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CENTRO UNIVERSITÁRIO ARMANDO ALVARES PENTEADO

FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO


CURSO DE ARTES VISUAIS

ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS ACADÊMICOS

Orientações para a elaboração de


trabalhos acadêmicos vinculados
aos Cursos de Artes Visuais –
Bacharelado e Artes Visuais –
Licenciatura.

São Paulo
2022

1
ORIENTAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DE TRABALHOS
ACADÊMICOS1

ESTRUTURA DO TRABALHO

A estrutura do trabalho tem a finalidade de organizar e apresentar a produção


que foi realizada, no âmbito da pesquisa, na metodologia empregada, na elaboração
do material pesquisado e na decorrente produção do texto.
Outro aspecto importante da estrutura do trabalho é possibilitar que o leitor
entenda a lógica que foi seguida pelo autor, assim como fornecer elementos para
que o leitor, interessado em seu tema, consiga acessar as fontes de pesquisa que
utilizou.
Considerando que o trabalho envolva o uso de imagens e gráficos, é
importante que estas estejam devidamente legendadas e em diálogo com o texto
produzido.
Partindo do pressuposto que pesquisar e escrever é um trabalho de criação,
é importante investir na produção de um texto autoral. As referências teóricas são
usadas para fundamentar a pesquisa e dialogar com as ideias do autor, portanto
deve-se ter autonomia no desenvolvimento do tema e na construção do trabalho.
A estrutura é composta por três partes, pré-texto, texto e pós-texto, que serão
devidamente apresentadas, e, em seguida, selecionamos alguns critérios de uso das
referências teóricas e das imagens, tendo como referência as normas da ABNT, com
o objetivo de padronizar os trabalhos teóricos que serão realizados ao longo do
curso.

1
Essa compilação da ABNT tem como base o material didático desenvolvido pela Profa. Dra. Suzana
Rodrigues Torres para o curso de Especialização em História da Arte da Faculdade Armando Alvares
Penteado – FAAP e o material didático desenvolvido pela Profa. Dra. Maria Carolina Duprat Ruggeri
para o curso Superior de Tecnologia em Produção Cultural – Faculdade Armando Alvares Penteado
– FAAP.

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Pré-Texto

▪ Folha de Rosto

▪ Resumo

▪ Sumário (se for o caso)


Texto

▪ Introdução

▪ Desenvolvimento

▪ Considerações Finais
Pós-Texto

▪ Referências

▪ Anexos (opcional)

▪ Apêndice (opcional)

PRÉ TEXTO

O pré-texto é a parte que identifica o trabalho e é composto da folha de rosto


que deve conter o nome da instituição/faculdade/curso, título do trabalho, nome do
aluno, cidade e ano fazendo referência à disciplina e ao professor que solicitou a
pesquisa (vide Anexo I).
O resumo deve ser a última coisa a ser feita. É feito em folha a parte,
apresentando sinteticamente o tema, a metodologia, conquistas da pesquisas, como
descobertas e considerações. O tamanho varia conforme a extensão do trabalho,
pode ser resolvido em um parágrafo e, em trabalhos mais extensos pode ser
ampliado, mas nunca deve exceder a uma página.
O resumo deve ser seguido das palavras-chaves do trabalho. (ver Apêndice I)
O sumário (vide Apêndice II) corresponde a estrutura dos capítulos. A sua
necessidade se dá em função do tamanho da pesquisa e das abordagens que fez
para desenvolver o tema. Há trabalhos acadêmicos que comportam uma divisão em
capítulos, e outros que não necessitam, podendo ser desenvolvido em um texto

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corrido, desde que apresente a lógica de desenvolvimento. O sumário deve conter a
página em que cada capítulo se inicia. Lembrando que os capítulos sempre
inauguram uma nova página.

TEXTO
O texto é composto de introdução, desenvolvimento e considerações finais,
que pode ser dividido em capítulos ou pode ser desenvolvido em texto corrido, mas
é importante que obedeçam à lógica de três tempos.

