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ESTÁGIO SETORIAL PARA

ORDENADOR DE DESPESAS

UD III - GESTÃO CONTÁBIL,


PATRIMONIAL, DE CUSTOS E
NUMERÁRIO

ASSUNTO 1: GESTÃO CONTÁBIL, PATRIMONIAL E DE CUSTOS

CADERNO DE INSTRUÇÃO

BRASÍLIA – DF
JULHO/2022

(*) Caso encontre alguma informação desatualizada, solicita-se a gentileza de entrar em contato com a D Cont: s3@dcont.eb.mil.br.
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Sumário

ASSUNTO PÁGINA

1. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................3

2. CONTABILIDADE PATRIMONIAL ..................................................................................... 4

3. CONTABILIDADE DE CUSTOS ........................................................................................ 10

4. GESTÃO CONTÁBIL .........................................................................................................19

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1. INTRODUÇÃO.

a. Apresentação
Este conteúdo foi inicialmente elaborado para o Curso de Preparação para o Comando, Chefia e
Direção de Organizações Militares e Postos Médicos de Guarnição (CPCOM), como parte do Estágio de
Ordenação de Despesasn (EsOD), sob responsabilidade da Secretaria de Economia e Finanças, que nos dias
atuais também é disponibilizado na plataforma do Portal de Educação com o nome de Estágio Setorial para
Ordenador de Despesas (ESOD).

b. Público alvo
A capacitação em questão destina-se aos futuros Cmt, Ch e Dir de Organizações Militares e Postos
Médicos de Guarnição, disponibilizada por meio do CPCOM, assim como aos demais militares que
possam vir, ou venham, a desempenhar a função de Ordenador de Despesas, por meio do ESOD.

c. Carga Horária
A presente Unidade possui carga horária de 10 (dez) horas. Considerando o conteúdo da capacitação
e as atividades a serem realizadas, sugere-se que o participante se dedique à presente capacitação, em
média, 2 (duas) horas diárias.

d. Objetivos
Preparar ou atualizar os Agentes da Administração no desempenho de suas atividades.

Sistemática

A carga horária deste treinamento é apenas um indicativo do percentual do tempo que se deve
dedicar a cada conteúdo, incluindo as Avaliações.

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2. CONTABILIDADE PATRIMONIAL

Controle Patrimonial

O RAE (EB10-R-01.003) é o principal documento que trata das questões atinentes a material, finanças,
pessoal e patrimônio, que estabelece os preceitos gerais para as atividades administrativas do Exército. Entre
as demais normas patrimoniais, destaca-se o Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público (MCASP)
e os Manuais do SIAFI (Macrofunção), ambos da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Os bens patrimoniais da União são classificados como:

Bens imóveis - os vinculados ao terreno (solo), que não podem ser retirados sem destruição ou danos;

Bens móveis - os que têm existência material e que podem ser transportados por movimento próprio
ou removidos por força alheia, sem alteração da substância ou da destinação econômico-social.

Compreendem as seguintes categorias:

Material Permanente: os que têm durabilidade prevista superior a dois anos e que, em razão de seu
uso, não perde sua identidade física, nem se incorpora a outro bem; e

Material de Consumo: o item, peça, artigo ou gênero alimentício, que se destina à aplicação,
transformação, utilização ou emprego imediato e, quando utilizado, perde suas características individuais e
isoladas.

Material de Uso Duradouro: é aquele que, apesar de normalmente ser considerado como material de
consumo necessita ser controlado como material permanente devido a sua maior durabilidade, quantidade
utilizada ou valor monetário relevante (Norma de Execução n o 4-STN, de 31 Out 97).

1) Bens Imóveis

O Exército Brasileiro (EB) administra bens que são da União e que passam à sua jurisdição por ato
formal da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), por intermédio das Superintendências do Patrimônio da
União nos Estados e no Distrito Federal (SPU/UF).

As SPU/UF fazem a entrega dos imóveis, já registrados em nome da União às Regiões Militares (RM),
por meio de Termo de Entrega e Recebimento (TER).

As RM, por sua vez, entregam os imóveis à responsabilidade das diversas Organizações Militares (OM),
lavrando também um TER (RM/OM).

Quando um mesmo imóvel vier a ser ocupado, simultaneamente, por mais de uma OM, o TER da RM
para as OM definirá os limites de cada uma delas sem que haja superposição de área de responsabilidade.
(Art. 7º e 8º da IR 50-13).

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Por ocasião da substituição do Comandante, Chefe ou Diretor, a OM deve providenciar o Termo de
Responsabilidade Administrativa (TRA) no prazo de 60 dias da assunção do comando e enviar à RM
vinculada.

Os documentos básicos dos imóveis são: o Título de Transmissão (TT), o Título de Propriedade (TP) e o
Termo de Entrega e Recebimento (TER) e são indispensáveis para o conhecimento dos limites do imóvel e de
suas confrontações, bem como à proteção do bem contra esbulhos.

São documentos complementares os que contenham dados necessários à defesa da posse ou domínio do
imóvel e ao acompanhamento de sua administração: o TER RM/OM, o TRA, a Ficha Cadastral de Próprio
Nacional Residencial (FCPNR), o Registro Histórico do Imóvel (RHI), a Ficha Patrimonial (Fi Patr), planta
do imóvel e o Termo de exame, recebimento e entrega de obras TEREO.

Os bens imóveis sob a gestão do Exército devem estar registrados no SIAFI da RM ou, conforme o
caso, outra OM com essa atribuição, evidenciados na conta contábil 1.2.3.2.1.01.xx – IMÓVEIS DE USO
ESPECIAL, sendo “xx” o item que enquadra a destinação do imóvel.

Caso a UG execute alguma obra, o registro da sua execução deverá estar contabilizado na conta contábil
1.2.3.2.1.06.01 (Obras em Andamento). Após a finalização, o saldo será transferido para a RM
correspondente.

2) Bens Móveis

a. Suprimento
Suprimento é o item de material administrado, movimentado, armazenado, processado e transportado,
necessário às OM.

O fornecimento de material, pelos OP, pode ser automático ou eventual.

