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º 44 — 4 de março de 2014
b) Cópia do cartão de identificação fiscal; por um prazo de 180 dias, renovável até à celebração
c) […]; de acordo.
d) Certidão do registo criminal do requerente ou dos
representantes legais referidos no n.º 2 do artigo 13.º; Artigo 20.º
e) […];
f) […]; […]
g) […]; 1 - A interrupção do funcionamento do estabeleci-
h) […]; mento por um período superior a um ano determina a
i) […]; suspensão da respetiva licença.
j) […]. 2 - […].
3 - […].
2 - […].
3 - […]. 4 - […].
4 - […].
Artigo 17.º Artigo 21.º
[…] […]
São afixados nos estabelecimentos abrangidos pelo Para efeitos das ações de avaliação e fiscalização
presente decreto-lei, em local visível e de fácil acesso, previstas nos artigos anteriores, o Instituto da Segurança
os seguintes documentos: Social, I.P., pode solicitar a colaboração de peritos e
entidades especializadas do Ministério da Solidariedade,
a) […]; Emprego e Segurança Social, da autoridade de saúde e de
b) O mapa de pessoal e respetivos horários; outros serviços competentes, tendo designadamente em
c) A identificação do diretor técnico; consideração as condições de salubridade e segurança,
d) […]; acondicionamento dos géneros alimentícios e condições
e) […]; higiossanitárias.
f) A minuta do contrato de prestação de serviços; Artigo 38.º
g) O mapa semanal das ementas, quando aplicável; […]
h) O preçário;
i) Os critérios de determinação da comparticipação Os estabelecimentos das instituições particulares de
familiar, quando aplicável; solidariedade social e de outras instituições sem fins
lucrativos abrangidos por acordos de cooperação cele-
j) O valor da comparticipação financeira da segu- brados com o Instituto da Segurança Social, I.P., estão
rança social nas despesas de funcionamento, quando sujeitos às condições de funcionamento, às obrigações e
aplicável; regime sancionatório estabelecidos no presente decreto-
k) A indicação da existência de livro de reclamações. -lei, bem como nos respetivos diplomas específicos,
não lhes sendo, porém, aplicáveis, enquanto os acordos
Artigo 28.º vigorarem, as disposições de licenciamento da atividade
[…]
constantes do capítulo III.
b) A inadequação das instalações, bem como as de- g) Preçário, com indicação dos valores mínimos e
ficientes condições de higiene e segurança, face aos máximos praticados.
requisitos estabelecidos;
c) O excesso da capacidade em relação à autorizada Artigo 39.º-E
para o estabelecimento; Coimas
d) O impedimento das ações de fiscalização, de-
signadamente por falta de disponibilização, aos ser- Às infrações previstas nos artigos 39.º-B a 39.º-D
viços competentes do Ministério que tutela a área da são aplicáveis as seguintes coimas:
segurança social do acesso a todas as dependências do a) Entre 20 000,00 EUR e 40 000,00 EUR, para a in-
estabelecimento e das informações indispensáveis à fração muito grave referida na alínea a) do artigo 39.º-B;
avaliação e fiscalização do seu funcionamento; b) Entre 5 000,00 EUR e 10 000,00 EUR, para as
e) A inexistência de diretor técnico; infrações muito graves referidas nas alíneas b) a k) do
f) A inexistência de pessoal com categoria profis- artigo 39.º-B;
sional e afetação adequadas às atividades e serviços c) Entre 2 500,00 EUR e 5 000,00 EUR, para as
desenvolvidos em cada estabelecimento e indicado no infrações graves referidas no artigo 39.º-C;
respetivo mapa; d) Entre 500,00 EUR e 1 000,00 EUR, para as infra-
g) A inexistência de regulamento interno; ções leves referidas no artigo 39.º-D.
h) A não celebração, por escrito, quando exigida,
de contratos de alojamento e de prestação de serviços, Artigo 39.º-F
com os utentes ou seus familiares, dos quais constem os
principais direitos e obrigações de ambas as partes; Negligência e tentativa
i) A inadequação ou falta dos cuidados e serviços à 1 - Os ilícitos de mera ordenação social previstos
satisfação das necessidades dos utentes, designadamente no presente capítulo são punidos a título de dolo ou de
higiene pessoal, alimentação e administração de fárma- negligência.
cos de acordo com a devida prescrição médica; 2 - A tentativa é punida nos ilícitos de mera ordenação
j) Inexistência de processo individual do utente; social referidos nos artigos 39.º-B e 39.º-C.
k) A inexistência de plano de intervenção.