A introdução é a “porta de entrada” do trabalho, devemos apresentar o tema,


a justificativa pessoal – porque o autor se identificou com o tema escolhido e a
justificativa social – porque este tema é relevante para a sociedade.
A introdução também deve conter a metodologia utilizada e como o tema será
desenvolvido ao longo do trabalho. Apresente sinteticamente o conteúdo e a ordem
de raciocínio.
A intenção é apresentar e explicitar ao leitor o que ele irá encontrar neste
trabalho e como deve orientar sua leitura.
Geralmente a introdução é a primeira coisa a se pensar, mas a última a ser
revista. Ela orienta os primeiros passos e no final deve ser retomada para apresentar
o desenvolvimento da pesquisa e uma breve reflexão sobre o que se conquistou com
o trabalho.
É a partir da introdução que se inicia a numeração das páginas.

O desenvolvimento do trabalho envolve as referências teóricas utilizadas ao


longo da pesquisa, a interlocução com as fontes e as abordagens em torno do tema
que servem de balizas para compor os capítulos, mas procurem evitar a
fragmentação em muitos tópicos.
O desenvolvimento do trabalho e a distribuição dos capítulos ficam a critério
do autor. O importante é contextualizar, fundamentar o tema e apresentar a pesquisa.
Se a introdução é a porta de entrada, o desenvolvimento do trabalho deve percorrer
a casa toda, cada capítulo pode corresponder a um andar ou a um cômodo da casa.

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O importante é que a pesquisa possibilite percorrer e conhecer a casa por inteiro. Os
capítulos devem sempre iniciar uma nova página.

As considerações finais correspondem ao fechamento do trabalho. Esta é


uma parte totalmente autoral. Aqui deve ser considerado o que se conquistou com a
pesquisa, de que forma ela contribuiu para a produção do seu conhecimento e para
a sociedade.
Nesta etapa o trabalho deve ser retomado sinteticamente fechando com as
considerações que realizou após ter realizado todo esse processo.
As considerações finais, por ser a última etapa do trabalho, a tendência é fazer
na pressa, levando em conta, também, o cansaço do percurso. Na verdade esse é
um momento fundamental do texto, porque ele dá forma e sentido à totalidade do
trabalho, revela as descobertas e releva o valor da pesquisa realizada.
Nenhum assunto novo deve ser incluído, a não ser apresentar as portas que
a pesquisa abriu para uma possível continuidade da pesquisa. Por isso comenta-se
que uma boa pesquisa se encerra com novas perguntas.
“Usualmente denomina-se esta parte do trabalho de ‘Conclusões, aqui
preferimos o termo Considerações Finais, como uma forma de salientar que não há
uma verdade conclusiva, mas a síntese que o autor faz de todo seu trabalho
(TORRES, 2014: 14).”

PÓS-TEXTO
O pós-texto varia conforme a necessidade do trabalho. O primeiro item,
obrigatório, são as referências: todas as obras que efetivamente foram usadas e
citadas no texto do trabalho, incluindo-se livros, jornais, catálogos, periódicos,
webgrafias, teses, filmes etc. As referências devem estar organizadas em ordem
alfabética pelo sobrenome do autor. Normalmente usa-se recuo no parágrafo e
espaçamento simples.

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EXEMPLO:
TARKOVSKI, Andreaei Arsensevich. Esculpir o tempo. Tradução: Jefferson Luiz
Camargo – 2a ed. – São Paulo: Martins Fontes,1998.

Quando houver subtítulo o título fica em itálico ou negrito e o subtítulo, sem


destaque.

EXEMPLO:
BACHELARD, Gaston. A água e os sonhos: Ensaio sobre a imaginação material.
Tradução Antonio de Pádua Danesi – 2a ed. – São Paulo: Martins Fontes,
2013.

“No caso de alguma informaçãoo não estar disponível, esta deve constar utilizando-
se as abreviaturas:
- [S.l.] - sine loco/sem local;
- [S.e.] - sem editora;
- [S.d.] - sem data; quando as datas de impressãoo, publicação, distribuição ou
copyright não puderem ser encontradas ou pode-se colocar uma data aproximada
para o documento entre colchetes.
Na ausência das três informações usa-se [s.n.t.] sem notas tipográficas
(TORRES, 2016: 14-15).”

