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, REFORMAS FALA ZE MARIA

Foro SAMUfL TOSTA

PREPARAR A LUTA CONTRA UNIDADE E


A "REFORMA" SINDICAL E DEMOCRACIA
TRABALHISTA -
NA CONSTRUÇAO
LEIA A CONVOCATÓRIA DO ENCONTRO DO MOVIMENTO
NACIONAL S1NDICAL E SAIBA COMO POR UM NOVO
AS REFORMAS PODERÃO ATINGIR
OS TRABALHADORES PARTIDO
PÁGINAS 6 A 8 PÁGINA 3
EDITORIAL SUMÁRIO

o QUE SE DISSE
2004 precisa ser o el EDITORIAL/NOTAS/
OPINIÃO 2

('.11e pe de Lula A mídia, ogovenw ea burguesia iniciaram 2004 procurandocriarumdima deotimismo FALA zé MARIA 3
na populaçãO. As "avaliações" tentam mostrareamo vit6ria e base para esperatl{QSrenovadas 4
temexce ivo no ano que começa ossucessos demonstrados por jndkadores flnatueiros e empresariais, como
ALCA

6
d ejo de ganhar
UNIVERSIDADE
a queda do riscopaís, o saldo da balança comercial e a aprovação das rifamlas neoliberais.
Eles tentam passara idéia de que "valeu o sacriftcio" da maioria do p"VO em 200J, p"rque REFORMAS
6-7
a re peitabilidade daqui em diante tudo vai melhorar, com o "início da retomada docresâmento sustentado".
A verdadeé que, em 200], os trabalhado,", e a maioria do p"VOsof,.ram com um p"tamar MEMÓRIA S
do mercado inédito de desemprego e exploraçãO, traduzido numa queda sem precedentes do poder MOVIMENTO 9
aquisitivo, na p,.carização do trabalho e na retirada de direitos.
E 2004, no que depender dogoverno e da burguesia, não trará uma situação melhor p"ra
SÃO PAULO
CULTURA
/ 1D
os debaixo. Ainda que o governo tente realizar muita política social compensatória e
GEORGE SOROS, INTERNACIONAL 11
eleitoreira, visando as eleições muniâpais. Muito estará emjogo e enquanto isso "a pátria-
megaespemlador, durante
mãe distraída poderá estarsendosubtraída nas mais tenebrosos transações". Basta dizer que PSTU 12
o Fórum de Davos.
este será o ano decisivo p"ra as negociações daAlca, cuja reunião ministerial- que ocorrerá
(Folha de S. Paulo, 24/01/2(04)
no meio do ano aqui no Brasil-poderá daros contornosfinais desse acordo de recolonização.
Também não há nenhum refresco nas verbas para saúde, educação, ,.forma agrária e
NOTAS demais verbas sociais, pois o orçamento de 2004 segue tão comprometido com o pagamento
dejuros aos banqueiros como o de 200J, conforme acordo com o FMI. A dívida pública
aumentou, apesar dogoverno ter realizado o maior superávit primário da história e terpago
CA o maior montante dejuros aos banqueiros. Daí que as metas de rifarma agrária mais uma
vez não serão cumpridas.
~ com muito pesar que comunicamos O saco de maldades", apesar do ano eleitoral, vai continuar vigorando especialmente
U

o falecimento da companheira Vicên· contra os servidores públilos. Vem a{ mais uma contra-refônna: a privatizarão da univer-
da, 48 anos, militante do PSTU, ocor-
sidade pública, na qual, segundo o super-ministro José Dirceu, o "pau vai comer". Em
rido no último dia 9 de janeiro.
coniv2ncia com a direção da CUTeda "Farsa Sindical", também vão quereraprovaruma
Mãe de dois filhos, Vicência era
servidora municipal, foi diretora do contra-reforma sindiall, que permita engatilhar p"ra 2005 o assalto aos di,.itos trabalhistas.
Sindicato dos Servidores Públicos Os servido,", ,.ceberam nova provOCiJção:dep"is de oito anos sem reajuste e de terem recebido
Municipais de São Bernardo e cipeira, apenas 1% em 200J, o governo prevê no orçamento um "aumento" de menos de ]%.
por duas gestões, atuando de forma
O desemprego, p"r sua vez, seguirá pratialmente na mesma e o arrocha e a queda na renda
destacada em sua categoria.
seguirão se acentuando,já que "as metas de injlação" do governo também são garantidas
Nos últimos anos, dedicou sua vida à A oitava edifão da revista Marxis-
luta pelo socialismo e à construção através do assalto ao bolso da classe trabalhadora.
mo Vivo é quase que totalmente
do PS1\J em São Bernardo do Campo A verdade é que sem ruptura com aAka eo FMI náo haverá nem emprego, nemsaúíria, dedialda à ,.."lução boliviana de
(SP). Vicência era uma mulher guer· nem rifarma agrária e nem direitos para a classe trabalhadora. O que está no harizonte,
reira e sua ausência deixa um grande
outubro de 200]. A1hn disso, a
portanto, é um ano de lutas p"r saúírio, contra as "reformas" universitário e sindical, p"r revista tambhn traz um artigo
vazio, pois defendia com muita firme-
za e conv1cção suas posições. Que- emprego e reforma agrário, e também pela ruptura das negociações daA/ca, do acordo com sobrt a rtSistêntia iraquiana t a
remos mais uma vez prestar homena· o FMI e pelo não p"gamento da dívida externa. segunda p"rte da análise deJames
gem a esta valorosa lutadora e dizer A COnlradifãO,mais uma vez, éque teremos a dil't{iio majoriJ4ria do movimento at,.lada Petras sob,. o governo Lula.
~ levarenos adiante o sonho ao ao governo. O desafIO é construir um pólo combativo p"ra kvar adiante as lutas, buscar

-_..
qual ela tanto se dedicou.
,.alizar um ·Seattle" no Brasil contra aA/ca e avançar na construção IÚ uma alternotiva
p"lítica, de luta, decúme, revolucionária esocialisl4, que se '!firme como op"sição lÚesquerda ,..". •••••• ,..•••• ,..leeçM ••••••••••
••-uM •••••••••• " n w •••••••••
ao governo Lula.
t s

CNPJ 13.282.907/0001-&4
AUvId.cte ptlnelp.1 11.1it2-8-00

Publicamos trechos da carta aberta Ru. UMfpeen. 9Oi. VII. Cleme>ntlno


do • MovI~nta em defes4 da de- OPINIÃO SAo PMlIO· sp. CEP ~().()3()
e-m.I: ••• ,. • .",.,. ••.•••
mocracia na Fundaçda Santo
ologismo
Fax: (11) 5575-e093
And~·, com o qual nos solidariza- IDITORA I JORNALlITA RUNNaAvn
mos, solicitando que sejam enviadas M.rlOcha Fontana (MTb14555)

mensagens para rritoria§{sa.br.


•A Fundaçdo Santo André é uma
DIEGO CRUZ, de Bauru (SP) ••••••••• ••••••••••
Bem8f'ÔO C8rdelra, Cyro Garcla, COncha Menezes •
DIrceu Travesso, Eduardo Almeida, Joio RIca'do Soares.
Instltulçdo de cardter público, sem A chamada reforma ministerial, realizada pelo presidente LulaJoi o cumprimento de Joaquim Mecalhiu • .IoM Ma1adeAlmeIda. LullCal10s
Prates 'Mancha', Nando Poeta e Val6rloAfcaty
fins lucrativos, criada pela Prefei· promessas feitas ao P MDB durante as negociações das rifarmas da Previdência e tributária
tura Municipal de Santo André, em no Congresso Nacional. O PT garantiu cargos no primeiro escalão dogoverno em troca do
REDAçAo
Andr6 Valuche • .leferson Choma, Lulza C.stelll. Rodr1a:o
t962. (•.. ) Rlcupero, Wilson H. Silva, Yurl Fujlta, Valério'alva
apoio dos peemedebistas às reformas. A despeito de certas declarações afirmarem se tratar de
No dia t6 de dezembra de 2003, uma "readequação" de forças políticas a fim de garantir maior conforta ao governo, o PROJETO QRAF1CO E DIAQRAMAÇlo
seis professoras (..• ) foram suma' Gostaw SIxel

rfamente demitidas pelo Reitor eufemismo não esconde a clara prática do antes tão criticadof<siologismo. Mas vai além.
FOTOGRA.FIA

