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FACULDADE MUNDIAL

Núcleo de Pós-graduação

A IMPORTÂNCIA DA ARTE NA EDUCAÇÃO INFANTIL

Discente: Maria do Carmo Rodrigues


Orientador: Prof. Fábio Cristiano de Morais

RESUMO

A arte e o homem têm uma ligação única desde os primórdios quando este vivia nas
cavernas. Este homem tinha a responsabilidade de dar formas às ideias e buscando o
que hoje podemos indicar como arte, a possibilidade de manifestar o significado ou a
falta de significado de sua vida. É possível dizer que arte é certa manifestação de uma
atividade humana das quais nosso sentimento é de admiração e, portanto, podemos
ficar tranquilos: se não conseguimos saber o que a arte é, pelo menos sabemos quais
coisas correspondem a essa ideia e como devemos nos comportar diante delas. Essa
ideia o acompanha até os tempos atuais. Afinal, o que é Arte? Fala que alguns
especialistas da área têm suas definições, mas os chamados leigos têm suas
impressões quando apreciadores das artes em alguma de suas formas e percebendo a
beleza que lhe causa algum sentimento. A arte pode ser identificada, nas manifestações
de conhecimento, onde o homem utilizando o desenho como forma de linguagem e os
primatas desenhavam como caçavam. Tudo isso serviu de base para os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN) que atesta que criança e jovens pode de alguma forma
expressa o que sente ou o que vê através do desenho, da música, da dança ou do
teatro. A arte tem como objetivo ajudar o educando a se desenvolver livremente, a
estimular a criatividade e a expressão. Neste sentido a arte educa dimensões que não
pode ser educada de forma racional como da sensibilidade, do perceber e sentir o
mundo de outra maneira, de refinar a nossa percepção, os nossos sentimentos

Palavras Chave: Arte, educação infantil, escola.


ABSTRACT

The Art and theman have a unique connection from the earliest times when he lived in
the caves. This man had the responsibility to give forms to the ideas and searching for
what today we can indicate like art, the possibility to manifest the meaning or the lack of
meaning of his life. It is possible to say that art is a manifestation of a human activity of
which our feeling is of admiration and therefore we can rest assured: if we can not know
what art is, at least we know what things correspond to this idea and how we should
behave before them. This idea accompanies him to this day. After all, what is Art? He
says that some experts in the field have their definitions, but the so-called laymen have
their impressions when they appreciate the arts in some of their forms and perceiving
the beauty that causes them some feeling. The art can be identified, in the
manifestations of knowledge, where the man using the drawing like form of language
and the primates drew like they hunted. All this served as a basis for the Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN), which testifies that children and young people can
somehow express what they feel or see through drawing, music, dance or theater. The
art aims to help the learner to develop freely, to stimulate creativity and expression. In
this sense, art educates dimensions that can not be rationally educated as of sensitivity,
of perceiving and feeling the world in another way, of refining our perception, our
feelings

Keywords: Art, early childhood education, school.

INTRODUÇÃO

A arte e o homem têm uma ligação única desde os primórdios quando este vivia
nas cavernas. Este homem tinha a responsabilidade de dar formas às ideias e
buscando o que hoje podemos indicar como arte, a possibilidade de manifestar o
significado ou a falta de significado de sua vida. É possível dizer que arte é certa
manifestação de uma atividade humana das quais nosso sentimento é de admiração e
portanto, podemos ficar tranquilos: se não conseguimos saber o que a arte é, pelo
menos sabemos quais coisas correspondem a essa ideia e como devemos nos
comportar diante delas. Essa ideia o acompanha até os tempos atuais.
Esta pesquisa como qualitativa foi baseada em diversas concepções de autores
que pesquisam sobre o ensino de arte, para discutir e aprofundar entendimentos sobre
os dados coletados. As técnicas utilizadas na coleta de dados foram a revisão
bibliográfica onde foram realizadas leituras e fichamentos de artigos e livros de alguns
teóricos sobre Arte e a educação infantil.
Veremos por exemplo POZZI (2018) que numa tentativa de responder à
pergunta: Afinal, o que é Arte? Fala que alguns especialistas da área têm suas
definições, mas os chamados leigos têm suas impressões quando apreciadores das
artes em alguma de suas formas e percebendo a beleza que lhe causa algum
sentimento. Por outro lado, Sans (2001) nos fala que a arte pode ser identificada, nas
manifestações de conhecimento, onde o homem utilizando o desenho como forma de
linguagem e os primatas desenhavam como caçavam.
Tudo isso serviu de base para os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) que
atesta que criança e jovens pode de alguma forma expressa o que sente ou o que vê
através do desenho, da música, da dança ou do teatro. A arte tem como objetivo ajudar
o educando a se desenvolver livremente, a estimular a criatividade e a expressão.
Neste sentido a arte educa dimensões que não pode ser educada de forma racional
como da sensibilidade, do perceber e sentir o mundo de outra maneira, de refinar a
nossa percepção, os nossos sentimentos
Segue uma conclusão a partir de todo o levantamento bibliográfico apresentado
demonstrando os benefícios da arte na educação infantil.

