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Ficha Informativa

Ano letivo 2022/2023

Modelo de Relatório
A realização de atividades experimentais inclui a necessidade de elaborar o respetivo
relatório. Um relatório científico deve ser objetivo e as ideias devem ser expostas com
simplicidade e clareza.
Um relatório de uma aula prática é uma exposição por escrito duma experiência
laboratorial, narrada pelo(s) seu(s) autor(es).
Um relatório é o conjunto da descrição da realização experimental, dos resultados
obtidos, assim como das ideias associadas de modo a constituir uma compilação completa e
resumida contendo tudo o que diga respeito a esse trabalho que possa vir a ser usado futuramente
como instrumento de trabalho.
O relatório é único pois, mesmo quando diz respeito à mesma experiência, se esta tiver
sido realizada por autores diferentes, estes terão provavelmente obtido valores experimentais
diferentes e cada um terá a sua interpretação pessoal dos resultados. Do mesmo modo, relatórios
que digam respeito à mesma experiência realizada em alturas diferentes, ainda que pelo(s)
mesmo(s) autor(es), terão que ser necessariamente diferentes uma vez que há sempre condições
experimentais que se alteram.
O modelo apresentado abaixo é genérico para várias atividades experimentais, mas
podem surgir várias alterações ao modelo do relatório de acordo com a atividade experimental; o
relatório deve ser adaptado de acordo com as necessidades da atividade.

Constituição de um Relatório

1. Capa: a capa do relatório não conta como página, devendo constar na capa a seguinte
informação:

2. Índice: conta como a 1.ª página do trabalho e


indica quais os capítulos do trabalho e as
respetivas páginas onde começam.

3. Objetivo: deverá dizer sumariamente o que se


vai fazer, indicando o que se pretende obter com o
trabalho experimental. Na maior parte das vezes
deverá conter o nome dos reagentes que vão ser
utilizados e poderá incluir uma referência à(s)
técnica(s) utilizada(s). O objetivo ajuda a ter
presente o que se pretende com o trabalho
experimental, de modo que, posteriormente, na
Conclusão e Análise Crítica de Resultados do
relatório, se possa discutir até que ponto o trabalho
foi conseguido, sem se divagar em pormenores
de técnica ou outros inerentes ao trabalho. O objetivo deverá ser tão curto (1-2 frases) quanto
possível, mas tão longo quanto necessário para ficar completo.

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4. Introdução Teórica: deve fazer-se um resumo em que se relacione os conceitos teóricos
explorados na aula com a atividade experimental. Deve ser feita uma pesquisa (livros,
internet…) para aprofundar a exploração destes conceitos.
Deverá conter apenas a informação estritamente indispensável à compreensão do trabalho,
sendo como que uma apresentação dos conceitos que irão ser postos em causa ou
confirmados na Conclusão e Análise Crítica de Resultados.
Nesta parte não deve ser feita nenhuma referência aos resultados experimentais e aos erros da
atividade.

5. Questões Pré-Laboratoriais e/ou cálculos pré-laboratoriais: devem ser copiadas as


questões para o relatório e colocadas as respostas às questões.
Esta secção poderá utilizada também, ou apenas, para cálculos pré-laboratoriais, por
exemplo, para preparação de soluções.

6. Material: o material utilizado deve ser dividido em 2 categorias:


6.1. Material de Laboratório: material de vidro e de uso comum de um laboratório.
6.2. Reagentes: substâncias químicas utilizadas. Deve apresentar-se as suas fórmulas
químicas.
Quando for utilizado um instrumento de medição devemos fazer referência à sua capacidade
ou outra característica importante (por exemplo: proveta de 50 mL, balão de 100 mL, balança
decimal, pipeta volumétrica de 5 mL…).

7. Esquema de montagem: elaborar um esquema elucidativo da forma como o material foi


utilizado e a respetiva legenda.

8. Procedimento Experimental: nesta parte deve fazer-se uma descrição, por pontos, dos
diversos passos efetuados durante a atividade experimental. Os tempos verbais devem estar
na 3.ª pessoa do singular do Pretérito Perfeito do modo Indicativo.
a) Mediu-se…
b) Colocou-se…
Outra forma de apresentar esta parte do relatório é através de um fluxograma ou de um
diagrama de fluxo. Este consiste numa série de processos apresentados esquematicamente
sob a forma de ilustrações ou dentro de caixas ligadas entre si por setas que indicam o
sentido do andamento do trabalho.
O Procedimento experimental deverá reportar-se exclusivamente ao trabalho desenvolvido
no laboratório. Devem ter-se em atenção eventuais alterações ao protocolo e os valores
referentes a contagens ou medições deverão ser referidos com todo o rigor (por exemplo, na
maior parte das vezes, devem ser referidas as massas ou volumes de reagentes utilizados).

9. Medições/Observações:
No registo de Medições devem ser apresentadas todas as medições efetuadas durante o
trabalho, sejam medições referentes a reagentes utilizados ou produtos obtidos.
As várias medições devem ser registadas em tabelas. Estas deverão ser precedidas de um
título adequado ou acompanhadas de uma legenda explicativa. Dever-se-á ter em atenção
que, ao referir o valor de uma medição, se deve referir igualmente o erro inerente ao
instrumento de medição utilizado.
Também não devem ser esquecidas as unidades em que se exprimem as grandezas medidas.
Ter atenção aos algarismos significativos.
Nesta secção do relatório devem ser apresentadas todas as observações efetuadas (Ex:
mudança lenta da cor de uma solução, formação de um precipitado de cor preta, etc) que
apresentem relevância para o trabalho em questão, bem como o contexto em que foram
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registadas essas observações (Ex: mudança lenta da cor de uma solução após algum tempo de
aquecimento, formação de um precipitado de cor preta quando se juntaram as soluções A e
B, etc.).
Poderão também ser referidos nesta secção possíveis erros ou problemas que tenham surgido
durante a execução experimental e possam afetar o resultado do trabalho (Ex: verificou-se
que o produto obtido, no momento em que foi pesado, ainda se encontrava com um aspeto
húmido).
No registo de Observações nunca devem ser apresentadas interpretações para os factos
ocorridos durante o trabalho.