Pode-se criar uma subdivisão para a Webgrafia. Neste caso, também deve
estar em ordem alfabética, constar no sumário e trazer as seguintes informações:
- Nome do autor ou entidade responsável;
- Título e subtítulo (se houver) do documento ou homepage;
- Endereço eletrônico: deve ser apresentado entre os sinais <>, precedido da
expressão: “Disponível em:”;
- Data de acesso (dia, mês e ano em que se pesquisou o material eletrônico),
precedida da expressão: “Acesso em”:

6
Caso não tenha o nome do autor, usa-se o título, com a primeira palavra
escrita em letras maiúscula.

EXEMPLO:

ARGAN, Giulio Carlo. As Fontes da arte moderna (1987). Novos estudos


CEBRAP 18 – pg. 46-56. Disponível em:
<http://minhateca.com.br/karemkilim/ARGAN*2c+Giulio+Carlo+-
+As+fontes+da+arte+moderna,2207041.pdf> Acesso em:
28/11/2014.

Caso não tenha o nome do autor, usa-se o título, com a primeira palavra
escrita em letras maiúsculas.
IBERÊ CAMARGO. In: Enciclopédia Itaú Cultural. Disponível em
<http://enciclopedia.itaucultural.org.br/#!/q=Iberê%20Camargo> Acesso em: 4/02/2017

Estes são os elementos básicos nas referências bibliográficas, mas as


exceções existem. Os quadros abaixo2 pretendem auxiliar nestes casos:

Referência de autor/autoria

Obra com um autor SANTOS, B. S. Pela Mão de Alice. O Social e


Político na Pós-Modernidade. Porto:
Afrontamento, 1994.

Colocam-se os nomes de todos, separados por


Obra com dois ou três ponto e vírgula:
autores
LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Metodologia
do Trabalho científico. 4º ed. São Paulo: Atlas,
1992.

2
Quadro apresentado no material didático do Curso de Especialização em História da Arte
da Faculdade Armando Alvares Penteado, “Bendita Monografia”, elaborado por Suzana
Rodrigues Torres.

7
Coloca-se apenas o nome do primeiro e
acrescenta-se a expressão em latim “et al”, que
Obra com mais de três significa “e outros”:
autores
BRITO, Edson et al. Imposto de Renda de
Pessoas Físicas: Livro Prático de Consultas
Diárias. São Paulo: Frase, 1996.

Usualmente não se repete a mesma entrada


(autor ou título), sendo substituída por um traço
(seis underlines)
Obras diferentes do mesmo
autor SANTOS, B. S. Pela Mão de Alice. O Social e o
Político na Pós-Modernidade. Porto:
Afrontamento, 1994.
______ . Introdução a uma Ciência Pós-Moderna.
4. ed. Brasil: Graal, 1995.

Responsabilidade Em algumas obras de vários autores há um


intelectual do autor: responsável pela publicação. Neste caso coloca-se
Organizador /Coordenador o nome do responsável e entre parênteses o grau
/Tradutor/ Editor de responsabilidade: (Org.), (Coord.), (Trad.), (Ed.).

Sobrenomes compostos A entrada deve ser feita pelo penúltimo nome:


com hífen, grau de VILLA-LOBOS, H./ LÉVI-STRAUSS, C./ VIEIRA
parentesco ou compostos SOBRINHO, J. D./ CASTELO BRANCO, C./
de um substantivo mais um ESPIRITO SANTO, H.
adjetivo

Glossário
O glossário é opcional e consiste numa lista em ordem alfabética de palavras
ou expressões técnicas de uso restrito ou de sentido obscuro, utilizadas no texto,
acompanhadas das respectivas definições. Só há necessidade de um glossário se o
número de palavras com essas características for grande, caso contrário usa-se a
nota de rodapé para explicar melhor uma ou outra expressão que não seja de fácil
compreensão.

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Apêndice e Anexo
O apêndice consiste em produções do próprio autor que podem ser incluídas
no trabalho e o anexo são textos produzidos por outros autores. Ambos servem para
ampliar as informações contidas no texto. O uso é opcional e somente se justifica
quando trazem informações importantes, que se estivessem no corpo do trabalho
quebrariam a fluência do texto. Tanto o anexo como o apêndice devem ser
numerados e citados no corpo do texto para que o leitor localize facilmente durante
a leitura.

FORMATACÃO

FORMATAÇÃO DO TEXTO
A letra padrão usada é a Times New Roman ou Arial, mas vocês têm a
liberdade de escolher outras fontes, tamanho 12, com espaçamento de 1,5 entre
linhas e recuo especial na primeira linha com 1,25 cm.
Usa-se alinhamento justificado em todo o corpo do texto; exceções podem ser
feitas em caso de epígrafes.
Os títulos devem ser grafados em letras maiúsculas, fonte número 14 e
negrito. Podem estar centrados na folha ou alinhados no canto esquerdo (a forma
escolhida precisa ser a mesma para todos), sendo numerados em algarismos
arábicos (1, 2, 3...).
Os subtítulos são grafados com fonte número 12, caixa alta e caixa baixa, em
negrito e alinhamento à esquerda. A criação de subtítulos só deve ser feitas se existir
mais que um sub capítulo.
Cada capítulo inaugura uma nova página e os sub capítulos podem vir na
sequência.

