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CORREIO ·INTERNACIONAL:~·~·

~. • r r _.-" • •••• _.

EUA E FRANÇA PROCURADOR


WIZ FRANCISCO:
PATROCINARAM NEM OS TUCANOS
GOLPE NO HAITI CHEGARAM A TANTO
PÁGINAS 8·10 PÁGINAS 4-S
EDITORIAL
o QUE SE DISSE
Maracutatas, FMI EDITORIAL/FALA
zé MARIA
e

((Eu não me e desemprego ENTREVISTA :3

lembro. JJ
ALCA 4
Na rasteira do Waldomiro, o que cobrava propina para favorecer bicheiros, apareceu
MARXISMO / 5
um tal de Rogério Buratti. Se Waldomiro era secretário do ministro José Dirceu, Buratti NOVO PARTIDO
ALDOREBELO,
foi secretário de Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto. Ele teria participado da renovação
ministro da Coordenação Po/{tic~
do contrato milionário que a multinacional Gtech fez com a Caixa Econômica Federal
MULHERES / a
do governo Lula, respondendo a NEGROS / CULTURA
(CEF). Segundo a direção da multinacional, Waldomiro teria exigido a contratação de
jornalistas seo PCdoB teria MOVIMENTO / 7
Buratti, pela bagatela de R$ 6 milhões, em troca de interceder pela renovação do contrato,
defendido o Fora F H C .JUVENTUDE
que renderá à Gtech R$ 600 milhões em tarifas. É mole!
(programa Roda Viva, 8/3/2004) CORREIO B- 1 o
Enquanto corruptos ecorruptores andam às soltas e Lula vaifazendo o terceiro mandato INTERNACIONAL
de FHC, entregando bilhões para os banqueiros, os trabalhadores vão de mala pior.
INTERNACIONAL 10-11
NOTAS No lugardo "espetáculo do crescimento", todos viram o espetáculo dado por Edvaldo
Uma Araújo que ameaçou sejogar da galeria do Plenário do Senado Federal-de uma PSTU 1 2
altura de 6 metros -, por estardesempregado há dois anos, comfome e desesperado.
SHARON VETA CHARGE SUPLEMENTO ENCONTRO SIN-
OarrocllO anda tão brabo, que uma pesquisa da Federação do Comércio revelou que DICAL NACIONAL
DE BRASILEIRO
76% doscorrsumidores da região metropolitana de São Paulo não pretendem comprar
absolutamente nada nos próximos 60 dias.
Não bastasse, ogoverno LI/Ia, tão prestativo com o FMI e com Bush, a ponto de se
comprometera etlviartropas para ocupação militardo Haiti - uma VERGONHA!!!-
propõe 1111/0 reforma sindical, que prepara a retirada de direitos históricos dos traba/llO-
dor.s.
Para temarfugirda crise instalada com os escândalos de comlpção e também do desgaste
da operação abafa CPI (terrfllo no ql/al, sejamos justos, com a ajuda de Sarney, este
govemo illovou em relação à FHC) Lula reuniu-se com o presidetlteargelltino Néstor
Kirclll1er para tetltarparecerquejoga duro com o FMI. Mas o tal dOCll/tlento lançado pelos
Ariel Sharon não agüentou ver sua dois, além de não alterarem nada os compromissos cotn a agiotagem internaciotlal , é tão
caricatura, com uniforme nazista,
beijando Hitler. A caricatura de au·
píflo que nem como disfarce serve.
toria do carioca Carlos Latuff Sea oposição burguesa (PSDB e PFL) e mesntOos aliadosgovemistas, como o PMDB f qrtaJ I ',. 'I ,I
publicada na versão israelense do e PL,Jazem marola visando unicamente votos nas eleições de 2004, unse cargos e outras Ri·t I rt J fC
site Indymedia provocou furor nas vantagem, a ponto do Presidente do P L, num arroubo, pedir Fora Palocci!, os debaixo A Revista do Movimetlto por l4m
autoridades israelenses. Incapazes Novo Partido Socialista é um
de localizar o autor, nterrogaram por vão aprendwdo que o "Lu linha paz e amor com o FMI" sóferra trabalhador. E, no
compasso da experiência com ogoverno, a classe trabalhadora vai fIlcontrando o caminho SlIcessO.Sua primeira tiragem, de 4
oito horas os editores do site e
retiraram a página do ar, que voltou mil exemplares,já fOi distribuída e os
da luta, apesar das direções chapa-branca que estão nas fIltidades gerais. infomtes das lJendassão para lá de
em servidor canadense.
As direções governistas, como a CUT, no máximo resmungam contra na política animadores. O objetivo é luar a
Sharon, comparável a Hitler por suas
atrocidades contra os palestinos, quer
econômica" eprometem mobilizarem prol de reivíndilaçõesda patronal, como diminuição revista para impulsionar os debates.
impedir denúncias dessas atrocida- dosjuros, ao mesmo tempo queconduzemjuntocom ogovernoo golpe da reforma sindical. Uma nova tiragemfOi provide,uiada.
des. Mas não conseguirá. É preciso unificaras lutas poremprego, salário e ierra; contra as refomlOs epela ruptura Pedidos podem serfeitos pelo e-mail;
Carlos Latuff é autor de diversas
secretaria@nWvimetltl!lWllOpartido.org.br
comaAlcaeoFMI.
charges políticas, algumas publicadas
É hora de construir uma alternativa de esquerda pro valer a esse governo. Uma
aqui no Oplnlao Socialista.
alternativa no terrfllo das lutas, que permita desbloqueá-Ias e unificá-Ias e, nesse sentido, 1':'4j-II#*I'·
o Encontro Sindical Nacional realizado nos dias 13 e 14 em Luziâniafoi um passo Opllllio$ocl.1I6t.' uml publlClçlo qulnl..nll do
Plrtldo SOCIIIl.tl do. Trlbllllldo, •• Unlflcldo
FaDO importante. CNPJ 73.282.907/0001-64

o dia 14 de março
A.tlvldade principal 91.92·8·00
é o Dia Internacio· Mas épreciso também construir uma alternativa política de classe, de luta, socialista e
CORRESPONDtNCIA
nai de Luta Contra as Barragens. revolucimlária em nossopaís. Um partido comprometido com a construção de umgovemo Rua Humalti, 476 - Bela Vista
Além de diversas manifestações pelo Slo Paulo - SP
dos trabalhadores sem burgueses e com uma transfôrmaçãosocialista em nosso país, que e·maU: "pllIl.".p6tU."'l-b,
Brasil, o Movimento dos Atingidos Fa.: (11) 3105-6316
por Barragens (MAB) preparou um rompa com tudo isso que está aí.
EDITORA E JORNALISTA RESPONSÁVEL
dossiê sobre o modelo energético MarlClcha Fontana (Mtb14555)
brasileiro. Segundo Gilberto Cervinski,
da coordenação do MAB, "Se nada
ÚLTIMAS NOTíCIAS CONSEUtO EDITORIAL
Bernardo Cerdelra, Cyro Garcia, COrlCha Menezes.

for feito, 850 mil pessoas serão


Greves sacodem opaís
Dirceu Travesso, Eduardo Almeida. Joio Ricardo Soares,
Joaquim Magalhàes, JoSé Maria de Almeida. Luil.Carlos
expulsos pela construção de borra· Prates 'Mancha'. Nando Poeta e ValêrloArcary

gens no BrasU nos próximos anos". REDAÇÃO


Um número superior as metas do André Valuche, .JefersonChoma.Luiza Castelll, RodrilO
CARLA LISBOA, especial para o Opinião Socialista Ricupero. Wilson H. Silva. Vurl FUJlta. Valérlo Paiva
Plano de Reforma Agrária de Lula.
O dossiê critica também as medidas
Há lima ollda de greves no pars. Os policiaísfederaís, os téCflicosda Receita, osfiscais PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO
Gustavo SllIel

do governo no setor energético, agropecuários e os advogados da U'lião estão de braços cruzados. E, no dia 16 de março,
como subsídios a empresas norte- a plenária dos servidores públicos votou um indicativo de greve para abril. COLABORARAM NESTA EOIÇÃO
Altemir Coz:er. Amérlco Gomes, Ana Mlnuttl. André

americanas na Amazônia e o perdão a . A Polícia Federal, em greve há oito dias, tem causado impacto nos aeroportos e Freire. ClAudia Costa. David Cavalcante, Dleio Crul..
Jocllene Chagas, Lance Selfa.lene lobo. Maria Lucia
parte da divida da AES·Eletropaulo, hwestigações importantes, como a do caso Waldomiro Diniz. Fatorelll. RosArla Fernandes, Vara Fernandes

que juntos custaram cerca de 1,1 Na quarta-feira passada, 6,5 mil téwicos da Receita Federal paralisaram as atividades IMPRESSÃO
bilhão de reais ao pais em 2003. por 24 l/oras e pretendem fazer lima greve geral por tempo indetermitlado. A paralisação GazetaSP - Fone: (11) 6954-621B

da Receita poderá ati11giros auditores do órgão, que também votaram um indicativo de '·i#Jd·.1t·S'I'-E.'
O CUPUAÇU É NOSSO greve.
Osfiscais agropecuários não atenderam ao apelo dogovemofederal e decidiram mamer NOME
Depois de muito vai e vem e cara·de·
agreve, o que afeta as atividades de importação e exportação deprodutos agrícolas. Osfiscais
pau da empresa Asahi Foods em
calculam que 90% dos 2,6 mil servidores estão paralisados. (lHollve uma proposta para
querer a patente do cupulate, o ENDEREÇO

departamento do governo japonês


mspel1dermos o movimento até ofim do mês para negociar, mas as assembléias nos estados
responsável pelo registro de paten- resolveram maWer a greve", explica o secretário-executivo da Associação Nacional dos
CIDADE _
tes recusou o pedido da empresa Fiscais Federais Agropecuários, Marcos Lessa.
ESTADO CEP _
para o processo de obtenção do Os fiscais querem equiparação salarial com os auditores da Receita Federal, o que
cupulate - tipo de chocolate feito exigiria reajuste de 30%, além de co"curso para 1,8 mil servidores. O govemo ofereceu TELEFONE _

com amêndoas de cupuaçu, desen- atunetlto de 4%. Os fiscais da Receita também estão se mobilizando. Os sindicatos ligados E·MAIL _
volvido no Brasil. A Embrapa (Empresa à Sat'íde e Previdê"cia Social também ameaçam iniciar a greve em abril.
Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Exisle aperspectiva concretade que todos osservidorespúblicosfederais cruzem os braços 24 EXEMPLARES 48 EXEMPLARES
venceu o processo no Japão, mas a partir de abril. A plenária realizada '10 dia 16 reuniu 315 servidores e reafirmou a
ainda há outro na Europa.
O 1x RS 48 O 1x RS 96
imenção de unificar a luta coutra a política econômica do gOlJemo Lula e pelo reajusle O 2x RS 24 O 2xRS48
O fato demonstra o quanto as rique· salarial. No dia 18 de abril, será realizada trovaple11áriapara discutir a data para o inrcio
zas do país estão expostas ao espólio O 3x RS 16 O 3xRS 32
dagreve /mificada. Estão previstas atividades em lodos os estados, com atos eparalisações,
internacional, por não haver uma lei O Solidária O Solidária
,ros próximos dois meses. RS ..•...... RS .
clara em defesa dos produtos. Frutas
Os servidores afirmam que tiapotrlica orçamentária do govemo, que privilegia o
e ervas medicinais são alvo do inte- Envie cheque nominal ao PSTlI no valor da assina·
resse de países imperialistas como os
mercado financeiro e compromete a produção nacional com o pagametlto das drvidas
tlKa total ou parcetada para Rua loefgreen, 909
EUA, Japão e europeus. itltema e extema, tem levado ao desmonte dos serviçospúblicos, notadametlte nas áreas da - Vila ClemenUno • São Paulo· SP • CEP 04040-030
educação e da saúde".

