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Edl~6o 01 • Ano 1 • Agosto 2015
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O companheiro, simbolicamente , A const rução i nte l ect ua l do
não mais arrasta seus pés, ele já companheiro permite o avanço na
consegue desenvolver seus passos escada em caracol com vistas ao
com maior firmeza, e faz desse domínio das sete artes liberais da
caminho tortuoso da escada seu antiguidade ou as sete artes liberais
obje t o de supe r ação . Nessa clássicas, representada pelos sete
escalada, o Companheiro Maçom ú lt imos deg r aus . E l es são
deverá se dedicar ao trabalho moral e correspondentes á Gramática, a
intelectual. Retórica e a Lógica (trivium) e a
(DYER apud WILMSCHURST, 2010, Aritmética, a Geometria, a Música e
p. 160) afirma que este último "vê um Astronomia (quadrivium) fazendo
importante significado na Escada do com que o Companheiro Maçom seja
Segundo Grau. Ele considerava que, "o Obreiro reconhecido apto para
simbolicamente, o progresso, num exercer sua arte, e consciente de sua
sentido moral, deve ser para cima·. energia de trabalho, cujo dever é
Assim, a escada representa uma Cinco são as viagens iniciáticas, realizar praticamente o plano teórico
filosofia de significações que deve cinco são sentidos humanos, cinco traçado pelos Mestres" (GAIGA,
ser compreendida pelo Maçom em é o "tempo " do Companheiro 2012, p. 3).
um sentido amplo, em todos os seus Maçom. A nume r olog ia, tão Completada a subida pelos 15
aspectos e totalidades. presente no misticismo maçônico, degraus da escada, o Companheiro
Os três degraus que compõe o atribui a o número cinco ao quinário Maçom está diante da porta da
primeiro lance de escadas nos no homem, representando a vida, Câmara do Meio, onde receberá o
remete a uma polissemia de entre tantas outras analogias a este se u A u me n to d e S a 1á ri o ,
interpretações. sobretudo porque na número. prosseguindo nas tarefas que lhes
imagem é passivei visua lizar a O apogeu da subida até o quinto são exigidas. Nas pa lavras de
imagem do prumo, do nivel e do degrau descortina a Es trel a (DYER, 2010, p. 158), "Por tudo isso,
esquadro, sendo que esses objetos F 1ame jante, vivenc i a a sua o Segundo Grau tem um especial
podem assumir representações que intensidade luminosa e revela a letra sign ificado próprio e mostra o
podem variar desde a ideia de que G centralizada em seu meio. O candidato como um artifice na
representam as joias fixas de uma companheiro encontra-se no meio metade do seu caminho".
Loja, cada qual com seu aspecto daescadaeme<l"acol. É importante salientar aqui que
simbólico especifico, até os aspectos O tempo do companheiro é a apesar d os i nd í cios que
mais fi losóficos e especulativos juventude. fase de transição entre a possivelmente dariam coerência a
possíveis. infflncia do aprendiz e a idade adulta uma possível relação existente entre
O segundo lance da escada, do mestre. Enesta etapa que a força a educação medieval (Alta Idade
composto por cinco degraus,
latente e o vigor se acentuam para a Média) e a maçonaria operativa , tais
também não foge a diversidade de
interpretações e, tendo em vista o maturidade, pois sendo um periodo elemen tos que consti tuem o
quanto o número cinco é de transição, procura e adquire s i m b o 1i s m o d o G r a u d e
significativo para a doutrina do
conhecimentos diversos, obtendo Companheiro Maçom foram
Grau. toma-se elemento central das
análises que se tem feito sobre a assim o melhor resultado de suas introduzidos so men te na fase
escada em caracol na produção experiências. especulativa da Ordem.
literária maçônica.
Continua ...
Revista do Jovem A
Edl~ão 01 • Ano 1 • Ago
ALGUMAS CONSIDERAÇÕE S QUE
ILUSTRAM A LENDA
A lenda da escada no formato de caracol
é um exemplo de como se fundamenta
bem a adoçao de slmbolos e alegorias
como estratégia pedagógica para os
ensinamentos maçônicos.
