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2 sociedade Correio dos Açores, ͳͶ
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Maria Corisca
RECADOS COM AMOR...
Meus Queridos! Estive muito atenta à visita surpresa que fez o meu querido Presidente Marcelo à Vila
do Nordeste, aproveitando as feridas abertas naquele concelho pelas mortes causadas pela Covid-19
para mostrar a sua solidariedade e afecto e tentar sarar a ferida aberta com o meu querido Presidente
Vasco Cordeiro por causa do pedido do encerramento dos aeroportos dos Açores… que foi negado
em uníssono pelo Presidente da República e pelo Primeiro-ministro António Costa, permitindo de-
pois a “importação” do dito bichinho… como se importa tanta outra coisa dispensável…. Marcelo
Rebelo de Sousa à chegada ao aeroporto mostrou reserva quanto à data das eleições nos Açores, mas
à saída, já mais condescendente, esteve quase a dizer que as eleições serão na data prevista, que será
Outubro. A minha comadre Germana, da Fazenda do Nordeste, que é uma mulher muito atenta a essas
coisas da política, telefonou-me, dizendo que lhe cheira que Marcelo para conseguir a paz com Vasco
Cordeiro estendeu-lhe o ramo da laranjeira e uma rosa cor-de-rosa com um cartão datado com o mês
de Outubro…, o que signica que se cumprirá o desejo do PS/Açores quanto à data das eleições…
Ainda por cima, diz Germana que isso agrada ao CDS, porque assim sendo, Artur Lima ca com o
caminho aberto para fazer a limpeza que deseja no seu partido para manter a liderança e até aspirar,
no que já esteve mais perto do que está agora, de ser a “bengala” do próximo Governo… Enquanto
isso, Paulo Estêvão esfrega as mãos se assim for porque tem esperança em manter o lugar no Corvo
que doutra maneira pode fugir para o PS ou para o PSD… Cá por mim co de palanque à espera para
ver se o medo passa para levar o povo a votar em Outubro, e depois desse mês, não me venham falar
em máscaras, distanciamentos e outras coisas do género… ‘Tá?
Meus queridos! Tinha jurado não falar mais em con- ções que estava prevista para este mês de Junho e que a da factura da luz desde os tempos em que a EDA é EDA…
namentos e desconnamentos, aqui nos meus recadinhos, Covid-19 obrigou a adiar, vai realizar-se lá para Setembro, Mas logo no dia a seguir ela recebeu uma cartinha da em-
porque quanto mais dele ouço falar, mais confusa co, e e este ano, na grande e vetusta igreja de São José, de Ponta presa a dizer que se quisesse podia pagar às prestações,
por vezes até revoltada…. Numa dessas muitas reportagens Delgada. Ela lembrou-se logo do meu recadinho do passado mas a quantidade de papelada que lhe exigem, desde a es-
para encher chouriços... que as televisões vão fazendo para mês de Dezembro, quando as ordenações dos 7 diáconos, critura da casa até ao recibo de vencimento e prova de que
estender os noticiários… sem notícia, ouvi uma mãe que seis dos quais de São Miguel, obrigaram a que famílias e perdeu mais de não sei quantos por cento ao mês e tudo
estava na praia, entre grande multidão e talvez sem as dis- párocos tivessem de ir todos para a Terceira, quando se- com assinatura e carimbo do patrão e da caixa, ela disse
tancias aconselhadas… responder à lha que lhe perguntou ria mais fácil e barato trazer apenas meia dúzia de pessoas logo que mais valia pedir um vale ao patrão para descontar
se no Domingo iria à missa… dizendo, que não, porque a São Miguel. Desta vez, o meu querido Bispo Lavrador no m do mês… Livra, onde está a palavra? Acham que
ainda não é seguro e porque a igreja é fechada e a praia é vai fazer as ordenações na terra dos ordenandos, o que, não os consumidores são sem descriminação uns mentirosos e
