Ano 8 nº 45 Outubro/Novembro 2009

MMCom
QUE TAL UMA FEDERAÇÃO PARA
O SETOR DE LOCAÇÃO?

Leia ainda:
:: Pagamento de contribuição confederativa é obrigatório
:: Taxa de cartório é barrada na Assembléia Legislativa de Minas Gerais
 Ca p a 10 Palavra do Presidente

QUE TAL UMA

FEDERAÇÃO PARA O O IPI VOLTOU. E O NOSSO MERCADO, COMO
SETOR DE LOCAÇÃO? COMPORTARÁ PARA 2010?

Por Saulo T. Fróes*

Coluna Luciana Mascarenhas - Defeito mecânico e mal súbito de quem dirige: quem paga o prejuízo do terceiro?
Sindloc-ΜG ganha “queda de braço” e taxa de cartório é barrada na Assembléia Legislativa de Minas Gerais
SINDLOC
Presidente
Saulo Tomaz Fróes
- Lokamig Rent a Car -
Vice-Presidente
Luis Fernando Porto
- Locamerica Locadora -
1º Diretor Financeiro
Raimundo Nonato de Castro
Teixeira
- Yes Franchising -
2º Diretor Financeiro
Luis Henrique Franco Júnior
- Dinâmica Logística e Serviços -
1º Diretor Secretário
Emerson Eduardo Ciotto
- Arcan Locadora de Veículos -
2º Diretor Secretário
Frederico F. Martins de Barros
- Barros & Braga Locadora de Veículos -
Coluna Adriano de Castro Pereira - Vírgulas que valem bilhões II
Medo de dirigir atinge 6% dos brasileiros e destes, 80% são mulheres
Coluna Eduardo Peres - O “Vendedor-Artista”, um conceito
Computador velho, celular na gaveta, máquina digital sem uso. O que fazer com isso?
Rua Chapecó, 260, Prado . CEP 30410-070 . Belo Horizonte . MG
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Diretor de Relações Públicas
Antônio Mansueto Caldeira
- Mansuetur Locadora -
Diretor de Eventos
Leonardo Soares Nogueira Silva
- Serv Car Auto Locadora -
Diretor de Rel. Institucionais
Mauro Roberto Alves Ribeiro
- Locamil Locadora -
Conselho Fiscal
David Borja Pinto
- Rentável Rent a Car -
Márcio Raso M. de Andrade
- EBEC -
Hélcio Said Ghader
- Frota Car Locadora -
Gerente Executiva
Renata Monteiro
04 No linguajar do interior mineiro, é comum Essas empresas estão demorando a acordar
você escutar aquele matuto e velhaco para a nova realidade de seu negócio.
Roberto Ciotto. Αntes de tudo, um forte! 06 mineiro dizer “é uma faca de dois legumes”. Optaram por uma estratégia errada: fazer
09 caixa a qualquer custo, o que não é e nunca
Coluna Cesar Frazão - Socorro! Fui alugar um carro... 13 Tirando o lado irônico da sábia definição, o foi o caminho certo ou mesmo a política
mercado passa a sentir os mesmos efeitos adequada. A estória sempre demonstrou que
14 de um lado o veículo fica mais caro e de o destino destas empresas é sempre o mesmo:
15 outro recebemos uma injeção indireta desaparecer do mercado.
Site do SINDLOC-MG atinge 3 mil visitas em dois meses 16 para aumento das vendas de veículos
seminovos. O Sindloc/MG e a ABLA, entidades que regem
Como você se comporta no trabalho? 18
a classe, desempenham com eficiência seu
Tributo de primeiro mundo 20 Este é o maior problema do setor, já que a papel. Talvez, se essas empresas estivessem
Reflexão 23 queda nas vendas de veículos seminovos mais próximas dessas entidades, poderiam
24 foi evidente quando estourou a crise, enxergar um cenário diferente com a troca de
posteriormente foi dado um sinal de experiências com parceiros do setor.
Alugar carro mais barato no exterior virou lenda 26 reaquecimento, mas, ainda, está longe de
Pagamento de contribuição confederativa é obrigatório 28 ser o que era antes da crise. O final do ano se aproxima e que em 2010, o
Portugueses dão exemplo 29 nosso mercado esteja mais consciente. E que
A maioria das empresas do segmento os novos fluidos do ano novo possam fazer
30 acordou do sonho dourado da rentabilidade com que muitos empresários do setor tenham
Turismo mineiro ganha um divulgador em potencial 31 ilusória na venda de seminovo e passou uma visão mais moderna e atuante em prol de
a concentrar mais no objetivo de nosso conquistas e resultados para o seu negócio e
negócio, qual seja, a locação de veículo e conseqüentemente para todo o setor.
não, na venda final do mesmo.
Chega de pensamentos pequenos e até
No entanto, ainda existem algumas
locadoras, a maioria de “grande porte” que
egocêntricos. É hora de acordarmos desse
pesadelo, afinal, estamos em um mundo
permanecem com políticas desatualizadas moderno, global e informatizado.
Jornalista Responsável Assessoria Jurídica Tributária
e são justamente estas que mais estão
Leandro Lopes Dr. Adriano Augusto Pereira de
DRT 1179 / SE Castro sofrendo economicamente no mercado
(31) 3224-1292 atual. * Presidente SINDLOC-MG
Público-Alvo adriano@nogueirasenesi.com.br
450 locadoras do Estado de Minas
Gerais, as principais locadoras e Assessoria Jurídica ­E specializada
redes do país, agências de turismo, em Trânsito
hotéis, autoridades e jornalistas es-
Dra. Luciana Mascarenhas
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Out - Nov 09 Sindloc-MG 3