Por exemplo, considerando que as sete
artes liberais (trivi um e quadrivium) fazia
parte do currículo das escolas
medievais, cujo acesso era apenas das
camadas privilegiadas, ou seja, para
aqueles que não e ram servos e,
portanto livres, na estória, poderia-se
dizer que os Maçons Operativos, que EM (IN) CONCLUSÃO
estavam a serviço da Igreja e com ela É sabido que a introdução do grau de Mestre Maçom se deu na
mantinha estreita relação para a Maçonaria especulallva e, portanto, na Maçonana operativa existia
construção das grandes catedrais, apenas os Graus de Aprendiz e Companheiro. Assim. o Grau de
tinham acesso sob os auspícios desta Companheiro tem uma importância histórica significativa, tendo em
os conteúdos dos estudos ensinados vista que nele se desenvolvia a maior parte dos estudos simbólicos e
em escolas medievais. Outra questão a filosóficos.
ser colocada é a de que o acesso a esse No conjunto desses elementos, a escada em caracol é de fato uma rica
tipo de conhecimento poderia ter sido alegoria a ser explorada e (re) visitada a todo tempo pelos membros da
adquirido através de mestres livres, em Ordem, e especialmente os que se encontram neste Grau.
uma proposta de educação não Corroborando com a rala de (DYER, 2010, p. 31 ),
"institucionalizada", que ocorria lora dos ·o estudo dos símbolos, sem a aplicação prática em sua vida, não
muros das instituições de ensino. passará de um mero exercício intelectual: e se você tentar,
Outa ocorrência que ilustra o debate é o simplesmente entendê-los sem vivenciá-los, o resultado será mais
lato de que os homens medievais problemas do que proveitos".
valiam-se muito mais da expressão oral Portanto, façamos nas veredas do Companheiro Maçom, um tempo de
para a transmissão do conhecimento do estudos e reflexões em busca no nosso melhor aperfeiçoamento moral
que da palavra escrita tal como eintelectual.
entendemos. o que sinaliza para a REFERÊNCIAS
possibilidade de alguns · segredos" ADOUM, Jorge. Grau do Companheiro e Seus Mistérios. São Paulo:
relativos a esse conhecimento adquirido Pensamento, 2010.
rosse transmitido como ralamos no DYER, Colin. O simbolismo na Maçonaria. São Paulo: Madras, 2010.
jargão maçônico "de boca e ouvido". GAIGA, Luis Antonio. Instruções B ásicas do Companheiro Maçom .
No Prelo , 2012. Disponíve l em :
https ://pt. scribd . com/doc/ 141500366/lnstr ucoes- Basicas-do-
G Companheiro-Mac om·LAGAcessoem 10mar2015.
GOB. Ritual do ~ Grau - Aprendiz Maçom R :.E:.A.-.A.-. Grande
Oriente do Brasil. Brasllia, 2009.
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Revida•
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Noperíodocompre endidoentre 1878à 1882, O Ir:. Orador tinha assento em lugar especial ao
o negociante José Firmo Xavier criou uma sociedade lado esquerdo do venerável: além de exercer as atuais
secreta à feição da Maçonaria, colocando-a sob os atribuições do cargo. ele também era o relator de todos os
auspícios da S. M. Imperador D. Pedro li, da Família processos, que eram entregues ao Acusador.
lmpenal e do Papa, era a Maçonaria do Especial Rito
Brasileiro para as Casas do Círculo do Grande Os Irmãos Acusadores (Coluna do Norte) eram
Oriente de Pernambuco. responsàveis pela acusação das faltas e erros dos irmãos,
sendo a escolha de um deles por votação d a Regência. Os
Tinha por finalidade defender a religião Irmãos Defensores (Coluna do Sul), eram ocupados na
católica, sustentar a Monarquia Brasileira, praticar defesa dos Irmãos processados, sendo um deles
caridade, desenvolver as ciências, as letras, as escolhido pelo Irmão acusado.