OPINIÃO SOCIALISTA
ENTREVISTA

"Nem os tucanos chegaram ao grau de cinismo


de não indicar nomes para uma CPI"
o proCllrador da Replíblica Luiz Fratlcisco
Foro StRGIO KOEI
porção de poliricos. A CP/ virou lIIorta-
vit'tt, por conta doJosé Mentor, que é ho-
Fernandes de Souza concedeuuma entrevista mem dOSfUJosé Dirceu. Ela t'ai atéjunllO,
ao Opinião Socialista durante o Encontro mas niuguém Olll'efalar, porque prat;ca-
Nacional Sindical. Nela, Luiz Fertlando meute acabou. Eu estou com três queixas-
crime do Bornhausen, mas estou iuj"riado
denuncia as riformas neoliberais do porque nin,,-,!uémo chamou para depor.
govertlo Lula, os possíveis ataques ao Agora, isso é necessário por conta da
Judiciário e a operaçãoabafa nas CPls política econômica t é um absurdo e um
cn'me, porque é totalmente atrelada ao capi-
POR GUSTAVO SIXEL
tal intemaciorral volátil. Eles precisan'am do
E WILSON H. SILVA capital, acorrteceque o capital internacional

não aparta aqui, e você, por exemplo, sendo
Opinião Socialista - Qual a sua opi- um capitalista i,rternacional ou ligado ao
nião sobre as reformas Trabalhista . tráfico dos cartéis, não colocaria dinheiro
e Sindical e o porquê de sua partici- aqui se "ão pudesse tirar. Esse mecanismo
pação neste encontro? queo govenro faz é decorrellte de SIIapoUtica
Luiz Francisco - Eu lIim pro cá pro ecotlômicagenocida. O correto era atacaras
apre"de" colher material e (otwersar com grarrdes paraísosfiscais. Para isso teria que
algumas pessoas que ell respeito. Quatuo à fazer a auditoria da dívida, para deixar
reforma Sindical eu sou cOlltra, assim (amo claro que que essa d{vida é espúria. Eu
fui colIlra a da Previdência, como sou radi- defeudo a auditoria e o conseqüente não
calmente contra a doJudiciário, (omo acho pagamento. Romper com o FMI, com a
a Tributária uma coisa ridícula. Em vez de Alca. Esse era ocami'lhoqueo Lula deveria
lima refornld auri-capital, allli-latifiílldio, dese,wo/t'er. Ao i,wés disso, o que vem
qllealllp/ieo poderfiscolizadore r~~lIlolllell- fazendo? Acabou com a CPI eabriu com a
rador do Esrado.jazflll II/lIa lIIilli-rifonlla circular uma outra coltta que tem remessa
T ribwária que ..•.
tí pn'para caminho praA/m. pratlca,m:ute livre parafora. O quefaz com
A rifo'''h1 Si"dica/ só l ai dar poda pra
1 que todo político e todo .,!rande empresário
cJÍpula, o que prova que tem a mesma essêu- possam terseu caixa dais num paraísofiscal.
cio da refomla doJudiciário e a mesma da tranqiiilos, cOturolandoa conta numciberrt:iff.
reforma Política. Por isso eu sou cotltra. quer um desses souber de uma i,Jjo"na{ão, dogovernocomo Congresso, dopon-
uma falcatrua, e passar pro i"'prensa, pro to de vista do fisiologismo? A gente vai chegar ao fim do go-
A reforma do Judiciário está no povo, será demitido, paga duzentos mil ão. Ai"da temflSiologismo. É 11111 pouco verno Lula com umJudiciário sub-
centro de várias polêmicas impor- reais de multa, pode pe~ar três anos de ca- mell,or, pois ogoverno anterior pril'atizou misso, com a Lei da Mordaça e as
tantes,quetêmaveratécomopoder deia. Caso tenha sursisJicará três anos sem a Vale do Rio Doce, entregou todos os cam- reformas Sindical e Trabalhista.
deJustiça sobre o governo. Como preslarconwrso príblico. Emãoé um projeto pos de petróleo degra{a, privatizou o siste- Nesteri_o,qualseráosentimento
você vê esta questão do poder de fascista, parecido com o a",igoA[-5. ma Telebrás e entregou estatais. Então, não da população no final deste governo?
Justiça sobre o governo Lula? deixou muito pra este govenlo. Agora este Eu ac/,o que as pessoas vâoficar frustra-
Sou radicalmetlte co"'ra o modelo de Essa questão da está privatizando os bancos das, o PT vai acabar racharrdo eas pessoas
riforllla dojudiciário que esrásetldo difen- transparência (~té partido O estaduais. boas de lá vão acabar fo""a"do talvez UIII
outro partido maior, mais ampliado, que
dido pelo govemo Lula. O correto éo que o esta ligada à
Fábio KOllderColllparato (jurista e pro- CPI do Caso do Malufna Você teve um papel bas- pode estar ligado ao PSTU ralvez, ou o
fessor da USP) falou: orgallizar o Waldomiro. tante importante ao de- PSTU .re fil/lda para poder reagmpar
cotltrapoder popular. E a tínica reforma Comovocêestá base do governo. nunciar o senador Anto- organiza{ões I(,!adas aos oprimidos.
correia éa democrarização dojlldiciário. É
o povo brasileiro elege"do os miHistros do
vendo este pro-
cesso?
Isso eu não nio Carlos Magalhães.
Você esperava que ele Vocêachaqueesseéocaminho?
Supremo. É elei{ão, por parte dosj/lízes e
servidores, dos preside/lles dos tribunais. É
Eu defwdo a
CP] dos Bingos, do
acreditava. " virasse bombeiro de
Lula em crises?
Tem de ser esse o camitl/IO. O govcrtlo
mantém políticas neoliberais que deixam
também os servidores elegetldo lima série de Waldomiro, do final/ciamento, difelldo a Naquele momento, mi"ha preocupação milhões morrendo defome, milhões de cri-
cargos, secretário de admillistração elc. É CP] do carrão de salÍde, que o PT já lem era, primeiro, enterrar o ACM. Depois, atl{as morrendo a cada dia, porque o gover-
lima auditon'a ;,'tema aberta e i"depetldetl- assinaturas stificientes para iustalar, masfez jogá-Io"a oposição. OACM chegou efaloll "0 dá di"heiro para os capitalistas. Agellte
te, com matrdado, e sob cotltrole trampareute u", acordo com os tucanos no ano passado. qlle sabia COIIIOpegar o Eduardojorge, que tem aqui no Brasil um sistema público qile
e poplllar. ada disso esrá previslo lá. Querdizer, eles recolheram assinaturas pra ele lIão valia nada. Divulgaraquilojogaria dá dinheiro para os ricos, queéa aplica{ão,
A reforma doJudiciário, como está pre- CP/ do carrão de saúde, que pode atillgiro oACM na oposi{ão, o que ocorreu. O que a ciranda. Querdizer, vocêganlra um mi-
vista, estabelece o co",role do Palácio do Serra, e o PSDB recolheu assinaturas pra não esperava era que a ala carlista, a da lI,ão na loteria, aí não precisa mais traba-
Planalto e do governo sobre oJudiciário e o de SalltoAlldré. E bOlaralllllagavera. Fi- Roseana, do Tasso, acabassem ua base do lhar. Vai no banco e diz: tEu quero aplicar
Minislério Ptlblico. A{, por exemplo, se zeram um acordo, queo Tião Vianna con- govemo. PL, PTB, atéo partido do MaluJ tia dívida pública dogoverno'. Aí vive sem
vocêé um procurador e vai investigarum ato fessoll. Difelldo todas as CP/s, como a de Isso eu não acreditava. Vale o ditado, dize- traballlar porquega"ha de 15 a 17% mais
do governo, ele poderia simplesmente te SalltoAlldréeaquela vell,a da Com'pção. me com quem andas e te direi quem és. inflação por aliO.A{ pra que vais trabalhar?
destituir, te tirar o caso, te transferir ou te O qlle ogovemo estáfazetldo é loucura. E os recursosdo Eslado vãopora a d{vida,
demitir. Então, o Palácio ten'a vastos tentá- Se a tese vingar, Está no editorial de nos- mais de 150 bilhões, mais a rolagem da
culos colltraju{zes e procuradores rebeldes.
O ideal em ",na rifonna dojudiciário é
não vai ter mais
CP/o Basta que o
"Esse governo se soúltimojornal ...
É? Enfim, pessaas que se
d{vida. Elltão, lado ano, além dos 150
bilhões, etrdivida-s. mais 60 a 80 bilhões.
diz socialista,
o lontrole popular. Ter transparência e
mecanismos de interven{ão, de destituição,
governo, quando
não conseguirim- ~.
mas na pratlca e
servem de Sarney, deACM,
~ não estão em boa companhia Quais as suas expectativas com o
cenário político atual?
por parte do povo. E isso não eslá previslo. pedir que a oposi- no que tOla aos interesses do

O controle do Planalto sobre o


çâo recolhaassina-
turas, não indique
neoliberal" proletariado, docampesinato,
dos miseráveis do pa{s.
O FHC se dizia social-democrata. Mas
na prática era neoliberal. Esstgoverno alua I
Judiciário, através da reforma, é e a CP/ não se inslale. Então, acabou a se diz socialista, mas na prática i neoliberal.
combinado com a Lei da Mordaça? CP/o É uma tese obscena. Eu acho que esse Como você está vendo a remessa de A lula está mais co,!,plicada do que no
É sim. Na verdade, o projeto da Lei da governo é bemmell,ordoqueos tucallos, mas capitais? Segundo a Maria Lúcia governo anterior. Porque toda a m{dia (e o
Mordaça está lá,já passoll na Câmara, eslá nem os tucanos nesse ponto chegaram ao Fartorelli, há uma facilitaçãodeen- poder da imprensa é gigantesco), fechou
no Senado e a qllalquer minuto pode ser grau de cinismo de querer impedir uma vio de capitais ao exterior, com a para difender O goperno. A "perallça qlle
aprovado. O govemo mantém aquilo lá CPf, qllando tillha assinatllras pra isso. O circular 3.187do Banco Central. tenho é de um sindicalismo desatrelado do
como uma espada, suspensa sobre as labeças que ogoverno anterior fazia era negociar a A Fatorelli está coberta de razão. A CP/ governo, quefaçagrandesgreves e o obrigue
de todo mundo. Na verdade, o govemo sabe retirada de assinaturas, dando recursos, car- do Baneslado, que lulei jeilo doido para a rompercom a poUtica neoliberal. Agetrle
que aquele projeto da Mordaça éfascista. gos,fisiologismo puro, lIIas não chegava a abn'r,jôijustamente para acabar com a conta lIãopode perdera esperal1{adisso. Acho que
Tados ospromótores, policiais, membros do não indicar nomes em uma CP/o CC5, a "barriga de aluguel". Meu objelivo lemos de crilicar o governo e exigir que ele
judiciário, do Ministério Público e do Tri- era pegar toda a classe dominante que tem rompa. Alé porque se não romper a gente
bunal de COlllasseriam atingidos. Sequal- Você acha que mudou a relação conta láfora, mais de cem mil pessoas e uma tem mais um motivo para criticar.

. Ano IX • De- 17 a 30/0312004


ALCA

Contra a Alca e a ocupação imperialista do Iraque


IA 2 E
JEFERSON CHOMA,
da redação
Eleições nos
o dia 20 de março milhares EUA atrasam
de manifestan(e~ em todo o
mundo IrãO às ruas pan. pro-
negociações
testar contra a ocupação im-
perialista no Iraque. MARIÚCHA FONTANA,
da redação
Aqui no Brasil e no restante da
América Latina esse dia vai ser marca-
Nodial0demarço,em Buenos
do também pela luta contra a A1ca, a
Aires, Argentina, foi adiada a con-
Dívida e a Militarização.
clusão da Reunião do Comitê de
No dia 20 de março acontecerá a
Negociaçães Comerciais (CNC)
primeira ação de uma jornada de lutas
da A1ca. Isso mostra que permane-
que a Campanha Nacional e Conti-
ce, desde Puebla, um quadro de
nental contra a Alea estará desenvol-
impasse nas negociações, devido,
vendo neste ano de 2004.
sobrerudo, à conjuntura eleitoral
Outra data de mobilização será o
dos EUA.
dia 24 de abril: Dia Continental de
Nesta reunião, os Estados Uni-
Luta Contra a Dívida Externa e as
dos segtllram propondo aos países
Instituições Financeiras Multilaterais
do Mercosul que aceitassem fazer
(Banco Mundial, Ftlndo Monetário
concessões reais eln temas como
Internacional), por ocasião dos 60 anos
serviços, investimentos, proprie-
da Conferência de Brenon Woods.
FLORIANÓPOLIS·Concentração no Cal· CAMETÁ(PA) . Terá dOISmomentos. Um dade intelectual e compras gover-
AITIobilização mais importante
çadão da Esquina Democratica, as 9h na Conferência das Águas dIa 19, as 16h, namcncais. ~cm oferecer conces-
desta Jornada deverá ocorrer a partir
BRAslLlA . Plena ria dos movimentos e outro no dia 21, com caminhada no sões no acesso ao seu nlercado.
do primeiro dia das negociaçães da
sociais no Slndlsef, às 9h e ato. às 17h, encerramento da conferência espcclahncntc o 19ncola.
reunião ministerial da Alca, que
em frente ao BankBoston, no Shopinng RIO DE JANEIRO· Cammhada pela Orla Como diz a declaração da Cam-
acontecer,i no Brasil e está prevista
Patio Brasil, próximo a W3 da Zona Sul. Concentração as 10h panha Conuncnt.ll contra a Alca:
para O segundo semestre. O objetivo
PORTO ALEGRE • Ato e caminhada. SALVADOR·Cammhada e ato. Concen· "O ""Jwse por si s6 não ptl(je ser [0115;-
da campanha é reprodUZir um
Concentração as 18h na Praça Ubirici tração no Dique do Tororo, as 15h. dl riJtfo lima J,1t6na, uma I't'Z quede tI.io
"Scattle" no Brasil, nesta que será
pro\. 3vclrllc ntC' a rodada definitiva de:
SÃO PAULO· Concentração no MASP, BELO HORIZONTE . Concentração as sÜ?"ijiúIO fim dllS tll;goâ"(k.~."
as 14h 10h30 na Praça Sete. J vcn.bde. s o 11l1pas c revela
ncgocl.1çõc~.
problema do lado tlc lá, não h;i
nenhuma mudança na posiçÕC's
entreguisus do govcrnos do
Mercosul, cspcciJhncntc do go-

Dívida Externa leva à Alca verno hr,l,)11 Iro. A ragor. O gover-


no br;}silcirll a c.ld:a reunião apre-
sent:l pOSIÇ:iO nlalS entn:g-lllSt3. Foi
MARIA LUCIA FATORELLI' a BuenosAircsdlsposto.dcclarada-
Jlll"IHCa .1brir o telna scrviços c

