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EDITORIAL ~i"*r"-'h

o QUE SE DISSE
Sem romper com a Alca e o EOITORIAL/FALA
Zl: MARIA 2

•• Sabemos que FMI, toda promessa de emprego NOVO

PARMALAT
PARTIDO 3
4
temos de cuidar épropaganda enganosa ALCA 5
disso antes das ,Começa a caira ficha, em setores cada vez mais amplos da população traballlOdora, que
as mudanças prometidas pelo governo Lula não virão. Isso é o que demonstra a última
DIVIDA EXTERNA 6-7
S-9
chuvas. Sabemos
MOVIMENTO
pesquisa de opinião, na qual a aprovação do governo caiu de 45 para 39% desde o início do
governo. Afrustração cresceu. Em 2003, 64% dos entrevistados achavam que as promessas CARNAVAL / '10
onde há áreas de estavam sendo cumpridas. Agora, 48% ainda acreditam nisso.
Nas eleições de 2002, o PSTU alertou: "Sem rompercomaA1la eo FMI, toda promessa
CULTURA

INTI:RNACIDNAL 'I 'I


risco. Vamos de emprego é propaganda enganosa". Hoje, as esperO/IÇas diminuem e cresce a insatiifação
PSTU '12
comogoverno. Nãoépora menos, para quem prometeu 10 milhões deempregos e produziu
atacar. JJ mais 500 mil desempregados, conseguiu solaparem pelo menos 13% a renda dos trabalha-
dores, a ponto de derrubarem mais de 5% as vendas de bens não duráveis e semi-duráveis,
LUlA,
ou seja, comida e vestuário, até que o povo ainda está tendo poliincÜJ demais.
em Petr6polis (RJ),
A mídÜJeogoverno vinham tentando realimentarasexpectativas, martelO/,doquea alta
em 2003, prometendo
na Bolsa de Valores, a diminuição do risco poíseoaumentodase:xportações l<variamo país
se antecipar às chuvas e evitar
ao uespetáculodocreslimento". Nos últimos dias, até mesmo essassupostas "vit6rias" de Lula
enchentes neste ano
edoFMI sedesmancharam noar. O mercadoficou "nervoson• Na verdade, um meroespi"o
"a economia dos EUA - um possível aumento dosjuros porlá -provocou a saída decapitais
NOTAS daqui. Apesar das declarações do governo, de que "valeu o sacri.ficio em 2003", e do clima
de "agora vai", o tal "equiUbrio" econômico se revelou um fiasco, demonstrando ograu de Si/,' do PSTl; í'ral"~lIra
dependência eJalta de soberania dopaLs. Para acalmaro mercado, ogoverno anunciou um "sl'ftial IntiJada l'all'Stilla
GAROTOS PROPAGANDA contingenciamento de mais 6 bilhões de reais do Orçamento para o pagamemo da dívida. O especial fiO site traz notú:ias sobrr
DO CAPITAL Chega de desemprego, arrOlho e reformas neoliberais a luta do povo palestino, aUm de um
O presidente nacional da CUT, Luiz Mesmo que secumpra aprrvisáo dogoverno, de 3,5% de crescimento econômico neste ano, vasto conteúdo sobre o tenUl.
Marinho, vem mesmo se especializan- o quejá é muito pouco, a vida dos trabalhadores e do povo não vai melhorar. Pois ogoverno Em www.pstu.org_br/pales/ina,
do em ser garoto propaganda do
está comprometido com banqueiros, grandes empresários e seus partidos e, sobretudo, com o você encontrará artigos, mapas,
capital. Depois de fazer propagandas potsios, um histórko da Intifàda,
para uma universidade privada em FMI e, portanto, com o aprofundamento da política econômica de Col/ore FHC.
além de galerias de charge e de fotos.
São Paulo e assinar convênios de As conseqüênci4s dessa política são mais desemprego, reformas neoliberais e arrocho, como [ntifada Palestina conta ainda Com
empréstimo com desconto em folha na proposta de aumento de 1,9% do salário dofuncionalismo. Uma verdadeira proVOCQção.
com bancos - como ltaú, Bradesco e
textO.fenviados pela União da
Santander - o presidente da CUT,
Porfalarem proVOCQção,José Dirceu, que um dÜJlutou contra o acordo MEC-USAID Jllvelltude Arabe para a América
novamente, empresta seus "dotes (quea ditadura assinou com os EUA para imparoensino pago no Brasil) disseque "opau Lali"a (UJAAL).
publicitários" para promover o capi- vai comer" na reforma Universitária, prometendo fazer a reforma dos so"hos do Banco
talismo. Desta vez Luiz Marinho, acom- Mundial. Além disso, ogoverno vai tentar apressara aprovação da reforma Sindical, para
panhado pelo presidente da CUTISP,
Edílson de Paula, resolveu visitar a
pavimentarocaminlw para a retirada dos direitos dos trabalhadores com a Trabalhista. Tudo Oplnllo StH:I.II.t.' um. publlcaçlo qulnun,l do
Bolsa de Valores de São Paulo isso com a mais completa colaboração da CUT. Partido Soclalllta dOI Trabalhador •• Unlncldo
CNPJ 73.282.907/0001·64
(Bovespa). Durante a visita, realizada Nas lutas, fora a Alca e o FMI AtivIdade principal 91.92·8-00
no dia 20 de janeiro, os dois declara- Poroulro lado,já começa aganhar força a luta contra as reformas. Prova disso éagrande CORAESPONol:NCIA
ram que a entidade deve ser um RUIloefll'ee".909 VIII CllmlntinO
instrumento de aperfeiçoamento das
adesão ao EncontroSi,ufical Nacio,lOl que vai ocorrerem BrasílÜJ, nos dias 13 e 14de março. Sio Paulo· SP· CEP 04040-030
relações entre capital e trabalho e, Também crescea mobilização dos servidores. Nos próximos di4s serão realizadas asstmbléias .mlil: opI"'._pt •.•• M
FII: (11) 5575-8093
amda prometeram o estabelecimen· e plenárias em todo opaís para reafirmaras reivindicações, votarum calendário que aponte
EDITORA E JORNALISTA RESPONSAVIEl
to de uma parceria da entidade com agreve. E, sem dúvida, haverá forte reação contra a refonna Universitária. Manúcha Fontana (MTb14555)
a Bovespa, dizendo que estão dispos'
tos a incentivarem os trabalhadores
Énecessário queos setores combativos do movimento impulsionem com todaforça essas COHSElJtO EIlOTOIlW.
Bemerdo centeira, C)oroGard8. Concha Menezes,
a investirem em ações na bolsa. lampanhas e busque ",,!fILá-Ias. &m co,no sefaz necessãrio impulsionar as lutas por salário, DltceuTmoesso. EduIrdoAlmeida. JoIo ~SoIlres.
terra 011 moradia. Em todasessa.slutas, no e,rta'lto, éfundamentaI levantara campanha pela JMQuItTl MIfC8Ihies. Jos6Mana di!AkMIda.l.ulz c.Ios
Saudada como "histórica" peta dire- Pr8tn 'M8f'ICha.. NMdo Poeta e VeI6no ~
toria da 8ovespa, a in;ciativa de Luiz mptura com o FMI, o não pagamento da dívida externa e contra qualquer Alca.
REDAç10
Marinho constitui maIs um passo para Andr6 Valuc:he. Jefefson Choma. LuIl.c.st8llll. Roó1&O
fortalecer a prática do sindicalismo RtcupetO. Wilson H. Silva, Yuf1Fltrte. VaI6tkl Parva
de negócios, defendida pela maioria FALA ZÉ MARIA
PROJETO GRÁFlCO
da direção da central. A visita ao covil

Lei deResponsa bilidade Fiscal


Gustavo Slxel
da especulação deve ser amplamen-
DIAORAMAÇlo
te repudiada por todos aqueles que Marcelo Bertolo a GustlMl Slxel

impedeprevençãodeenchentes
defendem um sindicalismo indepen-
FOTOQRAFlA
dente e comprometido com a luta ~ Leme. Ana luis. Mertlns, S6fJIo Koel
dos trabalhadores.
CAPA
A tragédÜJ causada pelas enchentes expãedifanitivamentea verda- Enchente em VI" Prudente. SIo P-...o.
Foto óe wtd1* óe Souza
MANIFESTAÇÃO NA VISITA deira situação de miséria e descaso dos governantes nas grandes cidades.
COLABORARAM NESTA EDIÇlo
DE LULA A EMBRAER O que vimos foi a repetição de cenas que, todos os anos, deixam Adilson dos s.ntos, Am6rico Gomes. Andrt Ftelre.
AIdrCbIiI e.tlosa. Diee:' Cruz. Joio Sol. PNo Acuena.
REIVINDICA EMPREGO milhares de pessoas desabrigodas. Desta vez, mais de 104 mil pessoas Rac:heI X8Y1er, Rodr1Io AYIIII