Prof. Dr. Odalr Bermelho numa Consolida-se, assim, um movimento deestreil4mento das relações do PT com a direita. Alexandre Leme, Ana Lul •• M8rtlns, S6f&'o Koel

atitude arbitrdria que desrespei· Durante a campanha para a Presidência, em 2002, Lula ~ntou justifICara aliança com o
COLABORARAMNESTA ED1Ç10
tou as nonnas regimentais da insti- Partido Liberal do empresário JosédeAlencar, alegando sera primeira vezque um partido NnIric:o Gomes, AnIl Rosa MInuttI. Andr6 Ff&Ire. Car1a
tuiçdo, ndo sendo assegurado o dedireita integraria uma .frente hegemonizada p"rum p"rtido de esquerda. O PT eiforçou- USboa, aludia Costa, DleCoCrul, Elton Cotrta.
E_llua"te
direito de defesa. sepordar um caráter meramente "tática" à aliança, queserviria apenas p"ra vencer as eleifões.
IMPRUslO
As seis professoras demitidas silo as Um ano dep"is, com uma ampla maioria no Cong,",so, o partido dispensou maiores Galet.aSP - Fone: (U) 6954-621.8
mesmas que haviam assinada um argumentos e Lula chamou a aliança com o PMDB, de "estratégica" p"ra o p"ís.
documento solicitando (... ) ampla OPMDBgonhauduosJ"'Stasnoprirneiroescalãodogoverno.Odeputadofederaledono
discussllo transparente e democrd·
de cinco emissoras de rádio, Eunicio Oliveira, do Ceará, fICOU com o Ministério das
tica sobre questões de naturezas NOME
diversas, relacionadas à gestdo da Comunicações. Amir Londo, senadorpor Rondônia, ,.cebeu o Ministério da Previdência.
instltulçdo (... ). Proprietário de terras em Corumbiara (RO), Amir Londo já foi acusado de extrair
Este episódio demonstra a impassi· ilegalmente madeiras de reservas indígenas da região. Lula também aproveitou a reforma ENDEREÇO

bllidade da exist~ncia de questio- idealizada inicialmente apenas p"ra abrigar o PMDB ofICialmente no governo, para
namentos evidenciando os princi· redirecionar alguns ministros. Assim, Berzoini, que coordenou a nifômuJ da Previdênlia e CIDADE _
pios privatlstas que prevalecem na protagonizou o escandalo do recadastramento dos idososJoi p"ra o Ministério do Trabalho ESTADO CEP _
Instituiçdo .• cuidar dos preparativos das reformas sindical e trabalhisl4.
TELEFONE _
O deputado federal pelo PCdoB , Aldo Rebelo, foi premiado com uma J"'S14feita E·MAIL _
ERRAMOS especialmente p"ra abrigá-lo. Princip"1 articulador dogoverno na Camara eautordo projeto
Na última edição, informamos que o dos transgênicos, o deputado comandou os acordos com os demais partidos, como o PP, o 24 EXEMPLARES 48 EXEMPLARES
PSB fez parte da tese •Açdo e Ativi- PSDB e o pr6prio PMDB, para a aprovação das reformas. O PP, que não angariou
O Ix RS 48 O Ix RS 96
dade" e, junto com a UJS, estaria nenhuma pasta, deverá abocanhar alguma estal4l.
ajudando a transformar a UBESem um O 2x RS 24 O 2xRS48
braço do governo no movimento es· O 3x RS 16 O 3x RS 32
tudantil aprofundando sua burocra· Mas não é apenas com o PMDB que o governo Lula está articulando alianças. Uma
O Solidária O Solidária
tização. Na verdade, o PSB não assi- RS ••••.•.•• RS .
reunião da direção regional do PSDB com o PT no Rio deJaneiro, em dezembro passado,
nava a referida tese, o que não
diftni" uma política de alianças para as eleifões municipais. Já estão diftnidas alianças Envie cheque nominal ao PSTU no valor da assina·
impede que continuem a cumprir tln total ou parcelada para Rua Loefween. 909
esse mesmo papel. eleitorais em cidades como Nova Iguaçu, que terá o ex-radical Lindberg Farias como . Vila Clementlno • Si<> PaW> • SI' • CfP O<O«).{)JO
candidato a prefeito com o apoio dos tucanos.

OPINIÁO SOCIALISTA
FALA zlt MARIA

,
E ,PRECISO UM MOVIMENTO
UNITARIO POR UM NOVO PARTIDO
o PSTU foi a pri- deve ser debatida. Tampouco o PSTU propõe uma onário, para a luta pela destruição do regime e do
meira organização a cenrralização política do Novo Partido para agora. Estado burguês, acaba restringindo o horizonte da
propor - há tempos Ao contrário, o Movimento deve funcionar sem sua atuação aos limites da sociedade capitalista e sua
- a formação de um centralização política, justamente porque ela só institucional idade "democrático-burguesa". Dentro
Movimento por um será possível como fruto do debate entre todas as .desses marcos, a "saída" possível são as eleições.
Novo Partido, que opiniões, para construirmos um programa comum Quando falamos no perigo eleitoralista , alguns
aglutinasse toda a es- e também a partir de uma atuação comum nas lutas. companheiros, por não entenderem a profundida-
querda socialista e a O grave problema nesse caso é ter 30 pessoas que de do problema, demonstram irritação, como se
militância dos movi- se julgam no direito de decidir como é que vai fosse uma ofensa pessoal aos parlamentares que
mentos sociais, para funcionar um Novo Partido, que só existirá se decidiram enfrentar a direção do PT. Na verdade,
que, juntos, pudésse- milhares de militantes por todo o país estiverem o problema que apontamos é o perigo de definir
mos forjar uma alter- dispostos a trabalhar e lutar pela sua construção. uma estratégia eleitoralista para o partido (ou de,
nativa ao PT. Um ins- Como é isso? Trinta decidem e os outros milhares por falta de definição, levar o partido a isso), pois
trumento político vol- e milhares de militantes fazem? Não podem se- isso necessariamente vai dar onde deu o PT.
tado para organizar as quer opinar? Ora, o funcionamento não é uma O PT foi eficaz para disputar as eleições. Isso
lutas dos trabalhadores, rumo a uma verdadeira questão de menor importância. Define, por exem- não se pode negar. Nesse sentido, não é possível
transformação social do país. Por isso, saudamos a plo, como serão tomadas decisões. E vai ser assim? entender o apego à defesa das tendências perma-
disposição dos "parlamentares radicais" de cons- A cúpula vai decidir e o resto fazer? nentes como forma de funcionamento do partido
truir um Novo Partido. que os companheiros demonstram. É um funcio-
Mas ficamos extremamente preocupados com o
que ocorreu no dia 19 de janeiro, quando os
Que partido queremos, namento apropriado para um partido que tenha
como estratégia disputar eleições. Mas não serve
deputados "radicais", a senadora Heloísa Helena, o
ex-deputado Milton Temer e o intelectual Carlos
para qual estratégia? para um partido que queira fazer uma revolução. c