artes, a indústria, o comércio, a agricultura e
contribuir para a extinção do elemento servil. Os Irmãos Sindicantes tomavam assento na
Coluna do Prata (2) e na Coluna do Amazonas (2) e eram
Era destinada somente à todos os brasileiros responsáveis "em bem examinar e indagar das faltas
natos, sem distinção de classe, como especifica o chegadas quer pela voz pública, ou pelas pranchas que
art. 3° da sua Constituição. receberem•.
A base do Rito era a Maçonaria Simbólica Os Irmãos Mestres tomavam assento em ambas as
com seus três Graus Simbólicos. Sobre essa base Colunas e dentre outras compe tências, e r am
erguia-se a hierarquia dos 20 Altos Graus. As Lojas responsáveis "por ensinar aos Irmãos da sua Coluna os
Simbólicas de hoje eram chamadas de Casas e toques e sinais e escrituração para bem poderem gozar e
tomavam o nome que quisessem. mas não podiam ·1encerem nos mistérios da Santa Irmandade". bem como
substitui-lo sob pretexto algum. Quando uma Casa executar todo trabalho cerimonial do Rito e de fazerem a
abatia colunas. era proibido se instalar outra com o polícia interna do Tabernáculo.
mesmo nome.
Os Guardas da Cruz, também tomavam assento
A Constituição d este Rito, e m d iversos em ambas as Colunas e eram chamados pelo Venerável
artigos, referia-se à emancipação dos escravos, para junto do docel quando tiver de descerrar o Santo
dispensando carinho e atenção à alforria, inclusive Padroeiro e ai ficarão de pé até o fim do ato.
com a criação de um cofre especial para se deitar o Os Guardas do Templo exerciam as mesmas funções dos
óbulo que quiserem a bem da emancipação dos nossos atuais Cobridores, sendo que, o que se encontrava
escravos. que era comemorada com festa. na data no interior do Templo transmitia ao 2" Vigilante tudo que de
magna do aniversário do Rito, no dia 29 de Junho, fora do Tabernáculo lhe era comunicado.
com a entrega solene das Cartas dos Libertos pelo
respectivo cofre de emancipação. Foi criado um Supremo Conselho do Grande
Oriente em Perna mbuco, ao qual ficará sujeita a
A Regência das Casas durava o periodo de Maçonaria do Especial Rito Brasileiro, q ue tinha o
um ano, e era composta de um Veneràvel, quatro Imperador D. Pedro li, a S. S. Pontifica e os Príncipes da
Vigilantes (dois titulares e dois suplentes), um Familia Imperial como Grandes Chefes Protetores, com o
orador, um Secretàrio, um Tesoureiro. um Fiel, dois Grau 23, e como Grande Chefe Propagador e vitalício, com
Guardas da Cruz, quatro Defensores e quatro o Grau 22, o autor da idéia, José Firmo Xavier. Em caso de
Acusadores, quatro Sindicantes. quatro Mestres, sua morte o Grande Chefe Propagador seria substituído,
quatro Andadores e dois Guardas do Templo. O por eleição do Supremo Conselho, tomando o que o
Irmão eleito Venerável só poderia ser reeleito depois substituir o titulo de Chefe Conservador.
de findar quatro anos da sua administração.
O autor do Rito encaminhou ao Imperador D. Pedro
Além do Oriente, os Irmãos tomavam assento li uma cópia da Constituição do Rito acompanhada de uma
na Coluna do Norte do Vale do Soberbo Amazonas, lista com os 838 n ome s de irmãos , de no minad a
de responsabilidade do Primeiro Vigilante, e na 'Caderneta Nominal dos Sócios da Nobre e Augusta Casa
Coluna do Sul do Vale do Prata, sob os cuidados do Maçônica do Especial Rito Brasileiro Coração Livre e
Segundo Vigilante: pediam Vênia por duas palmas Popular propagada e instalada em Pernambuco·. Foi
ao Venerável. observado que após o nome de muitos. havia a palavra -
Republicano.