O
Brasil el'.frel/ta difiwlda- mascamo o IIFomc Zero". os 1I~~ociado,.esbrasileiros já admitem compras governamentais em troca
des para pagar a díf'ída --lo mesmo tempo em qlleos EUA au- reduzir "ossas tarifas para a impona- da abenura do mercado agrícola
extema desde o filiaI da mentaram as taxasdejllros, também mani- ção de prodlltos illdllstrializados 'IOrte- dos EUA. Em prol dos latifundI-
plllaram ospreços dos prodlltos comerciais ários c alguns mega-cmprcsários.
década de 70, com a alta americanos e aceitam vários pontos re-
Lula esti disposto a el1lregar total-
'//Iílateral das taxas dejllros pelos a,~rícolas(commodities), malltmdo-os bai- laciollados às áreas de illvestimemos,
nlente a soberania do país e inci-
EUA. A so/uçãoel/colltrada pelossu- xos. Mas o resultado desseeiforço exporta- serviços e de propriedade illtelectllal.
nerar maiS milhões de enlpregos
cessivos ,governos foi promover altos dorllãoso/uciollOIl o problema da dívida. É ala rmallte cOllStatanllos qlle ogo- em troca da venda de suco de
superávits comerciais com o exterior, De 1978a2oo3,todoollOssosaldocomer- vemo já aplica medidas preparatórias laranja c alguns outros produtos
para co//Seguiros dólares lIecessários cial, 110 valorde US$ 159bilhões, lIãofoi para a implementação daAlca ItOpais, aos EUA.
ao pagamerrto dosjuros da dívida. srificiellle para pagar osjuros da dívida, como a liberalizaçãO e isellção tributá- Bush, neste momento de elei-
Para tauto, tivemos o a rrocho sala- que sOlllaramR$ 252 bilhões no período. ria dosjluxos decapitalfinanceiro, a çã ,não pode ceder sequer miga-
rial e a recessão dos allos 80 - pro/oll- O PlalloReal acmtuou aillda mais 1I0ssa jlexibilizaçãodas nom.as aduaneiras- lhas. Não pode desagradar uma de
gada! até oS dias atuais - reduzilldo as dependência extema. A abertura comerci- como ofUllâollamen/oem tempo par- suas b'lSes eleitoraIS, seus agricul-
aI e a venda de empresas nacionais a es- cial da adualla ea dispellSa de visita da tores subsidiados. Os "democra-
110ssas l1eceúidades de imporração e
tas", por sua vez, neste momentO
desvia lido a produção illterna para as trallgeirosdobraram 1I0ssasimportações de fIScalização às embarcações estrangei-
nã.o estão muito Interessados em
exportações. Outra cOllSeqiiêl1ciadessa matérias-primas e bellS decapitai. E tam- ras, aprovadaspela recente Lei 10.833/
falar da A1ca, quando vários seto-
âllSia exportadorafoi a opção porum bém triplicaram as remessas de lucros para 2003 -, ea reforma da Previdêltcia. res - especialmente os sindicatos-
modelo agrícola exc1udellle, qlleorim- o exterior. errl,"maAlca seroeao país, seja estão reclamando do desemprego
tou a pesquisa,fitlatuiamentos e, pritl- Tamanha dependêllcia fina,ueira de- Liglrt, À La Carte, em "2pisos" 011 "3 causado pelo Nafta.
âpalmellle, as terras às gralldes correllledo endividamelllo '105 toma alta- trilhos", tal como votaram mais de 10 Mas uns e outros, depois das
mo nOClllturas de exportação, gera ,rdo o mente vulneráveis a mecanismos nefastos milhões de brasileiros qlle participa- eleIções, voltarão à carga e não é
êxodo rural, a concetltraçãoaitlda mai- como a proposta da Alca.lrifelizlllellte, ao ram do Plebisâto Naciol1al, em 2002. descartado que possam ceder mi-
ordas propriedades rurais eo cresci- invés de reverter esse processo, ogovemo AAlca provocará perda de soberallia e galhas em troca da recolonização
mmto da violência no campo. Nesse Lula mantém a orimtação dosgovemos perpetuará a atual polítú:a dedepel1- completa do Brasil.
Ó a mobilização dos trabalha-
contexto, a agricultura familiar, apesar al1teriores IlegoâalllJoAlIa, lta il1tençãode dêlUia extema, mdividamel1to, ajuste
dores e explorados do continente
de mais produtiva, mais empregadora e vender aos E UA 110SSoSprodutos agrícolas. fiscal e desemprego.
contra O imperialismo e os gover-
eco/ogú:amel1tesus(eI1tável, Il/llua me- Para isso, teremos defazercaras Cotues-
nos pró-imperialistas, como o de
receu oapoiodosgovemos. Assim, lIão sões, confonneafirmou o represetltantede Lula, podem derrotar a A1ca.
* Maria Lúcia Fattortlli i auditora
é de seespal1tarque 110550 país, capaz comércio norte-americano, Robert fiscal da Receita Federal,presidente da Por isso, a hora é de retomar
de colher mais de 100 milhões de tOl1e- Zoellick: "Somentegal1hará maisqllem Unafisco Nacional t coordenadora da com força a campanha. No mês de
ladas de grãos em lima IÍnica safra, ceder mais". Seg'//Ido ojomal Valor Eco- Auditoria Cidadã da Dívida pela Cam- março devem ocorrer plenárias nos
aillda esteja implemmtalldo progra- nômico de 02/02/2004, dois defevereiro, panhaJubileu Sul estados c, nos dias 14 e 15 de abril,
a Plenária Nacional da Campanha.

OP'NIAO SOCIALISTA
I MARXISMO I NOVO PARTIDO I
LIVRO

Do caráter libertário do Esquerda


Socialista e
trabalho ao estranhamento Democrática
apela ao veto
conta deste baixo desenvolvimento, foi coletiva, como no comunismo pri-
LENE LOBO,
especial para o Opinião Socialista porque não havia abundância é que mitivo) e aos trabalhadores cabe a em plenária
houve a necessidade da designação da
herança da produção - para o (a) filho
execução.
no Rio de
empre se ouve que o que
nos distingüe dos animais é
(a) - deixando de ser comunal o pro- Janeiro
duto do trabalho e passando a ser
racionalidade, capacidade
de pensar. No entanto, a privado. É necessário saber quem é o Mas a divisão social do trabalho
pai, por isso, as relações sexuais CQlne- produz mais que mercadorias, produz ANDRÉ FREIRE,
história de que a idéia pri-
çam a se restringir até atingir a tnono- o que se denomina de estranhamento; do Riode Janeiro (RJ)
ma sobre o fazer não é bem a verdade
gamia que conhecemos atualmente. É que é o não reconhecimento daquilo
da própria constituição da Humanida-
nesse processo que se desenvolve a que se produz pelo trabalhador. Isto A Esquerda Socialista e
de. A realidade nos mostra que nossa
capacidade de raciocínio - para utili- propriedade privada e, concomitante- porque a produção é planejada por Democrática (ESO) promo-
zar um termo comum - é oriunda da mente, a passagem do matriarcado quem não trabalha, pelo capitalista; e veu duas atividades sobre o
para o patriarcado na perspectiva de se não pelo trabalhador, transformado novo partido no Rio de Ja-
necessi~ade prática, portanto, da rea-
conhecer o(a) filho(a) e deixar para em mero executor. Mas não participar neiro, nos quais ficou claro o
lidade. E uma dada situação real, um
ele(a) a herança. A estas distintas ma- efetivamente do planejamento é o conteúdo anti-democrático
problema, que nos faz refletir (pré-
idear) objetivando alcançar uma solu- neiras de como os homens em dife- aspecto final. O trabalhador sequer deste movimento.
ção prátiea. Na verdade, este é mais
rentes épocas construíam, através do pode escolher as melhores ferramen- No dia 12 de março, hou-
trabalho, urna forma de sobrevivên- tas com as quais deve trabalhar. Além ve um ato com a presença de
um aspecto ideológico que a burgue-
cia, pode-se denominar, bastante ge- disso, é explorado duplamente por- Heloísa Helena, Babá,
sia insiste em incutir na cabeça dos
trabalhadores e que vai desembocar nericamente, de modo de produção. que o capitalista não paga todo O tem- Luciana Genro e João Fon-
em ditados populares que nos dão a po de trabalho, mas apenas uma parte tes, na UERJ, que contou
idéia de que só é preciso pensar para do tempo que o trabalhador despende com a presença de cerca de
que a mudança aconteça. Como sabe-
A DIVISÃO SOCIAL DO na produção - o que se denomina de 300 pessoas. Durante o even-
mais-valia (tempo de trabalho não-
mos: s6 a luta muda a vida, isto signi- TRABALHO PRODUZ pago). O tempo trabalhado também
to, os agrupamentos que com-
fica: ação consciente. põe a ESD tentaram impedir
A capacidade de transformar a na- MAIS QUE MERCADO- sofre intensificação, isto significa: au- a fala de um companheiro do
tureza e retransformar-se neste infini- mento de produção, em princípio, PSTU, a qual, no entanto,
RIAS, PRODUZ O QUE sem aumentar a jornada de trabalho.
to processo é, portanto, oriunda de foi garantida devido a pres-
uma necessidade real e não imaginá- SE DENOMINA DE O trabalhador é obrigado a produzir são do plenário.
ria. E o ato de transformação que nos mais no mesmo tempo sem, no entan- No dia 13 de março, ocor-
distingiie, de fato, dos demais ani- ESTRANHAMENTO; to, receber sequer por aquilo que reu um seminário, convoca-
produzia antes da intensificação. E
mais, não é outro, senão o trabalho. QUE É O NÃO RECO- mesmo que recebesse, a exploração e
do para discutir a proposta de
Desde que uma dada espécie de um novo partido e contou
primata viu-se forçada a descer das NHECIMENTO DAQUILO o estranhamento não acabariam. Um
com a participação de cerca
copas das árvores em busca de alimen- trabalhador assalariado, que depende
de 60 pessoas. Neste evento,
tos - pois, em função de mudanças
QUE SE PRODUZ PELO do salário, não deixa de ser trabalha-
os companheiros da ESD fo-
dor estranhado só porque seu salário é
climáticas havia diminuído a quanti- TRABALHADOR maior que o de outro trabalhador.
ram mais adiante na sua atitu-
dade de frutos e muitas vezes mesmo de anti-democrática e impe-
chegado-se a escassez; pois bem, des- O estranhamento não está presente
diram a entrada no auditório
somente no ambiente de trabalho,
de este momento em que os macacos de militantes do PSTU, do
têm de ir ao chão buscar sua fonte de mas em todas as esferas da sociedade.
Cada modo de produção corres- Os capitalistas produziram um mundo Reage PTe de independentes.
sobrevivência; desde que um pedaço Este fato, inclusive, gerou a
ponde a um dado estágio de desen- estranho, inclusive, para eles próprios
de tronco transforma-se em ferramenta estranha e inusitada presença
de defesa e em extensão, do que será, volvimento da humanidade - nem que precisam viver em redomas de
sempre significando evolução contí- segurança. O estranhamento reverte o de seguranças da universida-
um braço para buscar alimentos: a de, que permaneceram por
transformação do macaco em homem nua. Das formas pré-capitalistas até o papel fundante do trabalho; o papel
feudalismo, pautado na propriedade da humanização e o caráter libertário um longo tempo no local.
está iniciada. O caráter libertário do Estas atividades no Rio de
trabalho não se estanca neste momen- da terra, decorrem mais de dois mil e, ao contrário, de propiciar uma mai-
anos. No entanto, as forças produtivas or humanização e prazer e ser o con- Janeiro demonstram, por um
to inicial. Há um processo de homini- lado, o fracasso da política de
- gênese do próprio desenvolvimento dutor do estímulo à virtuose; o traba-
zação e também humanização, pois, exclusão da ESO e, por ou-
ao afastar-se da condição animal co- do Homem e das técnicas necessárias lho é transformado em fardo, em ele-
para transformação da natureza e de mento de sufocação. Sob o modo de tro, que é urgente a derrota
meçávamos a nos hominizar e humani- dos vetos e pré-condições
zar. Hominizar porque passávamos a sua própria retransformação - ainda produção capitalista o trabalho trans-
apresentam-se abaixo das reais neces- forma-se em emprego, em venda de para que se garanta um movi-
utilizar mais as mãos e começávamos a
sidades da humanidade. força de trabalho, em troca de salário mento unitário e democráti-
manter a coluna ereta num processo
Ocorre que há aproximadamente - "coisas" que não têm nenhuma rela- co por um novo partido.
gradual até nos consolidarmos como
500 anos, um tempo ínfimo na di- ção com: humanização, prazer e afini- Enquanto perdemos tem-
seres bípedes. E humanizar porque
mensão de história da construção da dade com aquilo que se produz. po em discutir critérios de
nos afastávamos das condições anima-
humanidade, um fato inédito aos pou- Somente quebrando a divisão so- participação em plenárias,
lescas, desenvolvendo capacidades de
cos vai tomando corpo. Pela primeira cial do trabalho pode-se romper com centenas de ativistas estão se
transformação cada vez menos instin-
vez, uma classe domina as ferramentas a exploração, tornando a produção afastando das atividades de
tivas, desenvolvendo a linguagem, ela-
para o trabalho; e a outra a sua força de racionalizada, segundo a verdadeira construção de um novo par-
borando - sempre a partir da necessi-
trabalho. Os primeiros são os burgue- necessidade dos trabalhadores e não tido. Develnos realizar ativi-
dade material - mecanismos mais so-
ses (capitalistas); os outros - aqueles de acordo com a necessidade do mer- dades unitárias que hierar-
fisticados de vida em grupo.
que constroem a riqueza - e que ven- cado irracional que queima alimen- quizem os debates políticos e
Neste estágio de desenvolvimento,
dem a força de trabalho: somos nós, os tos, destrói roupas e leva cada vez mais programáticos, a intervenção
a humanidade vivia sob a égide do
matriarcado; o que significava que trabalhadores. Aos capitalistas cabe o os trabalhadores a algo abaixo da linha conjunta nas atividades do
toda a produção era comunal. Todos planejamento (a pré-ideação que já da dignidade. movimento e que discutam
caçavam, pescavam ou produziam ali- que projeto de partido deve-
mentos, ferramentas e roupas para
todos. E também que as relações de
= 1 mos construir no Brasil.
O PSTU e os demais agru-
reprodução sexual não eram restritas a • DICIONÁRIO DO PENSAMENTO MARXISTA pamentos que compõem °
um casal; um homem e uma mulher. Editado por Tom Bottomore . 1988·· Jorge Zahar Editor Movimento por um Novo Partido
Eram amplas. Assim se denomina o Socialista (MNPS) concordam
• O PAPEL DO TRABALHO NA TRANSFORMAÇÃO DO MACACO EM HOMEM
comunismo primitivo, que continha em realizar atividades deste
Friedrich Engels . Global Editora . Coleção Universidade Popular - 1982
um elemento desagregador; o baixo tipo em todo o país. Com a
desenvolvimento das forças produti- • O HOMEM COMO SER QUE FABRICA UTENSluos palavra os companheiros da
Kenneth Oaxley . Global Editora . Coleção Universidade Popular - 1982 Esquerda Socialista e Demo-
vas (Homem, terra e técnica). E por
crática!