Essa é a questão de fundo e a mais importante a


Nelson Coutinho realizaram uma reunião com
outros setores, da qual o PSTU e outros agrupa-
se debater, porque construir um partido é uma Nem vetos, nem pré-
coisa séria. Precisamos definir com clareza que
mentos de esquerda foram excluídos.
Ficamos ainda mais preocupados após a reunião
objetivo temos com esse partido e qual estratégia condições. Unidade!
teremos que adotar para atingir essa meta. É a partir Essas são as nossas opiniões. Sabemos que exis-
realizada depois do evento, entre a senadora He-
daí que fará sentido discutir o funcionamento. tem outras bastante diversas das nossas. A única
loísa e o ex-deputado Milton Temer e membros da
Nós consideramos que, frente à barbárie capita- forma madura e democrática de superar essas
direção do PSTU. Ai fomos informados que a
lista e a traição do PT, o Novo Partido deve diferenças e construir uma base política comum,
reunião da tarde já havia definido o funcionamen-
estabelecer com clareza, no seu programa, o obje- superior a cada uma das opiniões isoladas, é reali-
to do Novo Partido, que, como o PT, seria de
tivo de realizar uma transformação socialista em zar um debate profundo, amplo e democrático,
tendências permanentes e que tal definição - nas
nosso país, de construir uma nova sociedade a com a participação de todos. Isso vale para o
palavras da senadora e do ex-deputado - é uma
partir da destruição do sistema capitalista. Conside- programa, concepção, estratégia, funcionamento,
"cláusula pétrea", portanto intocável, não passível
ramos que a defesa do socialismo não pode ser etc do partido. Esse é o desafio, a tarefa e a
de discussão ou mudança, mesmo no futuro.
reduzida a discursos em dias de festa. O partido responsabilidade de todos os setores da esquerda
deve apontar com clareza que só será possível socialista neste momento.
Erros que atingem o atingir esse objetivo através de uma ruptura com O Não há monopólio da construção do Novo
regime de dominação da burguesia e, portanto, Partido. Todos não só podem, como devem,
projeto de Novo Partido com as instituições do Estado que aí está. participar. Por essa razão não achamos razoáveis as
Os companheiros, na nossa opinião. cometeram Obviamente isso não se dará pela via eleitoral, pré-condições estabelecidas pelos companheiros
dois erros graves, que não atingem só o PSTU ou respeitando as regras do regime "democrático- que se reuniram no Rio, dia 19. Nem considera-
os setores excluídos. Atingem e enfraquecem fun- burguês", através do qual a burguesia exerce o seu mos razoável excluir qualquer setor da esquerda
damentalmente os esforços dos milhares de mili- poder, ou acumulando cargos no Estado, visando socialista que queira participar desse processo.
tantes socialistas que, diante da traição do PT, reformá-lo. Estratégia desse tipo - eleitoral e nos A construção dessa unidade é obrigação de
precisam e querem construir um Novo Partido. marcos da ordem e institucional idade vigente, para todos os setores da esquerda e nós vamos fazer a
Em primeiro lugar, porque, com todas as forças de realizar reformas no capitalismo e em seu nossa parte. Queremos participar das discussões,
dos diversos setores da esquerda socialista soma- Estado - foi a adotada pelo PT. E deu no que deu. visando a construção do novo partido, e defende-
das, ainda somos poucos para construir um partido O Novo Partido, para chegar ao poder e realizar mos que as discussões sejam abertas à toda a
à altura das exigências imediatas e históricas de as transformações que abram caminho à construção militância, bem como consideramos que as deci-
nossa classe. Excluir setores da esquerda revolucio- do socialismo, deve adotar como estratégia a sões a serem tomadas nesse processo devem se dar
nária que querem participar é, portanto, injus- mobilização de massas, a insurreição dos trabalha- com a participação efetiva da base. _
tificável. Mais ainda porque os setores excluídos dores e do povo pobre, a revolução socialista.
não impõem, nem nunca impuseram, pré-condi- Não significa que devamos desprezar a luta.po-
Iítica em outros espaços ou que deixemos de dispu-
MOVIMENTO POR UM NOVO PARTIDO
ções para ser parte da construção dessa alternativa.
REALIZA NOVO ENCONTRO NO RIO
O segundo erro é decidir numa reunião de 30 tar no campo eleitoral. Mas significa que esta não é
nossa disputa prioritária e nem nossa estratégia. No dia 15 de janeiro foi realizada a primeira Plenária
pessoas o funcionamento do partido e ainda trans-
de 2004, no Rio de Janeiro, do MovImento por um
formar tal decisão em "cláusula pétrea": as chama- E esse debate não tem a ver com a conj\,1ntura.
Now Partido. Mesmo em meio as férias, a plenária
das tendências permanentes, tal qual funciona o Podemos ter leituras distintas da evolução da situ-
contou com a presença de 50 companheiros e definiu
PT. Os companheiros fizeram questão de reivin- ação política do país. Esse processo de ruptura a realização de uma grande Plenária Estadual do
dicar o "PT das origens", da década de 80, mas insurrecional pode ocorrer em três, dez ou em 20 Movimento no dia 14 de f-..tro, na UfRJ.
parecem se esquecer que nem mesmo O PT ex- anos, não importa. Mas se entendemos que essa é Na ret.flião, Já se tWIa a Informação do possível veto
cluiu setores que dele quisessem participar. a única forma de realizar a transformação socialista á participação do PSTU e do Reage Pr na ret.flião,
Opinamos que o Novo Partido não deve ser um em nosso país, o partido tem que definir esta como convocada pela senadora Heloísa Helena e o ex·
novo PT e não concordamos com essa posição dos sua esrratégia e trabalhar para prepará-la desde já. deputado Milton Temer, ~ dlscutiria a possibilidade
da legalização de una lllMl leIenda.
companheiros sobre o funcionamento do partido. Com políticas adequadas à conjuntura, mas com
A notida do veto causou Brande revolta entre os
Não é razoá-vel o argumento de que esse funciona- um norte claro para a sua ação.
participantes, ~ definiram leYar a dlscussão a todos
mento é para garantir liberdade e democracia, pois E chama a atenção, claro, quando vemos que o os atMstas sobn! a lll!C1!S,jIiadPde prantlr a •••idade
não é isto que a experiência do PT mostrou. O PT documento divulgado pelos companheiros nem de um só movimento por um novo partido, sem vetos.
funciona em base às tendências permanentes. Que toca nesta questão. Faz alusões ao socialismo, mas A partir de fewreiro O Movimento vai Intenslflcar as
democracia há no PT? A única liberdade é a dos não avança além do anti-neoliberalismo. Pior: attvldacles que começam Já no dia 3, terça-feira, às
dirigentes, parlamentares e figurões para fazer o nem se refere à necessidade de uma radical inde- 1911, com um debate na UFF, em Ntter6l, sobn! as
que bem entendem, enquanto a base é chamada pendência de classe dos trabalhadores em relação à reformas sindical, trabalhista e universitária. No dia
para fazer campanha eleitoral a cada dois anos. burguesia, presente até mesmo na primeira carta de 14, sábado, às 1411, na UERJ, se realizará a Plenária
princípios do PT, o das origens. Estadual do Movimento, que marcará o lançamento do
Um partido voltado para as lutas precisa ter
primeiro número da RevIsta do Movimento.
centralização política. Essa não é uma ausência qualquer. Um partido
(ANDRÉFREIRE,DO RIO DE JANEIRO)
Mas a posição dos companheiros é legítima e que não se define como um instrumento revoluci-

. Ano IX • De 29/01 a 11/0212004


ALCA

Para derrotar a Alca campanha


I
tem que crescer em 2004
fOTO WUOIMlR O( SOUZA

JEFERSON CHOMA, CALo.NOÁRtCJ DA CAMPANHA


da redação

Graças aos entendimentos FEVEREIRO


entre os governos Lula e l' semana Manifestações em Puebla
Bush, a reunião ministerial (México)contra a rodada de negocia-
em Miami (EUA), em no- ções da Alea.
vembro do ano passado, de-
fimu um calendário de negociações
MARÇO
que garanta a Implementação da Alca
em janeiro de 2005. A Cúpula Extra- 20 • Mobilização Mundial contra a
ordinária das Améncas, realizada em guerra e contra a Alea
janeiro na cidade de Monterrey (Mé-
xico), se serviu para alguma coisa, foi ABRIL
justamente para reiterar o apoio de
14 e 15 13' Plenária da Campanha
seus panicipantes a respeito da "estnl- Contra a Alta
lura e o calendário para a cOlu/usão das nego-
ciações para a Aka", conforme a declara-
ção final do encontro.O próximo pas- MAIO
so dessa agenda recolonizadora está l'de Maio - Diade Luta pelo trabalho
marcado para a primeira quinzena de e contra a Alea
fevereiro, quando sed realizado novo
encontro entre os negociadores das
JULHO
Alca na cidade de Puebla (México).
l' quinzena· FórumSocial das Amé-
ricas - Quito (Equador)
(a definir) - Mobilizações contra a
Reunião Ministerial de negociação
No dia 8 de dezembro, logo após a sobre a Alea, no Brasil
reunião de Miami, a coordenação da
Campanha Nacional Contra a Alca SETEMBRO
aprovou uma declaração sobre o en-
01 a 07 Grito dos Excluídosdurante
contro. Nela a coordenação avalia o a Semana da Pátria
acordo de Miami como uma vitória
polftica dos EUA, que preserva sua
estratégia central: "A reunião ea resolução OUTUBRO
de Miami apan/(tm para a aceleraçãodocalm- 03 Proposta de data para a realiza-
dáriodaAka, CUjasinslãncias deâsivasserão ção do PlebIscito Oficial sobre a Alea
asfuturas reuniões em 2004". M protestam em frenreao Banco Central. naAvenida P.:tulista
A declaração aponta um calendáno
de lutas para intensificar as mobiliza- ze, em outubro, um plebiscito oficial dial de luta contra a guerra. Aqui na pafs e realizar grandes manifestações a
ções e reafirma a exigência para que o sobre a Alca. América Latina, a luta contra a Alca exemplo dos protestos anti global i-
governo Lula rompa com as negocia- O desafio já começou em janeiro. será um dos eixos desse dia. Neste zação de Seatlle e Gênova.
ções. Entre os dias 26 e 30, foi realizado o III ano, o Primeiro de Maio estará sendo É fundamental garantir o sucesso
Para isso é fundamental retomar o Encontro Hemisférico Contra a Alca preparado como um dia de luta pelo dessas mobilizações. Só a luta dos
trabalho de base e construir uma cam- em Havana (Cuba), cujo objetivo foi traba/llo contra a Alea. trabalhadores e do povo pode impe-
panha de massas contra a Alca, com preparar a mobilização continental No Brasil as mobilizações precisam dir a implementação da Alca, até por-
grandes manifestações como foram as contra a Alca. A primeira delas deverá acontecer com muita força, pois a que o governo Lula age em colabora-
Diretas e o Fora Collor. Também é ocorrer simultaneamente ao encontro próxima reunião de cúpula ministeri- ção com a estratégia recolonizadora
necess~rio conduzir com firmeza a dos negociadores em Puebla no Mé- al en tre os negociadores da Alca será do imperialismo none-americano e,
campanha, exigindo a ruptura das ne- xico. Assim como no ano passado, no realizada aqui. provavelmente entre ao longo deste ano, seguirá negocian-
gociações e que o governo Lula reali- dia 20 de março haverá um dia mun- julho e agosto. Devemos sacudir o do a nossa soberania.