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O IDEALIZADOR DO RITO
BRASILEIRO - LAURO SODRÉ
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da Praia Vermelha contra a
suas contribuições para a
maçonaria Brasileira foi .
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A CRI AÇÃO DO RITO B RASILEIRO DE No dia 23dedezembro de 1914, era baixado o Decreto nº 500,
LA UROSODRÉ com o seguinte texto:
Não se sabe quais as razões que "Lauro Sodré, Grão Mestre da Ordem Maçônica no
levaram Lauro Sodré a fundar o Rito Brasileiro. Brasil;
Teria sido uma resposta ao apelo do "Cavaleiro
Rosa-Cruz• (1894), ou influência da Maçonaria Faz saber a todos os maçons e oficinas da
do Especial Rito Brasileiro criada por José Federação, para que cumpram e façam cumprir, que em
Firmo Xavier ( 1978 -1 882)? Sessão efetuada no dia 21 de dezembro deste ano, o
Ilustríssimo Cons: . Ger:. da Ord: . aprovou o reconhecimento e
Contudo, o que existe de mais concreto incorporação do Rito Brasileiro entre os que compõem o
é que várias reuniões de Maçons ocorreram na Grande Oriente do Brasil, com os mesmos ônus e direitos,
casa do General José Joaquim do Rego Barros, regido liturgicamente pela sua constitu ição particular,
no Quartel da Antiga Artilharia de Costa, em respeitado o dispositivo do art. 34° do Reg:. Ger:. , ficando
1914, onde o ideal trazido pelo General Lauro autorizada a funcionar a sua Grande Loja, intermediária das
Sod ré, o criador da idéia, tomou corpo. relações entre os Irmãos do Rito e entre estes e os Poderes
Participaram dessas reuniões e de outras Maçônicos de que trata o art. 4° do Reg:. Ger:., o que é
ocorridas no Grande Oriente do Brasil , quando promulgado pelo presente decreto".
foi tratada a fundação do Rito, os Irmãos: Lauro
Muller, Dr. Nilo Peçanha, Dr. José Mariano Assinavam o decreto, Lauro Sodré, Grão-Mestre da
Carneiro da Cunha, Amaro Albuquerque, A. O. Ordem ; Ticiano Corregio Daemon, Grande Secretário-Geral da
de Uma Rodrigues, Coelho Lisboa, Eugênio Ordem ; e A. O. Lima Rodrigues, Grande Chanceler.
Lopes Pinto, Evaristo de Morais, Firmo Braga,
Floresta de Miranda, Horta Barbosa, Joaquim Contudo, Lauro Sodré, em decorrência de ter sido eleito
Xavier Guimarães Natal, Leôncio Correia, Mário para a Presidência da Província do Pará, e por ter de fixar sua
Behring, Monteiro de Souza, Otacílio Câmara, residência fora da sede do Grande Oriente solicitou sua
Otávio Kelly, Ticiano Gorrégio Daemon, Tomaz renúncia ao cargo de Grão-Mestre. Consternado, o Conselho
Cavalcanti, Veríssimo José da Costa e Virgílio Geral da Ordem, em março de 1916, a aceitou, assumindo
Antonino. interinamente o Contra-Almirante Verissimo José da Costa.