Artigo 39.º-G
Artigo 39.º-C
Limites máximos e mínimos das coimas
Infrações graves
1 - Os limites máximos e mínimos das coimas previs-
Constituem infrações graves: tas no presente decreto-lei aplicam-se quer às pessoas
a) A não apresentação, no prazo de 30 dias contados singulares quer às pessoas coletivas, sendo reduzidos a
da sua ocorrência, de requerimento de substituição da metade quando aplicáveis a entidades que não tenham
licença de funcionamento, na sequência de alteração finalidade lucrativa.
da denominação do estabelecimento, da localização, 2 - Em caso de reincidência, os limites mínimo e
da identificação da entidade requerente, da atividade máximo da coima são elevados em um terço do res-
prosseguida ou da capacidade autorizada; petivo valor.
b) A falta de comunicação, aos serviços competentes Artigo 39.º-H
do Instituto da Segurança Social, I.P., da interrupção ou Sanções acessórias
cessação da atividade do estabelecimento por iniciativa
1 - Cumulativamente com as coimas previstas pela
do proprietário, no prazo de 30 dias;
prática de infrações muito graves e graves, podem ser
c) A falta de comunicação prévia, aos serviços com-
aplicadas ao infrator as seguintes sanções acessórias:
petentes do Instituto da Segurança Social, I.P., das alte-
rações ao regulamento interno do estabelecimento, até a) Interdição temporária do exercício, direto ou in-
30 dias antes da sua entrada em vigor; direto, de atividades de apoio social em quaisquer es-
d) A falta da remessa anual, aos serviços competentes tabelecimentos de apoio social;
do Instituto da Segurança Social, I.P., dos mapas esta- b) Inibição temporária do exercício da profissão ou
tísticos dos utentes e da relação do pessoal existente no da atividade a que a contraordenação respeita;
estabelecimento, bem como do preçário em vigor. c) Privação do direito a subsídio ou benefício outor-
gado por entidades ou serviços públicos, nacionais ou co-
Artigo 39.º-D munitários, no âmbito do exercício da atividade de pres-
tação de serviços e dos estabelecimentos de apoio social;
Infrações leves
d) Encerramento do estabelecimento e suspensão da
Constitui infração leve a falta de afixação em local licença ou da autorização provisória de funcionamento;
bem visível de qualquer dos seguintes elementos: e) Publicação, a expensas do infrator, em locais idó-
neos para o cumprimento das finalidades de prevenção
a) Licença ou autorização provisória de funciona- geral do sistema jurídico, da condenação aplicada pela
mento; prática da contraordenação.
b) Mapa de pessoal e respetivos horários, de harmonia
com a legislação aplicável; 2 - No caso de ser aplicada a sanção prevista na
c) Nome do diretor técnico do estabelecimento; alínea c) do número anterior, deve a autoridade ad-
d) Horário de funcionamento do estabelecimento; ministrativa comunicá-la, de imediato, à entidade que
e) Regulamento interno; atribuiu o benefício ou subsídio com vista à suspensão
f) Mapa semanal das ementas; das restantes parcelas dos mesmos.
Diário da República, 1.ª série — N.º 44 — 4 de março de 2014 1693
Social, I.P., através de requerimento, em modelo próprio, considera-se tacitamente deferida, valendo como licença
do qual constam: para todos os efeitos legais o documento comprovativo
da regular submissão do respetivo pedido, acompanhado
a) A identificação do requerente; do comprovativo de pagamento das taxas eventualmente
b) A denominação do estabelecimento; devidas.
c) A localização do estabelecimento; 3 - O requerimento é indeferido quando não forem
d) A identificação da direção técnica; cumpridas as condições e requisitos previstos no presente
e) O tipo de serviços que se propõe prestar; decreto-lei.
f) A capacidade proposta.
Artigo 18.º
2 - [Revogado].