perderam suas casas. Na sua imensa maiorUJ, trabalhadores pobres ou


E MORADIA lMPRESSlo
desempregados, que são obrigados a habitar áreas de risco, pela total GazetaSP - Fone: (11)6954-6218
Cerca de 300 manifestantes, entre impossibilidade de morar num local seguro.
trabalhadores da Tectelcom/Tecsat,
da Ambev e sem-teto, realizaram um
É um verdodeiro absurdo quererculporas "forças do natureza" pelas •.••.-\§ii§'.s.i'- •.,
protesto na manhã do dia 9, em
tragédias causadas pelasetllhentes, comofeza prefeita Marta Suplity.
frente à Embraer, em São José dos O que todos osgovernantes tentam esconderéqueo principal respon- NOME
Campos (SP), durante uma solenida- sável pela repetição dessas tragédias é a falta de investimentos em
de que contou com a presença do habitação, saneamento e infra-estrutura, necessários para evitaras enchentes. ENDEREÇD
presidente Lula. Por isso, as declarações de Lula soam como demagogÜJ. Em visita às famílias, ele
Os manifestantes entregaram cartas responsabilizou o poder público par não ter, I,istoritamente, tratado ospobres com decêncÜJ, CIDADE _
e manifestos à assessoria da Presi- prometendo criar condições para que, no ano que vem, o povo não seja v(tima outra vez. ESTADO CEP _
dência da República, com reivindica- No ano passado, Lula prometeu a mesma coisa quando asenchentescastigavam o Rio de
ções dos trabalhadores da TELEFDNE _
Janeiro. O que Lula não diz é que, com a manutenção da palítica econômica do FMl, ele
Tectelcom, (empresa que decretou E-MAIL _
falência na semana passada), a ame- não acabará com oflagelo das moradi4s em áreas de risco e com a tragédÜJ das enchentes.
aça de desemprego que também paira No mesmo dia em quefamíliase bairros inteiros estavam embaixo d'água, os principais 2-4EXEMPLARES -48EXEMPLARES
sob a Ambev de Jacarei e a situação jornais do país estampavam manchetes divulgando dados referentes aos bilhões de dólares
dos sem-teto em São José dos Cam- enviados pelo governo aos banqueiros para pagar a dívida externa. As verbas dos MinistérWs O Ix RS 48 O Ix R$ 96
pos. "Queremos que o governo fede- das Cidadeseda Integração Nacional, destinadas a investimentos de infra-estrutura, e que
O 2x RS 24 O 2xRS 48
ral intervenha para acabar com o deverUJlIIprevenir enchentes,faram as que mais sofreram cortes pora fazercaixa para o F MI. O 3x RS 16 O 3xRS 32
drama de milhares de trabalhadores,
As preftituras, por sua vez, como a de São Paulo, por exemplo, govemadas ou não pelo O Solidária O Solidária
que hoje enfrentam o desemprego e
PT, segtJem o"tro "mandamento" doFMI: respeitam e defendem a Leide RespollSabilidade
RS ....•..•• RS ..••....•
o desrespeito aos seus direitos",
disse o presidente do Sindicato, Luiz Fiscal, que prioriza o pagamento da dívida aos banqueiros e não os gastos sociais. EJlY'Ie che<p.Je runloal ao PSTU no valor da assina·
tl.n tot.at ou parcelada para Rua loef.-een. 909
Carlos Prates, o Mancha. Para que o povo pobre não continue naufragando em enchentes, i preciso acabar com a - VIla Clemenlino - São •••••. SP . CEP ll«l<G<lJO
lei de Responsabilidade Fiscal e toda a polítila econômica do FMI, aplicada por Lula.

OPINIÃO SOelA.L1STA
NOVO PARTIDO

"ES ERDA SOCIALISTA ~

E DE OCRATICA"
REAFI
-
D SAO
dadts queo Movimento parum Novo Partido Socialista ts/JÍ
PAULO AGUENA,
da Direção NacIonal do PSTU
organizando, riem querem que estejamos presentes em suas
atividadts. Alegam quee.ssapasição é 'democrática', um direito
o dia 10 de fevereIro, Zé Maria, presiden- que eles teriam deconstruirum partido 1(0111 quem eles quise-
te do PSTU, esteve reunido com Heloisa rem " sem dar importântia para o crime político que isso
Helena para levar a resposta do Movimento signifua. Isso impõe uma divüão nos esforços para
do Novo Partido Socialista à senadora e ao ex- construir o novo partido o que pode comprometer
deputado Milton Temer, sobre a pré- esse projeto ou pelo menos atrasar consideravelmen-
condlçãoqueeleslmpunhamaoPSTU te a sua construção. É mais impor-
e dClnais organizações para conformar tanU para eles os interesses políticos
um Movimento Unitário. LUTA PELA de seus grupos, do que a necessidade

Lançada
A senadora e representantes das mes- UNIDADE NÃO da classe trabalhadora brasileira, que
mas organizações que coordenaram a TERMINOU. precisa de um partido socialista, que
Plenária do dia 9 de fevereIro, no Rio, TODOS OS seja um instrumento político para a
receberam Zé Maria, que lhes entre-
gou a "Carta Aberta". na qual está ex-
ATIVISTAS QUE
DESEJAM UM
luta contra o governo Lula e por uma
transformação socialista" .. revista
pressa a preocupação de garantir a uni- Isso mostra que, para os compa-
dade do movimento e a defesa de que
não haja vetos e nem pré-condições.
MOVIMENTO
UNITÁRIO DEVEM
nheiros, o tema das "tendências per-
manentes" é s6 um pretexto que tenta
"Novo ,.tido
SE PRONUNCIAR
A "Carta" chama ao debate franco,
na base, com a participação dos milha-
res de militantes socialistas que querem construir O
esconder um debate mais profundo:
queremos um Novo PartIdo para a
revolução socialista ou s6 para conformar uma
em Debate"
Movimento pelo Novo Partido. oposição eleitoral anti-neoliberal ?
A reunião confirmou que Heloisa Helena e a Mas a luta pela unidade não terminou. Todos os ANDRÉ VALUCHE,
coordenação da Esquerda Socialista e Democrática não ativistas que desejam um movimento Unitário de- da redação
aceItam a unidade e fecharam questão sobre o veto vem se pronunciar. Todos os que defendem que o ma publicação para contribuir e
ao PSTU e aos setores que querem debater. Novo Partido não deve repetir o PT devem se avançar no debate do MDt1Ímen/o
Nas palavras de Zé Maria: "A reunião confinnou as engajar na divulgação da "Carta Aberta" e, também, Por um Novo Partido Socialista,
piores expectativas. Oscompan1Jeiros reafimlaram a posição, nas plenárias do Movimento parum Novo PartidoSocia- esse é o objetivo da revista 'Novo
dada comofechada, deeruamin1tara construção do seu movi- lista nos diversos estados. Partido em Debate'.
mento excluindo os se/ores que não coruordam (om suas opi- A revista é uma das resoluções d. plenária de
niões., aspalavrasdelts, definiram não participardasativi- Belo Horizonte, durante o Fórum Social Bra-
sileiro, quando mais de 500 pessoas, entre
lideranças dos movimentos, int Icctuais e mi-