CORTINA DE FUMAÇA

Governo não pode usarfuhamento para esconder entreguismo


esde o primeiro dia de Setores da burguesia brasileira não no imperialismo norte-americano a no pafs peJa fronteira mexicana,
janeiro, a medida de re- demoraram a exigir que o governo culpa pela fome e miséria do mundo. onde foi erguido o "Muro da Ver-
ciprocidade que obriga revogasse a medida. Para eles, o O governo Lula, que não teve a gonha". No entanto, o conflito ge-
o fichamento - exigên- fichamento é uma "bobagem" que menor responsabilidade pela medida rado pela medida é muito limitado e
cia de fotos e digitais - pode prejudicar as relações com o g0- e passou dias sem se posicionar. ao o govemo Lula tenta se utilizar deste
de cidadãos norte-americanos que verno dos EUA e atrapalhar o turismo. perceber que a opinião pública esta- episódio para acobertar sua polftica
ingressam no pafs, vem causando O prefeito do Rio de Janeiro, César va a favor. lançou uma portaria man- externa entreguisu. como faz ao
polêmica. Tudo começou com a Maia (PFL), até preparou uma recep- tendo o fichamento dos turistas nor- continuar negociando a Alca e ao
determinação do juiz Julier Sebas- ção para os gringos no aeroporto - com te-americanos. pagar a dfvida extema.
tião da Silva, em resposta ao mes- direito a samba e dançarinas - que A reciprocidade chama a atenção Precisamos de uma verdadeira
mo tratamento designado a brasi- lembrou tristemente o turismo sexual. para as medidas preconceituosas e mobilização de massas para derrotar
leiros nos EUA. A polêmica che- O fato é que a ação de reciprocidade discriminatórias infligidas por Bush, os planos de recolonização do im-
gou ao seu auge quando um piloto ganhou a imensa simpatia da popula- que impede o acesso de cidadãos dos perialismo. Para isso é fundamental
norte-americano foi detido no ae- ção. Não só da classe média, cansada de países pobres aos EUA. São notórios romper com a Alca e o FMI. Se Lula
roporto de Guarulhos (SP), após passar por procedimentos vexatórios os casos de prisões ilegais, maus tratos rompesse com tudo isso, certamen-
fazer um gesto obsceno durante a para entrar nos EUA, mas também da e principalmente de assassinato de mi- te teria o respaldo e a simpatia dos
identificação. população trabalhadora, que enxerga lhares de imigrantes que tentam entrar trabalhadores brasileiros.

O,..H.AO Soe'AUSTA
.
UNIVERSIDADE

• •
au r I r a
;

V
r t a cone I •
fOTO AMÁ NASCIMENTO I AGtHCIA BRASil

ROBERTO LEHER*,
Especial para o Opinião Sociall.ta

Após O MEC realizar um


grande evento em parceria
com o Banco Mundial e
com uma ONG francesa, o
nócleo dirigente do gover-
no define a sua política para o ensino
superior do país. Também aqui aagen-
da do Banco Mundial é dominante,
colocando um fim à crença de que é
possível compatibilizar a polftica eco-
nômica neoliberal e com uma política
social capaz de resgatar a dignidade
das condições de vida do povo brasi-
leiro. A sinalização de que a reforma
não poderá ser feita por acadêmicos,
conforme as palavras de Lula da Silva,
aparentemente confirma as ameaças
de José Dirceu: tiopau vai comer/no
O novo ministro, Tarso Genro, se-
guramente está mais capacitado para
operar, em favor do núcleo dirigente,
as contradições entre a proclamada
c s rov Buarque cumprimenta Tarso Genro. seu substituto no MInistério da
defesa da universidade póblica e a
Educaç30. Ao lado. charge de L:ltuff sobre a declaraç30 de José Dirceu
política macroeconômica que privile-
gia o capital financeiro. O curso da "revolução tecnol6gica" e, quanto mais gios a Gratificação de Estímulo a
reforma esd., portanto, nas mãos dos próxima ao mercado, mais modema Docência (GED), considera a avalia-
lutadores sociais e do movimento em seria a universidade. ção de desempenho produtivista
defesa da escola póblica. O documento crê que estaria ((outor-

-
um dos fatores que evitou o des-
gando autonomill" às instituições federais moronamento das universidades.
de ensino superior, como se a autono- propugna que a forma de relação da
mia não fosse um preceito auto-aplicá- universidade com o governo e o Esta- se. contudo, que essa diretriz não está
vel da Constituição. Em contrapartida, do se daria no momento de sua avali- em contradição com o conteúdo pri-
a universidade deved ttituorporar repre- ação. O futuro da universidade passa a vatista operacionalizado pela autono-
As propostas do Grupo de Traba- senta,ões da sociedade em seus órgãos cole- depender da avaliação definida por mia. A expansão dar-se-ia pela trfplice
lho Interministerial-GTI (15/12/03) giados" (p.17). Pierre uma "Comissão Na- combinação de aumento da carga di-
para enfrentar a crise atual das univer- Bourdieu. criticando O cional de Avaliação" dática dos docentes, aumento do nó-
sidades federais estão inscritas em um Relatório AttaJi, nos diria: QUANTO MAIS constituída por sete mero de estudantes por classe e, prin-
escopo estratégico mais amplo, objeti- quando falam em repre- PRÓXIMAAO membros, todos es- cipalmente, pela educação a distância
vando criar uma plataforma para a sentações da "sociedade" colhidospeIogover- (EAD). Propõe criar o "Centro Darcy
"grande" reforma universitária que o estão querendo dizer na MERCADO, MAIS no(MP147).Naau- Ribeiro de EAD" para superar os "co-
governo Lula pretende apresentar ao verdade do "mercado"! MODERNA SERIA tono mia didático- nhecidos limites da educa,ão presencial"
Congresso "ap6s amplo debate" aíndano A importância da auto- científica, o GTI (p.20). A meta para 2007 é de 500 mil
primeiro semestre de 2004. O GT foi nomia é instrumental e A UNIVERSIDADE propõe que o referi- estudantes a distância! A duplicaçãO da
coordenado pelo nócleo do governo, pragmática: ((a crise de- do sistema de avalia- oferta dar-se-ia por meio de ensino
em especial, a Casa Civil e a Secretaria corre também das amarras legais que ção dará "reconheci- massificado e minimalista, pressupon-
Geral da Presidência. impedem cada universidade de captar mento às universidades comprometi- do graus diferenciados de cidadania e
O documento aborda temas como e administrar recurJOs" (p.15). Por isso, das em realizar pesquisas voltadas para descaracterizando a docência e, por-
ampliação da oferta de ensino, metas a institucionalização definitiva das fun- a solução dos problemas brasileiros e tanto, O cerne do fazer universitário.
de contratação docente, bolsas para dações privadas faz parte do eixo das para o desenvolvimento do sistema Para combater essa perniciosa refor-
jovens doutores e aposentados, auto- propostas. Estas cumpririam o papel produtivo nacional e regional". con- ma neoliberal das universidades é im-
nomia, fundações e financiamento. das "Organizações Sociais": t'Com esses fonne o modelo coreano defendido perativo promover amplo debate so-
Outros problemas são esquecidos, dois instrumentos - autonomia efllnda- pelo ministro José Dirceu. O docu- bre os projetos em confronto. É indis-
como a urgente assistência-estudantil. {&s de "poio - as universidades federais mento.indica,. ainda,- que o sistema de pensável a afirmação por parte das
É preciso, portanto, separar o que são certamente disporiam decondi{ões ruio sópara avaliaçã<;>prOf11overáa "classifllafão das univ~rsidades, sindicatos e entidades
"atrativo';" e Q 'q1,li:;Slia .". ~otienl:lções .au,nenia;làip/af404e",amos :.:':<:ôm
.. :~tiil'.itÓlie.cUrWs· ,,,.16),.. " ":-..', '..
, del'l1~~ticas dblim'prOjeto de univer-
polític~~ mai~ profunda~, para não se essa proposição, o governO Lula esta- A autonomia administrativa é tida sidade póblica, gratuita, universal e
perder no mundo das aparências. ria viabilizando as organiz",ões sociais de como capaz de assegurar "aadmjnistr~ autônoma, capaz de contribuir para o
Bresser Pereira e Fernando Henrique. deseusserví{os", a contratação e aexone- rompimento da submissão cultural. Isso
As fundações de apoio privadas, ração de pessoal e "decidir o seu plano de significa, como nos ensinou mestre
robustecidas e melhor amparadas le- carreira". indicando que as considera- Florestan Fernandes, combater a causa
Considerando as grandes orienta- galmente, estabeleceriam "contratos ções do ex-ministro da Educação, de da submissão cultural: o próprio capi-
ções do Banco Mundial, co-patroci- de gestão" eufemisticamente deno- que a carreira ónica é um obstáculo a talismo dependente. Empunhando es-
nador do Seminário Internacional do minados de "Pacto da Educação para o autonomia, foram incorporadas pelo sas consignas. será possível organizar as
Ensino Supenor do MEC, e as medi- Desenvolvimento Inclusivo". nócleo dirigente do governo. lutas vindouras e ampliar, qualitativa-
das concretamente encaminhadas pe- Este "pacto" objetiva massificar a mente, o ensino público 'superior.
los governos neoliberais da América oferta de vagas. Aos que aderirem, o
Latina, é possfvel formular a hipótese MEC se propõe a ampliar os fluxos de
* RoberúJ Leher i professor d« UFRJ,
pesquisador do CLACSO 110 Labo-
de que oeixoestruturadorda propos- recursos, pagando um determinado rat6rio de Po/(tWu PIlbliau d« UERJ
taé a autonomia universitária conju- per capita (semelhante ao Funde!). As Um dos mais evidentes "atrativos"
gadacomofinanciamento,aexemplo metas especfficas serão objeto de edital do documento é a afirmação de que as
da PEC-370/96 encaminhada por póblico aberto à concorrência entre as universidades póblicas deverão alcan-
Fernando Henrique e Paulo Renato instituições póblicas e privadas do Sis- çar 40% do total das matrfculas do Baixe o documento do Grupo de
de Souza. São os mesmos pressupostos: tema Nacional de Avaliação (p.19)! ensino superior em 2007. confonne Trabalho Interministerial
é precIso liberalizar a universidade A avaliação segue como eixo da meta do Plano Nacional de Educação. www.pstu.org.br/juventude.asp
em função de uma nunca definida política educacional. Após tecer elo- Examinando mais de perto, verifica-