Vírgulas que Valem Bilhões II
A responsabilidade das locadoras pelas infrações de trânsito de seus clientes não é um
problema real, é um problema fabricado pelos órgãos de trânsito.
A responsabilidade do proprietário do veículo pelo
pagamento das multas de trânsito é problema que afeta
decisivamente a tranquilidade e o patrimônio das locadoras
de veículos.
Na edição anterior se examinou o Código de Trânsito
Brasileiro (CTB), art. 282, §3.º, que determinaria a
responsabilidade do proprietário pelo pagamento de todas
as infrações cometidas na condução do veículo. Concluiu-se
que um detalhe – uma vírgula – custa bilhões de reais aos
proprietários responsabilizados sem culpa pela infração dos
condutores. O uso da ordem indireta na redação do CTB, art.
282, §3.º, transforma singela norma que dispõe sobre como
o condutor infrator será notificado da imposição da pena
de multa em pretenso fundamento de todo um regime de
responsabilidade sem culpa do proprietário.
Nesta edição se analisará o CTB, art. 128, que condiciona
a expedição do CRLV à quitação das multas de trânsito
vinculadas ao veículo.
O Texto da Lei
A discussão sobre a responsabilidade das locadoras pelas
multas dos seus clientes fica ainda mais amarga quando se
constata que as multas aderem aos veículos como a sombra
ao corpo. Veja-se o principal dispositivo citado como
fundamento para a exigência das multas:
CTB, art. 128. Não será expedido novo Certificado de
Registro de Veículo enquanto houver débitos fiscais e de
multas de trânsito e ambientais, vinculadas ao veículo,
independentemente da responsabilidade pelas infrações
cometidas. (grifou-se)
A jurisprudência em geral conjuga o CTB, art. 128, a outro
dispositivo do Código de Trânsito que “reforçaria” a idéia de
responsabilidade do proprietário.
CTB, art. 131. O Certificado de Licenciamento Anual será
expedido ao veículo licenciado, vinculado ao Certificado
de Registro, no modelo e especificações estabelecidos pelo
CONTRAN. (…)
4 Sindloc-MG Out - Nov 09
Por Adriano Augusto Pereira de Castro*
§ 2º O veículo somente será considerado licenciado
estando quitados os débitos relativos a tributos, encargos
e multas de trânsito e ambientais, vinculados ao veículo,
independentemente da responsabilidade pelas infrações
cometidas. (grifou-se)
A partir desses dois dispositivos legais se acresce a Resolução
108/99, do CONTRAN, que dispõe sobre a responsabilidade
pelo pagamento de multas:
CONTRAN, Resolução 108/99, art. 1.º. Fica estabelecido
que o proprietário do veículo será sempre responsável
pelo pagamento da penalidade de multa, independente
da infração cometida, até mesmo quando o condutor for
indicado como condutor-infrator nos termos da lei, não
devendo ser registrado ou licenciado o veículo sem que o
seu proprietário efetue o pagamento do débito de multas,
excetuando-se as infrações resultantes de excesso de peso
que obedecem ao determinado no art. 257 e parágrafos do
Código de Trânsito Brasileiro. (grifou-se)
Estas normas são as “ferramentas de trabalho” para aqueles
que se dedicam a estudar a questão.
O Ardil
O ardil utilizado pelas Autoridades de Trânsito consiste no
trato indiferenciado de situações fática e juridicamente
distintas. A leitura detalhada do CTB, arts. 128 e 131, §2.º,
sugere mais uma vez que vírgulas custam bilhões aos
proprietários.
Note-se que em ambos dispositivos do CTB a condicionante
“vinculados ao veículo” aparece entre vírgulas. Por que seriam
usadas as vírgulas? A única explicação é para restringir o
âmbito de aplicação das referidas normas legais. Excluam-se
os trechos grifados acima dos artigos do CTB e se verifica
que as normas abrangeriam todas as infrações de trânsito
e não apenas aquelas vinculadas ao veículo, como diz a lei.
O CONTRAN, a partir deste ardil rompe com qualquer
limite do razoável ao ignorar a restrição legal das infrações
“vinculadas ao veículo” e utiliza o termo “independente da
infração cometida”.
As Espécies de Infrações
O desapego do CONTRAN ao rigoroso cumprimento da lei
de trânsito em prol de artificiosa interpretação legal com
exclusivo intuito arrecadatório fica ainda mais evidente
quando se identificam as espécies de infrações de trânsito
previstas no CTB:
Art. 257. As penalidades serão impostas ao condutor, ao
proprietário do veículo, ao embarcador e ao transportador,
salvo os casos de descumprimento de obrigações e deveres
impostos a pessoas físicas ou jurídicas expressamente
mencionados neste Código.
§ 1º Aos proprietários e condutores de veículos serão
impostas concomitantemente as penalidades de que trata
este Código toda vez que houver responsabilidade solidária
em infração dos preceitos que lhes couber observar,
respondendo cada um de per si pela falta em comum que
lhes for atribuída.
§ 2º Ao proprietário caberá sempre a responsabilidade pela
infração referente à prévia regularização e preenchimento
das formalidades e condições exigidas para o trânsito do
veículo na via terrestre, conservação e inalterabilidade de
suas características, componentes, agregados, habilitação
legal e compatível de seus condutores, quando esta for
exigida, e outras disposições que deva observar.
§ 3º Ao condutor caberá a responsabilidade pelas infrações
decorrentes de atos praticados na direção do veículo.
O gênero “infrações de trânsito” apresenta três espécies
distintas previstas nos parágrafos do CTB, art. 257. A lei
de trânsito é bastante clara ao estabelecer penalidades
concomitantes aos proprietérios e condutores (§1.º),
Por Dentro da Lei
exclusivamente aos proprietários (§2.º) e exclusivamente
aos condutores (§3.º).
As infrações de trânsito “vinculadas ao veículo” às quais
aludem o CTB, arts. 128 e 131, §2.º, evidentemente são
aquelas referentes à prévia regularização e preenchimento
das formalidades e condições exigidas para o trânsito
do veículo, sua conservação e inalterabilidade de suas
característica, componentes etc (CTB, art. 257, §2.º).
Conclusão
A responsabilidade das locadoras pelas infrações de trânsito
de seus clientes não é um problema real, é um problema
fabricado pelos órgãos de trânsito. O motivo a ensejar essa
falsificação da responsabilidade do proprietário, supõe-se, é
o interesse arrecadatório da extensa burocracia que povoa
os órgãos de trânsito.
A Resolução 108/99 do CONTRAN é manifestamente
ilegal ao desbordar dos limites regulatórios do órgão de
trânsito e dispor contra a lei, criando ardiloso embaraço
aos proprietários pela ilegítima restrição à emissão do CRLV
quando pendentes qualquer infração de trânsito e não
apenas aquelas “vinculadas ao veículo” como dispõe o CTB.
O Poder Judiciário ainda aceita ao logro da Resolução
108/99, mas certamente tal situação ainda será revista para
se cumprirem os dispositivos legais aplicáveis ao caso.
*Advogado (OAB/MG 94.959)
Assessor Jurídico do SINDLOC/MG - (31) 3224-1292
Prof. de Direito Empresarial da Faculdade de Direito Promove
Mestrando em Direito Empresarial pela Faculdade de Direito
Milton Campos
Diretor-Secretário da Associação Mineira de Direito e
Economia
Out - Nov 09 Sindloc-MG 5
ROBERTO CIOTTO. Αντes de
tudo, UM FORTE!
O fundador de uma das locadoras mais antigas de Minas Gerais conta a história do nascimento da
Arcan e relata o orgulho de ver sua ideia de 38 anos atrás solidificada nas mãos dos filhos
Por Leandro Lopes
Disseram-nos que Roberto Ciotto era um homem tímido.
Mas quando o assunto é contar a história da Arcan –
empresa fundada por ele em 5 de abril de 1971 – a
vergonha perdeu espaço para o orgulho e nem um bloco
de anotações, nem uma câmera fotográfica ou um gravador
de fita K-7 ligado à sua frente, foi capaz de intimidá-lo.
Durante quase 30 minutos, o fundador de uma das primeiras
locadoras mineiras, detalhou como tudo começou e deixou
transparecer a satisfação de ver uma ideia iniciada por ele há
38 anos, ser muito bem conduzida por seus seis filhos.
Roberto Ciotto, hoje com quase 80 anos, é um homem
extremamente sorridente e lúcido. Dono de uma memória
impressionante e de um fluxo de consciência linear, ele,
por toda a história da Arcan é, antes de tudo, um forte.
Certamente está para o setor de locação, como Henry Ford
esteve para a indústria automobilística. Aliás, a persistência
foi quase um sobrenome para ambos. Quando a equipe de
reportagem da Revista Sindloc chegou ao seu escritório,
Ciotto lia jornal com a tranquilidade de alguém que já
cumpriu sua missão no mundo. No caso dele, a missão de
não só conduzir profissionalmente seus filhos, como garantir
emprego para todos. “É um prazer chegar aqui e ver todo
mundo trabalhando”, brinca.
INÍCIO
Tudo começou com uma ideia. E essa ideia se juntou a
uma visão empreendedora. E essa visão empreendedora se
