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EVOLUÇÃO, APRENDIZADO PERMANENTE.

QUEDAS SÃO EXPERIÊNCIAS QUE ENSINAM A CAMINHAR


COM MAIS EQUILÍBRIO. A EAE TORNA ISSO MAIS VIÁVEL.

Olá a todos!
Antes de mais nada, gostaria de falar um pouquinho sobre a Escola de Aprendizes do Evangelho,
citada no tema de hoje. Se trata de um curso oferecido pelas casas espíritas, com duração de
aproximadamente 4 anos, com aulas semanais de 1h30, que pode ser presencial, on-line (assim como os
nossos encontros aqui) e também à distância. Ele traz para a gente os aspectos científicos, filosóficos e
religiosos da Doutrina Espírita, e também nos oferece várias ferramentas para que consigamos realizar a
nossa reforma íntima, a nossa renovação interior. Por isso que o tema de hoje diz que a Escola torna
mais viável o processo de evolução. Dito isso, deixo aqui uma sugestão, de quem já passou por essa
Escola: quando vocês forem convidados a participar de uma, se puderem, aceitem. É uma experiência
incrível!
Dito isso, gostaria de falar um pouquinho sobre essa evolução que buscamos, com o objetivo de
sermos cada vez mais espíritos melhores.
Martins Peralva, no texto "Evolução", do livro "O Pensamento de Emmanuel", diz que o processo
de evolução teria, em tese, 4 fases essenciais:
a) Compreender a necessidade de mudar
b) Colocar em prática uma combinação de boa-vontade, esforço e perseverança
c) Agir para estabilizar essa mudança
d) Ter firme o propósito de não retroceder, pois é justamente nessa fase em que teremos
aquelas tentações, em que eventualmente sentiremos saudades daquela ilusão que
tínhamos antes (achando que o que vivíamos era bom), das dificuldades em abandonar
velhos hábitos, em que antigos companheiros, incomodados com a nossa mudança,
chegam até a se considerar como adversários. E é nesse ponto que se faz tão importante
aquele trecho da oração do Pai Nosso, onde pedimos a Deus que não nos deixe cair em
tentações.
Vou deixar as fases 2, 3 e 4 para uma outra ocasião (ou para a Escola ).
Gostaria de falar com vocês sobre a primeira fase desse processo. Sobre o querer mudar.
E nisso tem uma questão fundamental, que volta e meia estamos falando por aqui: aquele tal de
livre arbítrio.
Sabe aquela frase que ouvimos muito, de que a ocasião faz o ladrão? Não é verdade. A ocasião
cria a oportunidade, o ladrão só vai surgir se tomar a decisão de ser um. A carne pode até ser fraca, mas
o espírito sempre tem a capacidade de ser mais forte. Sim, temos instintos ainda primitivos, mas o que
nos diferencia dos nossos irmãos animais é a capacidade que temos de raciocinar, de fazer escolhas
baseadas nas consequências que elas terão nas nossas vidas. Não existe essa coisa do "estava escrito",
do "ah, aconteceu porque Deus quis!" ... Não ... Deus permitir e Deus querer são duas coisas totalmente
diferentes. A única coisa que Deus quer de verdade é que nós cresçamos e sejamos sempre melhores e
felizes. Não é isso que todo pai e toda mãe querem para seus filhos? Por que com Deus, que o pai de
todos nós, seria diferente?
Vivemos num planeta de provas e expiações. E o que isso significa? Que grande parte os espíritos
que nascem na Terra estão numa fase em que precisam expiar, ou seja, resgatar dívidas anteriores,
reparar erros, se reconciliar com eventuais inimigos, e que tem a oportunidade de serem colocados à
prova, de testar, na prática se realmente aprenderam tudo o que nos foi ensinado, seja aqui encarnados
ou lá no plano espiritual.
Estou dizendo isso para já responder àquela pergunta de por que nascemos desse ou daquele
jeito, nesse ou naquele lugar. Porque precisamos. Como vamos saber se realmente abandonamos um
vício se nunca mais tivermos contato com aquela situação? Fácil não fumar se não tiver cigarro em lugar
nenhum do mundo, concordam? Mas como vamos reagir se o maço estiver ao alcance das mãos?
E é aí que entra o livre arbítrio. Nas escolhas que fazemos todos os dias, o tempo todo.
Falando ainda do fumar, sim, é sabido que o corpo desenvolver uma dependência química, que
muitas vezes é preciso de ajuda médica para combater o vício, mas nada vai adiantar se não vier junto a
vontade, a escolha, a decisão de mudança.
A vida é uma sequencia infinita de tomada decisões. Decidimos acordar naquele horário, vestir
aquela roupa, comer ou beber aqueles produtos, estar naquelas companhias, ver o copo meio cheio ou
meio vazio, reclamar ou agradecer, erguer a cabeça e seguir adiante ou nos trancar num quarto escuro
(que não precisa necessariamente ser um espaço físico, e sim estar dentro de nós mesmos). E todas
essas decisões são exclusivamente nossas. Nós temos esse poder, e não vamos arcar com as
consequências que elas produzirem.
Algumas dessas decisões são até que fáceis, não é mesmo? Mas tem aquelas que são difíceis,
não são?
E o que fazer nessa hora? Antes de mais nada, sempre pedir a orientação do Alto, que pode vir
como uma intuição, como uma ideia, como o conselho de uma pessoa que nos quer bem. E procurar
analisar as consequências que essa escolha pode nos trazer. Não aprendemos nos Evangelhos que se
conhece a árvore pelos frutos? Então, é mais ou menos a mesma coisa. É refletir sobre os possíveis
resultados e colocar todos na balança e ver qual vai ter mais peso. Sabe aquela coisa do custo x
benefício. É isso.
É nesse processo de decisões constantes que vamos aprendendo e evoluindo. Exercendo o nosso
livre arbítrio, eventualmente caindo e levantando, arcando com as consequências de decisões não
muito corretas, recebendo o crédito pelas acertadas e seguindo, num passo de cada vez, para nos
tornarmos espíritos melhores. Tendo sempre a certeza de nunca estamos desamparados, de que Deus
está sempre conosco, representado por espíritos amigos, estejam eles aqui encarnados e ou no plano
espiritual, nos auxiliando e acolhendo.

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