CENÁRIOS POLÍTICOS ARKO ADVICE

BRASIL 2022 NOVEMBRO

Produzido por Murillo de Aragão

Nº 255 > Brasília > DF Cristiano Noronha
Ricardo Stuckert /Lula Oficial

UMA NOVA
CHANCE
 CENÁRIOS POLÍTICOS N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 2
SUMÁRIO Exclusivo para clientes Arko
ARKO ADVICE

ELEIÇÃO PARA PRESIDENTE CONGRESSO NACIONAL

Sucessão no legislativo ....................................................................................................................................................................................... 24

Raio-X do 2º turno .......................................................................................................................................................3

Lula eleito com a menor vantagem da história.....................................................................4 CÂMARA DOS DEPUTADOS

Votos por região ................................................................................................................................................................5 Câmara terá menos partidos ...................................................................................................................................................................... 25

Onde Lula venceu..........................................................................................................................................................6 Quociente eleitoral ................................................................................................................................................................................................. 26

Lula de volta ao planalto ......................................................................................................................................7 ELEIÇÃO PARA O SENADO

O novo mapa político do brasil...................................................................................................................8
Senado com apenas um novato e centro-direita fortalecida ........................................................................ 27
Lula terá que buscar o centro e a direita .......................................................................................9
Mapa eleitoral................................................................................................................................................................................................................. 28
Pauta legislativa pós-eleição .........................................................................................................................10
ELEIÇÃO PARA GOVERNADOR
Principais propostas .................................................................................................................................................11

Desafios do próximo presidente.............................................................................................................12 PT e UB elegem o maior número de governadores .................................................................................................. 29

Eleitos no 1º turno.........................................................................................................................................................................................30-34
Os primeiros 100 dias...........................................................................................................................................13
Eleitos no 2º turno.........................................................................................................................................................................................35-38
A vitória de lula e a política externa................................................................................................14
Boletim eleitoral por partido .................................................................................................................................................................... 39
Discurso da vitória.......................................................................................................................................... 15-17
DESEMPENHO PARTIDÁRIO
Nova esplanada dos ministérios ..............................................................................................................18

Perfil dos ministeriáveis ......................................................................................................................................20 Desempenho partidário ................................................................................................................................................................................... 40

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 CENÁRIOS POLÍTICOS
ELEIÇÃO PARA Exclusivo para clientes Arko
presidente
RAIO-X DO 2º
Pela primeira vez desde que a reeleição foi instituída, um presidente
01 da República no cargo não é reeleito.
Com 77 anos, Lula (PT) se torna o candidato mais velho a assumir a
02 Presidência da República e o único a se eleger três vezes para o cargo.
Esta é a primeira eleição em que Jair Bolsonaro (PL) não sai vitorioso.
03 Ele concorreu a vereador, sete vezes a deputado federal e duas a
presidente da República, sendo essa sua primeira derrota.
A distância entre Lula e Bolsonaro foi de 2,1 milhões de votos (1,8%),
a menor já registrada em eleições presidenciais. O recorde anterior
04 ocorreu em 2014, entre Dilma Rousseff (PT) e Aécio Neves (PSDB),
quando a diferença foi de 3,5 milhões de votos, 3,28% do total.
O resultado reforça a tradição de que Minas Gerais reflete o cenário
nacional. Nunca um candidato à Presidência conseguiu ganhar no país
05 sem conquistar o estado mineiro. Apesar da pequena distância, 0,40%,
a tendência se manteve.
A abstenção no segundo turno (20,59%) foi menor do que a registrada
no primeiro turno (20,95%). Os dados mostram queda de 0,37 ponto
06 no percentual de eleitores que não foram às urnas. O movimento é
atípico, já que, historicamente, a abstenção costuma crescer de um
turno para o outro.
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N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 3
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turno
Lula ganhou em 13 estados, com destaque no Piauí, com quase
77% dos votos, na Bahia (72%) e no Maranhão (71%). Jair Bolsonaro
07 ganhou em 13 unidades da Federação, com destaque para Roraima
(76%), Acre (70%) e Rondônia (70%).
Na Região Norte, ao contrário do 1º turno, Bolsonaro venceu Lula
08 com 51,03% dos votos válidos. O Amapá foi o único estado do país
em que houve virada.
O PSDB perdeu São Paulo, maior colégio eleitoral do país, mas
09 elegeu três governadores. Ao se reeleger para o Rio Grande do Sul,
Eduardo Leite assume a posição de principal liderança do partido.
Estas eleições apresentaram o maior índice de reeleição de
governadores da história. Dos 20 que tentaram se reeleger, 18
10 tiveram sucesso. Os partidos que mais elegeram foram o PT e o
União Brasil, com quatro governadores cada.
No segundo turno, o bolsonarismo conseguiu eleger dois
governadores: Jorginho Mello (PL), em Santa Catarina, com 70,6%
11 dos votos, maior percentual registrado; e Tarcísio de Freitas
(Republicanos), em São Paulo, com 55,3% dos votos.
O Republicanos governará para o maior número de eleitores: mais
de 35,7 milhões. A marca é puxada por São Paulo, que reúne 34,6
12 milhões. O partido também governará Tocantins. Já o Solidariedade
é o partido que governará para menos eleitores: 550.687.
SUMÁRIO
 CENÁRIOS POLÍTICOS N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 4
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presidente
Lula eleito com a MENOR VANTAGEM da história
As eleições presidenciais de 2022 ficarão 1º TURNO

marcadas pela cristalização da disputa 51,57%

2º TURNO
polarizada entre Lula (PT) e Jair Bolsonaro
(PL), que resultou em quebras de paradigmas
e de dados históricos. Esse foi o resultado mais 1º Turno - Votos:
49,10% 57.259.504
apertado já registrado entre dois candidatos
na história. O percentual que separou
Lula de Bolsonaro foi de 1,8%, pouco mais 2º Turno - Votos:
de 2,1 milhões de votos, número que se LULA 60.345.999
equipara ao eleitorado do Distrito Federal.
50,90%
O duelo entre dois candidatos com grande
índice de rejeição pode explicar essa margem 48,43%
apertada no resultado final. Durante 1 hora
1º TURNO 20,94% 20,59%
e 45 minutos, Bolsonaro liderou a disputa,
mas viu seu adversário virar o placar quando 1º TURNO 2º TURNO 32.765.980 32.192.725
67,76% das urnas estavam apuradas, distância
50,90%
ampliada com a evolução da apuração nos 2º TURNO
56,80%
estados em que Lula tem favoritismo.
1º Turno - Votos:
Lula entra para a história como o único 51.072.345
candidato eleito três vezes para o Palácio
do Planalto. Já Bolsonaro rompe uma 2º Turno - Votos:
tradição entre presidentes que tentam a 58.206.354
BOLSONARO
reeleição e se consagra como o primeiro
da história a não se reeleger. Temendo a 49,10%
abstenção, as duas campanhas intensificaram
o discurso pelo comparecimento às urnas, 43,20%
o que motivou mais um dado histórico: 2,82% 3,16%
o índice de abstenção do segundo turno 1,59% 1,43% 3.930.765
3.487.874
foi menor do que no primeiro, quando 1.964.779 1.769.678
20,95% não foram votar, frente a 20,59%
que se ausentaram neste domingo (30). Branco Nulo Abstenção

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presidente Votos POR REGIÃO
NORTE NORDESTE
1989 1994 1998 2002 2006 2010 2014 2018 1989 1994 1998 2002 2006 2010 2014 2018
Collor: FHC: FHC: Lula: Lula: Dilma: Dilma: Bolsonaro: Collor: FHC: FHC: Lula: Lula: Dilma: Dilma: Haddad:
1º Turno

1º Turno
50,5% 58,9% 57,6% 44,4% 56,1% 41,9% 50,06% 43% 38,6% 57,6% 47,7% 45,9% 66,8% 59% 57,59% 50%
Lula: Lula: Lula: Serra: Alckmin: Serra: Aécio: Haddad: Lula: Lula: Lula: Serra: Alckmin: Serra: Aécio: Bolsonaro:
18,7% 25,5% 26,5% 22,7% 36,4% 34,8% 28,12% 37% 22,8% 30,3% 31,6% 19,8% 26,1% 24,6% 14,84% 26%
Collor: Lula: Lula: Dilma: Dilma: Bolsonaro: Collor: Lula: Lula: Dilma: Dilma: Haddad:
2º Turno

2º Turno
- - - -
70,5% 58,2% 65,6% 52,34% 56,54% 51,89% 55,7% 61,5% 77,1% 70,58% 71,80% 70,48%
Lula: Serra: Alckmin: Serra: Aécio: Haddad: Lula: Serra: Alckmin: Serra: Aécio: Bolsonaro:
- - - -
29,5% 41,8% 34,4% 47,65% 43,45% 48,11% 44,3% 38,5% 22,9% 29,42% 28,20% 29,52%

Na Região Norte, diferente do primeiro O Nordeste foi o grande fiel da

1º Turno 2º Turno Diferença de %
turno, o presidente Jair Bolsonaro (PL) balança das eleições de 2022 em 1º Turno 2º Turno Diferença de %

venceu o ex-presidente Lula (PT). Apesar favor de Lula. O resultado repete o

45,45 26,97
da queda na abstenção ter beneficiado fenômeno visto em 2014, quando,
Bolsonaro 51,03 Bolsonaro 30,66
os dois candidatos, foi Bolsonaro quem na acirrada disputa com Aécio
mais se beneficiou. A diferença de votos 5,58
Neves (PSDB), Dilma Rousseff 3,69

entre Bolsonaro e Lula foi praticamente a (PT) se reelegeu por conta de seu
47,08 66,76
mesma do segundo turno de 2018, quando desempenho entre o eleitorado
Lula 48,97 Lula 69,34
Bolsonaro venceu Fernando Haddad (PT) na nordestino. Apesar do Auxílio Brasil,
1,89 2,58
região por uma pequena diferença de votos. Bolsonaro teve uma votação pouco
O resultado indica uma divisão dos estados superior à obtida no primeiro turno.
do Norte entre o bolsonarismo e o lulismo.

CENTRO-OESTE SUL SUDESTE

1989 1994 1998 2002 2006 2010 2014 2018 1989 1994 1998 2002 2006 2010 2014 2018 1989 1994 1998 2002 2006 2010 2014 2018
Collor: FHC: FHC: Lula: Lula: Dilma: Dilma: Bolsonaro: Collor: FHC: FHC: Lula: Lula: Dilma: Dilma: Bolsonaro: Collor: FHC: FHC: Lula: Lula: Dilma: Dilma: Bolsonaro:
1º Turno
1º Turno

1º Turno

43% 60,4% 61,2% 43,1% 38,5% 39,1% 32,69% 58% 23,4% 41,3% 49,2% 49,4% 34,9% 41,5% 36,33% 57% 25,8% 56,1% 55,3% 46,5% 43,3% 41,2% 32,40% 53%
Lula: Lula: Lula: Serra: Alckmin: Serra: Aécio: Haddad: Lula: Lula: Lula: Serra: Alckmin: Serra: Aécio: Haddad: Lula: Lula: Lula: Serra: Alckmin: Serra: Aécio: Haddad:
16,4% 24,6% 22,1% 26,2% 51,6% 37,5% 40,98% 21% 8,1% 28,2% 38,8% 28,5% 54,9% 43,3% 47,2% 20% 17,8% 25,6% 25,6% 22,7% 45,2% 32,2% 39,44% 19%
Collor: Lula: Lula: Dilma: Dilma: Bolsonaro: Collor: Lula: Lula: Dilma: Dilma: Bolsonaro: Collor: Lula: Lula: Dilma: Dilma: Bolsonaro:
2º Turno
2º Turno

2º Turno

- - - - - -
63,2% 57,3% 52,4% 48,95% 42,58% 70,90 48,3% 58,8% 46,5% 45,67% 41,10% 68,26% 50,5% 63,0% 56,9% 53,51% 43,82% 65,37%
Lula: Serra: Alckmin: Serra: Aécio: Haddad: Lula: Serra: Serra: Serra: Aécio: Haddad: Lula: Serra: Alckmin: Serra: Aécio: Haddad:
- - - - - -
36,8% 42,7% 47,6% 51,04% 57,42% 29,10% 51,7% 41,2% 41,2% 54,33% 58,90% 31,74% 49,5% 37,0% 43,1% 46,48% 56,18% 34,63%

Embora o bolsonarismo tenha mantido No Sul, outro importante reduto No Sudeste, região em que o
1º Turno 2º Turno Diferença de % 1º Turno 2º Turno Diferença de % 1º Turno 2º Turno Diferença de %
sua força, ancorado no agronegócio, bolsonarista, Bolsonaro venceu Lula antipetismo ainda é muito forte,
o lulismo avançou no Centro-Oeste, 53,76
com uma expressiva votação. Porém, principalmente em São Paulo, 47,56
54,56
o que indica que parte do centro em relação ao resultado de quatro Bolsonaro, como em 2018, venceu Bolsonaro
Bolsonaro 60,21 Bolsonaro 61,84 54,26
trocou Bolsonaro por Lula. Lula teve anos atrás, perdeu cerca de 6,4 pontos o PT. Mas o presidente fez cerca de
6,45 6,70
mais votos na região em comparação percentuais. Lula, por sua vez, cresceu 7,28
11 pontos percentuais a menos que
com o resultado de Haddad em 2018. 37,83
6,4 pontos em relação ao desempenho no pleito passado. Lula, por outro 42,63
36,78
Ainda assim, não foi suficiente para de Haddad. A região Sul foi onde lado, conquistou 11,1 pontos a mais
Lula 39,79 Lula 38,16 Lula 45,74
suplantar o desempenho de Bolsonaro Bolsonaro mais angariou votos. que Haddad. Bolsonaro venceu em
1,96 1,38 3,11
que, em número de votos, também São Paulo e no Rio de Janeiro. Lula
teve resultado superior ao registrado venceu em Minas Gerais, que mais
e conquistou maioria dos votos. uma vez espelha o resultado nacional.
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presidente JAIR BOLSONARO LULA
1º Turno 2º Turno 1º Turno 2º Turno