Licença de funcionamento
Artigo 16.º 1 - Quando tenha sido proferida decisão favorável é
Instrução emitida, para cada resposta social, a licença de funcio-
namento, em impresso de modelo próprio aprovado por
1 - O requerimento de licenciamento, a que se refere o portaria do membro do Governo responsável pela área da
artigo anterior, é instruído com os seguintes documentos: segurança social, do qual consta:
a) Cópia do cartão de identificação da pessoa coletiva, a) A denominação do estabelecimento;
do cartão de cidadão ou do bilhete de identidade do re- b) A localização;
querente; c) A identificação da pessoa ou entidade gestora do
b) Cópia do cartão de identificação fiscal; estabelecimento;
c) Extrato em forma simples do teor das inscrições em d) A resposta social a desenvolver no estabelecimento;
vigor no registo comercial ou código de acesso à respetiva e) A capacidade máxima;
certidão permanente e cópia dos estatutos; f) A data de emissão.
d) Certidão do registo criminal do requerente ou dos
representantes legais referidos no n.º 2 do artigo 13.º; 2 - [Revogado].
e) Declaração da situação contributiva perante a admi-
nistração fiscal ou autorização para consulta dessa infor- Artigo 19.º
mação por parte dos serviços competentes da segurança
social; Autorização provisória de funcionamento
f) Documento comprovativo do título da posse ou uti- 1 - Nos casos em que não se encontrem reunidas as
lização das instalações; condições exigidas para a concessão de licença de funcio-
g) Autorização de utilização, sem prejuízo do disposto namento, mas seja previsível que as mesmas possam ser
na alínea c) do artigo 111.º do RJUE; satisfeitas, pode ser concedida uma autorização provisória
h) Mapa de pessoal, com indicação das respetivas cate- de funcionamento, salvo se as condições de funcionamento
gorias, habilitações literárias e conteúdo funcional; forem suscetíveis de comprometer a saúde, segurança,
i) Projeto de regulamento interno; bem-estar dos utentes e a qualidade dos serviços a prestar.
j) Minuta de contrato a celebrar com os utentes ou 2 - A autorização referida no número anterior é conce-
seus representantes, quando exigível nos termos do ar- dida, por um prazo máximo de 180 dias, prorrogável por
tigo 25.º igual período, por uma só vez, mediante requerimento
devidamente fundamentado.
2 - O requerente pode ser dispensado da apresentação 3 - Se não forem satisfeitas as condições especifica-
de alguns dos documentos previstos no número anterior, das na autorização provisória dentro do prazo referido no
caso esteja salvaguardado o acesso à informação em causa número anterior, é indeferido o pedido de licenciamento.
por parte do Instituto da Segurança Social, I.P., designa- 4 - No período de vigência da autorização provisória
damente por efeito de processos de interconexão de dados de funcionamento os estabelecimentos são considerados
com outros organismos da Administração Pública. de utilidade social.
3 - Os serviços do Instituto da Segurança Social, I.P., 5 - Às instituições particulares de solidariedade social
devem comprovar que a situação contributiva da segurança ou equiparadas, ou outras instituições sem fins lucrativos
social relativa ao requerente se encontra regularizada. com quem o Instituto da Segurança Social, I.P., pretenda
4 - Caso se comprove que a situação contributiva do celebrar acordo de cooperação, que reúnam as condições
requerente não se encontra regularizada, deve o interessado exigidas para a concessão da licença, é concedida uma
ser notificado para, no prazo de 10 dias, proceder à respe- autorização provisória de funcionamento por um prazo de
tiva regularização, sob pena de indeferimento do pedido. 180 dias, renovável até à celebração de acordo.
3 - Se não for apresentada resposta no prazo fixado, 2 - Qualquer alteração ao regulamento interno é comu-
ou a contestação não proceder, é proferida a decisão de nicada ao Instituto da Segurança Social, I.P., nos termos
suspensão. da alínea b) do n.º 2 do artigo 30.º
4 - Logo que se alterem as circunstâncias que determi-
naram a suspensão da licença, pode o interessado requerer Artigo 27.º
o termo da suspensão.
Afixação de documentos
tários, no âmbito do exercício da atividade de prestação de b) Decisões condenatórias definidas no regime especial-
serviços e dos estabelecimentos de apoio social; mente aplicável às contraordenações ou que determinem
d) Encerramento do estabelecimento e suspensão da o encerramento do estabelecimento.
licença ou da autorização provisória de funcionamento;
e) Publicação, a expensas do infrator, em locais idóneos 2 - As divulgações referidas no número anterior devem
para o cumprimento das finalidades de prevenção geral do ser feitas em sítio da segurança social na Internet, de acesso
sistema jurídico, da condenação aplicada pela prática da público, no qual a informação objeto de publicidade possa
contraordenação. ser acedida e em um dos órgãos de imprensa de maior
expansão na localidade.