• Ano IX • De 17 a 30/0312004
MUlHERES

..,.
8 DE MARÇO E Dogville, O
mundo cão
MARCAD P A
-
DINAMARCA/EUA, 2003
DIREÇÃO:

DESPOLITIZAÇAO
LARS VON TRIER
COM NICOLE KIDMAN
FOTO E PAUL BETTANV
VALERIQ
PAI"A

ANA MINUTTI,
da Secretaria Nacional
de Mulheres do PSTU

m todo O país, os atos do B


de março - Dia Internaci-
onal das Mulheres - fo-
ram pequenos c marcados
pela despolitlzação, sendo
que em algumas capuais - como
Belo Horizonte (MG) não houve
sequer unu manifestação. Isto por-
que, em sua maIOria, as entidades
feministas são dirigidas porapoiadoras
do governo Lula - particularmente Mais que uma ousadia na
mi1Jtantes do PT e do PCdoB. forma cinematográfica,
mais que uma crítica à "era
Em São Paulo (SP), onde um ato
Bush", DogviLle,o novo filo
rcOmu cerca de mil pessoas, a deputa- me do diretor dinamar-
do PSTU no alo em Sr'Io Paulo
da estadual Ana Martins (PCdoB), quense Lars Von Trier. é
insistiu em puxar uma salva de pãlmas Na maioria dos estados, o centro das ·poder". Ficou explícitO o objetivo de uma metáfora da socieda-
para o presidente Lula. Isto porque atiVIdades promovidas pela CUT foi a promover as candidaturas como a de de capitalista, de suas lns·
tituições e de sua hipocri·
Ana Luiza Figueiredo, do PSTU c do defesa da participação das mulheres no Marta Suplicy, em São Paulo, e de Fáti- sia. Em cartaz em poucos
SindICato do Judiciário de São Paulo, ma Bezerra, em Natal (RN) .• cinemas, mas em breve nas
relacionou o agravamento da situação Locadoras, é imperdível.
das mulheres às reformas neoliberais
do governo. Durante a passeata, cen-
Dois atos em Natal As primeiras cenas já pro-
duzem um choque na pla-
tenas de companheiras foram impedi- deputada federal Fátima Bezerra (PT), téia: o filme se passa num
ROSÁRIA FERNANDES, palco sem cenários; casas
das pela polícia de se solidarizar aos de Natal (RN) candidata à Prefeitura.
e ruas da fictícia cidade
Trabalhadores Sem Teto. Como tam- No dia scgUlJltC, "inconformadas"
de DogviUe sào apenas in-
bém tentaram impedltque discurssas- Em Natal (RN), o PSTU partici- com a divulgação da mais pura verda- sinuadas por desenhos de
sem antes do show promovido pela pou ativamente da coordenação que de, as demais organizadoras do ato se fita crepe no chão e pou-
CUT, no final da passeata. organizou as atividades do 8 de mar- deram ao absurdo trabalho de apagar cos objetos são coloca-
ço, com representantes do PT, do - com corretor de texto - a sigla do dos para identificar cômo-
No interior do estado, ocorreram dos. Essa forma estranha,
PCdoB, da CUT, ·do MST, do P TU em todos os panfleros do dia 8
atos em Bauru, Campmas e em São que elimina as paredes,
Fórum Estadual e da Marcha Mun- e mandaram oficios para as entidades
José dos Campos, onde o PSTU e apresenta a vila onde
dial de Mulheres. Contudo, no dia 8, mformando que o PSTU haVIa SIdo Grace (Nicole Kidman) vai
participantes de uma ocupação urbana
o partIdo foi ImpedIdo de paroclpar. oficialmente ex"Pulso das atividades. parar. fugindo da policia e
convocaram uma passeata.
A atitude autonrária foi devido à O partido não se curvou c, com de gãngsteres. Ninguém
Em Porto Alegre (RS), no aro con- partiCIpação do PSTU em uma pan- companheiras do Sindicato da Saúde sabe o motivo de sua fuga,
vocado por diversas entidades, as re- fletagem na fábnca Alpagartas. O e do Celutas, orgamzou uma passeata, nem seu passado.
presentantes de partidos foram proi- panfleto, da Coordenação Estadual denuncIando o governo e os métodos usados Nesta vila, vivem figuras
bidas de falar no carro de som. de Lutas (Celutas), trazia foros dos paratentarcalarosque serebelam. humanas simbólicas que a
Também aconteceram atos em princípio são amáveis com
parlamentares que vOtaram pela re- Quanto ao ato governista, houve
a estrangeira, mas, em
Belém (PA), Fortaleza (CE), Teresina forma da Previdência, entre eles, a festa e shows, e nenhuma política. poucos dias, transformam
(PI) e no Rio de Janeiro (RJ). essa amabilidade em ex-
ploração, exigindo, em tro·
ca do favor de escondê·la,
que Grace trabalhe mais
NEGROS E NEGRAS I por menos dinheiro.
Da exploração do trabalho

21 de março: Dia de Denúncia do Racismo .


da estrangeira, os habi-
tantes partem para sua
opressão como mulher em
uma impactante cena de
WILSON H. SILVA,
abenamente segregacionistas. Contu- Oriente Médio, a "questão racial" é fator estupro. O filme ainda
da Secretaria Nacional de do, estamos longe de poder afirmar que determinante para a superexploração de apresenta metáforas de
Negros e Negras do PSTU o racismo já não promove "massacres" trabalhadores e jovens. muitos elementos da soci-
mundo afora. Muito pelo contrário. Por isso mesmo, a principal lição que edade, desmascarando-os.
haperville, África do Sul, Q "mocinho" Tom (Paul
Foram apenas os métodos de repressão, podemos tirar do "21 de março" é que o Berrany) é a melhor re-
21 de março de 1960: Vinte opressão e extermínio que mudaram. combate ao racismo s6 pode ser coerente presentação do Estado.
mil negros protestavam con- Apenas para citar o exemplo da Áfri- e vitoriosa se for feita em aliança com a Numa vila sem nenhuma
tra a lei do apartheid que os ca do Sul, basta lembrar que, em 2003, luta pela derrota de seu principal agente: instituição formal, ele con-
obrigava a portar cartões de 11% da população (cerca de 4,7 milhões trola todos, sutilmente. Os
o capitalismo e todos aqueles que se
identificação. O exército atirou sobre comerciantes da são ex-
de pessoas) estava infectada pelo vírus curvem aos seus desmandos. postos em sua ganância.
a multidão, resultando na morte de 67 da Aids. O desemprego e a forne ainda Uma família, com mãe, pai
pessoas e em 186 feridos. O massacre matam milhões de negros, que conti- e sete filhos descortina as
causou repúdio mundial, fazendo com ORGANIZE UM DEBATE NA mazelas das relações fami-
nuam "separados" da minoria branca.
SEDE OU EM SUA ENTIDADE liares e da educação. A
que a data fosse declarada Dia In/emo- Esta, por sua vez, segue com o que há
cional de Combare e Dentíncia ao Racismo. Dois filmes auxiliam no debate sobre o Igreja possui um sino que
de melhor, agora de braços dados com racismo e a história da Áfricado Sul. l.m conta o ritmo da cidade,
No outro lado do mundo, nos uma "elite" negra corrupta. mas não tem padre.
Grito de Liberdade (1987) baseia-se na
Estados Unidos, no decorrer da mes- Este foi o resultado da traição das história de Steve Bikoe de um jornalista A família, a Igreja, a Justi-
ma década, manifestações contra a lideranças sul-africanas, como Nelson branco, Donald Woods, que conseguiu -ça, o Estado, os bandidos,
legislação que impedia que negros e Mandela e o CNA, que optaram por fugir da África do Sul com os escritos do tudo é alvo de crítica. A
brancos freqüentassem desde as mes- governar com a ehte branca, mantendo ativista negro, assassinado em 1977. Sorafina principal metáfora é a pró-
mas escolas até os mesmos banheiros (1992) é um curioso (e irregular) filme, pria cidade. A falta de pa-
intacta a estrutura capitalista do país. redes demonstra a maior
eram violentamente reprimidas. estrelado pela atriz WhoopiGoldberg,que
Com hIstórias diferentes, negros, ne- das verdades: toda a sor·
conta, na forma de um musical. a história
Passados 44 anos, o apartheid já não gras e membros de etnias não-brancas didez é exposta, mas todo
de um massacre de centenas de estudan·
existe na África do Sul, como também vivem situações semelhantes. Seja na tes negros, em 5oweto, em 1976. mundo finge que não vê.
são raros os países em que existem leis Europa, nas Américas, na Ásia ou no (VARA FERNANDES SOUZA)

OPINIÃO SOCIALISTA
-
MOVIMENTO

LUTA DA FLAKEPET NAO TERMINOU


Após a reintegração de posse da equipamentos. A expectativa é voltar para a
fábrica Flakepet, a luta não termi- fábrica. O patrão disse que pretende retomar
nou. Desalojados pela PM e sem a produção com 111110 média de 40 trabalha-
emprego, os funcionários acampa- dores. A maioria ficaria defora. Questiona-
ram em frente à fábrica, em Itapevi do, ele disse lfissoa gente discute na justiça".
(SP), e ainda buscam o seu controle.
O Opinião Socialista conversou Qual era a situação dos trabalhado-
com Everaldo Duarte, do Sindicato res antes da ocupação?
dos Químicos Unificados da região José Carlos Santos: Em outubro, o
de Osasco eJosé Carlos Santos, tra- patrãochegolll/a fábrica e dissepragente voltar
balhador dafábrica. pro casa eficar 10 dias sem trabalhar, pois a
empresa estava com di.ficuldades;já estávamqs
com salários e o décimo terceiro atrasados.
POR VARA FERNANDES,
Avisamos ao siudicato, que está conosco até
Opinião Socialista - Como foi feita a hoje, e em dezembro uma assembléia decidiu
reintegração de posse? EVERALDO {no microfone). José Carlos e Reinaldo Domiciano. trabalhadores da Ffal<epet. falam ocupar afábrica. Ocupamos por três meses.
sobre sua Juta no Encontro Sindical Nacional
Everaldo Duarte: Ficalllos sabendo da
reintegração 110dia anterior, através do dmlO, Everaldo: Duraute a ocupação estáva- Qual é a situação atual?
Maudcio Nagucllti. Tentamos cassara limi- mos produzindo, precariamente, mas está- A expectativa dos trabalhadores é José Carlos: Estão todos passaI/do difi-
flor, mas Hão conseguimos. A reiHtegração foi vamos tocando a produção. Agora está tudo retomar o controle da fábrica? culdades, são poucos os que comeguemfazer
feita de lIladrugada pelo batalhão dechoqlle. parado. Não temos como garantiroslIstetlto. Everaldo: O sindicato cOtlseguiu o ar- algum bico e estamos dependendo de doações.
Fizemos Lima assembléia e decidimos acalll- Da produção que tínhamos, parte era desti- restode bens. Hoje, toda afábrica estdarrestada, A preftita esteve najábn'ca eprometeu muitas
par ellljre/tle afábrica. fiada à compra de matéria-prima eo restante ou seja, a serviço do pagamento das dívidas coisas, mas não cumpriu. Pedimos para ela
dividido em salários. Hoje todo recurso que trabalhistas. Foi Lima vitória, pois fzossa nlllllicipalizar a empresa e ela disse que era
Como oacampamentoéorganizado? conseguimos é pra mantero acampamento. preocupação era que o patrão sumisse com os impossível. Mutlicipalizar sen'a umajôrma
da empresa quitaras dívidas que tun.