Votação
% % % %
Estado % votos % votos (% de votos (Nº de votos % votos % votos (% de votos (Nº de votos
válidos) válidos) válidos) válidos)

AC 62,50 275.582 70,30 287.750 12,48% 4,42% 29,26 129.022 29,70 121.566 1,50% -5,78%

POR ESTADO AL

AM
36,05

42,80
621.515

880.198
41,32

48,90
687.827

961.741
14,62%

14,25%
10,67%

9,26%
56,50

49,58
974.156

1.019.684
58,68

51,10
976.831

1.004.991
3,86%

3,07%
0,27%

-1,44%

AP 43,41 187.621 51,36 200.547 18,31% 6,89% 45,67 197.382 48,64 189.918 6,50% -3,78%

BA 24,31 2.047.599 27,88 2.357.028 14,69% 15,11% 69,73 5.873.081 72,12 6.097.815 3,43% 3,83%
Onde Lula venceu CE 25,38 1.377.827 30,03 1.634.477 18,32% 18,63% 65,91 3.578.355 69,97 3.807.891 6,16% 6,41%

DF 51,65 910.397 58,81 1.041.331 13,86% 14,38% 36,85 649.534 41,19 729.295 11,78% 12,28%
RR
AP ES 52,23 1.160.030 58,04 1.282.145 11,12% 10,53% 40,40 897.348 41,96 926.767 3,86% 3,28%

AM PA MA
GO 52,16 1.920.203 58,71 2.193.041 12,56% 14,21% 39,51 1.454.723 41,29 1.542.115 4,51% 6,01%
CE RN
PB MA 26,02 983.861 28,86 1.082.749 10,91% 10,05% 68,84 2.603.454 71,14 2.668.425 3,34% 2,50%
PI PE
AC RO TO AL
BA SE MG 43,60 5.239.264 49,80 6.141.310 14,22% 17,22% 48,29 5.802.571 50,20 6.190.960 3,96% 6,69%
MT

DF MS 52,70 794.206 59,49 880.606 12,88% 10,88% 39,04 588.323 40,51 599.547 3,77% 1,91%
GO
1º TURNO MS
MG
ES MT 59,84 1.102.866 65,08 1.216.730 8,76% 10,32% 34,39 633.748 34,92 652.786 1,54% 3,00%
14 estados SP
RJ
PR PA 40,27 1.884.673 45,25 2.073.895 12,37% 10,04% 52,22 2.443.730 54,75 2.509.084 4,84% 2,67%
SC
RS
PB 29,62 717.416 33,38 802.502 12,69% 11,86% 64,21 1.554.868 66,62 1.601.953 3,75% 3,03%

PE 29,91 1.630.938 33,07 1.798.832 10,57% 10,29% 65,27 3.558.322 66,93 3.640.933 2,54% 2,32%
Bolsonaro (PL)
Lula (PT) PI 19,90 406.897 23,14 467.065 16,28% 14,79% 74,25 1.518.008 76,86 1.551.383 3,52% 2,20%
RR
AP PR 55,26 3.628.612 62,40 4.159.266 12,92% 14,62% 35,99 2.363.492 37,60 2.506.464 4,47% 6,05%

RJ 51,09 4.831.246 56,53 5.403.894 10,65% 11,85% 40,68 3.847.143 43,47 4.156.217 6,86% 8,03%
AM PA MA CE RN
PB RN 31,02 622.731 34,90 711.381 12,51% 14,24% 62,98 1.264.179 65,10 1.326.785 3,37% 4,95%
PI PE
AC RO TO AL
BA SE RO 64,36 581.306 70,66 633.236 9,79% 8,93% 28,98 261.749 29,34 262.904 1,24% 0,44%
MT

DF RR 69,57 207.587 76,08 213.518 9,36% 2,86% 23,05 68.760 23,92 67.128 3,77% -2,37%
GO
2º TURNO MS
MG
ES
RS 48,89 3.245.023 56,35 3.733.185 15,26% 15,04% 42,28 2.806.672 43,65 2.891.851 3,24% 3,03%
13 estados SP
RJ SC 62,21 2.694.406 69,27 3.047.630 11,35% 13,11% 29,54 1.279.216 30,73 1.351.918 4,03% 5,68%
PR
SC SE 29,16 378.610 32,79 421.086 12,45% 11,22% 63,82 828.716 67,21 862.951 5,31% 4,13%
RS
SP 47,71 12.239.989 55,24 14.216.587 15,78% 16,15% 40,89 10.490.032 44,76 11.519.882 9,46% 9,82%

TO 44,00 379.194 48,64 411.654 10,55% 8,56% 50,40 434.303 51,36 434.593 1,90% 0,07%

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ELEIÇÃO PARA
presidente
Lula de VOLTA AO PLANALTO
Doze anos após deixar a Presidência, Lula
Ricardo Stuckert/Lula Oficial
retorna ao poder numa eleição marcada
pela polarização da disputa, a mais acirrada
desde a redemocratização. A vitória de Lula
também marca o retorno do PT ao Palácio
do Planalto, seis anos após a destituição de
Dilma Rousseff, que sofreu um processo de
impeachment. Alvo da Operação Lava-Jato,
Lula foi implicado no esquema de corrupção,
acabou preso, mas obteve sucesso na batalha
jurídica e política contra a força-tarefa.
Seu algoz, o então juiz Sergio Moro, hoje
senador eleito, foi considerado suspeito
num processo bastante controverso.
Com a nova vitória, Lula assume a
Presidência pela terceira vez após a
redemocratização, algo inédito. Seu
retorno ao Planalto também se iguala a um
feito que somente Getúlio Vargas havia
conseguido, nas eleições de 1950. Além
disso, Lula conduz o PT à quinta vitória
em eleições presidenciais (2002, 2006,
2010, 2014 e 2018), em nove disputas.
Embora a eleição presidencial tenha sido
acirrada, a vitória de Lula é incontestável, já
que o ex-presidente, desde que recuperou
seus direitos políticos, em meados de 2021,
liderou todas as pesquisas de intenção de
voto de primeiro e de segundo turnos,
confirmando o favoritismo neste domingo
(30). Aliás, Lula esteve perto de vencer
no primeiro turno, quando faltou apenas
1,5% dos votos válidos para a vitória.
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Mesmo que Lula ainda não tenha detalhado
com clareza a sua agenda econômica, o
que gera dúvidas nos agentes econômicos,
os sinais emitidos pelo ex-presidente
indicam que ele apostará num governo de
união nacional. A maior evidência disso é
a presença do ex-governador de São Paulo
Geraldo Alckmin (PSB) como seu vice.
Mais do que isso, Lula atraiu para a sua
campanha líderes históricos do PSDB, como
o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso,
parte do MDB da Região Nordeste, além de
economistas que participaram da elaboração
do Plano Real, bem como nomes ligados
à ortodoxia e ao mercado financeiro, caso
de Armínio Fraga e Henrique Meirelles.
Ainda que os escândalos de corrupção da Era
PT e a pauta de costumes tenham colocado o
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N° 255
partido na defensiva, sobretudo no segundo
turno, a vitória passa, fundamentalmente,
por Lula ter conseguido se conectar com
os principais anseios do eleitorado: o
combate à fome, à miséria, à inflação e
ao desemprego, e a recuperação do poder
de compra. São pautas que remetem à
memória afetiva que a parcela mais pobre
da população, em especial no Nordeste,
possui em relação à Era Lula (2003-2010).
A partir desse legado, a campanha do ex-
presidente propôs um debate retrospectivo.
Outro mote da campanha lulista foi a
narrativa da frente ampla. Em diversas
oportunidades, Lula afirmou ser o
representante de um movimento para
reconstruir o Brasil e não um candidato
petista. Utilizou com frequência a clássica
frase do educador Paulo Freire: “Unir os
ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 7
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diferentes para vencer os antagônicos.”
E, na reta final da campanha, durante
um ato político realizado na PUC de
São Paulo, declarou que a sua gestão
“não será um governo do PT”. Além
disso, o petista passou a usar a cor
branca em substituição ao vermelho.
Chegou a afirmar que Alckmin representa
um contrapondo ao PT, reconhecendo que
ele e o ex-governador possuem diferenças.
E o mais importante: Lula retornou ao
jogo político como um candidato popular,
reforçando sua relação afetiva com os mais
pobres. Nesse sentido, outra frase muito
utilizada por Lula ao longo da disputa foi a
de que ele não irá governar, mas sim “cuidar
do povo”, o que busca transmitir esperança.
Lula também foi beneficiado pela alta
rejeição ao presidente Jair Bolsonaro
(PL) e por fatos novos que desgastaram
a campanha governista na reta final do
segundo turno. Alguns exemplos foram a
polêmica declaração de Bolsonaro sobre
meninas venezuelanas, o vazamento de
propostas econômicas impopulares estudadas
pelo ministro Paulo Guedes e o episódio
envolvendo o ex-deputado Roberto Jefferson
(PTB). Outro aspecto que ajudou Lula foi
o forte engajamento na campanha petista
da senadora Simone Tebet (MDB), terceira
colocada na disputa do primeiro turno.
SUMÁRIO

ELEIÇÃO PARA
presidente
O novo MAPA POLÍTICO do Brasil
Findas as eleições presidenciais mais
disputadas desde a redemocratização,
o Brasil apresenta um retrato político
complexo, que exigirá muita perícia do
novo presidente da República e, também,
das instituições e da sociedade civil.
A complexidade do cenário político
se evidencia por aspectos essenciais
que mencionaremos a seguir.
O primeiro aspecto que demanda
atenção reside no fato de o ex-presidente
Lula (PT) ter vencido com o resultado
mais apertado já visto em eleições
presidenciais desde a redemocratização.
E sua vitória decorreu muito mais
da rejeição ao atual presidente, Jair
Bolsonaro (PL), do que a uma adesão
às suas ideias e programas, que, no
geral, foram escassamente debatidas.
O segundo aspecto é que o novo
presidente foi eleito com um apoio
original minoritário do novo Congresso
Nacional, o que implicará amplas
negociações com os vários partidos. Tal
aspecto não é novo, mas, por conta do
ambiente de polarização política, é mais
desafiador. Especialmente pelo fato de
o perfil do Congresso ser, claramente,
de centro e de centro-direita, e com
aderência apenas parcial ao ideário original
de Lula e de seu principal partido.
CENÁRIOS POLÍTICOS N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 8
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Rogério Melo/PR
O terceiro aspecto refere-se ao fato de
o Congresso acumular poderes que não
existiam na era Lula. Assim, o novo
presidente terá que lidar com limitações
maiores à edição de medidas provisórias;
com o desafio de se votarem vetos
presidenciais com regularidade; o caráter
impositivo das emendas orçamentárias;
e, ainda, as limitações geradas pelo
conhecido Orçamento secreto.
Como o presidente estará limitado em
seus poderes, a atuação dos presidentes da
Câmara e do Senado terá papel relevante
na construção de maiorias no Parlamento
e, por isso, ter uma boa relação com ambos
será crucial para a governabilidade. No
passado, os apoios dos governos petistas
às disputas pelas lideranças do Congresso
provocaram ruídos e fraturas na base O quarto aspecto é que os governadores petista. Apesar disso, o Judiciário deverá
política. Agora, Lula terá que navegar com dos principais estados do país – Minas se manter forte, atuante e ativista. Assim
prudência nas negociações para as eleições Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo – como partidos e entidades associativas
dos novos comandantes das duas Casas. são de oposição ao presidente eleito. e sindicais continuarão a provocar a
Governadores politicamente fortes e o judicialização de decisões políticas em
Mesmo que o governo federal consiga federalismo fortalecido - durante e após a um ambiente de profusão de decisões
formar uma coligação majoritária de pandemia - impõem ao novo presidente a monocráticas das Cortes Superiores.
partidos no Congresso, poderá existir busca por um diálogo com chefes estaduais.
uma oposição forte aglutinada em torno Ainda no âmbito institucional, o
do bolsonarismo. Historicamente, isso No âmbito institucional, fica claro que o mapa da governabilidade impõe
só aconteceu no final do governo Dilma. presidente da República terá o desafio de construir um entendimento entre a
A situação que se apresenta agora, ainda estabelecer um bom relacionamento com equipe econômica do novo presidente
que não seja inédita, será desafiadora. o Poder Judiciário. Apesar da anulação e o presidente do Banco Central,
Como enfrentar uma oposição em das condenações de Lula, existem setores que terá mandato até fevereiro de
um Congresso mais independente? do Judiciário que ainda se opõem ao 2024. Como se sabe, as políticas
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 CENÁRIOS POLÍTICOS
ELEIÇÃO PARA
presidente
monetária e cambial são da competência da autoridade monetária e não
do Ministério da Fazenda. O entendimento entre um BC independente
e a equipe econômica faz parte da nova realidade política do país.
Lula volta ao poder em um ambiente de maior multipolaridade de grupos
de pressão que disputam poder e recursos. Nesse sentido, o presidente
eleito terá que construir pontes de entendimento com os militares, o
agronegócio e os evangélicos e, ao mesmo tempo, manter o apoio de
grupos sindicais e da sociedade civil. Como conciliar os apoios de centro
dos quais ele necessita no Congresso com pautas de interesses de sem-
terra, sem-teto e sindicalistas e que serão influentes no novo governo?
N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 9
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Por fim, a agenda inicial do novo presidente traz tanto questões relacionadas
à sua pauta quanto questões que já estão postas, como a extensão do Auxílio
Brasil, o debate sobre o Teto de Gastos e, ainda, as pressões por reajustes
salariais. Enquanto não houver uma definição clara de qual será a política
econômica do governo e quem será o seu comandante, as questões fiscais
continuarão gerando incertezas quanto aos rumos do novo governo.
O mapa político do Brasil em 2023 apresenta características inéditas
para o presidente eleito e que não existiam em seus mandatos anteriores.
Tal cenário exigirá, certamente, perícia e busca por consensos em um
ambiente de polarização que não desaparecerá rapidamente.