No Rio, veto polariza a plenária litantes de agrupamentos socialistas lançaram o


Movimento por um Novo Partido Socialista.
Ela pretende trazer os debates necessários
Estas correntes se recusam a encarar este deba- para que se possa ter um3 compreensão co-
ANDRÉ FREIRE, mum das tarefas e dos acontecimentos. Neste
do Rio de Janeiro (RJ) te de fundo e querem tentar parecer que toda a
discussão se resume ao problema do funciona- número, estão sendo publicadas as contribui-
S mesmos setores que estiveram na mento, das tendências permanentes. Reafirma- çõcs miciais para essa discussão. A revista espelha
reumão do dIa 19 de janeiro, orgam- ram que este é o centro, e que esta definição é o princípio inaugural do próprio movimento:
zada pela senadora Heloisa Helena e uma "cláusula pétrea" (que não poderá ser deba- uma revista aberta à expressão de todos quantos
Milton Tenlcr, convocaram uma ple- tida na base): o novo partido terá de ser formado queiram somar c unificar a energt:l e a vontade
nária no dIa 9 de fevereiro. O PSTU por tendências permanentes, aos moldes do PT. transformadora dos socialistas brasileiros.
e outras organizações vetadas no dia 19 enviaram Nós também defendemos a existência de ten- Ela traz temas como programa, concepção e
uma delegação, com objetivo de restabelecer a dências. No Movimento por um Novo Partido, organização do Novo Partido. () leitor ainda
unidade do Mo,"meuto por 11111 Novo Partido. Na (antes da formação do partido) nós propomos o vai encontrar artigos sobre as "reformas" Sin-
plenária, porém, as correntes MTL, ME, CST e funcionamento sem nenhum centraltsmo c, se dical, Trabalhista e Universitária; debates so-
o ex-deputado Milton Temer confirmaram o necessário, por acordo. Mesmo depois de for- bre os movimentos de mulheres, negros e
veto ao PSTU e às outras organizações. mado o partido, por vários anos até que exista um GLBT; a "Carta de Belo Horizonw", que lançou o
O PSTU tomou a palavra, propondo o fim dos acordo programático de fundo, devem seguir Movimento, e a "Cana Abtna" aos companhei-
vetos, das pré-condições e a garantia de um existmdo as tendências permanentes. Depois que ros da Esquerda Socialista e Democrática, em defesa
movimento unitário, onde todas as posições haja uma compreensão programática comum, as de um Movimento Unitário.
possam ser debatidas e as decisões tomadas de- tendências, ao nosso ver, devem existir na prepa-
mocraticamente. O PSTU se compromete com ração dos congressos e se dissolver depois deles, REVISTA NOVO PARTIDO EM DEBATE
decisões tomadas em fóruns democráticos, mas para evitar transformar o partido em uma frente de 64 páginas, RS 5,00
não em reuniões com 30 pessoas. correntes, que dá liberdade aos parlamentares PedIdos pelo e-mail:
Confirmando o que estamos afirmando, de fazerem o que bem entender, em detrimento da secretarlafilmovlmentonovapartldo.arg.br
que o debate mais importante nesse momento militància de base e das decisões tomadas coletiva
não é sobre o funcionamento, e sim sobre o e democraticamente em congressos.
programa, estratégia e objetivos, o intelectual Mas achamos que esta não é a discussão mais PL.ENÁRIAS
Carlos Nelson Coutinho - que expôs os obje- importante. O fundamental é que o Novo Par-
tivos deste Novo Partido na Plenária - reafir- tido deve ter uma estratégia revolucionária. É isso
RIO DE JANEIRO
mou com clareza que, para os companheiros, o que define como deve funcionar este partido. E 14102 - 1;!h, na auditório 11 tia UERJ
grande objetivo seria lançar candidatura em 2006. mais: defendemos a necessidade de um Movi-
No texto polftico-programático lançado no mento unitário, pois somente isto possibilitará SÃo PAULO
1<4102 - 1<4h, Salão Nobre tia Cimara Muntclpal
dia 19 de janeiro, os companheiros já não aglutinar a militância dos movimentos sociais
explicitavam com clareza uma estratégia revolu- para todos juntos debatermos e decidirmos que BELO HORIZONTE
cionária ou de ruptura, mas posições difusas que tipo de novo partido necessitamos. 13 e 1<4102 - 19h, na Sociedade Mineira dos
apontam para a estratégia de conformar um Querer impedir a unidade e o debate na base Engenheiros
Novo Partido de oposição ao governo, porém é um enorme ataque ao projeto do Novo Parti- GOIÂNIA
nos limites do regime democrático-burguês ou do. Reafirmamos o chamado para que os compa- 17/02 - 19h, auditório do CEm
da institucional idade vigente, enfim, um partido nheiros participem de forma unitária da constru- PORTO ALEGRE
para as eleições: um novo PT. ção do Movimento do Novo Partido. 10/03 19h, Faculdade de Economia da UFRGS
L

. Ano IX • De 12/02 a 27/02l2Q0.4


ESCÃNDALO

Crise na Parmalat evidencia castelo


de areia da economia capitalista
MULTI NACIONAL DÁ CALOTE NOS TRABALHADORES E FRAUDA BALANÇO PARA ACOB'ERTAR DESVIO
italiana iniciou quando a Parmalat in-
DIEGO CRUZ, vestIUUS$ 500 milhões em um fundo DINHEIRO PÚBLICO
de Bauru (SP) FINANCIA REMESSAS
de investimento nas Ilhas Cayman.
recente escândalo da Pressionado por investidores da em- DE LUCRO E
Parmalat trouxe à tona, mais presa que se opunham ao negócio, o
uma vez, o caráter corrupto fundo declarou não ter recursos para A direção da subsidi-
dos mercados financeiros e pagar o investimento que acabara de 1riabrasileira alega que
das grandes corporações ser feito. Agências de risco acionaram a crise local é exclusi-
capitalistas. A empresa que surgiu nos a luz vermelha para a multinacional, vamente causada
anos 60. em Parroa, expandiu seus enquanto esta tentava acalmar os mer- pelas dificuldades
negócios na década seguinte através cados através de um documento ates- enfrentadas pela
de subsfdios da União Européia, e udo pelo Bank of America, anuncian- matriz na Itália.
com as facilidades proporcionadas do possuir reservas para cumprir todas No entanto, a
pelos parafsos fiscais. Instalou-se no as pendências com acionistas. Quando empresa brasi-
Brasil em 1972, indo j1 era evidente a ban- leira, pelo mon-
depois para outros carrota da empresa, o tante enviado 30
pafses da América La- Bank of America de- exterior nos últi-
tina. Na década de 90, clarou que o docu- mos anos, parece não
no auge do neolibe- mento divulgado depender da matriz.
ralismo, a multi na- pela Parmalat se tra- Entre os anos de 1996 e
cional abriu seu capi- tava de uma grosseira 2002 foi remetido ao ex-
tal, afirmando-se co- falsificação. Porém j1 terior R$ 1,7 bilhão. A CPI do
mo um modelo de era urde, ninguém Banesudo investiga R$ 583 milhões
empresa globalizada. acredita que uma enviados para a subsidiária Wishaw,
Formou-se, então, fraude destas propor- sediada no Uruguai. Um engenhoso
uma intrincada rede de subsidiárias, ções pudesse ser acoberuda por ape- esquema de evasão de divisas foi mon-
incluindo empresas fantasmas em pa- nas uma empresa. O caso evidenciou udo, utilizando até mesmo a parceria
raísos fiscais, principalmente nas Ilhas as intrínsecas relações espúrias entre com o Palmeiras para remeter dinhei-
Cayman. A multinacional diversifi- empresas e instituições financeiras na ro ao exterior sob a fachada de nego-
cou seus investimentos e se tomou manipulação de balancetes e fraudes. ciações de atletas do clube.
uma das principais empresas alimentí- Como j1 não dava mais pra escon- Enquanto despachava volumosos
cias do mundo,l!der em vendas. Uma der, a multinacional confessou um recursos para fora, no Brasil a empresa
semana antes do escândalo que evi- rombo de US$ 5 bilhões. O presiden- se afundava em dívidas e sonegava
denciou toda a fraude, suas ações es- te e fundador da Parmalat, Calisto impostos. Até outubro do ano passa-
tavam entre as mais recomendadas. O Tanzi, foi afasudo e preso com outros do, a Parmalat devia cerca de R$ 3,8
anúncio do rombo nas contas da 1t dirigentes da empresa. O governo senutivo do "modelo" do tfpico em- milhões ao INSS. Como de costume,
Parmalat, em dezembro, deixou per- italiano interveio e nomeou o especi- presário da era da globalização dos o Banco Nacional de Desenvolvi-
plexos investidores de todo o planeta alisu em empresas insolventes, Enrico mercados. O emaranhado de subsidi- mento Econômico e Social (BNDES)
e trouxe a lembrança de fraudes Bondi, para presidir a empresa. A 1rias da Parmalat em todo o mundo realizou um empréstimo de quase R$
contábeis de grandes empresas, como partir daí foram descobertos desvios foi utilizado para o roubo, inclusive a 26 milhões à empresa em outubro.
a Emon e a WorldCom, dos EUA. de recursos para contas pessoais de brasileira Cariul. O conudor da ma- Dois meses depois, a multi nacional
Tanzi e de empresas ligadas a ele. triz italiana, Gianfraco Bocchi, con- deixou de pagar fornecedores de lei-
Acrediu-se que o ex-presidente da fessou à Justiça iuliana que a Cariul te, a maioria pequenos e médios pro-
D VI U multi nacional iuliana tenha desviado Brasil dedicava-se a "atividades esqui- dutores. O presidente da empresa no
cerca de US$1,7 bilhão. Calisto Tanzi sitas" e que recebeu um "saco de Brasil afirmou que o fechamento da
A desconfiança sobre a empresa tornou-se, assim, ainda mais repre- dinheiro" da matriz. Parmalat é "questão de dias".

