Curso de Custos - RAPv - 2016 - Aula 13 - Administração Local

45ª Reunião Anual de Pavimentação - RAPv
19º Encontro Nacional de Conservação Rodoviária - ENACOR

5ª Expo Pavimentação
1º Fórum Rodoviário, de Trânsito e de Mobilidade
Curso de Custos e Orçamentos Rodoviários
ADMINISTRAÇÃO LOCAL
Instrutor: MSc. Eng.º Luiz Heleno Albuquerque Filho

Analista em Infraestrutura de Transportes
Coordenador-Geral de Custos de Infraestrutura/DIREX
13 Brasília, 20 de setembro de 2016.

A administração local é constituída por todas as
despesas decorrentes da montagem e manutenção
da estrutura administrativa no local de execução
com intuito de atender às necessidades da obra, no
que concerne à gerência e fiscalização técnica,
pessoal de apoio, programação, controle de custos
e qualidade.
Em síntese, a Administração Local inclui todos os
custos de pessoal, veículos, licenças, material de
consumo e demais itens relacionados à estrutura
organizacional da obra.
Curso de Custos e Orçamentos Rodoviários - 45ª RAPv / 19º ENACOR

Brasília, 20 de setembro de 2016.
A administração local compreende o conjunto de
gastos com pessoal, materiais de expediente e
equipamentos incorridos pelo executor no local do
empreendimento e indispensáveis para apoio e
condução da obra.
É exercida normalmente por pessoal técnico e
administrativo, em caráter de exclusividade, tais
como: engenheiros, gerentes, equipes de medicina
e segurança no trabalho, etc. O custo da
administração local é representado pelo somatório
dos salários e encargos das equipes, que incluem
também pessoal de serviços gerais e de apoio.

Estão também incluídos nos custos da administração
local, os mestres de obras, encarregados gerais,
encarregados de turma, de pavimentação e de
britagem, técnicos de produção, apontadores,
almoxarifes, motoristas, equipes de escritório,
equipes de topografia, equipes de laboratório, vigias
e serventes de canteiro e seguranças do trabalho
vinculados à obra.
As categorias profissionais da mão de obra ordinária
do SICRO, responsáveis pela execução direta dos
serviços, são incluídas diretamente nas composições
de custos dos serviços.

Por sua natureza, a Administração Local é
constituída por itens que podem tanto ser definidos
diretamente na planilha de custos quanto se
enquadram como custos indiretos, compondo a
parcela de BDI.
No caso específico do SICRO, por recomendação
do TCU, as despesas relacionadas à administração
local foram extraídas do BDI e diferenciadas em
função da natureza e do porte da obra.
Os custos relacionados à manutenção dos canteiros
de obras foram alocados diretamente nas
composições de custos de Administração Local.
O custo da administração local depende da
estrutura organizacional que o executor vier a
montar para a condução de cada obra e de sua
respectiva lotação de pessoal. Não existe modelo
rígido para esta estrutura. As peculiaridades
inerentes a cada obra determinarão a estrutura
organizacional necessária para bem administrá-la.
A concepção dessa organização, bem como da
lotação dos recursos humanos requeridos, consiste
em tarefa de planejamento do executor da obra.
Caberá ao engenheiro de custos realizar exame
detalhado da questão, com vistas a estabelecer
bases para estimar os custos envolvidos.
Os principais itens da Administração Local são:
 Aluguel de equipamentos administrativos
(mobiliário do escritório, telefone, geladeira,
computadores, aparelhos de ar condicionado,
fogão, extintores, entre outros);
 Aluguel de veículos leves e sua manutenção para
locomoção na obra e realização de serviços
administrativos;
 Consumos de materiais de escritório, de limpeza,
água, café, combustível, entre outros.

Os principais itens da Administração Local são:
 Salários de engenheiros, gerente administrativo,
mestres de obra, técnicos de produção,
planejamento e segurança de trabalho, seção
médica e demais funcionários que não estejam
envolvidos diretamente com a produção;
 Serviços de apoio estratégico e logístico da obra
(medicina e segurança do trabalho, controle
tecnológico dos materiais e serviços).