1º TURNO 2º TURNO

Eleições Presidenciais – Ranking de votações Eleições Presidenciais – Ranking de votações

30,47 54,28 53,06 46,44 48,61 46,91 41,59 46,03 48,43 53,03 61,27 60,83 56,05 51,64 55,00 50,90
Collor FHC FHC Lula Lula Dilma Dilma Bolsonaro Lula Collor Lula Lula Dilma Dilma Bolsonaro Lula
1989 1994 1998 2002 2006 2010 2014 2018 2022 1989 2002 2006 2010 2014 2018 2022

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presidente
Lula terá que buscar o centro e a direita
O presidente eleito Luiz Inácio constituída. A formação da turno, a aliança em torno do Lula pode buscar adesões disso, como se trata de legendas
Lula da Silva (PT) vai precisar bancada governista é construída candidato ainda ganhou apoios do até mesmo nos partidos mais cujos integrantes atuam com
construir maioria parlamentar mediante negociações com os PDT e do Cidadania. Contudo, à direita, que apoiaram o base em sistema de trocas de
para garantir o avanço de partidos políticos ou grupos apenas a bancada pedetista pode presidente derrotado Jair apoio por benefícios às suas
sua agenda legislativa no internos das legendas. ser contabilizada na futura base Bolsonaro (PL). Embora tenham bases eleitorais, é muito provável
Congresso Nacional. É natural governista, visto que o Cidadania sido adversários do petista na que o governo consiga atrair
do sistema de governabilidade Na Câmara dos Deputados, os compõe federação com o PSDB, que disputa presidencial, PL, PP e parcelas desses partidos.
brasileiro, conhecido como partidos da coligação de Lula não declarou apoio institucional, Republicanos, que terão 187
“presidencialismo de coalizão”, (PT, PSB, PCdoB, PV, PSOL, e as siglas terão posicionamento deputados e 24 senadores, Portanto, o desafio de Lula é
que o candidato vitorioso Rede, Solidariedade, Avante, unificado durante toda a legislatura. participaram de coligações aglutinar parte dos independentes
saia das urnas sem uma base Agir e PROS) elegeram 122 Dessa forma, a base inicial do em alguns estados alinhadas e da oposição para garantir
de sustentação política já deputados federais. No segundo governo Lula na Câmara é de 139 à candidatura de Lula. Além governabilidade nas duas Casas.
deputados. No Senado Federal,
entre os partidos aliados de Lula
apenas PT, PSB, PDT, PROS e
CORRELAÇÃO DE FORÇAS Rede terão representantes na Casa. CORRELAÇÃO DE FORÇAS
CÂMARA DOS DEPUTADOS Esse grupo soma 15 senadores. SENADO FEDERAL
PSDB Cidadania
Solidariedade
Rede
13
Podemos
12
5 Tais números estão bem abaixo
4
PROS
2
PSD
MDB
Patriota
4 da maioria absoluta de votos MDB
10 Cidadania
42 Podemos
necessária em ambas as Casas (257
3 1
PV 42 União Brasil 6
PCdoB Rede
6 10 PSDB
6

Avante
União Brasil PL na Câmara e 41 no Senado) para a 1 4
59 99
PSOL
7 aprovação de leis e mais ainda do PROS
1
PSD
11

PSB
12
quórum de 3/5 (308 na Câmara e PSB
PL
14
Independentes Independentes
14

PDT 177
49 no Senado) para a aprovação de 1
42 Republicanos
PP
17 47
PSC
6 alterações constitucionais. Portanto, PDT
3
3

Oposição
Novo
3
o governo terá que buscar apoios PP
Oposição 6 PSC
PT
68
Base inicial
CÂMARA DOS
197
Republicanos
entre os partidos de centro que se PT
SENADO 24 1
139 9 Base inicial
DEPUTADOS
41 PTB
1 classificam como independentes. 15 FEDERAL
Esse grupo contabiliza 177
deputados e 42 senadores.

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Meio Círculo Meio Círculo

513 81

Meio Círculo
513 Meio Círculo
81
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ELEIÇÃO PARA Exclusivo para clientes Arko
presidente
Principais PROPOSTAS
REFORMA TRIBUTÁRIA
Quer discutir a reforma tributária nos primeiros seis meses de governo. Defende o
desmembramento da proposta e que o pagamento de impostos seja proporcional à classe social.
Entre as sugestões está tributar lucros e dividendos. Pretende simplificar a tributação do consumo e
desonerar produtos de tecnologia.
REFORMA ADMINISTRATIVA
É contrário à proposta que tramita no Congresso Nacional, embora defenda que alguma reforma
seja realizada. Não especifica o que irá fazer, mas diz que é necessária uma reforma para trazer
equilíbrio a uma realidade em que “tem pouca gente ganhando muito e tem muita gente ganhando
muito pouco”.
TETO DE GASTOS
O programa menciona a revogação do teto de gastos e a revisão do atual regime fiscal, que será
substituído. Trata a âncora fiscal como “disfuncional e sem credibilidade” e vincula a norma aos
interesses de acionistas e banqueiros. Para o presidente eleito, a legislação limita a aplicação de
políticas públicas e de investimentos no país.
PRIVATIZAÇÕES
É contra privatizar estatais e a favor de fortalecer os bancos públicos. Lula fala em proteger o
patrimônio e recompor o papel do Estado e das estatais. O plano menciona a recuperação do papel
da Eletrobras como “patrimônio do povo”, o que coincide com a ideia de “rediscutir” sua venda. Mas,
em sabatina na CNN, Lula negou essa possibilidade.
AGRONEGÓCIO
Defende a reforma agrária, a agricultura familiar e programas de compras públicas para estimular
pequenos produtores. Fala em fortalecer a produção nacional de insumos, máquinas e implementos
agrícolas. Lula diz ser possível produzir sem invadir terras. Defende a demarcação de terras
indígenas e quilombolas.
MEIO AMBIENTE
Promete fortalecer o Sistema Nacional de Meio Ambiente e a Funai. Diz que combaterá o “modelo
predatório de exploração”. Fala na conservação, restauração e uso sustentável da biodiversidade.
Compromete-se com o “desmatamento líquido zero” e o reflorestamento. Defende que o Brasil
lidere um esforço na ONU contra o aquecimento global.
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N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 11
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POLÍTICA EXTERNA
Defende o multilateralismo e a política “Sul-Sul”, com enfoque na
América Latina e na África. Quer fortalecer blocos como o Mercosul,
a Unasul, a Celac e o Brics. Pretende, antes da posse, fazer viagens a
países simbólicos, como a China, Estados Unidos, nações da União
Europeia e da América Latina.
PETROBRAS
Prevê que a Petrobras volte a ser uma empresa integrada de
energia, investindo em exploração, produção, refino e distribuição e
atuando na transição ecológica e energética, como gás, fertilizantes,
biocombustíveis e energias renováveis. Defende o fim da política de
preço de paridade de importação (PPI).
DIREITOS TRABALHISTAS
Lula corrigiu o discurso e não fala mais em revogar a lei trabalhista,
mas em fazer mudanças para “adequar os direitos dos trabalhadores
à realidade econômica de hoje”. O plano enfatiza autônomos,
domésticas, profissionais em teletrabalho e de aplicativos. Prioriza
gerar empregos e aborda o fortalecimento do sindicalismo.
SAÚDE
Defende fortalecer o SUS e retomar os programas Mais Médicos e
Farmácia Popular. A equipe de Lula quer também reforçar as campanhas
nacionais de vacinação e exigir o cartão de vacina atualizado em
programas de transferência de renda. Quer, ainda, criar uma rede
nacional de vigilância epidemiológica.
EDUCAÇÃO
Propõe um programa de recuperação educacional para compensar
o tempo perdido pelos alunos na pandemia. Quer a continuidade
das políticas de cotas sociais e raciais na educação superior.
Promete universalizar a internet na rede pública.
SUMÁRIO
 CENÁRIOS POLÍTICOS
ELEIÇÃO PARA Exclusivo para clientes Arko
presidente
Desafios do próximo PRESIDENTE
EQUILÍBRIO FISCAL
Lula (PT) já anunciou que deverá revogar o Teto de Gastos. Por isso será cobrado a definir um
novo mecanismo para garantir que a relação dívida/PIB não cresça. Em discursos o petista,
tem dito que não depende do estabelecimento de uma regra para manter a responsabilidade
fiscal. O governo será pressionado por uma série de gastos que se apresentam como
desafios para o equilíbrio fiscal, caso do gasto com um Auxílio Brasil de R$ 600.
REFORMAS
Para abrir espaço no Orçamento e incentivar a economia, Lula precisará construir consenso no Congresso
para a aprovação de reformas. Ele vem defendendo a realização de uma Reforma Tributária, tema
discutido há anos entre os parlamentares com pouco sucesso. O presidente eleito defendeu uma
reforma baseada na progressividade, chegou a defender um IVA (Imposto sobre Valor Agregado) e
quer instituir o imposto sobre lucros e dividendos, proposta já aprovada na Câmara, mas travada no
Senado. Por afetar um número muito grande de interessados, a reforma pode enfrentar dificuldades.
GOVERNABILIDADE
O principal desafio de Lula será lidar com um Congresso em que a centro-direita avança. Os partidos
da coligação de Jair Bolsonaro (PL) conquistaram 187 cadeiras na Câmara. Em 2002, a principal
oposição a Lula era o PSDB, que se coligou com o PMDB, elegendo, juntos,145 deputados. Como
em 2002, parte dos adversários de Lula nas eleições não deve se consolidar como oposição e
deve voltar ao centro. Mas alguns elementos são diferentes nos dois cenários. Quando assumiu
a Presidência em 2003, Lula pôde contar com um PT campeão nas eleições parlamentares – 91
deputados eleitos –, um forte pilar para a sua base governista. Além disso, apesar de sempre presente
na política brasileira, a polarização em 2023 será muito mais enérgica e “devota” do que em 2003.
CRESCIMENTO ECONÔMICO
Com os juros altos e o fim de incentivos, o mercado financeiro estima que o crescimento econômico
diminua de velocidade em 2023. A projeção do mais recente Boletim Focus é que o PIB cresça 0,63% em
2023. Para gerar crescimento econômico, o governo petista pretende mirar nas obras de infraestrutura
e habitação e no estímulo ao consumo. Tudo isso enquanto se equilibra no combate à inflação. Embora
tenha tido uma retomada econômica após a pandemia, o Brasil foi um dos países que acumularam
maior índice de inflação no período de emergência sanitária, entre 2020 e 2022. Vale destacar que,
com o Banco Central independente, Lula terá menos ingerência sobre a política monetária.
CENÁRIO EXTERNO
Internacionalmente, o cenário projetado para os próximos anos também é de redução no
crescimento. De acordo com o Banco Mundial, a inflação global deve atingir o pico no final
deste ano, o que elevará o risco crescente de uma recessão global em 2023, puxada pelas
economias dos Estados Unidos, da China e dos países da Europa. A tendência nesse cenário é de
menor investimento estrangeiro no país e de redução das exportações. Medidas de contenção
precisarão ser adotadas pelo Brasil como forma de amenizar o efeito da recessão no país.
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N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 12
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MEIO AMBIENTE
Lula utilizou o tema do meio ambiente como um ponto de diferenciação em relação a
Jair Bolsonaro. Prometeu frear o desmatamento ilegal e recuperar áreas degradadas,
além de incluir lideranças indígenas na formulação de políticas públicas. O desafio,
contudo, será mostrar resultados. Órgãos internacionais continuarão cobrando e Lula
precisará de dados que demonstrem que as políticas públicas estarão tendo efeito.
O presidente eleito também enfrentará o desafio da regulamentação dos créditos de
carbono e precisará dar prosseguimento à expansão da geração de energia renovável.
RELAÇÃO COM OS PODERES
Apesar de prometer uma relação mais harmoniosa com o Judiciário, Lula deve ter
que lidar com pressões no Congresso contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Com maioria de centro-direita, o Congresso já discute
a definição de um mandato fixo para ministros e a revisão das atribuições da Corte
Eleitoral, por exemplo. Lula também terá que equalizar a relação com o Legislativo,
com a possibilidade de a direita eleger os presidentes da Câmara e do Senado.
GESTÃO ORÇAMENTÁRIA
Em seu primeiro ano de governo, Lula precisará trabalhar com base em um Orçamento
aprovado durante a gestão de Jair Bolsonaro. Por isso, nos próximos dias, a base
petista já deve negociar que programas do PT serão incluídos no Orçamento. O
chamado “Orçamento secreto” também será um desafio. Na gestão Bolsonaro,
a liberação de emendas de relator tem sido um importante ativo para garantir a
governabilidade. Tentar acabar com o mecanismo, como propõe Lula, deve criar
atrito com os parlamentares, que muito se beneficiaram com a ferramenta.
BLOCOS ECONÔMICOS
Lula tem indicado que quer dar nova direção ao relacionamento do Brasil com os blocos
econômicos. Se o ingresso na Organização para a Cooperação e Desenvolvimento
Econômico (OCDE), muito trabalhado nos governos Temer e Bolsonaro, não for
concretizado até o fim do ano pode acabar saindo do foco. O presidente eleito prefere
focar na negociação do acordo entre o Mercosul e a União Europeia, mas o tema
continua sendo um desafio, já que Lula defende um rebalanceamento dos termos.
SOCIAL
Lula precisará equacionar a continuidade do Auxílio Brasil. Paralelamente, deverá
tentar reverter para si os créditos pelo programa, conforme tinha quando se
chamava Bolsa Família. Precisará também encaixar no Orçamento a reestruturação
dos programas de habitação popular, como tem prometido. As áreas de saúde
e educação representam igualmente desafios, devido ao passivo gerado pela
pandemia – seja na fila crescente de cirurgias, seja no déficit educacional.
SUMÁRIO
 CENÁRIOS POLÍTICOS
ELEIÇÃO PARA Exclusivo para clientes Arko
presidente
Os primeiros 100 DIAS
AUXÍLIO BRASIL
Caso o Congresso Nacional não aprove, até o fim deste ano, uma solução para manter em 2023 o
Auxílio Brasil em R$ 600, o presidente Lula (PT) assume o governo já com essa missão. Para evitar
um problema logo no início de sua gestão, ele deve se esforçar para garantir que em janeiro a
população já receba uma parcela maior do Auxílio. Lula, contudo, também tem dito que deverá
mudar o direcionamento do benefício, criando condicionantes.
COMANDO DO CONGRESSO
O posicionamento de centro-direita da maioria dos deputados eleitos fortaleceu Arthur Lira
(PP-AL) na busca por mais dois anos como presidente da Câmara. No entanto, se Lula fizer uma
coalizão, poderá investir em um nome que seja um contraponto a Lira, sem radicalismo, porém com
conhecimento da Casa. No Senado, Lula deve atuar por Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que, apesar
de não ter declarado apoio explícito ao PT, teve momentos de aproximação com o petista. Pacheco
impôs um freio às propostas aprovadas de forma célere pela Câmara.
COMBUSTÍVEIS
Apesar da redução de impostos, com a guerra entre Rússia e Ucrânia ainda em curso e o
mercado projetando estabilidade no câmbio, é pouco provável que o preço do petróleo caia
significativamente. Há ainda a possibilidade de o Supremo Tribunal Federal modular as regras
aprovadas pelo Congresso para reduzir o ICMS sobre os combustíveis. Portanto, no segundo
mandato, o tema continuará sendo um desafio e deve gerar reações do governo.
ORÇAMENTO
Com o Auxílio Brasil de R$ 600 pressionando os gastos públicos, o governo terá que reorganizar
as finanças para “tapar buracos” no Orçamento. As áreas da saúde e da educação vão demandar
recomposições, como o programa Farmácia Popular, que teve redução de recursos para acomodar
emendas de relator. O governo também precisará equalizar a queda de braço com o Parlamento na
questão dessas emendas, conhecidas como “Orçamento secreto”. A expectativa é de que, em 2023,
R$ 19 bilhões do Orçamento sejam para essas rubricas. Lula é contra e prometeu, através do diálogo,
acabar com elas.
TETO DE GASTOS
Lula já verbalizou que pretende acabar com o Teto de Gastos, âncora fiscal criada no governo Temer
que garante o equilíbrio das contas públicas e evita exageros por parte do governo. Lula, no entanto,
não deixou claro que mecanismo será utilizado para garantir a responsabilidade fiscal. Pressionado,
publicou uma carta, antes do segundo turno, afirmando que divulgará compromissos fiscais
plurianuais. Com apoio expresso de Henrique Meirelles, responsável pela implementação do Teto,
espera-se que Lula mantenha alguma austeridade fiscal.
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N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 13
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FORMAÇÃO DE ALIANÇAS
A busca por alianças será costurada já no dia seguinte ao segundo turno. Lula precisará
dialogar com presidentes partidários e buscar coalizões que lhe permitam mais tranquilidade e
governabilidade. Embora tenha sido eleito por uma frente formada por dez partidos, as maiores
legendas ainda não estão com ele, caso de PL, União Brasil e PP. Vale lembrar que, embora elas
tenham formado o tripé de sustentação do governo Bolsonaro, são legendas que já estiveram nos
governos petistas e com tendência governista.
AGENDA DE REFORMAS
Lula já prometeu algumas mudanças estruturantes, a começar pelo sistema tributário brasileiro.
Ele deve priorizar a agenda nos primeiros dias de governo, até porque um dos objetivos é tributar
lucros e dividendos e aumentar a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$
5 mil. O tema é discutido no Congresso, mas exigirá novas tratativas e negociações. Outra agenda
que deve ser priorizada é a lei trabalhista, que, segundo Lula, será adaptada para acolher novas
categorias de trabalhadores, como os motoristas de aplicativos.
GOVERNADORES
Para dar início ao terceiro mandato, Lula deve se reunir, logo nos primeiros dias, com todos os
governadores de estado eleitos e reeleitos. Segundo o petista, a ideia é que o governo federal e
os estados discutam os problemas do país e diagnostiquem as prioridades das áreas de saúde,
educação e infraestrutura. Na gestão Bolsonaro, uma parcela dos governadores fez oposição ao
governo por conta de pautas que prejudicavam os cofres estaduais, como a redução do ICMS,
tema que precisará ser modulado pelo novo presidente.
EQUIPE MINISTERIAL
Nos primeiros dias de governo, Lula deve anunciar como será formada a sua Esplanada dos
Ministérios. Ele deve dar prioridade a nomes políticos, mas também precisará usar os cargos
para construir alianças e recompensar nomes que tiveram importância ao longo da campanha.
Além dos partidos de esquerda, há grandes chances de que nomes das siglas de centro sejam
escolhidos.
CÂMARA E SENADO
Tanto na Câmara quanto no Senado, Lula deve ter uma forte oposição ao seu governo,
já que a eleição para o Congresso reforçou o viés centro-direita do Parlamento. Além de
definir as lideranças e vice-lideranças nas duas Casas, Lula precisará dialogar para ampliar
sua governabilidade. Lideranças antigas dos partidos de centro que apoiaram Bolsonaro, PL
principalmente, devem optar pelo diálogo, mas verão suas bancadas rachadas e possíveis
dissidências. A base de Lula também começará o governo com menos força para disputar
a presidência de comissões importantes, como a CCJ, que tem o poder de barrar qualquer
proposição, e a CMO, essencial para o desenho do Orçamento.
SUMÁRIO