O fornecimento automático é realizado por meio do planejamento, tendo por base legislação específica,
não sendo necessária a elaboração do pedido.

O fornecimento eventual é destinado a atender necessidade não prevista, emergencial ou ocasional.

O item de suprimento deverá conter especificação técnica, ser identificado no sistema corporativo de
controle patrimonial utilizado no Comando do Exército e gerido de modo a possibilitar o controle.

b. Artigo Controlado
Os seguintes suprimentos terão a distribuição e o desfazimento controlados pelo órgão gestor
responsável:

I - de alto custo;

II - altamente técnicos;
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III - periculosos;

IV - escassos no mercado interno ou externo (material crítico); e

V - que exigirem medidas especiais para a obtenção, produção, industrialização e


comercialização (material estratégico).

A classificação de um bem como controlado poderá ser temporária, razão pela qual as relações desses
materiais deverão ser mantidas atualizadas. Para que uma OM possa adquirir material classificado como
controlado, deverá solicitar autorização ao respectivo órgão gestor responsável.

c. Recebimento e Exame
Nos termos do Regulamento de Administração do Exército (RAE), todo e qualquer material
destinado à OM será entregue nos almoxarifados ou depósitos, acompanhados, conforme o caso, da nota
fiscal, guia de remessa, de transferência, de recolhimento, de fornecimento ou documento equivalente.
Cabe aos encarregados das dependências formalizar ao fiscal administrativo, de imediato, a entrega do
material.

Além disso, o RAE estabelece que o recebimento do material será formalizado pelo agente executor
que o recebeu individualmente, ou pelo presidente da comissão, exceto quando houver divergências. O
fiscal administrativo despachará os documentos de recebimento do material com o OD, para inclusão em
carga ou registro do material.

As inclusões no patrimônio de uma OM decorrem de:

I - aquisições diretas de bens móveis e imóveis;

II - recebimento de material fornecido pelos OP;

III - transferência de material de outra OM;

IV - doações; e

V - materiais fabricados, transformados, recuperados ou encontrados em excesso nas


conferências de carga.

A ordem para escrituração (contabilização) do material permanente ou do material de consumo será


exarada pelo Agente Diretor por meio dos Termos apresentados pelas comissões ou pelos agentes que
receberem o material, contendo preço unitário, quantidade e todas demais especificações que permitam a sua
identificação. Essa ordem será publicada em BI da OM e todo o material deverá ser identificado por meio de
sistema de etiquetas impressas pelo SIMATEx.

De acordo com o Art. 10, da Portaria nº 017-EME, de 8 de março de 2007, o Sistema de Controle Físico
(SISCOFIS) visa ao controle físico e ao gerenciamento de todo o material existente no Exército.
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O Sistema Integrado de Administração Financeira do Governo Federal (SIAFI), por sua vez, registra,
controla e contabiliza toda a Execução Orçamentária, Financeira e Patrimonial do Governo Federal. Por essa
razão, após a realização de todos os procedimentos previstos nas normas atuais para registro e controle do
patrimônio, o material deverá ser incluído no SISCOFIS e contabilizado na UG por meio do SIAFI
Operacional e/ou SIAFI Web, tempestivamente.

O material que der entrada na OM será recebido e examinado:

individualmente, pelo encarregado do setor de material, encarregado de depósito, encarregado do setor


de aprovisionamento ou qualquer agente executor designado pelo OD, com a supervisão do fiscal
administrativo; ou

por comissão de recebimento e exame de material (CREM) nomeada para esse fim.

A CREM será constituída por, no mínimo 3 (três) oficiais, admitindo-se, em casos excepcionais, a
critério do OD, ser composta por, no mínimo, 1 (um) oficial e 2 (dois) graduados (subtenente/sargento); ou 2
(dois) membros, na situação prevista no § 3º do art. 73 deste Regulamento.

Será nomeada comissão nos casos previstos em legislação específica ou, a critério do OD, considerando-
se o alto custo e/ou a complexidade técnica do material.

A CREM ou o agente executor encarregado do recebimento e exame terá o prazo de 8 (oito) dias úteis
para apresentar ao fiscal administrativo o Termo de Recebimento e Exame de Material (TREM) ou o recibo
passado no documento de recebimento, podendo este prazo ser prorrogado.

A CREM poderá ser designada para cada recebimento específico ou recebimentos em determinado
período, nunca superior a 90 (noventa) dias.

Se o material tiver que ser submetido a exame ou análise, os responsáveis pelo recebimento adotarão as
providências necessárias, dentro dos prazos estabelecidos em legislação específica.

Quando se tratar de material fornecido pelos OP, os agentes que procederem ao recebimento e exame do
material adotarão as seguintes providências quanto às guias de remessa, transferência ou de fornecimento
quitadas:

a) uma via acompanhará o documento de recebimento, para que sejam registradas no sistema
corporativo de controle patrimonial utilizado no Comando do Exército, de acordo com o estabelecido em
legislação específica;

b) uma via será remetida ao OP que forneceu o material; e

c) serão feitas referências às alterações detalhadas nos TREM, para que sejam registradas no sistema
corporativo de controle patrimonial utilizado no Comando do Exército, de acordo com clegislação específica;
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d. distribuição de Bens Móveis às Frações da Unidade

Os setores de material (almoxarifados) e depósitos da OM farão entregas dos suprimentos necessários às


frações e dependências internas, mediante ordem de distribuição publicada em boletim administrativo da OM
ou, em casos excepcionais, ordem verbal do comandante.

Os materiais que estiverem em depósito há mais tempo terão, obrigatoriamente, a preferência nas
distribuições, conforme legislação específica.

e. Baixa de Bens Móveis

A baixa do material (descarga) é ordenada pelo OD, em face dos termos das comissões, pareceres do
fiscal administrativo, relatórios de sindicâncias, termos circunstanciados administrativos, inquéritos ou
tomadas de contas.

São motivos gerais para descarga de material:

- inservibilidade para o fim a que se destina, não sendo suscetível de reparação, recuperação ou
transformação;

- perda ou extravio;

- furto, roubo, peculato, apropriação indébita ou demais delitos contra o patrimônio; e

- outros motivos justificados.