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FORMATAÇÃO DAS CITAÇÕES

Os referenciais teóricos são utilizados para fundamentar nosso ponto de vista


e aprofundar nossas análises. Muitas vezes nos apoiamos em falas e pensamentos
dos teóricos e autores que escolhemos, e sempre que incluirmos estas citações no
texto (diretas ou indiretas, ou seja, literais ou em paráfrase), devemos indicar
corretamente as fontes.
É importante dialogar com as citações e não somente adicioná-las ao texto
que está sendo desenvolvido. Os nossos referenciais são verdadeiros parceiros na
formação e construção de nosso pensamento, mas a inclusão de citações devem ser
preparadas e refletidas pelo texto.

- Citações Literais (citações diretas)


São as que foram copiadas tal como está no texto. Podem ser curtas ou
longas. As citações curtas são as que têm no máximo três linhas. Estas devem ser
colocadas no próprio corpo do texto, seguindo-se a mesma formatação do parágrafo
e colocando-as entre aspas. Deve-se fazer referência ao autor, ano da publicação e
número da página em que a frase foi extraída. Caso o trecho transcrito contenha
alguma citação, ela estará entre aspas simples.

EXEMPLO:
Para Pareyson, na interpretação “receptividade e atividade são indissociáveis (1993: 172)”,
a. Citações literais longas
a leitura implica a execução da obra, “ler significa executar (1993: 211)”, refazendo de trás para
frente o processo de formação da obra, desvelando o movimento da criação.

Quando a citação tiver mais de três linhas, deve ser deslocada do corpo do
texto, em um parágrafo à parte e sem aspas, apresentando a seguinte configuração:
- Alinhamento justificado;
- Espaçamento simples entre linhas;
- Recuo de 4,0 cm da margem esquerda;
- Não usar parágrafo na primeira linha;

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- Fonte menor que a do corpo do texto;
- O uso do itálico em citações é opcional para quem quer evidenciar o
deslocamento do texto.

EXEMPLO:

É no corpo a corpo com o mundo e no corpo a corpo com a matéria plástica


da pintura, no ponto de contato, nas sensações e, acima de tudo, nas percepções
dos fenômenos, que se dá o movimento de criação de um artista paisagista.

[...] a natureza pura exterioridade passa a ser também pura


interioridade. Temos o íntimo sentimento de uma perfeição, de uma
íntima relação de natureza a natureza. Isso decorre de uma dupla
garantia: a natureza (exterior) garante a paisagem, e a paisagem
garante – porta-se como fiadora – do natural de nossa natureza
(Cauquelin, 2007: 124).
Penso que esse aspecto “natural de nossa natureza”, ao qual Cauquelin se
refere, é equivalente ao que chamo de “natureza do artista”.

Para indicar as fontes pode-se optar por duas formatações:


(SOBRENOME, ano, p. x) ou (SOBRENOME, ano: x), como podem ver nos
dois exemplo citado acima. A opção fica a critério do autor, mas deve ser utilizada
da mesma forma ao longo de todo o trabalho.
Outra opção é colocar as fontes das citações em notas de rodapé ao invés de
serem colocadas no corpo do texto. Nesse caso, deve-se inserir a numeração da
nota de rodapé logo após a citação (gerada automaticamente pelo Word). No rodapé,
a fonte deve ser deste modo:

EXEMPLO:
Fernando Pessoa. Obra em Prosa. 1986, p.
242.

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- Citações Indiretas (Paráfrases)
Paráfrase é quando apresentamos a síntese da ideia do autor com nossas
próprias palavras.
Antes da apresentação de uma paráfrase, utilizam-se, usualmente,
expressões como: “de acordo com fulano de tal”, “segundo...”, “conforme...”, “como
ressalta...”, etc. Mesmo sendo paráfrase, a referência ao autor e a obra é obrigatória,
neste caso o sobrenome do autor pode ser em maiúscula e minúsculas.