1. A ARTE, HUMANO E A EDUCAÇÃO

A arte segue o homem desde os primórdios, desde de quando este vivia nas
cavernas, acompanhado de suas fantasias, fetiches, medos, ansiedades e sentimentos.
Este homem tinha a responsabilidade de dar formas às ideias e buscava, o que
podemos designar de arte, a possibilidade de manifestar o significado ou a falta de
significado de sua vida.
Já REIS (2003) defende que a arte é considerada um dos fenómenos humanos
mais difícil de definir não só pela riqueza das suas características, mas também pela
forma como tem sido encarada ao longo dos tempos.
Conforme COLI (1995):

Dizer o que seja a arte é coisa difícil. Um sem-número de tratados de estética


debruçou-se sobre o problema, procurando situá-lo, procurando definir o
conceito. Mas, se buscamos uma resposta clara e definitiva, decepcionamo-
nos: elas são divergentes, contraditórias, além de frequentemente se
pretenderem exclusivas, propondo-se como solução única.

DANTO (2006) descreve que distinguir uma obra de arte de outras coisas não é
uma tarefa simples e atualmente, alguém pode não estar consciente de estar num
plano artístico sem uma teoria artística para lhe dar conta disso. E parte da razão disso
reside no fato de que o terreno é constituído como artístico em virtude de teorias
artísticas, de modo que um uso de teorias, além de nos ajudar a discriminar a arte do
resto, consiste em tornar a arte possível. Glauco e os outros dificilmente sabiam o que
era arte e o que não era: do contrário eles nunca teriam sido pegos pela história das
imagens espelhadas.
Com os relatos acima é possível dizer, então, que arte, são certas manifestações
da atividade humana diante das quais nosso sentimento é de admiração ou, nossa
cultura possui uma noção que denomina solidamente algumas de suas atividades e as
privilegia. Portanto, podemos ficar tranquilos: se não conseguimos saber o que a arte é,
pelo menos sabemos quais coisas correspondem a essa ideia e como devemos nos
comportar diante delas. Essa ideia o acompanha até os tempos atuais. Ou seja, este
humano é quem deseja, sente, ama, educa, convive, faz, apreende, percebe e que a
todo o momento é convidado de alguma maneira a entrar nos conceitos da arte – sejam
eles superficiais ou profundo.
A arte está frequentemente presente em nossa vida, assim fazendo parte da
história de cada um nós, desde o início dos tempos vem nos mostrando e descrevendo
como era a vida há anos atrás. Podemos dizer que é um processo que está sempre em
construção e modificação, conforme BUORO (2003), a arte “se faz presente, desde as
primeiras manifestações de que se tem conhecimento, como linguagem, produto da
relação homem/mundo” (BUORO, 2003, p.20). Por meio das artes expressa-se as
relações do homem com o mundo revelando a história.
Para Vygotsky (2001), a educação infantil é um processo ativo do
desenvolvimento cognitivo, é ação onde se desencadeiam múltiplas linguagens da
parte da criança, abrangendo suas especificidades, é o espaço onde todo processo
histórico de construção social e intelectual da criança se “apresentam” ao complexo
sistema educativo que devem utilizar-se deles como instrumentos de formação e
desenvolvimento humano, indispensáveis para desencadear o desenvolvimento
intelectual, cognitivo e afetivo da criança.
Então, permitir que a criança tenha o acesso e o domínio as diferentes
linguagens propicia a aprendizagem e o desenvolvimento da criança perante as
atividades proporcionadas pelos centros de educação infantil. Assim destacaremos o
papel da arte na mediação e na articulação destas aprendizagens, o que segundo