Governador gaúcho encaminha Perseguição


no Cariri
reforma da Previdência Os funcionários e docentes da Univer-
sidade Regional do Cariri, no Ceará,
estão com um abaixo-assinado contra a
para o sistema de saúde geral. tentativa da reitoria de retirar o espa-
A posição do MES é muito importan-
ALTEMIR COZER, ço do sindicato dos docentes e trans·
Toda a bancada do PT na Assem- te, pois além de ser a ala esquerda. é ferir o professor Emmanoel Lima. "Re-
de Porto Alegre (RS)
bléia está a favor pela aprovação da parte significativa do sindicato. pudiamos estes atos arbitrórios, pois
reforma em Brasília. No movimento Questionadas sobre sua posição, as em tadas as instituições públicas de
governador do Rio Gran- dos servidores, a maioria de entidades companheiras justificam que como ensino superior do país, os sindicatos
apóia o governo. Destes se esperava perdemos em Brasília não tem como docentes (. .. ) convivem nos espaços
de do Sul, Germano Ri-
muito pouco, porém, do CPERS/Sin- barrar no Estado. Perguntamos ascom- das universidades e dirigentes sin-
gotto (PMDB), encami- dicais são inamoviveis", diz o texto.
nhou à Assembléia Legis- dicato - esperava-se outra postura. panheiras também se por acaso a hoje
Nos fóruns do CPERS, os militan- deputada federal Luciana Genro esti- (FÁBIOJOSÉ,diretor do Sindurcae ve-
lativa O projeto de reforma readordo PSTUem Juazeirodo Norte)
da Previdência para O Estado. O pro- tes do PSTU apresentaram a proposta vesse no parlamento gaúcho votaria
de uma campanha contrária à aprova- contra como fez em Brasília, ou apre-
jeto, que deve ser votado até o final do
ção do projeto. Não foi aprovada. A sentaria e.mendas? Pela posição da cor- .
Greve na Paraíba
mês de março, pretende implementar
maioria da diteção (Articulação Sindical e rente no CPERS. a deputada apresen- Os servidoresmunicipaisde Santa Rita
um duro ataque aos direitos dos servi-
Democracia Socialista) decidiu apenas taria emendas e votaria no projeto. (PB) estão em greve desde 18 de
dores estaduais e privatizar a Previ- fevereiro, com 90%de adesão, enfren-
dência. Se aprovado, de imediato ha- "apresentar emendas" ao projeto. Isso é um grave erro. Na nossa opi- tando a Prefeitura do PMDB.
verá um confisco salarial de 3, I %. nião, as companheiras do MES devem
O Sindicato quer a reposição de per-
A reforma proposta abre caminho PO IÇÃO DOS RADICAIS rever sua posição, chamar a luta para das dos últimos dnco anos, que che~
para o desmonte de uma das principais O MES (Movimento Esquerda Socialis- derrotar este projeto e exigir que os ga a 79,5%.A Prefeitura diz que não
conquistas dos servidores gaúchos, o ta, corrente da deputada Luciana Gen- deputados comprometidos com os ser- pode atender às reivindicações mas,
Instituto de Previdência do Estado ro) não só votou junto com a diretoria vidores votem contra a proposta, de- nos últimos cinco anos, aumentou em
sencadeando uma campanha pública 630%a arrecadação de impostos.
(IPE). O Instituto atende 875 mil servi- como foi a corrente que esteve na
dores e dependentes e é fundamental linha de frente da defesa da proposta. diferente da maioria do CPERS. (ANTONIO RADICAl)

JUVENTUDE

Estudantes do CEFET exigem Tarso Genro é vaiado por


o passe-livre à Marta Suplicy estudantes em Curitiba
RICARDO BORGES ANDES

No ano pàssado, depois da fantástica mobilização em Salvador Oministroda Edu·


contra o aumento da tarifa do transporte - o "Agosto do Buzu" ., cação Tarso Gen- li
em diversas cidades foram organizados atos contra o aumento de ro foi vaiado pela UNIVER"IDADE
passagens e pelo passe-lívre. maioria dos 1.200 r",;~'••.
E os protestos continuam em 2004. Em São Paulo, no dia 12, 300 estudantes que
estudantes do CEFETrealizaram uma manifestação pelo passe-livre, estiveram presen-
aproveitando a visita surpresa da prefeita Marta Suplicy (PT) à tes na UFPR(Uni·
escola. Repetiram-se as cenas do começo do ano, quando a versidade Federal
prefeita foi visitar moradores atingidos pelas enchentes. Desta vez, do Paraná) para a
Marta teve de ouvir de perto o descontentamento dos estudantes aula inaugural do
e teve a desfaçatez de sugerir que os alunos do Cefet pedissem o ano letivo de 2004.
passe-livre na Secretaria de Transportes. O ministro fez cri-
As atividades do comitê da campanha serão reiniciadas, provavelmen- ticas ao relatório que sugere a cobrança de ex-alunos, mas
te, com a organização de uma jornada de lutas dos estudantes reafirmou a intenção de realizar a reforma Universitária.
secundaristas (ao contrário do que a UBESvem fazendo). Um'grande Ele informou que a proposta será enviada ao Congresso
ato será convocado para denunciar a máfia do transporte público e mrlitante do PSTU e do Nacional em novembro, após as eleições municipais.
arrancar de seus lucros o passe-livre. A campanha defenderá ainda a MRS. cobra o passe-livre ~ Marta. Reproduçc!lo do Militantes do PSTU participaram do evento e criticaram a
estatização das empresas de ônibus sob controle dos trabalhadores. jornal Folha de S. Paulo. do dia 13 de fevereiro posição do ministro.

- Ano IX • De 17 a 30/0312004
CORREIO INTERNACIONAL

-AOS
PUBLICAÇÃO DA LIGA INTERNACIONAL DOS TRABALHADORES - QUARTA INTERNACIONAL -WWW.L1TCI.ORG

HAITI: AS DE WA HI GTO
E E
INSATISFAÇÃO COM MISÉRIA E AAPLlCAÇÃO DOS PLANOS DO FMI DÁ UMA FACE DE
REVOLTA POPULAR A UM GOLPE SEMELHANTE AO QUE FRACASSOU NA VENEZUELA

nserida em um convulsionado contexto lati-


no-americano, que nos últimos anos resul-
tou em processos revolucionários que derru-
baram governos na Argentina, Bolívia, Equa-
dor e Peru, a derrocada de Jean-Bertrand
Aristide no Haiti pode gerar confusões sobre seu
verdadeiro significado. Acreditamos que os recen-
tes acontecimentos no Haiti não se trataramde um
processo revolucionário, mas sim o contrário. Foi
fundamentalmente um duro choque entre duas
frações burguesas, ambas pró-imperialistas, dispu-
tando o controle sobre o aparelho de Estado haitiano.
O imperialismo ianque, que inicialmente respal-
dava Aristide, mudou sua posição diante do curso
que tomava a guerra civil, passando a apoiar a
oposição. Esta, por sua vez, demonstrou seu caráter
claramente pró-imperialista desde o início dos
enfrentamentos ao lançar uma campanha solicitan-
do a "intervenção estrangeira", quer dizer, dos
EUA. Além disso, uma vez com Aristide fora do
govern'o, e iniciada a invasão de soldados norte-
atnericanos, que o seqüestraram e o tiraram do país,
as forças que agora compõem O governo do Haiti
estão completamente submetidas às ordens do
governo Bush e de seus soldados.
No entanto, é necessário reconhecer que a luta
popular que se desenvolve arualmente na América
Latina cria impactos sobre o Haiti. Toda a luta
contra Aristide seguramente estava apoiada no
descontentamento popular. Contudo, esses fato-
res apenas completam a definição central sobre o
que acontece no país.

d
dos uv lier de
Para entender os recentes acontecimentos no
Haiti, é fundamental partir de dois fatos centrais. O
primeiro é que o Haiti é o país mais pobre do uma imensa fortun essoal.Alguns dos principais Depois de vários governos interinos, em 1990
continente americano e UtTIdos mais pobres do instrumentos de repressão do regime foram os foram realizadas as primeiras eleições livres. Aristide,
mundo, com níveis econômicos e sociais similares famosos Tomou Macoutes, UtTIaguarda paramilitar que havia fundado o movimento Lavala, derrotou
aos países mais miseráveis da África. O segundo é que perseguia, torturava e assassinava todos os que Marc Bazin, ex-funcionário do Banco Mundial e
que, como o conjunto da América Central e da faziam oposição ao regime. Para aumentar o te- candidato apoiado pelos EUA. No entanto, após
região do Caribe, o Haiti é considerado pelo mor da população, muitas vezes a ditadura utiliza- nove meses, Aristide foi derrubado por um golpe
imperialismo norte-americano como a parte mais va-se de fatos curiosos, como determinadas práti- militar encabeçado pelo general Raoul Cedras,
próxima de seu "quintal", com direito a nomear e cas e símbolos do vudu, um culto afro-americano apoiado pelo imperialismo norte-americano.
derrubar governos quando considera necessário amplamente difundido pelo país. A política econômica de Cedras acentuou até as
(v/!rquadro hist6rico). Não é casual que durante todo Em 1971, depois da morte de Papa Doc, seu últimas conseqüências os índices intoleráveis de
o século XX o imperialismo tenha promovido filho, Jean-Claude, conhecido por Baby Doc, miséria do povo haitiano. Isto não só reavivou a luta
invasões e ocupações militares em países da região, assumiu o controle da ditadura militar. Sem o popular como obrigou a população a fugir do país
como Guatemala, Nicarágua, Panamá, República carisma e o peso polftico de seu pai, as coisas como "balseiros", que tentavam desesperadamente
Dominicana e o próprio Haiti. começaram a se complicar para Baby Doc. Na entrar nos EUA através do estado da Flórida.
Em 1957, o imperialismo impõs o governo de década de 1980, iniciou-se um processo de luta Dentro desse cenário, em 1994, 20 mil maril1es
François Duvalier (o famoso Papa Doc) que, popular contra a ditadura culminando, em 1986, norte-americanos invadiram o país, reconduzindo
apoiando-se em uma redu,zida oligarquia, insti- com uma insurreição que depôs Baby Doc, obri- Aristide ao poder, já que Washington apostava que
tuiu um regime sangrento e ditatorial acumulando gando-o a fugir do país. ele era o único que poderia controlar a situação.

OPINIÃO SOCIALISTA
,
A PARABOLA DE ARI5TIDE
ean-Bertrand Aristide é um ex-sacerdote Como resposta, Aristide tentou garantir seu con-
católico vinculado à Teologia da Libertação. trole direto sobre as forças repressivas, particular-
Desde o início de sua vida política, quando mente, a polícia, já que o Exército havia sido
dirigia paróquias nos subúrbios da capital dissolvido pela ocupação imperialista em 1994. Mas
Porto Príncipe, Aristide ganhou muito pres- na medida em que crescia a força militar da oposi-
tígio. se convertendo em umas das figuras mais ção, o que ficou bastante evidente foi o fato de que
destacadas da luta contra a ditadura dos Duvalier. a polícia de Aristide deixou de defender as princi-
Foi com base nesse prestígio que venceu as eleições pais cidades e inclUsive a capital, passando a nego-
de 1990. Mas sua figura inspirava profunda descon- ciar seu apoio com a oposição e seus grupos para-
fiança no imperialismo norte-americano, que pre- militares. Isso explica a rapidez do avanço militar da
parou e apoiou o golpe de Raoul Cedras. oposição no país.
Dois fatos levaram à mudança na política do Finalmente, o único grupo que manteve pleno
imperialismo no país. Por um lado, como vimos, a M I EST
respaldo a Aristide foi o dos chimeres, uma organiza-
própria dinãmica da situação haitiana tornava cada nas ruas da capital do Haiti. nos ção político-militar com certa força e apoio popular
vez mais insustentável o governo de Cedras. Por dias que antecederam o a queda na periferia de Porto Príncipe. Algumas informa-
outro, Aristide havia negociado com BilI Clinton, dopresidenteNistide. ções indicam que esses grupos resistiram aos para-
AO LAO
então presidente dos EUA, sua colaboração na o ex-presidente Jean-Bertrand militares da oposição (pelos menos dez mortes
implementação de um plano econômico de acordo Nlstide, que aplicou os planos foram registradas nesses choques). Mas logo depois
com as prioridades do FMI. Aristide se transfor- neoliberais no Haiti da derrubada e seqüestro de Aristide, eles passaram
mou, então, em pivô central na implementação da à clandestinidade e ainda não está claro o que farão.
política imperialista no país. Em 1994, quem ga-
nhou as eleiçôes foi René Preval, ex-vice de Aristide, como café, tabaco e rum. Na medida em que crescia
que continuou sendo o "homem forte" do país. Em a crise interna, diminuía também o turismo, outra A "oposição civil" a Aristide estava composta por
2000, foram realizadas novas eleiçôes e Aristide fonte importante da economia do país. um arco de distintas forças. Participavam dela, por
obteve 920/0 dos votos, em meio a denúncias de Depois de três anos de governo, Aristide perdeu exemplo, setores que haviatTI enfrentado Duvalier,
fraudes que partiram de toda a oposição. quase todo seu apoio popular. Setores que antes o como o partido social-democrata de Gerard Charles;
apoiavam passaram agora a fazer oposição a seu os democrata-cristãos; a Convergência Democrática,
governo. Como expressão desse processo, em no- encabeçada por empresários como André Apaid, de
o governo de Aristide começou a ficar cada vez vembro de 2003, uma importante mobilização estu- nacionalidade norte-americana e líder do Gmpo dos
mais isolado. Devido ao COlTIpr01l1isso assumido dantil sacudiu o país e foi duramente rép'i-imida pela 184, extrematTIente vinculado ao imperialismo. A
com os EUA e o FMI, ele atuou contra os mesmos polícia. Ao mesmo tempo, com o crescimento das política que os unia era a oposição aos abusos do
setores que haviatTI votado maciçamente nele nas acusaçôes de fraude nas eleiçôes, Aristide foi per- governo Aristide e a exigência de renúncia. Mas,
duas eleições. A isto se somou tatnbém a crise dendo cada vez mais apoio de outras fraçôes burgue- desde o início, este bloco demonstrou sua estreita
econômica causada pela queda dos preços de alguns sas. Foi apenas uma questão de tempo para que estas relação com imperialismo, chegando a defender uma
dos principais produtos de exportação do país, também começassem a exigir sua renúncia. intervenção estrangeira para evitar a guerra civil.