ELEIÇÃO PARA
presidente
A vitória de Lula e a POLÍTICA EXTERNA
A vitória de Lula marcará uma grande
mudança na política externa brasileira.
Durante o governo Bolsonaro, houve uma
tentativa de reposicionar o Itamaraty dentro
de uma lógica de inserção global a partir
dos pensamentos do filósofo Olavo de
Carvalho. O ex-chanceler Ernesto Araújo
não conseguiu executar um trabalho
relevante e, com o tempo, foi substituído
pelo competente Carlos França.
Em seus dois primeiros governos, Lula
deixou muito claro que a regência da
política externa brasileira estava mais a
cargo do PT que do Executivo. A política
externa “bicéfala” de Lula contava com
Celso Amorim, liderando a partir do
Itamaraty, e com Marco Aurélio Garcia,
de dentro do Palácio, agindo como o
“chanceler de facto” do governo Lula.
Em 2004 era clara a meta de Lula de ter
o PT influenciando a política externa
nacional. Afinal, o objetivo central era
manter o partido ocupado com outro
tema que não tivesse ligação direta com
o Ministério da Fazenda. Isso gerou uma
situação um pouco paradoxal, sobretudo
a partir dos olhos de estrangeiros: se,
por um lado, havia pragmatismo a
partir do Ministério da Fazenda, na
política externa o posicionamento
mais ideológico era mais detectável.
CENÁRIOS POLÍTICOS N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 14
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A partir de 2023, Lula não promoverá uma
Luis Tajes/SETUR
política externa nesses moldes. Certamente,
a relação com países com governos à
esquerda será forte e relevante e veremos,
na região, um diálogo mais sólido com
Argentina, Venezuela, Chile, Peru, por
exemplo. Mas, diferentemente do primeiro
governo Lula, o BNDES não deverá ter o
papel de linha auxiliar na política externa.
Naquela época, o banco de fomento era
uma peça instrumental na busca por
influência e liderança na região. Mas as
controvérsias envolvendo empréstimos
a Cuba, Venezuela e Bolívia devem
pressionar o governo a manter a instituição
voltada para um papel mais doméstico.
O relacionamento com os Estados Unidos
será melhor no âmbito presidencial, já Palácio do Itamaraty
que Lula e Joe Biden poderão iniciar do
zero a relação. Importante ressaltar que o
volume das relações Brasil-EUA é grande e boa vontade para as relações entre Brasil Em relação a alguns objetivos macro da política
contínuo, independentemente da postura e China no âmbito presidencial. A China externa brasileira, o governo de Lula não irá
entre presidentes. Em geral, os principais mantém interesse em investir mais no mudar 180 graus. O processo de adesão à OCDE
acordos entre os dois países correm de uma Brasil e deseja, principalmente, oferecer deve seguir em frente, independentemente de
forma tranquila nos níveis burocráticos. linhas de crédito para o governo federal, ter ganhado protagonismo no governo Bolsonaro.
focando em projetos de infraestrutura. É O acordo entre Mercosul e União Europeia
Com a China, decerto teremos um de se esperar que, assim como aconteceu deverá ser ratificado pelos países-membros
convívio mais amigável no âmbito nos governos Lula, Dilma, Temer e do bloco europeu. A política ambiental, tão
público. O relacionamento entre o PT e o Bolsonaro, o Brasil continue recusando importante para a comunidade internacional,
Partido Comunista Chinês é antigo, com tais linhas de crédito, a fim de não criar será um componente crucial na narrativa
frequentes intercâmbios. Isso facilitará o uma dependência financeira a partir da de Lula, em especial dentro do objetivo de
diálogo nesse nível e trará uma aura de já existente dependência comercial. melhorar as relações com os europeus.
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ELEIÇÃO PARA
presidente
“Eu quero começar essa pequena fala que
vai ser lida com um agradecimento a Deus.
Porque eu a vida inteira sempre achei que
Deus sempre foi muito generoso comigo
para permitir que eu saísse de onde eu saí
para chegar onde eu cheguei. E sobretudo
nesse momento em que nós não enfrentamos
um adversário, não enfrentamos um
candidato, enfrentamos a máquina do estado
brasileiro colocada a serviço do candidato
da situação para evitar que nós ganhássemos
a eleição. E graças ao povo brasileiro, a
quem eu quero agradecer de coração.
O povo que votou em mim, em quem votou
no adversário, quem foi pra urna, quem se
dignou a cumprir com seu compromisso
civilizatório eu quero dar os parabéns. e
sobretudo dar os parabéns as pessoas que
votaram em mim, por que eu me considero
um cidadão que teve um processo de
ressurreição na política brasileira porque
tentaram me enterrar vivo e estou aqui
para governar esse país numa situação
muito difícil, mas eu tenho fé em Deus que
com a ajuda do povo nós vamos encontrar
uma saída para viver democraticamente
e harmonicamente, e que a gente possa
estabelecer a paz entre as famílias, entre os
divergentes, para que a gente possa construir
um mundo que nós precisamos e o Brasil.
Meus amigos e minhas amigas.
Chegamos ao final de uma das mais importantes
eleições da nossa história. Uma eleição que
colocou frente a frente dois projetos opostos
de país, e que hoje tem um único e grande
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Discurso da VITÓRIA
vencedor: o povo brasileiro. Esta não é uma
vitória minha, nem do PT, nem dos partidos
que me apoiaram nessa campanha. É a vitória
de um imenso movimento democrático que
se formou, acima dos partidos políticos,
dos interesses pessoais e das ideologias,
para que a democracia saísse vencedora.
Neste 30 de outubro histórico, a maioria do
povo brasileiro deixou bem claro que deseja
mais – e não menos democracia. Deseja mais
– e não menos inclusão social e oportunidades
para todos. Deseja mais – e não menos respeito
e entendimento entre os brasileiros. Em
suma, deseja mais – e não menos liberdade,
igualdade e fraternidade em nosso país.
O povo brasileiro mostrou hoje
que deseja mais do que exercer o
direito sagrado de escolher quem vai
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N° 255
governar a sua vida. Ele quer participar
ativamente das decisões do governo.
O povo brasileiro mostrou hoje que deseja mais
do que o direito de apenas protestar que está com
fome, que não há emprego, que o seu salário é
insuficiente para viver com dignidade, que não
tem acesso a saúde e educação, que lhe falta um
teto para viver e criar seus filhos em segurança,
que não há nenhuma perspectiva de futuro.
O povo brasileiro quer viver bem, comer bem,
morar bem. Quer um bom emprego, um salário
reajustado sempre acima da inflação, quer ter
saúde e educação públicas de qualidade.
Quer liberdade religiosa. Quer livros
em vez de armas. Quer ir ao teatro, ver
cinema, ter acesso a todos os bens culturais,
porque a cultura alimenta nossa alma.
ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 15
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O povo brasileiro quer ter de volta a esperança.
É assim que eu entendo a democracia. Não
apenas como uma palavra bonita inscrita na
Lei, mas como algo palpável, que sentimos na
pele, e que podemos construir no dia-dia.
Foi essa democracia, no sentido mais amplo
do termo, que o povo brasileiro escolheu hoje
nas urnas. Foi com essa democracia – real,
concreta – que nós assumimos o compromisso
ao longo de toda a nossa campanha.
E é essa democracia que nós vamos buscar
construir a cada dia do nosso governo.
Com crescimento econômico repartido
entre toda a população, porque é assim
que a economia deve funcionar – como
instrumento para melhorar a vida de todos,
e não para perpetuar desigualdades.
ESTA NÃO É UMA VITÓRIA
MINHA, NEM DO PT,
NEM DOS PARTIDOS
QUE ME APOIARAM
NESSA CAMPANHA.
É A VITÓRIA DE UM
IMENSO MOVIMENTO
DEMOCRÁTICO QUE SE
FORMOU, ACIMA DOS
PARTIDOS POLÍTICOS, DOS
INTERESSES PESSOAIS E
DAS IDEOLOGIAS, PARA
QUE A DEMOCRACIA
SAÍSSE VENCEDORA.
SUMÁRIO

