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de alvenaria
© SENAI – Departamento Regional de Goiás
Proibida a reprodução total ou parcial deste material, por qualquer meio ou sistema, sem
autorização prévia do SENAI Goiás.
Coordenação
Moacir Candido da Silva – GEP
Trabalho organizado, atualizado e enriquecido após pesquisas em diversas outras fontes, a partir das
apostilas “Pedreiro” e “Pedreiro de Alvenaria” de acordo com permissões concedidas pelo SENAI -
Departamentos Regionais do Pará e de Pernambuco.
Revisão, organização e atualização técnica - Francisco Rodrigues dos Santos – Escola SENAI Vila Canaã
Apoio didático, pedagógico, revisão gramatical e linguística – Moacir Candido da Silva - GEP
Tratamento de imagens – Luciano de Castro Tomazett
Normalização
Geuza Lídia da Silva – GTI
Ficha catalográfica
CDD - 693
2
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO .................................................................................................................................. 3
1. PERFIL PROFISSIONAL NACIONAL ............................................................................................... 4
1.1. COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS ........................................................................................................................... 4
2. FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS .................................................................................................... 6
2.1. METRO ARTICULADO ......................................................................................................................................... 6
2.2. TRENA ............................................................................................................................................................ 8
2.3. ESCANTILHÃO ................................................................................................................................................... 9
2.4. ESQUADROS................................................................................................................................................... 11
2.5. PRUMO DE FACE ............................................................................................................................................. 18
2.6. PRUMO DE CENTRO ......................................................................................................................................... 20
2.7. NÍVEL DE BOLHA ............................................................................................................................................. 20
2.8. MANGUEIRA DE NÍVEL ..................................................................................................................................... 22
2.9. ENXADA ........................................................................................................................................................ 28
2.10. PÁ ............................................................................................................................................................. 28
2.11. ARGAMASSEIRA ............................................................................................................................................ 29
2.12. BALDE PLÁSTICO ........................................................................................................................................... 29
2.13. COLHER DE PEDREIRO .................................................................................................................................... 30
2.14. LINHA DE PEDREIRO ....................................................................................................................................... 30
2.15. MARTELO DE CORTE ...................................................................................................................................... 31
2.16. RÉGUA DE ALUMÍNIO ..................................................................................................................................... 31
2.17. DESEMPENADEIRAS ....................................................................................................................................... 32
2.18. BROCHA ...................................................................................................................................................... 32
2.19. PENEIRA ...................................................................................................................................................... 33
2.20. TALHADEIRA E PONTEIRO................................................................................................................................ 33
2.21. LÁPIS ESTACA ............................................................................................................................................... 34
2.22. GIZ DE LINHA................................................................................................................................................ 34
2.23. PALANQUE .................................................................................................................................................. 35
3. ARGAMASSAS E CONCRETOS ..................................................................................................... 36
3.1. PRODUÇÃO .................................................................................................................................................... 36
3.2. COMPOSIÇÃO ................................................................................................................................................. 36
3.3. DOSAGEM ..................................................................................................................................................... 36
3.4. MISTURA ...................................................................................................................................................... 38
3.5. ARGAMASSA .................................................................................................................................................. 38
3.6. CONCRETO .................................................................................................................................................... 42
4. FUNDAMENTOS TÉCNICOS DA CONSTRUÇÃO.......................................................................... 46
4.1. PRUMO ......................................................................................................................................................... 46
4.2. ALINHAMENTO ............................................................................................................................................... 46
4.3. NÍVEL ........................................................................................................................................................... 46
4.4. ESQUADRO .................................................................................................................................................... 46
4.5. DIMENSÃO .................................................................................................................................................... 46
4.6. PLANICIDADE ................................................................................................................................................. 46
4.7. TEXTURA ....................................................................................................................................................... 46
5. LOCAÇÃO DE OBRAS .................................................................................................................... 47
5.1. GABARITO DE LOCAÇÃO .................................................................................................................................... 48
5.2. REFERÊNCIA DE NÍVEL E EIXOS ............................................................................................................................ 48
5.3. DEMARCAÇÕES DA ESCAVAÇÃO PARA ALICERCES.................................................................................................... 49
6. FUNDAÇÕES.................................................................................................................................... 51
6.1. SONDAGEM ................................................................................................................................................... 51
6.2. TIPOS DE FUNDAÇÕES ...................................................................................................................................... 51
7. ALVENARIA DE VEDAÇÃO ............................................................................................................ 55
7.1. JUNTAS ......................................................................................................................................................... 55
7.2. AMARRAÇÕES ................................................................................................................................................ 58
7.3. VERGAS E CONTRAVERGAS ................................................................................................................................ 61
7.4. APERTO OU ACUNHAMENTO ............................................................................................................................. 63
7.5. ASSENTAMENTO DE TIJOLOS .............................................................................................................................. 64
8. CONTRAMARCOS E ESQUADRIAS .............................................................................................. 73
8.1. CONTRAMARCOS DE ALUMÍNIO .......................................................................................................................... 73
8.2. ESQUADRIAS MADEIRA .................................................................................................................................... 75
8.3. ESQUADRIAS DE AÇO ....................................................................................................................................... 77
9. REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS ........................................................................................... 78
9.1. PADRÕES DE REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS ..................................................................................................... 78
9.2. FUNÇÕES DO REVESTIMENTO DE ARGAMASSA ....................................................................................................... 79
9.3. PROPRIEDADES DO REVESTIMENTO DE ARGAMASSA ............................................................................................... 79
9.4. PROJETO DOS REVESTIMENTOS DE ARGAMASSA ..................................................................................................... 82
9.5. PREPARAÇÃO DO SUBSTRATO OU BASE DE APLICAÇÃO ............................................................................................ 82
9.6. CHAPISCO...................................................................................................................................................... 83
9.7. TALISCAMENTO .............................................................................................................................................. 85
9.8. MESTRAS ...................................................................................................................................................... 87
9.9. APLICAÇÃO DA ARGAMASSA (CHAPAMENTO)........................................................................................................ 87
9.10. SARRAFEAMENTO ......................................................................................................................................... 88
9.11. DESEMPENO ................................................................................................................................................ 89
9.12. FELTRAGEM ................................................................................................................................................. 89
9.14. ESPESSURAS RECOMENDADAS ......................................................................................................................... 89
9.15. DETALHES CONSTRUTIVOS............................................................................................................................... 90
9.16. EXECUÇÃO DE REVESTIMENTO EM TETO ............................................................................................................. 92
9.16. NORMAS GERAIS PARA EXECUÇÃO DE REVESTIMENTOS ARGAMASSADOS .................................................................. 93
10. CONTRAPISO ................................................................................................................................ 93
10.1. FUNÇÕES DO CONTRAPISO .............................................................................................................................. 93
10.2. CARACTERÍSTICAS ADEQUADAS ........................................................................................................................ 94
10.3. PROCEDIMENTOS PARA A EXECUÇÃO DO CONTRAPISO .......................................................................................... 94
BIBLIOGRAFIA..................................................................................................................................... 96
FONTES DE PESQUISAS .................................................................................................................... 96
2
APRESENTAÇÃO
3
1. PERFIL PROFISSIONAL NACIONAL
5
2. FERRAMENTAS E ACESSÓRIOS
Medir com o metro é uma operação manual executada pelos profissionais, com
auxílio do “metro”, nas construções em geral, para determinar a distância entre dois
pontos, o tamanho de um objeto, ou determinar, sobre um objeto, qualquer
comprimento.