juntou a uma característica necessária aos grandes homens
do mundo: a persistência. “Eu trabalhei 10 anos na Usiminas
[de 1961 até 1971] no setor de transporte. Um dia percebi
que havia possibilidade de alugar um carro meu para
minha própria empresa. Juntei com outros dois colegas
de trabalho, montamos uma locadora, cada um comprou
um carro e alugamos esses carros para a própria Usiminas.
Quando tudo começou a andar, compramos, já em nome
da Arcan, o primeiro veículo financiado e também alugamos
por lá. Mas meus chefes não aceitaram a ideia da gente ter
os carros alugados e continuar trabalhando na empresa. Tive
que sair. Uma pena. Tinha uma história bonita na empresa.
Comecei como motorista, passei para o escritório e fiquei
responsável pela movimentação de veículos, depois fui
responsável pela escala dos motoristas e por fim, me tornei
chefe de garagem.”, lembra.
6 Sindloc-MG Out - Nov 09
Com a cara, a coragem e a persistência, Roberto Ciotto pediu
demissão e foi dirigir seu próprio negócio, literalmente. Os
três sócios, portanto, saíram da lista funcional e se tornaram
prestadores de serviços da Usiminas. “Fiquei atendendo a
minha ex-empresa por um bom tempo. Mas era uma vida
difícil. Imagina trabalhar com aluguel de carro naquela
época? Logo, logo, um dos sócios desistiu da ideia. Não ficou
na Arcan nem um ano. E, em 1974, o outro sócio também
largou. Fiquei então, tocando a empresa sozinho”, lembra.
A sigla que carregava o nome da empresa poderia, para
qualquer outra pessoa ter perdido o sentido, afinal, o nome
Arcan vem da união das iniciais dos três sócios – A, de Alírio;
RC, de Roberto Ciotto e An, de Anélio. Mas para o jovem
Ciotto de quarenta anos na época, a desistência dos dois
parceiros era mais um impulso do que um desânimo.
“Nessa época eu já tinha os filhos pequenos. Eles nem
imaginavam que um dia iriam tocar isso aqui”, lembra
orgulhoso. “Quando o terceiro sócio saiu, comprei a parte
dele e financiei um novo veículo para a empresa. Nesse
momento eu já tinha um Fusca de 1970 [primeiro carro da
frota] e um Opala com placa de táxi [segundo]. Logo depois
da desistência deles, eu comprei um terceiro carro. Era uma
loucura porque nem tinha condição de pagar um veículo,
já tava logo com três (risos). . Ah, o terceiro era um Fusca
Zé do Caixão”, lembra. Aí trabalhei duro. Saia de casa 5h da
manhã e chegava 23h da noite, onde não posso deixar de
falar da importância da mãe, Maria Pascoal, dedicada, que
foi fundamental na criação dos filhos.
SUCESSÃO
Daí em diante, a frota só aumentou. “Comecei a engrenar.
Pagava uma prestação aqui, outra ali. Quitando os carros da
frota, trocava e assim ia, aumentando a clientela. Aos poucos
os filhos começaram a ajudar nos trabalhos da empresa.
Com 18 anos todos já começaram a dirigir. O Emerson foi
o primeiro. Ele trabalhava em um banco de 9h até 14h. Saia
de lá e ia correndo para a Arcan. Nessa época ela funcionava
do lado da Usiminas. A maior parte da frota estava alugada
para a empresa que anos antes eu trabalhava. Com 19
anos, Emerson começou a trabalhar exclusivamente para a
empresa e junto com os outros irmãos, deram continuidade
ao trabalho”.
Aos poucos, todos os filhos foram entrando, “Quando
entreguei de vez para o Emerson, recém formado em
Administração de Empresas e atual diretor do SINDLOC-
MG a frota era de 17 carros. Ele, cheio de boas idéias, de
conhecimento de mercado e com total apoio dos irmãos,
chegaram a aumentar isso aqui para uma frota de 400 carros”.
O bastão foi passado, sem dúvida, para um grande
empreendedor. “Locadoras abrem e fecham todos os dias,
com uma facilidade imensa. A Arcan é um caso raro e que
mostra como acreditar que um sonho pode mudar a história
de muita gente e mudar, principalmente, a história de um
setor”, declara Emerson Ciotto.
DESCANSO
Hoje, 38 anos depois de ter uma idéia e, sobretudo, de
acreditar nela, Roberto Ciotto, vive mais tranquilo. Só aparece
na Arcan um ou duas vezes por semana e vê da janela da sua
sala um sonho concretizado. “Eu prefiro, hoje em dia, ficar no
sítio e meu trabalho aqui se limita a administrar os filhos. Às
vezes tem uma divergência ou outra e aí tenho que vir para
administrar as discussões”, brinca. Quando perguntado sobre
as razões do sucesso da Arcan, Roberto mata a charada.
“Persistência. Eu tive muita persistência. Principalmente no
Matéria
* Roberto Ciotto nq época em que trabalhava na Usiminas
início. A desistência dos outros dois sócios é a prova disso.
Eu pensei várias vezes em desistir do negócio. Era tudo
muito novo. Alugar carro naquela época era uma novidade
tremenda, mas por mais que as coisas fossem difíceis eu
acreditava na ideia. Acho que foi graças a essa persistência
que a Arcan deu certo”, afirma.
Pergunto se ele sente saudade daquele período desafiador
do início de tudo. “Para falar a verdade, saudade eu não
tenho, porque no início foi muito sofrimento. Veja só: eu
sequer poderia adoecer, não existia a possibilidade de ter
motoristas reservas, por exemplo. Já quando perguntado
se valeu a pena, ele responde: “Claro! Consegui deixar tudo
encaminhado para meus filhos e só esse fato, me deixa
feliz demais. É um prazer chegar aqui e ver todo mundo
trabalhando”.
ARCAN HOJE
Conduzida pelo empresário Emerson Ciotto e seus cinco
irmãos, a Arcan hoje conta com uma frota aproximada de
400 veículos, emprega mais de 70 funcionários diretos e tem
sede própria em Belo Horizonte e Vitória, no Espírito Santo,
além de filiais em Ipatinga e São Paulo e unidades em Ouro
Out - Nov 09 Sindloc-MG 7
 MEDO DE DIRIGIR ATINGE 6% DOS
BRASILEIROS E DESTES, 80% SÃO
MULHERES
Psicóloga explica as principais dificuldades Na sua obra, ela deixa algumas dicas práticas para superar
e dá dicas de como superar o problema o problema. Podemos citar, por exemplo, o exercício de
iniciar uma aproximação com o carro dentro da garagem.
“Entre, ajuste o banco, sinta o espaço interno, ligue e
desligue o carro; Ainda dentro da garagem, ligue o carro
e faça pequenos movimentos para frente e para trás; De
voltas no quarteirão em horários sem movimento. Procure
ruas tranqüilas e que não tenham crianças; Marque em sua
agenda, pelo menos duas vezes por semana para praticar
Sair de casa, tirar o carro da garagem e dirigir até o trabalho o exercício de dirigir; Não se assuste com os sintomas da
é algo tão simples que nem merece citação em revista. É ansiedade que se manifestarão no seu corpo: tremedeira,
uma atividade cotidiana para grande parte da população taquicardia, transpiração. Elas tenderão
Branco e Itaúna, no interior do Estado mineiro. “Nosso próximo passo é montar uma filial no Rio de Janeiro e assim distribuir habilitada no Brasil. O que não é comum é imaginar que a diminuir”. E por aí vai.
a Arcan por todo o Sudeste do Brasil”, revela Emerson. 6% dos motoristas brasileiros, sendo 80% mulheres, não só Não demorará até sair
evitam dirigir, como se desesperam ao imaginar a situação. de casa, tirar o carro
Para empresas como a Arcan, o reconhecimento não tarda. Ela está nas últimas etapas para receber o Certificado da Há estudos que mostram que só em olhar para uma chave de da garagem e dirigir
Bureau Veritas, uma das empresas de certificação mais respeitadas do país. “O exemplo do nosso pai foi fundamental um carro, pessoas tremem e choram descontroladamente. até o trabalho.
para dar continuidade ao trabalho e fazer da Arcan essa referência em aluguel de veículos”, homenageia o filho mais
velho. Atualmente, a empresa é conduzida por ele, mas a participação dos irmãos Paulo, Ana, Marcos, Telma e Miriam é, Quem passa por isso sofre de Amaxofobia que ao pé da
certamente, essencial. letra quer dizer ‘medo de andar em um veículo’. Segundo
a psicóloga Neuza Corassa, autora do livro “Vença o Medo
Nessas duas horas que a equipe de reportagem da Revista Sindloc esteve no galpão da Arcan, na Avenida Antônio Carlos, de Dirigir - como superar-se e conduzir o volante da própria
com a companhia luxuosa da Gerente do SINDLOC-MG, Renata Monteiro, ficou claro a competência administrativa de vida” (Ed. Gente), o medo ocorre em pessoas extremamente
Emerson Ciotto e a união exemplar entre esses seis irmãos. Ficar um tempo por perto deles é reafirmar a certeza que responsáveis, organizadas ou detalhistas. Geralmente
outros 38 anos virão firmes e fortes. Talvez Roberto Ciotto tenha a mesma impressão. E talvez seja daí a sua expressão são pessoas bem-sucedidas com receio de errar e ser
tranquila e descansada. desaprovado pelo outro, inclusive no trânsito. “São homens
ou mulheres que se preocupam com os outros, com os
problemas dos outros e procuram não machucá-los. Porém
não gostam de críticas. A crítica alheia pode magoá-las,
irritá-las”, explica.