EXEMPLO:
Segundo Pareyson (1993, p. 172), ao interpretarmos uma obra somos
receptivos e ativos e essas duas dimensões são indissociáveis.

- Citação de citação
Quando utilizamos a citação que um autor fez de outro autor e não temos
acesso ao texto original deste último, utilizamos a forma apud, que significa “a partir
de fulano”, como no exemplo abaixo:

EXEMPLO:
Rothko optou por grandes formatos, porque favoreciam a “expressão simples
de pensamentos complexos (apud SCHAMA, 2010, p. 464).”

- Epígrafe
As epígrafes – opcionais - são frases curtas de outros autores que podem ser
usadas para abrir o trabalho ou para iniciar os capítulos. Elas devem ser bem
escolhidas, porque elas sintetizam o tema proposto. A epígrafe é uma citação direta,
portanto a fonte deve ser citada e incluída nas referências. Na abertura do trabalho,

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elas são colocadas no canto direito inferior, e no caso da abertura dos capítulos no
canto direito superior, antes de iniciar o capítulo.

- Citações de Livro e Obras / Nomes dos autores e/ou artistas citados


As citações de livro e obras devem estar entre aspas e seguidas pelo ano de
realização. Os nomes dos autores quando citados pela primeira vez, devem ter nome
e sobrenome, seguido pelo ano de nascimento e morte, entre parênteses.

EXEMPLO:
Inspirada pelo “Atlas Mnemosyne” (1925-29) de Aby Warburg (1866-1929), pelos
pensamentos de Georges Didi-Huberman (1953-), elaborei uma avaliação com o primeiro
semestre de Artes Visuais da Faculdade de Artes Plásticas da FAAP-SP, que tem como ponto
de partida a imagem.

- Destaque, Ênfase, Interpolação e Supressão


Quando se destaca, enfatiza, interpola ou suprimem frases e/ou palavras do
trecho citado, usa-se indicações gráficas. São elas:

- [...] Três pontos dentro de colchetes para indicar que palavras ou frases
existentes no texto original foram suprimidas;

- [ ] Colchetes para delimitar frases ou palavras inseridas pelo autor no


texto da citação (interpolação). Este recurso é utilizado quando se quer
comentar ou explicar algo dentro do próprio trecho citado.

- Grifo, negrito ou itálico para ênfases ou destaques que o autor quer


dar a determinada frase ou palavra contidas no trecho citado. Para pronunciar
tal ação, usa-se a expressão “grifo nosso” logo após a data contida na
referência.

Caso a citação já contenha indicação gráfica de destaque e/ou ênfase, usa-se


a expressão “grifo do autor”.

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- Palavras Estrangeiras
As palavras estrangeiras devem ser escritas em Itálico.

- Citações traduzidas pelo autor


Quando houver citações traduzidas pelo autor da monografia, deve-se indicá-
las com a expressão (tradução nossa) ou (tradução do autor), entre parênteses, logo
após a referência da fonte, e o texto original deve ser colocado na nota de rodapé.

- Citações retiradas de websites


Logo após o texto citado, indica-se o sobrenome do autor ou título da obra,
seguido da data de publicação do documento. O endereço eletrônico deve constar
nas referências.

Legenda das Imagens/Figuras

Considerando que a pesquisa é de um curso relacionado à arte, o uso de


imagens costuma ser frequente e merece atenção.
Assim como os textos, as imagens/figuras também devem ser devidamente
indicadas.
Figuras são os desenhos, gravuras, fotografias, mapas, partituras e gráficos
que podem compor o trabalho de pesquisa.
As imagens podem ser inseridas como anexo ou no corpo do texto, mas
sugere-se a última opção para que o leitor tenha uma relação mais direta entre texto
e imagem. É importante que se estabeleça um diálogo no texto com a imagem
inserida, tal como no uso da citação. Quando as imagens no texto forem comentadas
no texto, deve-se fazer a remissão à imagem, incluindo após o comentário sua
numeração (fig. X).

A legenda deve vir acima da imagem, e a informação da fonte deve vir abaixo.
As imagens devem ser devidamente enumeradas. Se as imagens forem retiradas da
internet, o site deve constar das referências.

No caso de obras de arte a legenda deve conter as seguintes informações:

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Fig. X - Autor - Título da obra - técnica utilizada – dimensão – data e acervo e fonte
de onde retirou a imagem e o crédito da fotografia.

