Diagnóstico por imagem

Ginecologia e Obstetrícia

Genitália externa Genitália interna

Composição

Vagina: é o órgão copulatório, possui microvilos

(que selecionam os espermatozóides). Tem
variação conforme o ciclo estral. Local em que é
depositado o sêmen, mas produz anticorpos
contra eles, possui pH desfavorável aos
espermatozóides e tem capacidade de contração
para seu transporte.

Cérvix: primeira estrutura a ser palpada em

bovídeos. É um canal cervical com uma estrutura
Composição
semelhante à um esfíncter e com anéis cervicais.
Tem influência do ciclo estral - Cio: cérvix
Comissura dorsal/ventral
levemente relaxada. Não está no cio: cérvix
ventral: clitóris
compactamente fechada. Prenhez: cérvix
completamente fechada e com tampão mucoso.
Lábios vulvares: tem glândulas sebáceas que
A cérvix também secreta muco cristalino para a
conferem proteção e impermeabilização contra
limpeza do canal vaginal e para transporte, seleção
dejetos, e é constituído por tecido adiposo,
e reservatório de espermatozóides.
elástico e musculatura lisa (delimitação anatômica
- orifício da uretra).
Útero: é composto por corpo do útero e cornos
uterinos. Endométrio, miométrio e perimetrio.
Vestíbulo: estrutura antes da vagina que possui
Tem glândulas endometriais que secretam
glândulas (vaca: 10 cm.)
substâncias e uma delas é a PGF2alfa (luteólise).
Pode estar relaxado (prenhez ou fase
Clitóris: pouco evidente. Confere estimulo sexual
progesterônica) ou contraído (fase estrogênica), e
na cópula e contrações intrauterinas.
permite o desenvolvimento do embrião/feto.
Função: transporte de espermatozóide, gestação,
Antissepsia somente nos lábios vulvares (exterior).
regular corpo lúteo.

Função: estimulação no coito, produção de muco,

Oviduto/tubas uterinas: fímbrias (recobre o
proteção do aparelho reprodutor ao meio externo.
ovário e capta o óvulo), infundíbulo, ampola e
istmo. Local em que ocorre a fecundação.
Sempre na palpação, expor a mucosa da vulva
(para conferir se é fêmea e como está a coloração).
Ovários: histologia: medula - irrigação (exceto
éguas), cortéx: foliculogênese (exceto éguas).
Alterações de vulva: TVT, fissuras, coloração de
Folículo primordial, primário, pré-antral, antral,
mucosas, parto, prolapso uterino, etc.
dominante, corpo hemorrágico, corpo lúteo e
corpo albicans.
 Ginecologia e Obstetricia
suínos: ovários em formas de cachos. Multíparas
tem vários folículos em desenvolvimento ao
mesmo tempo. Nas éguas, a medula é a região de
maturação de folículos, a irrigação acontece na
região cortical, ovula na fossa ovulatória e tem
corpos lúteos acessórios.
Tem função gametogênica, preparando o
ambiente para viabilidade, crescimento, maturação
e liberação do oócito.
Folículo ovariano: células da teca (receptores de
FSH), células da granulosa (receptores de LH) e o
oócito. Produz estrógeno.
Todas as fêmeas tem senescência (exaustão da
reserva folicular) o que altera o balanço hormonal
(estrógeno ou progesterona).
1) Qual o local onde ocorre a fecundação?
2) Descreva as partes que compõe o trata
reprodutiva da fêmea (de fora pra dentro).
3) Existe variação na conformação do ovário de
acordo com as espécie?
4) O balanço hormonal de uma fêmea mamífera
pode variar ao longo de sua vida reprodutiva?
5) Quais são os principais hormônios que interfere
na atividade reprodutiva de uma fêmea mamífera?
Endocrinologia
GnRH
função: estimula a liberação de hormônios
gonadotróficos.
local de produção: hipotálamo.
local de ação: hipófise.
FSH
função: maturação de folículos ovarianos.
local de produção: hipófise.
local de ação: ovários/folículos ovarianos.
LH
função: ovulação e maturação do corpo lúteo.
local de produção: hipófise.
local de ação: corpo lúteo.
E2 - estrógeno
função: concede características sexuais
secundárias e atua no comportamento sexual.
local de produção: folículos ovarianos.
local de ação: SNC
P4 - progesterona
função: manutenção de gestação.
local de produção: corpo lúteo e placenta.
local de ação: SNC
equinos: altamente dependente. corpos lúteos
acessórios (luteinização de folículos que não se
desenvolveram)
PGF2alfa
função: luteólise
local de produção: quase todas as células (útero).
local de ação: corpo lúteo.
Ocitocina
função: liberação do leite (contração de glândula
mamária), contração uterina dilatação da cérvix e
liberação de PGF2alfa.
local de produção: hipotálamo.
local de ação: útero e glândula mamária.
Prolactina
função: formação do leite.
local de produção: hipófise.
local de ação: glândula mamária.
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Relaxina Citologia vaginal