IMPERIALISMO
-
IMPOE GOVERNO FANTOCHE
ado o curso dos aconte-
cimentos, o itnperialis-
O papel da ONU
. ..
tno lanquc pnnlClro pro- adernas definir o que acon- das dlstltltas fraçõcs armadas dos
moveu uma negociação teceu como um golpe pró- "scnhores da guerra". como tam-
entre Aristide c a oposi- i;11perialista e o governo de bém ocorreu no Afega111stão. Para
ção, apresentando fórmulas como Boniface Alexandre como evitar esse risco, não haveria remé-
a incorporação de um primeiro- um governo fantoche, mas dio senão despejar mais tropas no
ministro opositor e a antecipação isso não significa que o imperialismo país.
das eleiçôes. Mas, logo depois, ianque está acomodado com a situa- O apoio do imperialismo fran-
retirou seu apoio a Aristide pas- ção haitiana. Em meio a um ano elei- cês cumpre um papel chave, espe-
sando a defender a entrega do toral e com problemas cada vez mais cialmente, na intervenção da ONU,
poder a oposição. sérios no Iraque, o governo Bush não reivindicada pelos EUA e pelo
Os fatos ocorridos têm certa com- tem intenções de se envolver em uma novo governo. Isso daria a Bush
paração com os acontecimentos nova invasão, abrindo uma nova fren- cobertura polftica e militar através
venezuelanos, em abril de 2002. te de intervenção, arriscando a vida de dos capacetes azuis. Dessa forma re-
Ali,junto com a direita e setores da BONI CE ."-AN ,presidente da mais soldados. Porém o presidente ceberiam a colaboração de gover-
burguesia, foi impulsionada uma Suprema Corre, encabeça o novo governo ianque não teve outra saída para res- nos latino-americanos, como o de
"revolta popular" dos setores mé- O novo governo, encabeçado pelo ponder aos fatos. Diante de uma pos- Lula e do argentino Kirchner, que,
dios para encobrir um golpe con- presidente da Suprema Corte deJus- sível resistência de massas, quando não só anunciaram seu apoio a
tra-revolucionário. Mas no caso tiça, Boniface Alexandre, é clara- estas viam que nenhum de seus pro- intervenção da ONU, como tam-
da Venezuela, os trabalhadores e mente um governo fantoche do im- blemas se resolveriam, passa apostar bém ofereceram soldados para atuar
as massas responderam e derrota- perialismo. Para demonstrar a quem nas distintas organizações paramilita- como capacetes azuis. Não se trata de
ram o golpe. deve obediência, Boniface Alexan- res, como fez no Meganistão. Contu- nenhuma preocupação humanitá-
No Haiti, isso não ocorreu, pela dre, em sua posse, prestou juramen- do, o imperialismo enfrenta um risco ria com o povo haitiano, mas sim a
perda do apoio popular ao gover- to na presença dos embaixadores dos imediato: o caráter heterogêneo da intenção de ajudar Bush com a
no de Aristide, fruto de sua cola- EUA e da França. Desde então, ele oposição derivado do enfrentamento máscara da "paz".
boração com os EUA, e por sua e seu primeiro-ministro andam es-
própria atitude de chamar uma
intervenção das forças imperialis-
coltados pelas tropas norte-america-
nas, numa situação que a imprensa
FORA O IMPERIALISMO DO HAITI!
tas para defendê-lo. Os EUA cul- vem qualificando como Iprisioneiros A Liga Internacional dos Traba- Devemos exigir dos governos
minaram essa política golpista com virtuais". Todas as forças que partici- lhadores - QuartaIntemacionaI, com Lula e Kirchner que não mandem
uma invasão militar no país para param da derrubada de Aristide con- a qual o PSTU simpatiza, repudia um só soldado ao Haiti. Somente o
assegurar a derrubada de Aristide tinuam requerendo e aceitando a completamente a intervenção mili- povo haitiano tem o direito de deci-
e, também, para controlar a situa- presença das tropas imperialistas e a tar franco-americana no Haiti e exi- dir quem deve governá-lo. Confia-
ção e a oposição, agora convertida intervenção da ONU. Também ge a retirada imediata das tropas im- mos plenamente que o povo do
em governo. Essa política teve o como prova de obediência, um dos perialistas. Denunciamos também Haiti, com base nas suas velhas tradi-
pleno respaldo do imperialismo líderes militares da oposição, Guy que toda e qualquer intervenção po- çôes de luta anti-colonial, desde seu
francês (antiga metrópole colonial Phillipe, declarou aceitar a entrega lítica e militar da ONU têm como próprio nascimento como nação até
do Haiti, que apoiava os grupos das armas de seu grupo às tropas objetivo apoiar a política do imperi- a luta contra Duvalier, saberá encon-
paramilitares) e da ONU. norte-americanas. alismo ianque· e francês. trar O caminho de seu triunfo.

- Ano IX - De 17 <!I 30/0312004


CORREIO INTERNACIONAL INTERNACIONAL

LIVRO
-
Uma longa história de DECLARAÇAO DA
-
DIREÇAO NACIONAL
pilhagem e de lutas DO PSTU SOBRE OS
Haiti é o país mais pobre do
continente. DOIs'terços de sua
França lançasse uma invasão. Paris, bus-
cando recuperar sua antiga colônia, re- ATENTADOS A ESPANHA
população vive na mais abso- clama em 1814 uma compensação no
luta pobreza. Muitas famílias valor de 150 milhões de francos em
sobrevivem com menos de ouro, para indenizar os colonos. Em
um dólar por dia e a expectativa de vida 1838, a França reconhece a independên-
média da população chega a apenas 45 cia do Haiti, sobre a base da aceitação
anos. ISIO é resultado de brutal pilhagem dessa ·"dívida", agora reduzida a 90 mi-
colonial e imperialista que o país sofreu lhões de francos. Até 1883, o Haiti pagou
ao longo de sua história. História que em partes o total dessa indenização. Em
. também está marcada por lutas heróicas. 2003, Aristide lançou uma campanha
A era moderna do Haiti é inaugurada exigindo da França o reembolso dessa
por um genocídio. Em 1492, ristóvão "dívida da independência", cujo valor
Colombo descobre a ilha de La Espanola, atualizado chega a 21,6 milhões de dóla-
hoje em dia dividida entre Haiti, ao res. Obviamente, a França não pagou.
ocidente (oeste), e a República Durante o século XIX, o peso dessa
Dominicana, ao Oriente (leste). Em dívida nas finanças do Haiti, a devastação
menos de meio século, a maioria de seus das florestas e o empobrecimento do
primitivos habitantes, mais de 300 mil solo causado pela exploração excessiva
índios taínos, havia sido extermi- durante o período colonial afetaram o
nada, dizimada pela escravidão desenvolvimento da nova República nc-
nas minas de ouro, em massa- gra. Os choques internos originaram vá-
cres e epidemias. A partir dc rias guerras civis e até a divisão temporá- ATO em frente a uma das sedes do PP. o partido deAznar

A
1505, é introduzido na ilha o ria do país. Isso aprofundou O an-
nte o brutal atentado que matou 20 1pessoas e deixou
cultivo da cana de açú- tagonismo entre as massas de
ex-escravos, que sobrevi- 1.421 feridos queremos manifestar, em primeiro
car. Barcos negreiros """.,..-
•.
trazem escravos africa- viam nas zonas rurais, c a lugar, a mais completa solidariedade com todas as
nos para trabalharcm no nova burguesia oligárquica vítimas. Foi unl atentado a llITI meio de transporte
plantio. Na medida em urbana, sobretudo mestiça, usado diariamente por milhãesde trabalhadores, por
que os colonos eSIP- que enriqueceu com o co-
imigrantes e estudantes que vão para O trabalho e escolas. Gente
nhóis, frente ao esgo- mércio de café. Sucederam-
tamento das minas de se golpes de Estado, motins e humilde que mora em bairros e cidades com longa tradição de
ouro, abandonam a ilha golpes palacianos. luta operária e popular.
rumo a América do Sul, No século XX mudam os Condenamos, portanto, o atentado canalha que atingiu traba-
os franceses ocupam a protagonistas, mas não a rea- lhadores e trabalhadoras, muitos deles imigrantes. Seus autores
ilha de Tortuga, no nor- i::•••.•• lidade de pilhagem e misé-
utilizaram o método próprio dos fascistas. Esse tipo de ação, seja
te do Haiti. Em 1697, a ~ ria. Também vai emergir
Espanha aceita a sobe- como potência dominante o ela patrocinada pela direita ou por grupos terroristas islâmicos,
rania francesa nessas terras imperialismo norte-america- somente fortalece a política de guerra contra os povos de Aznar,
que, após um século, rece- no. A partir daí, a América Cen- Bush e Blair. Felizmenteo sentimento de repúdioda população
bem o nóme de Haiti. trai e o Caribe são considerados espanhola contra essa política impediu que isso acontecesse.
Graças ao cultivo da cana pelos EUA como seu "quintal".
O governo Aznar e seu partido, O PP
de açúcar, cuja importância Inicia-se, então, a política do ((Big
era similar a de petróleo Stick" (grande tacão) para de- (Partido Popular) são sustentáculos
atualmente, o Haiti se monstrar quem realmente man- na Europa, junto com Blair, da
TOUSSAINT
converte em uma das co- da. O verdadeiro significado dessa intervenção militar no lraque
lônias mais ricas do mun- LOUVERTURE, política fica evidente com a frase promovida pelo governo Bush.
do. Uma riqueza que se O ESPARTA CO de presidente Monroe uAmérica
Esses governos colocam os seus
baseava na brutal explo- NEGRO, LíDER para os americanos". Começa então
ração de mais de 500 mil uma série de invasões a distintos países na guerra e são os traba-
escravos africanos obriga- DAPRIMEIRA países da região. O Haiti foi ocu- lhadores que sofrem as conse-
dos a trabalhar de sol a REVOLUÇÃO pado pelos soldados dos EUA qüências. Eles são os verdadei-
sol em condições desu- em 1915, que lá permanecem até ros responsáveis por toda esta situ-
manas. No momento da
VITORIOSA DE 1934. Eles tomaram o controle
ação. O governo Aznar tentou tirar
Revolução Francesa, a ESCRAVOS NO da aduana e criaram exércitos
população de escravos é para defender seus interesses. De- proveito eleitoral dessa situação para fortaleceroseu candidato,
MUNDO
dez vezes maior do que a pois, em 1957, eles irão apoiar a Mariano Rajoy, escondendo e manipulando informações, como,
de brancos e de homens livres, ditadura dos Duvalier, varrida por exemplo, tentando atribuir desde O inicio a responsabilida-
majoritariamente mestiços e negros que em 1986 por uma imensa rebelião popu- de ao ETA pelos atentados. Contudo, Aznar e seu candidato
obtiveram ou compraram sua liberdade. lar. Começa assim a história recente que
amargaram uma profunda derrota eleitoral, como prova da
Quando começaram a chegar os pri- analisamos no artigo principal dessa edi-
meiros ecos da Revolução Francesa, em ção. insatisfação da população espanhola diante de sua adesão a
1789, as aspirações de liberdade se ex- Atualmente, o domfnio ianque da guerra e a ocupação do Iraque. Dias antes das eleições a
pressam na voz de Toussaint Louverture, economia haitiana é quase absoluto: 89% população protagonizou imensas passeatas sob o lema de "a
o Espanaco Negro. Sua figura domina a das importações e 65% das exportações verdade antes de votar". Protestos também foram realizadas em
história até 1804, quando o Haiti con- se realizam com os EUA. Aliado com
frente a sede nacional do PP onde manifestantes gritavam"
quista sua independência. Mais de 200 uma pequena oligarquia mestiça (menos
mil pessoas, a maior parte negros, morre- de 5% da população) e branca (pouco Nossos mortos vossa guerra" em repúdio a política deAznar. A
ram durante aquela revolução. Foi não só mais de 1%), oprimem e exploram a derrota eleitoral do PP também foi uma derrota dos governos
a pi-imeira revolução anti-colonial triun- imensa maioria negra. Nas últimas déca- imperialistas de Bush e Blair que tentam recolonizar o mundo.
fante na América Latina como, também, a das, à tradicional produção de café, rum Os votos dirigidos ao PSOE expressaram a esperança de que
primeira revolução vitoriosa de escravos e tabaco, foram agregadas também in-
O futuro governo não venha ser mais um aliado de Bush e Blair
no mundo. dústrias de vestido e de brinquedos para
Mas a economia haitiana estava em exportação, como as maquiladoras nas cha- na ocupação do Iraque. No entanto, as declarações feitas pelo
ruínas. As plantações haviam sido devas- madas "zonas livres" de Porto Prfncipe. candidato socialista,José Rodriguez Zapatero, depois de anun-
tadas e ressurgiu O antagonismo entre a Nelas as empresas multinacionais pagam ciada sua vitória eleitoral, afirmando que sua principal priorida-
maioria negra e a minoria mestiça. Te- sal<lriosde fome e ganham fortunas. de será o combate ao terrorismo,já significam que seu governo
mendo um condgio abolicionista, as Como uma amarga ironia do capitalis-
pretende manter a política de guerra contra os povos, com Bush
potências dessa época, que em sua mai- mo, uma parte destas roupas volta ao
oria não haviam abolido a escravidão, Haiti já usada, reingressadas por expres- e Blair, e não merece nenhuma confiança.
isolaram e marginalizaram a jovem Re- sas estrangeiras para vendê-Ias a preços A solidariedade com asvítimas não pode significar nenhum
pública negra. A guerra pela indepen- baixos ou como parte da hipócrita ajuda apoio a esses governos. Ao contr<lrio, precisamos rechaçar a
dência na América espanhola e uma larga humanitária do imperialismo. A maioria guerra imperialista e os governos que a patrocinam. Por isso no
série de guerras civis que sucederam dos haitianos só usa estas roupas de se-
gunda mão porque não pode comprar dia 20 de março, dia internacional de luta contra a guerra,
impediram também a unidade de ambos
os processos revolucion:irios. uma nova, nem mesmo os que traba- devemos sair às ruas para exigir o fim da ocupação imperialista
As autorid.ades haitianas temiam que a lham nas fábricas que as produzem. no Iraque e a retirada imediata das tropas.