1º passo: Abra as partes do metro, uma por uma, segurando-o com uma das mãos
e, com a outra, fazendo girar as partes, cuidado para que o metro não se rompa.
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Observações
• Deve-se manter segura a parte do metro já aberta. Enquanto se gira a outra
parte;
• A abertura das partes do metro deve começar pelo início da numeração.
2º passo: Coloque o extremo “zero” do metro no ponto determinado, e faça uma
marca na medida desejada.
Observação
• Em determinados casos, é mais prático fazer coincidir a medida desejada
com o extremo do objeto e marcar no ponto “zero” do metro.
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Precauções:
• Quando não se está utilizando o metro, deve-se mantê-lo fechado;
• Coloque o metro de maneira que o extremo “zero” do mesmo coincida com
um dos pontos.
Observação
• Os pontos cujo intervalo será medido podem ser as marcas (traços) dos
extremos de um objeto.
2.2. Trena
A trena é uma fita de aço ou fibra de vidro, graduada no sistema métrico decimal e no
sistema inglês (polegadas e pés), alojada caixa plástica, dotada de um dispositivo de
recolhimento (mola ou manivela). O seu comprimento varia entre 5,00m e 30,00m.
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Figura 6: Tipos de trena
Fonte: Starrett
2.3. Escantilhão
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Figura 8 : Instalação de escantilhões telescópico com molas –
Fonte: Equipa obra
10
Figura 10: Instalação de escantilhões de tripé
Fonte: Metalúrgica Desterro
2.4. Esquadros
11
Figura 11: Esquadro mão
Fonte: Momfort
12
Figura 13: Uso do esquadro metálico em parede
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2.4.2. Esquadrejamento com uso de instrumento de medição
X = √ Y² + Z²
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Vejamos:
X = √ Y² + Z²
X = √ 80² + 60²
X = √ 6400 + 3600
X = √ 10000
X = 100
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Figura 17: Marcação do 1º e 2º pontos de esquadro 3-4-5
16
Figura 19: Ponto de esquadro 3-4-5 definido
Observações:
• A marcação deverá ser feita cravando-se um prego no ponto B;
• O Zero da trena deverá estar fixo no ponto A.
4º passo: Prolongue a trena até situar a medida de 8 metros em frente ao ponto A,
aproximadamente.
5º passo: Continue prolongando a trena em direção ao ponto A até unir a marca dos
12 metros neste ponto.
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6º passo: Estique a trena um prego na marca dos 8 metros, obtendo o ponto C (figura
20)
7º passo: Coloque uma linha que passe sobre os pontos A e C.
Observação:
• Esta linha estará em esquadro com o alinhamento conhecido, passando pelo
ponto A.
18
Figura 21: Prumo de Face
Fonte: Momfort
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2.6. Prumo de centro
O prumo de centro é usado para marcar centros, alinhamentos e alicerces. É
composto do fio e do prumo. Este tem a forma de cone.
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Figura 24: Nível de bolha - Fonte: Momfort
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2º passo: Nivele a peça na transversal, procedendo conforme o passo anterior.
• Caso as dimensões a nivelar sejam maiores que o comprimento do nível,
utilizar nível com o auxílio da régua desempenada.
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Figura 28: Nivelamento com mangueira nível
Processo de Execução
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Observações:
• A mangueira deve ser de plástico transparente;
• É necessário que esteja limpa e sem dobras;
• Não devem existir vazamentos nem bolhas de ar dentro da mangueira;
• Verifique se a superfície de água nos dois extremos da mangueira está na
mesma altura. Deve-se deixar uma folga de 10cm a 15cm entre a superfície
da água em repouso dentro do tubo e os extremos deste (Figura 30).
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• Marque, com lápis ou giz, um traço horizontal no ponto determinado.
Observações:
• É necessário tampar os extremos da mangueira com os polegares;
• A partir deste passo, o operador necessita de um auxiliar para realizar a
operação;
• Para facilitar a identificação do traço, coloque um símbolo abaixo do mesmo
(Figura 32);
• Coloque uma das pontas da mangueira sobre o ponto inicial, segura pelo
ajudante, mantendo fechado o orifício da mangueira.
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Observações:
• Ponto inicial deverá facilitar o atendimento às condições do projeto;
• É necessário colocar este ponto a uma altura que facilite a execução do
nivelamento, isto é, cerca de um metro acima do piso de trabalho;
• A superfície da água deve estar bem próxima da marca;
• Outro extremo da mangueira também permanecer fechado pelo polegar do
operador;
• Conduza a outra ponta para um segundo local onde marcará o ponto de
nível como no primeiro;
• Os locais dos pontos a serem marcados devem ser escolhidos previamente;
• Quando os locais dos pontos estão muito afastados, colocam-se locais
intermediários provisórios em função do comprimento da mangueira;
• Coloque a outra ponta sobre o local que, a olho, julga estar nivelado com o
primeiro ponto de referência.
Observações:
• Continue a manter os dois orifícios da mangueira, fechados;
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Figura 34: marcação de nível
Observações
• O movimento é necessário para que a água não extravase do tubo e entre
em repouso para indicar o nível.
• O 2º traço deve ser dado pelo operador quando o ajudante avisar que a
superfície da água, na outra extremidade da mangueira coincide com o
primeiro traço.