10. Tratamento de dados: apresentar cálculos para a determinação dos resultados (caso existam
obviamente). Neste capítulo não necessitam apresentar os cálculos para todos os ensaios de
uma atividade, basta demonstrarem como efetuaram os cálculos para um dos ensaios. Os
cálculos dos desvios, da incerteza absoluta e do erro relativo (se for possível calcular)
também devem ser demonstrados neste capítulo.
Sempre que necessário apresentar os resultados em forma gráfica ou em tabela. Numa
mesma tabela deve ser apresentado, se for possível, o erro relativo, a incerteza absoluta, a
incerteza do instrumento e o resultado da medição. Se não for prático a construção de uma
única tabela de resultados, podem ser apresentadas várias tabelas. Neste ponto não devem ser
comentados ou interpretados os resultados, mas apenas registados.
Recorda-se ainda a necessidade de utilizar unidades adequadas para exprimir as várias
grandezas envolvidas e de apresentar os vários resultados com o número adequado de
algarismos significativos.

11. Conclusão e Analise Crítica de Resultados: deve ser feita uma interpretação dos resultados
obtidos relacionando com a Introdução Teórica. Devem ser incluídos comentários sobre
possíveis erros que ocorreram durante a atividade experimental e sobre formas de os
eliminar. Além disso, devem ser retiradas conclusões acerca do resultado obtido, tentando
responder à(s) questão(ões) inicial(is). Na Conclusão e Análise Crítica de Resultados dever-
se-á efetuar uma apreciação objetiva dos resultados e observações atrás apresentados. Aqui
se devem comparar os resultados obtidos com o objetivo pretendido e se deve referir
qualquer informação já mencionada na Introdução teórica, se tal ajudar a clarificar a
interpretação dos resultados.
Sempre que, nesta secção, se fizer referência a resultados (por exemplo, para referir que um
valor é muito elevado) estes, ainda que já anteriormente apresentados, devem ser novamente
referidos, geralmente entre parênteses, a fim de que o leitor possa ele próprio confirmar a
apreciação efetuada sem ter de voltar atrás no relatório.
Todas as alterações observadas em relação ao que seria de esperar deverão ser analisadas
nesta secção, procurando-se explicar as suas causas. Também em relação aos erros ou
imprevistos ocorridos durante a execução experimental se deverão discutir as suas
implicações nos resultados do trabalho.
A Conclusão e Análise Crítica de Resultados, recorrendo a todas as anteriores secções, é pois
como que uma síntese do trabalho e constitui a parte mais importante do relatório, uma vez
que é nela (e não numa Introdução longa e descritiva) que o(s) autor(es) evidencia(m) todos
os conhecimentos adquiridos através da maturidade com que discutem os resultados obtidos.
A Conclusão e Análise Crítica de Resultados não deve ser uma repetição de resultados, mas
sim uma interpretação lógica das observações, devendo ser efetuada com clareza e
objetividade para que o leitor possa distinguir entre as conclusões provenientes da execução
do trabalho e as inferências resultantes da combinação dos dados experimentais obtidos com
informações colhidas em leituras.
Por fim deve ser escrita, de forma breve e sintética, uma conclusão geral.

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12. Questões Pós-Laboratoriais: devem ser copiadas as questões para o relatório e colocadas as
respostas às questões.

13. Bibliografia: este é o último capítulo do relatório e nele devem ser apresentados quais os
manuais, livros e/ou sites consultados para a realização do relatório.
Bibliografia de um livro ou manual.
Surgem em primeiro lugar o nome dos autores, colocando o último nome (apelido), em letras
maiúsculas, seguido de vírgula e do nome próprio. Seguem-se, por ordem de aparecimento, a
data da edição, o nome do livro (em itálico e/ou sublinhado), a edição, a editora, o local de
emissão do manual e as páginas consultadas. Por exemplo:
 DANTAS, Maria; RAMALHO, Marta (2007), Jogo de Partículas A - Caderno de
Atividades Laboratoriais, 1.ª edição,
 Texto Editores, Lisboa, pág. 26-30.
Bibliografia de sites da Internet.
Surge em primeiro lugar o endereço completo do site, seguido pela data da sua consulta,
entre parêntesis. Por exemplo:
 http://en.wikipedia.org/wiki/Density (13-10-2011)
 http://www.mocho.pt/local/local/imagens/quimica/laboratorio/balao_v.jpg (19-09-2011)
Nota: não deve ser colocado na bibliografia motores de busca como: www.google.pt ou
www.wikipedia.pt; devem ser colocados os sites específicos que foram consultados, com o
seu endereço completo.

14. Anexos: Esta parte é facultativa. Podem incluir-se documentos que serviram de apoio ao
trabalho, como fotos, gráficos, quadros, mapas, entrevistas, etc.
Devem ser numerados com letra romana e legendados.

Na construção de um relatório devem ter em atenção os seguintes aspetos importantes:


- o tipo de letra deverá ser Times New Roman (tamanho 12) ou Arial (tamanho 10 ou 12).
- o espaçamento entre as linhas deverá ser 1,5.
- o texto base do relatório deverá ser feito sempre no mesmo tipo de letra.
- o texto deve estar sempre justificado (alinhado).

Nota: Todas as imagens devem ter legenda e fonte

BOM TRABALHO! 

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