Revistado
Em 1919, Verissimo da Costa num gesto de grande A Consolidação do Rito Brasileiro
magnaminidade, antes de entregar a Chefia da Ordem á Nilo
Peçanha, concedeu ao Irmão Lauro Sodré, o título de Grande O DESPERTAR EM 1940
Benemérito da Ordem pelos serviços especiais, extraordinários
e relevantes prestados aos ideais Maçônicos. bem como o de Na Ordem do Dia da Sessão Ordinária
Grão-Mestre Honorário da Ordem, reconhecendo o proflcuo do Conselho Geral da Ordem , ocorrida a 22 de
trabalho deste insigne brasileiro em prol da Maçonaria julho de 1940, Octaviano Bastos faz a leitura do
Brasileira. projeto da nova Constituição do Rito, que é
aprovado com algumas emendas. Na mesma
O Rito Brasileiro, desde o seu surgimento, em 1914, foi Sessão ordinária também é aprovado o projeto
se oficializando sem pressa, como vimos. Depois, ficou de lei que autorizava ao Grão-Mestre:
adormecido por várias razões, entre as quais destacamos a
eclosão da guerra de 1914-1918, bem como a intolerância de a) Ativar o funcionamento do Rito Brasileiro de
Maçons que viam o Rito com desconfiança e má fé e porque conformidade com a sua Constituição e a iniciar
também não tinha constituída a Oficina-Chefe, isto é, o a formação do seu Conclave, nomeando seus
Supremo Conclave, o que só viria a ocorrer em 1941 , sob o primeiros fundadores;
nome de Conclave dos Servidores da Ordem e da Pátria.
b) Estimular a instalação da primeira Oficina do
Outro agravante era não existirem Rituais, nem para os Rito dispensando todas as taxas a que estiver
três Graus Simbólicos, e só em 1940, Octaviano Menezes sujeita e os emolumentos dos três primeiros
Bastos redigiu e imprimiu o Grau Um, e Álvaro Palmeira redigiu profanos que nela se iniciarem;
e imprimiu o Grau Dois. ambos adotados pelo Conclave.
Palmeira ainda redigiu o Grau Três, mas não o imprimiu. c) Conceder favores idênticos ás Oficinas que
passarem a funcionar seguindo o R: .B:., dentro
Quando o Rito Brasileiro surgiu, veio com 33 Graus. do prazo de 180 dias, renunciando ao regimem
sendo 3 Graus Simbólicos obrigatórios, e as 5 Ordens de Altos Capitular;
Graus, que de acordo com a Constituição de 1917 eram:
Cavaleiro do Rito; Paladino de Deus; Apóstolo do Templo; d) Providenciar junto ao Conclave, para que
Defensor do bem Público e Servidor da Ordem e da Pátria. aos Maçons Capitulares dessas Oficinas sejam
concedidos Títulos do R: .B:., correspondentes
Em 1919 , foi impressa a primeira Constituição do Rito. aos Altos Graus possuídos, com o fim de
sendo seu relator o Ir:. Octaviano Bastos, nela contendo, além constituírem os respectivos Corpos.
dos 3 G raus Simbólicos, haviam 4 Títulos de Honra,
correspondentes aos Graus 18, 21 , 30, 33: Cavaleiro do Rito, Assim, o Grão Mestrado através do Ato
Paladino do Dever, Apóstolo do Bem Público e Servidor da nº 1617, de 03 de agosto de 1940, em atenção
Ordemeda Pátria. à resolução tomada em Sessão Ordinária no
dia 22 de julho pelo Cons:.Ger:. da Ord:.,
Desde o início a nomenclatura dos 30 Altos Graus se nomeia os ll r:. Antônio de Oliveira Brito.
afastou inteiramente da nomenclatura escocesa. Octaviano Bastos, Álvaro Palmeira, Alexandre
Brasil de Araújo, Romeu Gibson, Pedro Ramos
Desde 1914, o Rito se declarou teísta, como o Rito de e Oscar Argollo para procederem à formação
York, admitindo a existência de Deus. o Supremo Arquiteto, e do ·conclave do Rito".
sua ação providencial no Universo.