• Deve-se fazer a marcação de modo que facilite encontrar o traço.
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5º passo: Prossiga nas marcações, repetindo o 3º e 4º passos, até completar o
nivelamento.
Observação:
• É necessário confirmar a precisão da operação, fechando os pontos
nivelados, isto é, conferido se o último ponto está de nível com o primeiro.
Caso não estejam, será preciso refazer o trabalho para eliminar o erro.
2.9. Enxada
A enxada é uma ferramenta auxiliar na preparação das argamassas. Também serve
na escavação para alicerces. O tamanho preferido é de 12” ou 30cm de largura.
Figura 37: Pá
Fonte: Paraboni
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2.11. Argamasseira
É o recipiente adequado para o armazenamento da argamassa no momento da
aplicação. São fabricadas em vários modelos, sendo que o ideal para o trabalho do
pedreiro é com rodízio e regulagem de altura. Quanto ao material pode ser plástico
ou metálico.
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2.13. Colher de pedreiro
A colher é a ferramenta principal do pedreiro. Praticamente todos os trabalhos são
executados com a colher. É usada para assentar tijolos, misturar, chapear e alisar
argamassa. Existem colheres de vários tamanhos e formas. As mais usadas são as
de forma triangular e com os tamanhos de 10, 15 e 20 cm, ou de 4”, 6” e 8”, como
eram designadas antigamente. Estas medidas se referem ao comprimento da paleta,
excluindo-se o cabo. A paleta é de aço, e deve ser completamente lisa, para facilitar
a saída da argamassa. A colher deve ser limpa, não podendo ter argamassa
endurecida nas suas faces, ou ser enferrujada.
A linha serve para alinhar as fiadas de tijolos, azulejos e cerâmicas. Também tem a
sua utilidade na determinação o alinhamento dos elementos da construção.
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2.15. Martelo de corte
É uma ferramenta auxiliar para cortar tijolos, pregar e outros serviços semelhantes. O
martelo tem duas partes: o martelo, fabricado de aço, e o cabo, de madeira. Existem
martelos de diversos pesos. O mais indicado é o de 1,5 kg.
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2.17. Desempenadeiras
2.18. Brocha
A brocha é uma ferramenta auxiliar que serve para molhar o revestimento de parede
e pisos durante os trabalhos de desempenamento.
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2.19. Peneira
É uma ferramenta utilizada para selecionar a areia necessária para serviços como
reboco e assentamento de azulejos. É constituída com uma rede de malhas de aço
com diversas aberturas. Estas vão de 0,3 mm a 2,0 mm. No mercado são adquiridos
com malhas grossas, médias e finas.
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2.21. Lápis estaca
Usados para fazer as marcações necessárias para orientação na execução dos
serviços, como marcação de gabarito, marcação de nível, cortes e outras.
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2.23. Palanque
Equipamento usado para executar trabalho em áreas elevadas internas
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3. ARGAMASSAS E CONCRETOS
3.1. Produção
É o processo pelo qual se realiza a mistura dos componentes da argamassa
(aglomerantes + agregado + aditivos + água). Observando-se a composição,
dosagem, processo e tempo de mistura, para se obter um material com as
características e propriedades adequadas a sua finalidade.
3.2. Composição
A composição diz respeito aos materiais constituintes da argamassa. Cada um
desses materiais apresenta características próprias que interferem nas propriedades
finais da produção, devendo ser consideradas no momento da definição do tipo de
argamassa ou concreto.
3.3. Dosagem
A dosagem se refere á proporção dos materiais, comumente denominada traço. Para
que o produto (argamassa ou concreto) possa cumprir satisfatoriamente suas
funções, os materiais empregados devem ser de boa qualidade, possuindo
características e propriedades adequadas ao tipo de construção e ao local de
aplicação, além de serem compatíveis com as condições ambientais.
Leitura do traço
Argamassa: traço 1:2:8 - cimento:cal:areia:
• O primeiro algarismo 1 representa as partes do cimento;
• O segundo algarismo 2 representa as partes de cal;
• O terceiro algarismo 8 representa as partes de areia.
Concreto: traço 1:2:4 - cimento:areia:brita:
• O primeiro algarismo 1 representa as partes do cimento;
• O segundo algarismo 2 representa as partes de areia;
• O terceiro algarismo 4 representa as partes de brita.
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Medidores dos materiais
A qualidade dos equipamentos de medição dos materiais é um fator de grande
importância no processo de dosagem. A padronização destes equipamentos é que
assegurarão as proporções corretas dos componentes do traço da argamassa e do
concreto.
Geralmente em obras de menor porte são utilizadas latas de 18 litros como medidor
de traço. Em obras de maior complexidade, onde a dosagem deve ser controlada,
são utilizadas as padiolas padronizadas para cada tipo de componentes, conforme o
tipo de traço.
Observações:
• Um saco de cimento é igual a duas latas de 18 litros;
• Em caso de uso de aditivos, observar as recomendações do fabricante.
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3.4. Mistura
A mistura é a etapa da produção na qual se faz a homogeneização dos componentes
por meio manual ou mecânico. Em ambos devem-se tomar as devidas precauções
para se garantir a qualidade da mistura.
No processo mecânico de mistura, devemos atentar para alguns fatores importantes:
Ordem de colocação dos componentes: Não existem regras estabelecidas para a
ordem de colocação dos materiais na betoneira, porém, observando-se as
características dos materiais, o meio de preparo, e o tipo de equipamento pode-se
estabelecer uma ordem mais lógica.
Tempo de mistura: Tempo de mistura é contado a partir da colocação do último
material, e deverá durar sem interrupção, o tempo necessário para a completa
homogeneização da mistura dos componentes, esta duração aumenta de acordo como
volume da betonada, e aumentará quanto mais seco for o concreto. Este é um fator
de relevante importância na produção do concreto. A não observação deste fator
acarretará:
• Tempo reduzido: Prejudica a homogeneidade, e reduz resistência do
produto;
• Tempo elevado: Favorece a segregação e enrijecimento
3.5. Argamassa
É o material resultante da mistura de aglomerantes, agregados (cimento, cal, areia) e
água e, quando necessário, aditivos químicos, utilizados para o assentamento de
blocos de alvenaria, revestimentos de paredes e fixação de componentes da
construção como marcos, contramarcos, suporte, dutos e outros.
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3.5.1. Componentes das argamassas
Aglomerantes
Os aglomerantes são os componentes que tem a finalidade de juntar partículas e
uni-las com o desenvolvimento de sua resistência mecânica.