Dinheiro público garante A saída: estatizar


lucro da AES/Eletropaulo para não demitir
o programa de desestatização do tendência de reesutização do setor A Parmalat possui oito fábricas ures e da CUT à Itália negociar a
governo FHC, que em grande par- elétrico. Assumiram, então, o calote no Brasil,com cerca de 6.000 funcio- solução da crise. O interventor
te se concretizou graças aos emprés- e, ainda, tomaram o BNDES sócio n~rios. Quase toda a produção da Enrico Bondt e investidores pressio-
timos do próprio BNDES, parece da empresa inadimplente. empresa está paralisada por falu de nam o governo brasileiro a ediur
não ter acabado. Em pleno governo A dfvida da AES com o banco, matérias primas. Estima-se que, en- uma medida provisória adianundo
Lula, o banco continua financiando estimada em R$ t,2 bilhão, foi divi- tre fornecedores e funcionários in- pontos da Lei de Falências, j1 apro-
O lucro de empresas multi nacionais. dida ao meio. Meude foi convertida diretos, cerca de 100 mil pessoas vada na Cãmara e atualmente trami-
Como se não basusse liberar R$ 3,2 em ações de uma nova empresa, a dependam da empresa. A multina- undo no Senado. De acordo com a
bilhões ao grupo americano para a BrasilianaEnergia, que seci controla- cional deu férias coletivas para 423 lei, em caso de falência o setor
compra da então esuul Eletropaulo, da pela AES. A outra meude da dfvi- trabalhadoresedemitiu cerca de 120. financeiro teria prioridade no paga-
em 1998, o banco ainda amargou da foi parcelada em longos t 1 anos. A Somente a esutização da empre- mento de dfvidas, em detrimento
um calote que causaria um prejufzo empresa que vinha tendo déficits sis- sa sob controle dos trabalhadores e dos sal1rios dos trabalhadores e en-
de 2,4 bilhões em suas contas no tem~ticos, após o anúncio do acordô sem indenização podeci resolver a cargos tributários.
ano passado. fechou o ano de 2003 no azul. Agora, crise e impedir mais demissões. É Infelizmente, o represenunte da
Em meados de 2003, o presidente a empresa americana espera receber preciso realizar uma devassa nas CUT, Sidirley Silva, declarou apoio
do BNDES, Carlos Lessa, e os mi- R$ 700 milhões do programa de capi- contas, quebrando sigilo fiscal da à proposu indecente encaminhada
nistros Palocci,José Dirceu e Dilma ulização das companhias elétricas, Parmalat e de seus dirigentes, pu- pelos executivos iulianos. O gover-
Roussef, se reuniram para traUr da promovido pelo BNDES. nindo, então, todos os responsá- no j1 sinalizou que arcar1 com as
inadimplênciadamultinacional.Ava- Além de bancar a privatização das veis. Porém, o governo Lula faz o dfvidas da Parmalat com os produ-
Iiaram que forçar na Justiça o paga- empresas esuuis, o BNDES ainda inverso, enviando o ministro do tores do Rio, que levaram calote da
mento das dívidas assusuria os in- cuida para que tenham lucro, utili- Desenvolvimento Agr~rio Miguel empresa, prenunciando uma repe-
vestidores, sinalizando uma suposu zando para isso recursos públicos. Rosseto, represenuntes parlamen- tição do caso Eletropaulol AES.

O",NIAo SOCIALISTA
ALCA

GOVERNO LULA SEGUE DEFENDENDO


INTERESSES DE FAZENDEIROS E
EMPRESARIOS NA REUNIAO DA ALCA
.". -
CONFLITOS ENTRE BRASIL E EUA EM PUEBLA SÃO PURAMENTE COMERCIAIS E NÃO INVIABILlZAM AALCA. O
ÚNICO CAMINHO PARA DERROTAR A RECOLONIZAÇÃO IMPERIALISTA É A MOBILIZAÇÃO POPULAR
Foro ROOS[W[lT PINHEIRO! AGENCIÁBRASIL

JEFERSON CHOMA, dutos agrícolas para o mercado agríco-


da redação la norte-americano, numa defesa or-
todoxa do Livre Comércio internaci-
Entre os dias 2 e 5 onal. Nas palavras do chefe da delega-
de fevereiro, foram ção brasileira, Luiz Felipe de Macedo
retomadas as negocia- Soares, Itnãosefaz uma áreade livrecomér-
ções sobre a Alca em ciosem real abertura comercial".
Puebla, no México. O Ou seja, quanto maior for a cota de
objetivo da conferên- exportação adquirida para os produtos
cia, que reuniu cerca dos fazendeiros brasileiros, proporci-
de 34 países, era defi- onada pela "real abertura comercial", maior
nir o "conjunto míninw será a entrega de nossa soberania. Essa
dedireitoseobrigafões" que serão aplicados foi aexata medida da política entreguista
a todos os países envolvidos no acordo. do governo Lula na conferência.
Quer dizer, negociar a abertura do Os EUA ainda queriam incluir urna
chamados temas "sensíveis" - como salvaguarda para os seus produtos agrí-
compras governamentais, patentes, ser- colas com a finalidade de compensar
VIÇOS, agricultura e legislação qualquer oscilação cambial (como a
antidumping - chegando a uma solu- desvalorização do Real) dos países lati-
ção de liberalização comercial confor- nos, enfurecendo, ainda mais, os repre-
me a resoluções adotadas na Confe- sentantes do agroneg6cio brasileiro.
rência Ministerial de Miami, realizada
em novembro do ano passado.
A declaração de Miami, redigida
Diante desses atritos, as conclusões àsllusões:c~eBahad""'dJZqueAlcanaotemrótuloldeo/óglCo.éapenasl.mneg600
em comum entre os governos Lula e
Bush, e que pavimentou o caminho sobre o "conjunto m(nimo de direitos e obri- puramente comercial e aconteceu próprio co-presidente brasileiro da
rumo a uma Alca abrangente, consti- gações" foram adiadas para urna próxima porque o governo está preocupado Alca, Adernar Bahadian "acabou afase do
tuiu uma importante vitória para os reunião a ser realizada no mês que vem em acomodar o conjunto da burgue- faz-de-conta (...) a reunião de Puebla sign!fi-
objetivos do imperialismo de reco- em Puebla. Apesar de ter ficado refém sia brasileira na Alca. Lula e seus cou ava1lfOspara retirardo gavmw brasiJeiroa
Ionizar o continente e norteando os de sua própria estratégia durante as negociadores agem contra os traba- imagemdeque teria restriçõesideo/ógicasàAJca,
debates em Puebla. negociações da Alca, o governo Lula lhadores ao se colocar como media- deixando claro que tudo não passa de inJeresses
não anunciou nenhuma abandono das dor entre os interesses de empresá- econômicos".
negociações. Pelo contrãrio, o gover- rios e fazendeiros exportadores, ávi- Da mesma forma, Lula também co-
no reafirma seu compromisso em man- dos em aumentar seus lucros com a labora com a implementação daAlca ao
Em Puebla o imperialismo jogou ter as negociações e já confirmou sua implementação da Alca. tentar aplicar as reformas sindical e
ainda mais duro. Coerente com as participação na próxima reunião. Como Esses já não demoraram em estabe- trabalhista, aniquilando assim com o
resoluções de Miami, os EUA lidera- disse um negociador brasileiro. "O c/i- lecer as coordenadas para o governo conjunto dos direitos dos trabalhado-
ram um bloco formado por 14 países, maécontinuartentando.Nínguémestafaltmdo nas futuras negociações da Alca. O res para aumentar a "competividade"
entre eles México e Canadá, que exi- em ir embora há desejo de se chegar a um vice-presidente da Confederação Na- dos empresários brasileiros.
giu do Brasil e dos demais países do entendimento". cional da Agricultura e Pecuária do Como afirma a declaração conti-
Mercosul a máxima abertura dos seus Desta forma, em que pese os atri- Brasil, CNA, Gilman Rodrigues, de- nental contra a Alca, é preciso manter
mercados, especialmente, sobre te- tos gerados entre os negociadores clarou que "o erro não é pedir medidas a luta para impedir qualquer tipo de
mas como investimentos, compras norte-americanos e brasileiros, o que compensat6rias, masfazerofertas limitadas em Alca, intensificando a mobilização,
governamentais, serviços e proprie- prevaleceu foi a manutenção da es- áreas de interesse dos EUA". não descansando até ver nosso conti-
dade intelectual. Em contrapartida, o tratégia imperialista em implementar O empenho do governo Lula em nente livre dos objetivos recoloni-
governo brasileiro e dos países do a Alca. O governo brasileiro continua continuar negociando a Alca garantiu zadores do imperialismo. Só a mobi-
Mercosul reivindicavam a ampliação a aceitar essa estratégia. O "impasse" mais uma vitória da estratégia lização dos trabalhadores pode im-
de cotas de exportações de seus pro- em Puebla é resultado de um conflito recolonizadora de Bush. Como disse o por uma derrota a Alca.

a I
,..-::lIIl"'O
MARIUCHA FONTANA,
da redaç60
Nesse sentido, será necessário reto-
rnar e intensificar a campanha. Acom-
•.. - ..
No dia 8 de fevereiro, aconteceu panhando o calendário de mobilização MARÇO JULHO
em São Paulo a reunião da Coor- decidido pela Campanha Continental 20 • Grande manlfestaçao mundial contra Grandes manifestações contra a Alca
denação Nacional da Campanha no Encontro que ocorreu em Havana, a guerra, pela retirada Imediata das tropas durante a ReuniãoMinisterialde neg0-
Cuba, em janeiro, a campanha brasi- americanas do lraque ciação - Brasil(data a ser definida)
contra a Alca, que se posicionou
claramente contra qualquer Alca, leira terá algumas datas chaves. ABRIL SETEMBRO
seja light, abrangente, a la Carte, P/us. Além de levar a campanha contra a 14 e 15 • 13' Plenária Sodal NacIonal l' a 7 • Semana da P6tr1ae Grito cios
A Coordenação considerou 2004 Alca como parte das lutas por salário, 24 e 25 - DIade luta contra a dívidaexterna Excluídos. Mobflizaçõespró-Plebisclto
um ano decisivo para a implantação emprego e contra as reformas Univer- MAIO Oficial
da Alca e farã uma campanha de sitária e Sindical, terá grande impor- l' - Dla de Luta por Trabalho e contra a OUTUBRO
esclarecimento contra a proposta tância a manifestação durante a reu- Alca, que aprofunda o desemprego 3 • Pleblsdto Ofldal sobre a Alca
do governo Lula de Alca light, de- nião ministerial que ocorrerá no Bra- JUNHO 12 • Grito cios ExclutclosContinental •
nunciando as negociações e exigin- sil, quando temos o desafio de buscar 25a 27• Fórum50ctalda Trlpltce Frontetra Manifestaçõescontra a Alea
do o Plebiscito Oficial em outubro . construir um "Seattle" brasileiro. . Porto Iguaçu

