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IXSIIWGA

IX SIMPÓSIO INTE.RNACIONAL
X SIMPÓSIO NACIONAL DE
GE.OGRAFIA AGRÁRIA

PllRll ALE.M DllS


CERCAS QUE. NOS CE.GAM:
As NATURE.ZAS DllS
R-EXISTÊNCIAS
NO CAMPO Nll
JlMÉ.RICA LATINA

ANAIS
UNIVERSIDL\DE FEDERL\L
DE PERNL\MBUCO (UFPE)
RECIFE - PE, 2019
ISBN:
Universidade Federal de Pernambuco
Recife - 2019
DADOS CATALOGRÁFICOS

Publicado por:

Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre Espaço Agrário e Campesinato - LEPEC


Departamento de Geografia
Programa de Pós-Graduação em Geografia

Endereço:
Universidade Federal de Pernambuco – Campus Recife
Centro de Filosofia e Ciências Humanas – CFCH, 5º andar, sala 503
Av. Prof. Moraes Rego, 1235 - Cidade Universitária, Recife - PE - CEP: 50670-901 | Fone
PABX: (81) 2126-7371.

Edição dos Anais Digital:


Isabella da Silva Nascimento

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

S612p Simpósio Internacional de Geografia Agrária - SINGA (9. : 2019 : nov. 11-
15 : Recife, PE).
Para além das cercas que nos cegam : as naturezas da r-existência
na América Latina : anais do IX Simpósio Internacional de Geografia
Agrária [e] X Simpósio Nacional de Geografia Agrária / [organização] :
Universidade Federal de Pernambuco. Laboratório de Estudos e
Pesquisas sobre Espaço Agrário e Campesinato - LEPEC. – Recife: Ed.
UFPE, 2019.
445 p.

Inclui referências
ISBN: 978-85-415-1148-3

1. Geografia agrícola – Brasil – Congressos. I. Simpósio Nacional de


Geografia Agrária (10. : 2009 : nov.11-15 : Recife, PE). II. Universidade
Federal de Pernambuco. Laboratório de Estudos e Pesquisas sobre
Espaço Agrário e Campesinato - LEPEC. III. Título.
630.981 CDD (22.ed.) UFPE (BC2019-076)

Catalogação na fonte:
Kalina Ligia França da Silva – CRB1-1408

©Todos os direitos reservados. Permitido a publicação parcial desde que citada a fonte.
PANORAMA DO PROJETO “AGTER - TERRA LIVRE”: Extensionismo rural recente no Oeste da
Bahia...................................................................................................................................3870
Larissa Vieira da Silva
Rubio José Ferreira

A ATUAÇÃO DAS CENTRAIS DE ABASTECIMENTO E DAS COOPERATIVAS NA


COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS AGRÍCOLAS NO
BRASIL................................................................................................................................3883
Larissa Oliveira Dionisio
Antonio Nivaldo Hespanhol

ASSENTAMENTO SANTA CATARINA- PB: POLÍTICAS PÚBLICAS E A CONVIVÊNCIA COM O


SEMIÁRIDO.........................................................................................................................3895
Micaele de Assis da Silva
Nelcilene Lima da Silva

A ATUAÇÃO DA JUVENTUDE RURAL NO CAMPO E A BUSCA POR


DIREITOS............................................................................................................................3907
Layane Lopes do Espirito Santo

ESTRUTURA FUNDIÁRIA CEARENSE E PRODUÇÃO DO ESPAÇO Uma Interpretação


Geográfica ..........................................................................................................................3910
Israel Rodrigues Bezerra

POR UMA CRÍTICA EMANCIPATÓRIA DA POLÍTICA FUNDIÁRIA DOS IMÓVEIS DA UNIÃO


DIRECIONADA AOS POVOS E COMUNIDADES TRADICIONAIS NO
BRASIL................................................................................................................................3926
Limites e desafios à luz da colonialidade do poder do Estado Brasileiro.
Francine F. B. Cavalcanti