Vygotsky (2001) é eminentemente papel funcional das diferentes representações
artísticas. O autor ainda destaca que a música e a poesia provavelmente surgiram
como o trabalho coletivo, físico e pesado, com o objetivo de aliviar a tensão humana,
instituída sob o trabalho intelectual e manual. Pelos aportes da perspectiva marxista,
podemos destacar que o desenvolvimento das aptidões artístico, de forma controlada e
estagnada como se encontram nas instituições de ensino, assemelham-se ao trabalho
alienado descrito por Marx, e não veem a primar pelo desenvolvimento integral da
criança.
Olhando para o passado, mais precisamente no período neolítico, os
hominídeos, na Idade da Pedra Polida, começou a ocorrer o desenvolvimento das
cidades, da roda, da escrita, do arado e dos bois. E, começam a acontecer algumas
revoluções, criando seus instrumentos de caça e pesca objetos úteis e necessários
para sua sobrevivência. Daí surge o começo do trabalho e com ele a técnica, ou seja, o
desenvolvimento e ampliação das habilidades. Com isso, aparecem os utensílios de
cerâmica, e o humano sai da caverna para então construírem suas casas surgindo
assim o que conhecemos como grandes civilizações.
POZZI (2018) numa tentativa de responder à pergunta: Afinal, o que é Arte? Fala
que alguns especialistas da área têm suas definições, mas os chamados leigos têm
suas impressões quando apreciadores das artes em alguma de suas formas e
percebendo a beleza que lhe causa algum sentimento. A autora diz que muitos poucos
fazem parte do primeiro grupo e a maioria fazem parte do segundo e que essa maioria
não se interessa propriamente por arte, estes apreciam música popular, televisão e
cinema, que são parte de seu cotidiano.
O que podemos afirmar de acordo com Sans (2001) é que a arte pode ser
identificada, nas manifestações de conhecimento, onde o homem utilizando o desenho
como forma de linguagem e os primatas desenhavam como caçavam. O ser humano,
desde o começo da humanidade, era e é um ser criativo, nascendo com essa
habilidade, a qual pode ser desenvolvida através do meio em que vive, independente
da cultura e do desenvolvimento interno de seu ser, assim explorando e estimulando
sua criatividade em seu cotidiano e traduzindo isto em arte (SANS, 2001).
Partindo por este ponto de vista de desenvolver a criatividade, Sousa (2003) cita
que a criatividade é vista como uma potencialidade que se deve possibilitar, partindo de
meios e de motivações, para que haja uma passagem de algo criativo para a ação
criativa, isto é, à criação. Sousa (2003) defende o facto de estimularmos a criatividade é
uma forma de provar à criança que confiamos nela, que confiamos nas suas
potencialidades, e que ao mostrarmos esta confiança levará a criança à descoberta que
a sua criação é mais relevante que a sua simples execução. Portanto, a própria criança
ao ter esta noção perceberá que a técnica utilizada é só uma maneira para dar forma à
sua imaginação.
Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), a criança e jovens pode
de alguma forma expressa o que sente ou o que vê através do desenho, da música, da
dança ou do teatro. A arte tem como objetivo ajudar o educando a se desenvolver
livremente, a estimular a criatividade e a expressão. A arte desenvolve o pensamento
artístico, deixando o particular dar sentido às experiências do exterior, onde a criança e
o jovem aumentam a sensibilidade, a percepção, a reflexão e imaginação. A criança e
jovens sem o conhecimento das artes tem uma aprendizagem limitada, escapando o
faz-de-conta, as cores do seu mundo, os gestos e as luzes (BRASIL, 1997). Assim
consta no PCN como objetivo geral:

[...]Utilizar as diferentes linguagens — verbal, musical, matemática, gráfica,


plástica e corporal — como meio para produzir, expressar e comunicar suas
ideias, interpretar e usufruir das produções culturais, em contextos públicos e
privados, atendendo a diferentes intenções e situações de comunicação; [...]
(BRASIL, 1997, p 130)

Ainda no PCN, a arte tem tanta importância como as outras disciplinas, ela está
relacionada com as demais áreas e tem suas especificidades. Através da arte o aluno
desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação quando realiza formas, quando
aprecia sua obra ou a dos seus colegas. Essa área também ajuda ao aluno relacionar-
se com outras disciplinas do currículo, “Um aluno que exercita continuamente sua
imaginação estará mais habilitado a construir um texto, a desenvolver estratégias
pessoais para resolver um problema matemático. ” (PCN- Arte, 1997, pag.19)
É no fazer artístico da criança que se destaca seu desenvolvimento do desenho
e na construção de outras linguagens como linguagens visuais que são pintura,
modelagem, colagem. Para a criança, no início, o desenho serve para imprimir o que
ela sabe sobre o mundo, e isso está relacionado a alguns aspectos como uma análise
da experiência junto a objetos naturais onde o trabalho realizado por elas sobre seus
próprios desenhos e desenhos de outras crianças criando as representações
bidimensionais e construção de objetos tridimensionais no seu dia a dia.
Como podemos verificar até agora, a arte é algo difícil de determinar, como é
defendido por Reis (2003) em que a considera um dos fenómenos humanos mais difícil
de definir não só pela riqueza das suas características, mas também pela forma como
tem sido encarada ao longo dos tempos.

2. MATERIAIS E MÉTODOS
A pesquisa em questão se classificou como qualitativa uma vez utilizou as
diversas concepções de autores que pesquisam sobre o ensino de arte, para discutir e
aprofundar entendimentos sobre os dados coletados. As técnicas utilizadas na coleta de
dados foram a revisão bibliográfica onde foram realizadas leituras e fichamentos de
artigos e livros de alguns teóricos sobre Arte e a educação infantil. Ainda para a
realização deste estudo, é preciso mencionar que se optou pelo estudo interpretativo,
em que o objetivo que se coloca para a fundamentação deste estudo é qual a
importância e no que contribui a arte para o desenvolvimento da criança?
Para tal este estudo teve como objetivos principais conhecer e analisar o modo
como é conceituado o assunto por autores e reconhecer a importância da
implementação das expressões no desenvolvimento global das crianças. O
procedimento incluiu a análise bibliográfica como ferramenta metodológica, realizadas
com diversos autores, relacionando as informações obtidas com teorias e
questionamentos em relação à temática proposta.

3. RESULTADO E DISCURSÕES

Ao passar dos anos vemos a arte tida em diversas funções e partindo dessa
premissa e de observações nosso cotidiano, podemos compreender como as artes
contribui para a construção de conhecimentos significativos na Educação.
Com a emprego da arte como instrumento no cotidiano escolar, os educandos
aprenderão de forma lúdica, tornando o ambiente escolar mais agradável dando ao
educando a possibilidade de contribuir afetivamente e cognitivamente para o
desenvolvimento da sua expressão. O educando, por meio da arte, representa seus
desejos, expressa seus sentimentos colocando em evidência sua personalidade. É
neste contexto que o educador pode conhecer melhor o educando e, até mesmo,
identificar suas dificuldades. Na educação, a arte deve ser vista como criação
individual, não havendo ponderação de certo ou errado, o que interfere negativamente
em muitas ocasiões na expressão da criança, tornando-as inseguras ao soltar sua
imaginação e sua capacidade de criação (BUORO, 2003).
O professor e psicólogo Francisco Duarte Jr. em entrevista a LINS (2011) diz:

[...]A arte seria uma maneira de simbolizarmos, de tornarmos concreto, visível,


palpável, essa dimensão intangível do saber humano que é o sentimento, aquilo
que é sentido pelo nosso corpo. A arte é uma tentativa de se construir formas
que simbolizem isso. Ao ter contato com essas formas eu reconheço, nelas,
sentimentos meus – sentimento num sentido mais amplo, não significando
apenas a emoção – sentimento significando um estar no mundo, nosso
perceber o mundo, nossa percepção das coisas. (LINS, 2011)