A descarga dos bens classificados como controlados ficará sujeita à autorização dos escalões superiores,
segundo legislação específica. A homologação da descarga de material controlado será procedida pelo órgão
gestor responsável, mediante solicitação da RM, Grupamento de Engenharia (Gpt E) ou Grupamento
Logístico (Gpt Log) de vinculação da OM detentora, de acordo com legislação específica.

f. Recolhimento de Bens Móveis

Os materiais recolhidos ao almoxarifado ou aos depósitos da OM serão recebidos pelo encarregado do


setor de material ou de depósito, devendo a quitação ser realizada no documento de recolhimento e o ato
registrado no sistema corporativo de controle patrimonial utilizado no Comando do Exército.

g. Alienação de Bens Móveis

As OM poderão alienar, mediante licitação ou de acordo com legislação específica, a matéria-prima que
não tenha previsão de ser utilizada, bem como os resíduos de oficina.

As importâncias resultantes das alienações previstas no art. 88 deste Regulamento tomarão os destinos
previstos em legislação específica.
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Convergência Contábil

O somatório dos valores dos bens registrados no SIAFI deverá ser o mesmo do SISCOFIS, evidenciados
por meio do Relatório de Movimentação de Almoxarifado (RMA), do Relatório de Movimentação de Bens
(RMB) e do Relatório Sintético de Depreciação Acumulada (RSDA).

Os motivos para a ausência dessa convergência deverão constar no Relatório de Prestação de Contas
Mensal (RPCM), bem como uma solução para cada caso divergente.

A UG poderá acompanhar a convergência contábil por meio do Sistema de Acompanhamento da Gestão


(SAG).Considerando que a Diretoria de Contabilidade (D Cont) trabalha com as informações contábeis do
SISCOFIS Web, torna-se imperioso que a UG observe o calendário de remessa dos estoques físico e contábil,
estabelecido pelo COLOG.

a. Relatório de Movimentação de Almoxarifado (RMA)

Relatório destinado a demonstrar a movimentação do material de consumo pertencente ao "Estoque


Interno Almoxarifado" e ao "Estoque de Distribuição", bem como do material permanente pertencente ao
título "Bens Móveis em Almoxarifado".

b. Relatório de Movimentação de Bens Móveis (RMB)

Relatório destinado a demonstrar a movimentação do material permanente em uso, classificado no


imobilizado da UG.

Planejamento dos estoques

A gestão dos estoques tem um papel de suma importância perante a necessidade de controlar os estoques
físicos e contábeis da UG e, assim, apurar desperdícios, desvios, valores para fins de análise, bem como,
identificar as demandas futuras.

A partir das informações colhidas no RMA, no que se refere às causas possíveis de estoques excessivos,
a UG deve observar o que se segue:

- Aumento do estoque regulador;

- Gestão estratégica dos estoques;

- Material entregue diferente do empenhado;

- Aquisição de bens além do necessário; e

- Prolongada permanência no almoxarifado de material inservível e/ou a reparar.

Ainda com dados extraídos no RMA, no que tange às causas possíveis de estoques contábeis
divergentes, a UG deve estar atenta a possíveis desvios de material e o desconhecimento do funcionamento do
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SIAFI e da legislação.

Acompanhamento

O Aux de Gestão Patrimonial deve acompanhar a Movimentação Contábil Patrimonial para que o seu
registro represente a real situação dos bens sob a responsabilidade do Ordenador de Despesas.

Especial atenção deve ser dada aos Bens em Trânsito, que deverão permanecer nesta situação por um
período de até 30 dias. Caso ultrapasse esse prazo, o Ordenador de Despesas deverá realizar gestões junto à
UG de origem e/ou destino fins regularizar os casos, bem como fazer constar a motivação no RPCM.

Em relação ao material em trânsito, a depender da sua origem, do modal utilizado, do local de destino
e/ou outras circunstâncias, o prazo supramencionado poderá ser estendido para até 120 dias. Nesse caso, a
situação será considerada como atípica, impropriedade ou irregularidade.

3. CONTABILIDADE DE CUSTOS

Introdução

A contabilidade como ciência evolui com o passar do tempo na medida em que paradigmas são
quebrados, novos desafios são impostos e perspectivas são alcançadas. Grandes são as mudanças no Setor
Público quando tratamos da Contabilidade Pública, em especial à Gestão de Custos com foco na qualidade
do gasto público.

O constante aperfeiçoamento da gestão de custos está sempre em voga na Diretoria de Contabilidade -


D Cont. O foco no cliente e na utilização dessas informações para a tomada de decisão nos move no sentido
da racionalização administrativa, do controle e da otimização dos gastos e da qualidade da informação.

Nesse sentido, cumprindo a Diretriz Especial de Gestão Orçamentária e Financeira de 2020 do


Comandante do Exército que determina propor medidas visando à melhoria contínua da governança e da
gestão dos processos relacionados às áreas orçamentária, contábil, financeira, de custos e patrimonial, com o
intuito de buscar maior eficiência, economicidade e efetividade no emprego dos recursos disponíveis e,
ainda, orientação do Secretário de Economia e Finanças, a D Cont, após estudo técnico, decidiu mudar o
modus operandi do acompanhamento das informações de custos do Comando do Exército, deixando de
utilizar o SISCUSTOS, passando a buscar informações e gerar relatórios gerenciais por meio do Tesouro
Gerencial com dados do Sistema de Informação de Custos do Governo Federal – SIC.

O SIC é uma ferramenta de TI que tem a capacidade de integrar diversos sistemas do Governo Federal
em uma única base de dados, armazenando e reunindo informações de custos que permitem apoio à tomada
de decisão.
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FONTE: COINC/STN

Nessa perspectiva de utilizarmos somente o SIC para a Gestão de Custos da Força, algumas mudanças
foram necessárias para atingirmos esse objetivo. Para levantarmos o custo com pessoal, alterações no
SiCaPEx foram realizadas para registro e apontamento do centro de custos de cada militar e, ainda,
mudanças das consultas nos sistemas de pagamentos, SIAPPES e SIPPES, para envio desses dados ao
SIAFI. Para o custo de material,

Evoluções no SISCOFIS foram executadas a fim de apurarmos a depreciação do material permanente


e a baixa do material de consumo, sendo gerados novos relatórios por centro de custos para registros no
SIAFI. Ainda, em relação ao custo dos serviços, foram cadastrados novos centros de custos no SIAFI.

