45ª Reunião Anual de Pavimentação - RAPv

19º Encontro Nacional de Conservação Rodoviária - ENACOR

5ª Expo Pavimentação
1º Fórum Rodoviário, de Trânsito e de Mobilidade
Curso de Custos e Orçamentos Rodoviários

FATOR DE INTERFERÊNCIA DE TRÁFEGO

Instrutor: MSc. Eng.º Luiz Heleno Albuquerque Filho

Analista em Infraestrutura de Transportes
Coordenador-Geral de Custos de Infraestrutura/DIREX

14 Brasília, 20 de setembro de 2016.

FATOR DE INTERFERÊNCIA DE TRÁFEGO
Durante a execução de obras em rodovias já
existentes, o volume de tráfego é um fator
reconhecido de redução de produção dos serviços.
As restrições ao tráfego se acentuam e se mostram
particularmente relevantes quando se trata de obras
mais próximas aos perímetros urbanos.
Em função dessa interferência, o Sicro 2 adotava
uma redução de 11,0% no fator de eficiência dos
serviços de restauração em relação ao fator
aplicado para a construção rodoviária. Entretanto,
nem sempre a interferência ocorria de forma a
justificar a magnitude do referido fator de eficiência.

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FATOR DE INTERFERÊNCIA DE TRÁFEGO
Com objetivo de qualificar a utilização dos fatores
de eficiência, o SICRO propõe a utilização de um
Fator de Interferência de Tráfego - FIT a ser aplicado
diretamente no orçamento da obra para
adequação dos preços a essa situação.
A aplicação do FIT só é possível na fase de
elaboração do projeto, com o conhecimento do
volume médio diário de veículos e dos centros
urbanos que caracterizem a interferência do tráfego
na execução dos serviços. Nesse momento, aplica-
se o FIT sobre o custo unitário dos serviços (mão de
obra e equipamentos), mantendo-se inalterados os
custos dos materiais.
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FATOR DE INTERFERÊNCIA DE TRÁFEGO
O FIT será aplicado às obras rodoviárias em cuja
execução haja necessidade de interditar faixas de
rolamento ou desenvolver medidas de segurança
para prevenção de acidentes, como por exemplo:
 Obras de restauração;
 Construção de terceira faixa;
 Duplicação de rodovia quando a nova pista
for contígua à pista original;
 Obras de conservação na pista.

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FATOR DE INTERFERÊNCIA DE TRÁFEGO
Parâmetros Necessários
O FIT a ser aplicado no orçamento de um
determinado projeto pode ser estimado por meio do
conhecimento de dois parâmetros:
 Volume Médio Diário de Tráfego;
 Proximidade de Centros Urbanos.

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Volume Médio Diário de Tráfego (VMD)
O volume médio diário de tráfego consiste no
registro médio da movimentação de veículos em
uma determinada seção de uma rodovia no
período de 1 dia (24 horas).
O conhecimento deste parâmetro, durante a fase
de elaboração do projeto, constitui parâmetro
relevante para a avaliação da distribuição de
tráfego, para a definição da demanda de uma via
e para a programação de melhorias básicas.

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FATOR DE INTERFERÊNCIA DE TRÁFEGO
Volume Médio Diário de Tráfego (VMD)
No caso específico dos orçamentos elaborados em
função da metodologia do SICRO, a magnitude do
volume médio diário de tráfego de uma
determinada rodovia resulta na aplicação de um
Fator de Interferência de Tráfego variando entre
5,0% e 15,0%, exclusivamente sobre as parcelas de
equipamentos e mão de obra.
As faixas de volume médio diário de tráfego foram
determinadas em função dos resultados de
contagem de tráfego realizada pelo CENTRAN em
todo o território nacional no final do ano de 2005.
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FATOR DE INTERFERÊNCIA DE TRÁFEGO
Volume Médio Diário de Tráfego (VMD)
O volume médio diário de 2.000 veículos
corresponde ao movimento de quase 1 veículo por
minuto, o que resulta em uma baixa interferência do
tráfego na execução dos serviços. Nestas situações,
os custos da interferência do tráfego de veículos
foram estimados em apenas 5,0%.
Para as situações em que os segmentos das rodovias
registram movimentações médias superiores a 11.000
veículos por dia, admite-se a ocorrência de alta
interferência do tráfego na execução dos serviços, o
que resulta na aplicação de um FIT de 15,0%.
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Proximidade dos Centros Urbanos
A redução da produção em áreas urbanas pode
ocorrer em função de congestionamentos, do
tráfego de pedestres, bicicletas e motocicletas, de
vandalismos e roubos, de restrições aos horários e
locais de trabalho e de interferências com as redes
públicas de água, esgoto, energia e telefonia.

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Proximidade dos Centros Urbanos
A ocorrência de redução das velocidades médias e
de perda de produção de alguns serviços em obras
rodoviárias executadas em áreas urbanas já foram
reconhecidas em relatórios de órgãos de controle.
O Acórdão nº 2450/2009-TCU-Plenário, por exemplo,
entendeu como razoável a redução das
velocidades médias de operação dos caminhões
basculantes, quando comparadas às condições de
execução dos serviços em uma rodovia rural e em
regiões próximas de áreas urbanas.

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Proximidade dos Centros Urbanos
As observações e as aferições de campo realizadas
pelo CENTRAN apontaram para a ocorrência de
perdas de produção de alguns serviços em função
da proximidade de centros urbanos.
Dessa forma, admite-se que os custos das
interferências de tráfego em função da proximidade
de centros urbanos podem ser estimados, de forma
cumulativa e proporcional ao volume médio diário,
em um percentual variável entre 0 a 5,0%.

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FATOR DE INTERFERÊNCIA DE TRÁFEGO
O Fator de Interferência de Tráfego - FIT será
calculado pelo projetista a partir do volume médio
diário de tráfego da região em que será executada
a obra e da ocorrência de centros urbanos,
conforme metodologia apresentada abaixo:
 Se VMD < 2.000 → FIT = 5%;
 Se 2.000 ≤ VMD ≤ 11.000
FIT = [(VMD - 2.000) / 600] + 5%;
 Se VMD > 11.000 → FIT = 20%.
O limite superior do Fator de Interferência de Tráfego
foi definido em 20%.
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FATOR DE INTERFERÊNCIA DE TRÁFEGO

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FATOR DE INTERFERÊNCIA DE TRÁFEGO
No Sicro 2, a redução da eficiência era aplicada nas
obras de restauração e conservação apenas nos
serviços de drenagem, de obras de arte correntes,
de obras de arte especiais, de sinalização e de
obras complementares.
No SICRO, a aplicação do FIT incidirá sobre os
serviços que estejam sujeitos à interferência do
tráfego. Para esse fim, as composições de custo
indicarão com sinal "FIT " quando a incidência do
FIT for aplicável ao serviço, cabendo ao
orçamentista sua definição em função do volume
médio diário e da ocorrência de centros urbanos.

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