• Ano IX • De 12/02 a 27/02/2004


MOVIMENTO

VERGONHAICUTAPROVAPROPOSTA
,
DE REFORMA SINDICAL DO FORUM
NACIONAL DO TRABALHO
EXECUTIVA DA CUT APROVA PROPOSTA DO FÓRUM NACIONAL DO TRABALHO.
É PRECISO CONSTRUIR A RESISTÊNCIA A MAIS ESSE ATAQUE AOS DIREITOS!
os dias 4 e 5 de fevereiro, o resultado da votação, Zé Maria e os
aconteceu a reunião am- outros diretores que não fazem parte
pliada da Executiva Nacio-
nal da CUT que discutiu o
da maioria da direção da CUT apre-
sentaram uma proposta de resolução
Cresce adesão ao
posicionamento da Cen-
tral Única dos Trabalhadores sobre a
alternativa, rejeii:ada também por 12
votos e que reproduzimos no site do Encontro Sindical
reforma Sindical. PSTU (www.pstu.org.br).
Na reunião, os diretores José Maria
de Almeida e Vera Guasso, do PSTU,
Diante da traição da maioria da dire-
ção da CUT, que atua em sintonia com
o Fórum NacionaI doTrabalho,oPSTU
~M;·;'...,.I
----_ _-~----
~,-_
•..
tos combativos da CUT, ou que não
são filiados, começaram uma ampla
discussão na base sobre os efeitos
propuseram, em conjunto com Jorge ..•.

ler. .""IeI.
Luiz Martins, Bernadete Menezes, Ag- reforça a convocação para que todas as dessas reformas. Em São José dos
naldo Fernandes e Francisvaldo Men- entidades, dirigentes e ativistas partici- Campos (SP), o Sindicato dos
des, que a CUT não decidisse sobre o pem do Encontro Nacional Sindical, "'•..•••nna •.••• Metalórgicos estampou em seu bo-
letim a discussão das reformas e con-
assunto, dada a gravidade do seu con- que acontecerá nos dias 13 e 14 de ".1nIIII vocou os metalórgicos a participar do
teúdo e o fato de que este debate não março em Brasília. Este encontro está
foi feito nas entidades de base da cen- sendo organizado por entidades sindi- Encontro Sindical Nacional que vai
tral. Os outros 12 diretores presentes, cais do setor público e privado, e tem ocorrer em Brasília, nos dia 13 e 14
que fazem parte da Artú:ula{ão Sindú:al, como objetivo organizar a luta contra de março.
do PCdoB e da Democracia Socialista, mais essa reforma que ataca profunda- "Esseemontro éa resposta dos traba/ha-
votaram a favor de que a CUT se mente os interesses e direitos da classe doresaos ataques que Lula estápreparando
trabalhadora brasileira. Para saber mais com essas reformas. Aqui em Minas, temos
posicionasse e defenderam a aprova-
a confirma{ão de que 22 sindicatos
ção dos encaminhamentos acordados sobre o encontro, escreva para
resistetuia_sindilal@hotmail.com metalúrgú:os, a Federa{ão Metalúrgú:a, a
no Fórum Nacional do Trabalho. Com
Federa{ão dos Rodoviários, e duas oposi-
çõessinditais vão estaremBrasaia" ,disse
contra as reformas é destaque no Oraldo Paiva, secretário-geral da
jornal dos Metalúrgicos de SaoJosé
Federação Metalórgica.
Chacina expõe face oculta do agronegócio Em cidades como Fortaleza (CE)
ANDRÉ VALUCHE,
Foro UNAflSCO
que a grande mídia vem noticiando, a e Belém (PA), os fóruns de luta -
da redação
região de U naí não tem nada de pacata. criados na greve dos servidores para
Outros crimes já ocorreram na região, A reforma Sindical que está sen- defender a Previdência póblica -
mas não tiveram a mesma repercussão. do preparada pelo governo vai au- não só confirmaram a participação
Em 1995, o dirigente sindical dos traba- mentar o poder da cúpula das cen- no encontro, como estão promo-
lhadores rurais J 6lio Rodrigues Miran- trais sindicais. burocratizando ainda vendo sua ampla divulgação.
da, foi encontrado morto em condições mais o movimento sindical e pavi- É esse o caminho! Convocar am-
semelhantes. mentando o caminho para a refor- plamente as entidades, dirigentes
O prefeito do municfpio,José Braz da ma trabalhista retirar direitos dos e ativistas e construindo um pólo
Silva (PTB) também responde a um in- trabalhadores. Por isso, os sindica- de resistência para enfrentar as re-
quérito por trabalho escravo em sua fa- formas de Lula.
zenda no sul do Pará. A chacina de Unaf
expôs para todo o Brasil a face oculta do
agroneg6cio, tão saudado pelo governo
Lula como exemplo da modernidade.
SEBASTIÃO CARLOS 'CACAU',
de Belo Horizonte (MGl
Trabalho escravo, condições de trabalho
degradantes na maioria das fazendas, des- Luta por moradia é justa e necessária
respeito aos direitos trabalhistas, perse-
o dia 28 de janeiro, os audi- guição às lideranças sindicais são as re-
tores fiscaisdo Ministério do gras no setor. Só o fim do latifúndio pode
Trabalho Nélson José da acabar com violência.
Silva, Erastótenes de Almei- A chacina de Unaí é mais um capítulo
da Gonçalves e João Batista na história de militarização dos conflitos
Soares Lage e o motorista Ailton Pereira no campo brasileiro. Despertando a in-
de Oliveira foram brutalmente assassi- dignação da sociedade, em particular das
nados numa estrada de terra no municl- entidades que agrupam os fiscais do tra-
balho, da receita federal e da previdência. momentosnalutadastamnias:o atoexigindoa moradiaea repressaodapoliciadel\lckmim
pio de Una!, no estado de Minas Gerais.
Os fiscais atuavam em uma operação A tragédia é parte da onda de violên-
com salários arrochados, não conse-
da Delegacia Regional do TrabalholMG cia contra os trabalhadores e suas lide- ADILSON DOS SANTOS,
ranças no campo, cometidas pelo lati- guem realizar o sonho da casa própria.
para verificar a existência de trabalho de São José dos Campos (SP)
fóndio, armado e protegido pelas auto- O Sindicato dos Metalúrgicos des-
degradante nas lavouras de feijão.
ridades públicas e pelas instituições do situação de centenas de fa- de o início do movimento esteve do
Unaí é a maior região produtora de
grãos do país. A produção é realizada em Estado. Não é expressão de desrespeito mílias sem teto, na cidade lado dos sem-teto e se soma à luta dos
grandes latifúndios e predominam as ao "estado democrático de direito" como de São José dos Campos, companheiros que não têm onde
relações de assalariamento. Durante o algumas entidades dos trabalhadores ilustra bem a po](tica habi- morar. mas que apesar das violências
período de safra, o número de trabalha- têm reclamado. tacional adotada no país policiais estão resistindo e lutando
dores na região chega a aumentar em até A raiz de fundo de todos os problemas pelos governos e também pelo prefei- pelo direito à moradia. Por isso o
400%. O fiscalNélson já havia sido amea- encontra-se na estrutura fundiária brasi- to Emanuel Fernandes (PT). Ao invés sindicato está junto com os sem-teto
çado anteriormente, mas a DRT/MG, leira, na concentração de enormes quan- de buscar alternativas para abrigar es- realizando uma campanha por doa-
não considerou o fato relevante. Seu tra- tidades de terras nas mãos de pouquíssi- sas famílias, o prefeito usa a força ções, passando na fábricas pedindo
balho vinha dificultando a atuação dos mas empresas e famílias. Sem "violar" o bruta sob crianças, mulheres e traba- adesão a campanha.
"gatos" - atravessadores de mão de obra "direito" de propriedade dos latifundiári- lhadores acampados há mais de um Se você quiser contribuir, entre em
entre os fazendeiros e os bóias-frias. os será impossível construir novas rela- mês em um terreno público no bairro contato pelo telefone (12) 3946-5322
Ameaças e assassinatos de trabalhado- ções sociais no campo e coibir aviolência Campo dos Alemães. Entre os sem- ou através do e-mai!
res são comuns na região.Aocontráriodo contra os trabalhadores. teto há muitos desempregados que, sindmetalsjc@sindmetalsjc.org.br