aberta. Mas a confusão não ca por aqui… pois também me sendo inédito, nunca aconteceu com fornada tão grande, a corruptos para se exigir uma carrada de papéis para obter
confundiu o cuidado do meu querido Presidente Marcelo maior desde a do ano dois mil… em nessa altura foram dez, a divisão de uma divida que vai ser paga em prestações, e
que quis fazer o Dez de Junho no Claustro do Jerónimos, isto se não me falha a memória. É que isto de descentralizar se não for, mandarão um funcionário com o alicate cortar
apenas com mais “sete magnícos”… isto depois de dois não pode ser só para o que convém… a ligação e exigir depois mais cerca de cinquenta euritos
dias antes ter estado num espectáculo com mais de duas mil para ligar… Passa fora! Com tanta burocracia, é mesmo
pessoas na praça de touros do Campo Pequeno em Lisboa. para desesperar…
Não é por nada, mas anda muita gente desorientada porque Ricos! Li no jornal que tão generosamente me acolhe no
entre o ditar o passo e depois praticar… vai uma distância seu seio que a Câmara da velha capital resolveu conceder
grande… e é conforme o vento sopra dum lado ou do ou- um apoio de dez mil euros a cada uma das larmónicas do Ricos! Quero mandar um ternurento beijinho ao sim-
tro… Isto é o que temos e daqui p’rá frente muito se há-de concelho para compensar este ano em que não há festas, patiquérrimo médico siatra António Raposo, pelo muito
ver ainda! nem impérios, nem marchas de São João. O simpatiquérri- que me tenho consolado a ler as suas crónicas no velhinho
mo Presidente Ricardo Rodrigues calculou mais ou menos e sempre renovado Diário dos Açores. Hoje em dia, com
dez serviços de cada banda e assim pelo menos vai dar para tanto que há para ler, não é fácil a escolha, mas a maneira
Ricos! Mas falando da cerimónia do Dia de Portugal, respirar, porque mesmo com as sedes fechadas, há com- como explica os casos apontados, a maneira como sabe até
mesmo sem gente, para história ca um dos mais belos promissos que as bandas têm de cumprir e que não podem brincar com os leitores e a apresentação curta e convidativa
discursos que já se ouviram em Dez de Junho. O Cardeal- falhar. Só espero agora que da parte da Cultura, lá para os dos artigos, zeram de mim uma leitora atenta, da penúlti-
poeta madeirense, D. Tolentino Mendonça escreveu uma lados da Ilha de Jesus, também não se esqueçam que sem ma página do velho e sempre renovado jornal. Espero que
peça memorável, uma verdadeira oração de sapiência em sair à rua, as bandas ainda precisam mais de ajuda, se qui- guarde as ditas cujas para publicar em livro que, de certeza
que não teve medo da História, nem dos nomes da História, serem que elas continuem a ser as escolas que têm sido e vai ter o sucesso que teve o seu “Hagan, o doente da Bola”
fazendo de páginas de glória e temores, verdadeiras lições uma forma de ter muita juventude ocupada em tempos que que já li há uns anos…
para o presente. Como diz a minha prima Jardelina, há sem- exigem mesmo muita atenção aos mais novos…
pre qualquer coisa de diferente quando um ilhéu fala. E ela Meus queridos! Nunca fui mulher de andar por aí de
até diz que há um traço de união entre os discursos deste ano metro na mão para ver o tamanho das ervas que crescem
do cardeal madeirense e daquele que há dois anos, Onésimo Meus queridos! A minha prima da Rua do Poço que é na berma das estradas nos passeios dentro de vilas e cida-
Teotónio Almeida proferiu em Ponta Delgada, também no uma mulher muito poupadinha na luz, mas que também não des. E sei que com tantos problemas que há por aí, ninguém
Dia de Portugal, evocando “O Século dos Prodígios”. Num gosta de viver na escuridão, apesar de só ter lâmpadas LED morre por via de umas estradas ou de umas ruas por limpar.
