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Entrevista Com Jeses Tricolor
Entrevista Com Jeses Tricolor
Pedro Luna, 30 anos, citou algumas das suas dificuldades que superou até se tornar o
ícone que lhe é dado hoje. Quando ainda era adolescente, foi para a Paróquia Sagrado
Coração de Jesus, na periferia de Olinda-PE, onde atuou no teatro religioso e foi o que
fez com que ele criasse esse personagem nomeado JESUS, quebrando assim as
barreiras desafiadoras de levar o personagem às ruas. Logo após aderir o personagem,
o jovem começou a se envolver em movimentos sociais e políticos, lutando pela
melhoria da educação, um transporte público de qualidade e afins. Em todas essas
ocasiões ele se caracterizava do seu personagem Jesus com o intuito de levar a
sociedade a refletir sobre a paz e a importância do papel principal de cada um na
construção de uma sociedade melhor. Sua militância politica social se iniciou na
Pastoral da Juventude no meio popular – PJPM.
Em 2009, decidiu levar o personagem Jesus aos estádios com a mesma proposta
social. Por ser um protagonista polêmico, causou muitas retaliações por meio de
alguns torcedores e do público em geral. Pedro Luna encontrou em seus personagens
ícones do clube a inspiração artística e por fazer do futebol irreverente, familiar e
cultural, como Bacalhau, Super Santa e Chico Cobra. Quando Pedro Luna ousou levar
seu personagem para a cena política, já sabia dos obstáculos que iria enfrentar,
porém, mesmo assim candidatou-se. O fato de levar o seu Jesus para a campanha
política, fez com que se deparasse com o eleitorado que ele julgava ‘’ignorante’’ por
simplesmente não analisarem suas propostas para o meio social e se concentrarem
apenas no personagem em si, como ato de baderna e piada no cenário. Segundo
Pedro, foi exatamente essa confusão que quis causar na sociedade, esse desconforto
de saber que mesmo os que usam paletó e estão sempre bem arrumados, trazendo a
corrupção em alta para o nosso povo, deixando assim de focar nas propostas. Esse
envolvimento fez com que ele ficasse conhecido no mundo com entrevistas lançadas
nos Estados Unidos, Europa e aparições em programas brasileiros.
Pedro Luna acredita que nos dias atuais, o futebol tornou-se muito mais mercadológico
atendendo a necessidade das mídias do que mesmo cultural. Hoje ele trabalha como
auxiliar na escola do Santa Cruz revelando jogadores talentosos do Brasil para o
mundo, trabalha também na TV oficial do time e por fim, ainda com o intuito de seu
personagem em levar a paz e o amor ao próximo dentro e fora dos estádios.