2 - No caso de ser aplicada a sanção prevista na alínea c) 3 - No caso de encerramento do estabelecimento, os ser-
do número anterior, deve a autoridade administrativa co- viços competentes do Instituto da Segurança Social, I. P.,
municá-la, de imediato, à entidade que atribuiu o benefício devem promover a afixação de aviso na porta principal
ou subsídio com vista à suspensão das restantes parcelas de acesso ao estabelecimento, que se mantém pelo prazo
dos mesmos. de 30 dias.
3 - As sanções referidas nas alíneas a) e b) do n.º 1 têm
a duração máxima de três anos a contar da data da decisão Artigo 41.º
condenatória definitiva. Tramitação desmaterializada
4 - A publicidade da condenação referida na alínea e)
do n.º 1 consiste na publicação de um extrato, do qual 1 - Por portaria do membro do Governo responsável
consta a caracterização da infração, a norma violada, a pela área da segurança social são definidos os documen-
identificação do infrator e a sanção aplicada. tos que obedecem a formulários aprovados pelo mesmo
diploma, tendo em vista a uniformização e simplificação
Artigo 39.º-I de procedimentos.
2 - Os formulários dos documentos a preencher pelas
Determinação da medida da coima
entidades requerentes devem ser acessíveis via Internet.
1 - A determinação da medida da coima faz-se em função 3 - Todos os pedidos, comunicações e notificações, ou
da gravidade da contraordenação, da culpa, da situação em geral quaisquer declarações entre os interessados e as
económica do agente e do benefício económico que este autoridades competentes nos procedimentos previstos no
retirou da prática da contraordenação. presente decreto-lei e respetiva legislação regulamentar
2 - Se o agente retirou da infração um benefício eco- devem ser efetuados através do balcão único eletrónico
nómico calculável superior ao limite máximo da coima, e dos serviços a que se refere o artigo 6.º do Decreto-Lei
não existirem outros meios de o eliminar, pode este elevar- n.º 92/2010, de 26 de julho.
-se até ao montante do benefício, não devendo todavia a 4 - Quando, por motivos de indisponibilidade das pla-
elevação exceder um terço do limite máximo legalmente taformas eletrónicas, não for possível o cumprimento do
estabelecido. disposto no número anterior, pode ser utilizado qualquer
Artigo 39.º-J meio legalmente admissível.
Destino das coimas
5 - Excetua-se do disposto no n.º 3 a tramitação dos pro-
cedimentos regidos pelo RJUE, que fazem uso do sistema
O produto das coimas reverte para a autoridade admi- informático previsto no artigo 8.º-A do mesmo regime
nistrativa que as aplique, independentemente da fase em
que se torne definitiva ou transite em julgado a decisão
condenatória. Artigo 42.º
Artigo 39.º-K Estabelecimentos em funcionamento
Regime processual Os estabelecimentos em funcionamento à data da en-
1 - Às contraordenações previstas no presente decreto- trada em vigor do presente decreto-lei que não se encon-
-lei é aplicável, com as devidas adaptações, o regime pro- trem licenciados devem adequar-se às regras estabelecidas
cessual aprovado pela Lei n.º 107/2009, de 14 de setembro, no presente decreto-lei e diplomas regulamentares referidos
alterada pela Lei n.º 63/2013, de 27 de agosto. no artigo 5.º, com as adaptações necessárias a cada tipo de
2 - Para efeitos do número anterior, considera-se auto- estabelecimento, nas condições e dentro dos prazos nos
ridade administrativa o Instituto da Segurança Social, I.P. mesmos fixados.
Artigo 43.º
CAPÍTULO IX
Processos em curso
Disposições finais e transitórias
[Revogado]
Artigo 40.º Artigo 44.º
Publicidade dos atos Condições de segurança contra incêndios
1 - Compete ao Instituto da Segurança Social, I.P., pro- 1 - É aplicável às condições de segurança referidas no
mover a divulgação dos seguintes atos: presente decreto-lei, com as necessárias adaptações, o
a) Emissão da licença ou, se for caso disso, da autoriza- disposto no Decreto-Lei n.º 220/2008, de 12 de novembro,
ção provisória de funcionamento e suspensão, substituição, e demais legislação em vigor na matéria.
cessação ou caducidade da licença; 2 - [Revogado].
Diário da República, 1.ª série — N.º 44 — 4 de março de 2014 1701