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45ª Reunião Anual de Pavimentação - RAPv

19º Encontro Nacional de Conservação Rodoviária - ENACOR


5ª Expo Pavimentação
1º Fórum Rodoviário, de Trânsito e de Mobilidade
Curso de Custos e Orçamentos Rodoviários

FATORES DE CORREÇÃO
E MASSAS ESPECÍFICAS DOS MATERIAIS

Instrutor: MSc. Eng.º Luiz Heleno Albuquerque Filho


Analista em Infraestrutura de Transportes
Coordenador-Geral de Custos de Infraestrutura/DIREX

10 Brasília, 20 de setembro de 2016.


FATORES DE CORREÇÃO
Os sistemas de custos referenciais do DNIT (Sicro 2 e
novo SICRO) utilizam os seguintes fatores de
correção para o cálculo da produção da equipe
mecânica de seus serviços:
 Fator de Eficiência;
 Fator de Conversão;
 Fator de Carga.

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Brasília, 20 de setembro de 2016.
FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Eficiência
O Fator de Eficiência consiste na relação entre o
tempo de produção efetiva e o tempo de
produção nominal de determinado equipamento.
A aplicação do Fator de Eficiência mostra-se
necessária para incorporar ao modelo das
composições de custos os tempos gastos em
alterações de serviço, preparação da máquina e
manutenção, deslocamento do equipamento entre
frentes de trabalho, entre outros.

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Brasília, 20 de setembro de 2016.
FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Eficiência
No Sicro 2, as composições de custos são
diferenciadas pela natureza das obras por meio da
aplicação dos seguintes Fatores de Eficiência:
 Construção rodoviária (50 min / 60 min = 0,83);
 Restauração, melhoramentos e adequação de
capacidade (45 min / 60 min = 0,75);
 Conservação rodoviária (40 min / 60 min = 0,67).

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FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Eficiência
No novo SICRO, os custos de restauração rodoviária
são calculados com o mesmo fator de eficiência
das obras de construção (0,83), ocorrendo a
diferenciação dos serviços apenas por meio da
aplicação do Fator de Interferência de Tráfego - FIT,
quando da elaboração do orçamento do projeto.
De forma similar, para os serviços de conservação,
define-se um fator de eficiência inicial de 0,75, com
ajustes sendo realizados também por meio do FIT.

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FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Conversão
O Fator de Conversão é utilizado com objetivo de
ajustar as capacidades nominais dos
equipamentos, definidas em unidades de volume,
às unidades de medida e critérios de pagamento
dos serviços referenciais.
O Fator de Conversão é obtido a partir da relação
entre volumes, quase sejam: volume medido ou
pago, que obedece a um critério objetivo de
medição, e o volume manipulado pelos
equipamentos que dispõem de caçambas,
reservatórios ou implementos equivalentes.
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FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Conversão
No caso específico dos serviços de terraplenagem
e pavimentação, o Fator de Conversão consiste na
relação entre o volume do material em sua
condição natural ou compactada e o volume
deste mesmo material quando manipulado (solto).
Nas operações de escavação, carga e transporte,
o Fator de Conversão representa a relação entre o
volume do corte (natural) e o volume do material
transportado (solto).
Nestas condições, o inverso do Fator de Conversão
representa o Fator de Empolamento do material.
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FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Conversão
Nos demais serviços do SICRO, o Fator de
Conversão é utilizado para compatibilização das
capacidades dos equipamentos e das unidades de
medida dos serviços associados.
De acordo com suas características geotécnicas e
utilização na obra, os materiais de terraplenagem
são classificados em 3 categorias, a saber:
 Materiais de 1ª categoria;
 Materiais de 2ª categoria;
 Materiais de 3ª categoria.
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FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Conversão
 Materiais de 1ª Categoria
Compreendem os materiais escaváveis com
equipamentos comuns (scrapers, tratores,
escavadeiras, carregadeiras), qualquer que
seja o teor de umidade.
São caracterizados como solos em geral,
residuais ou sedimentares, rochas em
adiantado estado de decomposição ou
intemperismo, seixos rolados ou não, com
diâmetro máximo inferior a 0,15 metros.

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FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Conversão
 Materiais de 2ª Categoria
Compreendem os materiais mais resistentes ao
desmonte e que não admitem a utilização de
equipamentos comuns sem a realização de
tratamentos prévios (pré-escarificação ou
utilização descontínua de explosivos).
São caracterizados por pedras soltas, blocos
de rocha de volume inferior a 2 m³ e
matacões ou pedras de diâmetro médio
compreendido entre 0,15 m e 1,00 metro.