• Ano IX • De 29/01 a 11/02/2004


MEMÓRIA

fOTO
"","OVO
PSTU

ENEIDA ALMEIDA, de São Paulo (SP)

Se dividinnos, para ifeito de melhor


compreensão, a história do movimento simJú:a1
brasileiro, levando em consi.dera{iíoos e~tos
preJominantesdesuaatuaçáD,podemosconsidemr
a existência de pelo menos quatro momentos
jUndamentais.

partiCipa de
Canela!em '983
prepa-andoa
construçaoda OJT

O NOVO SINDlCAUSMO setores burgueses, considerados "progressistas",


Em maio de 1978 ocorre o salto de qualidade a direção fOlJada no final da década de 70. se
de um longo processo de resistência que se forma a partir de uma base que vê na indepen-
desenvolveu durante os anos mais duros da dita- dência de classe e na luta condições essenciais
dura. Com os níveis de exploração atingindo para arrancar conquistas.
patamares insuportáveis e com o fim do "milagre É esta a prática que norteará a fundação da
INICIO DO SÉCULO XX econômico", a classe operária do ABC rompe a CUT, em 1983, e, na mesma década,lmpulsio-
O prImeiro, dominante nas trê prImeiras barrClra da legalidade e desencadeia um poderoso nará a formação de inúmeras OPOSIÇ Indicais
décadas do século xx. é marcado por uma mOVImento que marcará profundamente a orga- que VIsavam derrubar as direções pel gas.
intensa onda de lutas da jovem classe operá- nização sindical e política dos trabalhadores. Ao contrário do curso dos acontecImentos
ria brasileIra. cUJa direção, é fortemente Concretiza-se, neste momento, uma ruptura em d,versos países, inclu ive nos que adotaram
Influ nciada pelo Ideário anarquista soci- entre a prática das direções existentes no pré-64 o wt'lfart' st4~, no BrasIl a ofensiva contra os
alista. Adeptos da luta direta e antlcapitalistas, Se por um lado, no penodo antenor ao golpe as dlr itos dos trabalhadores só ganha força nos
os anarco-sindlcalistas e anarco-sociahstas lideranças dos trabalhadores, em grande parte anos 90. O "atraso" de pelo menos 10 anos na
e tiveram à frente de vários sindicatos e ligadas ou influenciadas pelo PCB, balizavam implementação das medIdas antl-soci ••s é atrI-
dirigiram lutas que foram responsáveIS pela sua potrtica a partir de uma análise que apontava buído, entre outros fatores, à força do movi-
conquista das prImeiras medidas legais de para a necessidade de uma ampla frente com mento Sindical brasileiro. _
proteção aos trabalhadores. Eles eram con-
siderados parte da ameaça vermelha que
rondava o mundo capitalista a partir da Re-
volução de 1917 e por constituírem, na prá-
tica, um empecilho aos projetos de industri-
alização, baseados no taylorism~fordismo, ANOS 90: DO SINDICALISMO CIDADÃO
foram intenQmente reprimidos. _ AO SINDlCAUSMO DE NEGÓCiOS
Os pnmeiros sinais de mudança surgiram alO-
da no fim dos anos 80, com a Idéia do sindicalismo
fOTOCPOOCI fGV
cidadão e com as mudanças, em 1989, no estatuto
da CUT, dificultando a participação da base nas
instâncias. Daí pra frente, não faltam exemplos:
amaras Setonais; partiCipação (em 1995) no
presIdente da cur. em outdoor de
acordo de reforma da Previdência de FHC; o universicIade
privadade 5aoPaulo
peso crescente de verbas do FAT na sustentação
da estrutura sindicaJ; acordos que flexibilizam limite imposto 1 luta dos trabaJhadores.
direitos e regulamentam, por meio de PDV's, Como salto de qualidade da tendencia em
demissões; defesa do sirldiallo org8ttito C1C. curso nos anos 90, assistimos também, a partir da
Em essência, nos anos 90, mais que a idN de VItória de Lula, não só a crescente incorporação
participar de organismos tripartites, privi1egiar a de dingentes sindicais 15estruturas do governo,
conciliação de classes e negociação em detrimen- mas a partiCIpaçãO direta deste setor na adminis-
to da mobilização dos trabalhadores, predomina traç50 ele dois unportantes fundos de pensão: a
na CUT, uma concepção de atuação baseada na Previ (o maJOr da América Latina) e a Perros.
lógica do mercado. A prática sindical, sob o ~fimcb-se dessa forma, o distancwnento

ATRELAMENTO AO ESTADO
É com Q ohJ !Ivo de desmantelar a estrJl-
tas "viáveIS",
com a prodà\l*~.
*:~~~~=~·l~~~=~~,-:,~
argwnento da 1IcàliISi~ de~ ~ ~traldas

~
estruturas sindicais de base, assim
na práuea a proximIdade a um mode1o
ndtcalíSlno anteriormente 'rech:u;ado. o
tura Sindical autônoma vigente que, a partir lucratividade dllS eit\ rntiCaJismo de negócios. _
de 1931, são criadas leis que aO mesmo
tempo em que garantem conqUlsus sociais
estabelecem uma maior submissáo do traba-
lho ao Capital. Os sindicatos passam a ser
considerados parte da estrunJra do Estado. definia crimes contra a ordem politlca cepclonals,como PI8crescendoa 12%.
TAYLORISMO
I fORDISMO e social. Sua principalfinalidade era Em meados dos anos 70, a crise do
Quatro anos depoi , lançando mão da Lei
Doutrinas econômicas desenvolV1das transferir para uma legislação especiaL petrÓleoe a alta internacionaldosjuros
de Segurança NaclOnaJ Getúlio Vargas in- por Henry ford (1863,1947)e F.W. os crimes contra a segurança do Esta· desacelerama expansãoindustriale
tensifica ainda maIs a repressáo ao movI- Taylor (1856·1915)baseadasna fabri· do, submetendo-os a um regime mais Jogamo paisrona profllldacrise,reve-
mento. Fecha os Sindicatos aut nomos e cação em massade bens padronizados rigoroso, com o abandono das garan· landoqueo tal "milagre"haviadeixado
prende suas hderanças. Inaugura-se, conse- (comoosautOlTlÓYeis), usode máquinas tias processuais. de fora milhõesde trabalhadores.
especializadas e trabalhadores semi·
qüentemente, um novo momen\lO do movi- qualificados, não comunicaçãoentre
mento smdlcal brasileiro no qual passa a os trabalhadores, criação da gerência MILAGRE ECONOMICO WELFARE STATES
predominar, mesmo que com vanações oca- "aentiflca", separaçãosistemáticada Períodoentre 1968e 1973,quando,SUS' Trata·sedochamado"Estadodobem·
Sionadas pela pressão das moblhzações (como concepçâo e da execução das tarefas e tentadoem l.m 'IOll.mOSO endividamento estar social". Nome dado, seralmen-
da criação das linhas de montagem, com externo, foram feitos pesadosInvesti· te nos países dirl81dospela social·
as do inicio dos anos 60), um tipo de controleabsolutodoritmodo trabalho. mentos em infra-estrutura, nas indústri- democracia, no período após a Se-
Sindicalismo apoiado na colaboração de clas- as de base, de transfonnação,equipa. 8unda Grande Guerra Mundial,para
ses. Os sindicato se convertem em órgão mentos e bens duráveis (vekulos e ele- as pot1tkas de intervenção do Esta-
LEIDESEGURANÇA NACIONAL (LSN) trodomésticos).Nomido da década de do nas áreas sociais (saúde, Previ-
de su tentação da ordem capltah t.1 _
ALSN,promul8adaem4deabrilde 1935, 70, a ecoooollaapresentaresultadosex· dênCia, educaçâo etc).