momento histórico em que até se decapitam estátuas, são em casa, recebeu uma conta para pagar, acima do que é Mas há dias passei com a minha sobrinha-neta pelo Beco
discursos assim que o mundo precisa. Mesmo com claustro normal, mas logo soube que foi acerto por não lhe terem António Borges e quei banzada com as ervas que ali cres-
vazio, houve um discurso que encheu… ido registar a leitura há alguns meses. E ela diz que não cem e com o abandono que aquele espaço apresenta. Não
tem nada que ter o trabalho e o cuidado de dar as leituras sei se terá sido limpo esta semana, mas o lixo, as ervas e as
à EDA, porque com tantos milhões de lucros, bem pode ratazanas mortas merecem uma valente limpeza e ali nem
Meus queridos! A minha prima Teresinha, que tem um admitir mais meia dúzia de pessoas para fazerem a recolha se pode dizer que cada um limpe à frente da sua casa, em
sobrinho neto que vai ser ordenado sacerdote este ano, cou de leituras, porque o melhor meio de aplicar os lucros é vez de reclamar, porque até parece que nada daquilo tem
muito contente quando soube que a cerimónia das ordena- dando mais emprego… além de que esse custo já faz parte dono…
Correio dos Açores, ͳͶ
ʹͲʹͲ regional/opinião 3
Valter Ponte frequenta o 2º ano do Mestrado em Ensino da Música e colabora com a Orquestra da ESMAE
Correio dos Açores: Conte como mim. É um professor que incute o pen-
despertou para a música. samento crítico e reflexivo constantes,
Valter Ponte: Comecei na música um algo importantíssimo para o crescimento
pouco como a maioria dos instrumentistas musical e pessoal.
de sopro em Portugal. Aos 12 anos, co-
mecei a frequentar uma das bandas filar- Prefere ser executante de uma or-
mónicas do concelho de onde sou natu- questra ou de uma banda filarmóni-
ral, neste caso a Banda Lealdade, de Vila ca?
Franca do Campo. Integrei por iniciati- Na minha opinião, ter a possibilidade
va própria, mas também um pouco pelo de tocar em conjunto é algo que desfru-
meu pai, através do gosto demonstrado to com muita naturalidade, até porque as
pela música e pela Lealdade em especial, funções de clarinetista em cada um dos
onde já tinha sido executante. agrupamentos são distintas. Nas orques-
tras, o clarinete muitas vezes assume
Fale-nos da sua carreira musical. um papel solístico ou realizando peque-
Inicialmente, comecei os meus estu- nos agrupamentos de música de câma-
dos musicais na Banda Lealdade, tendo, ra em plena obra, enquanto nas bandas
aos 18 anos, concorrido para o Exército filarmónicas, e de uma forma geral, o
Português, de modo a integrar a Ban- clarinete desempenha uma função mais
da Militar dos Açores, onde passei seis direccionada para o colectivo. A nível
anos. Foi nesta fase que consolidei e ad- social, é cada vez mais necessário tocar-
quiri conhecimentos que me permitiram mos em colectivo, independentemente
pensar seriamente num futuro na música, do agrupamento em causa.
o que me fez concorrer alguns anos mais
tarde ao Ensino Superior. Em 2015, fui Que concerto destaca neste seu per-
transferido para a Banda Militar do Porto curso?
e iniciei os meus estudos na Escola Su- Considero todos os concertos que re-
perior de Música e Artes do Espectáculo. alizei com o mesmo grau de importância,
Actualmente, encontro-me a finalizar o mas talvez possa destacar um em dife-
Mestrado em Ensino da Música, integra- rentes situações, por terem sido marcos
do na ESMAE e na Escola Superior de ou pontos de viragem no meu percurso.