Desse modo, com a implantação do SIC no âmbito do Exército, a Diretoria de Contabilidade, Setorial
de Custos do Comando do Exército, tem a finalidade de aperfeiçoar a Gestão de Custos da Força,
potencializar a vertente gerencial da contabilidade de Custos, melhor subsidiar os processos decisórios em
todos os níveis, bem como aumentar a transparência governamental e accountability.

Principais Objetivos da Gestão de Custos

- Identificar o custo das Organizações Militares do Comando do Exército, como também, de seus Programas
Estratégicos.

- Proporcionar aos dirigentes, nos seus respectivos níveis, as informações gerenciais referentes aos custos
apropriados por OM (pessoal, material e serviços) e programas estratégicos afetos ao Comando do Exército.

- Realizar o acompanhamento gerencial das OM.

- Disponibilizar informações, em tempo hábil, para auxiliar nos processos decisórios.

- Permitir ajustes no planejamento, para uma gestão eficiente, eficaz e efetiva dos recursos disponibilizados
ao Comando do Exército.
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Terminologia

A seguir serão apresentadas algumas definições relevantes para a melhor compreensão do assunto,
seguindo termos definidos pela doutrina e pela NBCT 16.11:

Gasto – Compra de um produto ou serviço que geram um sacrifício financeiro para a organização
(desembolso). É o dispêndio de um ativo ou criação de um passivo para a obtenção de um produto ou serviço.

Despesa Pública – Conjunto de dispêndios do Estado ou de outra pessoa do direito público, destinado ao
funcionamento dos serviços públicos.

Custo - É todo gasto, com bens ou serviços, utilizados na elaboração de outro produto ou na execução de um
serviço (consumo de recursos).

Investimento – É o gasto ativado em função da sua vida útil ou de utilização futura. São todos os bens e
direitos adquiridos e registrados no ativo.

Perda – São bens ou serviços consumidos de forma anormal ou involuntária. Correspondem a reduções do
patrimônio que não estão associadas a qualquer geração de produtos ou serviços.

Custo Direto – São os custos que se podem identificar ou associar diretamente com o produto, o objeto do
custo ou com o processo de trabalho.

Custo Indireto – São os custos que não são identificados diretamente com o produto ou com o objeto do
custo, ainda que sejam essenciais para a sua produção. Depende, portanto, de critérios de rateio (entre produtos,
processos ou outros objetos de custo).

Objeto de Custo: É a unidade que se deseja mensurar e avaliar os custos. Representa a razão pela qual as
atividades se realizam.

Centro de Custos (CC) - É o menor nível de alocação de recursos humanos, serviços e materiais (consumo
e depreciação), representando um objeto de custeio com base nos custos finalísticos e de suporte da
Organização Militar. Também podem ser criados com base nos Programas Estratégicos de Defesa ou nas
necessidades dos diferentes órgãos do Exército.

AUTOR: Subseção de Custos/Seção de Contabilidade/D Cont


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Objeto de Custos e Centros de Custos

Com objetivo de adaptar os conceitos de Objeto de Custos e Centro de Custos às peculiaridades da


Gestão de Custos no âmbito do Exército, faremos uma breve revisão de tais conceitos.

Os objetos de custos qualificam o que será medido e a forma como será acumulada, estruturada e
gerada a informação de custos conforme as necessidades de gestão do Comando do Exército. Assim, com a
utilização do SIC, os nossos objetos de custos serão a Organização Militar e os Programas Estratégicos de
grande relevância para a Força Terrestre.

Os centros de custos são as unidades mínimas de acumulação de recursos. Inicialmente o Exército


decidiu que a melhor estratégia para a gestão de custo será apurar os custos pessoal, material e serviços de
forma agregada, à nível da OM, nas suas áreas finalísticas e de suporte. Em casos de grande relevância,
poderão ser criados centros de custos específicos para os Programas Estratégicos de Defesa do Exército
Brasileiro. Dessa maneira, para facilitar o entendimento, eles estão divididos em 03(três) áreas de
abrangência:

a. Centros de Custos Finalísticos - São aqueles que dizem respeito aos setores finalísticos de cada
Organização Militar, levando-se em conta a missão institucional da unidade;

b. Centros de Custos de Suporte - São aqueles que dizem respeito aos setores que prestam apoio às áreas
fins de cada Organização Militar, sempre respeitando a missão institucional da unidade; e

c. Centros de Custos Específicos - São aqueles que visam medir os custos de Programas Estratégicos
de Defesa e outros de grande relevância para a Força Terrestre.

ORGANIZAÇÃO MILITAR - OM
(Objeto de Custos)

Centros de Custos Finalísticos Centros de Custos de Suporte Centros de Custos Específicos


FXXXXXXP SXXXXXXP E1A1A1AP
FXXXXXXM SXXXXXXM E1A1A1AM
FXXXXXXS SXXXXXXS E1A1A1AS

* F= finalístico / S= suporte / E= específico.


** XXXXXX o CODOM da unidade acumuladora de custos.
*** P= pessoal / M= material / S= serviço.
**** 1A1A1A campo alfanumérico para identificar o Programa Estratégico
AUTOR: Subseção de Custos/Seção de Contabilidade/D Cont
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Cabe aqui orientar que, visualizando a missão institucional de cada Organização Militar, Centro de
Custos Finalístico é aquele identificado pela área fim da OM. Então, por exemplo, para direcionar os custos
de pessoal, material e serviços da unidade, deve-se levar em conta os processos mapeados pela OM, de
modo que os processos finalísticos receberão os custos da área fim. Por conseguinte Centro de Custos de
Suporte é aquele identificado pela área de apoio da OM. Então, por exemplo, para direcionar os custos de
pessoal, material e serviços da unidade, devem-se levar em conta os processos mapeados pela OM, sendo que
os processos de apoio receberão os custos da área de suporte.