Atividades Básicas
 Chefia da obra;
 Supervisão de produção;
 Manutenção dos equipamentos;
 Manutenção do canteiro;
 Gestão de informática;
 Gestão de materiais;
 Gestão de recursos humanos;
 Medicina e segurança do trabalho.

Atividades Básicas
A montagem e organização da estrutura técnica e
administrativa de cada obra deve ser realizada em
função dos desdobramentos de cada atividade
básica, definindo-se os cargos e as funções a serem
ocupadas na administração local.
Nesses desdobramentos das atividades, devem ser
analisadas as características da obra, a estratégia
adotada para sua execução, o cronograma físico e
a distribuição geográfica das frentes de trabalho.

Atividades Básicas
As variações da estrutura organizacional de uma
obra para outra resultarão da maior ou menor
complexidade das atividades, bem como da
possibilidade de atribuí-las de forma mais ou menos
agregada às funções criadas para exercê-las.

Composição
 Gerência do Projeto
 Divisão Administrativa
 Divisão de Segurança e Medicina do Trabalho
 Divisão de Engenharia
 Divisão de Equipamentos
 Divisão de Produção
 Veículos e Equipamentos
 Manutenção do Canteiro de Obras

Composição
 Gerência do Projeto
 Gerente do Projeto
 Secretária
 Chefe Administrativo
 Chefe de Pessoal
 Auxiliar de Recursos Humanos
 Encarregado de Finanças
 Encarregado de Suprimentos
Composição
 Auxiliar de Suprimentos
 Encarregado de Serviços Gerais
 Chefe de Segurança
 Faxineiro
 Vigia
 Eletricista
 Copeiro
 Recepcionista
Composição
 Divisão de Segurança e Medicina do Trabalho
 Engenheiro de Segurança
 Médico do Trabalho
 Técnico de Segurança
 Técnico de Enfermagem
 Auxiliar de Enfermagem

Composição
 Engenheiro
 Engenheiro de Planejamento
 Engenheiro da Qualidade
 Chefe de Controle
 Técnico de Informática
 Técnico da Qualidade
 Apontador

Composição
 Topógrafo
 Auxiliar de Topografia
 Nivelador
 Laboratorista
 Auxiliar de Laboratório
 Chefe de Medição
 Auxiliar Técnico

Composição
 Divisão de Equipamentos
 Engenheiro Mecânico
 Controlador
 Divisão de Produção
 Engenheiro de Produção
 Encarregado Geral

Composição
 Veículos
 Veículo Leve
 Van
 Caminhonete
 Ônibus
 Ambulância

Despesas
A administração local deve ainda incluir uma série de
despesas que ocorrem no andamento das obras e
que são suportados pelo executor, tais como:
 Materiais de consumo e de expediente
 Cópias xerográficas e heliográficas;
 Fotografias;
 Materiais de escritório;
 Medicamentos;
 Operação de veículos para transporte de
pessoal, combustível e manutenção.
Despesas
 Custos das concessionárias
 Esgoto;
 Luz e energia;
 Comunicações.
 Consultoria externa;
 Aluguéis de instalações;
 Segurança: polícia e vigilância;
 Outras despesas correntes e similares vinculadas
diretamente às obras.
 Parcela Fixa:
 Gerência Técnica;
 Gerência Administrativa;
 Medicina e Segurança do Trabalho;
 Manutenção do Canteiro de Obras.
 Parcela Vinculada:
 Encarregados de Produção;
 Topografia.
 Parcela Variável:
 Frentes de Serviço;
 Controle Tecnológico;
 Manejo Florestal.
Critérios de Medição e Pagamento
Os custos com administração local das obras de
infraestrutura de transportes são definidos por meio de
composições específicas para cada natureza e porte
de obra. Os custos relacionados à administração
local devem sofrer incidência da taxa de BDI.
Concluída a orçamentação do projeto, os custos
relacionados à Administração Local devem ser
expressos em função do valor global da obra e
medidos proporcionalmente em função do avanço
físico-financeiro do contrato, conforme determinação
contida no Acórdão nº 2622/2013-TCU-Plenário.

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