Cimento: É o componente que dá a resistência mecânica á argamassa. A maior
quantidade de cimento aumenta a resistência e a aderência da argamassa com a
base. Porém, aumenta a retração (ocasiona fissuras) e diminui a capacidade de
absorver deformações da argamassa (resiliência).
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3.5.2. Tabela de traços de argamassas
APLICAÇÕES TRAÇOS
Grupo Subdivisão Cimento Cal Areia Tipo da Areia
1 tijolo - 20 a 22 cm 1 1,5 6 Grossa comum
Alvenaria de Tijolos Maciços 1/2 tijolo - 10 a 11 cm 1 2 8 Grossa lavada
1/4 tijolo - 5 a 6 cm (cutelo) 1 2 8 Grossa lavada
Alvenaria de Tijolos 1 tijolo - 20 a 22 cm 1 1 6 Grossa lavada
Laminados (maciços ou 21 1/2 tijolo - 10 a 11 cm 1 1 5 Grossa lavada
furos)
Alvenaria de Tijolos de 6 1 vez 1 1,5 6 Grossa comum
Furos 1/2 vez 1 2 8 Grossa lavada
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3.5.2. Produção de argamassa
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3.6. Concreto
É o material resultante da mistura de um aglomerante (cimento), um agregado
graúdo (brita ou seixo rolado), um agregado miúdo (areia), água e outros aditivos
químicos.
Aglomerantes
Os aglomerantes são os componentes que tem a finalidade de juntar partículas e uni-
las com o desenvolvimento de sua resistência mecânica.
Agregados
São materiais granulosos e inertes que compõem as argamassas e concreto com a
função de resistir aos esforços, diminuir a retração e o consumo do aglomerante.
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TABELA PRÁTICA DE TRAÇOS DE CONCRETO PARA USO EM OBRAS
CONSUMO DE MATERIAL ALTURA
CARACTERISTICAS POR M3 DE CONCRETO
RESISTÊNCIA
PROVÁVEL NA TRAÇO AREIA AREIA
CIMENTO BRITA 1 BRITA 2 ÁGUA AREIA
UTILI ZAÇÃO COMPRESSÃO EM SECA UMIDA
(Kg) (l) (l) (l) (cm)
(Kg/cm2) VOLUME (l) (l)
514
(10,28
400 1: 1: 2 SACOS) 363 465 363 363 226 28,7
387
350 1: 1 1/2: 3 (7,75 SACOS) 409 524 405 405 189 21,5
374
298 1: 2: 2 1/2 (7,75 SACOS) 528 676 330 330 206 28,7
Obras de 344
responsabilidade 254 1: 2: 3 (7,0 SACOS) 486 622 364 364 210 28,7
319
228 1: 2 1/2: 3 (6,38 SACOS) 562 719 337 337 207 25,9
Colunas
297
Baldrames e
(6,0 SACOS)
Vigas médias 210 1: 2: 4 420 538 420 420 202 28,7
293
195 1: 2 1/2: 3 1/2 (6,0 SACOS) 517 662 362 362 208 23,9
Estrutura de 276
concreto Armado 185 1: 2 1/2: 4 (5,5 SACOS) 487 625 350 350 204 23,9
Cintas de
246
amarração,
(5,0 SACOS)
pequenas lajes. 157 1: 2 1/2: 5 435 557 435 435 195 23,9
229
124 1: 3: 5 (4,58 SACOS) 486 622 405 405 202 28,7
208
100 1: 3: 6 (4,16 SACOS) 441 564 441 441 198 28,7
161
Leitos e Camadas
(3,22
Preparatórias
50 1: 4: 8 SACOS) 456 584 456 456 194 28,7
Observações
Largura = 45 cm
Comprimento = 35 cm
1 saco de cimento equivale a 2 latas de 18 litros
3.6.2. Outros agregados
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Preparo mecânico do concreto:
• Concreto em betoneira sem carregador
1- Certificar qual composição do traço a ser preparado;
2- Medir os componentes criteriosamente utilizando os medidores adequados;
3- Ligar a betoneira;
4- Colocar a brita na betoneira;
5- Adicione metade de água e misture por um minuto;
6- Colocar o cimento;
7- Colocar o resto da água;
8- Colocar a areia;
9- Deixar rodar pelo tempo de 3 a 5 minutos.
• Concreto em betoneira com carregador
1- Certificar qual composição do traço a ser preparado;
2- Medir os componentes criteriosamente utilizando os medidores adequados;
3- Ligar a betoneira;
4- Colocar a água no tambor da betoneira (75% aproximadamente);
5- Colocar no carregador da betoneira 50% da brita;
6- Colocar no carregador da betoneira toda a areia;
7- Colocar no carregador da betoneira todo o cimento;
8- Colocar no carregador da betoneira o restante da brita (50%);
9- Despejar o conteúdo do carregador no tambor da betoneira;
10- Adicionar no tambor da betoneira o restante da água e misture por um minuto;
11- Deixar rodar pelo tempo de 3 a 5 minutos.
IMPORTANTE:
No caso de uso de aditivos, seguir rigorosamente as instruções do fabricante
contidas no rótulo do produto.
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4. FUNDAMENTOS TÉCNICOS DA CONSTRUÇÃO
4.1. Prumo
É o perfeito posicionamento do elemento construtivo em relação ao plano vertical da
construção.
4.2. Alinhamento
É o perfeito alinhamento elemento construtivo em relação aos eixos dados pelo projeto
da planta de eixos da construção.
4.3. Nível
É dado pelo correto posicionamento dos elementos construtivos em relação ao plano
horizontal.
4.4. Esquadro
É a medida correta dos ângulos formados pelos elementos construtivos, como também
pela construção como um todo, obedecendo as medidas dadas pelo projeto.
4.5. Dimensão
É a conformidade das dimensões estabelecidas pelo projeto na execução do serviço,
observando dimensão de vãos, dos panos e dos compartimentos, inclusive as
locações dos vãos.
4.6. Planicidade
É dada pelo aspecto final do elemento construtivo, onde este apresente a superfície
livre de deformações (bacias, barrigas, dentes, frestas, brocas, falhas e rachaduras e
etc.).
4.7. Textura
É o aspecto final da face do elemento construtivo. Conforme a finalidade de uso do
elemento ela pode ser mais áspera ou mais lisa.