Planejamento Geral

A Diretoria de Contabilidade, Setorial de Custos do Comando do Exército, será responsável por


planejar, coordenar e orientar as ações referentes à gestão de custos. Segundo a Portaria STN nº 716/2011, a
setorial de custos de órgão tem como competência apurar os custos dos projetos e atividades de forma a
evidenciar os resultados da gestão; prestar apoio, assistência e orientação na elaboração de relatórios
gerenciais do SIC das unidades administrativas e entidades subordinadas; elaborar relatórios de custos
oriundos do SIC, a fim de subsidiar a tomada de decisão pelo órgão.

Nesse contexto, todas as OM serão estruturas de acumulação de custos. Dessa forma deverão estar
inseridas nessas ações de maneira a gerar e facilitar que sejam geradas as informações de custos conforme
previsto nas orientações deste caderno utilizando os sistemas SIAFI, SCDP, SISCOFIS, SiCaPEx e
SIAPPES/SIPPES.

Em relação aos registros contábeis dos custos de serviços no SIAFI WEB e SCDP, o processo
realizado pela UG permanecerá quase inalterado, a mudança consiste na indicação do centro de custo, que
antes representava as atividades e a partir de JAN 21 representará as áreas finalísticas e de suporte da OM.
Assim os dados de custeio relativos aos serviços serão apropriados no SIAFI, quando da liquidação das
faturas, na aba “centro de custos”, indicando o código de centro de custos conforme anexo. Cabe ressaltar
que esses lançamentos no SIAFI caberão à unidade que tem autonomia administrativa e que estas deverão
executar os lançamentos de suas unidades administrativamente vinculadas, seguindo o centro de custos de
cada OM (Finalístico ou Suporte).

Os dados de custos relativos aos materiais serão considerados em duas situações distintas utilizando o
Sistema de Controle Físico (SISCOFIS). O material de consumo será custo no momento da saída do
almoxarifado por meio do pedido de material com a indicação do centro de custos. Já o material
permanente será considerado custo somente o valor da depreciação mensal de cada item, após sair do
almoxarifado e colocado em uso, também indicando o centro de custos. Para esse controle, e posterior
lançamento no SIAFI da baixa de estoque e da depreciação, será gerado no SICOFIS um relatório com essas
informações para que a unidade possa realizar os devidos registros.

O custo com pessoal militar (ativa e PTTC) será considerado a partir dos dados de pagamento de
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pessoal processados, mensalmente, pelo Centro de Pagamento do Exército (CPEx) por meio do
SIAPPES/SIPPES . Para que possamos direcionar a força de trabalho da OM, todas as unidades terão a
responsabilidade de definir no SiCaPEx em que centro de custos cada militar está desempenhando suas
funções, considerando as áreas finalística ou de Suporte.

AUTOR: Subseção de Custos/Seção de Contabilidade/D Cont

Por meio do SIC (Tesouro Gerencial), do Sistema de Acompanhamento da Gestão – SAG e do Power
BI da DGO/D Cont, as OM poderão emitir relatórios gerenciais para subsidiar seus processos decisórios.

Diante desse contexto, é necessário destacar que o Fiscal Administrativo das unidades continua sendo
o Gestor de Custos com a competência de coordenar e orientar aos agentes da administração envolvidos nos
processos citados acima, sobremaneira quanto à definição dos processos finalísticos ou de suporte. Caberá,
então, reunir-se com os chefes da Seção de Pessoal, do Setor de Finanças, do Setor de Material e com a
própria Fiscalização, a definição das áreas finalísticas e de suporte da OM para que todos tenham o mesmo
entendimento das suas áreas conforme os processos da unidade.

Relatórios Gerenciais

Os relatórios gerenciais de custos poderão ser obtidos pelas unidades por meio do Módulo de Custos
do SIGA (dados até dezembro de 2020), pelo Sistema de Informações de Custos do Governo Federal – SIC
disponibilizados por meio Tesouro Gerencial – TG e, ainda, pelo Sistema de Acompanhamento da Gestão -
SAG. Também há a possibilidade de visualizar informações de custos do Comando do Exército por meio do
Portal de Custos do Governo Federal – Tesouro Transparente.

O Módulo de Custos do SIGA continuará disponível aos usuários para as consultas dos diversos
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relatórios gerenciais disponíveis no sistema. Essas informações, dados até 31 DEZ 20, serão mantidas no
Banco de Dados do SIGA para consultas de custos das OM que se fizeram necessárias para o apoio à tomada
de decisão dos gestores.

A partir de 2021, os relatórios gerenciais de custos das OM serão gerados por meio do SAG e do
Tesouro Gerencial/SIC, lembrando que para ter acesso a essa informação o usuário deverá ter cadastrado no
SIAFI com o perfil “TESCUSTOS”.

A D Cont disponibiliza alguns relatórios de custos pré-definidos no TG, no seguinte caminho “Tesouro
Gerencial>Relatórios Compartilhados>SIC-Sistema de Informações de Custos> Setorial de Custos> 52121-
Comando do Exército, como por exemplo, um relatório de custos de Energia, Água e Telefonia por OM:

Também pelo SAG há a possibilidade de algumas consultas de custos, na Aba SIAFI/Gestão – “Custo
por CC”, o acompanhamento dos custos durante o exercício financeiro:

Ainda, na página da D Cont (intranet.dcont.eb.mil.br) foi disponibilizado acesso as informações de


custos de todas as organizações militares por meio de um PowerBI e, como exemplo, o custo do Exército
Brasileiro em 2021:
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Outra forma de consulta das informações de custos, a nível Comando do Exército, será por meio do
Tesouro Transparente – Portal de Custos do Governo Federal. Segue exemplo dos custos do Comando do
Exército em 2021 (sem valores de pagamento pessoal militar):