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FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Conversão
 Materiais de 3ª Categoria
Compreendem os materiais que admitem
desmonte pelo emprego contínuo de
explosivos ou de técnicas equivalentes de
desmonte a frio.
São caracterizados por materiais com
resistência ao desmonte equivalente à rocha
não alterada e por blocos de rocha com
diâmetro médio superior a 1,00 metro, ou de
volume igual ou superior a 2 metros cúbicos.

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FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Conversão
No novo SICRO, são adotados os seguintes Fatores
de Conversão:
 Materiais de 1ª Categoria
FC = 1,0 m3 / 1,25 m3 = 0,80;
 Materiais de 2ª Categoria
FC = 1,0 m3 / 1,39 m3 = 0,72;
 Materiais de 3ª Categoria
FC = 1,0 m3 / 1,75 m3 = 0,57.

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FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Carga
O Fator de Carga consiste na relação entre a
capacidade efetiva do equipamento e sua
capacidade geométrica ou nominal.
No novo SICRO, foram adotados os seguintes
Fatores de Carga:
 Materiais de 1ª Categoria = 0,90;
 Materiais de 2ª Categoria = 0,80;
 Materiais de 3ª Categoria = 0,70.

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FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Carga
No caso dos caminhões basculantes utilizados em
serviços de escavação, carga e transporte, as
aferições de campo indicaram a necessidade de
ajustes aos Fatores de Carga destes equipamentos,
conforme apresentado a seguir:
 Materiais de 1ª Categoria = 1,00;
 Materiais de 2ª Categoria = 1,00;
 Materiais de 3ª Categoria = 1,00;
 Solos Moles = 0,80.

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Brasília, 20 de setembro de 2016.
FATORES DE CORREÇÃO
Fator de Carga
Em consonância às aferições de campo, também
foram realizados ajustes nos Fatores de Carga das
escavadeiras hidráulicas:
 Materiais de 1ª Categoria = 1,00;
 Materiais de 2ª Categoria = 0,80;
 Solos Moles = 0,80.

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MASSAS ESPECÍFICAS
Solos e Agregados
Os solos podem se apresentar nas condições:
 Solo no estado natural, com massa específica
natural referido ao corte;
 Solo solto é aquele que, após o corte
(desmonte), sofre forte expansão de volume,
com massa específica dita solta;
 Solo compactado é aquele que sofreu redução
volumétrica pela diminuição dos índices de
vazios, por meio do emprego de equipamentos,
com massa específica dita compactada.

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MASSAS ESPECÍFICAS
Solos e Agregados
Quando se procede a escavação de um terreno,
os solos que anteriormente se encontravam em
condição natural e sujeitos a um estado de
compactação inicial em função de seu próprio
processo de formação, tendem a sofrer expansão
volumétrica, denominada empolamento.
De forma similar, os solos escavados e em condição
solta podem sofrer diminuição de volume após
serem trabalhados por equipamentos especiais, em
operação denominada compactação.

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MASSAS ESPECÍFICAS
Solos e Agregados
A realização da compactação tem por objetivo
aumentar a resistência dos solos sob ação de
cargas externas, reduzir possíveis variações de
volume advindas das cargas ou da percolação de
água e impermeabilizar os solos.
Em virtude de características granulométricas, das
partículas sólidas e da interação com as partículas
de água, os solos naturais apresentam variações
volumétricas diferentes.

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Brasília, 20 de setembro de 2016.
MASSAS ESPECÍFICAS
Solos e Agregados
De um modo geral, quanto maior a presença de
finos (argilas e siltes), maior será a tendência de
expansão volumétrica dos solos quando submetidos
à escavação em sua condição natural.
Em que pese a reconhecida ocorrência destas
variações, a elaboração de composições de custos
do SICRO requer a definição referências que
permitam a conversão dos volumes nas operações
de escavação, carga e transporte dos solos e
agregados, particularmente no cálculo dos
momentos extraordinários de transportes.
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Brasília, 20 de setembro de 2016.
MASSAS ESPECÍFICAS
Solos e Agregados

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Brasília, 20 de setembro de 2016.
MASSAS ESPECÍFICAS
Misturas
As camadas dos pavimentos rodoviários são
normalmente executadas por meio da confecção
de misturas envolvendo diversos materiais,
notadamente solos, agregados, cimento, cal,
aditivos, estabilizantes químicos e ligantes asfálticos.

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Brasília, 20 de setembro de 2016.
MASSAS ESPECÍFICAS
Misturas

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Brasília, 20 de setembro de 2016.
MASSAS ESPECÍFICAS
Misturas

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Brasília, 20 de setembro de 2016.
MASSAS ESPECÍFICAS
Demais Materiais

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Brasília, 20 de setembro de 2016.
MASSAS ESPECÍFICAS
Demais Materiais

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