46
5. LOCAÇÃO DE OBRAS
47
5.1. Gabarito de locação
Existem diferentes métodos de locação, que usualmente variam em função do tipo de
edifício. O mais usual é o gabarito corrido que consiste de um polígono de madeira
com lados ortogonais que circunscreve a área onde a edificação será locada. No
gabarito são marcados referenciais principais e os eixos e faces dos elementos de
fundações e de estruturas do edifício conforme projeto. Estes eixos, através do
cruzamento de linhas, possibilitam a locação dos elementos desejados sem a
necessidade de aparelhos.
48
Figura 54: Marcação de referência de nível no gabarito de locação
5.3. Demarcações da escavação para alicerces
49
5.3.1. Material, Ferramentas e Utensílios.
Tábuas de pinho, bruto, de 12 x 1’’, pontaletes de pinho 7 x 7, pregos 18 x 27 e
17 x 21, arame recozido n.º 18, nível de bolhas, nível de borracha, metro, trena,
esquadro, prumo de cento, linha, martelo.
5.3.2. Processo de Execução
1º passo: Arme o cavalete de demarcação, conforme os desenhos, nivelando-os a
1,00m acima do piso acabado da casa a ser construída.
2º passo: Demarque no cavalete todas as paredes perpendiculares ao alinhamento,
deslocando um prego 18x27 no ponto do eixo e dois 17x21 nas faces da futura parede.
Acerte o esquadro das paredes externas com o alinhamento.
3º passo: Demarque em seguida as paredes paralelas ao alinhamento prosseguido
conforme fase 2.
4º passo: Estique os arames na direção da parede, cujo alicerce queira marcar.
5º passo: Marque as arestas da parede na terra com auxilio de uma barra de ferro ou
de um sarrafo, guiando-as ao lado dos arames esticados.
Nota
Não esqueça: O alicerce é mais largo do que a parede. A escavação será portanto
mais larga do que a parede ou o alicerce.
50
6. FUNDAÇÕES
6.1. Sondagem
É trabalho técnico que consiste na retirada de amostras do subsolo em diversas
profundidades e locais do terreno, para realizar a avaliação de suas características e
propriedades, com o objetivo de se poder determinar qual o tipo de fundação mais
adequado para a construção.
Na maioria dos casos, a avaliação e o estudo das características do subsolo do terreno
sobre o qual será executada a edificação se resume em sondagens de simples
reconhecimento, mas dependendo do porte da obra ou se as informações obtidas
não forem satisfatórias, outros tipos de pesquisas deverão ser executados.
51
Tabela de Tipos de fundação
O tipo de fundação mais usado para obras de pequeno porte e em solo firme, até
uma profundidade de 60 cm, é a viga baldrame, este tipo de fundação consiste de uma
viga corrida que pode ser executada de vários tipos:
• Viga de concreto armado com molde de forma de madeira;
• Viga de canaleta de concreto com enchimento de concreto e barras de ferro
corrido;
• Alvenaria de tijolos maciços, em bloco simples ou escalonado;
• Pedras compactadas e lastro de concreto simples.
52
Figura 57: Viga baldrame com canaleta de concreto
Fonte: ABCP
53
Caso o terreno não apresente solo firme na profundidade de 60 cm, é necessário
apoiar a viga baldrame sobre estacas de concreto, o que proporcionará maior
estabilidade para a construção.
54
7. ALVENARIA DE VEDAÇÃO
7.1. Juntas
7.1.1. Juntas de interposição
Sistema de execução das alvenarias em que as juntas verticais entre blocos ou tijolos
de fiadas consecutivas são dispostas de uma maneira desencontradas.
55
7.1.3. Junta á prumo ou paralela
56
7.1.5. Juntas verticais não preenchidas
O não preenchendo as juntas verticais possibilita-se que haja uma dissipação, nestas
juntas, das tensões induzidas pelas deformações:
• Intrínsecas (retração e expansão higrotérmicas, deformação lenta, etc.);
• Extrínsecas a ela (deformações da estrutura reticulada).
Objetivos:
• Absorver as deformações;
• Evitar fissuras na própria alvenaria.
57
• Velocidade de absorção (sucção inicial);
• Condições da superfície (partículas soltas, textura, etc.);
• Qualidade de mão-de-obra;
• Tecnologia de assentamento;
• Preenchimento completo da junta;
• Intervalo de tempo entre o espalhamento de argamassa e a colocação do
bloco;
• Intervalo de tempo entre a mistura e o uso da argamassa, etc.
• Condições de cura.
7.2. Amarrações
Entende-se como amarração da alvenaria o engastamento entre painéis de paredes
ou entre as paredes e a estrutura da edificação.
Tipos de amarrações da alvenaria:
• Amarração das Juntas;
• Amarração entre painéis;
• Amarração entre painéis e estrutura.
58
Figura 61: Tipos de ligação entre paineis de alvenaria
59
Figura 62: interação painel–estrutura em estrutura travada pela alvenaria
2º caso: A alvenaria não funciona como travamento e está envolta por estrutura
altamente deformável (pórticos de grandes vãos, lajes do tipo cogumelo, etc.).
3º caso: A alvenaria não funciona como travamento e a estrutura é pouco deformável.
Inclui a grande maioria dos edifícios convencionais.
No 2º e 3º casos a ligação é feita com argamassa de assentamento sobre a face
vertical do pilar previamente limpa e chapiscada, e reforçadas com o uso de ferros de
espera ou tela metálica.
60
7.3. Vergas e contravergas
A presença de vãos nas janelas alvenarias exige a construção de vergas e contra-
vergas de modo a se distribuir da melhor forma os esforços concentrados nas região
dos vãos. As vergas são pequenas vigas de concreto que sustentam as cargas sobre
elas depositadas (cargas localizadas sobre o vão) e redistribuem estas cargas nas
regiões laterais aos vãos.
As vergas e contra-vergas podem ser moldas in loco ou pré-moldadas, sendo que a
segunda situação é a mais comumente utilizada. Em situações particulares as vergas
e contra-vergas poderão ser substituídas pelo assentamento de canaletas
posteriormente preenchidas (no caso de alvenarias de blocos de concreto).
7.3.1. Verga
Viga de concreto armado colocada sobre as aberturas nas alvenarias, tais como,
vãos de portas e janelas, com a função de sustentar os elementos construtivos sobre
elas e impedir a transmissão de esforços para as esquadrias, quando existirem.