EXEMPLOS:

Fig. 1 – Paul Cézanne – As grandes banhistas - óleo sobre tela - 208 x 249 cm – c. 1906 –
Philadelphia Museum of Art

Fonte: Wikipedia. Crédito da imagem: The Yorck Project

No caso de gráficos e tabelas:


Fig. 2 A prática de esportes no Brasil

Fonte: Diagnóstico do esporte no Brasil. Crédito da imagem: Ministério do Esporte

15
No caso de imagens de assuntos vários, colocar o título. Sempre que possível
localizar a imagem no tempo (data do evento) e a fonte de onde retirou a imagem e
o crédito da imagem (fotógrafo). No caso de ser foto do autor, colocar: Foto do autor,
data e local de registro.

Fig. 3 – Bill Viola – Michelangelo: life and death rebirth – Royal Ccademy London UK - 2019

Fonte e crédito da imagem: site oficial Bill Viola.

OBS: Os endereços eletrônicos de onde foram tiradas as imagens devem constar na


webgrafia.
Outra opção para identificar as imagens sem sobrecarregar de informações
as legendas é criar um LISTA ILUSTRAÇÕES à parte (A ABNT recomenda que seja
colocada no início do trabalho, depois do resumo, mas no nosso caso optamos por
colocar ao final do trabalho, antes das referências bibliográficas). Neste caso pode-
se colocar somente e o autor o título do trabalho na legenda da imagem e na lista
todas as informações mais específicas como fonte.

16
REFERÊNCIAS
BRITES, Bianca e TESSLER Elida (orgs.). O meio como ponto zero: metodologia da
pesquisa em artes plásticas. Porto Alegre: Editora da Universidade, UFRGS,
2002.

RUGGERI, Maria Carolina Duprat. Do Projeto à monografia. Material didático


produzido para o curso de Especialização em Arte e Educação: Teoria e Prática
– ECA-USP, São Paulo: Pós-graduação, 2019

SEVERINO, Antonio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 20. ed. São


Paulo: Cortez, 2000.

TORRES, Suzana Rodrigues. Bendita Monografia. Material didático produzido para


o curso de Especialização em História da Arte – FAAP - SP. São Paulo: Pós-
Graduação, 2014.

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO. Diretrizes para apresentação de dissertações e


teses da USP: documento eletrônico e impresso Parte I (ABNT). 2. ed. São
Paulo: Sistema Integrado de bibliotecas da USP, 2016. Disponível em:
http://www.livrosabertos.sibi.usp.br/portaldelivrosUSP/catalog/view/111/95/491
-1. Acesso em 2/03/2020.

17
ANEXO I – Exemplo de FOLHA DE ROSTO

CENTRO UNIVERSITÁRIO ARMANDO ALVARES PENTEADO


FUNDAÇÃO ARMANDO ALVARES PENTEADO
CURSO DE ARTES VISUAIS

TÍTULO

NOME COMPLETO

Trabalho vinculado à disciplina X,


sob a orientação do(a) Prof. (ou)
Profª. Y.

São Paulo
ano

18
APÊNDICE I - Resumo
Resumo

A partir de um olhar fenomenológico investiga-se a relação do artista com a paisagem, tendo como
ponto de partida a existência de uma correspondência entre a natureza do artista e a natureza como
fator determinante no processo de criação. A percepção inicial desse fenômeno se deu através da
cor, que aqui será tratada em suas diferentes dimensões: cor-luz e cor-matéria. A paleta do artista foi
eleita como objeto de análise para investigar essa correspondência, para tanto me propus a visitar os
lugares em que os artistas realizaram suas pinturas. Buscou-se percorrer os pontos de vistas de
Claude Monet, Vincent van Gogh e Paul Cézanne, por dialogarem com a minha práxis artística,
atuando de formas diferenciadas em meu processo. Com a realização deste trabalho, aspectos que
eram intuitivos ganharam uma dimensão analítica, que podem contribuir com estudos que tenham
como tema a relação do artista com a paisagem.
Neste trabalho busco compreender aspectos da minha práxis artística desde a eleição do tema, a
relação entre as linguagens visuais, as técnicas, a escolha das matérias plásticas, o diálogo com a
estética e com a história da arte.