O",N,AO SOCIALISTA
MOVIMENTO

ial
PRIMEIRA PLENÁRIA NACIONAL DESTE ANO DECIDE DENUNCIAR O DESCOMPROMISSO DO
GOVERNO FEDERAL COM O SETOR E APROVA INDICATIVO DE GREVE GERAL PARA O MÊS DE ABRIL
foro RONALDO BARROSO I FEH.uUFE

CARLA LISBOA,
nistérios. Ou seja, o governo não se
especial para o Opinião Socialista comprometeu em apresentar nenhu-
ma proposta.
indignação foi o sentimen- Enquanto isso, s6 com a inflação
to predominante entre os acumulada no ano passado os servido-
117 delegados e 52 observa- res federais perderam 9,56% do poder
dores que participaram da aquisitivo, sem contar as perdas de
primeira Plenária Nacional anos anteriores, que chegam a 127,3%.
dos Servidores Públicos Federais, no Diante disso, os delegados decidiram
dia 18 de janeiro, em Brasflia. Depois restabelecer praticamente as mesmas
da explicação sobre as perdas salariais reivindicações de 2003.
do funcionalismo nos últimos nove Também será denunciado que as
anos, inclusive no governo Lula, os investidas do governo prejudicam toda
delegados aprofundaram a discussão a população, já que as reformas pro- 150 bilhões de reais e reservou para verno siga enrolando nas mesas de
sobre a campanha salarial deste ano. movem o desmonte dos serviços pú- toda a despesa com os servidores pú- negociação. O lançamento da campa-
Os servidores mostraram-se revol- blicos. Os sindicalistas concluíram que blicos apenas 2,2 bilhões. Diante dis- nha salarial será em março. Além dis-
tados com a falta de compromisso do a MNNP não passa de encenação do so, os representantes do funcionalis- so, os delegados levarão para a próxi-
governo que, um ano depois de insta- governo para tentar dizer que há uma mo público no movimento sindical ma plenária temas como a desauto-
lada a Mesa Nacional de Negociação predisposição de negociação. O que decidiram que o eixo da campanha rização da CUT de falar em nome dos
Permanente (MNNP), não apresen- realmente acontece é o total desprezo salarial de 2004 será a exigência de servidores no Fórum Trabalhista.
tou nenhuma proposta sobre a políti- em cumprir os compromissos assumi- reposição das perdas desde 1995, de
ca salarial do setor. Apesar de os servi- dos com os servidores. Nenhum item acordo com os cálculos do Departa-
dores estarem em plena data-base, os da campanha salarial do ano passado mento Intersindical de Estatística e 11 e 12 de fevereiro - Seminário sobre
representantes do governo disseram, foi atendido. Diante disso, a única Estudos Sócio Econômicos (Dieese). refonnas sindical e trabalhista da CNESF
na primeira reunião da MNNP, reali- saída, aprovada na Plenária, é enfren- Os servidores também decidiram 13 e 14 de fevereiro. Plenárias 5etoriáis 0.
zada no último dia 15, que só poderão tar essa situação com unidade. continuar reivindicando a reposição 15 de fevereiro . Plenária Nacional dos
salarial, a paridade entre ativos e ina- 5ervidores Públicos Federais
iniciar essa discussão na próxima reu- Com o FMI, no entanto, a conversa
19 de fevereiro - Reunião da Wesa
nião, prevista para o dia 19 de feverei- é outra. Só no ano passado o governo tivos, o fim da terceirização e o indi-
Nacional de Negociação Permanente
ro. Isso se houver consenso nos mi- pagou aos banqueiros internacionais cativo de greve para abril, caso o go-

RODOVIÁRIOS

Forte repressão não impede


vitória dos rodoviários do Amapá
ELTON CORRÊA,
de Macapâ (APl

s rodoviários do Amapá vi-


venciam uma dura realidade.
Depois de um acordo coletivo
vitorioso que conquistou uma
reposição salarial de 17%, em julho do
ano passado, a patronal investiu dura-
mente. sobre a categoria e foi aos poucos,
Trabalhadores
com a ajuda da Delegacia Regional do
Trabalho, dirigida em boa parte por ex-
assumem controle de
sindicalistas do PT, subtraindo suas vitó-
rias e voltando a implementar o banco de
fábrica em São Paulo
horas, o contrato temporário de trabalho,
encurtando o horário das linhas e redu- EVERALDO DUARTE DE OLIVEIRA,
de Ilapev; (SP)
zindo a frota. O sindicato durante meses
denunciou a situação e exigindo uma s patrões da F1ekepet Tecnologia em Reciclagem,
postura dos órgãos go"ernamentai~. localizada na cidade de Itapevi (SP), tentaram dar
A situ~ção chegQu ao j;úmulo quando um golpe nos 143 trabalhadores da empresa. No
uma das maiores empresas de ônibus da dia 18 de novembro de 2003, a diretoria comuni-
cidade, a Estrela de Ouro, atrasou em três cou que iria interromper a produção por motivo
meses o pagamento dos salários, além das de brigas entre os sócios. O Sindicato dos Químicos Unifi-
férias e horas-extras. O valor referente ao cados de Osasco, Campinas e Vinhedo, alertado pelos
INSS não é recolhido e o do fundo de Mas os trabalhadores não se deixaram in- trabalhadores, convocou uma assembléia geral e apontou
garantia há anos não é depositado. Reu- timidar, promovendo passeatas até a prefei- todas as irregularidades e riscos que os trabalhadores est;lvam
nidos em assembléia, os trabalhadores tura, cobrando explicações do prefeito João correndo se deixassem a fábrica nas mãos dos patrões.
decidiram ocupar por tempo indeter- Henrique (PT). Também foi realizada uma Diante disso, a assembléia exigiu o pagamento dos salários
minado o sindicato patronal (SETAP), manifestação em frente ao palácio do gover- atrasados e a retomada da produçãO. No dia 9 de dezembro,
como forma de agilizar o processo no e a sede da Justiça do Trabalho, exigindo após um ato em frente à empresa, foi instalada uma assem-
a libertação dos sindicalistas e a intervenção bléia para avaliar o abandono da fábrica pelos patrões. Os
emperrado na Justiça.
trabalhadores,juntamente com o sindicato, decidiram ocu-
A ocupação se deu no dia 10 e na tarde judicial na empresa como forma de garantir o
pagamento das dívidas trabalhistas. par a empresa e retomar a produção, como forma de garantir
do dia 11 de dezembro, após liminar da
Diante da pressão dos trabalhadores, o os salários, empregos e direitos.
Justiça do Trabalho, a categoria foi trai-
Os trabalhadores vêm resistindo bravamente para garantir
çoeiramente agredida pela polícia de cho- governo foi obrigado a libertar os sindicalis-
seus empregos. A ocupação já dura 45 dias e os operários
que do estado. Dezenas de pessoas saí- tas e aJustiça do Trabalho decretou interven-
necessitam de todo o apoio e solidariedade.
ram feridas. Além disso, toda a diretoria ção na empresa para abertura de suas contas.
do sindicato foi presa, inclusive o presi- A vitoriosa mobilização ainda impediu a CONTRlIlUÂE V1SITE À FÁIlRICA FLEKEPET
dente e o vice, Joinville Frota e Carlos demissão de dezenas de trabalhadores que Estrada Velha de Itu, nJJ - Bairro ItaquI . ItapevI (SP)
Clay, ambos militantes do PSTU. estavam ameaçados pela empresa . Conselho de Fâbr1ca (11) 4144.6640 Slndlcato (11) 4198 •.1387

. •••• IX • Do 29/01. 11102/2004


CULTURA

FILME

,
Lenin!
DIREÇÃO: WOLFGANG
BECKER. COM DANIEL
BROHL E KATRIN SA
ALEMANHA, 2003

ANOS
DE CONTRASTES E LUTAS
vilarejo. Quando a primeira ferrovia Paulo acaba sendo palco de alguns dos
WILSON H. DA SILVA, chegou na cidade, por volta de 1870, principais eventos do período. Os pro-
da redação
existiam 25 mil habitantes. Em 1899, já testos contra o assassinato de Vladimir