61
Figura 64: funcionamento de vergas e contravergas
O dimensionamento das vergas e contravergas deverá ser tal que atenda aos valores
indicados na tabela abaixo:
Verga Contra-Verga
Vão L Traspasse Mínimo Comprimento Vão L Traspasse Comprimento
(cm) (cm) Máximo da parede (cm) Mínimo (cm) Máximo da parede
(m) (m)
50 à 100 10 < 8,0 50 30 < 8,0
100 à 180 20 < 8,0 100 40 8,0 - 12,0
180 à 320 30 < 12,0 320 60 8,0 - 12,0
62
7.4. Aperto ou acunhamento
O aperto ou acunhamento consta da interposição de materiais resistentes entre a
alvenaria e o concreto, devidamente consolidados, de forma a evitar folgas e trincas
nas juntas entre estes elementos.
Por este processo, ao se executar a alvenaria, deixa-se um espaço livre entre sua
extremidade superior e a estrutura da edificação (viga ou laje). Este espaço será
posteriormente preenchido por cunhas de cimento ou por tijolos cerâmicos maciços,
fortemente apertados e argamassados, ou por "argamassa expansiva”, própria para
este fim, travando-a em relação ao restante da estrutura.
63
Figura 65: Acunhamento com argamassa expansiva
Processo de Execução
1º passo: Assentar argamassa na marcação.
64
2º passo: Assentar o 1º tijolo na argamassa e bater com a colher.
65
7.5.1.Assentamento de parede de tijolo de 112 vez
1' Fiada
li li li li li
2' Fiada
12 Tjao
I li li li li li
GG
7.5.2.Assentamento de parede de tijolo de 1 vez
1.a Fiada
2' Fiada
67
7.5.3.Construção de parede de 112 vez com pilar de reforço de tijolo de 1 vez
1• Fiada
2" Fiada
I I
11 Iu I I
BBBI I I I I I fgg
I[J[lOOOI
00000
GB
7.5.4. Construção de parede de canto em ângulo reto de tijolo de 1/2 vez
69
7.5.5.Construção de parede de canto em ângulo reto de tijolo de 1 vez
1/2lljUD
1fHIDIO
/
70
7.5.6.Ugação de paredes de tijolo de 112 vez em ângulo reto
1• Fiada
2' Fiada
C l Cl - 112 11):10
a
71
7.5.7. Ligação de paredes de tijolo de 112 vez em cruz
72
8. CONTRAMARCOS E ESQUADRIAS
8.1.3. Recomendações
• Alvenaria deve estar concluída e chapiscada com vãos das aberturas com
folgas de 3 a 7 cm de cada lado;
• A estrutura deverá estar concluída para que seja possível aprumar os
contramarcos a partir de fio de prumo externo;
• As taliscas das paredes internas também devem estar indicando o plano
final do acabamento;
• Deverá haver uma referência de nível do peitoril em relação ao piso
acabado padrão para todas as janelas do mesmo pavimento;
• Controlar a uniformidade de medidas dos contramarcos em um conjunto de
peças de mesmas dimensões.
73
• Fechar o quadro do contramarco, com a colocação de vedante de silicone
nos vértices, pontos mais vulneráveis às infiltrações;
• Assentar os contramarcos, com o auxílio de gabaritos de metalon, evitando
deformações e sobretudo garantindo o esquadro dos vãos;
• O uso de cunhas de madeira para a sua fixação dos contramarcos pode
acarretar:
a) Torsão do perfil, impossibilitando a montagem das esquadrias;
b) Ponto de infiltração, decorrente da não retirada dessas cunhas após
a conclusão do chumbamento.
• Devido o coeficiente de dilatação diferente entre o contramarco e o
substrato de assentamento, recomenda-se a aplicação de um mastique
flexível no ponto de junção entre o contramarco e o material de
revestimento;
• Quando da execução do acabamento do vão onde será instalada a
esquadria, deve haver especial quanto à possível redução deste vão no ato
de assentamento do revestimento circundante, o que poderá dificultar ou até
mesmo impossibilitar a instalação da peça.
74
h) Encaixar os chumbadores (grapas metálicas) no contramarco em número
suficiente (ver norma e indicação do fornecedor);
i) conferir novamente esquadro, nível, prumo e alinhamento;
j) fazer o chumbamento definitivo com argamassa de cimento e areia média, no traço
1:3, apenas nos pontos de ancoragem;
k) aguardar 24 horas e completar o preenchimento com argamassa e dar o
acabamento (requadro);
l) no caso de contramarcos de portas é recomendável a colocação de uma proteção
na soleira para evitar que o trânsito de carrinhos e pessoas danifique a peça de
alumínio;
m) após 24 horas podem ser retirados os sarrafos.
8.2.1. Batente
É o elemento fixo que guarnece o vão da parede onde se prende a folha de porta, e
que tem um rebaixo (jabre) contra o qual a folha de porta se fecha.
75
8.2.2. Folha
O processo para a fixação dos batentes das portas vai depender do tipo de parede,
de batente, tipo de porta etc. Seja qual for o método, o principal cuidado deve ser em
relação às medidas, prumos, níveis e alinhamentos.
Qualquer desvio dimensional na colocação dos batentes irá provocar o
funcionamento incorreto da porta, obrigando a retrabalhos, aumento de custos e
atrasos na entrega da obra e insatisfação do cliente.
8.2.5. Recomendações
76
• Posicionar a travessa já cortada na medida indicada sobre os montantes e
fixar com pregos 18x36, fazendo furos com broca de 5 mm na madeira para
evitar rachaduras;
• Conferir o esquadro entre os montantes e a travessa e fixar os travamentos
(sarrafos de 1"x2") já devidamente cortados com pregos 15x15.
9.1.1. Emboço
78
9.1.2. Reboco
Importante:
Não é função do revestimento argamassado corrigir imperfeições grosseiras
decorrentes das falha de execução das alvenarias e da estrutura.
Massa específica
A massa específica é a relação entre a massa da argamassa e o seu volume. A
massa específica é fundamental na dosagem das argamassas, para a conversão do
traço em massa para traço em volume, que é comumente empregado na produção
das argamassas.
79
Teor de ar incorporado
É a quantidade de ar existente em um determinado volume de argamassa. Quanto
maior o teor de ar, menor será a massa específica relativa da argamassa.
O teor de ar da argamassa pode ser aumentado através dos aditivos incorporadores
de ar. Sendo o uso desses aditivos realizado de modo criterioso, pois pode interferir
negativamente nas demais propriedades da argamassa.