ELEIÇÃO PARA
presidente
A roda da economia vai voltar a girar, com
geração de empregos, valorização dos salários
e renegociação das dívidas das famílias
que perderam seu poder de compra.
A roda da economia vai voltar a girar com
os pobres fazendo parte do orçamento.
Com apoio aos pequenos e médios
produtores rurais, responsáveis por 70% dos
alimentos que chegam às nossas mesas.
Com todos os incentivos possíveis aos micros
e pequenos empreendedores, para que eles
possam colocar seu extraordinário potencial
criativo a serviço do desenvolvimento do país.
É preciso ir além. Fortalecer as políticas de
combate à violência contra as mulheres, e
garantir que elas ganhem o mesmo salários
que os homens no exercício de igual função.
Enfrentar sem tréguas o racismo, o
preconceito e a discriminação, para que
brancos, negros e indígenas tenham os
mesmos direitos e oportunidades.
Só assim seremos capazes de construir um país
de todos. Um Brasil igualitário, cuja prioridade
sejam as pessoas que mais precisam. Um
Brasil com paz, democracia e oportunidades.
Minhas amigas e meus amigos.
A partir de 1º de janeiro de 2023 vou
governar para 215 milhões de brasileiros, e
não apenas para aqueles que votaram em
mim. Não existem dois Brasis. Somo um único
país, um único povo, uma grande nação.
Não interessa a ninguém viver numa família
onde reina a discórdia. É hora de reunir de
novo as famílias, refazer os laços de amizade
rompidos pela propagação criminosa do ódio.
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A ninguém interessa viver num país dividido,
em permanente estado de guerra.
Este país precisa de paz e de união. Esse
povo não quer mais brigar. Esse povo
está cansado de enxergar no outro um
inimigo a ser temido ou destruído.
É hora de baixar as armas, que jamais
deveriam ter sido empunhadas. Armas
matam. E nós escolhemos a vida.
O desafio é imenso. É preciso reconstruir
este país em todas as suas dimensões.
Na política, na economia, na gestão
pública, na harmonia institucional, nas
relações internacionais e, sobretudo, no
cuidado com os mais necessitados.
É preciso reconstruir a própria alma deste país.
Recuperar a generosidade, a solidariedade, o
respeito às diferenças e o amor ao próximo.
Trazer de volta a alegria de sermos brasileiros,
e o orgulho que sempre tivemos do verde-
amarelo e da bandeira do nosso país. Esse verde-
amarelo e essa bandeira que não pertencem
a ninguém, a não ser ao povo brasileiro.
Nosso compromisso mais urgente é acabar
outra vez com a fome. Não podemos aceitar
como normal que milhões de homens,
mulheres e crianças neste país não tenham
o que comer, ou que consumam menos
calorias e proteínas do que o necessário.
Se somos o terceiro maior produtor mundial
de alimentos e o primeiro de proteína animal,
se temos tecnologia e uma imensidão de terras
agricultáveis, se somos capazes de exportar
para o mundo inteiro, temos o dever de
garantir que todo brasileiro possa tomar café
da manhã, almoçar e jantar todos os dias.
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N° 255
É PRECISO RETOMAR
O DIÁLOGO COM O
LEGISLATIVO E JUDICIÁRIO.
SEM TENTATIVAS DE
EXORBITAR, INTERVIR,
CONTROLAR, COOPTAR,
MAS BUSCANDO
RECONSTRUIR A
CONVIVÊNCIA
HARMONIOSA E
REPUBLICANA ENTRE
OS TRÊS PODERES.
Este será, novamente, o compromisso
número 1 do nosso governo.
Não podemos aceitar como normal que
famílias inteiras sejam obrigadas a dormir nas
ruas, expostas ao frio, à chuva e à violência.
Por isso, vamos retomar o Minha Casa
Minha Vida, com prioridade para as
famílias de baixa renda, e trazer de volta
os programas de inclusão que tiraram 36
milhões de brasileiros da extrema pobreza.
O Brasil não pode mais conviver com
esse imenso fosso sem fundo, esse muro
de concreto e desigualdade que separa
o Brasil em partes desiguais que não se
reconhecem. Este país precisa se reconhecer.
Precisa se reencontrar consigo mesmo.
Para além de combater a extrema pobreza e a
fome, vamos restabelecer o diálogo neste país.
É preciso retomar o diálogo com o Legislativo
e Judiciário. Sem tentativas de exorbitar,
intervir, controlar, cooptar, mas buscando
ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 16
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reconstruir a convivência harmoniosa e
republicana entre os três poderes.
A normalidade democrática está consagrada na
Constituição. É ela que estabelece os direitos e
obrigações de cada poder, de cada instituição,
das Forças Armadas e de cada um de nós.
A Constituição rege a nossa existência
coletiva, e ninguém, absolutamente
ninguém, está acima dela, ninguém tem
o direito de ignorá-la ou de afrontá-la.
Também é mais do que urgente retomar
o diálogo entre o povo e o governo.
Por isso vamos trazer de volta as conferências
nacionais. Para que os interessados elejam suas
prioridades, e apresentem ao governo sugestões
de políticas públicas para cada área: educação,
saúde, segurança, direitos da mulher, igualdade
racial, juventude, habitação e tantas outras.
Vamos retomar o diálogo com os governadores
e os prefeitos, para definirmos juntos as
obras prioritárias para cada população.
Não interessa o partido ao qual pertençam o
governador e o prefeito. Nosso compromisso
será sempre com melhoria de vida da população
de cada estado, de cada município deste país.
Vamos também reestabelecer o diálogo entre
governo, empresários, trabalhadores e sociedade
civil organizada, com a volta do Conselho
de Desenvolvimento Econômico e Social.
Ou seja, as grandes decisões políticas que
impactem as vidas de 215 milhões de brasileiros
não serão tomadas em sigilo, na calada da noite,
mas após um amplo diálogo com a sociedade.
Acredito que os principais problemas do Brasil,
do mundo, do ser humano, possam ser resolvidos
SUMÁRIO

ELEIÇÃO PARA
presidente
A PARTIR DE 1º DE
JANEIRO DE 2023 VOU
GOVERNAR PARA 215
MILHÕES DE BRASILEIROS,
E NÃO APENAS PARA
AQUELES QUE VOTARAM
EM MIM. NÃO EXISTEM
DOIS BRASIS. SOMO
UM ÚNICO PAÍS, UM
ÚNICO POVO, UMA
GRANDE NAÇÃO.
com diálogo, e não com força bruta. Que
ninguém duvide da força da palavra, quando se
trata de buscar o entendimento e o bem comum.
Meus amigos e minhas amigas.
Nas minhas viagens internacionais, e nos
contatos que tenho mantido com líderes
de diversos países, o que mais escuto é que
o mundo sente saudade do Brasil. Saudade
daquele Brasil soberano, que falava de igual
para igual com os países mais ricos e poderosos.
E que ao mesmo tempo contribuía para o
desenvolvimento dos países mais pobres.
O Brasil que apoiou o desenvolvimento dos
países africanos, por meio de cooperação,
investimento e transferência de tecnologia.
Que trabalhou pela integração da América
do Sul, da América Latina e do Caribe, que
fortaleceu o Mercosul, e ajudou a criar o
G-20, a UnaSul, a Celac e os BRICS.
Hoje nós estamos dizendo ao mundo
que o Brasil está de volta. Que o Brasil
é grande demais para ser relegado a esse
triste papel de pária do mundo.
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Vamos reconquistar a credibilidade, a
previsibilidade e a estabilidade do país,
para que os investidores – nacionais e
estrangeiros – retomem a confiança no Brasil.
Para que deixem de enxergar nosso país
como fonte de lucro imediato e predatório,
e passem a ser nossos parceiros na retomada
do crescimento econômico com inclusão
social e sustentabilidade ambiental.
Queremos um comércio internacional mais
justo. Retomar nossas parcerias com os Estados
Unidos e a União Europeia em novas bases.
Não nos interessam acordos comerciais que
condenem nosso país ao eterno papel de
exportador de commodities e matéria prima.
Vamos re-industrializar o Brasil, investir na
economia verde e digital, apoiar a criatividade
dos nossos empresários e empreendedores.
Queremos exportar também conhecimento.
Vamos lutar novamente por uma nova
governança global, com a inclusão de mais
países no Conselho de Segurança da ONU e
com o fim do direito a veto, que prejudica o
equilíbrio entre as nações. Estamos prontos
para nos engajar outra vez no combate à fome
e à desigualdade no mundo, e nos esforços
para a promoção da paz entre os povos.
O Brasil está pronto para retomar o
seu protagonismo na luta contra a crise
climática, protegendo todos os nossos
biomas, sobretudo a Floresta Amazônica.
Em nosso governo, fomos capazes de reduzir
em 80% o desmatamento na Amazônia,
diminuindo de forma considerável a emissão
de gases que provocam o aquecimento global.
Agora, vamos lutar pelo desmatamento zero da
Amazônia. O Brasil e o planeta precisam de uma
Amazônia viva. Uma árvore em pé vale mais do
que toneladas de madeira extraídas ilegalmente
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N° 255
por aqueles que pensam apenas no lucro fácil,
às custas da deterioração da vida na Terra.
Um rio de águas límpidas vale muito mais
do que todo o ouro extraído às custas do
mercúrio que mata a fauna e coloca em
risco a vida humana. Quando uma criança
indígena morre assassinada pela ganância dos
predadores do meio ambiente, uma parte
da humanidade morre junto com ela.
Por isso, vamos retomar o monitoramento e
a vigilância da Amazônia, e combater toda
e qualquer atividade ilegal – seja garimpo,
mineração, extração de madeira ou ocupação
agropecuária indevida. Ao mesmo tempo, vamos
promover o desenvolvimento sustentável das
comunidades que vivem na região amazônica.
Vamos provar mais uma vez que é possível
gerar riqueza sem destruir o meio ambiente.
Estamos abertos à cooperação internacional
para preservar a Amazônia, seja em forma
de investimento ou pesquisa científica.
Mas sempre sob a liderança do Brasil, sem
jamais renunciarmos à nossa soberania.
Temos compromisso com os povos indígenas,
com os demais povos da floresta e com a
biodiversidade. Queremos a pacificação
ambiental. Não nos interessa uma guerra
pelo meio ambiente, mas estamos prontos
para defendê-lo de qualquer ameaça.
Meus amigos e minhas amigas.
O novo Brasil que iremos construir a partir
de 1º de janeiro não interessa apenas ao povo
brasileiro, mas a todas as pessoas que trabalham
pela paz, a solidariedade e a fraternidade,
em qualquer parte do mundo. Na última
quarta-feira, o Papa Francisco enviou uma
importante mensagem ao Brasil, orando para
que o povo brasileiro fique livre do ódio, da
intolerância e da violência. Quero dizer que
ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 17
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desejamos o mesmo, e vamos trabalhar sem
descanso por um Brasil onde o amor prevaleça
sobre o ódio, a verdade vença a mentira,
e a esperança seja maior que o medo.
Todos os dias da minha vida eu me lembro do
maior ensinamento de Jesus Cristo, que é o
amor ao próximo. Por isso, acredito que a mais
importante virtude de um bom governante será
sempre o amor – pelo seu país e pelo seu povo.
No que depender de nós, não faltará
amor neste país. Vamos cuidar com muito
carinho do Brasil e do povo brasileiro.
Viveremos um novo tempo. De paz, de
amor e de esperança. Um tempo em que o povo
brasileiro tenha de novo o direito de sonhar.
E as oportunidades para realizar aquilo que
sonha. Para isso, convido a cada brasileiro e cada
brasileira, independentemente em que candidato
votou nessa eleição. Mais do que nunca, vamos
juntos pelo Brasil, olhando mais para aquilo
que nos une, do que para nossas diferenças.
Sei a magnitude da missão que a história me
reservou, e sei que não poderei cumpri-la sozinho.
Vou precisar de todos – partidos políticos,
trabalhadores, empresários, parlamentares,
governadores, prefeitos, gente de todas as religiões.
Brasileiros e brasileiras que sonham com um Brasil
mais desenvolvido, mais justo e mais fraterno.
Volto a dizer aquilo que disse durante toda
a campanha. Aquilo que nunca foi uma
simples promessa de candidato, mas sim uma
profissão de fé, um compromisso de vida:
O Brasil tem jeito. Todos juntos seremos
capazes de consertar este país, e construir um
Brasil do tamanho dos nossos sonhos – com
oportunidades para transformá-los em realidade.
Mais uma vez, renovo minha eterna gratidão
ao povo brasileiro. Um grande abraço, e
que Deus abençoe nossa jornada.”
SUMÁRIO