) OPINIÃO SOCIALISTA
..
INTERNACIONAL

CH D AS C BE
CANDIDATURA DEMOCRATA CONFUNDE ELEITORES NORTE-AMERICANOS. MESMO SEM ACREDITAR NA
SOLUÇÃO DE PROBLEMAS SOCIAIS E DA CRISE NO IRAQUE, JOHN KERRY É APOSTA PARA DERROTAR BUSH

no orçamento do MedÍlare (sistema de FBleaCIA,dedissidentes,sobaalegação publicanos descontentes" e independen-


LANCE 5ELFA, seguro-saúde para idosos) começou a de estarem lutando contra o terrorismo. tes,emvezdaesquerda. E pareceu hesirar
da International Socialist Organization
(ISO). dos Estados Unidos assombrá-lo. Todosestesfatossecombi- O argumento em defesa da em colocar no centro de sua campanha
naram para fazer com que Dean afundas- "elegibilidade" está sendo utilizado para temas cruciais para a esquerda, como O
se, impulsionando a candidatura Kerry ocultar estes fatos. E parece que tem fim da ocupação do lraque ou o apoio
os dias que sucederam a
para a vitória na maioria das primárias funcionado. Pesquisas realizadas na boca ao casamento entre homossexuais.
captura de Saddam Hussein
democratas. Após perder todas as eleições de urna da primária democrata de lowa Bush pode ser vulnerável hoje, mas
no Iraque, os índices de
que disputou, Dean retirou sua candida- demonstraram que dois terços dos isto não significa que ele vá perder em
aprovação do presidente
tura em fevereiro. eleitores se opunham à guerra no lraque; novembro. Ele não começou a gastar
Bush, nas pesquisas de opi-
Apesar de ter o apoio da maioria dos no entanto, dois terços diziam que seus 200 milhões de dólares consegui-
nião, atingiraln as nuvens. Ao mesmo
dirigentes "internos" do Panido Demo- votariam em Kerry ou no senador John dos com a guerra e engordados com as
tempo, a campanha presidencial de
crata, Kerry está ganhando apenas por Edwards, dois candidatos que votaram contribuições das grandes corpora-
seu principal adversário, o senador
uma razão: conseguiu defender com êxi- pela guerra. ções. E se Kerry levar a lógica da
Democrata John Kerry, parecia que
to que ele é "elegível"; que pode derrotar Isto se reflete, em escala maior, no elegibilidade até sua conclusão,' ele
estava à beira de um colapso. No
Bush. que aconteceu em amplos setores da pode descobrir que, diante da possi-
entanto, apenas três lneses depois dis-
esquerdaedos movimentos anti-guer- bilidade de escolha entre um Bllsh e
to, o cenário é o oposto.
LHA 00 ENOR ra. Dirigentes anti-guerra fizeram ape- um Bllsh-l(~ht, os eleitores podem de-
O apoio a Bush despencou a um
"Elegibilidade" é a política devotar no los para que se vote nos democratas, cidir que o melhor é escolher o ttdemô_
pontO em que somente cerca de 40%
dos pesquisados afirmam que defini-
umellordosdoisdemônioslJ quase se tornan- mesmo que eles sejam pró-guerra, ";0já cotlhecido".
do um princípio. As pessoas não estão alegando que tirar Bush de seu gabi- É exatamente aí que a candidatura
tivamente votariam para reelegê-lo
sendo chamadas a votarem Kerryporque nete,em 2004, é um pré-requisito para de Nader poderia crescer. Apesar de
nas eleições de novembro. E Kerry,
acreditam que ele fará qualquer coisa no salvaroplanetade uma catástrofe. Prova- sua hesitação inicial em tocar em te-
hoje, está liderando a lista dos Demo-
sentido de melhorar os serviços de saúde velmente o pior exemplo seja o autor e mâs tundamentais, ele está claramente
cratas que poderão substituir Bush.
ou acabar com aguerra. Mas, sim, porque cineasta Michael Moore, que apoiou o à esquerda dos democratas e republi-
Isto depois de ganhar a maioria das
acreditam que Kerrypode derrorar Bush. candidatodo Partido Verde, Ralph Nader, canos em todos eles. Ele defende o
primárias partidárias estaduais (que
E a definição de ser alguém capaz de em2000.Eleendossouacandidaturado fim da ocupação do Iraque; Kerry
funcionam como uma eleição entre
derrotar Bush significa "algllém polilica- general Wesley Clark! quer que mais tropas sejam enviadas.
pré-candidaturas para escolher o can-
metlle tão próximo de Bllsh qllanto poss!vel, Quando Nader anunciou, em feve- Nader quer o impeachment de Bush
didato Democrata).
mascom umgrau dediferença suficiettte para reiro, que iria concorrer à presidência em por ter mentido ao país sobre a guerra;
Várias pesquisas de opinião realiza-
dar aos eleitores razões pora volarem Kerrye 2004, como independente, um grande Kerry nunca sugeriria isto. Nader apóia
das no início de fevereiro apontavam
ttãoem Busll". número de liberais o atacou. No mo- o casamento gay; Kerryé contra.
para uma vitória de Kerry sobre Bush,
Kerry, por exemplo, votou pela auto- mentoparecediftcilqueeletenhaomes- Se Nadercolocarclaramentesuacam-
em novembro.
rização para as guerras doMeganistão e mo nível de apoio que teve em 2000 (3% panha como forma de chamar atenção
O que aconteceu? A virada ocorreu
do Iraque. Ele votou a favorda desastrosa dos votos). Seu perfil político, hoje, pare- para estes temas, poderia se configurar
quando o inspetor de armas David
reforma educacional, feita por Bush em ce um pouco confuso. Em algumas de- como uma alternativa para O povo que
Kay - escolhido diretamente por
200 1. Votou a favor doAlo Patriótico dos c1arações, no iníciode sua campanha, ele está farto dos dois partidos neoliberais
Bush - relatou, em janeiro, que não
existiam armas de destruição em mas-
EUA, que legaliza a espionagem, pelo falou sobre direcionar seu apelo aos "re- dominados pelas corporações. a
sa no Iraque. IINós todos estávamos erra-
dos", declarou Kay, minando a justifi-
cativa oficial dada por Bush para ini-
ciar a guerra. Adicione-se o fato de
SAIBA MAIS
que a captura de Saddam não reduziu
a resistência à ocupação norte-ameri-
cana. De repente, a mídia dos EUA COMO FUNCIONAM AS
começou a questionar "credibilidade PRIMÁRIAS DEMOCRATAS
de Bush" investigando até mesmo ale-
gações de que Bush "escapou" do Os democratas escolhem - de 19 de
treinamento Inilitar para a Guarda Na- janeiro até 8 de julho - seu candida-
cional, durante a Guerra do Vietnã. to para as eleições presidenciais de
Enquanto Bush afundava, Kerry 2 de novembro. A escolha se dá nos
estados e cada unidade da federa-
emergia. No início do processo de
ção tem um estilo próprio. A forma
primárias, parecia que o ex-governa- pode ser por votação secreta (Pré-
dor de Vermont, Howard Dean - vias) ou aberta (Caucus). O resulta-
que fez campanha criticando a aven- do das votações indicará quantos
tura de Bush no lraque e atacou os delegados o candidato terá na con-
democratas do congresso por estarem ferência nacional do partido. Ga-
se submetendo à pauta imposta por nha o candidato que conseguir ele-
Bush - seria o homem a ser atacado. ger mais de 2.162 delegados.
Mas quando os prilneiros votos co-
AS CONTRADiÇÕES DO
meçaram a pingar, Kerry subiu ao
CANDIDATO DEMOCRATA
topo e o apoio a Dean entrou em
colapso.
GUERRA NO IRAQUE
Acandidaturade Dean implodiu
Em 2003, votou a favor da invasão
poruma série de razões. Dirigentes ao Iraque. Agora, diz que é
democratas em Washington - contra e foi enganado.
convencidos de que Bush iria
CASAMENTO HOMOSSEXUAL
tax;Í-lacomosendo "liberal de-
Em fevereiro, criticou a de·
mais" -lançaram uma pe- cisão da Suprema Corte de
sada campanha contra ele. Massachusetts legalizando o
O próprio Dean arranhou casamento homossexual. Dias
sua credibilidade (como depois, negou.
sendo alguém "anti-siste-
MURO DA VERGONHA
ma")quandocomeçouaga-
Em 2003, chamou o muro que Israel
nhar apoio de gente intima- vem construindo na Palestina de
menteligadaaocenrrodopoder, uma "borreiro para a paz". Em 2004,
comooex-vice-presidente AIGore. disse que era "legítima defesa".
Além disso, seu histórico de apoios a
fONTE: FOLHA DE S. PAULO
mediclasanti-populares,comoocorte

• Ano IX • De 17 a 30/03/2004 1
PSTU

PEÇA .JA
Editora José Luiz e Rosa Sundermann A SUA
publica livros de Trotsky e Moreno REVISTA
vos militantes revolucionários. É, prin-
MARXISMO
obsolutas. Isso é o fundamental: ser
GUSTAVO SIXEL, cipalmente, para a formação polftica trotskista hoje significa sercritiLo, indu- VIVO
da redação destes que a Editora José Luiz e Rosa si"" do próprio trotskismo".
m um perfodo cuno, qua- Sundermann publica no mês de abril O texto de Moreno vem
tro pafses da América Lati- dois livros fundamentais. acompanhado de ensaio de Valé-
na foram sacudidos por pro- O primeiro é Revoluções do Século XX, rio Arcary, dirigente do PSTU,
cessos revolucionários e. de Nahuel Moreno, fundador da Liga que apresenta conceitos para ana-
em nosso país, o governo Internacional dos Trabalhadores. Se- lisar os momentos da luta de
de Frente Popular de Lula e do PT gundo o prefácio de Ruy Braga, Mo- classes. Arcary explica termos
aplica os planos do FMI com mais reno preocupa-se em a.presentar os como época, situação, etapa, fase
intensidade do que governos burgue- processos revolucionários do século ou conjuntura - fundamentais
ses anteriores. Uma conjuntura passado com a maior clareza possível. para situar processos como o da
instigante, que traz consigo dúvidas, Trotsky, assassinado pelo stalinismo Bolfvia, por exemplo - e alena
reflexões C, acima de tudo, aumenta a em 1940, não pôde acompanhar as para o uso descuidado destas ca-
temperatura dos debates entre os 00- revoJuçôcs do pós-guerra, e Moreno, tegorias e suas conseqüências.
que panicipou pela primeira vez de O outro livro publicado, o
um Congresso da Quarta Internacio- ilPrograma de Transição" foi escrito
nal oito anos depois, em 1948, analisa há quase 70 anos, em 1938, para
estes processos neste livro. O dirigen- o Congresso de Fundação da N
tc argentino não cedeu ao perigo do Internacional. Além de comba-
dogmatismo em relação ao legado de ter a visão stalinista do socialismo
Trostky: "O marxismo preteude ser ciemí- em um s6 país, o texto apresen-
fico e a ciê"cia 1I0S emitia tava um método que contrapu-
que não exis- nha-se à defesa de reformas par- A oitava edição da revista Mar-
tem verdades ciais da social-democracia.
Trotsky desenvolve uma pla-
xismo Vivo é quase que total-
taforma de transição entre as lu- mmte dedicada à revoltlção boli-
tas mínimas e democráticas e a viaua de outubro de 2003. Além
questão do poder. Constrói uma disso, a revista também traz um
AS REVOLU- ferramenta aos revolucionários,
ÇOES DO um sistema de reivindicações
artigo sobre a resistêllciairaqtlialla
StCULO XX transitórias, para a mobilização e a se,gllltda parte da allálise de
Nahuel Moreno sistemática em direção à Revolu- James Petrassobre ogovemo Lula.
114 páginas ção Socialista. Mais atual do que
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socialista
Suplemento Especial