a,.'H'ÃO SOCIALISTA
MOVIMENTO


Fóru cla anamazô ico: m ita

sta uc sc ss- O política
Mas o pior de tudo é que os orga- intenso, tanto entre brasileiros que
nizadores do Fórum (eleitos ninguém debateram os caminhos do governo
sabe por quem) decidiram que so- Lula, como entre venezuelanos que
mente se poderia fãlar sobre questões debatiam o curso da revolução. Como
estritamente amazônicas, não pautan- Lula no Brasil, Chaves foi bastante
do a Revolução Boliviana, a situação criticado por ter formadoo grupo "Ami-
política colombiana e o Plano Co- gos da Venezuela" com países que
lômbia, o desenvolvimento do pro- apoiaram o golpe contra seu governo.
cesso revolucionário venezuelano e
se recusando a discutir a situação po- B
lítica no Brasil.
Enfim perdeu-se uma excelente Apesar do clima de fraternidade que
oportunidade de se fazer um rico envolvia o Fórum, um incidente la-
debate político internacionalista. mentável ocorreu no ato de abertura.
Depois de uma longa passeata, que
percorreu toda a cidade, uma mili-
FAI~ do PSTU no Fórum Social PanamazOnico denunciam governo Lula u tante do PCdoB de Manaus, respal-
o Instituto Latino-Americano de dada por seus "companheiros", cor-
No entanto, com relação à discussão Estudo Sócio Econômico (ILAESE), tou uma faixa do PSTU que criticava
ASDRÚBAL BARBOZA,
de Porto Ordaz, Venezuela política, o Fórum foi um tremendo promoveu uma oficina sobre 110 Co- as reformas realizadas pelo governo
fracasso. Por trás de questões organiza- vemo Lula, FrentePopulareosMovimentos Lula. Como se não bastasse, as pro-
em dúvida nenhuma, tivas, escondia-se o veto ao debate de SocÚJis noBrasil", que teve como pales- vocações continuaram ao longo do
quem esteve presente no questões políticas: as mesas eram super- trante Hebert Amazonas, trabalhador Fórum, inventando mentiras e calu-
m Fórum SocialMundial, lotadas de palestrantes que davam lon- dos Correios e membro da direção do niando os militantes do PSTU.
realizado em Ciudad gos informes e, como sempre existiam PSTU, e Américo Gomes, da coorde- Chegaram a defender que os mi-
Guayana, na Venezuela, fi- apresentaçõescu1turais,nuncahaviatem- nação do ILAESE. litantes do PSTU não poderiam vol-
cou empolgado pelo carinho recebido po para o debate. A programação do dia Apesar da péssima convocação rea- tar ao Brasil nos ônibus das delega-
pelo povo venezuelano e o entusiasmo seguinte era anunciada no 6nal do dia lizada pelo Fórum, que chegou a ções. Felizmente, essa atitude foi
que a vanguarda deste país tem pelo anterior, ou na manhã do próprio dia. informar que a oficina não acontece- repudiada pela maioria da delega-
"processo revolucionário" que se vive Além disso, somente estavam pre- ria por problemas "organizativos", ção, composta por militantes e sin-
na Venezuela. Além disso, houve mui- sentes a delegação de Brasil e Venezue- esta foi um sucesso de público, che- dicalistas do PT, independentes e
tas programações culturais e ao termi- la. Colombianos, bolivianos, peruanos gando a reunir mais de 200 pessoas. militantes honestos e sérios do pró-
nar os trabalhos, muitas festas. e equatorianos não compareceram. Além disso, O debate político foi prio PCdoB. •

Movimento indígena de Roraima exige do


governo Lula homologação da reserva
os CONFLITOSENTRE íNDIOS E FAZENDEIROS QUE ESTÃO OCORRENDO EM ESTADOS GOVERNADOS PELO PT SÃO MAIS
UMA DEMONSTRAÇÃO QUE O GOVERNO LULA ESCOLHEU UM LADO NA LUTA ENTRE OS EXCLUíDOS E OS PODEROSOS
Foro MARCELLO CASAL JR I AúENC1A BRASIL
mas o governo Lula continua adiando
AMÉRICO GOMES,
de Boa Vista (RR) a demarcação da reserva. Para tentar
enrolar a situação, em 2003, homolo-
São vários os motivo que fazem gou as terras indígenas Wai Wai,
de Roraima um estado com uma Jacamim, Muriru, Moskou e Boquerão,
situação bastante explosiva. Apesar evitando atender a principal exigência
do grande extermínio indígena, que é a homologação de Raposa Serra
ocorrido durante o povoamento, O do Sol. Em seu discurso, na Confe-
estado, que ainda conta com a mai- rência Nacional do Meio Ambiente,
or população de fndios no Brasil Lula afirmou que a homologação pode
possuí grandes riquezas minerais levar tempo, em função da necessida-
em seu sub-solo como ouro, dia- de de encontrar alternativas aceitáveis
mantes, cassiterita, bauxita, cobre, para os ocupantes. E, agora, o governo
argila e granito. Na região sul o já fala em demarcar as terras indígenas
solo é rico para agricultura. Além de Roraima em áreas descontínuas,
disso, Roraima possui uma impor- chamadas ilhas de demarcação.
tãncia geopolítica por fazer fron- O debate sobre a demarcação da
teira com a Guiana Ingiesa, reserva da Raposa Serra do Soljá dura
Venezuela e Colômbia. mais de trinta anos. Estes anos de luta
Atualmente, 88% das terras do pela defesa das terras indígenas estive-
estado pertencem à União. Deste ram repletos de humilhações, violên- cularmente para os índios da Raposa Serra
total, 57% sãoterras indígenas. Com cia. atentados e mortes. Um dos cri- do Sol, pela demora na conclusão do pro-
isso, os interesses dos grandes pro- mes cometidos foi o assassinato do O Conselho Indígena de Roraima cesso de reconhecimento oficial dos limites
prietários de terra, principalmente índio macuxi Aldo da Silva Mota, (CIR) divulgou um dossiê revelando desta terra ind{gena".
"os arrozeiros", que ocupam ile- morto em 10 de janeiro de 2003, na os crimes cometidos contra os povos Segundo o CIR, desde 1981 fo-
galmente parte da área, e dos Fazenda Retiro, propriedade do inva- indígenas do estado. O documento ram cerca de 20 homiddios, 21 ten-
mineradores são afetados pelas ho- sor e vereador do município de revela a omissão e cumplicidade dos tativas de assassinatos, 54 agressões
mologações de reservas como a de Uiramutã, Francisco das Chagas de governantes nas situações em que os fisicas e 51 casas destruídas.
Raposa Serra do Sol. Nela existem Oliveira, conhecido como "Chico Tri- índios são vítimas de agressões. Em 1999, O CIRjá havia elabo-
170 comunidades indígenas, com pa", O crime continua impune. De acordo com o documento, "a rado um relatório fazendo o levan-
cerca de 15.000 índios. Por isso, a protelação da homologa- impunidade para os que violam direitos tamento de crimes praticados con-
A assinatura da homologação da ção coloca em risco a integridade fisica ind{genas à vida, à integridadeflsica, às suas tra índios na reserva e de inúmeras
reserva estava prevista parajaneiro, de indígenas e de suas comunidades. terras e recursos naturais é agravada, parti- prisões ilegais.