ELEIÇÃO PARA
presidente
Nova Esplanada DOS MINISTÉRIOS
Com Lula na Presidência da
República, a estrutura da Esplanada
dos Ministérios deve passar por
intensa reforma. Em entrevistas, o
então candidato falou em recriar
ministérios existentes em seus dois
primeiros mandatos como presidente.
Se cumprir o que declarou, devem ser
restabelecidas ao menos dez pastas,
a maioria como desmembramento
de secretarias que hoje existem em
conjunto com outros ministérios.
Lula também tem afirmado que
vai escolher ministros políticos, não
necessariamente especialistas ou
técnicos nas áreas em que vão atuar. A
diretriz cumpre o propósito de facilitar
a aprovação de políticas públicas no
Congresso Nacional, com os próprios
ministros atuando nas negociações.
A escolha de ministros com perfil
político também deve ajudar na
conquista de aliados, uma vez que
Lula poderá “empregar” líderes dos
partidos de centro considerados
CENÁRIOS POLÍTICOS
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bons articuladores. Como você pode
ler na próxima página, nomes do
PP, como Neri Geller, e do MDB,
como Simone Tebet, já aparecem
na lista de possíveis ministros.
Nos últimos meses, Lula citou
nominalmente a possibilidade de
recriação do Ministério da Micro e
Pequena Empresa, para gerir políticas
voltadas principalmente para o acesso
ao crédito pelos empreendedores.
Ele indicou que deve desmembrar o
Ministério do Turismo, recriando o da
Cultura. Já o Ministério da Economia
deve dar origem aos ministérios da
Fazenda, Indústria e Comércio, e do
Planejamento. Este último, que existiu
entre 1995 e 2019, tinha como atribuição
modelar o Orçamento para englobar as
políticas públicas propostas pelo governo.
O atual Ministério da Mulher, da Família
e dos Direitos Humanos também deve
ser desmembrado, podendo dar origem a
pastas separadas para tratar dos Direitos
Humanos, das Mulheres, dos Povos
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N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 18
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Originários e da Igualdade Racial. Além Por último, o Ministério da Justiça e
da formulação de políticas públicas, Segurança Pública também deve dar
essas pastas servirão ao propósito de origem a duas pastas separadas. O novo
divulgar a imagem de um governo com ministério da Segurança Pública deve
representatividade de diversos grupos, atuar na coordenação do combate ao
uma vez que os ministérios devem ser tráfico de armas e drogas na região de
comandados por lideranças dos estratos fronteira, além de elaborar propostas
sociais que darão nome às pastas. para o controle do acesso a armamentos.
Número de Ministérios no início de cada Governo
37
34 33
29
28
24 23 22
12
Collor (1990) Itamar (1992) FHC (1994) Lula (2002) Dilma (2010) Temer (05/2016) Temer (08/2016) Bolsonaro (2018) Lula* (2023)
*Lula pretende ampliar o número de ministérios, que pode chegar a 33 pastas.
SUMÁRIO
 CENÁRIOS POLÍTICOS
ELEIÇÃO PARA Exclusivo para clientes Arko
presidente
Perfil dos MINISTERIÁVEIS
ALEXANDRE PADILHA (PT-SP)
Médico infectologista formado pela Unicamp, Alexandre Padilha, 51 anos, tem
experiência na gestão pública de saúde com passagens como ministro da Saúde
(2011-2014), quando implantou o programa Mais Médicos. Também foi secretário
municipal de Saúde de São Paulo (2015-2016). Em 2019, elegeu-se deputado federal
e se reelegeu em 2022. Na Câmara, integrou a Comissão Externa de Enfrentamento à
Covid-19 e o grupo de trabalho que tratou dos piso salarial dos enfermeiros.
ALOIZIO MERCADANTE (PT-SP)
Aloizio Mercadante, 68 anos, é economista, mestre pela Unicamp e doutor pela
USP. Iniciou a atuação política no movimento estudantil durante a ditadura militar.
Foi candidato a vice-presidente na chapa de Lula na eleição de 1994. Foi duas vezes
deputado federal (1991-1995; 1999-2003) e uma vez senador por São Paulo (2003-2010).
Também foi nomeado ministro de Ciência e Tecnologia (2011-2012), da Educação
(2012-2014; 2015-2016) e da Casa Civil (2014-2015) no governo Dilma Rousseff.
Atualmente, é presidente da Fundação Perseu Abramo, entidade de formação política
do PT. Em 2022, coordenou a campanha de Lula. É defensor da austeridade fiscal e
foi um dos principais defensores das medidas que restringiram o acesso a benefícios
previdenciários e trabalhistas durante o governo Dilma.
ANDRÉ LARA RESENDE
O pós-doutor em Economia André Lara Resende, 71 anos, é conhecido por sua
atuação em grandes planos econômicos da história do país. Foi um dos criadores do
Plano Cruzado, lançado por José Sarney em 1986, e do Plano Real, implementado
por Fernando Henrique Cardoso em 1995. Também foi presidente do BNDES (1998) e
assessor especial da Presidência da República (1995), com intervalos para comandar
grandes bancos e varejistas do mercado brasileiro.
CARLOS FÁVARO (PSD-MT)
O senador Carlos Fávaro, 58 anos, é um forte nome da agropecuária no Parlamento.
Foi presidente do diretório estadual e delegado nacional da Associação Brasileira
dos Produtores de Soja (Aprosoja), além de presidir a Cooperativa Agroindustrial dos
Produtores Luverdenses (Cooperbio Verde), de Lucas do Rio Verde. Foi eleito vice-
governador de Mato Grosso (2015-2018), à época filiado ao PP. Renunciou em 2018 para
assumir o mandato no Senado após a cassação de Selma Arruda. No Senado, foi titular
da Comissão de Meio Ambiente e da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária.
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N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 19
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FERNANDO HADDAD (PT-SP)
Professor universitário, Fernando Haddad, 59 anos, foi prefeito de São Paulo (2013-
2016) e ministro da Educação (2005-2012), sendo um dos responsáveis pela criação
do Prouni e pela ampliação do Fundeb. Candidato à Presidência da República em
2018, foi derrotado por Jair Bolsonaro no segundo turno. Concorreu ao governo de
São Paulo em 2022, mas perdeu para Tarcísio de Freitas (Republicanos) no 2º turno.
É um dos principais nomes da nova geração do PT.
GERALDO ALCKMIN (PSB-SP)
Geraldo Alckmin, 69 anos, é médico e foi governador de São Paulo por 14 anos,
sendo o político que por mais tempo esteve à frente do Palácio dos Bandeirantes. A
performance, no entanto, não se repetiu na corrida pela Presidência da República,
cargo para o qual se candidatou duas vezes, derrotado em ambas. Na disputa de
2006, protagonizou embate com Lula no segundo turno. Já foi filiado ao MDB, do
qual se desfiliou para fundar o PSDB, partido em que foi um dos grandes caciques
por 33 anos. Deixou os tucanos e se filiou ao PSB para compor a chapa com Lula.
HENRIQUE MEIRELLES (UNIÃO-SP)
Economista com longa atuação voltada ao mercado financeiro e à gestão pública,
Henrique Meirelles, 77 anos, é engenheiro civil pela USP e formado no Advanced
Management da Harvard Business School. Foi presidente internacional do
BankBoston (1996-1999), presidente do Banco Central do Brasil (2003-2011), ministro
da Fazenda (2016-2018) e secretário estadual da Fazenda de São Paulo (2019-2022).
Foi candidato à Presidência da República pelo MDB em 2018, quando obteve 1,20%
dos votos válidos.
JAQUES WAGNER (PT-BA)
Senador da República, Jaques Wagner, 71 anos, foi deputado federal por três
mandatos (1991-2003) e governador da Bahia por dois mandatos (2007-2014).
Iniciou na política como sindicalista do ramo da petroquímica. Em 2003, foi
nomeado Ministro do Trabalho e Emprego do primeiro governo Lula. Também
atuou, no primeiro mandato do petista, na criação de uma agenda nacional de
desenvolvimento, no cargo de secretário especial do Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social da Presidência. No governo Dilma, foi ministro da Defesa e da
Casa Civil. Em 2017, foi secretário do Desenvolvimento Econômico da Bahia com a
missão de ampliar a interlocução com os empresários e atrair investimentos.
CONTINUA >>>
SUMÁRIO
 CENÁRIOS POLÍTICOS
ELEIÇÃO PARA Exclusivo para clientes Arko
presidente
>>> Perfil dos MINISTERIÁVEIS
JEAN PAUL PRATES (PT-RN)
Sindicalista do ramo energético, Jean Paul Prates, 54 anos, foi presidente do
Sindicato das Empresas de Energia do Rio Grande do Norte. É formado em Direito
e Economia, com mestrado em Gestão Ambiental pela Universidade da Pensilvânia,
nos Estados Unidos, e em Economia da Energia pela IFP School, na França. Eleito
suplente de Fátima Bezerra, assumiu como senador em 2015, com a eleição de
Fátima para o governo do estado. Durante o mandato foi líder da Minoria e acumulou
relatorias de projetos que tratam do mercado energético do país, além do Marco
Legal das Ferrovias.
MARCELO FREIXO (PSB-RJ)
Marcelo Freixo, 55 anos, é formado em História pela UFF e foi professor universitário,
com voluntariados em educação penitenciária. Começou a vida política no PT, foi três
vezes deputado estadual (2007-2018), mandatos marcados por presidir a Comissão de
Direitos Humanos e a CPI das Milícias na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro.
Foi duas vezes candidato à prefeitura do Rio de Janeiro (2012 e 2016), derrotado em
ambas as tentativas. Elegeu-se deputado federal (2019-2022) pelo PSOL, quando foi
membro titular da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado.
Em 2022, concorreu ao governo do Rio de Janeiro mas perdeu, no primeiro turno,
para Cláudio Castro.
MARINA SILVA (REDE-AC)
Historiadora graduada pela UFAC, Marina Silva, 64 anos, é reconhecida por seu
trabalho na área ambiental. Atuou ao lado de Chico Mendes no Sindicato dos
Seringueiros, com quem fundou a Central Única dos Trabalhadores (CUT) do Acre. Foi
vereadora, deputada estadual e senadora. Ocupou a liderança do PT e da oposição no
Senado Federal. Seu mandato foi marcado pelo voto contrário à reeleição no Executivo
e à Reforma Administrativa de 1998. Foi ministra do Meio Ambiente no governo Lula
(2003-2008). Disputou a Presidência em 2010 pelo PV e, em 2014, pelo PSB, após a
morte do ex-governador Eduardo Campos, que havia iniciado a campanha como
cabeça de chapa.
MÁRCIO FRANÇA (PSB-SP)
Márcio França, 59 anos, é advogado e atuou como oficial de justiça por quase uma
década. Filiado ao PSB desde 1988, tornou-se vereador em São Vicente (1989) e
prefeito da cidade (1996-2004). Cumpriu dois mandatos na Câmara dos Deputados
(2006-2010). Licenciou-se do cargo em 2011 para assumir a Secretaria de Esporte,
Lazer e Turismo de São Paulo na gestão de Geraldo Alckmin (PSDB), de quem
tornou-se vice-governador em 2014. Após a posse, atuou também como secretário
de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação. Assumiu o governo
do estado de 2018 a 2019, período em que Alckmin renunciou para candidatar-se à
Presidência. Concorreu ao Senado por São Paulo, mas perdeu para Marcos Pontes (PL).
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N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 20
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NERI GELLER (PP-MT)
Deputado federal por três mandatos (2007-2015; 2019-2023), Neri Geller, 54 anos, é
produtor rural ligado ao setor da soja. Assumiu as duas primeiras legislaturas como
primeiro suplente após as licenças de Thelma Oliveira e Eliene Lima, respectivamente. Foi
vereador de Lucas do Rio Verde (1996-2004), secretário de Política Agrícola do Ministério
da Agricultura (2013-2016) e ministro da Agricultura (2014). Pretendia concorrer ao Senado,
mas teve o registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral por abuso
de poder econômico.
RENAN FILHO (MDB-AL)
Renan Filho, 42 anos, é economista graduado pela UnB e filiado ao MDB. Filho do senador
e ex-presidente do Congresso Nacional Renan Calheiros, tem longa trajetória política
em Alagoas, terra natal e berço político da família. Foi duas vezes prefeito de Murici
(2005-2010), deputado federal (2011-2015), governador reeleito do estado (2015-2022).
Elegeu-se senador. É opositor do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com quem,
historicamente, trava disputa política familiar no estado alagoano.
RUI COSTA (PT-BA)
Ex-governador da Bahia, Rui Costa, 59 anos, é um dos fundadores do diretório baiano
do PT. Iniciou sua trajetória sindical em 1984, quando assumiu a diretoria do Sindicato
dos Químicos e Petroleiros, na qual permaneceu por 16 anos. Também foi diretor da
Confederação Nacional dos Químicos (1992-1998). Lançou-se à vida pública e foi vereador
de Salvador (2000-2007), deputado federal (2011-2014) e governador da Bahia (2015-2022).
Na Câmara dos Deputados integrou as comissões de Finanças e Tributação e de Defesa
do Consumidor.
SIMONE TEBET (MDB-MS)
Simone Tebet, 52 anos, é formada em Direito pela UFRJ e mestre pela PUC-SP. Iniciou a
vida pública como deputada estadual (2003), foi prefeita de Três Lagoas por dois mandatos
(2005-2010), vice-governadora (2011) e senadora (2015-2022). Foi a primeira e única mulher
a se candidatar à Presidência do Senado, criou a bancada feminina na Casa e foi a primeira
mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais importante da Casa.
Votou a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), da PEC do Teto de
Gastos e da Reforma Trabalhista. Disputou a Presidência da República em 2022, sendo
derrotada no primeiro turno. No segundo turno, participou da campanha de Lula.
WELLINGTON DIAS (PT-PI)
Senador eleito, Wellington Dias, 60 anos, foi governador do Piauí por quatro mandatos
(2003-2010 e 2015-2022). Sindicalista do setor bancário, iniciou a carreira política como
vereador de Teresina (1993-1994). Foi deputado estadual (1995-1999), deputado federal
(1999-2002) e senador (2011-2014).
SUMÁRIO