função: dilatação de articulações da pelve, cérvix e
vagina. Exame ginecológico para avaliar e determinar em
local de produção: corpo lúteo e placenta. qual fase do ciclo estral encontra-se a cadela. A
local de ação: citologia vaginal também é utilizada para avaliar o

momento ideal para a inseminação artificial (IA)
Ativina em cadelas. Isso porque a citologia vaginal pode
função: identificar o período de estro (ou cio) da cadela,
local de produção: que é o momento em que ela está receptiva para a
local de ação: reprodução e ocorre a ovulação.

Inibina Antes de realizar o exame, realiza-se também o

função: exame físico e a anamnese.
local de produção:
local de ação: Passo a passo: introção do swab em ângulo de 45º

na vagina. Assim que encontra resistência,
Melatonina reposiciona para introdução. Gira para esquerda e
função: para a direita (mãos e dedos). Na lâmina, girar o
local de produção: swab em uma direção e na outra (duas linhas).
local de ação: Corar com panótipo (10-30-30). Retirar excesso

do contrário e olhar no microscópio.
ECG
função: PROESTRO:
local de produção: ➢ inicia os sintomas e sinais de “cio”
local de ação: ➢ alta de estrógeno.

➢ edema de vulva e vagina,
Testosterona ➢ secreção sero-sanguinolenta na vulva e vagina
função: ➢ atração aos machos
local de produção: ➢ sem aceitação
local de ação: ➢ fase pode durar de 3 dias a 3 semanas

➢ Citologia vaginal: É caracterizada pela
Interferon TAU presença de neutrófilos, hemáceas, células

parabasais, intermediárias, e superficiais.
Cortisol ➢ Progesterona Sérica: 0,40 – 2,0 ng/ml.

2) ESTRO:
Ocitocina deve ser aplicada com cautela. ➢ sem sangramento
➢ aceita a monta pelo macho
Monitoramento Reprodutivo ➢ ovulação
Verificação do histórico reprodutivo. ➢ comportamento de aceitação ao macho
➢ início do estro se dá normalmente dentro de 1 a
Exame reprodutivo: exame ginecológico, 2 dias antes do pico de LH
diagnóstico de gestação, avaliação de condição ➢ duração desta fase poderá ser de 6 a 9 dias.
corporal. ➢ Citologia vaginal: não existe presença de
neutrófilos e as hemácias, se existiram, estão
Sucesso reprodutivo: manejo ambiental/alimentar e diminuídas em quantidade. Mais de 70% das
controle da fertilização e perdas gestacionais.
células epiteliais são superficiais anucleadas e
queratinizadas.
Exame físico: vulva, vagina e cérvix (espéculo
➢ Progesterona Sérica: 2 a 20 ng/ml
vaginal - vaginoscopia)
Ginecologia e Obstetricia

3) DIESTRO:
➢ fase luteal na cadela (CL)
➢ não aceitação do macho
➢ período de 60 a 85 dias
➢ cadelas são susceptíveis ao aparecimento de
piometra e pseudociese (CL)
➢ Citologia vaginal: O número de células
superficiais decresce para 20% e as
parabasais e intermediárias chegam em até
50% do total. Existem neutrófilos em grande
quantidade.
➢ Progesterona Sérica: acima de 20 ng/ml.

4) ANESTRO:
➢ ovário está aparentemente em quiescência,
➢ se situa entre o diestro e o proestro.
➢ pode durar entre 2 a 10 meses, tendo em Patologias do ovário
média 4 meses.

➢ Citologia vaginal: Predominância de células Folículos (primordiais - quiescentes, primários,

parabasais e intermediárias, podendo ou não secundário, terciário e pré ovulatório). Recrutamento
ter presença de leucócitos. de vários folículos, não necessariamente todos irão
➢ Progesterona Sérica: 0,1 ng/ml ovular, para elevar os níveis de estradiol.

Corpo hemorrágico, corpo lúteo, corpo albicans

(regressão do corpo lúteo).

Tecido conjuntivo - estroma ovariano: sustenta os

folículos em seu local anatômico.

Animal superovulado: tamanho do ovário dobra ou

triplica.