Orientações aos Agentes da Administração – Contabilidade de Custos


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(1) Utilizar o Sistema de Informações de Custos do Governo Federal – SIC como instrumento de apoio
à tomada da decisão conforme determinação da Diretriz 2021-22 do Secretário de Economia e Finanças;

(2) Estimular a capacitação dos Agentes da Administração envolvidos nos sistemas (SiCaPEx,
SISCOFIS, SIAFI, SCDP) que geram dados de custeio para a Gestão de Custos da OM;

(3) Realizar a Reunião de Prestação de Contas Mensal – RPCM com todos os Agentes da
Administração (Fisc Adm, Enc Setor de Pessoal, Enc Setor de Finanças e Enc Setor de Material) da OM
para verificar as informações relacionadas às atividades de custos da unidade, inclusive das unidades
beneficiadas (se houver). Atenção aos dados inseridos diretamente no SiCaPEx para cadastro de pessoal; no
SISCOFIS para controle e registro do material permanente e de consumo; no SIAFI para registro e
apropriação dos serviços, do consumo de material e depreciação do material permanente, conforme prevê a
Portaria Nº 40 – SEF, de 02 MAIO 19.

Conclusão

A Contabilidade de Custos no Comando do Exército compreende não somente o cumprimento de


dispositivos legais, mas também um importante instrumento de gestão capaz de indicar o nível de
desempenho da Instituição com relação aos produtos e aos serviços gerados, às atividades desenvolvidas e
aos processos finalísticos e de suporte executados para o atendimento às suas inúmeras demandas.

A introdução do Sistema de Informações de Custos do Governo Federal - SIC no âmbito do Exército


representa uma inovação, pois consolida uma cultura corporativa baseada na eficiência de suas ações,
medida em termos de resultados e de indicadores de desempenho, servindo também como importante
subsídio para a tomada de decisão e de planejamento de seus processos, bem como para a aferição do
desempenho de suas diversas organizações militares.

Assim, com a Gestão de Custos da Força Terrestre sendo medida por meio do SIC, busca-se maior
efetividade e melhoria na execução dos procedimentos de custos na medida em que racionaliza processos e
recursos com vistas na melhoria do gasto público, na transparência dos recursos disponibilizados ao
Exército Brasileiro e, consequntemente, no controle social.
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4. GESTÃO CONTÁBIL

Demonstrações Contábeis

O objetivo das demonstrações contábeis é divulgar aos usuários os ativos (bens e Direitos) e passivos
(obrigações), as receitas (arrecadação) e despesas (empenhos) orçamentárias, bem como as variações
patrimoniais aumentativas e diminutivas (aumento e redução do patrimônio) de determinada entidade,
durante o exercício financeiro ou determinado período.

Os agentes da administração da unidade gestora são os responsáveis pela execução orçamentária,


financeira e patrimonial, bem como pela geração de registros contábeis no SIAFI (item 3.4.2, da Macro
Função 020315).

A Macro Função 020315 que trata da conformidade contábil, informa no item 3.4.1 que a
responsabilidade pelas demonstrações contábeis e notas explicativas é da administração da unidade gestora,
ou seja, o que o agente registra no SIAFI será consolidado nas demonstrações contábeis da Força Terrestre,
tendo que ser esclarecido à sociedade e aos órgão de fiscalização, por meio das notas explicativas,
elaboradas pela D Cont, que poderá solicitar informações à UG que originou o registro contábil.

Para garantir a integridade e fidedignidade das demonstrações contábeis, a Secretaria do Tesouro


Nacional criou a conformidade contábil, cujo objetivo é garantir que essas informações apresentadas, em
seus aspectos relevantes, sejam verdadeiras e confiáveis.

O conceito de fidedignidade está descrito no Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público, 9ª


Edição, página 29, item 6.2.2, replicado abaixo:

“para ser útil como informação contábil, a informação deve corresponder à representação
fidedigna dos fenômenos econômicos e outros que se pretenda representar. A representação fidedigna
é alcançada quando a representação do fenômeno é completa, neutra e livre de erro material. A
informação que representa fielmente um fenômeno econômico ou outro fenômeno retrata a substância
da transação, a qual pode não corresponder, necessariamente, à sua forma jurídica.”

Conformidade Contábil

A Macro Função SIAFI 020315 trata da conformidade contábil na Administração Federal, sendo,
obrigatoriamente, adotado pelo Exército Brasileiro.

A Conformidade Contábil dos atos e fatos da gestão orçamentária, financeira e patrimonial consiste na
certificação de que as demonstrações contábeis geradas pelo Sistema Integrado de Administração Financeira
do Governo Federal (SIAFI) estão de acordo com a Lei nº 4.320/1964, com o Manual de Contabilidade
Aplicada ao Setor Público (MCASP) e com o Manual SIAFI.

A Conformidade Contábil terá como instrumentos adicionais que subsidiam o processo de análise as
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Normas Brasileiras de Contabilidade Técnicas do Setor Público (NBC TSP), o Plano de Contas Aplicado ao
Setor Público - PCASP, a tabela de eventos, a Conformidade dos Registros de Gestão e outras ferramentas
que subsidiem o processo de análise realizada pelo responsável de seu registro.

O registro da Conformidade Contábil compete a profissional em contabilidade devidamente registrado no


Conselho Regional de Contabilidade - CRC, em dia com suas obrigações profissionais, credenciado no SIAFI
para este fim – pertencem ao CGCFEx.

A decisão de aplicação ou não uma determinada restrição contábil será do contador responsável pelas
demonstrações contábeis e será baseada em seu julgamento profissional.

O julgamento profissional será pautado nos conceitos de relevância, materialidade, inconsistências,


conhecimentos sobre a atividade fim e as principais operações da entidade objeto da conformidade; aderência
às normas específicas que regem essas operações; aderência às normas contábeis e outras legislações.

As UG que receberam Restrição Contábil na Conformidade Contábil comprometem a qualidade das


informações contábeis em nível de Administração Pública Federal, pois as informações contábeis das UG são
consolidadas, formando o BGU (Balanço Geral da União).