Palavras-chaves: 1. Natureza na arte; 2. Pintores paisagistas; 3. Desenho; 4. Impressionismo (Arte);


5. Cor na arte.

19
APÊNDICE II - Sumário

1. Introdução 1

2. Linha do Horizonte: paisagem - 13


natureza e representação

3. Fazer e Pensar: processo de criação 67


3.1. A conversa entre a linguagem, a 70
técnica e a matéria plástica

3.2. A paleta: cor-matéria e cor-luz 116

4. O Artista e a Paisagem: em busca dos 163


pontos de vista

4.1. Vincent van Gogh: procurando 166


um grão de areia em Amsterdam
4.2. Claude Monet: serpenteando o 262
Sena
4.3. Paul Cézanne: em busca da 383
petite sensation em Aix-en-
Provence
5. Unindo os pontos da constelação 467

Referências 475
Anexos 478
Apêndices 479

20
Projeto monográfico
Criar é tão difícil ou tão fácil como viver. E é
do mesmo modo necessário.
(OSTROWER, 1987: 166)

Para se iniciar um trabalho é necessário planejar, projetar.

O projeto é o primeiro passo para dar forma ao que se está pensando ...
imaginando. “Criar é basicamente formar”, como diz Fayga Ostrower (1987: 9) .
Não criamos se não dermos forma aos nossos pensamentos ou às nossas
intenções.

O projeto esboça e organiza o que está por vir, sendo assim ele deve
que ser flexível na medida em que a pesquisa se desenvolve e se depara com
novas questões, novos acontecimentos podem alterar a direção e indicar
outros caminhos.

Segue um roteiro para elaboração do projeto monográfico. O projeto


pode ser desenvolvido em itens ou pode ser um texto corrido, desde que todos
esses aspectos possam ser claramente identificados.
Roteiro para projeto monográfico

Tema
Apresentação do tema de forma clara, bem delimitada e objetiva.

Justificativa da escolha do tema


Apresentar os motivos que levaram à escolha do tema proposto,
apontando a importância e a relevância do estudo. Essa justificativa é de
ordem pessoal (razão pessoal da escolha do tema) e social (na medida em que
seu trabalho pode contribuir de forma mais abrangente).

Objetivos da pesquisa
Objetivo Geral
Mostrar qual o resultado mais amplo que o estudo pretende alcançar. É
um ponto fundamental do projeto, porque dá a dimensão do grau de
profundidade e de expectativa que o estudo acaba gerando. Sempre redigido
de forma clara e objetiva, preferencialmente iniciando as sentenças com verbos
no infinitivo, para que se marque bem o ponto de chegada.
Objetivo(s) específico(s)
Esse é um desdobramento do Objetivo Geral. Explicitam-se, aqui,
aspectos mais específicos que devem ser atingidos para que o mais amplo seja
alcançado. Eles auxiliam na construção do objetivo geral, complementando.

Problema
Apresentação da questão norteadora do trabalho. Não se trata, contudo,
de perguntas de tipo simples, como o que é isso ou aquilo, mas de questões
que procuram estabelecer relações entre variáveis.
Hipóteses
A hipótese é decorrente do problema e está conectada aos objetivos.
Uma ideia que pretende ser comprovada ou demonstrada. São como
“respostas adiantadas” ao problema proposto. Uma hipótese bem elaborada
provoca o pesquisador em sua investigação.

Referencial Teórico ou Fundamentação Teórica


São os autores selecionados que embasam o tema e trazem
argumentos para fundamentar a hipótese e resolver o problema levantado. A
eleição desses autores determina, também, a abordagem na linha de pesquisa.
Para sermos autores de nossa proposição é necessário conhecer aqueles que
trilharam o caminho antes de nós para podermos ir além.

Metodologia
Explicação detalhada de como se vai conduzir o estudo. É o momento
em que se explica o “método” escolhido, como será a análise e crítica dos
dados que serão coletados. Indica-se se trata apenas de uma pesquisa
bibliográfica, se haverá etapas de pesquisa de campo (pesquisa empírica
qualitativa ou quantitativa), qual será a amostra a ser estudada, como será
selecionada.

Cronograma
De forma breve, normalmente em um quadro contendo os meses ao
longo dos quais a pesquisa será elaborada, com cada etapa sendo marcada no
devido tempo, com a intenção de nos organizarmos.

Referências bibliográficas
Compostas por todas as obras que efetivamente foram usadas e citadas
no texto do trabalho, incluindo-se livros, jornais, catálogos, periódicos, filmes,
etc.

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