A FEIRA DO PRODUTOR E SUA INFLUENCIA SOBRE A PAISAGEM DA VÁRZEA AMAZÔNICA:


a experiência produtiva das comunidades ribeirinhas do Furo Cachoeiry – Oriximiná – Pá (2008-
2018)...................................................................................................................................3940
Elisane Pereira da Silva
Ricardo Gilson da Costa Silva

ARROZ E MANDIOCA NA MICRORREGIÃO DA BAIXADA MARANHENSE: Os contrastes na


produção e seus impactos socioeconômicos........................................................................3955
Thiago Ronyerisson Silva Costa
Igor Breno Barbosa de Sousa

POLÍTICAS PÚBLICAS E A (RE)PRODUÇÃO DO CAMPESINATO NO MUNICÍPIO DE FEIRA DE


SANTANA – BA....................................................................................................................3968
Wodis Kleber Oliveira Araujo

ALÉM DA SERRA GAÚCHA: uma discussão sobre a vitivinicultura em outras regiões


gaúchas...............................................................................................................................3992
Vanessa Manfio
Vinício Luís Pierozan
ARROZ E MANDIOCA NA MICRORREGIÃO DA BAIXADA MARANHENSE: Os
contrastes na produção e seus impactos socioeconômicos

Thiago Ronyerisson Silva Costa 1


Igor Breno Barbosa de Sousa 2

Palavras-Chave: Agricultura Familiar. Arroz. Desenvolvimento. Mandioca.

Introdução

A produção agrícola na microrregião da Baixada Maranhense decorre, em grande parte,


da agricultura familiar, o qual destaca-se o tradicional sistema de corte e queima da vegetação
para implementar os roçados, técnica conhecida como “roça do toco”, aderente ao processo de
produção. A microrregião da Baixada Maranhense possui uma área total de 36.926 hectares
destinados a agricultura, destacando-se as principais culturas: o milho, melancia, cana-de-
açúcar, arroz e mandioca, estas duas últimas responsáveis por mais da metade da área plantada
(hectare) e da quantidade produzida (tonelada).
Conforme descrito, a cultura da mandioca caracteriza-se como forte e tradicional na
microrregião da Baixada Maranhense, sendo cultivada principalmente para a produção de
farinha d’agua, entretanto, esta é produzida de forma rústica. Assim sendo, verifica-se que a
segurança alimentar e nutricional na produção de derivados da mandioca é indispensável, visto
que contribui para o sustento e a obtenção de renda dos pequenos produtores da microrregião
em análise, contribuindo para o seu desenvolvimento.
Neste sentido, a cultura da mandioca apresenta grande importância para a agricultura
familiar, visto que grande parte da produção da mandioca é utilizado para sustento próprio e
venda do excedente desta é destinado a fabricação de farinha, tapioca, sequilhos, bolos, pão,
pizza, pastel, dentre outros. Por fim, é uma cultura que possui forte adaptação edafoclimática,
com período de colheita flexível, sendo uma opção de cultivo de alta popularidade entre os
agricultores locais, dado que a produção na microrregião da Baixada Maranhense é de 0,25
quilos por pessoa/ano.

1
Bacharel em Administração pela Universidade CEUMA – UNICEUMA. Graduando em Geografia Bacharelado
pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, e-mail: ronyrmm@hotmail.com
2
Bacharel e Licenciado em Geografia. Mestrando do Programa de Pós-graduação em Desenvolvimento
Socioespacial e Regional, ambos pela Universidade Estadual do Maranhão – UEMA, e-mail:
iggor_breno@hotmail.com