O
aniversário de São Paulo ocu- eram 250 mil pessoas. Em 1920, 580 mil. Herzog, em 1975, detonam a luta pela
pou um enorme espaço na O crescimento populacional acom- Anistia; o assassinato do metalúrgico
mídia. Minissérie global, re- panhou o aumento de sua importância Manuel Fiel Filho, em 1976, deu visibi-
portagens especiais e uma econômica e foi marcado pela segrega- lidade à luta da categoria que, com suas
mega festa fizeram parte do ção e pela exploração. Os poucos indí- greves em 1978 e 79, marcaria o inkio
esforço para mostrar ao país que a maior genas sobreviventes foram isolados. Os do fim da ditadura; a violenta repressão
cidade do Brasil não só é "de todos os muitos ex-escravos, marcados pelo de- aos estudantes da PUC, em 1977, colo-
brasileiros", mas também é expressão semprego, foram expulsos para a peri- cou em evidência o movimento estu-
máxima de um Brasil que deu (ou pode feria, originando as primeiras favelas. dantil. Como também foi na cidade, em "Adeus, Lenin!" é impero
dar) certo. Definições que mascaram Os imigrantes europeus, que chegavam julho de 1978, que surgiu o embrião do dível. Apresentando pela
uma outra história: esta é uma cidade- aos milhares, eram submetidos a jorna- Movimento Negro UnifICado e, anos mais grande imprensa como uma
síntese dos contrastes brasileiros e das das de até 15 horas e amontoavam-se em tarde, as principais organizações do mo- critica ao comunismoe uma
sátira ao fim das ideologias,
muitas lutas que marcaram os 450 anos. cortiços. Para exemplificar as condiçôes vimento feminista e GLBT. Em 1983, o filme, na verdade, é uma
A primeiríssima providência dos co- de vida na época, basta lembrar que uma um comício na frente do Estádio do impressionante crítica ao
lonizadores que aqui chegaram foi er- epidemia de gripe, em 1918, matou 10 Pacaembu fez ecoar por todo o país o estalinismo e à reconstru-
guer um colégio e agregar o nome do mil pessoas em quatro dias. grito pelas Diretas Já. ção do capitalismo na ex-
Alemanha Oriental.
santo católico à cidade (chamada de Foi essa situação que deu origem às Por outro lado, Sampa também foi
Ahístóriaparte de umaidéia
Piratininga) com o objetivo de "ca- rebeliões que marcaram a primeira me- palco dos disparates da burguesia e seus pra lá de inusitada. Nofinal
tequizar" e "domesticar" os nativos. tade do século 20. Em 1917, a cidade foi aliados. Basta lembrar o Massacre do de 1989, uma fervorosade-
Diante da forte resistência, o discurso totalmente paralisada por uma greve Carandiru, em 1992; as centenas de cha- fensora do sistema - que,
de Anchieta, líder dos jesuítas, foi bas- geral, dando início a quase uma década cinas que ocorrem anualmente e os cons- ao mesmo tempo, se dedi-
tante claro. Em carta de 1562, o padre de rebeliôes e mobilizaçôes. Também tantes ataques neofascistas a negros, nor- cava a escrever cartas e
mais cartas tentando corri-
escreveu: "Parece-nos agora que nesta Capi- foi neste ambiente que surgiu o movi- destinos e gays. gir os muitos desvios buro-
tania estão abertas as portas para a conversão dos mento modernista, responsável por uma Marcada por estas gritantes contradi- cráticos do sistema - sofre
gentios (. ..) para estegênero de gente não existe revolução nas artes e na cultura. ções, São Paulo se transformou em local um enfarte e entra em coma
melhor pregação que espada e vara deferro". Um novo impulso industrial se deu privilegiado para refletir as lutas de nos- ao ver seu filho ser brutal-
E foi exatamente isto que marcou a nos anos 50, quando da implantação das so povo. Lutas que, em Sampa, se con- mente reprimido em uma
manifestação contra o Muro
pouco louvável história da cidade por multi nacionais automobi1fsticas. A rápi- frontam com os muitos problemas da de Berlin. Passam-se oito
dois séculos. Afinal, foram daqui que da industrialização, o crescimento cidade: seu trânsito caótico, seu cinzento meses.A mulher sai do coma
partiram os famigerados bandeirantes desordenado da cidade e o empobreci- horizonte, seus arrogantes burgueses e e o filho é orientado pelos
que garantiram a expansão territorial mento da população marcam as décadas o ritmo alucinado de seus habitantes. médicos a não expô-la a
através do extermínio dos povos indí- seguintes. Uma situação que, combina- Características, contudo, que não apa- qualquer emoção forte.
Contudo, há um problema:
genas, da perseguição aos negros e do da com a resistência à ditadura militar, gam aquilo que esta cidade tem de me- no pericx:loem que esteve
saque generalizado. potencializou o fortalecimento dos mo- lhor: a concentração de uru-a-m'assatraba- em coma, Erich Honecker
vimentos operário e popular, tanto na lhadora, estudantil e popular com po- foi afastado, o Muro caiu, a
DE PRovíNCIA À CAPITAL DO cidade quanto nos seus arredores. tencial para dar o devido troco aos 450 Alemanhafoi uníficada e o
MOVIMENTO OPERÁRIO Nos anos seguintes, acompanhando anos de exploração impostos pela pode- capitalismo começava a
avançar a largos passos.
Até o século 19, São Paulo foi um processos que varriam todo o país, São rosa classe dominante paulistana. • Nesta situação, o filho de-
cidi omitir tudo isso e re·
criar, no apartamento, o
Retratos do contraste Marta e PT: muito circo e nenhum pãó antigo regime, como se nada
houvesse acontecido.
Dentre os 10,4 milhões de habitantes, 4,4 Marta Suplicy tentou transformar o e projetos megalomaníacos como o Nessa recriação do "socia-
milhões de pessoas vivem em favelas ou aniversário da cidade em palanque elei- CEU, a prefeita tem se limitado a lismo real", com extremo
loteamentos ocupados. toral. Numa cidade carente de lazer, maquiar a cidade. bom humor, o diretor cria
situações hilárias, particu-
Oos 5,4 milhões que compõem a mão de festas são bem-vindas. Mas o problema Por essas e outras, a mesma massa
larmente através dos pro-
obra ativa, 1,1 milhão estão desemprega- é outro: a gestão do PT não apresentou que prestigiou os eventos não pou- gramas e noticiários que o
dos e somente 21% dos assalariados têm sequer um projeto que mexa nos pro- pou vaias à prefeita e ao governador dedicado filho cria com a
registro em carteira. blemas estruturais da cidade, sendo tucano Alckmin. O recado foi claro: ajuda do amigo cineasta.
muito semelhante ao que ocorre há festa é sempre bom, mas emprego,
47'J(, dos habitantes nasceram na d· NEMBUROCRATAS,
dade. 53% vieram do interior do 450 anos. Fora algumas medidas salário, transporte e moradia dig- NEMCAPITALISTAS
estado ou de outras partes do pais compensatórias nos são mais do que A situação absurda serve
necessários. para expor o não menos
Nos bairros mais nobres, como os absurdomundodirigidopela
Jardins, 41%possuem nivel superi- burocracia estalinista: o ra-
or e 43%têm renda familiaracima cionamento permanente, a
de 10 saláriosmínimos.Na peri- falsificação da história, a
feria, como Campo Limpoe censura, a falta de liberda-
Capão Redondo, os indi- des democráticas, etc.
ces são de 4%e 5%, res- Mas não só isso. O diretor
pectívamente. também desmascaraas ma·
zelas impostas pela reino
FONTE: Dieese-5eade tradução do capitalismo na
Alemanha Oriental: a filha
universitária toma-se aten-
dente de um fast-food, o
desemprego cresce, a as-
sistência social desaparece
e ex· burocratas tornam-se
corruptos capitalistas.
Longe de ser uma contun·
dente defesa do socialismo
(há uma certa tendência
anarquista), o filme é um
empolgante ataque àquilo
que a burocracia e o capi-
talismo têm de pior.
(WILSON
H. OASILVA)

OPINIÃO SOCIALISTA
INTERNACIONAL

Críticas na India expõem


limites do Fórum Social
EM SUA QUARTA EDiÇÃO, DE 16 A 21 DE JANEIRO EM MUMBAI, NA íNDIA,
Grandes
DIREÇÃO DO FSM IGNORA INSURREiÇÕES E LUTACONTRAAGUERRAEAALCA manifestações
I
marcam o início
fOTO ANTOHIO MJLlHA AGtNclA BRASIL