--
E o T o EU E 1.800 EM LUZI
FOTO MATHEUS BIRKUIT

JEFERSON CHOMA,
de Luziânia (GOl

adesão ao Encontro sur-


preendeu as expectati-
vas de todos, incluindo
os próprios organizado-
res, que esperavam reu-
nir entre 700 e 1.000 sindicalis-
tas. O auditório e, sobretudo, as
instalações da Confederação Na-
cional dos Trabalhadores na In-
dústria (CNTI) ficaram peque-
nos para abrigar as 1.800 pessoas.
As caravanas não paravam de
chegar de todo o país. Muitos
viajaram dias para chegar ao En-
contro como relata o presidente
do Sindicato dos Trabalhadores
1.764
inscritos
24
estados
da Construção Civil de Belém
(PA), Atenágoras: "Trouxemos os
companheiros de Macapá, que viaja-
Z69
Sindicatos e Federações,
ram 24 horas de navio para chegar até assim divididos:
Belém e, conosco, viajaram de ônibus MEl ALÚRGICOS 18
por mais 36 horas até chegar aqui". este desbordou, fez com que o Campos, Luiz Carlos Prates, o PROFESSORES (municipais,
Toda essa disposição se justifi- incômodo da infra-estrutura e as Mallcha. estaduais e universitários). 28
ca pela enorme expectativa dos longas e demoradas filas para al- O Encontro debateu a con- MOVIMENTO POPULAR
participantes em organizar a luta moçar e jantar fossem vistas com juntura nacional no sábado e de- (sem-teto, campo, desemprega-
contra o projeto de reforma do compreensão e camaradagem. dicou o domingo para a discus- dos, aposentados) 8
governo, aprovado no Fórum "Não podemos deixar que os direi- são das reformas e a definição dos FUNCIONALISMO (federal,
Nacional do Trabalho (FNT) e tos duramente conquistados pelos tra- encaminhamentos, definindo municipal e estadual) 101
apoiado pelas centrais sindicais, balhadores sejam retirados. A riforma um calendário de mobilização OUTRAS CATEGORIAS 11 4
inclusive pela CUT. sindical é um golpe, que prepara o que inclui os atos do 1° de Maio.
A alegria por ver no Encontro Uma Coordenação Nacional de
1O
terreno para a riforma trabalhista",
um canal para desbloquear as lu- disse o presidente do Sindicato Lutas encaminhará o Plano de Oposições Sindicais
tas contra o governo e de ver que dos Metalúrgicos de SãoJosé dos ação tirado no Encontro.

"OgO'Vernoquer destruir os "Em Macapá, aprefeitura '}1 reforma abre caminho '}1luta dos trabalhadores da '}1sreformas prejudicam
sindicatos. Lula defendia a do PT tenta instalar a para a decisão em nome dos Flakepet tem tudo a ver com nossa organização e
liberdade eautonomia catraca eletrônica. Em meio trabalhadores. É a tentativa a reforma Sindical. Se for acabam com direitos. Nossa
sindical, mas esqueceu o que a esta luta, viemos pra cá, de congelar a ocupação dos aprO'Vadada forma como o categoria vai perceber a
pregou quando era porque não podemos deixar postos de direção sindical gO'Vernoquer, a gente não necessidade de se unir ao
sindicalista" ogO'Vernodesmontar os pelos quefazem deles correia vai poder mais lutar" conjunto dos trabalh(.ulmes"
41. IH4R D4lV4 sindicatos" de transmissão dogO'Verno" ElERALDO DLARJ'F 5arge 'o H WIR SOARES,
Fedi' a~al} (.lU bUI "á u, de \lG. SwalC 10 dÚ:I Qurmlcos 4" açao dos Praças
}OROI 4, pt, d,"1 511 dicato P IúLO EDL 4RDO GOMES,
GO, TOe DF L'1Il[••ados da reglao de Osaseo de Sallla CatamlO
dos Roam!'anos do Amapá vereador do P1 en. lú"rol RJ}

"Esse encontro foi uma "O encontro é decisivo para "Cada um de nós vive um "Foi empolgante epartiu "OEncontro é um marco
grandevitória enfrentar apolítica do momento histórico: do que existia em Belém. na trajetória recente do
na campanha contra as gO'VernoLula ea política o maior encontro de OFórum pela Previdência sindicalismoporque
reformas. Em Minas esse capitulacionistada CUT. trabalhadores tornou-se um Fórum de recolocou a necessidade da
mO'Vimentoestá nas ruas e, Agora éconstruir os desde os anos 80" Lutas, reunindo 14 prática combativa eclassista
agora, sairá fortalecido" encontros estaduais" C\ F O GARCIA, sindicatos toda semana" do surgimento da CUT"
OR:\l )0 P\I\ -\ d rClurdo Sindicato do::!
\l \ O, \Il \GOF \S \NTÔ 1080SI.
Bancãnos
. _Je J [) .u 1IL:i:l li \.la r. I,;U lva \: UIJ • pr~luc::mc mo. ue rrab. da pro._ ~a UNIOESTE PR)
da Ct, T "IaclOna do Rio de Janmo Construçat ( .vil de Belém (PA
Metalurgicos de Mmas Ger 15

- Suplemento Especial Encontro Sindical Nacional


MOVIMENTO

o
REUNIDOS EM CONGRESSO NA CAPITAL BAIANA, DOCENTES DAS INSTITUiÇÕES DE ENSINO SUPERIOR DE
TODO O PAís ACENAM COM PARALISAÇÃO PARA CONTER MUDANÇAS QUE O GOVERNO PRETENDE IMPLANTAR
fOTO RICARDO BORGES I ANDES SN

CARLA LISBOA, o setor e definiu as estratégias de luta


de SalvadorlBA) que nonearão o Sindicato em 2004.
Além da discussão sobre as cotas
Três chapas
s professores das universi- para negros nas universidades, os sin- disputam eleição
dades federais poderão en- dicalistas do ANDES-SN também
trarem greve em abril. Este ,
,.-_., -
vêm discutindo a possibilidade de DAVID CAVALCANTE,
e outros temas polêmicos ..# \' desfiliação do sindicato da CUT. E Delegadoao Congressopela UFPE
foram discutidos no 23° não s6 os docentes. Com a desilusão Três chapas se apresentaram
SI (ao centro). candidato pela Chapa 3 e
Congresso Nacional do Sindicato militante do PSTU. coordena pleNtna que tiveram em um ano de governo para concorrer à eletção da direto-
Nacional dos Docentes das Institui- Lula, os servidores públicos iniciaram ria, prevista para os dias 18 e 19 de
ções de Ensino Superior (ANDES- uma discussão que pode resultar numa maio de 2004. O representante da
SN), entre os dias 4 e 9 de março. desfiliação em massa da central. Chapa 1 (Educação e Revolução),
A reforma Universitária foi o tema Além das entidades representativas Elesargumentam que a direção atual composta por militantes do PCO,
principal do encontro. Os sindicalis- dos trabalhadores e dos estudantes, os da CUT não está interessada em re- estranhamente igualou a Chapa 3
tas ressaltaram a necessidade de barrar 377 delegados, 54 observadores e os presentar o movimento sindical e ci- à chapa governista. Desconside-
as mudanças que o governo pretende dois convidados reforçaram o enten- tam como exemplo o posicionamento rou todo o hist6rico de combati-
lrnplantar no setor, as quais avaliam dimento de que a educação de quali- da direção da central na época da vidade da gestão atual. A Chapa 2
como um aprofundamento da priva- dade, pública, gratUIta, laica e social- reforma da Previdência. (Uma .'\'01'. AI/des é Possível - plural
tização e da rncrcantilização do ensi- mente referenciada é uma questão de A resolução aprovada no plenário, e de luta), composta prinCIpal-
no público supenor. Eles pretendem soberania nacional. O congresso, que por maioria, fOI abrir nos próximos mente por sllldicabsras daArrimla-
começar,já a partir do pr6ximo mês, teve como tema principal o "Superá- meses o debate na categoria sobre ção Sil/dical e PCdoB, presidida
uma greve também visando ao emba- Vit Fiscal e Déficit Soc.al: Reforma da qual deve ser a relação do ANDES- por Gil Vicente (UFSCAR), que
te com as reformas SindIcal e Traba- Educação, Privatização e Arrocho Sa- SN com a CUT, prevendo a possibi- tem um eVIdente perfil goverms-
lhista. Os docentes acham as três re- larial", debateu a elaboração de pro- lidade de um Congresso Extraordiná- ta, concentrou sua faJaem ataques
formas lesivas aos trabalhadores. postas alternativas às do governo para rio p.aradeliberar sobre o tema. velados ao PSTU e às resoluções
do Congresso, principalmente a
do não pagamento da dívida ex-
Protesto com rerna. Os agrupamentos que for-
mam a Chapa 2 defenderam a tese
tempero baiano CotlStn,iudo u"'1I.4\'('uda PO.5SÍI'f/,cujo
centrO é a negoCiação rebaixada
. 'Vatardedodid 5 demarfo, uma sexta-feira,
com O governo. A Chapa 3 (.~N-
(mil de mil pesso.,uforam tis mas de Salvadorem
DESAlllt;I/Oma e Democrática),a qual
uma marcha contra li rifonlla U"it'ersitária eem
II1tegram ,nlbtantes do PSTU, é
defesade momdia e de ul/i''ersidadepública.
formada por n"brantes do sll1di-
A marcha saiu do Palácio da Rei/oria da
calismo de esquerda combativo e
UI/iversidade Federalda Bahia (UFBA) ese-
classista e ressaltou a necessidade de
guiu pelo Celltro até a Praçada Piedade.
Com bal/deiras,faixas, carrazesegritaI/do garantir o perfil da VItOriOsagestão
anlal: combater as rcfomu.'i ncali-
palavrasdeorclt'm, sob osloga" ""ossa luta ex(~
solução. teto, l'mprego e educação OI, os mat'ifes- berais de Lula e do FMl, em defesa
tawescrit;caram a rejômra UlliL'ersitária eaftlta da U I1IvefSldadePública e Granllta
de compromL~o dogovertlo com os trabalhadores. e dos direItos dos trabalhadores.

CAMPANHA

Liberdade aos presos políticos do governo Lula


Júlio fOIameaçado de mone pelo r

tas da prisão
AMÉRICO GOMES,
Secretario de Terras da Amazônia,
de Manaus(AM)
George Tasso, foi espancado dentro
ulio César Ferraz ,do Movi- do Presídio de Segurança Máxima
mento dos Sem Teto de Luta, Puraquequara e quase pcrdeu o rim. "Faço um pedido de um re~olucionário q~1f é secretário g~r~1 ~~
e Ismael de Oliveira, do Mo- O governo Lula tenta justificar ou- MSTL. que incluam meu 11lImllde IIome lia l,sta de presos pollt'cos ,
vimento dos Sem Terra do tras prisões de lideranças, alegando ser (30/10/2003)
Amazonas, estão presos há culpa do Judiciário. Esta desculpa não
mais de 120 dias. Com eles estão cola. Estes dirigentes ocuparam um "Caro Senhor Lula,
presas mais quatro lideranças do mo- terreno do governo federal, foram pre- . Meus comp~'~leiros solicitaram que eu. escrevesse e pedisse que nos
vimento popular. sos pcla Polícia Federal e o processo ltbertasse da pnsao e dependendo de sua deCIsãosobre o assunto, desse a nás
Eles são militantes do Panido dos corre no Tribunal Federal. Foi o g0- O tratamento devido aos presos políticos. Inicialmmte queríamos destacar
Trabalhadores (PT), do Parodo De- verno Lula quem os colocou na cadeia. que aofazer esse apelo, não estamos pedindo clemência, mas exercendo um
mocrático Trabalhista (PDT) e do Par- É fundamental uma campanha nacio- direito inerente a todas as pessoas encarceradas por SIIas crmças políticas"
tido Comunista do Brasil (PCdoB). nal e internacional pcla libenação des- ("Carta abertadospresospolíticosdo estadodoAmazonas", 04/0212004)
Todos eles foram abandonados por tes companheiros que se encontram
seus parodos. em péssimas condições carcerárias. "Eu, como militante do PCdoB, companheiro de muitas lutas,jam~is
Acusados de formação de quadri- abandonaria IIem aballdonarei um companheiro em qualquer s'tuaçao,
lha, dano ao patrimônio público, ENVIE MENSAGENS PARA: mas como estava organizado e ajudando várias fatllaia~ dent:o de u.m..a
estelionato e crime ambiental, eles, na owpação de terrafederal da SuframaJui abandonado apos a minha pnsao
Ministroda Justiça
verdade, são lideranças de movimen- ela Polícia Federal. O PCdoB sabendo de mÍllha prisão me abal/donoti"
Marcia Thomas Bastos
tos sociais que ocuparam terras da Ministérioda Justiça p (Elenilson do Nascimento, militante do P doB em "CartaAberta aos
SUFRAMA: - agência do governo Fax: (61) 224-47B4 compallheirosdoBrasil edo Mundo")
federal encarregada de neg6cios e in- e-mail gabinetemj@mj.gov.br
vestimentos na Amazônia.

O"'N,Ao SOCIALISTA

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