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Por sua vez, o arroz é cultivado em sua maioria junto a outras culturas, técnica conhecida
como policultura, destacando-se o consórcio com o milho e o feijão, sendo pouco frequente o
cultivo isolado, está técnica permite o uso do terreno para cultivar várias culturas e maximizar
o espaço a ser utilizado. Neste contexto, o arroz é cultivado em terras baixas, caracterizando a
agricultura de vazante, que destaca-se perante outras técnicas de cultivo na microrregião da
Baixada Maranhense em decorrência dos solos serem relativamente mais férteis.
Seguindo esta análise, o cultivo de arroz é caracterizado pela baixa utilização de insumos
químicos, onde o cultivo é normalmente realizado pela agricultura familiar com o uso de
instrumentos simples e em pequenos estabelecimentos rurais. Portanto, a produção de arroz é
destinada ao sustento dos pequenos agricultores e de suas famílias e o excedente é transportado
e beneficiado em outros estados, retornando ao Maranhão como produto industrializado
destinando-se ao consumo humano.
Nessa situação, acredita-se que o estudo a compreensão da temática abordada, visa a
contribuir para disseminar o conhecimento acerca dos fatores que influenciam o contraste na
produção das culturas de arroz e mandioca nos últimos cinco anos, conforme dados do
SIDRA/IBGE para a microrregião da Baixada Maranhense, além dos métodos e técnicas
utilizadas para o cultivo destas culturas. Assim, o estudo visa disponibilizar informações a
sociedade acerca da produção do arroz e da mandioca e sua importância para o desenvolvimento
socioeconômico da região, para a ciência, ao enfatizar a utilização de banco de dados oficial e
para os pesquisadores que passam a dispor de informações baseadas em pesquisas de cunho
bibliográfico.
Para compreender o fenômeno em análise e chegar ao objetivo proposto, o presente
artigo tem como problema de pesquisa: Quais fatores influenciam os contrastes da produção
das culturas de arroz e mandioca na microrregião da Baixada Maranhense? Tal questionamento
há de requerer tanto uma revisão bibliográfica quanto a utilização de instrumentos de coleta de
dados secundários. A partir disso, buscamos identificar os impactos socioeconômicos
decorrente do contraste na produção das culturas de arroz e mandioca na microrregião da
Baixada Maranhense, assim, a utilização do método Materialismo Histórico e Dialético fez-se
importante, pois para Marx (2008, p. 40):
[...] nenhuma produção é possível sem um instrumento de produção, embora esse
instrumento não fosse senão a mão; sem trabalho passado, acumulado, embora esse
trabalho fosse somente a destreza que o exercício repetido desenvolvera e concentrara
na mão do selvagem. O capital, entre outras coisas, é também um instrumento de

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trabalho, é trabalho passado, objetivado. Logo, o capital é uma relação natural, geral,
pois separa precisamente o que é específico e o que do "instrumento de produção", do
"trabalho acumulado", se torna capital.

E por fim, por captar o movimento da história, define-se como uma dialética relacional
Bottomore (1987). A abordagem utilizada na pesquisa foi a quantitativa, para obter informações
as quais procura-se um retorno para que seja possível descobrir novos meios para sanar tal
problemática. De acordo com Fonseca (2002, p. 168) “as respostas da investigação quantitativa
podem ser calculadas”. Como os padrões, em geral, são amplos e vistos como específicos das
variáveis em investigação, os resultados são tomados como se estabelecessem um retrato
concreto de todos os dados envolvidos na pesquisa.
Ademais, perfaz a sua composição ao utilizar-se de dados do Sistema IBGE de
Recuperação Automática (SIDRA), com resultados do Censo agropecuário de 2017 e Produção
Agrícola Municipal (PAM), cujo objetivo é analisar os dados acerca do cultivo e produção das
culturas de arroz e mandioca para o período que compreende os anos de 2013 a 2017. Deste
modo, abrimos a possibilidade em elaborar um banco de dados que faculta a disponibilidade de
informações pertinente aos dados agropecuários da microrregião da Baixada Maranhense.
Por fim, para que o presente artigo atinja o objetivo proposto é necessário que se faça
uma contextualização acerca das teorias, livros, artigos e teses existentes, do qual sua aplicação
será de dar consistência técnica a este trabalho. Neste sentido é requerida uma abordagem aos
seguintes temas: Breves considerações sobre a agricultura familiar, principais culturas agrícolas
da Microrregião da Baixada Maranhense, fatores que evidenciam o contraste na produção e os
impactos socioeconômicos que entende-se em conjunto ser o caminho para a análise do
problema suscitado neste artigo.