“São homens ou mulheres que se preocupam com os

outros, com os problemas dos outros e procuram não
machucá-los. Porém não gostam de críticas. A crítica
alheia pode magoá-las, irritá-las” - Neuza Corassa.
As pessoas que tem fobia de dirigir são geralmente
mulheres na faixa etária entre 30 e 45 anos. De acordo com
o livro, existem manifestações físicas que deixam claro o
problema. “Quando a pessoa tenta ou pensa em sair com
o carro é quase certo que venham a dormir mal a noite
anterior. Tenha tremedeira nas pernas ou transpiração
excessiva e até taquicardia”. A psicóloga explica que as
principais dificuldades são achar que o carro é que domina
e a sensação de que vai ter pouco espaço para passar.

8 Sindloc-MG Out - Nov 09 Out - Nov 09 Sindloc-MG 9


QUE TAL UMA FEDERAÇÃO PARA O
SETOR DE LOCAÇÃO?
Proposta já foi aprovada em
Encontro Nacional dos Sindloc’s, mas
a ideia por enquanto não passou de
um registro em ata
Por Leandro Lopes
No final de 2008, o diretor do SINDLOC-PR, Valmor Weiss,
disparou e-mails sugerindo a criação de uma entidade que
unisse forças com a Associação Brasileiras das Locadoras de
Automóveis – Abla. Tratava-se da Federação Nacional das
Locadoras. A proposta foi recebida com entusiasmo e polêmica.
Uns viram ali um campo vasto para o crescimento do setor,
outros, consideraram a sugestão uma afronta e tiveram, de
imediato, a visão de que o que se estava querendo consolidar
era uma espécie de concorrente da Abla.
“Jamais pensei que essa ideia viesse a criar tamanha discussão.
Surgiram muitos e-mails falando um monte de bobagens”,
conta por telefone Valmor Weiss. “Aí escrevi para todo mundo:
gostaria que ficasse bem claro que ao dar a ideia que não é nova
no meio, não tive pretensão alguma de ser presidente ou algo
parecido. Mas, como acredito que a proposta só tem a somar,
passo a relatar alguns pontos que entendo como positivos”,
escreveu o idealizador que, no parágrafo seguinte desse mesmo
e-mail detalhou tudo que ele entende como fundamental para
justificar a criação da Federação.
Por exemplo, Valmor exemplificou outros setores que
ganharam espaços ao unirem forças. “O sistema Fiesp/
Ciesp talvez seja o mais conhecido, mas há também a
Anfavea (que para negociações trabalhistas lança mão do
Sinfavea); recentemente foi criado o Sindicato Nacional das
Concessionárias de Rodovias, para funcionar ao lado da
ABCR [Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias]”,
escreveu. Outro ponto levantado foi o da contribuição sindical.
Segundo Valmor, o benefício de 15% que é destinado as
federações ficaria ‘em casa’. “Como o setor de locação não tem
uma federação, esse percentual vai para a federação de outros
ramos do mercado e, quase sempre, são entidade que não
tem familiaridade com as questões do setor”, lembra. No Box
você pode conferir todos os argumentos enviados por e-mail.
Esse documento foi enviado para todos que participaram
da discussão um mês antes do 12º Encontro Nacional
dos Sindloc’s. Lá, o assunto voltou à pauta e pontos como
vantagens e desvantagens foram abordados. A ata do
evento registra, por exemplo, como vantagens a questão
da representatividade, da união do setor e da recuperação
de receita, especialmente dos 15% da contribuição sindical
patronal. No quesito desvantagens, levantaram tópicos como
a desvinculação do apoio hoje exigente e a possível perda das
vantagens existentes com as Federações atuais.
Representados pelos estados de Alagoas, Bahia, Espírito Santo,
Minas Gerais, Pernambuco, Paraná, Rio Grande do Sul e São
Paulo, a criação da Federação Nacional das Locadoras de
Veículos Automotores foi aceita por unanimidade. Mas, cinco
meses depois, pouco foi feito para que ela fosse criada na
prática. “Quem acha essa proposta ruim são as pessoas pobres
de pensamento. O que fizemos nessa reunião, o que votamos
nessa reunião, foi o nosso futuro”, argumenta Valmor que já foi
presidente da Federação de Transporte do Paraná – Fetropar; e
atualmente é diretor da Confederação Nacional do Transporte
– CNT – e da Associação Nacional das Empresas de Transportes
Rodoviários e Cargas – NTC.
“Não há nada pior para uma categoria econômica ou
profissional do que ter mais de uma representação, quando
não há entendimento entre elas. A tendência é de completa
perda de racionalidade. A disputa política pela legitimidade da
representação acaba levando a que uma entidade defenda “A”
e a outra defenda “B”, pela simples necessidade de estabelecer
um “diferencial competitivo”, explica Valmor, deixando claro
que, para ele, não faz sentido se criar uma Federação se ela for
atuar como concorrente da Abla.
O presidente do SINDLOC-MG é um dos entusiasmado com
a ideia. “Aprovo incondicionalmente a proposta. Temos que
colocar essa ideia como meta principal nos próximos meses.
A Federação virá para somar forças e unir o setor”, instiga Saulo
Fróes.
Matéria de Capa
E A ABLA, O QUE ACHA?
“Tenho muito apreço pela ideia da Federação, e como
dirigente da Abla, defendo sua criação, porque não a vejo
como uma concorrente, no máximo com uma atuação
complementar. Esta é uma visão minha e é claro que
existem pessoas que divergem dela e aí é que é o melhor,
pois conviver com as diferenças nos faz rever e reavaliar
conceitos, procurar outras formas de ver uma mesma
questão”, afirma José Adriano Donzelli, presidente do
Conselho Nacional da Abla.
Para ele, outros setores convivem com sua associação e
federação com bastante maestria. “Eu diria que a Abla faz o
papel de mãe do setor, aquela que se preocupa se esta tudo
bem com as locadoras, se fez o dever de casa, se está tudo
arrumado, briga para que elas sejam vistas e respeitadas.
Mãe é a que suporta, ampara e luta com todas as forças
pelos filhos, mas pai [Federação], é que confere aos filhos o
DNA, a identidade, a orientação. Portando, precisamos de
uma Federação e precisamos da Abla”, metaforiza Donzelli.
E JURIDICAMENTE?
Segundo o advogado do SINDLOC-MG, Adriano Castro,
a Federação é uma entidade sindical de segundo grau.
“Ou seja, é uma reunião de sindicatos. Sindicato é uma
representação jurídica de uma atividade econômica.
Uma associação é qualquer agrupamento humano ou
de pessoas jurídicas, como é o caso da Abla, com o
objetivo não econômico. Então pelas próprias definições
é possível perceber dois focos: os sindicatos são voltados
a representação da categoria econômica e as associações
para interesses não-econômicos. Nada impede, não é
ilícito, não é indevido nem é errado, que a Abla intervenha
em assuntos econômicos também, mas ela não é uma
entidade feita para isso”, diferencia Castro.
Ele levanta dois pontos importantes. Primeiro, a
representação nacional que uma Federação pode atingir.
“Hoje, a Abla tem 14 Estados com sindicatos filiados. Então,
pelo menos 13 Estados brasileiros não tem sindicatos da
categoria. Uma federação contribuiria para a criação dessas
entidades regionais. Precisamos pensar que a Federação,
se criada, vai expandir as alternativas existentes e formular
novas alternativas ou então preencher lacunas que nós
temos na questão da representação”, detalha.
O segundo ponto que é lembrado pelo advogado é a
desburocratização de algumas ações. “Uma associação, por
exemplo, para atuar representando seus associados em
um determinado assunto, tem que fazer uma assembleia
e coletar autorizações específicas de cada associado. Um
trabalho pouco prático. Já a Federação não. Ele pode entrar
Out - Nov 09 Sindloc-MG 11
com mandato coletivo e fazer tramite direto. A Federação
torna o processo de representatividade de amplitude de
interesse jurídico e uma série de questões que os advogados
adoram usar para emperrar processos, algo inexistente”.
O QUE FALTA?
Segundo Castro, do ponto de vista jurídico a questão básica
é criar os estatutos da Federação e registrar em Brasília
como um órgão sindical qualquer. “A Abla consegue, no
final das contas, preencher alguns espaços que deveria ser
de responsabilidade de uma federação. E ela consegue isso
por dois fatores. Primeiro, pelo fato de uma ausência de uma
POR QUE CRIAR UMA FEDERAÇÃO, SOB PONTO DE VISTA DE VALMOR WEISS
1. A Federação Nacional a ser criada não substituiria a
Abla, mas, ao contrário, funcionaria paralelamente a esta,
exercendo atribuições que a Lei reserva apenas às entidades
do mundo sindical (sindicatos, federações e confederações).
2. Essa representação dual não constitui novidade. Há
vários precedentes. O sistema Fiesp/Ciesp talvez seja o mais
conhecido, mas há também a Anfavea (que para negociações
trabalhistas lança mão do Sinfavea); recentemente foi criado
o Sindicato Nacional das Concessionárias de Rodovias, para
funcionar ao lado da ABCR; no passado existiu a FENATAC
(das empresas de transporte de cargas) complementando a
atuação da NTC. Posteriormente, a FENATAC desmembrou-
se em diversas federações regionais, obedecendo a uma
estratégia do setor, com vistas ao fortalecimento do
segmento no âmbito da Confederação Nacional. Esses são
só alguns exemplos. Há inúmeros outros.
3. Em quase todos os casos, a entidade mais antiga é
exatamente a de caráter civil. E, a despeito da criação da
nova entidade sindical, aquela é preservada. Por quê? Pela
maior flexibilidade e por não estar sujeita às limitações e
aos controles legais que ainda subsistem com relação às
entidades de cunho sindical, em que pesem as intenções
liberalizantes enunciadas na Constituição de 88. Uma
importante missão que, nesses casos, se costuma reservar às
entidades civis é a de canalizar algumas iniciativas de caráter
político-eleitoral (inclusive contribuições para campanha),
que são expressamente vedadas aos sindicatos, federações
e confederações.
4. Estas, por sua vez, detêm, entre outras, as prerrogativas de
celebrar acordos e convenções coletivas de trabalho e de
lançar contribuições compulsórias, que alcançam todas as
empresas do setor, sócias ou não sócias. No caso específico
da contribuição sindical, o benefício ficaria restrito aos 15%
destinados às federações, que ficaria “em casa”, ao invés de
engordar os cofres de entidades de segundo grau com
pouca ou nenhuma familiaridade com as questões do setor.
12 Sindloc-MG Out - Nov 09
entidade federativa e segundo, porque ela é uma excelente
associação. O que é uma virtude e não um defeito”, explica
Adriano Castro.
“O nosso sindicato apóia integralmente essa atitude. É claro
perceber os benefícios e as vantagens que o setor terá com
a Federação”, afirma Renata Monteiro, gerente executiva do
SINDLOC-MG.
E você associado, o que acha da ideia? Escreve para a gente
com a sua opinião sobre o assunto. O e-mail é: leandrolopes@
sindlocmg.com.br.
5. Além das vantagens destacadas no item anterior, as
entidades sindicais (inclusive as federações) detêm outras
prerrogativas de representação, em juízo e em órgãos
colegiados, por força de inúmeros dispositivos legais.
Ademais, uma Federação Nacional das Empresas Locadoras
de Veículos terá pleno direito de representação e de voto na
Confederação à qual vier a se filiar (provavelmente a CNT e,
neste caso, de usufruir do sistema SEST/SENAT, desde que
canalize para estas instituições suas contribuições para o
chamado “sistema S”).
6. Por fim, a minha experiência pessoal, de quase 40 anos
atuando em entidades de classe de todos os tipos e graus,
diz que as autoridades, a mídia e, por conseqüência, o
público em geral tendem a ter uma consideração e um
respeito maiores pelas entidades sindicais, que são mais
facilmente identificadas como legítimas representantes
da respectiva categoria, enquanto a associação civil tem
sempre a necessidade de demonstrar e, em alguns casos, até
de comprovar a sua legitimidade, mencionando quantidade
de filiados, tempo de existência, conquistas acumuladas etc.
7. Por tudo isso, não tenho dúvidas em afirmar que há grande
sinergia entre uma associação como a Abla e uma Federação
Nacional das Empresas Locadoras de Veículos. Ambas terão
muito a ganhar. E o setor mais ainda, com o fortalecimento
da sua representação.
8. Porém, para que isso aconteça é necessário dotar o novo
complexo representativo de regras de funcionamento que
favoreçam e induzam, tanto quanto possível, um comando
único para ambas as entidades, de modo a garantir a mais
estreita harmonia entre elas. Reconheço que isso não é
tão simples, na medida em que os colégios eleitorais são
diferentes: numa associação, votam as empresas associadas;
numa federação votam os sindicatos filiados. Mas há formas
de reduzir os riscos de resultados diametralmente opostos,
que conduzam, eventualmente, a um grande “racha” entre
elas.
SOCORRO! FUI ALUGAR
UM CARRO...
*Por Cesar Frazão. Palestrante de renome nacional. Autor de vários livros e colunista
da revista Venda Mais. Foi destaque no II Grande Encontro SINDLOC-MG
Aconteceu comigo no dia 12/09, ao desembarcar no
aeroporto de uma das grandes cidades do Brasil (não revelo
nem sobre tortura) dirigir-me para o local onde ficavam as
locadoras e pelo que me lembro lá estavam pelo menos
QUATRO locadoras. Disputando o mesmo cliente e oferecendo
o mesmo produto.
Na primeira, a vendedora não sorriu, não falou bom dia e
não perguntou meu nome, acho que deve ter tido algum
problema sexual à noite. Apenas perguntou qual o modelo
e para onde? Deu o preço e eu disse que iria cotar a outra ao
lado...
Na segunda e vendedora foi mais simpática, sorriu e falou bom
dia (não perguntou meu nome, mas também acho que isso
já seria querer demais!), pegou as informações básicas e deu
o preço, que era o mesmo da loja ao lado. Eu disse a ela que
iria cotar a outra ao lado e ela apenas concordou acenando
positivamente com a cabeça...
Na terça, o valor era mais alto que as duas primeiras, cerca
de 20% a mais. Ao ser questionado por mim em porque que
o valor era mais alto que as lojas ao lado ele respondeu “
Ah sei lá, cada um é cada um né!”Parece difícil de acreditar,
mas gente isso é sério! Eu não sabia se chorava ou se ria da
situação.
Na quarta loja, fui atendido por um rapaz sorridente, simpático
que estava finalizando o atendimento de um casal, mas ao
observar eu de longe ele sinalizou só um instante e disse “Já
atendo o senhor!” Em seguida, perguntou meu nome, me
cumprimentou e ofereceu um cafezinho. Expliquei a ele o
tipo de viagem que eu faria para dar palestra e carro que
desejava. Então ele me disse que estavam com todos os
carros daquele modelo alugados.
Sem titubear ele prontamente me ofereceu outro
superior por uma “pequena” diferença a mais segundo ele
e eu aluguei! Mesmo pagando mais do que eu planejava.
Agora pergunto a você:
Porque será que os carros daquela locadora estavam
alugados enquanto os das outras estavam parados nos
estacionamentos a espera de clientes? Será que era o
signo dele? Claro que não!
É preciso entender de uma vez por todas que todos
somos vendedores na empresa, não basta atender, tem
de vender, conquistar, sorrir e convencer o cliente a
comprar de você.
Empresas parecem estar sofrendo de uma miopia
empresarial, gastam fortunas em divulgação, marketing
e ponto de venda para atrair seus clientes, mas não
investem no recrutamento, seleção e treinamento para
qualificar seu pessoal da linha de frente. Colocam pessoas
sem preparo jogando fora assim todo o investimento
feito. E depois ainda botam a culpa na crise!
Em vendas não existe mágica tudo é uma relação de
causa e efeito. Se fizer a coisa certa venderá!
Boas Vendas e Sucesso!
Cesar Frazão
Out - Nov 09 Sindloc-MG 13