Educação. Os meus recitais finais de licenciatura
e mestrado foram marcantes, por terem
Qual o primeiro instrumento musi- sido acompanhados pela Elsa Silva, uma
cal? pianista de excelência, mas também por
Foi uma escolha difícil, porque esta- estarem na plateia muitos amigos e fami-
va dividido entre clarinete e trompete. liares que estavam lá propositadamente
Mas sempre toquei clarinete, são quase para me ver. Em agrupamento de música
17 anos ligados a este instrumento, com Valter Ponte de câmara, destaco o concerto na Casa
algumas breves passagens em instru- da Música com o Trio Lacos, compos-
mentos da família. No meu segundo ano meus professores de instrumento, que me Banda Lealdade e foi com ele que cres- to por oboé, clarinete e fagote, inserido
na banda, tive alguns meses a tocar cla- permitiram aprender uma arte tão nobre ci a todos os níveis. Foi uma pessoa que no Festival Internacional Harmos. Com
rinete requinta, instrumento um pouco como a música e um instrumento versá- me colocou desafios, na tentativa inata a Orquestra da ESMAE é muito difí-
mais pequeno que o clarinete soprano, til, mas também pela ligação humana e que os superasse, seja na Lealdade ou cil, porque tive a oportunidade de tocar
mas pertencente à mesma família e fun- pelos valores transmitidos. Numa fase na Banda Militar, onde foi meu profes- grandes obras do repertório para esta for-
cionando da mesma forma. inicial, o Mário Pacheco foi o pilar da sor na especialidade. Por fim, o meu mação. Mas posso destacar o último que
minha formação. Foi com ele que apren- actual mentor e figura do panorama do colaborei, onde foi possível tocar uma
Quais os mentores de referência na di as primeiras notas e que desenvolvi o clarinete no nosso país, António Saiote. das obras mais icónicas de Stravinsky,
sua carreira de músico? gosto pelo clarinete. Tempos mais tarde, Pela personalidade, pelo que representa, como é “O Pássaro de Fogo”. Em ban-
As minhas grandes referências são os o Carmino Melo assumiu os destinos da mas acima de tudo por ter acreditado em da foram muitos, mas talvez destaco o
Correio dos Açores, ͳͶ
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Correio dos Açores,ͳͶ
ʹͲʹͲ entrevista 9
O Lidl começou recentemente com a expor- portação dos queijos nacionais em conjunto com
tação do atum Santa Catarina para Alemanha, os produtores, tendo em consideração a capacidade
Grécia e Bélgica. Trata-se de atum com a vos- de produção de cada um e serão disponibilizados
sa marca “Bela Aurora” ou da marca Santa em mercados onde estamos presentes, que mani-
Catarina? Quando começaram essa exporta- festem interessem e à partida haja uma boa acei-
ção e em quantas lojas está presente o atum? tação.
Bruno Pereira (Administrador de Compras
Lidl Portugal) - No Lidl Portugal temos o com- Há pelo menos um queijo da vossa marca
promisso de valorizar e apoiar a produção nacio- própria que é produzido nos Açores. Como tem
nal, privilegiando sempre que possível os produ- sido essa relação com os lacticínios açorianos?
tores locais e assumimos um papel preponderante O Lidl Portugal tem vários queijos e lacticí-
no crescimento da economia nacional, enquanto nios produzidos nos Açores, da nossa marca pró-
facilitador da exportação de produtos nacionais pria Terra do Vento. Esta relação já remonta há
para os vários mercados onde temos presença, vários anos, tendo gerado resultados bastante po-
através das certicações e da estreita relação com sitivos, pelo que se tem vindo a desenvolver cada
os nossos fornecedores e parceiros, dando a conhe- vez mais.
cer a qualidade e rigor da produção portuguesa.
O nosso parceiro de Santa Catarina iniciou a Pensam alargar o vosso leque de produtos
exportação através do Lidl em Março deste ano, açorianos à venda nas lojas Lidl?
com a marca Santa Catarina. Os artigos indicados O Lidl Portugal dispõe de vários produtos aço-
foram exportados para lojas Lidl na Alemanha, rianos, complementados em semanas especícas
Grécia e Bélgica. onde é dado destaque a uma determinada região,
como por exemplo os Açores. Procuramos ofe-
Como tem sido a resposta destes mercados recer um sortido variado, adaptado em função do
ao atum açoriano? Bruno Pereira, Administrador de Compras do Lidl Portugal, revela que a parceria com os pro- que os nossos clientes procuram e valorizam, sen-
Estamos ainda numa fase inicial, mas acredi- dutos açorianos tem sido “muito bem aceite” pelos clientes do por isso dinâmico e inovador, centrando-se na
tamos que será positiva. Os produtos portugueses frescura e qualidade dos produtos e no princípio da
destacam-se pela sua qualidade, a qual faz parte da qualidade ao melhor preço.
aposta Lidl, garantindo o princípio da qualidade ao
melhor preço. A questão da economia de escala dos Aço-
res tem colocado alguns entraves à colocação
Isso representa quanto em termos de ven- de produtos daqui nas vossas lojas? E os trans-
das? portes afectam de alguma forma?