1. Breves considerações sobre a agricultura familiar

O contexto acerca das definições da agricultura familiar no Brasil inicia-se de forma


democrática a partir de 1980 após o fim da ditadura militar, embora nesse período, as discussões
e expectativas tenham sido mitigados pela aprovação de ferramentas antirreformistas durante a
Constituinte de 1988. Assim, o reconhecimento da agricultura familiar no Brasil, emana-se de
três modelos principais, distintos, mas que se complementam. O primeiro relaciona a
importância política e os atores que constituem seus representantes, como a Federação dos
Trabalhadores na Agricultura Familiar (FETRAF) como organização específica da agricultura

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familiar e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG), que nos anos
1990, passou a fazer uso da categoria agricultor familiar. A segunda refere-se ao
reconhecimento institucional facultado pela definição de espaços no Estado, elaboração de
políticas públicas e pela Lei da Agricultura Familiar. E a terceira advém do trabalho para retrair
conceitos negativos a este modelo de agricultura (PICOLOTTO, 2015).
Neste contexto, assegura-se o papel da agricultura familiar em seu contexto histórico
para o desenvolvimento do Brasil e sua contribuição para o desenvolvimento econômico e
social o qual destaca-se a produção de alimentos. Dito isto, Schneider (2018) argumenta que
algo semelhante vem ocorrendo com as pesquisas acerca das relações de trabalho e os sistemas
de produção na agricultura familiar, e as análises em relação ao modelo de uso da terra e forma
de propriedade, para garantir ao Brasil a resolução de seus problemas com os processos de
segurança alimentar e a redistribuição de alimentos.
Neste contexto, destaca-se a sistematização da agricultura familiar frente as relações de
trabalho, uso da terra e desenvolvimento econômico e social. Logo Picolotto (2015)
complementa ao afirmar que é por meio da luta simbólica movida pelo sindicalismo, por setores
acadêmicos e do Estado que a agricultura familiar passou a ser associada com adjetivos
considerados positivos, tais como: moderna, eficiente, sustentável, compassiva e produtora de
alimentos. Tais reversões de valores estão estreitamente vinculadas ao processo de construção
da agricultura familiar enquanto modelo de agricultura do tempo presente e do agricultor
familiar como personagem político
Em vista disso, Schneider (2018) argumenta que o resgate analítico do sentido
acadêmico, político e social nas relações de trabalho do meio rural e do estudo das sociedades
e grupos que hoje vivem fora dos centros urbanos não assentam-se mais diante das mesmas
bases do passado, intentando que este tema implica usualmente a discutir a produção
agropecuária, os sistemas de produção, o comércio e as trocas agrícolas, a tecnologia, a estrutura
fundiária, a inversão de capital, entre outros focos então privilegiados, e buscar saber quais são
os mecanismos que levariam os agricultores e os habitantes do meio rural a adentrar na
economia de mercado.
Neste caso, Picolotto (2015) argumenta que a produção destes conjuntos de atores e o
reconhecimento que alcançaram, enuncia que a definição atual da categoria agricultura familiar
é resultado de um trabalho de construção política e de sentidos realizada nos embates travados