De acordo com o Art. 6º combinado com o Art 8º, Inc. V do Dec nº 6.976, de 7 Out 09, compete aos
Órgãos Setoriais do Sistema de Contabilidade Federal “realizar a conformidade contábil dos atos e fatos da
gestão orçamentária, financeira e patrimonial praticados pelos OD e responsáveis por bens públicos, à vista
dos princípios e normas contábeis aplicadas ao setor público, da tabela de eventos, do plano de contas
aplicado ao setor público e da conformidade dos registros de gestão da unidade gestora”.

Para o ordenador de despesa saber se sua gestão recebeu ou não restrição na conformidade contábil deverá
consultar ou solicitar as informações da transação CONCONFCON do SIAFI.
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Para saber o motivo que ensejou a restrição na conformidade contábil, utilize a tecla F2 para detalhar a
restrição.

O OD deverá orientar os seus agentes da administração para consultar diariamente o SIAFI - Transação
CONDESAUD para regularizar imediatamente. Caso não consiga regularizar, solicite orientação ao CGCFEx
de vinculação.

Conformidade dos Registros de Gestão

De acordo com a macro função 020314, que trata da conformidade dos registros de gestão, a finalidade
dessa conformidade, descrita no item 2.2, é verificar:

“Se os registros dos atos e fatos de execução orçamentária, financeira e patrimonial efetuados pela
Unidade Gestora Executora foram realizados em observância às normas vigentes;e

A existência de documentação que suporte as operações registradas.”

Em consequência dessa conferência, pode apresentar o resultado, cujo registro no SIAFI será:

- SEM RESTRIÇÃO - quando a documentação comprovar de forma fidedigna os atos de gestão realizados;
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- COM RESTRIÇÃO - nas seguintes situações:

 quando a documentação não comprovar de forma fidedigna os atos e fatos de gestão realizados;

 quando da inexistência da documentação que dê suporte aos registros efetuados;

 quando o registro não espelhar os atos e fatos de gestão realizados, e não for corrigida pelo
responsável; e

 quando ocorrerem registros não autorizados pelos responsáveis por atos e fatos de gestão.

É importante ressaltar a distinção entre os atos e fatos que causam irregularidade administrativa com
prejuízos à Fazenda Nacional, mais gravosos, que requerem atenção e urgência na regularização ou tomada
de medidas previstas na Portaria nº 8, de 23/12/2003, do Secretário de Economia e Finanças (SEF), daqueles
atos e fatos que causam impropriedades administrativas relacionadas a erros formais e materiais nos
registros e documentos.

O OD não deverá permitir ausência na conformidade de registro de gestão, pois caracteriza que a
documentação não foi analisada, portanto, pode não ter observado as normas, fragilizando a gestão. Além
disso, o conformador capacitado e atuante garante confiabilidade às demonstrações contábeis.

Sugere-se que o OD solicite ao final do mês o extrato da conformidade de registro de gestão para saber
os erros apontados pelo conformador, bem como, o motivo das ausências de conformidade, que em última
análise não pode ocorrer.

Para que o conformador de registro de gestão realize suas atividades com efetividade, o OD deve
apoiá-lo em todos os sentidos, iniciando com a capacitação do designado, preferencialmente, antes de
assumir a função. O OD também deve orientar os agentes da administração para proceder a correção
imediata dos erros apontados pelo conformador.

Vale reforçar que o conformador preparado para exercer a função preserva a gestão da UG, pois ele é
capaz de identificar falhas nos processos de execução orçamentária, financeira, patrimonial, de custo e
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contábil, permitindo a correção tempestiva da falha, de modo a não comprometer as demonstrações da Força
Terrestre.

Sugere-se que o OD observe a orientação da SEF descrita abaixo:

Transação CONDESAUD

É um facilitador para os usuários do SIAFI, que não tem conhecimento de contabilidade do setor
publico, sendo processos automáticos (elaborados por contadores) que permitem consultar inconsistências
geradas após (dia seguinte) os registros das transações.

Por meio dela, há identificação de situações críticas, erros frequentes e a verificação de consistências
diversas são automatizadas, com ganho na tempestividade e qualidade das observações a serem realizadas.

A transação CONDESAUD tem como finalidade permitir a consulta das Inconsistências Contábeis
geradas de forma automática, através do SIAFI WEB, referente aos registros contábeis ocorridos, com base
nas Equações Contábeis disponíveis no Sistema, demonstrando-a por UG e Código de Equação, podendo,
caso a equação assim o permita, consultar o documento que ocasionou a inconsistência.

Assim, a transação CONDESAUD aponta as inconsistências geradas pelos lançamentos incorretos no


sistema (também pode ser por falha do sistema, o qual é corrigido pela STN), permitindo ao Agente da
Administração efetuar os acertos cabíveis tempestivamente, mantendo a fidedignidade das informações e,
em última analise, confiabilidade das demonstrações contábeis.

O OD deve solicitar, semanalmente, o extrato da tela da transação CONDESAUD, figura abaixo, no SIAFI
WEB (Nesta tela, são listadas as eventuais Equações da UG) e definir procedimentos internos com o objetivo
de sanar, ao final de cada mês, as inconsistências contábeis verificadas em sua UG, fins manter em zero, o
números de ocorrências contábeis, registradas no Balanço Geral da União (BGU).
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Para consultar as inconsistências de sua UG informe o código de sua UG (160XXX ou 167XXX).

A falta de regularização das equações da transação CONDESAUD dentro do mês em que surgiu
poderá ser apontada na Conformidade Contábil da UG e do Órgão com restrição. O julgamento será
realizado pelo contador, que levará em conta a materialidade, a legalidade, a relevância, além de outros
critérios julgados importantes.

Sempre que houver dificuldade em regularizar as inconsistências apontadas pela Transação


CONDESAUD, o CGCFEx de vinculação da UG deverá ser acionada para orientar a regularização.

O contato estreito com o CGCFEx de vinculação, assegurará confiabilidade das demonstrações


contábeis da UG.

Suprimentos de Fundos

É uma ferramenta à disposição dos gestores para atender necessidades que exijam uma ação rápida e
flexível de forma a atender os princípios do interesse público e da eficiência, e consiste na entrega de
numerário a servidor, sempre precedida de empenho na dotação própria para o fim de realizar despesas, que
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não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação.