Trabalhabilidade
É a propriedade da argamassa, que propicia ao profissional a facilidade de preparo,
manuseio e aplicação. Uma argamassa é considerada trabalhável quando:
• Deixa penetrar facilmente a colher de pedreiro, sem ser fluida;
• Mantém-se coesa ao ser transportada, mas não adere à colher ao ser
lançada;
• Distribui-se facilmente e preenche todas as reentrâncias da base;
• Não endurece rapidamente quando aplicada.
Alguns fatores que influenciam na trabalhabilidade da argamassa, como:
• As características dos materiais constituintes da argamassa;
• O traço;
• O uso aditivos incorporadores de ar.
Retenção de água
É a capacidade de a argamassa reter a água de amassamento, evitando assim a
perda acelerada de água seja pela absorção pela base ou pela evaporação. Isto
permite que as reações de cura da argamassa seja gradativa, proporcionando a
adequada hidratação do cimento e conseqüente ganho de resistência.
A perda acelerada de água compromete as propriedades da argamassa em seu estado
endurecido, como:
• Aderência;
• Capacidade de absorver deformações;
• Resistência mecânica;
• Durabilidade;
• Estanqueidade.
80
9.3.2. Propriedades da Argamassa no estado endurecido
Aderência
É a capacidade da argamassa de se fixar ao substrato, e ocorre devido ao
endurecimento do aglomerante (cimento) que penetra nos poros superficiais da base
junto com a água de amassamento, estabelecendo a ancoragem mecânica da
argamassa nas reentrâncias e saliências da base.
Os principais responsáveis pela aderência são: teor de cimento, retenção de água,
características do substrato, qualidade da mão-de-obra.
Capacidade de absorver deformações
A argamassa deve ser capaz de absorver as deformações da base e dela própria, sem
apresentar fissuras nem diminuir sua aderência. Esta propriedade está diretamente
relacionada com o módulo de deformação e é inversamente proporcional à resistência
à compressão da argamassa.
As deformações ocorrem, na argamassa fresca, devido à perda de água decorrente
da sucção da base e pela evaporação ao ambiente. Depois de endurecida, são
decorrentes de tensões geradas por gradientes de temperatura, umidade, vibrações,
sobrecargas e outros.
Resistência mecânica
As argamassas devem possuir resistência mecânica compatível com os esforços a
que será solicitada. Em argamassas de assentamento para alvenarias estruturais, a
resistência à compressão é uma propriedade fundamental. No caso de argamassas
de revestimento, entretanto, a argamassa deverá possuir resistência a esforços de
abrasão superficial, cargas de impacto e movimentos de contração e expansão do
revestimento em função de variações higrotérmicas (temperaturas e umidades), mas
a resistência à compressão não deve ser elevada.
Permeabilidade
É a capacidade da argamassa de permitir a passagem de água por meio de uma
rede de poros. É influenciada principalmente pela proporção e natureza dos materiais
constituintes, pela técnica de execução, pela espessura da camada, pela natureza da
base e por fissuras existentes.
A permeabilidade ao vapor da água, é recomendável, pois favorece a secagem da
parede e impede a condensação de água em sua superfície.
81
Características da superfície
A rugosidade e a porosidade superficiais estão relacionadas com o acabamento e
com a compatibilização com o sistema de pintura, além de influenciar na
estanqueidade, resistência mecânica e durabilidade.
Durabilidade
Principais condições de exposição a serem consideradas no projeto do revestimento
argamassado: movimentações de origem térmica, higroscópica ou impostas por
forças externas ao revestimento, espessura excessiva do revestimento e crescimento
de microorganismos.
82
Limpeza da base
A limpeza da base deve ser feita por meio da escovação, lavagem ou jateamento,
dependendo da extensão e dificuldade de remoção das sujeiras. Essa limpeza deve
proporcionar a eliminação de elementos que venham a prejudicar a aderência, tais
como: pó; barro; fuligem; graxas e óleos desmoldantes da estrutura; fungos e
eflorescências.
Eliminação de irregularidades
A eliminação das irregularidades superficiais, como as rebarbas de concretagem e os
excessos de argamassa nas juntas, remoção de incrustações. Caso não seja
possível a remoção das incrustações, elas devem ser cortadas e aplicada tinta anti-
óxido de boa qualidade sobre o local.
Também deve ser feito o enchimento de furos, rasgos e depressões com argamassa
apropriada.
Reforço com tela metálica
É a colocação de telas metálicas nos pontos de interação alvenaria-estrutura,
visando atenuar as elevadas tensões que ocorrem nestes locais em função das
deformações decorrentes do trabalho da estruturas. Adota-se também este
procedimento nos casos em que os revestimentos apresentem espessuras
superiores ao limite máximo recomendado por norma.
9.6. Chapisco
É a primeira camada aplicada sobre superfícies de concreto ou alvenaria, tendo a
função de garantir a aderência do revestimento à base.
A argamassa do chapisco é bastante fluída, e deve ser aplicada sobre as superfícies
previamente umedecidas e tem a propriedade de produzir um véu impermeabilizante,
além de criar um substrato de aderência para a fixação de outro elemento.
O chapisco deve ser sempre aplicado nas fachadas e nas superfícies de concreto, de
acordo com as especificações do projeto.
Existem diferentes tipos de chapisco, sendo que cada um apresenta características
especificas:
Chapisco tradicional: Argamassa de cimento, areia e água, adequadamente
dosada resulta em uma película rugosa, aderente e resistente, apresenta um elevado
índice de desperdício, em função da reflexão do material, pode ser aplicado sobre
alvenaria e estrutura.
83
Figura 75: Chapisco tradicional
Fonte: Explicativo construção
Chapisco rolado: obtido da mistura de cimento e areia, com adição de água e resina
acrílica argamassa bastante plástica, aplicada com um rolo para textura acrílica em
demãos. Pode ser aplicado na fachada, tanto na estrutura como na alvenaria
proporciona uma elevada produtividade e um maior rendimento do material, e
necessita do controle rigoroso da produção da argamassa e da sua aplicação sobre a
base.
84
Figura 77: Chapisco rolado
Fonte: Quartzolit
9.7. Taliscamento
Observações
86
9.8. Mestras
As mestras são faixas estreitas e contínuas de argamassa feitas entre duas taliscas,
que servem de guia para a execução do revestimento. Através desses elementos,
fica delimitada uma região onde será aplicada a argamassa. Sobre as mestras, a
régua metálica é apoiada para a realização do sarrafeamento.