ELEIÇÃO PARA
presidente
Apesar da derrota do presidente
Jair Bolsonaro (PL), a direita
saiu fortalecida das urnas. Mais
do que isso, o bolsonarismo
permanece como uma força
social muito relevante. Tendo
conquistado mais de 58
milhões de votos mesmo após
enfrentar uma pandemia e
uma crise econômica durante
boa parte de seu governo,
Bolsonaro acumula um capital
político expressivo. Assim,
independentemente de Lula
concorrer ou não à reeleição
em 2026, Bolsonaro tende a ser
um potencial presidenciável
na bolsa de apostas.
Pela grande votação que
conquistou e pela força que o
bolsonarismo possui, Bolsonaro
sai das urnas como o principal
líder da oposição. No entanto,
além do presidente, a direita
conta com uma série de nomes
com potencial para 2026. Eleito
governador de São Paulo, Tarcísio
de Freitas (Republicanos)
CENÁRIOS POLÍTICOS
Mesmo com a derrota,
bolsonarismo SEGUE RELEVANTE
despontará naturalmente
como presidenciável, mesmo
que opte por concorrer a
um novo mandato no estado
nas próximas eleições.
Além de Tarcísio, o governador
de Minas Gerais, Romeu Zema
(Novo), que teve um forte
engajamento em favor de
Bolsonaro no segundo turno,
também será um presidenciável.
Outro nome importante – e que
se reaproximou do bolsonarismo
no segundo turno – será o
senador eleito pelo Paraná
Sergio Moro (União Brasil).
Aliás, pela forte narrativa
antipetista que Moro adotou
na campanha, em especial no
segundo turno, é bem provável
que ele atue como um dos
líderes da oposição ao governo
Lula no Senado Federal.
Conforme podemos observar,
mesmo derrotada, a direita
possui uma série de nomes com
potencial para 2026. Além disso,
N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 21
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o bolsonarismo é um movimento
Isac Nóbrega/PR
de massa socialmente enraizado
que não depende somente
da força de Bolsonaro para
continuar existindo.
Essa direita socialmente
enraizada trará desafios para
Lula, pois trata-se de uma força
social que opera com eficiência
nas redes sociais e é movida
pelo antipetismo, levantando
principalmente as bandeiras da
anticorrupção e da agenda de
costumes. Com isso, mesmo
que Lula faça um governo mais
ao centro, terá de lidar com
um fenômeno que não existia
no período 2003-2010: uma
direita politicamente engajada.
Por outro lado, a emergência
de várias lideranças com
potencial poderá provocar
embates dentro desse campo.
Sergio Moro, por exemplo,
representa o lavajatismo e
possui resistência junto ao
chamado bolsonarismo raiz.
www.arkoadvice.com.br SUMÁRIO

ELEIÇÃO PARA
presidente
Quem GANHA
LULA
Após ter sua condenação anulada pelo Supremo
Tribunal Federal, Lula (PT) recuperou os direitos
políticos e conquistou seu terceiro mandato como
presidente da República. Terá o desafio de construir
uma maioria no Congresso Nacional, onde partidos
de centro e de centro-direita elegeram bancadas
expressivas. Em movimento semelhante feito em
2002, quando convidou o empresário José Alencar
para ser seu vice, dessa vez convidou para o cargo
o ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) com o
objetivo de atrair o eleitor de centro e o amplo
apoio de políticos e economistas à sua candidatura.
GERALDO ALCKMIN
O ex-governador de São Paulo deixou o PSDB
para filiar-se ao PSB depois que o tucano João
Doria estimulou a saída de Rodrigo Garcia do
DEM e a sua filiação ao PSDB. Garcia concorreu
ao governo de São Paulo, mas sequer foi para o
segundo turno. Doria acabou saindo do PSDB.
Alckmin, que concorreu duas vezes ao Palácio do
Planalto (2006 e 2018), será uma ponte importante
de diálogo entre o governo Lula, o agronegócio e o
setor empresarial. Também terá papel relevante no
diálogo com o Congresso Nacional.
TARCÍSIO DE FREITAS
No comando do Ministério da Infraestrutura,
Tarcísio de Freitas foi um dos principais ministros
da gestão Jair Bolsonaro (PL). Amparado pelo
bolsonarismo, filiou-se ao Republicanos e foi
eleito governador de São Paulo, principal estado
do país. No primeiro turno, teve mais de 9,8
milhões de votos (42,32% dos votos válidos). Foi
eleito com 52,5% dos votos válidos no segundo
turno. Desponta como um nome potencial para
concorrer à Presidência da República no futuro.
SIMONE TEBET
A senadora Simone Tebet (MDB) concorreu ao
Palácio do Planalto e ficou em terceiro lugar
no primeiro turno, com 4,9 milhões de votos,
à frente do ex-ministro Ciro Gomes (PDT),
que concorria pela terceira vez e registrou seu
pior desempenho (3,5 milhões de votos). Sem
mandato a partir de 2023, Simone é cotada
para assumir um ministério na futura gestão
petista. Lula (PT) recebeu apoio da senadora
no segundo turno, gesto considerado
fundamental para reduzir a diferença no
Sudeste entre ele e o concorrente, Jair
Bolsonaro (PL). Simone ainda pode concorrer
à prefeitura de Campo de Grande em 2024 ou
ao governo do estado em 2026.
CENÁRIOS POLÍTICOS
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PT
O partido volta à Presidência da República seis
anos após o impeachment da então presidente
Dilma Rousseff (PT). A eleição do ex-presidente
Lula mantém o PT como o principal partido
de esquerda do país, com a possibilidade de
articular um sucessor dentro da legenda em
substituição ao presidente eleito. Afinal, no
melhor cenário, Lula terá condições de concorrer
ao Planalto apenas para mais um mandato. Além
disso, o partido elegeu 68 deputados, bancada
superior à de 2018. Tem também o maior
número de governadores do país: quatro.
PL
O PL, do qual Valdemar da Costa Neto é
presidente, passou por enorme desgaste com o
escândalo envolvendo a Petrobras. Na eleição de
2018, apoiou a candidatura de Geraldo Alckmin,
que registrou o pior desempenho de um candidato
do PSDB na disputa pelo Palácio do Planalto. O
PL se aproximou do governo do presidente Jair
Bolsonaro em 2019. Na eleição municipal de 2020
conseguiu aumentar o número de prefeitos, em
comparação a 2016. O partido agora tem a maior
bancada na Câmara e no Senado Federal.
EDUARDO LEITE
A reeleição de Eduardo Leite como governador
do Rio Grande do Sul o consolida como a
principal liderança do PSDB. Ele se torna o
primeiro governador a ser eleito no estado.
Apesar de o partido ter reduzido de tamanho,
e ter perdido São Paulo, Leite sai da disputa
como um nome forte para disputar a
Presidência da República em 2026.
CENTRÃO
Os partidos classificados como Centrão
(PP, Republicanos, PL) somam 187 votos na
Câmara e 45 no Senado. Depois de forte
desgaste por conta da Operação Lava-
Jato, o grupo passa a ser fundamental para
garantir a governabilidade, em especial no
Senado, onde formará maioria absoluta na
Casa. Mesmo que faça parte da gestão Lula
(PT), haverá dissidências por fortes ligações
de alguns integrantes com o bolsonarismo.
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N° 255
Quem PERDE
JAIR BOLSONARO
Jair Bolsonaro (PL) entra para a história como o
primeiro presidente após a redemocratização
que tentou a reeleição no exercício do cargo
e foi derrotado. Eleito em 2018 após amplo
desgaste do PT e do ex-presidente Lula por
envolvimento em denúncias de corrupção,
Bolsonaro conseguiu aprovar a reforma da
Previdência e avançar em importantes marcos
regulatórios, como saneamento, BR do Mar,
privatização da Eletrobras. Por conta da
pandemia de covid-19, enfrentou uma grave
crise social, econômica e de saúde pública.
CIRO GOMES
O ex-ministro Ciro Gomes (PDT) sofreu sua
terceira derrota na corrida presidencial, sendo
esta a de pior desempenho. A primeira vez
foi em 2002, quando ficou em quarto lugar,
atrás de Lula (PT), José Serra (PSDB) e Anthony
Garotinho (PSB). Teve 10,1 milhões de votos
(11,97% dos votos válidos). Acabou assumindo
o Ministério da Integração Nacional no governo
Lula. Tentou novamente em 2018 e ficou
em terceiro lugar – obteve 13,3 milhões de
votos (12,47% dos votos válidos). Na ocasião,
rompido com o ex-presidente Lula e o PT,
decidiu ficar neutro no segundo turno. Nestas
eleições, obteve apenas 3,5 milhões de votos
(3,04% dos votos válidos).
PAULO GUEDES
O ministro da Economia deixa o cargo sem
ter conseguido concluir duas das principais
reformas de seu projeto: a tributária e a
administrativa. Ambas estão em análise no
Congresso, mas o envio delas para exame
dos congressistas foi feito tardiamente e sem
empenho político por parte do Palácio do
Planalto. Aliados criticaram também a demora
do governo em decidir pelo aumento do
Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600.
CIRO NOGUEIRA
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP),
foi um dos principais coordenadores da
campanha que buscou reeleger o presidente
Jair Bolsonaro (PL). Com a derrota do
presidente nas urnas, Ciro volta a ocupar o
cargo de senador. Como presidente do PP,
precisará reposicionar a legenda no novo
governo. Enfrentará ainda o desafio de
continuar na presidência da sigla e gerenciar
a divisão entre a ala bolsonarista e a ala que
pode aderir ao governo petista.
ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 22
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MILITARES
Na gestão do presidente Jair Bolsonaro (PL), os
militares assumiram forte protagonismo, ocupando
cargos no comando de empresas estatais e na
equipe ministerial, caso de Tarcísio de Freitas, no
Ministério de Infraestrutura, e de Bento Costa, no
Ministério de Minas e Energia. Com a vitória de
Lula (PT), os militares devem perder espaço na
administração federal. Espera-se que a relação
com a futura gestão do PT seja de distanciamento,
mas com postura institucional respeitosa de ambas
as partes. Não tende a ser uma relação conflituosa.
AGRONEGÓCIO
O setor se posicionou abertamente a favor da
campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL). Terá
que se reposicionar na gestão do PT. A bancada
ruralista no Congresso continua forte e articulada.
Entre suas principais lideranças no Parlamento
está a senadora eleita e ex-ministra da Agricultura
Tereza Cristina, uma das cotadas para a presidência
do Senado na próxima legislatura. Com
importância expressiva na economia brasileira, não
será difícil para o setor se rearticular.
LAVA-JATO
A operação conduzida pelo então procurador
Deltan Dallagnol foi um dos fatores que mais
contribuíram, em 2018, para a eleição do presidente
Jair Bolsonaro (PL). A partir da ida do ex-juiz Sergio
Moro para o comando do Ministério da Justiça e
Segurança Pública, em 2019, os questionamentos
sobre a operação aumentaram e a anulação de
processos enterrou de vez os trabalhos. A vitória
de Lula (PT), principal alvo da Lava-Jato, sepulta
os resquícios da operação e as chances de uma
suposta volta da força-tarefa à ativa.
PSDB
Desde 2016, quando o então senador Aécio Neves
passou por forte desgaste político, o PSDB vem
perdendo espaço e quadros relevantes. Em 2018, a
legenda teve seu pior desempenho em uma disputa
presidencial com Geraldo Alckmin, que deixou o
partido para se filiar ao PSB. Em 2022, depois de
uma prévia tumultuada que definiu João Doria como
candidato à Presidência, o partido abriu mão de
concorrer com candidato próprio ao Planalto. Para
a Câmara, viu sua bancada ser reduzida de 22 para
apenas 13 deputados federais. No Senado, terá
somente quatro senadores, todos já em exercício.
Conseguiu, ao menos, eleger três governadores.
SUMÁRIO
 CENÁRIOS POLÍTICOS N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 23
ELEIÇÃO PARA Exclusivo para clientes Arko
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presidente
Pauta legislativa PÓS-ELEIÇÃO
Definida a eleição presidencial, Entre os senadores há grande
Roque de Sá/Agência Senado