Em janeiro de 194 1, o Grão-Mestre
A primeira Loja do Rito foi fundada na Província de Joaquim Rodrigues Neves, em decorrência da
Pernambuco, depois, em 1928, surgiu a Loja Ypiranga. em São Comissão ter cumprido a sua missão, nomeia
Paulo. Acanhadamente surgia uma Loja do Rito Brasileiro aqui a Comissão Instaladora do Conclave dos
e ali , que sem mais nem menos. abatia colunas ou Servidores da Pátria do Rito Brasileiro, sendo o
simplesmente mudava de Rito, porque não encontrava seu presidente o Ir:. Octaviano Menezes
ambiente favorável ou por falta absoluta de Rituais e de Oficina Bastos, e como demais membros os !Ir:. Arthur
Chefe, e essa situação perdurou até a década de sessenta, Paulino de Souza, José Marcello Moreira,
quando assumiu a Direção do Grande Oriente do Brasil, o Irmão Capitulino dos Santos Júnior e Aristides Lopes
Professor Álvaro Palmeira, responsável pela consolidação do Vieira.
Rito Brasileiro
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Apesar de todas essas alterações e Quando assumiu o Grão Mestrado, em 1963, entre
emendas na Constituição, o Rito Brasileiro outras realizações. restaurou as finanças, intensificou as
não tomou força e vigor necessário para relações Maçônicas com quase todo mundo, reorganizou e
ocupar o lugar que lhe fora destinado. reabriu a Biblioteca Maçônica, graças ao trabalho do Ir:. Nicola
Aslan, Grande Secretário Geral da Cultura e Orientação,
Foram r econ h e cidas as Lojas aumentou o patrimônio do GOB, adquirindo e construindo
fundadas que preenchiam as exigências da prédios, inclusive evitando a demolição do Palácio Maçônico do
Constituição da Ordem e do Rito: Loj a Lavradio, instalou o Grande Oriente da Bahia (1964), o Grande
Ypiranga (SP, 1928): Loja Brasil (RS, 1941); Oriente do Maranhão (1966), o Conselho de Veneráveis d
Loja Gonçalves ledo (MG, 1940; Loja Cn.izeiro Distrito Federal, estreitou relações maçônicas internas e
do Sul V (PI, 1949); Loja Renovação (RJ, celebrou Tratados com o Supremo Conselho do Rito Escocês
1956); Loja Clementina Câmara (RN, 1958), Antigo e Aceito, com o Grande Capitulo dos Cavaleiros
que chegou a publicar por conta própria, em Noaquitas e com o Supremo Conclave do Rito Brasileiro (1968).
1966, o Ritual do 3° Grau, adaptando-o do Ainda, criou a Mútua Maçônica e o Quaro de Hora de Estudos,
escocês, para suprir a omissão que havia; nas Sessões das Lojas.
Loja Fraternidade e Progresso Ili (RJ, 1959;
Loja Alvorada (SP, 1959), e Loja Quatorze de Foi benemérito de diversas Lojas e Institutos, possuía
JulhoV (1961). um impressionante medalheiro. Esse é apenas parte do seu
Currículo Maçônico, e muito teríamos que escrever sobre o seu
Entretanto essas Lojas tiveram vida curricJlo profano, que é realmente expressivo.
curta ou mudaram de Rito, pelas razões já
citadas e pela ausência de um grupo Essa é a nobre figura que dedicou seus esforços para
efetivamente dedicado. que o Rito Brasileiro se consolidasse e cumprisse seus
designios. Ao deixar o Grão Mestrado em 1g68, estava
Esse quadro só começaria a ser convencido de que a Maçonaria não podia continuar alienada da
mudado com a eleição do Irmão Álvaro vida contemporânea, presa a idéias de 1717, como o que era
Palmeira, que como candidato único, embora bom hâ dois séculos e meio, fosse ainda bom paras nossos dias.
relutante em aceitar a sua indicação do seu Para ele o Rito Brasileiro pretende abrir ou iniciar um novo
nome para o alto ca r go, fo i e l eito período na História da Maçonaria Universal.
tranqüilamente em 1963.
Continua ...