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em um "campo de forças" em que atuaram atores diversos, como da academia, do Estado e de
organizações que apresentam-se como representantes dos pequenos agricultores em geral, ou
de uma parcela deles, ao mesmo tempo em que são construtores de modelos de exploração na
agricultura e de visões de mundo.
Assim, faz-se necessário explicitar-se o conceito de agricultura familiar, que engloba:
[...] a gestão, a propriedade e a maior parte do trabalho vêm de indivíduos que mantêm
entre si laços de sangue ou de casamento. Que esta definição não seja unânime e
muitas vezes tampouco operacional é perfeitamente compreensível. A definição de
agricultura familiar, para fins de atribuição de crédito, pode não ser exatamente a
mesma daquela estabelecida com finalidades de quantificação estatística num estudo
acadêmico. O importante é que estes três atributos básicos estão presentes em todas
elas. (SCHNEIDER 2012, p. 41 apud ABRAMOVAY, 1997, p. 3)
Seguindo este conceito, a agricultura configura-se como sendo essencial para o
desenvolvimento econômico, assim como, o pequeno produtor rural em regime de agricultura
familiar que é um dos responsáveis por atender a demanda crescente por alimentos. Cabe
lembrar que o termo agricultura familiar aqui utilizado refere-se àquele definido pela Lei no
11.326, de 24 de julho de 2006, que estabeleceu critérios para a sua definição e permitindo sua
inserção nas estatísticas oficiais. Por isso, Junqueira e Lima (2008), afirmam que o setor rural
apresenta especificidades e, na atualidade confronta com problemas referentes a continuação
da linha hereditária dos pequenos produtores rurais, os quais reivindicam a aplicação de
políticas públicas voltadas ao setor.
Diante disso, a categoria de pequenos produtores rurais caracteriza-se como
fundamental ao desenvolvimento da economia regional, estadual e nacional e as políticas
públicas voltadas ao setor rural são essenciais para o desenvolvimento do setor agrário,
principalmente para os pequenos produtores rurais que executam o labor em regime de
agricultura familiar, visto que o planejamento, a elaboração e a implementação de políticas de
desenvolvimento econômico voltadas ao meio rural são essenciais para incentivar o
desenvolvimento das pequenas localidades e regiões em que a economia predominante provém
do setor agropecuário (GEHLEN, 2004).

3. A MICRORREGIÃO DA BAIXADA MARANHENSE: Entre culturas agrícolas,


contrastes na produção e os impactos socioeconômicos
3.1 Caracterização da área de estudo

A microrregião da Baixada Maranhense localiza-se na mesorregião Norte Maranhense,


de acordo com dados do IBGE, este abrange uma área de 17.579 km². Ainda segundo este, a

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população da microrregião da Baixada Maranhense no censo de 2010, é de 565.361 habitantes,
onde 249.493 dos habitantes residem na zona urbana e 315.868 dos habitantes residem na zona
rural. À vista disso, apresenta imensa diversidade ecológica, com destaque para seus campos e
planícies inundáveis, banhada pelas bacias dos Turiaçu, Pericumã, Mearim e Pindaré, estes dois
últimos figuram entre os principais rios do estado, cabe destacar que o cultivo das culturas de
arroz e mandioca é desenvolvido principalmente próximo as margens destes rios. Desta forma,
evidenciamos a microrregião em pauta, conforme o Mapa 01 a seguir:

Mapa 01: Localização da Microrregião da Baixada Maranhense

Fonte: Elaborado pelo autor.

Conforme evidenciado no mapa, a divisão microrregional fixada pelo Instituto


Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2019), estabelece que a microrregião da Baixada
Maranhense integra 21 municípios, sendo eles: Anajatuba, Arari, Bela Vista do Maranhão,
Cajari, Conceição do Lago-Açu, Igarapé do Meio, Matinha, Monção, Olinda Nova do
Maranhão, Palmeirândia, Pedro do Rosário, Penalva, Peri-Mirim, Pinheiro, Presidente Sarney,
Santa Helena, São Bento, São João Batista, São Vicente Ferrer, Viana e Vitória do Mearim.
Ainda confunde-se os municípios de Cururupu, Mirinzal, Guimarães, Cedral, Porto Rico do

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Maranhão, Central do Maranhão e Bequimão, como pertencentes a microrregião da Baixada
Maranhense, entretanto, estes integram a microrregião do Litoral Ocidental Maranhense. Tem
como centro regional, a sede do município de Pinheiro, que por sua vez, conforme dados do
Censo 2010 do IBGE, possui 78.162 habitantes, localizado as margens do rio Pericumã,
destacando-se pelas atividades da prestação de serviços e a agropecuária.