O Lidl Portugal actua como interlocutor e dá A capacidade de produção dos fornecedores
apoio em todas as etapas do processo de exporta- pode ser muitas vezes um desao, bem como a
ção, não recebe quaisquer incentivos scais nem logística dos transportes, que por vezes pode limi-
factura com a exportação de artigos nacionais. tar a disponibilidade de mercadoria. No entanto,
Fazemo-lo porque apoiamos os nossos parceiros, temos vindo a trabalhar em conjunto com todos
ao ponto de ser um dos pilares da nossa política de os nossos parceiros, por forma a minimizar es-
responsabilidade social. Não deixa de ser um privi- tas questões e potenciar as parcerias e o trabalho
légio sentir que contribuímos para uma importante conjunto e prova disso são os vários parceiros da
causa nacional, apostando nas empresas nacionais região dos Açores com quem já trabalhamos há
e fortalecendo os mercados onde operamos. vários anos.
Como tem sido a parceria com a fábrica Como classica o Lidl os produtos dos Aço-
Conserveira Santa Catarina? E como tem sido res?
a aceitação dos vossos clientes nacionais? Atum e queijo ilha, produzidos nos Açores, são marca própria do Lidl A nossa política de compras centra-se na ga-
A parceria com a fábrica Conserveira Santa rantia de qualidade e frescura dos produtos e na
Catarina tem sido muito positiva, um trabalho que sustentabilidade da cadeia de fornecimento. Neste
já é desenvolvido em conjunto há 10 anos, que de- Quanto representa em termos de vendas? Origem Açores, que vão da Manteiga a vários for- sentido, investimos na qualidade e segurança dos
monstra a importância para o Lidl, da valorização Sim, o Lidl Portugal valoriza a produção na- matos de Queijo. O Queijo da Ilha Curado, ralado nossos produtos, garantindo elevados padrões de
da regionalidade e nacionalidade dos produtos, cional e nesse sentido procura dar destaque a de- e fatiado da nossa marca própria Terra do Vento e qualidade e segurança, preços justos, e uma gama
privilegiando a proximidade como elemento estra- terminadas regiões, incluindo os Açores. Produtos o Atum Nixe com produtos dos Açores, são exem- de produtos variada que satisfaça as necessidades
tégico, que garante os nossos valores de eciência como o Atum e o Queijo são artigos muito apre- plos de artigos que estão permanentemente dispo- dos nossos clientes, pelo que os produtos dos Aço-
e qualidade. São produtos muito bem aceites pelos ciados pelos nossos clientes e com bastante pro- níveis nas nossas lojas. res que disponibilizamos nas nossas lojas não são
nossos clientes, que primam pela qualidade, alian- cura. No entanto, não temos, por política, divulgar excepção, primando pela sua qualidade e frescura.
do a tecnologia a métodos artesanais. valores de vendas. Em relação à aposta do Lidl na exportação É uma região que aposta na valorização dos seus
de queijos nacionais, pensam integrar os quei- produtos lácteos, com a singularidade do modo de
Têm ao longo do ano várias campanhas Há algum produto açoriano que tenham jos açorianos neste lote? De que marca/ilhas? E produção assente na pastagem das vacas ao ar li-
pontuais com produtos dos Açores. Qual o permanentemente nas vossas lojas? em que mercados vão apostar? vre, e aposta na qualidade do leite.
produto mais apreciado pelos vossos clientes? Trabalhamos vários artigos de lacticínios com O Lidl Portugal está a avaliar a hipótese de ex- Carla Dias
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12 reportagem Correio dos Açores,ͳͶ
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Reforma de qualidade em São Miguel, mas longe dos lhos e dos netos
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CARNEIRO BALANÇA
(21/03 a 20/04) (23/09 a 23/10)
Director Américo Natalino Viveiros Director-adjunto Santos Narciso Sub-director João Paz
Chefe de Redacção Nélia Câmara Redacção Carla Dias; Joana Medeiros; Rita Frias, Marco Sousa (Desporto) Fotograa Pedro Monteiro Revisão Rui Leite Melo Paginação, Composição e Montagem
João Sousa (Coordenação); Luís Craveiro; Flávio Cordeiro Marketing Madalena Oliveirinha; Pedro Raposo Correio Económico Luís Guilherme Pacheco; Óscar Rocha Colaboradores João Bosco Mota
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Tiragem: 4.030 exemplares
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Contribuinte 512005915 Gráca Açoreana, Lda.