O “Vendedor-Artista”,
um conceito
Vender é convencer. Tivéssemos sempre o melhor produto
pelo menor preço, não precisaríamos de vendedores.
Precisaríamos apenas de empacotadores.
Se é verdade que precisamos vender, e se verdadeiro é
o conceito de que o ato de vender está essencialmente
ligado ao convencimento, à sedução, ao envolvimento e
à satisfação de pessoas, (portanto se este é um processo
mais emocional que propriamente racional), temos
que observar o profissional de vendas – o elemento
central deste processo – como alguém de quem se exija
uma qualificação especialmente diferente. Não mais a
preparação de um “burocrata empresarial”. É preciso uma
preparação “artística”, no sentido mais amplo do termo.
Burocratas não seduzem, não comovem. Frases feitas,
números com explanações na ponta da língua e
atendimento mecanizado nunca venderam. Se temos
a convicção de que temos que convencer pessoas para
que elas tomem a decisão de comprar de nós, temos que
nos espelhar em quem, por natureza, tem como ofício
convencer: os artistas.
Os artistas tocam as pessoas. (Ferreira Gullar, poeta
e ensaísta, já dizia que “a arte que não comove, não
interessa”). Procure neste momento, como um exemplo,
se lembrar de uma peça de arte que o tocou. Uma canção,
um livro, um filme, uma telenovela, uma encenação
teatral. Agora procure personificar a figura do artista,
produtor desta obra. É de pessoas com essa capacidade
de convencimento que a sua empresa precisa para a área
de vendas.
Trocar os vendedores ou mudar de profissão? Não.
Contratar atores e demitir seus vendedores? Tampouco.
Basta que nós transformemos, através de treinamento e
14 Sindloc-MG Out - Nov 09
Coluna
Por Eduardo Peres*
do aprimoramento contínuo, o nosso mesmo pessoal.
Basta que nós, nestes treinamentos, foquemos aspectos
artísticos, (e não só “tecno-burocratas”) e aprimoremos
a capacidade de desenvolver o carisma dos nossos
vendedores. É verdade que“arte”não se aprende e portanto,
nem se ensina. Arte é estado de espírito. É uma questão de
atitude comportamental, de desejo de mudança.
Trabalhar com concentração, usar da máxima sinceridade,
evidenciar aspectos emocionais do público, não mecanizar
a atuação, ter um “script” e interpretá-lo da maneira mais
espontânea e carismática possível, gostar da renovação
e do aprendizado diário, fazer uso da sensibilidade para
“ler” as mensagens não verbais das pessoas, ter sincero
prazer em servir, trabalhar com o intuito primeiro de
satisfazer, ampliar seus horizontes culturais, atuar com
amor, com amor pelo trabalho, amor pelo público.
Atitudes importadas do universo artístico, perfeitamente
adaptáveis ao ambiente empresarial. Os resultados – veja
– se colocados em prática podem ser surpreendentes.
O “ser artista” está ao alcance de todos. Procurando dentro
de nós, o encontramos. Precisamos apenas nos convencer
de que temos que procurá-lo e desenvolvê-lo. Tomada
esta decisão pelo estimado leitor, este artigo sorri, dando-
se por satisfeito.
(E o dito filosófico-empresarial central: Inove!)
* Mágico e Humorista, Eduardo Peres é Palestrante nas
áreas de Vendas, Liderança e Motivação para Resultados.
Fale com o articulista:
www.eduardoperespalestras.com.br
oi@eduardoperes.com.br
(11) 3825-6593
Meio ambiente
COMPUTADOR VELHO, CELULAR NA GAVETA,
MÁQUINA DIGITAL SEM USO. O QUE FAZER
COM ISSO?
Não é difícil encontrar quem tenha um computador e Meio Ambiente – Conama – estabelece a destinação correta
todos seus acessórios (monitor, teclado, mouse) jogados, para esses dois itens, obrigando os fabricantes, importadores,
esquecidos e inutilizados, em um canto do apartamento redes autorizadas de assistência técnica e comerciantes
ou da casa. Essa situação, na maioria das vezes, é reflexo da a implantar mecanismos de coleta e de responsabilidade
ausência de respostas para uma questão simples: o que fazer sobre o material tóxico que produzem. Para os outros listados
com isso? Uma saída pouco usada é doar para empresas que acima, cabe a consciência ambiental de cada um.
coletam os chamados ‘lixos eletrônicos’.
NÚMEROS
Existem muitas entidades ou organizações não- Os dados são impressionantes. Segundo a Environmental
governamentais que fazem o trabalho de reciclar esses Protection Agency (uma agência de proteção ambiental),
materiais e transformar aquela sucata que só ocupava espaço cerca de 150 mil TVs e computadores são descartados
em sua casa, em produtos usáveis por crianças carentes, por diariamente nos Estados Unidos. Até 2010, serão 600 milhões
exemplo. E o universo do lixo eletrônico não se resume aos de computadores obsoletos só na América. Considerando o
computadores. Celulares, câmeras digitais e palm tops, são resto do mundo, esse número pode ultrapassar um bilhão.
outros exemplos. Nos seminários recentes sobre o tema,
muito se falou também dos novos televisores. Imagina-se Esses resíduos eletrônicos contêm uma vasta gama de
que com a expansão das TVs de plasma e LCDs, muitos dos materiais tóxicos, como mercúrio, bário e cádmio, causadores
aparelhos antigos virarão lixo. Cada um deles contém de três de centenas de doenças, dentre elas o câncer. Segundo
a quatro quilos de chumbo, e só pouco mais de 10% dos estimativa da Sociedade Real para o Fomento Comércio
municípios brasileiros possuem aterros sanitários licenciados e Artes da Inglaterra, um britânico médio consumirá ao
para isso. longo de sua vida, cerca de 35 celulares, 15 impressoras,
7 monitores, 24 mouses, 6 televisores e 8 computadores.
No Brasil, a única norma que trata do tema fala apenas em Isso resulta na geração de 3,3 toneladas de lixo eletrônico
pilhas e baterias. A Resolução 257 do Conselho Nacional do durante o período de uma vida.
Doe para o Centro de Recuperação de Computadores
Recolhe computadores, em qualquer estado de
conservação, doados por pessoas físicas e jurídicas. O
processo é sem burocracia. Basta levar o computador
até o centro ou, se quiser mais comodidade, ligar para
o centro que vai até a casa da pessoa buscar a doação.
Depois, os computadores passam por uma reforma e são
encaminhados para escolas e outros órgãos públicos.
Belo Horizonte:
Endereço: Rua José Clemente Pereira, 440, bairro Ipiranga
Telefone: (31) 3277-6064/3277-6259
Funcionamento: de segunda a sexta, das 8h às 17h
Pedro Leopoldo: (31) 3662-0471 | 8865-0249
Jaboticatubas: (31) 9613-4672
João Monlevade: (31) 3852-2444 | 3859-1488 | 3851-3276
Itabira: (31) 3831-1280
Nova Era: (31) 3861-1954 | 3861-2896
Out - Nov 09 Sindloc-MG 15

SITE DO SINDLOC-MG ATINGE 3 MIL
VISITAS EM DOIS MESES
O Novo web site amplia as
possibilidades de interação com os
associados do Sindloc-MG
16 Sindloc-MG Out - Nov 09
Desde que entrou no ar, em 14 de julho, o site do SINDLOC-MG
foi visitado 3014 vezes (número extraído no final da edição dessa
revista). A média é impressionante. São 68 acessos diários, se for
calculado apenas os dias úteis. Só para se ter uma ideia, um dos
sites mais acessados no meio empresarial é o do Banco do Brasil
que recebe 900 visitas diárias. Se pensarmos nas dimensões
comparativas, o www.sindlocmg.com.br, tem recebido quase
8% da quantidade de internautas que o Banco do Brasil recebe
virtualmente. É uma grande média! Os números finais apontam
que um dos links mais acessados é o das locadoras associadas.
Surpreso, o publicitário Márcio Massiere, responsável pela
programação e pelo design do site, disse que essa média de
visitação é um reflexo do que o mercado está sugerindo.
“A internet é um canal de comunicação que está em larga
expansão e que cada vez mais se torna necessário para
qualquer empreendimento, seja ele multinacional ou uma
pequena empresa. Esses números dos dois primeiros meses
de funcionamento do site do SINDLOC-MG é uma prova
incontestável disso”, afirma Massiere.
“Acho que o setor estava precisando de um trabalho
jornalístico que focasse o segmento e fizesse essa triagem do
que é, de fato, importante para o empresário de locação de
veículos ler dentro de um universo infinito de informações
que a internet proporciona”, analisa Leandro Lopes, jornalista
responsável pela atualização do portal. Ele lembra que
a dinâmica de relatar quase que em tempo real tudo que
interessa ao setor também foi fundamental para o sucesso
nesses primeiros meses. “Quem esteve em São Paulo para o
IX Fórum e Salão Nacional da Abla sabe muito bem o quanto
a divulgação em tempo real de notícia chamou a atenção”,
lembra Márcio Massiere.
“O site do SINDLOC-MG foi uma excelente iniciativa. Com
estas ações o usuário tem interesse em retornar, pois sabe
que sempre existem notícias novas e interessantes. Isso
faz com que exista um bom tráfego de gente no portal”,
parabeniza Julian Gritsch, da EuroIt Tecnologia. Ele que
também estava em São Paulo, viu de perto o trabalho da
equipe de Reportagem do SINDLOC-MG.
“Esses números sugerem que nosso primeiro objetivo – de
oferecer aos associados, fornecedores, parceiros e clientes
DESCUBRA O QUE AS GRANDES LOCADORAS
JÁ SABEM: TER O LOGAN E O SANDERO
NA FROTA FAZ TODA A DIFERENÇA.
nce.
Renault é Vale
s ca rros
E os melhore
ne gó cio
para o seu
su lte-nos.
também. Con
Matéria
potenciais de nosso negócio, uma forma simples e objetiva
de estreitar nossa comunicação, foi atingindo. Isso deixa
toda a diretoria do SINDLOC-MG muito feliz e agradecida.
Mas queremos mais. Tenho certeza que esses números,
embora expressivos, não tardarão a ser ainda maiores”, vibra
o presidente do SINDLOC-MG, Saulo Fróes. Se você quer
comentar, sugerir, criticar, basta escrever um e-mail para o
jornalista responsável: leandrolopes@sindlocmg.com.br. Sua
participação é muito importante.
JORNALISTA É CONVIDADO PARA PALESTRAR
SOBRE O SITE EM SERGIPE E SÃO PAULO
O jornalista responsável pela atualização do site do SINDLOC-
MG, Leandro Lopes, apresentou no final de setembro uma
palestra sobre webjornalismo na Universidade Tiradentes –
Unit, em Aracaju, Sergipe. Entre as discussões que envolvem
as novas ferramentas de comunicação, ele retratou a
já bem-sucedida experiência do site do Sindicato das
Empresas Locadoras de Automóveis do Estado de Minas
Gerais. No próximo dia 20 de outubro, ele volta a colocar o
pé na estrada para falar sobre isso, mas desta vez no Centro
Universitário Adventista de São Paulo – Unasp, na cidade
de Engenheiro Coelho, no Estado Paulistano. “Essa é uma
iniciativa que chama muito a atenção. Até os acadêmicos e
as universidades têm olhado para essas ações. Isso quer dizer
que estamos contribuindo não só para o setor de locação,
mas para a forma que ele é observado hoje em dia”, declara
Leandro Lopes.
Condiçõ
especia es
is
particip para
ante
Valence a maior do Sindlo s
concessionária e da AB c
LA.
Renault do Estado
Renault Empresas: 3419-7700
Presidente Carlos Luz, 645 - Caiçara
Out - Nov 09 Sindloc-MG 17