3.2 Principais culturas agrícolas da Microrregião da Baixada Maranhense

A agricultura configura uma das principais atividades econômicas no Brasil,


constituindo um setor importante para o equilíbrio da balança comercial. O estado do Maranhão
por sua vez, produziu 314.486 toneladas em uma área colhida de 239.004 hectares, logrando
um rendimento médio de 1.316 kg/há em 2016 (IBGE, 2017). À vista disso, o mapa 2 explana
a quantidade produzida em toneladas para os principais cultivos no Maranhão no ano de 2017.
Gráfico 01: Quantidade produzida (em toneladas) para as cinco principais culturas em 2017

139.862

24.049
4.176 5.825 7.362

Arroz (em casca) Cana-de-açúcar Mandioca Melancia Milho (em grão)


Fonte: IBGE/SIDRA, 2019.
Org.: Elaborado pelo autor.

Conforme os dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do


IBGE em 2017, os estudos sugerem que a safra das cinco principais culturas cultivas na
microrregião da Baixada Maranhense foram de 181.094 toneladas, aumento em 113,0% quando
comparado a safra de 2016. Em relação à cultura da mandioca, que se destaca entre as demais,
a produção para o ano de 2017 permaneceu constante, com 139.862 toneladas colhidas. Quanto
às demais culturas, como a melancia e o milho, os resultados foram positivos, no caso da cultura
da melancia os resultados para 2017 apontaram uma produção de 5.825 toneladas e para a
cultura do milho, produziu-se 7.362 toneladas. Por fim, cabe aqui salientar que na microrregião
da Baixada Maranhense, o período chuvoso é de seis a sete meses, o que permite aos produtores

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realizarem uma safra anualmente, ainda assim, alguns agricultores já planejam duas safras a
cada ano, o que posteriormente ocasiona em um aumento da produção e da renda das famílias
(IMESC, 2017).
Ainda nesta lógica, os municípios que se destacaram na produção de arroz da Baixada
Maranhense foram: Arari, ao figurar como segundo colocado do Estado, com uma produção de
13.620 toneladas e Vitória do Mearim, terceiro colocado respectivamente, com uma produção
de 8.363 toneladas (IMESC, 2015). Por outro lado, a mandioca aparece como a principal fonte
de renda dos pequenos estabelecimentos, pois além de apresentar maior resistência à seca,
possui um ciclo mais longo, o que lhe permite uma vantagem maior de recuperação perante as
demais culturas anuais como, arroz, milho e feijão. Posto isto, o município de Pinheiro figura
como décimo maior produtor de mandioca do Estado com 25.555 toneladas e o maior da região
da Baixada (IMESC, 2015).

3.3 Fatores que evidenciam o contraste na produção

A base econômica do Maranhão ainda está centrada em uma agricultura tradicional,


caracterizada pela agricultura familiar, entretanto os dados do Censo Agropecuário de 2017
revelam que este possui uma estrutura agrária extremamente concentrada, com 32.647 ou
14,86% dos estabelecimentos da agricultura não familiar, ocupando 8.458.170 hectares, 69,11%
da área total dos estabelecimentos agropecuários, por sua vez a agricultura familiar possui
187.118 estabelecimentos ou 85,14% da área total, mas ocupando apenas 3.780.319 hectares
ou 30,89% do total (IBGE, 2017). Neste sentido os pequenos estabelecimentos rurais exercem
papel fundamental no desenvolvimento social e no crescimento equilibrado da microrregião.
As centenas de pequenos produtores fazem deste um setor em expansão e de vital importância
para o Maranhão. A seguir, o Gráfico 02 evidencia o percentual total por área plantada para as
culturas de arroz e mandioca.
Gráfico 2: Percentual da área plantada de arroz e mandioca no período de 2013 a 2017.