T0: dia da ovulação. O ovário é uma estrutura

dinâmica. Corpo lúteo impede o desenvolvimento dos
folículos (não ovula - bloqueio de GnRH).

Ondas foliculares - 3-4 ondas foliculares. A cada 7

dias uma onda emergente, última onda é pré
ovulatória (vacas). ➢Em cada onda folicular ocorre o
recrutamento de folículos pré-antrais. A maioria do
folículos recrutados morrem (apoptose ou atresia).
 Ginecologia e Obstetricia Hemorragia por enucleação de corpo lúteo: decorrente
de uma extirpação (ruptura) manual do corpo lúteo.
Risco de aderência ou Morte por hipovolemia (casos
Alterações no ovário
extremos). Extirpação para interromper gestação,
sincronização de estro ou tratamento de piometrite.
Desenvolvimento

Regressivas
Agenesia ovariana: não formação/ausência de um ou
dois ovários. Agenesia bilateral: vias genitais ausentes
Hipotrofia ovariana: redução do tamanho do ovário.
ou pouco desenvolvidas.
Inanição Crônica: deficiência nutricional, lactação:
PROLACTINA (bloqueio de GnRH - anestro). Balanço
Ovário acessório: presença de um terceiro ovário.
Energético Negativo.
Cadelas e gatas: Ovarioisterectomisadas, por
ineficiência da castração pode ficar tecido ovariano.
Fibrose ovariana: substituição do estroma ovariano por
tecido fibroso. Aspirações, cicatrização de CL (ovulação
Disgenesia ovariana: ausência de células germinativas,
- animais velhos).
consequentemente ovários inativos. Alteração
concomitante com hipoplasia do aparelho
Cistos foliculares: superfície gelatinosa que ocorre
reprodutivo. Em éguas, é uma alteração no
depressão quando pegar com líquido. Estruturas
cromossomo X. Não tem folículos ovarianos.
maiores. Foliculo Ovariano persistente. Espessamento
de parede. Persistência de cio (ninfomaníacas). Líquido
Hipoplasia ovariana: ovários não desenvolvidos.
com estrógeno. Mais comum em ovários, não ovula,
Unilateral (mais frequente do lado esquerdo) ou
vacas e porcas. Comum no primeiro ciclo estral e pós
bilateral. Bilateral: hipodesenvolvimento do sistema
parto. Responsividade deficiente do foliculo ao LH.
reprodutivo. Subfertilidade ou infertilidade (ausência
Tratamento: IATF (sincronização de cio em tempo fixo -
de folículos ovarianos). Alteração Hereditária.
suprir todos os hormônios). Usar LH de outras espécies
para estimular outros receptores de LH. Cauterização
Ovários afuncionais: Ausência de crescimento
de folículos - renovação de epitélio (humanas)
folicular e sem funcionalidade. Pode ser por carência
nutricional, anestro (estacionário, pós parto, animal
Cistos luteínicos: massa sólida (cavitaria - ovinos e
em lactação) e é observado em animais adultos.
caprinos ou não); parede muito espessada. Persistência
Adquirida e reversível. Congênita e Irreversível.
de corpo lúteo, alta de progesterona. Não houve
Interferência na atividade ovariana.
ovulação (deficiencia LH), não cicla. Vacas e porcas.
Consistência firme com líquido. Folículos q não ovulam
Circulatórias
eles se luteiniza para equilibrar o balanço hormonal.
Hemorragia intrafolicular: hemorragia dentro do
Progressivas
folículo devido à a ruptura de algum vaso da
neovascularização do folículo em desenvolvimento.
Metaplasia óssea ovariana: caprinos e ovinos.
Ocorre mais em bezerras (folículos atrésicos) e cistos
Mineralização. Alteração neoplásica inespecífica.
foliculares de cadelas.

Hiperplasia ovariana: comum. Patologia mais comum

Hemorragia pós-ovulação: quando o folículo se
em cadela. Proliferação excessiva do epitélio
rompe para a ovulação acontece microhemorragias, e
germinativo. Decorrente de estímulos estrogênicosA.
as vezes mais intensa. Pode causar aderência de
ssociada à CISTOS FOLICULARES.
órgãos. O espaço do líquido folicular e preenchido por
Neoplasias ovarianas: Tumores nas gônadas. Maior
um coágulo. Ocorre em todas as espécies de
incidência: Vacas, cadelas e éguas. Poucos estudos
mamíferos.
Animais acometidos: tumores hormonalmente ativos

Produção de Esteroides:

- Estrógeno Testosterona Progesterona

Androstenediona.