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Apontamento Dominical
O capacete
do Eng. Perestrello
A maior parte das histórias que co-
nheço da vida prossional do meu Pai
foram-me contadas por outros, mas ele
abria excepções a esta reserva quan-
do não era o protagonista, ou quando
se via como testemunha passiva dos
acontecimentos. Foi assim que conhe-
ci, através dele, a história dos capace-
tes.
O assunto era muito importante para
o meu Pai, empenhado em promover a
segurança dos operários nos estaleiros
navais de Lisboa. Uma das suas ini-
ciativas foi comprar capacetes de pro-
tecção e pedir aos Directores de cada
Departamento que os distribuíssem ao
pessoal. A seguir, visitou cada zona de
trabalho para vericar se as instruções
estavam a ser cumpridas. Infelizmente,
em toda a parte estava montada uma
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autêntica «guerra civil». De um lado,
os trabalhadores queixavam-se de que
era impossível trabalhar com capacete, instruções para distribuir os capace- sessenta. Algumas pessoas sentem
de que os capacetes faziam mal à saúde tes, o Eng. Perestrello não se apressou. verdadeira repugnância em cumprir
e até criavam situações de perigo. Do Começou por reunir a Direcção e os as regras e estão convencidas de que
outro lado, os Directores não cediam engenheiros e combinar que eles pró- as exigências são inúteis, ou até pre-
no uso obrigatório dos capacetes ainda prios passariam a usar capacete. No judiciais. Sobretudo quando o Gover-
que, na melhor das hipóteses, só con- dia seguinte, mal desceu às ocinas, no, ou até as autoridades eclesiásticas,
seguissem vitórias momentâneas, que com o seu capacete, foram os operá- dão directivas concretas em relação
não duravam mais do que o tempo de rios que se dirigiram a ele e lhe pedi- às igrejas e às cerimónias religiosas,
eles virarem as costas. A guerra ainda ram para também receberem capace- ferve-lhes o sangue de indignação pelo
não tinha começado no Departamento tes: «se os Directores e os engenheiros desprezo das coisas de Deus e o des-
do Eng. Perestrello, porque ele, em vez usam capacete, muito mais se justica respeito pela liberdade fundamental de
de distribuir imediatamente os capace- essa protecção para quem trabalha nas Lhe prestar culto. Realmente, a obedi-
tes, seguiu outra estratégia. ocinas». Não foram precisos muitos ência é uma virtude difícil quando cho-
Vale a pena apresentar brevemen- argumentos para o convencer e rapida- ca com o nosso ponto de vista.
te o Eng. Perestrello. Embora eu não mente se contabilizou e se distribuiu o Talvez uns líderes tenham mais
o tenha conhecido directamente, ouvi número de capacetes necessários. jeito que outros para facilitar a obedi-
testemunhos. Era um homem alto, ele- Nos outros departamentos, a tensão ência. Em todo o caso, é interessante
gante. Herdara da sua família ilustre da «guerra dos capacetes» arrastou-se reparar como – dependendo da pers-
um certo toque de classe, ainda que ele por mais tempo e a melhoria das con- pectiva com que vemos as situações –
fosse tão acessível e natural que o re- dições de segurança no estaleiro, neste a mesma coisa nos parece intolerável
lacionamento era descontraído e agra- domínio e noutros, exigiu um esforço ou a consideramos um direito honrosa-
dável, sem se notarem as diferenças enorme e persistente. Só no departa- mente conquistado.
hierárquicas. Apreciava cada pessoa, mento do Eng. Perestrello as coisas Talvez a obediência mais custosa
gostava de conversar e de conviver, e eram diferentes. Aí – contava o meu tenha mais mérito e dê mais alegria a
toda a equipa, desde os operários aos Pai –, os operários almoçavam de ca- Deus. Ainda que talvez, com alguma
engenheiros e aos colegas da Direcção, pacete na cabeça. distância emocional, acabemos por re-
reconhecia a sua liderança. Chegaria a As máscaras faciais, as viseiras e conhecer que «não era caso para tan-
ser o Administrador-Delegado do esta- todas as regras de segurança que as au- to».
leiro da Lisnave. toridades estabeleceram para o actual
Como disse, quando recebeu tempo de pandemia recordam-me os José Maria C.S. André
capacetes do estaleiro naval nos anos
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