o que não contradissesse a Bíblia,
poderia ficar).

138. Onde e quando nasceu Zwinglio e como morrreu?


Resposta: Nasceu em uma pequena aldeia suíça em Janeiro de 1484 e morreu em outubro
de 1531, no campo de batalha defendendo Zurique e a reforma.

139. Na tentativa de união de luteranos e reformados (zwinglianos) quantos pontos foram


apresentados, em quantos concordaram e em qual discordaram?
Resposta: Foram apresentados 15 artigos, havendo concordância em 14 e discordância
quanto a Eucaristia.

140. Qual o nome dado aos elementos que discordaram de Zwinglio e não aceitaram o
batismo de crianças e que ensinavam que o batismo deve vir após a confissão de fé
pessoal em Jesus como Salvador? Resposta: Anabatistas (rebatizadores).

141. Qual o maior nome do anabatismo? Resposta: Menno Simons (daí menonitas);

142. Qual o nome do grande reformador de Genebra? Resposta: João Calvino.

143. Dê alguns pontos importantes da vida de Calvino?


101
Resposta: Nasceu em 10 de Julho de 1509, em Noyon, França; em 1529 obtém grau de
mestre em Artes, em Paris; estudou Direito por influencia do pai; em 1534 vai a Noyon e
rejeita os benefícios eclesiásticos a que tinha direito; havia se tornado protestante nesta
data; chega a Genebra em 1536 onde fica como "dirigente" da reforma por dois anos; em
1538, é expulso de Genebra e fica exilado em Estrarburgo onde pastoreia uma igreja; em
1541 a pedido da cidade volta a Genebra; em 1559 funda a Academia de Genebra; morre
em 27 de maio de 1564.

144. Qual é a maior obra literária de Calvino?


Resposta: Institutas da Religião Cristã.

145. Qual foi a primeira edição das Institutas e qual seu objetivo?
Resposta: Surgiu em Basiléia, em 1536, com o propósito de oferecer aos protestantes um
breve resumo da fé protestante, tornando mais hábeis a defenderem suas convicções
religiosas contra os papistas. Esta e a segunda edição foram em Latim. Em 1541 publicou
em Genebra esta obra em francês.

146. O que foi o Consenso de Zurique?


Resposta: Foi um documento elaborado e assinado por Calvino, Bucer e outros
reformadores de destaque, que a partir daí passaram a ser chamados "reformados".

147. Como se deu a reforma na Inglaterra ou qual a origem da igreja inglesa?


Resposta: A igreja inglesa tem sua origem no rompimento do Rei Henrique VIII com Roma,
por desejar a anulação de seu casamento com Catarina de Aragão que não "lhe dava um
herdeiro homem". Como a anulação não foi concedida pelo papa, o rompimento definitivo
se deu em 1534, quando o Parlamento promulgou uma série de leis proibindo o
pagamento de contribuições ou anuidades a Roma, declarando nulo o casamento com
Catarina de Aragão e declarando o Rei a "Cabeça Suprema da Igreja da Inglaterra".

148. Com Henrique VIII houve uma reforma de fato?


Resposta: Não. Apenas fora abolida a obediência ao papa e o confisco das propriedades e
a desarticulação dos mosteiros. Mas, a estrutura e a doutrina da Igreja era a mesma. Mas
era uma porta aberta à Reforma.

149. Qual foi a primeira figura da Reforma Inglesa nesta fase? Resposta: Tomás Cramer.

150. Qual sua principal contribuição (Tomás Cramer) à Reforma na Inglaterra?


Resposta: A produção e publicação do "Livro Comum de Oração", no reinado de Eduardo
VI e a tradução da Bíblia para o inglês que a seu mando foi feita por Tyndale.

151. Quem foi Maria Sanguinária?


Resposta: Seu nome era Maria Tudor, filha de Henrique VIII com Catarina de Aragão, que
tentou fazer voltar o catolicismo à Inglaterra, levando muitos protestantes à morte.

152. Qual a base doutrinária (onde se encontra) da Igreja Anglicana ou da Inglaterra?


Resposta: Nos chamados "Trinta e Nove artigos", publicados em 1562.

153. Qual a maior figura da reforma na Escócia?


Resposta: John Knox.
102
154. Qual o nome dos elementos que se divergiram das Igrejas Anglicanas e ficaram
conhecidos pela austeridade de seu comportamento? Resposta: Puritanos.

155. Quais as propostas dos Puritanos?


Resposta: O culto deveria ser livre de cerimônias e vestes da Igreja Medieval; opunham-se
ao governo da igreja por bispos – pugnavam pela forma presbiteriana; estrita disciplina na
Igreja para purificá-la dos indignos; eram calvinistas na teologia.

156. Qual o nome de um soldado que se tornou celebre pela desimplantação do


anglicanismo e ao mesmo tempo pela implantação de uma reforma nos moldes
calvinistas, até mesmo derrotando e depondo os Reis da Inglaterra?
Resposta: Oliver Cromwell

157. Qual o nome característico que foi dado àqueles que se opunham a Felipe II nos
Paises Baixos e também à manutenção do catolicismo pela força?
Resposta: Foram chamados "Mendigos", pois quando foram levar sua representação
contra as determinações de Felipe II à regente, um dos conselheiros disse que não era
necessário temer estes "mendigos".

Governador Valadares, Dezembro de 2018

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ARA EXAME TEOLÓGICO NO ÂMBITO DA
ORMIBAN
ORDEM DOS MINISTROS BATISTAS NACIONAIS

QUESTIONÁRIO EXEMPLO
EOLÓGICO NO ÂMBITO DA ORMIBAN
ORDEM DOS MINISTROS BATISTAS NACIONAIS

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