Revistado
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Assim vamos nos ater as colunas que são o escopo deste trabalho. Tendo
vivido no Egito, livre ou escravo. o povo hebreu assimilara muito dos costumes.
religiosidade e cultura egípcia. Em frente dos Templos egípcios, sempre eram
construídos dois obeliscos: um ao lado do outro como oferenda a divindade. Na
fuga do Egito sob o comando de Moisés uma nuvem durante o dia transformava-
se em fumaça, protegendo o povo em fuga dos soldados do Faraó. À noite a
mesma nuvem era uma coluna de fogo a iluminar o caminho dos fugitivos.
Inicialmente , por estarem os nomes dessas colunas destacadas claramente na
Bíblia. podemos interpretar que seu nomes não são secretos, e ambas.
respectivamente, são marcadas pelas iniciais das palavras Boaz ( B ) e Jaquim (
J ) , porém o segredo não esta nos nomes das colunas, mas no modo como estes
são transmitidos. As colunas erguiam-se fora do conjunto arquitetônico, sendo
que aquela colocada a direita de que entra era chamada Jaquim. enquanto que a
outra, à esquerda, era chamada Boaz. Esses eram. provavelmente. nomes de
pessoas. mas formam, lidos da direita para a esquerda (como é lida a escrita
hebraica ) uma frase lógica ; Jaquim é formada pela apócope de levé( pronúncia
aproximada do nome hebraico de Deus ) e pela palavra achin ( do verbo
estabelecer , firmar) , enquanto que Booz( Boaz) significa em força, com solidez.
O reoonhecimento do Arco Então fica claro que, a partir da União das Duas Grandes
Real era essencial para a unificação lojas (Antigos e Modernos), oAroo Real passa a ser parte
das duas Grandes Lojas. Isto foi integrante da Maçonaria, diretamente ligado ao Simbolismo. Um
alcançado por meio da ambiguidade Capítulo deve estar vinculado a uma Loja Simbólica. Por isso o Arco
do texto da declaração preliminar do Real não é um grau. mas sim , uma Ordem que se desenvolveu
Livro das Constituições, que afirma ficando dependente do Simbolismo.
que a pura e antiga Maçonaria
oonsiste de três graus e não mais, Os Irmãos Mestres Maçons que forem Exaltados como
ou seja, o de Aprendiz, Companheiro do Arco Real, certamente, verificarão que o Arco Real
é "a raiz, o coração e a medula da Maçonaria...", conforme explica L.
Companheiro e Mestre Maçom,
incluindo a Suprema Ordem do Dermott.
Santo Aroo Real.
As cerimônias sessões são dirigidas por três membros, são
Não podemos deixar de citar eles os Principais:
que o Arco Real é uma Ordem
Espiritual. As lições derivadas do 1 - Primeiro Principal - Zorobabel - Seu cetro é encabeçado por uma
Ritual devem nos levar a retomar o ooroa . O tratamento a ele é: Excelentíssimo (Exmo.):
caminho de Deus, tal qual no livro 2 - Segundo Principal - Ageu • Seu cetro é encabeçado por um olho
de Oséias, de onde vêm as nossas irradiado. O tratamento a ele é: Excelente Companheiro (Exte.);
palavras, lembrando-nos da 3 - Terceiro Principal - Josué - Seu cetro é encabeçado por uma
misericórdia e do perdão de Deus. mitra . O tratamento a ele ê: Excelente Companheiro (Exte.).
Estando o Capítulo aberto devemos. em relação aos Três Principais.
pronunciar seus nomes por inteiro; por exemplo: Excelentíssimo
Companheiro Wagner Veneziani Costa. O mesmo procedimento
deverá ser adotado em relação aos Escribas Esdras e Neemias.
Continua ...
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As doze tribos de Israel
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Conclusão
Não existe "Triplo Tau" na Maçonaria. Existe
· esquadro· T" na Maçonaria Simbólica, e "T sobre H" no
Real Arco. O resto é invenção sem base teórica,
verdadeiros desrespeitos á Maçonaria e sua história. A
simbologia maçônica já é interessante e significativa o
bastante, não necessitando de tais enxertos.