Neste sentido a arte educa dimensões que não pode ser educada de forma
racional como da sensibilidade, do perceber e sentir o mundo de outra maneira, de
refinar a nossa percepção, os nossos sentimentos. Vivendo atualmente num mundo
onde percebemos uma regressão da sensibilidade, um mundo no qual o espaço da
convivência vai se tornando insignificantes, no sentido de essas atividades irem se
tornando mecânicas e a arte pode ser um instrumento na formação das pessoas onde
seja ela, a arte, bastante responsável pela dimensão da sensibilidade, da convivência,
do compreender o outro de que tanto necessitamos (LINS, 2011)
A arte tem a capacidade de uma atuação multifuncional em relação à educação,
podendo ser utilizada para o trabalho de várias questões e disciplinas:

Arte-educação é uma área de estudos extremamente propícia à fertilização


interdisciplinar e o próprio termo que é designo de nota pelo seu binarismo a
ordenação de duas áreas num processo que se caracterizou no passado por
um acentuado dualismo, quase que uma colagem das teorias da educação ao
trabalho com material de origem artística na escola, ou vice e versa, numa
alternativa de subordinação (BARBOSA, 2006, p. 12 e 13)

Nesta mesma linha, IVIC (2010) na biografia sobre Vygotsky diz que a
criatividade é uma atividade que permite o humano projetar-se no futuro transformando
em realidade, isto é, é algo que nos faz sentir, pensar e atuar num plano para fins
produtivos. Mas, também e, segundo o mesmo autor, a criatividade é como uma função
psicológica que é comum a todos. Este conceito é abordado por vários pesquisadores
tendo em comum a mesmo ponto de vista sobre essa definição, sendo que alguns
desenvolvem aspetos mais particulares que devem ser respeitados.

[...] essa mesma fórmula, um pouco modificada, aproxima-se muitíssimo da


doutrina amplamente difundida e originária da remota Antiguidade, segundo a
qual a arte é o conhecimento da sabedoria e tem como um dos seus fins
principais pregar lições de moral e servir de guia. O ponto de vista principal
dessa teoria é a analogia entre a atividade e o desenvolvimento da língua e a
arte. (IVIC, 2010)

Assim afirma-se que o desenvolvimento de conceitos na fase educativa é


primordial para a obtenção de conhecimentos, no entanto, os métodos utilizados pela
escola para trabalhar essas questões são extremamente pobres quando a arte é
negligenciada como instrumento e isso resulta negativamente na relação que o
educando faz do mundo imaginário com o real. Segundo IVIC (2010):
A fraqueza dos conceitos espontâneos se manifesta na incapacidade para a
abstração, para uma operação arbitrária com esses conceitos, ao passo que a
sua aplicação incorreta ganha validade. A debilidade do conceito é o seu
verbalismo, que se manifesta como o principal perigo no caminho do
desenvolvimento desses conceitos, na insuficiente saturação de concretude.
(IVIC, 2010, p. 60)

Aqui identifica-se, através de uma análise bibliográfica, que se cria uma lacuna
na educação no que diz respeito ao modo de se trabalhar os conceitos. A utilização da
arte como instrumento educativo facilita a compreensão dos educandos e torna o
ensino menos cansativo e mais prazeroso. A arte ainda é todo um processo criativo, ou
quando afirma que a arte desenvolve competências de uma forma global e todo o
processo criativo por fim desenvolve a criança num todo.
Infelizmente, constata-se que nem todas as entidades educacionais
desenvolvem um trabalho adequado em matéria de arte. Isso vemos no Referencial
Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI) quando adverte que há “um
descompasso entre os caminhos apontados pela produção teórica e prática pedagógica
existente” (BRASIL, 1998, p. 87).
Vemos que não é considerado a relevância em que a Arte possui no
desenvolvimento educacional, muitos educadores a consideram apenas como um mero
passatempo. O documento ainda revela que “atividades de desenhar, colar, pintar e
modelar com argila ou massinha são destituídas de significados” e quando não, “outra
prática corrente considera que o trabalho deve ter uma conotação decorativa, servindo
para ilustrar temas de datas comemorativas, enfeitar as paredes com motivos para os
pais”. (BRASIL, 1998).
Neste último fato, os Referenciais apontam que “é comum que os adultos façam
grande parte do trabalho, uma vez que não consideram que a criança tem competência
para elaborar um produto adequado” (BRASIL, 1998)