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3962
46,33
43,38

37,16 35,97 38,04

33,91
34,95 32,02
27,82
25,03

2013 2014 2015 2016 2017


Arroz (em casca) Mandioca
Fonte: IBGE, 2019.
Org.: Elaborado pelo autor.

Assim, devido a sua importância socioeconômica, a mandioca vem apresentando nos


últimos anos um aumento de produção, exibindo uma significativa oscilação principalmente,
na sua área cultivada, onde os fatores considerados como responsáveis pela boa performance
da cultura são a utilização de suas potencialidades agronômicas e econômicas, organização dos
produtores, menor custo com as técnicas de cultivo utilizadas quando comparado a outras
culturas, tempo de colheita da safra (anual) e a utilização de pequenas quantidades de terras
para o cultivo. No entanto, cabe ressaltar que apesar deste grande potencial, na microrregião da
Baixada Maranhense a mandioca é aproveitada em sua maioria apenas para o sustento das
famílias dos pequenos agricultores e a fabricação de farinha d’água que é comercializada nos
centros urbanos próximos as áreas de cultivo e em alguns casos na produção de tapioca.

3.4 Impactos socioeconômicos

No que refere-se à economia da microrregião, segundo o IBGE (2019), a área colhida


para os principais produtos agropecuários, consiste em lavouras temporárias (arroz, cana-de-
açúcar, feijão, mandioca, melancia e milho) e lavouras permanentes (banana, limão, castanha
de caju, e manga). Vale ressaltar que, grande parte das lavouras permanentes e temporárias é
desenvolvida pela agricultura familiar, cuja produção está voltada para suprir o autoconsumo e
venda do excedente produzido.
Neste sentido, a comercialização dos produtos torna-se um dos mais importantes
estágios, dentre os desenvolvidos no cultivo das culturas, pois nesta fase pode ser decidida a
permanência, ou não, do empreendimento, pela obtenção de ganhos ou perdas financeiras. Em
vista disto, na microrregião da Baixada Maranhense, os produtores dificilmente podem deixar

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de cultivar a mandioca, visto que esta é uma das poucas opções para esta área, quanto ao cultivo
do arroz que vem perdendo espaço ao longo dos últimos anos, uma das possíveis soluções,
trata-se em desenvolver mecanismos de comercialização que proporcionem maior lucro, tendo
em vista o custo para manutenção deste tipo de cultura. A seguir, na tabela 1, verifica-se a área
plantada, rendimento médio da produção e quantidade produzida referente à lavoura
temporária, destacando os principais produtos agrícolas que são mais significativos na
quantidade produzida em toneladas da microrregião em estudo.
Tabela 1: Lavoura temporária da microrregião da Baixada Maranhense
Área plantada, rendimento médio da produção, quantidade produzida da lavoura temporária
Microrregião = Baixada Maranhense (MA)
Ano = 2017

Variável

Lavoura temporária Rendimento médio da


Área plantada Quantidade produzida
produção (quilogramas
(Hectares) (Toneladas)
por hectare)

Arroz (em casca) 10.054 2.392 24.049


Mandioca 18.612 7.515 139.862
Fonte: IBGE, 2019.
Org.: Elaborado pelo autor.

Conforme os dados explanados, observa-se que o rendimento médio da produção de


arroz é influenciado pelas particularidades de armazenagem local e nível de endividamento do
produtor. Percebe-se que a grande parte das áreas cultivadas, pertencem a produtores que não
possuem assistência técnica adequada. Por sua vez, tais fatores supracitados influenciaram na
queda da produtividade de arroz nos últimos anos, visto que os custos ficam muito elevados
para atingir uma estabilidade em termos de teto de produtividade, o qual não conduz o benefício
esperado para o pequeno produtor que já possui outros problemas como: irregularidades
fundiárias, oferta de crédito a juros baixos, maquinário e ferramentas adequadas, grande
dificuldade para aquisição de insumos e assistência técnica deficitária (SANTIAGO, 2017).
Por outro lado, a mandioca possui um sistema de cultivo que inicia-se em janeiro,
quando as chuvas tornam-se frequentes, caracterizando o período chuvoso que vai até julho.
Por ser do tipo de cultivo “roça no toco”, sem uso de tecnologia, apresenta baixa produtividade.