Ano LX . De 12/02 a 27/02/2004


CARNAVAL CULTURA

Provocativa
Carnaval: entre a resistência e radical

e mercialização
gue, sendo seguido por uma ala de
sósias de Saddam Hussein.
Já a Grande Rio, com o samba-
enredo ((VamosVestira Camisinha" resis-
tiu à censura da Igreja Católica e não
só fará uma "apoteótica" defesa do uso
dos preservativos como colocará gi- Uma das mais instigantes es-
gantescos bonecos em diversas posi- critoras brasileiras (e menos
ções sexuais na avenida. reconhecida, apesar de ter
Em São Paulo, onde a prefeitura sido traduzida para o francês,
o inglês,o italiano e o alemão),
impôs o aniversário da cidade como morreu no dia 4 de fevereiro,
tema único para a festa, uma das esco- aos 73 anos. Autora de 38
las, a Gaviões da Fiel, tem o enredo livros (incluindo contos, ro-
(fIdéias e paixões: combustível das revolu- mances, poesia e peças de
teatro), Hilda Hilst teve uma
íões", que promete levar para a avenida trajetória única na história de
temas como as greves, a revolução nossa literatura.
cultural provocada pela Semana de Sua carreira começou aos 20
continua reunindo milhares Arte Moderna e outras manifestações, anos, em 1951, quando era
de foliões em Pernambuco como a Diretas, Já! estudante de Direito, em São
Em Salvador, há anos monopolizado Paulo, com os livros de poe.
sias Presságios e Balada de
WILSON H. DA SILVA, dias de folia, nunca foi possível conter pelo axé, também há, felizmente, algo Alzira. Dezesseisanos depois,
da redação as manifestações de irreverência e crÍ- de novo. Para além do circuito oficial, decidiu trocar o excesso de
ão há como negar que o tica que caracterizam a festa. Apesar de cercado por seus milionários camarotes urbanidade de São Paulo por
Carnaval é um momento todas as tentativas de elitização (tentan- e onde a participação depende da com- um sítio no interior do estado,
onde viveu até a sua morte
ímpar na vida dos brasi- do fazer dela algo "pra inglês ver e pra de abadás (as túnicas dos blocos), há cercada por dezenas de cães
leiros. Folião ou não, é turista dançar") e de seu distan-cia- uma explosão de circuitos alternativos, e envolta num clima de misti·
impossível passar ileso. mento das tradições populares (com a formados por grupos que buscam reva- cismo, crenças "exóticas" e
Seja pelo clima nas ruas, introdução de ritmos musicais descar- lorizar as tradições e musicalidade ne- um fascínio pela existência de
vida extra·terrestre.
sep pelo verdadeiro bombardeio de táveis, por exemplo) o Carnaval ainda gras: do reggae ao samba reggae; do
Em 1990, cansada da pouca
imagens publicitárias nos meios de é uma festa popular por excelência. samba de roda ao partido-alto, passan- atenção recebida para sua
comunicação. Até mesmo em seus espaços mais do, evidentemente, pelos afoxés. obra, ela enveredou por aqui-
Nascido de uma mescla de festas "comercializados" - os Sambódro- Já Recife e Olinda continuam fazen- lo que chamava de "escrita
ancestrais da Grécia (que celebravam a mos do Rio de Janeiro e de São Paulo do um Carnaval de rua, popular e vol- erótica" (pornográfica, aos
olhos dos mais conservado·
fertilidade e a colheita) com tradições - é possível ver que nem tudo está tado para as tradições culturais locais, res), escrevendo uma trilogia
medievais européias-quando a igreja sob controle. Tentativas não faltaram. principalmente o frevo e o maracatu. A de romances - O caderno
católica tentou conter a festança pagã, Há anos as avenidas vêm sendo toma- capital de Pernambuco irá receber na- rosa de Lory Lambi, Contos
estabelecendo alguns poucos dias para das por enredos que trazem leituras ções de maracatu de várias regiões do d'escdrnio/textos grotescos
e Cartas de um sedutor -
que a população comemorasse os "pra- alucinadas da história oficial, home- estado e grupos de samba e afoxés, que causouescândaloao abor·
zeres da carne" (daí o nome "cameva- nagens a figuras pra lá de questioná- tendo a Noite dos Tambores como dar toda e qualquer variedade
te") antes de enfrentar os jejuns e veis (como a apresentadora Xuxa, este ponto alto do resgate da cultura afro. da sexualidade que se possa
penitências da Quaresma - o festejo ano) e a promoção de pontos turísti- País afora, inclusive no Rio de Janei- ter noticia.
ganhou no Brasil um forte, e delicio- cos do país. Como também há tempos ro, São Paulo e Brasília, o Carnaval de Depois vieram os não menos
so, tempero africano. os membros das comunidades têm rua, puxado pelos irreverentes blocos, escandalososDo desejo e Bu-
fóticos, com poesiaseróticas,
É verdade que não foram poucos os perdido espaço para as celebridades. tem ganhado cada vez mais espaço. recepcionados pela crítica
que tentaram conteTos "excessos" car- Mas, mesmo assim, vez ou outra, sur- Embalados pelas marchinhas e pelos francesa como sendo respon-
navalescos, impondo algum controle ge algo na contracorrente. sambas mais tradicionais, os blocos têm sáveis "pela elevação da por·
sobre uma festa que tem como princi- No Rio, por exemplo, a São Cle- como característica a sátira dos costumes nografia à categoria de arte".
pais características a inversão dos valo- mente (que tem como tema a Literatu- e, principalmente, do cenário político. Evidentemente excêntrica, Hil-
da também sempre esteve à
res e costumes e o questionamento ra de Cordel) havia prometido colo- Manifestações semelhantes são de- frente de seu tempo no que
dos discursos e práticas tidos como car um boneco do Tio Sam utilizando monstrações de que, apesar de toda se refere à defesa dos direitos
oficiais, cultos ou aceitáveis. Como o prédio do Congresso brasileirocomo comercialização e tentativa de domesti- das mulherese de sua própria
rambém é verdade que o evento ga- privada. Diante da pressão de gente cação, o Carnaval pode ser preservado independência. Em seus es-
critos, o unive= do sagrado
nhou um gigantesco peso comercial, das "altas esferas", o carnavalesco de- como um espaço para o sempre bem- e do místico, da sexualidade,
fazendo girar quantias incalculáveis. cidiu "amenizar" o tom do carro ale- vindo festejo popular, combinado com da loucurae da morte mescla·
Contudo, também é um fato que, górico, mas garante que o símbolo do a sátira, a crítica e a irreverência voltadas se com uma incontestável pai-
além do povo sempre ter achado espa- imperialismo estará na Sapucaí, no contra os poderes, os padrões e as "his- xão pela vida, como demons-
ços para se divertir durante os quatro tra o poema abaixo.
mínimo com suas mãos sujas de san- tórias" impostas pela elite dominante.
Entre seuslivros, destacam·se
os premiados Ficções (1977),

Polltica e f lia Com meus aLhos de


outras noveLas (1986),
cão e
Canta-
res de perda e predileção
prio para montar suas barracas e par- tores, entre outros) e popular têm (1983), RútiLo noda (1993).
ticipar da festa. O PSTU, obviamen- um bloco próprio, o Acorda Peão, que (WlLSON
H. DASlLVA)
te, não poderia ficar fora desta festa. sai às rlias no sábado pela manhã,
Este ano, nossa barraca será insta- sempre com temas políticos e muita "Hão me procures ali
Onde os vivos visitam
lada na quinta-feira (que já é "de Car- animação. Criado há cinco anos, o
Os chamados martas.
naval", em Pernambuco) com o lança- Acorda Peão levará cerca de 400 pessoas Procura~me
mento da pré-candidatura da compa- com o enredoAjômecontinua, compos- Dentro das grandes águas
nheira Ana Lins para a Prefeitura. O to pelo diretor do Sindicato dos Nas praças
tema da barraca será a luta contra aAlca Metalúrgicos e militante do PSTU Num fogo coração
Entre cavalos, cães,
e a denúncia do governo Lula e seus Renato Bento Luiz, o Renatão. Sendo Hos arrozais, no arroio
ataques. A animação ficará por conta uma contundente, mas super ritmada, Ou junto aos pássaros
da participação de vários artistas e a crítica aos muitos descaminhos do go- Ou espelhada
apresentação de blocos, como o já verno Lula, o samba (disponível em Hum outro alguém,
Subindo um dura caminha
Em pelo menos duas cidades, a tradicional "A Porta" e nações de www.sindmeÚl1sjc.org.br) fala do acordo Pedra, semente, sal
combinação de política e folia ga- maracatu e cabloquinho. da Alca, dos transgênicos, do desem- Passos da vida.
nhou um espaço distinto durante o Em São José dos Campos(SP), prego e das muitas promessas menti- Procura~meali.
Carnaval. Em Olinda(PE), há anos os entidades do movimento sindical rosas feitas por Lula durante a campa- Viva."
(Hilda Hilst)
partidos políticos tem um espaço pró- (metalúrgicos, alimentação, condu- nha eleitoral.

OPINIÃO SOCIALISTA
INTERNACIONAL

COB DECRETA FIM DA TREGUA


CENTRAL BOLIVIANA ANUNCIA GREVE GERAL E PRESIDENTE MESA
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CHEGA A REDUZIR O SEU SALÁRIO PARA ACALMAR OS ÂNIMOS PELO MUNDO


FOTO IHDIMEDlA

rURI FUJITA, YURI FUJITA,


ta redação da redação

D
epois de três meses de tré-
gua e expectativas no go- Insurreição
verno de Gustavo Mesa, as popular toma
massas trabalhadoras come-
;am a desmascarar o mesmo. O pró- conta do Haiti
)rio governo declarou guerra ao mo-
,imento no dia 4 de janeiro, quando
lnunciou que "opovo deveria se sacrifuar
nais uma vez para superar agrave crise eco-
lômica eftslal" existente no país. Junto
com isso, Mesa prometeu, em troca de
llm duro ajuste fiscal, convocar o refe-
rendo sobre a venda do gás (em mar-
,o) e a realização da Assembléia Cons-
Desde o início de janeiro, uma
tituinte (em 2005).
forte onda de protestos localiza-
Contrariada, a Central Operária
dos na 'capital do Haiti, Porto
Boliviana (COB) apresentou uma ex-
Príncipe, se espalhou pelo país.
tensa pauta de reivindicações, rejeita- No dia 5 de fevereiro, Gonaives,
da pelo governo, que prometeu um TRABALHADORES de EIAlto durante 05 protesms em La Paz a quarta maior cidade do país,
ridfculo aumento salarial de 3%. com 20 mil habitantes, foi ocupa-
Imediatamente, uma reunião am- que pudessem acalmar os ânimos da país por 48 horas. _ da pelo grupo de rebeldes conhe-
pliada da COB foi convocada. Reali- população. Em troca da liberação dos COB: O FIM DA TREGUA cido como Frente de Resistência Re-
zada no dia 22 de janeiro, a reunião preços do gás e combustíveis, dimi- O encontro ampliado da COB ava- volucionãrio de Artibonite, expulsan-
votou um indicativo de greve geral nuiu os salários do presidente, minis- liou que nada mudou nos três meses do a polícia e o prefeito do local.
para o mês de fevereiro contra as tros e suprimiu abonos que chegavam de governo Mesa. "Carlos Mesa não é Segundo a imprensa haitiana,
novas medidas de Mesa. O governo, a 4 mil dólares. Além disso, retirou a mais queocontinuísmado presidente (Sánchez já são 11 as cidades controladas
estremecido pela ameaça de ter seu lei que entregava o gás às transna- de Lozada) que saiu em outubro passado, pela população, que exige a re-
mandato colocado em cheque mais cionais, decretando, em troca, novos mantendo via Banco Mundial e do FMI a núncia imediata do presidente
rápido que imaginava, recuou nas prin- impostos sobre transações bancárias e mesma metodologia", afirmou Jaime So- Jean-Bertrand Aristide.
ipais medidas do chamado "pacotaço" patrimônios. Ou seja, tudo isto só lares, presidente da COB.
que iria anunciar no dia 31 de janeiro. deixa claro que se trata de um governo O movimento já demonstrou que Equador: atentado
extremamente débil que se encontra está disposto a lutar se não tiver suas
DANDO OS ANÉIS PRA num impasse político entre as deman- reivindicações atendidas. contra presidente
NÃO PERDER OS DEDOS das populares e os planos do FMI. "É necessário um plano de lutas que der- daConaie
Entre as propostas originais de Mesa Porém, O tiro parece que saiu pela rote de uma vez por todas osplanos do FMI
estava o aumento de 50% do gás do- culatra. Apesar da COB ter desmarcado tlO pafs e seu agente direto, o governo de