COMO VOCÊ SE COMPORTA NO TRABALHO?
Você é daqueles que chama seu cliente de “querido”, “benzinho”
ou “meu bem” ao telefone? Que fica um bom tempo do
expediente fofocando sobre seus colegas? Que espera o
funcionário trabalhar o dia inteiro para só depois avisar da
sua demissão? Ou que espera para a última hora para pedir
seu desligamento da empresa? Por acaso, você entra em
uma reunião mudo e sai calado? Pois é, a Revista Sindloc
preparou para as próximas três edições um especial de como
se comportar no trabalho. A série com 95 dicas poderá ser
muito bem aproveitada tanto pelos empresários como por seus
subordinados. Ela foi estruturada pela empresa de consultoria
Fino Traje Moda Corporativa (www.finotraje.com.br). Confira!
25 DICAS DE COMPORTAMENTO NO TRABALHO
1. Seja honesto em qualquer situação.
2. Nunca faça algo que você não possa assumir em público.
3. Seja humilde, tolerante e flexível. Muitas idéias aparentemente
absurdas podem ser a solução para um problema. Para
descobrir isso, é preciso trabalhar em equipe, ouvindo as
pessoas e avaliando a situação sem julgamentos precipitados
ou baseados em suposições.
4. Ser ético significa, muitas vezes, perder dinheiro, status e
benefícios.
5. Dê crédito a quem merece. Nem sonhe em aceitar elogios
pelo trabalho de outra pessoa. Cedo ou tarde, será reconhecido
o autor da idéia e você ficará com fama de mau-caráter.
6. Pontualidade vale ouro. Se você sempre se atrasar, será
considerado indigno de confiança e pode perder boas
oportunidades de negócio.
18 Sindloc-MG Out - Nov 09
7. Evite criticar os colegas de trabalho ou culpar um
subordinado pelas costas. Se tiver de corrigir ou repreender
alguém, faça-o em particular, cara a cara.
8. Respeite a privacidade do vizinho. É proibido mexer na
mesa, nos pertences e documentos de trabalho dos colegas
e do chefe Também devolva tudo o que pedir emprestado
rapidamente e agradeça a gentileza com um bilhete.
9. Ofereça apoio aos colegas. Se souber que alguém está
passando por dificuldades, espere que ele mencione o
assunto e ouça-o com atenção.
10. Faça o que disse e prometeu. Quebrar promessas é
imperdoável.
11. Aja de acordo com seus princípios e assuma suas
decisões, mesmo que isso implique ficar contra a maioria.
12. O que fazer com os brindes e presentes? Muitas empresas
têm normas próprias e estipulam um limite de valor para os
brindes. Informe-se discretamente sobre isso e aja conforme
a regra.
AO TELEFONE
13. Dê toda a atenção à pessoa que ligou. Nada de mascar
chicletes, comer ou fazer qualquer tipo de barulho. “A pessoa
do outro lado linha pode achar que você não está lhe dando
a devida atenção”, diz a consultora Adriana Gomes, do Grupo
Catho.
14. Jamais chame o cliente de querido, meu bem, benzinho.
15. Ao falar ao telefone, você é julgado pela dicção,
capacidade de articular pensamentos e por tratar os outros
com cortesia ou não. A voz deve ser alegre, clara, calorosa e
em bom-tom - nem alta nem baixa demais.
16. Ao atender telefonemas alheios, anote o recado. Escreva
o nome da pessoa que ligou, o número do telefone, o
Comportamento
assunto e a hora. Com letra legível, é claro.
17. Evite, ao máximo, atender o telefone durante uma reunião
- a não ser que a ligação seja extremamente importante. Isso
também vale para celulares, que devem ser desligados antes
do encontro começar.
18. Não faça ligações pessoais demoradas, principalmente
se for namorar.
19. Nem pense em brigar com filhos ou outros parentes pelo
telefone.
20. Retorne as ligações, mesmo que você não conheça
quem deixou recado.
21. Se estiver ocupado, não tenha medo de interromper a
conversa. Diga que não pode falar e que ligará em seguida.
Não se esqueça de retornar a ligação.
22. Todos estão sujeitos a ter de atender a um telefonema
com alguém ao lado. Quando for inevitável, procure fazer
com discrição. Nada de gestos, caretas ou comentários
tapando o bocal. Pega mal. Quem ouve a conversa deve,
literalmente, ficar surdo e, depois, mudo.
23. Jamais deixe alguém esperando na linha. Melhor dizer
que está ocupado e que retornará a ligação depois.
24. Se a linha cair, a responsabilidade de ligar novamente é
de quem telefonou.
25. Ao deixar recado na secretária eletrônica, faça isso de
modo claro e objetivo, dizendo o seu nome, o assunto, o seu
número de telefone.
Nas próximas edições você confere o que fazer ao escrever
e-mails, como se comportar diante do seu chefe e das
fofocas que são ecoadas nos corredores da empresa. Se
você quiser aumentar nossa lista de dicas, sugerindo bons
comportamentos, basta escrever para leandrolopes@
sindlocmg.com.br.
Out - Nov 09 Sindloc-MG 19

TRIBUTO DE PRIMEIRO MUNDO
Governo já arrecadou mais de 750 A cada minuto a União, os Estados e os Municípios arrecadam
bilhões em impostos só esse ano. algo em torno de R$ 1 milhão. Na média, cada brasileiro já
Carga tributária do Brasil é uma das pagou desde a virada do ano, R$ 4 mil reais em impostos. O
maiores do mundo` número total é assustador: do primeiro segundo de 1º de
janeiro de 2009, até o fechamento dessa edição mais de R$ 750
bilhões saíram dos bolsos de cada cidadão e pararam nos cofres
Por Leandro Lopes públicos.
Os números são do Instituto Brasileiro de Planejamento
Tributário – IBPT. Uma entidade que atua há anos alertando
as pessoas sobre a elevada carga tributária do Brasil. No ano
passado, os impostos representaram quase 37% do Produto
Interno Bruto – PIB – brasileiro. Foram arrecadados mais de R$
1 trilhão em 2008. Os dados são verdadeiros pesadelos para
pobres ou ricos. Segundo o IBPT, o Brasil apresenta uma das
maiores cargas tributárias do mundo. Países como
Japão, Canadá, Estados Unidos e até Suíça, por
exemplo, cobram menos impostos dos seus
habitantes do que aqui.
De acordo com Gilberto Luiz do Amaral,
presidente da IBPT, existe um descontrole da
administração pública e isso é uma questão
histórica. “O Brasil, com a estabilização
econômica, deixou de emitir moeda e, para
financiar seus gastos, ele passou a aumentar a
20 Sindloc-MG Out - Nov 09
carga tributária. Então, essa elevação deve-se principalmente
ao aumento dos dispêndios públicos”, explicou em entrevista
para o Portal Economia. Só para se ter uma idéia da evolução,
em 1994, antes do Plano Real, a carga tributária não chegava
aos 26% do PIB.
O IBPT, em um dos seus estudos, detalha que o brasileiro paga
a tributação sobre sua renda, que é o imposto de renda mais o
INSS. Paga a tributação sobre o seu patrimônio, principalmente
o IPTU e o IPVA e paga também tributação sobre consumo,
aquele conjunto de tributos que já estão embutidos no preço
final dos produtos e serviços. Desta forma ele paga, em média,
18% sobre a renda, 3% sobre o patrimônio e 23% sobre o
consumo, o que dá um total de 44% do seu rendimento bruto.
Dos totais arrecadados, cerca de 70% vai para os cofres da
União, 26% para os Estados e 4% para os municípios. “É um
caso clássico de que onde há dinheiro, há poder. A União
conseguiu concentrar quase que a totalidade da arrecadação
de impostos nela”, alerta o advogado do SINDLOC-MG, Adriano
Castro, especialista em Direito Tributário. Segundo ele, o
crescimento da carga não foi dada por meio da criação de
novos impostos. “A Constituição Federal impede que os Estados
façam isso. Só a União pode criar novos tributos e, para isso, é
preciso uma lei complementar. O texto precisa ser aprovado
com quórum qualificado no Congresso Nacional. Além disso,
para criar um novo imposto, eles precisam ter previsão de
fatias para os Estados e municípios. Então funcionaria assim: a
União teria todo o trabalho para arrecadar os impostos, coletar
as notas fiscais e fazer todo o processo, para no final, metade
da arrecadação ser dividida. Então a Constituição criou uma
série de barreiras políticas, jurídicas e econômicas que inibem
o interesse para criação dos novos impostos. A saída foi elevar
o que já estava em vigor e concentrar as porcentagens na
União”, esclarece Castro.
Para ele, a carga tributária é elevada sobre qualquer parâmetro.
“Mais que isso, ela é perversa. É perversa porque atinge
diretamente os segmentos de menor poder aquisitivo. A
estrutura tributária de fiscalização está dividida entre as bases
NA ANJOU, ASSOCIADOS DO SINDLOC-MG
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Atendimento in loco e personalizado
Matéria
móveis e as bases rígidas. A primeira são aquelas que têm
flexibilidade para escolher outro lugar para ser tributado,
exemplo: renda de grandes executivos, tributação sobre
lucros de grandes empresas etc. Se o imposto de renda no
Brasil é muito grande e eu sou um executivo internacional,
eu posso colocar que uma parte importante da minha
tributação se dará em outro país. E não digo em paraísos
fiscais, eu digo em Londres, por exemplo. Já as bases fixas
são dos pequenos empreendimentos. São bases daqueles
que não tem essa possibilidade de permitir tributação em
outros países. A tributação no Brasil, portanto, é focada nas
bases fixas porque obviamente, são mais fáceis de fiscalizar.
Não há esforço de fiscalizar as bases móveis. Isso torna
a carga tributária muito mais pesada para os pequenos
empresários”, detalha o advogado.
De fato, os números são cruéis. Em 2009, todos os
brasileiros trabalharam até 27 de maio somente para pagar
imposto, segundo estatísticas da IBPT. São 147 dias de
expediente. Em 1970, a média era de 76 dias. Resta-nos
perguntar: como essa carga pode ser menos pesada para
os brasileiros? Para Gilberto Luiz do Amaral, só mesmo um
melhor controle dos gastos públicos. O Governo Federal,
apesar de ter uma arrecadação, em 2004, por exemplo, de
cerca de R$ 450 bilhões, investiu somente R$ 10 bilhões.
“Quando a população tiver a consciência de que ela paga
muito, ela exigirá dos governantes uma melhor aplicação
desse dinheiro público. Infelizmente, os tributos brasileiros
ficam escondidos principalmente no preço final de
produtos e mercadorias”, disse ao Portal Economia.
Em julho deste ano, ao apresentar os números da Receita
Federal, o coordenador-geral do órgão de estudos,
Marcelo Lettieri, reconheceu que a carga brasileira é
alta para um país em desenvolvimento. Mas avaliou, no
entanto, que essa arrecadação é necessária para financiar
as necessidades sociais, de investimentos e as contas
públicas do país. “Temos uma carga elevada para o nosso
nível de desenvolvimento, mas é a necessária para o nosso
nível de investimentos”, disse à época.
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Out - Nov 09 Sindloc-MG 21