A aplicação de suprimento de fundos estão expressamente definidos no art. 45 do Decreto nº 93.872,


de 23 de dezembro de 1986, a saber:

“Art. 45. Excepcionalmente, a critério do ordenador de despesa e sob sua inteira responsabilidade,
poderá ser concedido suprimento de fundos a servidor, sempre precedido do empenho na dotação própria às
despesas a realizar, e que não possam subordinar-se ao processo normal de aplicação, nos seguintes casos:

I - para atender despesas eventuais, inclusive em viagens e com serviços especiais, que exijam pronto
pagamento;

II - quando a despesa deva ser feita em caráter sigiloso, conforme se classificar em regulamento; e

III - para atender despesas de pequeno vulto, assim entendidas aquelas cujo valor, em cada caso, não
ultrapassar limite estabelecido em Portaria do Ministro da Fazenda.”

A Portaria GM/MD nº 5.168, de 15 DEZ 21, prevê em seu art. 3º que “o suprimento de fundos, sempre
precedido de empenho, será utilizado para o pagamento dos seguintes tipos de despesas”, ou seja, ao utilizar
o verbo será no modo indicativo, define que o Suprimento de Fundos deve ser utilizado nos seguintes casos:

I - eventuais, inclusive em viagem e com serviços especiais que exijam pronto pagamento em espécie;

II - de pequeno vulto, nos termos do art. 4º, § 2º;

III - relativas a peculiaridades militares e serviços de inteligência, podendo ser enquadrados inclusive:

a) manutenção de aditâncias e representação no exterior;

b) manobras militares;

c) manutenção de organizações militares que não disponham de estrutura de gestão de execução


orçamentária e financeira;

d) apoio na realização de congressos e reuniões militares com a participação de delegações


estrangeiras ou externas à estrutura do Ministério da Defesa, excluídas as despesas relativas a hospedagem e
alimentação dos delegados brasileiros, quando forem cobertas por diárias ou custeadas pela União, sob
quaisquer formas;

e) transporte de pessoal e bagagem de militares, na situação prevista no art. 53 do Decreto nº 4.307, de


18 de julho de 2002;

f) apoio a missões no exterior, inclusive de natureza desportiva;

g) outras situações especiais que, comprovadamente, exijam pronto pagamento em espécie;

IV - atividades relativas à segurança da sociedade e do Estado, e que tenham como precondição o


sigilo, em conformidade com o disposto na Portaria GM-MD nº 1.079, de 2 de março de 2021;
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V - relativas a hospedagem, alimentação e locomoção do Ministro de Estado da Defesa e dos
Comandantes das Forças Armadas, assim como dos integrantes das respectivas comitivas oficiais, quando
essas despesas não forem cobertas por diárias ou não forem custeadas pela União, sob quaisquer formas.

Para um melhor entendimento dos casos de aplicação, cumpre destacar as seguintes despesas:

a. eventuais: visam custear despesas não previstas fora da sede da OM, como nas operações em
campanha e de GLO. Por exemplo: refeição para tropa em deslocamento, conserto de pneu de viatura,
conserto de materiais utilizados no apoio logístico.

b. pequeno vulto: para custear despesas na sede, condicionadas a inexistência temporária ou eventual,
no almoxarifado, no depósito ou na farmácia, do material ou medicamento; impossibilidade, inconveniência
ou inadequação econômica de estocagem do material. Por exemplo: aquisição de determinado material de
manutenção de instalações da OM que necessita de reparo imediato e sua aquisição para estoque seria
antieconômico.

Limites de Suprimento de Fundos:

Os limites estão atrelados à Lei nº 8.666/93, ainda em vigor, não sendo possível vinculá-los aos limites
de dispensa previstos na Lei nº 14.133, de 2021, enquanto a Portaria nº 95-MF, de 2002, ainda estiver em
vigor.

CARTÃO DE PAGAMENTO DO
OBJETO CONTA B
GOVERNO FEDERAL (CPGV)

Compras e serviços 17.600,00 8.800,00

Obras e Serviços de Engenharia 33.000,00 16.500,00

Despesas pequeno vulto Compras e serviços 1.760,00 440,00

Despesas pequeno vulto Obras e serviços de 3.300,00 825,00


engenharia

Transparência

A transparência pública é a obrigação imposta ao administrador público em promover a prestação de


contas para a população, tendo em vista que o governo deve regularmente divulgar o que faz, como faz, por
que faz, o quanto gasta e apresentar o planejamento para ofuturo.

Controle Social é o nome dado ao exercício da fiscalização das ações do Estado pelas pessoas e
entidades que compõem a sociedade.

O principal objetivo dos portais de transparência é servir como uma ferramenta para que o cidadão
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possa ter acesso à informação, questionar e atuar como fiscal da aplicação de recursos públicos.

O controle social das ações dos governantes e funcionários públicos é importante para assegurar que os
recursos públicos sejam bem empregados em benefício da coletividade. Apenas com a participação ativa da
sociedade é possível fazer o acompanhamento e verificação das ações da gestão pública na execução das
políticas públicas e avaliar o cumprimento dos objetivos propostos, processos e resultados esperados.

Logo, Ordenador de Despesa, a sua gestão impacta na prestação de contas da Força Terrestre e
do Presidente da República.

Portanto, a busca permanente pela correção das informações contribuirá para a boa imagem da Força
Terrestre. Portanto, os seus agentes da administração devem seguir fielmente as normas regulatórias para
que as demonstrações contábeis sejam confiáveis e possam ser apresentadas à sociedade e aos órgãos de
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fiscalização (essa é uma guerra permamente, onde o acerto não traz gloria e elogios, mas preserva o seu
CPF).

Cabe à Diretoria de Contabilidade, auxiliada pelos Centros de Gestão, Contabilidade e Finanças do


Exército, buscar a excelência dos registros dos atos e fatos contábeis no SIAFI, realizadas pelas UG do
Cmdo Ex, do FEx, da IMBEL e da FundaçãoOsório.

Boa sorte!!!!

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