méstico, retirado às pressas sob amea- a greve geral que aconteceria no dia 10 Gustavo Mesa, na perspectiva da tomada do
ça de luta por parte da COE. Ainda de fevereiro, os motoristas paralisa- poder", disse um dirigente do Movi-
assim, para não fugir dos planos de ram todas suas atividades em protesto mento Socialista dos Trabalhadores
"austeridade fiscal" exigidos pelo FMI, à liberação do preço dos combustíveis (seçãodaLigalnternacionaldosTra-
Mesa anunciou medidas populistas e bloquearam as principais estradas do balhadores) na plenária da COB._

Juventude No dia 1° de fevereiro, o presi-

do PSTU presente Evo Morales ataca a COB dente da Conaie (Confederação


de Nacionalidades Indígenas do
na Bolívia Equador), Leõnidas Iza, sofreu
e defende o governo uma tentativa de assassinato quan-
do retornava do III Encontro
RACHEL XAVIER E JOÃO SOL, Hemisférico contra a A1ca, reali-
de EI Alto, Bolivia YURI FUJITA, z:.do em Cuba. Acompanhado por
da redação
seus familiares, lza foi protegido
De 23 a 25 de janeiro, ocorreu em
an6ncio da greve geral por seu filho que levou dois tiros
EI Alto, BoHvia, o 10 Encontro a queima-roupa e se encontra ain-
Nacional de Organizações Juvenis. começou a desmascarar
não só o governo de da em estado grave. A Conaie
Foi feita uma saudação em nome da acusa o governo Lúcio Gutierrez
Mesa. Diante da nova
Juventude do PSTU, denunciando de ser o mandante do crime, já
possibilidade de deses-
o governo Lula e em apoio à revolu- que, meses antes, ele havia divul-
tabilização do regime, Eva Morales,
ção boliviana. gado uma lista de opositores ao
do Movimento ao Socialismo
AJuventude Socialista do Movi- governo que estavam ameaçados
(MAS), apressou-se em sair em de-
mento Socialista dos Trabalhadores pelas "armas e as leis".
fesa da "democracia", do Parlamen-
defendeu a entrada dajuventude na
to, do próprio governo Mesa e con- toda sua ação polftica a possibilida-
COB (Central Operária Boliviana),
traaCOB. "QuemdizqueoParlamento de de se eleger.
Greve Geral
o apoio à nova greve geral, a derru-
bada do governo neoliberal de
vaifecluJr não aceita a democracia. Só estão No ano passado, o que vimos na República
buscandoumgolpedeEstado, umaditadu- foi a vacilação de Evo diante da
Mesa, a nacionalização do gás e o ra, que éo que quera Embaixado dos EUA convocatória de greve da COB que Dominicana
poder à COE. e Sánchez de Lozado", afirmou. Durou dois dias a greve geral
derrubou o presidente Goni. O
A direção do evento, ligada ao MAS Por trás da rejeição de Eva à que vemos, agora, é Eva Morales convocada em janeiro pelo Co-
de Eva Morales e a ONGs, era contra convocatória da COB está seu inte- dando todo seu apoio ao governo letivo de Organizações Popula-
a aprovaçã,? de qualquer plano de resse em garantir a estabilidade po- Mesa em nome da manutenção do res da Rep6blica Dominicana.
lutas, e se utilizou de golpes para lftica do país até as eleições presi- regime democrático burguês, ain- Nos dias 28 e 29, 97% do país
evitar a discussão. Um grande bloco denciais de 2007. O dirigente do da que este continue cumprindo estava paralisado em protesto à
de oposição se retirou do Encontro, MAS, desde que obteve o segundo fielmente o programa econômico política econõmica do presiden-
chamando a construir uma Coordena- lugar nas 61timaseleições, tem apos- do FMI e aprofundando a miséria te Hipólito Mejía e exigia. sua
ção Nacional que organize a lutajun- tado na via eleitoral e subordinado dos trabalhadores bolivianos. saída do governo. _
to com os trabalhadores.

Ediçao 166 • Ano IX . De 12/02 a 27102l2CXM 1


II Encontro de Negros e Negras do PS
discute combate ao racismo e ao ca a
FOTO EDUARDO HENRIQUE
que tem avançado na aplicaçãodos planos neoliberais e
governado em íntima aliançacom aburguesia, principal
agente de utilização do racismo como forma de
superexploraçãode negros e negras. Neste sentido, o II
Encontro reafirmou a exigência de que Lula não só
rompa com a burguesia e os setores patronais, como
tambémcomo FMleosacordosdaAlca. Também foi
ratificadaa resoluçãodo PSTU sobre cotas,nos marcos
daexigênciadequequalquerpolíticareparat6riadeveser
aplicadacomdinheiroprovenienredonãopagamentoda
dívidaexterna.
O segundo dia do Encontro foi dedicado ao
debate sobre a atualização do programa, a
estruturação da Secretaria de Negros e Negras em
todo o país e votação de uma nova direção. Como
destacou Toninho Toshiba, metalórgico e ex-candi-
dato a sen••dor em Belo Horizonte (MG), "o desafio
colocadopara os negros e "egras do PSTU édarum cortede raça
em todas as instâ,uias e movimentos da classetrabalhadora, da
juventude e entre os demais setores explorados
e oprimidos do país. Nossa ltlta é de raça e
WILSON H. DA SILVA, ocorrendo nos Estados Unidos, as reformas neoliberais e os classe e, por isso, deve ser travada no interior
da redação planos de recolonização do imperialismo têm afetado partilu- dossindicados, do movimetltoestudan-
ntre 30 de janeiro e t o de fevereiro, lamiente a vida de negros e negras nos chamados países perijé- til, papularde mutllerese GLBT, com
ocorreu, em São Paulo, o 11Encontro mos. Aqui no Brasil, o maior exemplo disto é a lelltativa de o objetivo defazer valer a máxima de
Nacional de Negros e Negras do PSTU, implementação daAka. Seé verdadequeo plano imperialista MalcolmX, que adotamos como ,!Osso
contando com a participação de 32 dele- signifitará um enormeataqueconlra todos os trabalhadores, para lema: não há capitalismo sem racismo,
gados, de seis diferentes estados, além aqueles queforam histomamente matginalizadosconw nós, a conseqüentemente, Uôo Irá como lutar
de cerca de 20 convidados e observadores. O En- Aka é literalmente uma catástrofe". contra um, sem combater o outro."
contro foi um importante momento para atualizar o Neste ponto, também foi debatida a participação
NO DETALHE
programa de combate ao racismo e para discutir em campanhas internacionais, como em defesa da Dayse Oliveira ex<andldata
formas de avançar na estruturação da Secretaria vida e da liberdade do jornalista norte-americano ~ vice-presidência pelo PSTU.
Nacional. Mumia Abu-Jamal e de denóncia dos constantes em 2002
O debate polftico teve início com um informe ataques neofascistas em toda a Europa.
sobre a situação de negros e negras no atual cenário Foi consensual a avaliaçãode que o governo Lula
internacional, com destaque para as relações entre o além de, praticamente, não estar fazendo nada para Veja as resoluções do II Encontro de Ne-
processo de globalização e o racismo. Como desta- atender as reivindicações do movimento negro - a
gros e Negras e o programa de combate ao
cou Dayse Oliveira, professora de São Gonçalo (RJ) proposta de cotas, por exemplo, até o momento não
racismo do PSTU.
e ex-candidata à vice-presidência pelo PSTU, em saiu do papel - tem contribuído na continuidade da
marginalização da população negra na medida em www.pstu,orQ.bdneqros,asp
2002, "além de atlUar nossas conquistas hist6ricas, como vrnt

t. ..•••.•••
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