O documento é uma poesia gaúcha que descreve aspectos da cultura e paisagens do Rio Grande do Sul, como ouvir o canto de pássaros, ver bois e potros, e sentir orgulho e apego por sua terra natal.
O documento é uma poesia gaúcha que descreve aspectos da cultura e paisagens do Rio Grande do Sul, como ouvir o canto de pássaros, ver bois e potros, e sentir orgulho e apego por sua terra natal.
O documento é uma poesia gaúcha que descreve aspectos da cultura e paisagens do Rio Grande do Sul, como ouvir o canto de pássaros, ver bois e potros, e sentir orgulho e apego por sua terra natal.
Enquanto uma saracura Qual a minha procedência Vai cantando empoleirada Da província de São Pedro Escuto o grito do sorro Padroeiro da querência E lá no piquete relincha o potro tordilho Oh, meu Rio Grande Na boca da noite me aparece um De encantos mil zorrilho Disposto a tudo pelo Brasil Vem mijar perto de casa Querência amada dos parreirais Pra inticá com a cachorrada Da uva vem o vinho Do povo vem o carinho Lá no santo do capão Bondade nunca é demais O subiar de um nambú Numa trincheira o jacú Berço de Flores da Cunha Grita o sabiá nas pitanga E de Borges de Medeiros E bem na costa da sanga Terra de Getúlio Vargas Berra a vaca e o bezerro Presidente brasileiro No barulho dos cincerro Eu encontro os bois de canga Eu sou da mesma vertente Quando rompe a estrela d'alva Que Deus saúde me mande Aquento a chaleira já quase no Que eu possa ver muitos anos clariá o dia O céu azul do Rio Grande Meu pingo de arreio relincha na Te quero tanto, torrão gaúcho estrevaria Morrer por ti me dou o luxo Enquanto uma saracura Querência amada Vai cantando empoleirada Planície e serra Escuto o grito do sorro Dos braços que me puxa E lá no piquete relincha o potro Da linda mulher gaúcha tordilho Beleza da minha terra Na boca da noite me aparece um zorrilho Meu coração é pequeno Vem mijar perto de casa Porque Deus me fez assim Pra inticá com a guapecada O Rio Grande é bem maior Mas cabe dentro de mim Sou da geração mais nova Poeta bem macho e guapo Querência Amada Nas minhas veias escorre Teixeirinha Quem quiser saber quem sou O sangue herói de farrapo Manchou de sangue a espora prateada Deus é gaúcho Anoiteceu o povo pelo campo De espora e mango Procurando um morto pela invernada Foi maragato ou foi chimango Querência amada Compraram vela fizeram um caixão Meu céu de anil A minha alma estava encomendada Este Rio Grande gigante A meia noite mais de mil pessoas Mais uma estrela brilhante Deixaram da busca desacorçoadas Na bandeira do Brasil Dali a pouco ouviram um tropel Composição: Teixeirinha Olharam o campo noite enluarada Eu vinha vindo no tordilho negro Tordilho Negro Feliz saboreando uma marcha troteada Os Serranos Correu notícia de um gaúcho Boleei a perna na frente do povo Lá da estância do paredão Deixei a rédea arrastar no capim Tinha um cavalo tordilho negro Banhado em suor o tordilho negro Foi mal domado ficou redomão Ficou pastando ao redor de mim Este gaúcho dono do pingo Tinha uma prenda no meio do povo Desafiava qualquer peão Muito gaúcha eu falei assim Dava o tordilho negro de presente Venha provar a marcha do tordilho Pra quem montasse sem cair no chão Faça o favor monte no selim Eu fui criado na lida de campo Andou no pingo mais de meia hora Não acredito em assombração Deu-me uma rosa lá do seu jardim Fui na estância topar o desafio Levei pra casa o meu tordilho negro Correu boato na população Mais uma história que chega no fim Composição: Teixeirinha Era um domingo clareava o dia Puxei o pingo e o povo reuniu Joguei os trastes no lombo do taura Murchou a orelha tive um arrepio
Botei a ponta da bota no estribo
Algum gaiato por perto sorriu Ainda disseram comigo eram oito Que boleou a perna montou e caiu
Saltei do lombo e gritei pro povo
Este será o último desafio Tordilho negro berrava na espora Por vinte horas ninguém mais nos viu Mais de uma légua o pingo corcoveou