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Com a realização deste artigo, contribui para enfatizar a importância da arte na


educação infantil e também responder de forma positiva para os objetivos e as
questões iniciais para a realização do mesmo. Pessoalmente falando, este estudo faz-
nos crescer mentalmente obtendo outras perspectivas. Como educador, foi bastante
elucidativo, pois com isto consegue-se perceber a dimensão da importância do tema e
como ele contribui para o processo global do educando, como é que cada expressão,
tendo as suas características se envolve na arte e a forma como este desenvolve
muitas competências como motoras, emocionais, sentimentais, sociais. É incrível que o
caso de os educandos ao desenharam consegue-se compreender como se sente e que
pelo meio da arte podemos expor e transpor as nossas ideias, pensamentos, emoções
e até reconhecermos a nós mesmos.
Diante do exposto, a apresentação da arte na educação infantil expõe um
desacerto entre a produção teórica da bibliografia apresentada e a prática pedagógica
adotada por grande parte dos educadores onde as práticas artísticas desenvolvidas nas
aulas são tidas como muitas vezes um passatempo ou um simples ornamento para as
datas comemorativas e sem a preocupação de significação para o educando. É
fundamental que o educador que atua na educação Infantil, entenda como se dá o
processo de criação do seu educando para que possa propiciar a oportunidade a este
educando de crescer por meio de suas experiências com a arte.
Concluir-se também que através dos elementos fornecidos pelos autores
anteriormente apresentados que as atividades artísticas são fundamentais no processo
do desenvolvimento infantil, e que esta pode estar relacionada com todas as outras
áreas. E que através de cada uma das expressões da arte pode ser estimulado cada
competência seja social, emocional e psicológico.
Diante desta perspectiva, a arte na Educação Infantil apresenta-se como uma
linguagem de estrutura e características oportunas que possibilita ao educando, no
processo de criação, reformular e construir novos conhecimentos em circunstâncias
onde a percepção, a imaginação, a ação, a sensibilidade e o pensamento são
reativados. Por fim, deve-se priorizar o desenvolvimento de atividades teórico-práticas
artísticas que visam o desenvolvimento da imaginação, da expressão, da sensibilidade
e da capacidade estética das crianças. Um procedimento de incentivo para uma maior
conscientização por parte dos educadores acerca do processo de criação em arte na
Educação Infantil.

4. REFERÊNCIAS

BARBOSA, Ana Mae. Arte-Educação no Brasil. 5.ed - São Paulo: Perspectiva, 2006.

BRASIL, Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental.


Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF. V. 3,
1998.

BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais:


arte / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
BUORO, Anamelia Bueno. O olhar em Construção: Uma experiência de ensino e
aprendizagem da arte na escola. 6ª. Ed. São Paulo: Cortez, 2003. 160 p.

BUORO, Anamélia Bueno. Olhos que pintam. São Paulo: Editora Cortez, 2003.

COLI, Jorge. O que é Arte. 15ª ed., Editora Brasiliense, São Paulo – SP, 1995

DANTO, Arthur. O mundo da arte. Artefilosofia, Ouro Preto, n.1, p.13-25, jul. 2006

LINS, Claudia M. A.. A Arte e a Educação. Editora Fonte Viva, Juazeiro, 2011.

POZZI, Diana H. B.. Afinal, o que é Arte? Rev. Cult. Ext. USP, São Paulo, v. 19, p. 21-
25, mai. 2018

REIS, R. Educação pela Arte. Lisboa: Universidade Aberta, 2003.

SANS, P.T. C. Pedagogia do Desenho Infantil. São Paulo: Átomo, 2001.

SOUSA, A. (2003). A Educação pela Arte e Arte na Educação, Música e Artes


Plásticas.3ºvolume. Lisboa: Instituto Piaget

VYGOTSKY, Lev S. Psicologia Pedagógica. Porto Alegre: Artmed, 2001.

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