Observações
87
Figura 81: Detalhe de chapamento de argamassa
Fonte: UEPG
9.10. Sarrafeamento
Após ser aplicada a argamassa e esta atingir o ponto de trabalho, segue a atividade
do sarrafeamento, que consiste no aplainamento da superfície revestida, utilizado
uma régua de alumínio apoiada nos referenciais de espessura, descrevendo um
movimento de vaivém de baixo para cima. Concluída essa etapa, as taliscas devem
ser retiradas e os espaços deixados por elas, preenchidos.
88
9.11. Desempeno
O desempeno consiste em imprimir a desempenadeira, certa pressão, sobre a
superfície do emboço ou do reboco, e fazendo movimentos circulares, buscando
obter uma superfície mais plana. Essa operação pode exigir a aspersão de água
sobre a superfície.
9.12. Feltragem
A feltragem consiste na fricção da superfície do revestimento com um pedaço de
esponja ou com uma desempenadeira com espuma, realizando movimentos
circulares. A feltragem proporciona uma textura mais lisa e regular para as
superfícies, sendo recomendado no caso do acabamento final especificado do
revestimento ser uma pintura com tintas minerais, com látex acrílico sobre massa
acrílica ou com textura acrílica em uma única demão.
Observações
89
Tabela de espessuras admissíveis para o revestimento de argamassa
As juntas de trabalho são definidas como o espaço regular cuja função é subdividir o
revestimento para aliviar tensões provocadas pela movimentação da base ou do
próprio revestimento. Elas podem ser horizontais ou verticais.
O espaçamento entre juntas de trabalho varia com alguns fatores, tais como: as
características de deformabilidade do substrato; a existência de aberturas; as
condições de exposição.
De uma forma geral, as juntas do revestimento são mais freqüentes no revestimento
de fachada. Nesse caso, recomenda-se que as juntas horizontais estejam localizadas
a cada pavimento e as verticais a cada 6 m, para painéis superiores a 24 m². Essa
junta deve ser executada logo após a conclusão de pano do emboço ou da massa
única, em uma região delimitada, utilizando-se ferramentas adequadas, que
permitem o seu adequado posicionamento e alinhamento.
9.15.2. Peitoris
O peitoril é um detalhe que protege a fachada da ação da chuva e que precisa ser
devidamente projetado.
Recomenda-se que o peitoril avance na lateral para dentro da alvenaria, ressalte do
plano da fachada, pelo menos 25 mm, e apresente um canal na face inferior para o
descolamento da água, que é usualmente denominado pingadeira. O caimento do
peitoril deve ser de 7%, no mínimo.
Ainda é recomendado o emprego de um peitoril pré-moldado ou de pedras naturais,
com textura lisa, apresentando baixa permeabilidade à água.
90
9.15.3. Pingadeiras
As pingadeiras são saliências ou projeções da fachada que podem ser feitas com
argamassa, com pedras ou com componentes cerâmicos e que servem para o
descolamento do fluxo de água sobre a fachada.
As pingadeiras de argamassa devem ser executadas após a conclusão do
revestimento e estar associada a uma junta de trabalho na sua face inferior. Elas
devem avançar cerca de 4 cm do plano da fachada.
As pingadeiras, constituídas por faixas de cerâmica ou de pedra, devem ser fixadas
ao revestimento, já concluído, com uma argamassa colante aplicada sobre o
revestimento e sobre o tardoz dos componentes cerâmicos ou da pedra.
Essa faixa deve se projetar, no mínimo, 20 mm da superfície do revestimento e,
também, deve estar associada a uma junta de trabalho na sua face inferior. Na face
superior da faixa, é necessário fazer um acabamento em argamassa com inclinação
de 45º.
As quinas e os cantos também são detalhes que devem ser considerados do projeto,
porque envolvem aspectos que irão interferir nas atividades de execução do
revestimento e na sua programação. Esses detalhes podem representar um ponto
frágil ou de fácil penetração da água, quando não definidos e executados
corretamente.
91
É recomendado que a argamassa armada seja feita em revestimentos com
espessura maior ou igual a 30 mm. A ponte de transmissão pode permitir uma
espessura menor do revestimento de, no mínimo, 20 mm.
Observações
92
9.16. Normas gerais para execução de revestimentos argamassados
• As superfícies a revestir deverão ser limpas e molhadas antes de qualquer
revestimento ser aplicado;
• Preferencialmente, antes de ser iniciado qualquer serviço de revestimento,
deverão ser instalados e testados todos os dutos embutidos dos sistemas
elétricos, de comunicação, gás e hidro-sanitários;
• As superfícies estruturais em concreto, tijolos laminados ou prensados,
serão previamente chapiscadas, logo após o término da elevação das
alvenarias;
• O emboço só será aplicado após completa pega da argamassa de
assentamento das alvenarias e do chapisco, e as superfícies deverão ser
molhadas convenientemente antes do processo;
• Quando houver necessidade de espessura de emboço acima de 2 cm,
deverão ser executados em camadas, respeitando a espessura de 1,5 cm
cada;
• No caso de uso de cal hidratada usada na confecção das argamassas para
emboço, deve ser peneirada, para eliminar os grãos de cal, que se existirem
na argamassa, darão origem ao processo de hidratação higroscópica
retardada, cuja conseqüência é o aparecimento do vulgarmente chamado
empipocamento do revestimento;
• Uso da nata de cal na argamassa para reboco deve passar pelo processo
de hidratação completa, deixando-se o elemento descansar pelo menos 3
dias, ou seja, 72 horas, em lugar protegido do sol e ventilação.
10. CONTRAPISO
93
• Regularizar a base;
• Promover desníveis entre os ambientes.
Observações:
95
BIBLIOGRAFIA
FONTES DE PESQUISAS
www.alumitec.com.br;
www.dutramaquinas.com.br;
www.elmeza.ind.br;
www.equipaobra.com.br;
www.faber-castell.com.br;
www.famastil.com.br;
www.irwin.com.br;
www.mdesterro.com.br;
www.momfort.com.br;
www.monofil.com.br/;
www.mplan.com.br;
www.paraboni.com.br;
www.pinceistigre.com.br;
www.starret.com.br;
www.tramontina.com.br;
www.explicativoconstrucao.spaces.live.com.
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