YURI FUJITA,
da redação do ano no Haiti
m meio a 1.600 atividades
inscritas por 94 diferentes
países e com cerca de 90 mil
participantes, a organização
do Fórum contou ainda
com a concorrência de um "contra-
fórum" organizado por entidades e
partidos políticos radicais (hindus e
asiáticos), que criticaram a falta de
coesão política da direção do evento
oficial e sua vinculação com multina-
cionais e governos neoliberais.
Apesar do clima de rechaço à ocu-
pação norte-americana no Iraque e do
enonne sentimento anti-imperialista
que pairou sobre o evento, mais uma
T
• •
vez, a direção colocou o FSM distan-
te das lutas anti-globalização que ocor- No último período grandes lutas unificar as vozes contra as políticas do
rem em todo o mundo. vêm questionando o neoliberalismo e FMI, a submissão dos governos às
Semelhante ao último encontro, os regimes que aplicam este modelo. dívidas de seus países e a ofensiva
As insurreições no Equador, Argenti- militar do governo Bush.
realizado em Porto Alegre em 2003, a
na, Bolívia, Peru, e as grandes mobi- A direção do FSM sustenta que é
direção do evento apresentou as re-
lizações promovidas na Coréia do Sul, impossível superar o capitalismo e se
formas das instituições do imperialis-
entre outros países, demonstram que recusa a enfrentá-lo. Por outro lado, a
mo, - ONU e OMC -como a grande YURI FUJITA,
os trabalhadores não podem mais crescente insatisfação expressa por di- d. redação
saída para os milhares de ativistas pre-
agüentar a situação de miséria e fome versos ativistas no último Fórum, de-
sentes. Nenhuma declaração oficial
imposta pelo capitalismo. monstra que há um verdadeiro espaço Logo nas primeiras semanas do
contra a guerra e a ocupação norte-
Cada vez mais pessoas expressam para construir urna alternativa socialis- ano, grandes manifestações p0-
americana foi apresentada, e a ONU
em todo o mundo a necessidade de ta e derrotar o capitalismo. pulares tomaram contadas ruas de
continua a ser apontada como a única
Porto Príncipe, capital do Haiti,
saída para a construção de um "novo
exigindo a saída do presidente
governo" iraquiano, com os EUA.
Jean-Bertrand Aristide.
POR cLÁUDiA CD8TA
No último dia 23 de janeiro,
cerca de 30 mil pessoas ocuparam
Com o argumento de que o grande
objetivo deste Fórum era ampliar a PSTU participa Governo o centro em repúdio a um atenta-
do contra as rádios independentes
discussão com ·0 outro lado pobre do
de debates Lula é e a morte de três estudantes nos
mundo", a direção do evento sofreu
duras críticas ao não apontar nenhum
Foro CLÁUDIA COSTA
criticado enfrentamentos ocorridos entre a
polícia e manifestantes.
projeto claro de oposição ao modelo Na maioria das conferên- O atual presidente, conhecido
capitalista. Em um dos principais pai- cias e semináriosque par- como "Ti/id", é questionado pela
néis de todo o encontro, "Aglobolização ticiparam no Fórum Social
Mundial, dirigentes sindi- maioria da população e das orga-
e suas alternativas", houve vários ques- nizações existentes desde as últi-
cais e representantes go-
tionamentos dirigidos aos painelistas mas eleições em 2000, quando a
vernistas, ligados ao PT,
sobre a falta de propostas. A maioria procuraram defender ou oposição denunciou o método
das intervenções do público dizia que justificar a politica do g0- de cálculo dos resultados do plei-
não haviam viajado milhares de qui- verno Lula. to eleitoral aplicado pelo partido
lômetros para escutar mais uma carac- No painel sobre divida ex- governista Lavalas. Desde então,
terização da globalização neoliberal, terna, promovidopelo ju- a chamada Plataforma Derrnx:rátÍGl-
mas para escutar as propostas alterna- bileu Sul, o governo lula
sofreu criticas contunden- grupo que reúne 184 organiza-
tivas.
Na verdade, a direção do Fórum
o PSTUtambém esteve presente em Mumbai,na India, tes. A presidente do Sindi- ções opositoras ao governo - vem
e participou de dois eventos. No dia 18 houve um cato Nacionaldos Audito- organizando diversas mobiliza-
quer evitar a materialização de qual- semináriosobre Globalizaçãoe Imperialismo,organiza- res Fiscais (Unafisco),Ma· ções contra a atual política e a
quer proposta de ação que possa co- do pelo Mazdoor Muktl Comlttee, uma organização ria LuciaFattorelil, denun· corrupção em grande escala exis-
locar em risco seu projeto de refor- socialista de Calcutá. Além de um representante do cIou a politica do governo tente no país.
mas dentro do capitalismo. O que não Comitê, participaram como convidadosuma socialista Lulade não ruptura com o
independente indiana, o britãnlco Chris Harman, do Durante a realização da Cúpula
se quer deixar claro é que as organiza- Fundo Monetário Interna-
Soclal/st Workers Parey, e Fábio Bosco, do PSTU. donal, o que, segundoela, de Monterrey (México), onde
ções que foram, e ainda são, parte da estavam reunidos os presidentes
Foram três horas de debate, com cerca de 200 entre outras conseqüên-
direção do Fórum, são agora gover- presentes, em sua maioria indianos e coreanos. cias, provocou a reforma dos países do continente america-
no. O ministro brasileiro Olívio Dutra, No dia 20, ocorreu uma oficina da revista Marxismo da Previdência,a continui- no, o atual governo declarou que
anfitrião das três últimas edições do Vivo, que contou com a presença do trotskysta dade tanto da participa- vai convocar eleições legislativas
FSM, não conseguiu explicar, em um indiano Sushovan Ohar, da Altematiyo Antl·cap/ta- ção nas negociações so- nos próximos seis meses.
dos painéis em que esteve, a manu- lista, e de FábioBosco,do PSTU.Sushovanfalou sobre bre a Alcacomoda politica
O coordenador do grupo de
tenção da política do FMI durante a experiência com o governo de "esquerda" de de privilégioaos banquei-
BengalaOcidental, liderado há 25 anos pelo Partido ros. ·0 mais grave é que, oposição, André Apaid, desconfia
todo o primeiro ano de governo Lula das intenções do governo e diz
ComunistaIndiano.Fábiofalou sobre a AmérIcaLatina se os trabalhadores con-
no Brasil.
e as alternativas para a classe trabalhadora. Os cerca fiam em Lula, ocred/ta- que vai intensificar as mobiliza-
A direção do Fórum não pode de vinte presentes, a maioria indianos, participaram r60 que o joverno n60 ções, mesmo sabendo das rela-
responder aos anseios de milhares de ativamente da discussão,que durou três horas. Estas tinha outra alternativa", ções do governo com os EUA:
ativistas , pois os governos de "es- atividades foram importantes para estabelecer os comentou Fattorelii, de- (~quios norte-americanos sempre tive-
querda", que se propõem a humanizar primeiros contatos com a realidade da esquerda fendendo a auditoria so-
bre as dívidasbrasileiras. ram a última palavra".
O capitalismo, estão na verdade apli- indiana, hegemonizadapelo maolsmo.
cando hoje o neoliberalismo.

- Ano IX - ~ 29/01 a 11102/20G4


ADVOGADOS E JURISTAS MARXI TAS SE MULHERES

REÚNEM NO 11SEMINÁRIO DO INSTITUTO Encontro no Nordeste


JOSÉ LUIZ E ROSA SUNDER A discute a opressão
--l==r---.-- FOTO StltGlO Koo e a exploração
ANA ROSA MINUTTI,
da Secretaria Nacional de Mulheres do PSTU

Nos dias 10 e 1I de janeiro, realizou-se em


João Pessoa (PB), o primeiro Encontro de
Mulheres do PSTU da Região Nordeste, com
a participação de mais de trinta miltantes de
seis estados.
No primeiro dia foi ministrado o curso liA
Origem da Opressão da Mulher", que discu tiu
os papéis desempenhados na sociedade pelos
homens e mulheres, sua desigualdade e o
aproveitamento da opressão da mulher pelo
sistema capitalista para melhor explorá-la. O
atentados ou que estejam presos, ou tenham ordens curso incluiu a luta das mulheres na hisrória e
AMÉRICO GOMES, sua participação na construção do socialismo.
de prisão. Dentro desta perspectiva destaca-se a
de São Paulo (SPl
campanha por punição exemplar dos assassinos dos No segundo dia, discutiu-se a necessidade da
ntre 23 e 25 de janeiro, reuniram-se em dirigentes José Luis e Rosa Sundermann, assassina- organização das mulheres e o fortalecimento
São Paulo (SP) cerca de 50 advogados, dos há dez anos. Para isso serão organizadas mani- das Secretarias de Mulheres do PSTU.
professores e estudantes no 11Seminário festações no dia 12 de junho em São Paulo, São Foram encaminhadas resoluções para a in-
Jurldico do Instituto José Luis e Rosa Carlos e em várias outras cidades, como Ribeirão tervenção no mês de março contra a violência,
Sundermann. Participaram companhei- Preto. Fará parte da campanha a realização de um com destaque paraa luta contra a Alca, contra
ros do Rio Grande do Norte, Mato Grosso do Sul, documentário sobre o crime e sua investigação, o pagamento da dIvida externa e o FMI.
Pernambuco, Rio de Janeiro, Minas e São Paulo. denunciando a Corte Internacional de Justiça da Também foi aprovada a luta das mulheres
O encontro foi um verdadeiro sucesso, com OEA. Não foram esquecidos o assassinato do com- contra as medidas tomadas pelo governo Lula,
discussões polfticas de alto nlvel, tanto no que diz panheiro Gildo Rocha, em Brasflia, e a tentativa de como a reforma da Previdência e a Trabalhista,
respeito às exposições dos palestrantes, como na homicídio do André Pehle, de Porto Alegre. e contra o desemprego e o arrocho salarial.
participação do plenário. Também foi aprovada a produção da uma revista
Os advogados, estudantes de Direito, marxistas e jurídico-marxista a partir dos temas dos encontros,
revolucionários presentes decidiram por uma a cargo da comissão editorial, já formada, que Durante todo o encontro, os homens do
integração maior do Instituto aos movimentos po- aponte na perspectiva da constrUção da Corrente PSTU garantiram nossa comida, a limpeza do
pulares, principalmente na luta da terra e por mora- Polftica J urldico-Marxista, e a publicação de livros local, o cuidado com nossos filhos e a organi-
dia, sem descartar as lutas dos camelôs e de perueiros sobre Marxismo e Direito, em 2005. zação de uma confraternização. O exemplo
e demais setores explorados. Os movimentos populares, que terão muitos demonstra que a união de homens e mulheres
Por isso, vamos impulsionar as campanhas de enfrentamentos com o governo Lula em 2004, de nossa classe fará com que alcancemos nosso
denúncia sobre militantes e ativistas dos movimen- sabem que poderão contar com o corpo jurídico do ideal de igualdade.
tos sindicais e populares assassinados, que sofreram Instituto José Luis e Rosa Sundermann. _

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