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O mesmo não acontece com as chamadas “rocinhas”, plantadas em junho (final das chuvas),
em sistema de monocultura. Mesmo sem uso de tecnologias modernas, as rocinhas apresentam
um aumento considerável de produtividade, a qual varia de 15 a 18 t/ha, pois neste modelo
evita-se a concorrência nutricional desordenada entre as culturas (como acontece no sistema
consorciado do arroz, milho e mandioca). Por fim, embora seja comprovada a maior
rentabilidade da monocultura, o agricultor é obrigado a adotar o sistema consorciado por vários
fatores, entre os quais se destaca a questão da terra. Como são poucas as áreas hoje destinadas
à agricultura, tentam tirar o máximo proveito do que resta com as três culturas, prejudicando
consequentemente a produtividade da mandioca.
Neste contexto, as oportunidades oferecidas aos pequenos produtores em decorrência
dessas mudanças estruturais são muitas e variadas, entre as quais, o vínculo de suas marcas a
produtos do comércio justo, da produção orgânica, étnica, mas também a possibilidade de
ofertar produtos frescos e com melhores preços nos vários canais de comercialização
identificados. Na realidade, essas oportunidades se traduzem atualmente mais na
“potencialidade” de os pequenos agricultores participarem nos novos canais de comercialização
existentes (incluindo os Mercados Institucionais por meio de políticas públicas, tais como o
Programa de Aquisição de Alimentos e o Programa Nacional de Alimentação Escolar), que
estão crescendo e são mais exigentes em termos de qualidade e logística, mas que podem, com
frequência, remunerar melhor os produtos e oferecer menor risco no tocante à instabilidade de
venda.

Considerações finais

Em vista dos argumentos descritos, evidencia-se o aumento da produção e área plantada


da cultura da mandioca em detrimento a cultura do arroz, processo este, que denota de
problemas resultantes da limitação das terras agricultáveis pertencente aos pequenos
agricultores que por sua vez, carecem de acesso as técnicas que propiciam o aumento da
produção e da produtividade, políticas públicas direcionadas ao desenvolvimento da agricultura
familiar, visto que este setor compreende grande relevância para o desenvolvimento regional
rente a produção de alimentos e por fim, o avanço da pecuária, onde o capital prevalece frente
aos seus interesses, em decorrência dos lucros que procedem desta atividade.
Desta forma, o recorte desta pesquisa como sendo a microrregião da Baixada

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Maranhense, é possível destacar a produção da cultura de mandioca como uma das fontes
principais de sustento e renda para os agricultores e suas famílias, o qual destaca-se a
qualificação do trabalho, técnicas de produção e área de cultivo, que em sua maioria é utilizado
junto a outras culturas, indicam que a produção pode ser mais competitiva em termos de
mercado, mesmo ocupando uma área bem menor e, em grande parte, mal localizada. Evidencia-
se este como um dos principais fatores a fortalecer o contraste da produção das culturas do arroz
e da mandioca.
Assim, percebe-se a necessidade do desenvolvimento de ações coletivas que propiciem
o auxílio na construção de modelos de produção adaptados à realidade da agricultura familiar
local com intuito de minimizar as desigualdades no meio rural. Outro ponto em destaque, é a
carência de linhas de crédito rural a longo prazo para investimento na produção, modalidade
que não é habitual, em vista que além de crédito que não atende às necessidades dos pequenos
produtores, eles enfrentam ainda maior resistência para consegui-lo, pois não conseguem
oferecer garantias.

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