Para Adriano Castro, a explicação não faz sentido. “A forma de
melhorar a qualidade de serviço público não é aumentando
os orçamentos dos Estados, mas reduzindo-os. Parece
contraditório, mas é verdade. Esse tipo de atitude indica que o
Brasil está em estado primitivo nas suas instituições fiscais e isso
é um problema grave. Essa desculpa de que se falta recursos
é um argumento falso. Veja a questão do poder judiciário. O
Brasil é o país que mais gasta com Poder Judiciário no mundo
(3,6% do PIB). Proporcionalmente, gastamos mais que os
Estados Unidos. E nós não temos um poder judiciário que seja
melhor do que outros países. Pelo contrário, existem críticas
ferrenhas ao seu funcionamento. Isso mostra que a questão
não é dinheiro. A questão é gestão”, argumenta Castro.
ENTENDA AS SIGLAS:
INSS – Instituto Nacional de Seguridade Social
IPVA – Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
IR – Imposto de Renda
CACHAÇA É PURO IMPOSTO!
REFLEXÃO
A média da carga tributária brasileira
é de 37%, mas não é difícil encontrar
produtos que beiram aos 80%. A tradicional
bebida que é orgulho de Minas, a Cachaça, carrega
A reflexão dessa edição da Revista Sindloc é simples e objetiva.
em cada litro 81,87% de tributo, segundo o IBPT. Se for
Separamos uma questão que venceu um congresso sobre vida
parar para pensar, 800 ml do que você paga pela bebida
sustentável. Leiam e pensem nisso!
é só de imposto. Outro item com grande peso de tributo
é a gasolina. Mais de 53% do seu preço vai para o fisco.
Analisando: se você gasta R$ 100 de combustível, R$ 50
é só de tributo. Abaixo, uma lista dos itens que carregam
“Todo mundo vive ‘pensando’ em deixar um planeta melhor
maior peso tributário no Brasil: para nossos filhos. Mas quando é que ‘pensarão’ em deixar
filhos melhores para o nosso planeta?”
Cachaça: 81,87% Cigarro: 80,42%
Perfume importado: 78,43% Jogos eletrônicos – 72,18%
Perfume nacional: 69,13% Cerveja: 54,8%
Gasolina: 53,03%

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22 Sindloc-MG Out - Nov 09 Out - Nov 09 Sindloc-MG 23


DEFEITO MECÂNICO E MAL SÚBITO DE QUEM
DIRIGE: QUEM PAGA O PREJUÍZO DO TERCEIRO?
Por Luciana Mascarenhas
Dicas de Trânsito
Muitas vezes: “Deixamos para amanhã o que deveríamos ter
feito ontem”, como já dizia o velho adágio. Uma destas “coisas”
que muitas vezes fica para o amanhã é o conserto de partes
defeituosas do veículo ou mesmo de qualquer problema em
relação aos pneus.
Mas o defeito em qualquer dos componentes do veículo que
venha a dar causa a um acidente, não pode ser enquadrado
como “Caso Fortuito” ou “Força Maior”. Leia-se por “Caso Fortuito”
uma situação imprevisível, por isso, inevitável (Ex: Óleo na pista)
e por “Força Maior” uma situação que seria previsível, mas
inevitável, como são os fenômenos da natureza que geram
acidentes. (Ex: Tempestades, enchentes etc.). Em ambos os casos
(“Caso Fortuito” ou “Força Maior”) a pessoa estaria liberada da
responsabilidade civil derivada dos danos por ela provocados.
Para Carlos Roberto GONÇALVES, nos novos rumos
da responsabilidade civil, que caminha no sentido da
responsabilidade objetiva, observa-se uma tendência cada
vez maior em não admitir a exclusão da responsabilidade
em acidentes de automóveis nos casos de “Fortuito Interno”.
(Problemas ou defeitos ligados à máquina e ao homem).
Tal posição vem sendo adotada tendo em vista que a
imprevisibilidade é o elemento indispensável para a
caracterização do “Caso Fortuito”. O defeito mecânico não é
causa totalmente imprevisível pelo condutor do automóvel,
estando em falta um elemento indispensável para a
caracterização do “Caso Fortuito”. Assim, as causas ligadas à
pessoa do agente e à máquina não podem ser consideradas
como imprevisíveis. Apenas o “Fortuito Externo”, isto é, causa
ligada à natureza, estranha à pessoa do agente e à máquina,
exclui a responsabilidade, por ser inevitável. É este também
o entendimento prevalente na jurisprudência: “Quem põe
em circulação veículo automotor assume, só por isso, a
responsabilidade pelos danos, que do uso da coisa resultarem
para terceiros. Os acidentes, inclusive os determinados pela
imprudência de outros motoristas, ou por defeitos da própria
máquina, são fatos previsíveis e representam um risco que o
condutor de automóveis assume, pela só utilização da coisa,
não podendo servir de pretexto para eximir o autor do dano
do dever de indenizar.” (RJTJRS 18/304)
O estouro de um pneu do automóvel também não ilide o
dever de indenizar. Muitas são as razões que conduzem a
essa conclusão, como o mau estado dos pneus, o excesso de
velocidade, imperfeições em alguns de seus componentes, etc.
Para Carlos Roberto GONÇALVES assim se resume o assunto:
“Se os pneus estão gastos e em mau estado de conservação,
a culpa do motorista se mostra evidente. Entretanto, quando
os pneus estão bem conservados, e, mesmo assim, estouram
e provocam acidente, não constituiria tal fato nenhuma
excludente de responsabilidade, por estar ligado à máquina
(fortuito interno).”
Porém, em alguns casos parece patente que ocorrência de
“Caso Fortuito” ou “Força Maior” conduzem ao acidente, como
um pedaço de vidro, ou até mesmo uma pedra ou outro objeto
cortante, situado no meio da via. Em tais ocasiões, estando o
veículo em perfeitas condições mecânicas e trafegando em
velocidade normal, não haveria culpa do agente, mas há que
se salvaguardar que existem pensamentos contrários a este,
tanto na jurisprudência quanto na Doutrina. (Leia-se Arnaldo
RIZZARDO)
Você sabe tratar bem seus clientes?
Coincidência, a gente também.
Os melhores carros, as melhores condições comerciais e o melhor atendimento,
só no maior grupo VW do Brasil.
Outrossim, em relação ao mal súbito de quem dirige,
também não há que se alegar a excludente de “Caso
Fortuito” ou “Força Maior”.
Na lição de Fabrício Zamprogna MATIELO, o mal súbito
não pode ser invocado para afastar a responsabilidade civil
do causador do acidente: “Infartos, acidentes vasculares
cerebrais, problemas circulatórios em geral, anomalias
passageiras e todas as demais formas de alteração das
condições de saúde durante o ato de dirigir veículos não
podem ser invocados como caso fortuito ou força maior
capazes de afastar a responsabilidade civil de quem
provoca o acidente, ainda que absolutamente nenhum
aspecto volitivo esteja embutido no episódio.”
E nesse mesmo sentido é o entendimento de Arnaldo
RIZZARDO, que assim leciona acerca dos acidentes
provocados por mal súbito de quem dirige: “O mal súbito
que faz perder os sentidos, ou provoca a morte, importa em
indenização pelos danos advindos, não se enquadrando,
pois, na excludente de responsabilidade. É, em si, um caso
fortuito. Entretanto, para efetivar-se a justiça, cumpre não
se deixe a vítima prejudicada, na hipótese de ser atingida
pelo veículo desgovernado.”
Muitas vezes o indivíduo tomado por um mal súbito vem
a perder o controle do veículo, causando danos materiais
e pessoais a terceiros. Nestes casos deverá ele suportar
os prejuízos causados, ainda que mais em razão de uma
política social do que pela existência de culpa ou de
responsabilidade propriamente ditas, visto que o que se
verifica na espécie é a necessidade de não deixar a outra
parte lesada, que em nada contribuiu para a ocorrência do
evento lesivo, merecendo portanto ser indenizada.
*Consultora jurídica especializada em trânsito
do SINDLOC-MG e advogada da Mascarenhas
e Associados – Advocacia. Tels: 31-3295-2485 /
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24 Sindloc-MG Out - Nov 09 Out - Nov 09 Sindloc-MG 25


ALUGAR CARRO MAIS BARATO NO
EXTERIOR VIROU LENDA
Reportagem do jornal “The New York Times” mostra que a crise atingiu pesadamente o
mercado de locação de veículos nos Estados Unidos
Com tradução de Hermann xxxxxxxx
Com o título de “Os altos custos de aluguéis de carros”,
uma edição do jornal americano The New York Times de
setembro mostrou que o mercado de aluguel de veículos
nos Estados Unidos foi um dos que mais sofreu com a
crise financeira internacional. Ao contrário do Brasil, que
mesmo com todo o pessimismo dos economistas viu o
setor ter altas significativas.
“Em maio, o preço médio para um aluguel semanal em
aeroportos de um carro compacto, reservado com sete
dias de antecedência era de U$345.99, um aumento de
73% comparado com os U$199.65 do mesmo mês do
ano passado, conforme o Abrams Consulting Group,
sobre comparação de tarifas de aluguéis de carros”,
diz o início da reportagem traduzida pelo colaborador
Hermann xxxxxx.
E continua: Em meados de junho, as tarifas médias para
aluguéis em aeroportos de carros compactos estavam
em $347.44, comparado com os $210.38 de um ano atrás
— um pulo de 65%. “Existe muito de choque de preço
de tabela”, disse Neil Abrams, presidente do grupo de
26 Sindloc-MG Out - Nov 09
consultoria. “As pessoas não entendem. A economia está
desmoronando ao redor deles”, disse ele, adicionando:
“como é possível que as tarifas estejam tão altas quanto
estão para os aluguéis de carros?”, questiona.
O motivo, segundo detalha o jornal, é a básica oferta
e procura. “Embora a demanda para aluguéis esteja
em baixa — cerca de 15% — as empresas de aluguel
diminuíram suas frotas em percentuais maiores, criando
sua própria escassez e subindo os preços”.
No parágrafo seguinte: “Para ajustar as frotas, empresas
têm vendido carros no mercado de usados e segurado
a compra de unidades novas. Isto não significa
necessariamente que os alugadores estejam trabalhando
com sucata, mas não é anormal encontrar veículos com
30 mil milhas no velocímetro (48 mil quilômetros). A
idade média dos carros de aluguel é agora de 11 meses,
comparado com os de nove meses e meio de um ano
atrás”.
A reportagem faz ainda uma comparação entre os setores
turísticos americanos. Segundo o The New York Times,
tudo isso mudou o jogo para os consumidores. “Com
muitos quartos de hotel e assentos de aeronaves vagos,
os viajantes se acostumaram a reservar suas viagens
no último minuto. Mas com aluguel de veículos, essa
estratégia não funciona. O alugador de último minuto
arrisca pagar uma tarifa exorbitante pelo derradeiro
carro no estacionamento, isto é, se ainda houver carro
disponível. Muitos alugadores em Manhattan, por
exemplo, tem seus carros todos alugados para o fim de
Entrevista
semana do feriado de 4 de Julho (Independência
Americana) do ano que vem, há muito tempo”.
A partir daí, a reportagem dá dicas de como encontrar
carros mais baratos para alugar. “Além de começar a
sua pesquisa bem cedo, existem vários modos de
encontrar um carro mais barato. Aluguéis fora dos
aeroportos são tipicamente mais baratos. De acordo
com uma pesquisa da Expedia Feira em meados de
junho, um carro econômico da Enterprise Rent-a-Car
em Seattle, aeroporto de Tacoma, custava U$110.31
por dia, comparado com os U$42.90 para um carro
similar da mesma empresa no centro da cidade de
Seattle”.
E continua: Viajantes que desejem ir mais longe podem
economizar ainda mais. Para uma viagem de 38 dias
de Portland para Michigan, Ed Immel economizará
cerca de U$800 ao não alugar do aeroporto nem do
centro da cidade em Portland. Ele vai a uma filial da
Enterprise da cidade dormitório de Beaverton, Oregon,
cerca de 25 milhas fora de Portland. “Meu conselho”
disse o Immel, um ferroviário aposentado de Portland,
“é tomar o trem do aeroporto para o centro e receber
o carro lá ou ainda mais longe”.
É, os americanas que sempre se gabaram de ter tarifas
baratas no setor, estão tendo que se rebolar, seja por
causa da crise financeira internacional ou por pura
falta de planejamento das empresas locadoras. O fato
é que alugar carro nos Estados Unidos mais barato
que no Brasil, virou lenda.
Out - Nov 09 Sindloc-MG 27

PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÃO
CONFEDERATIVA É OBRIGATÓRIO
Atenção todos os associados e não associados. Até o
dia 20 de outubro todos deverão pagar a Contribuição
Confederativa. Seu pagamento é obrigatório e previsto na
Constituição Federal, no artigo 8º, para o custeio do Sistema
Confederativo Sindical. Ela é devida para todas as pessoas
jurídicas, independente de filiação ao sindicato.
As locadoras de veículos precisam ficar atentas, assim
como todas as empresas que possuam em seu contrato
social o objetivo de “locação de automóveis”. Essas devem
recolher a Contribuição Confederativa para o SINDLOC-MG.
28 Sindloc-MG Out - Nov 09
Comunicado
É importante ter cuidado no preenchimento da Guia porque
senão poderá contribuir para o sindicato errado e gerar
prejuízos para sua empresa. Além disso, deixa de fortalecer
seu próprio setor.
As empresas inadinplêntes estarão sujeitas às penas previstas
por lei.
Em caso de dúvidas, a equipe do SINDLOC-MG estará
à disposição para orientações. Basta telefonar para (31)
3337.7660.
PORTUGUESES DÃO EXEMPLO
Setor público de Portugal aumenta em 19% o mercado de aluguel de longa duração
Em uma ação conjunta e eficaz, a Associação dos Industriais
de Aluguer de Automóveis Sem Condutor – ARAC (uma
espécie de Abla portuguesa) foi à luta e convenceu o setor
público de Portugal que é mais barato alugar carros do que
comprar. O argumento é tão simples que parece bobo:
“mostrei que os custos operacionais são mais econômicos
que a opção pela compra do veículo. Ao mesmo tempo, esta
opção é mais competitiva devido aos custos e as despesas
de manutenção já estarem incluídas”, disse Joaquim Robalo
de Almeida, secretário-geral da entidade, durante coletiva
de imprensa para apresentar os resultados do setor. De
acordo com a ARAC, o aluguel de carros de longa duração
cresceu 19% no primeiro semestre de 2009. Foram locados
quase 17 mil carros.
VEJA ALGUNS DOS ARGUMENTOS USADOS NO AOV:
Transferência de serviços (e preocupações) das empresas
clientes para as empresas locadoras:
1. Negociação com as concessões de automóveis com vista
à obtenção dos melhores preços de aquisição dos veículos;
2. Aquisição dos veículos;
3. Recebimento e vistoria das condições dos veículos;
4. Pagamento dos veículos às empresas vendedoras dos
mesmos;
5. Identificação das infrações cometidas como veículo
sempre que não exista intercepção do condutor/infrator;
6. Entrega dos veículos no local convencionado como
cliente;
7. Fornecimento de seguros para as viaturas;
Matéria
Em Portugal foi criado um plano de negócios chamado de
Aluguer Operacional de Viaturas – AOV, que parte de uma
plataforma de argumentações. Funciona bem no setor
público, mas também no setor privado. A cartilha fala coisas
simples, mas que pode abrir os olhos dos empresários. “A
empresa ao optar pelo aluguer operacional das viaturas da
sua frota transfere para a locadora não só a responsabilidade
da compra dos veículos, como também uma série de outros
serviços e controles anexos, os quais somados, resultam
em custos significativos e tornam a opção pelo aluguer
operacional a mais vantajosa”, detalha Joaquim Robalo de
Almeida em texto da Revista da ARAC. Para conhecer um
pouco mais do plano, basta acessar o www.arac.pt.
8. Gestão dos sinistros ocorridos com as viaturas;
9. Gestão de ocorrências com as viaturas;
10. Serviços de reboque dos veículos avariados ou sinistrados;
11. Controle da manutenção da viatura;
12. Fornecimento de viatura de substituição em caso
de avaria, acidente, ou realização de intervenções de
manutenção;
13. Preparação dos veículos para venda em leilões, ou no
mercado de ocasião;
14. Negociação e venda dos veículos no termo dos contratos
de aluguer;
15. Gestão rigorosa das despesas do veículo durante a
vigência do contrato;
16. Gestão informatizada de toda a frota;
Out - Nov 09 Sindloc-MG 29

SINDLOC-MG GANHA “QUEDA DE BRAÇO” E TAXA DE
CARTÓRIO É BARRADA NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA
DE MINAS GERAIS
“Essa taxa não é uma vitória do
SINDLOC-MG e sim de todos os
proprietários de veículos do Estado
de Minas Gerais”, diz Saulo Fróes
30 Sindloc-MG Out - Nov 09
Desde que uma manobra obscura foi realizada na Comissão
de Defesa do Consumidor da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais, em junho deste ano, para se criar a obrigatoriedade de
pagamento de uma taxa nos cartórios para registro de alienação
fiduciária de veículos, o SINDLOC-MG não sossegou. Tratava-se
do substitutivo número dois do projeto do deputado Leonardo
Moreira (DEM) que criaria para as locadoras uma despesa extra
de até R$ 185 por carro.
“Nunca permitiríamos que essa situação fosse estabelecida.
O SINDLOC-MG comprou a briga, denunciou a manobra,
entrevistou o único deputado que foi contra a decisão [Délio
Malheiros – PV] e manteve um olhar atento para acompanhar
diariamente o caso”, explica o presidente do SINDLOC-MG,
Saulo Fróes. Todo o esforço foi compensado há duas semanas
quando a Comissão de Fiscalização Financeira e Orçamentária
da Assembleia Legislativa barrou definitivamente o projeto.
O parecer final foi assinado pelo deputado Juarez Távora (PV),
que em entrevista para o jornal Estado de Minas deu números
a suas justificativas. Segundo ele, a receita dos cartórios cresceu
30, 7% de 2006 a 2009, já descontada a inflação do período,
enquanto as despesas subiram pouco, menos de 9% no
mesmo período. “Despesa de cartório é basicamente despesa
de escritório e quase não sobe”, compara o parlamentar, que,
em seu parecer, chegou a recomendar uma queda nos valores
das taxas de 2% ou até mais.
“Nem é mérito meu derrubar essa taxa de alienação fiduciária.
Tenho certeza que qualquer deputado faria o mesmo. Na certa
o colega deve ter assinado o papel de bobeira, sem perceber o
que estava fazendo”, afirmou Juarez Távora ao jornal.
O assunto parece estar encerrado. Segundo ele “essa nova
taxa é um absurdo, pois representa um custo a mais para o
contribuinte e mais receita para os cartórios”. De todo modo,
o SINDLOC-MG continuará de olho. “Embora a gente acredite
que essa ideia não voltará a ser discutida, vamos permanecer
atentos para evitar que outra manobra seja feita. “O SINDLOC-
MG não permitiu que isso fosse aprovado nem permitirá”, alerta
Saulo Fróes.
Notícia
TURISMO MINEIRO GANHA UM DIVULGADOR EM
POTENCIAL
O que tem de melhor para se fazer e para se
conhecer em Minas Gerais estará reunido no
Guia Minas – Turismo de Negócios e Eventos.
Uma espécie de catálogo turístico editado pela
Harpia Marketing Comercial e distribuído pela
Associação Brasileira da Indústria de Hotéis
de Minas Gerais – ABIH-MG. Serão 10 mil
exemplares que detalharão os bons prestadores
de serviço do turismo.
Segundo a Harpia Marketing, existem dois
diferenciais interessantes no Guia. Ele será o
primeiro produto do gênero a dividir de forma
multissetorial o turismo. Em outras palavras, se
você procura um auditório para palestras, por
exemplo, já pode ir direto às páginas reservadas Edgar Teixeira diretor da Harpia Marketing Comercial, Silvania Capanema, presidente da
ABIH MG e diretora do Liberty Palace Hotel, Érica Drumond, Secretária de Turismo, Júlio Pires,
para “Espaços para eventos”. Outra idéia que presidente da Belotur, Roberto Joly, jornalista do Show Vip.
anda chamando a atenção é o fato do Guia
O sucesso veio a jato. Desde o coquetel de lançamento, em agosto, o Guia
Minas ser distribuído personalizadamente. Os
Minas já fechou 60 anunciantes e concretizou parcerias com os principais
10 mil exemplares serão enviados diretamente,
órgãos do setor, como a Secretaria de Estado de Turismo de Minas Gerais
pelo correio, às pessoas que tomam a decisão
– Setur/MG, Empresa Municipal de Turismo – Belotur, Belo Horizonte
de onde realizar eventos empresariais ou de
Convention & Visitors Bureau – BHC&VB, Associação Brasileira de Agências
entretenimento, sejam do mercado gerador,
de Viagens de Minas Gerais – ABAV/MG, e, claro, o SINDLOC-MG.
promotor e organizador, das agências e
operadoras de turismo ou das melhores e
Maiores informações ligue: (31) 3286-2212
maiores empresas do país.
Out - Nov 09 Sindloc-MG 31
32 Sindloc-MG Out - Nov 09