a pauta no Congresso Nacional apelo pela votação do PL nº

neste fim de ano será fortemente 4.188/21, que cria o marco de
influenciada pelo presidente garantias ao crédito. O projeto,
eleito. Contudo, alguns que chegou ao Senado em
assuntos pendentes podem junho, aguarda a análise dos
avançar por pressão da atual senadores. O PL nº 1.293/21,
composição do Parlamento. que trata do autocontrole da
produção agropecuária, deve ser
Certas matérias estarão votado após a realização de uma
obrigatoriamente na pauta. É o sessão para debater a matéria.
caso do Orçamento da União Também estão no radar para
para 2023, no qual várias questões votação este ano as regras para
precisam ser equacionadas. Entre o licenciamento ambiental de
elas, a manutenção do Auxílio empreendimentos econômicos
Brasil de R$ 600 e da redução (PL nº 2.159/21), tema parado na
no preço dos combustíveis Casa desde junho do ano passado.
no patamar atual. A definição
da fonte de custeio para o Um tema polêmico que
piso da enfermagem é outro também pode entrar na agenda,
tema a ser enfrentado, pois a apesar da oposição de grupos
implementação da lei foi suspensa parlamentares, é a legalização
por determinação do Supremo dividendos ganha novo fôlego carbono (PL nº 528/21). O projeto de lei do novo modelo dos jogos de azar (PL nº
Tribunal Federal à espera de pós-eleição. O assunto faz parte texto vem sendo discutido desde comercial do setor elétrico 2.234/22). O projeto é combatido
uma solução por parte do do programa do presidente eleito, o ano passado, mas continua (PL nº 414/21), já aprovado pela bancada evangélica, mas
Legislativo. Há ainda 13 medidas e é uma fonte importante de sem acordo para deliberação. pelo Senado. Há previsão de pode haver um esforço para
provisórias em tramitação e receita para custear despesas votação na Câmara a partir da levá-lo à votação ainda neste
25 vetos presidenciais que sociais ou mesmo melhorar Também é natural que haja um metade de novembro. Outro fim de legislatura, visto que a
aguardam deliberação. o perfil das contas públicas. esforço para concluir este ano item é a regulamentação do composição mais conservadora
Outro tema impulsionado alguns temas que se encontram mercado de criptoativos (PL nº do Senado a partir do próximo
A retomada das discussões pela eleição é o marco legal em estágio mais avançado de 4.401/21), que aguarda apenas a ano tenderá a criar mais
sobre a taxação de lucros e do mercado de créditos de tramitação. Um exemplo é o votação final pelos deputados. dificuldades ao avanço do tema.

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 CENÁRIOS POLÍTICOS
CONGRESSO
NACIONAL
Sucessão NO LEGISLATIVO
A eleição das presidências da
Câmara dos Deputados e do
Senado Federal será o primeiro ato
da próxima legislatura. Também
será um dos primeiros desafios
do presidente da República
eleito. Mesmo antes do resultado
das eleições presidenciais, os
postulantes ao comando das duas
Casas já se movimentavam. Tanto
Presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) quanto
Arthur Lira (PP-AL) Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
atuais presidentes da Câmara e do
Senado, almejam ser reconduzidos,
mas alguns obstáculos se
interpõem a seus anseios.
Na Câmara, o PL elegeu a maior
bancada (99 deputados), por
isso o partido ensaia reivindicar
a presidência da Casa. Ciente
disso, Lira, reeleito como o
deputado mais bem votado em
Alagoas, começou a se articular.
Visando manter maioria dentro
do Centrão e evitar um projeto
por parte do PL, ele articula
uma aliança com o União Brasil
e outras legendas do grupo.
N° 255
Exclusivo para clientes Arko
Um dos trunfos de Lira nesse
processo de aglutinação em torno
de sua candidatura é a defesa
da manutenção das emendas
orçamentárias RP9, de relator. O
Supremo Tribunal Federal (STF)
deverá julgar a manutenção ou
não desse instrumento. Outro
evento com o qual Lira conta
para ajudar a pavimentar a
sua campanha é a eleição para
uma vaga aberta no Tribunal
de Contas da União (TCU).
Seu apoio a um determinado
candidato será retribuído com os
votos do partido do escolhido.
No Senado, Rodrigo Pacheco
também terá o PL como
obstáculo à sua recondução.
O partido elegeu oito das 27
cadeiras em disputa e terá
a maior bancada. O líder
do governo, senador Carlos
Portinho (PL-RJ), ja afirmou
que pretende disputar o cargo.
Eduardo Gomes (PL-TO), líder
do governo no Congresso, é
outro nome ventilado no partido.
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ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 24
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Senadores de outros partidos do
bolsonarismo também se colocam
na disputa, caso da eleita
Damares Alves (Republicanos-
DF). Nos bastidores, Tereza
Cristina (PP-MS) é fortemente
cotada. Ela conta com apoio
do atual vice-presidente e
senador eleito Hamilton
Mourão (Republicanos-RS).
Presidente do Senado
Com essa futura composição, Rodrigo Pacheco
prevê-se um forte movimento no (PSD-MG)
Senado em favor do impeachment
de ministros do STF. Cabe ao
presidente da Casa autorizar, ou
não, a abertura dos processos.
Diante desse cenário, Pacheco se
coloca como um candidato do
equilíbrio, capaz de fazer votar
crises institucionais. Essa postura
agrada aos senadores moderados,
que ainda representam uma
grande parcela da Casa. Além
dessa vantagem, Pacheco terá
o restante deste ano para
consolidar apoios entre os
senadores que continuam o
mandato na próxima legislatura.
SUMÁRIO
 CENÁRIOS POLÍTICOS N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 25
ELEIÇÃO PARA Exclusivo para clientes Arko
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A CÂMARA
CLÁUSULA DE BARREIRA

Câmara terá MENOS PARTIDOS Partido Bancada

Nº UFs em
que elegeu
Votos
válidos
% votos
válidos
Nº UFs acima
de 1%
PL 99 23 17.830.781 16,60% 24
A eleição para a Câmara dos Deputados apresentou aos mesmos 23 atuais, mas abaixo das 30 PT 68 19 12.876.673 11,99% 25
alto índice de reeleição este ano. Cerca de 90% dos 513 União 59 22 9.882.698 9,20% 26
siglas que elegeram deputados em 2018.
PP 47 18 8.539.857 7,95% 25
deputados federais disputaram um novo mandato e a
PSD 42 15 8.267.366 7,70% 22
taxa de êxito ficou em 57,3%, com 294 reconduções. CLÁUSULA DE BARREIRA MDB 42 18 7.694.283 7,16% 23
Já o índice de renovação foi de 39,38%, bem abaixo
do recorde de 47,37% registrado em 2018. Esse A eleição para a Câmara tem grande importância Republicanos 41 17 7.506.954 6,99% 27
PSB 14 9 4.071.844 3,79% 18
percentual corresponde aos 202 novos parlamentares para os partidos políticos. É o desempenho alcançado
Psol 12 4 3.852.246 3,59% 8
que nunca exerceram mandato de deputado federal. nesse pleito que define a quantidade de recursos
PDT 17 8 3.805.885 3,54% 13
públicos que as legendas vão receber dos fundos Podemos 12 8 3.596.592 3,35% 16
Em termos políticos, esse resultado amplia o partidário e eleitoral nos quatro anos seguintes. PSDB 13 7 3.257.473 3,03% 14
número de deputados de centro-direita. Os Mas apenas as siglas que superam a cláusula de Avante 7 3 2.166.439 2,02% 5
partidos dessa faixa ideológica elegeram 388 desempenho, também conhecida como “cláusula Cidadania* 5 4 1.609.791 1,50% 4
deputados. PL e PT, impulsionados pela polarização de barreira”, têm direito à partilha dessas verbas. A PCDOB** 6 5 1.149.823 1,07% 4
Bolsonaro-Lula, elegeram as maiores bancadas, perda de financiamento público tende a asfixiar os PV** 6 6 936.713 0,87% 5
com 99 e 68 deputados, respectivamente. partidos que não atingiram os requisitos mínimos. Rede*** 2 2 782.374 0,73% 3
PSC 6 5 1.930.105 1,80% 8
Solidariedade 4 4 1.527.571 1,42% 6
Na sequência, vêm: União Brasil, com 59; Nesta eleição, a performance exigida foi a conquista
Patriota 4 2 1.522.982 1,42% 4
PP, com 47; MDB e PSD, ambos com 42; e de 11 cadeiras na Câmara, distribuídas em nove PTB 1 1 1.418.760 1,32% 7
Republicanos, com 41. As demais legendas unidades da Federação, ou a obtenção de 1% dos Novo 3 3 1.354.754 1,26% 2
elegeram menos de 20 parlamentares. votos válidos nacionais, também distribuídos por Pros 3 3 797.980 0,74% 2
nove estados com pelo menos 1% em cada um. PRTB 0 0 286.351 0,27% 0
Nesta eleição, houve a estreia das federações
Esse percentual nacional de votos corresponde a PMN 0 0 254.264 0,24% 0
partidárias, alianças de partidos que deverão atuar Agir 0 0 158.622 0,15% 0
cerca de 2,15 milhões de votos. Alguns partidos
como uma única legenda ao longo da próxima DC 0 0 95.647 0,09% 0
não alcançaram nenhum dos dois requisitos, mas se
legislatura. Três federações disputaram o pleito. A PCB 0 0 85.511 0,08% 0
Federação Brasil da Esperança, composta por PT, beneficiaram por integrarem federações partidárias.
PMB 0 0 81.039 0,08% 0
PCdoB e PV, alcançou 80 cadeiras. UP 0 0 54.586 0,05% 0
As federações PSDB/Cidadania e PSOL/Rede, Entre as 23 legendas que elegeram deputados PSTU 0 0 27.172 0,03% 0
elegeram, respectivamente, 18 e 14 cadeiras. federais, 17 superaram a cláusula de barreira: PCO 0 0 7.308 0,01% 0
13 por desempenho próprio; e quatro por Total de votos válidos: 107.430.444
A princípio, se contabilizadas com as integrarem federações partidárias. As outras seis
Partidos que não cumpriram a Cláusula de Barreira
federações, a Câmara terá 19 agremiações com siglas vão amargar limitações estruturais. Uma
* Atingiu a cláusula por integrar a Federação PSDB/Cidadania
representação na Casa. Levando em consideração saída natural para a sobrevivência desses partidos ** Atingiu a cláusula por integrar a Federação Brasil da Esperança
as legendas individualmente, o número chega será a busca por fusões e incorporações. *** Atingiu a cláusula por integrar a Federação PSOL/Rede

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 CENÁRIOS POLÍTICOS N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 26
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A CÂMARA
DEPUTADOS ELEITOS COM OS PRÓPRIOS VOTOS

Quociente UF Deputado

MG Nikolas Ferreira PL
Partido Situação

Novo
Votos Válidos

1.492.047
Votos válidos UF

11.181.098
Vagas UF

53
Quociente

210.964

ELEITORAL SP
SP
Guilherme Boulos
Carla Zambelli
PSOL
PL
Novo
Reeleita
1.001.472
946.244
23.286.943
23.286.943
70
70
332.671
332.671
SP Eduardo Bolsonaro PL Reeleito 741.701 23.286.943 70 332.671
A eleição para a Câmara dos Deputados é realizada por
sistema proporcional. O cálculo prevê a divisão do total de SP Ricardo Salles PL Novo 640.918 23.286.943 70 332.671
votos válidos pelo número de vagas em disputa. O resultado SP Delegado Bruno PP Novo 461.217 23.286.943 70 332.671
dessa divisão é o quociente eleitoral, quantidade mínima
necessária para que o partido ou federação partidária PR Deltan Dallagnol Podemos Novo 344.917 6.038.588 30 201.286
eleja um deputado. Em geral, os votos próprios de um SP Tabata Amaral PSB Reeleita 337.873 23.286.943 70 332.671
candidato não são suficientes para garantir, sozinhos, sua
AM Amom Mandel Cidadania Novo 288.555 1.976.477 8 247.060
eleição. Para alcançar o quociente, a ampla maioria dos
candidatos se utiliza da soma dos votos dos demais. PE André Ferreira PL Reeleito 273.267 5.108.239 22 198.795
PR Gleisi Hoffmann PT Reeleita 261.247 6.038.588 30 201.286
Nesta eleição, apenas 26 dos 513 deputados eleitos
RS Tenente Coronel Zucco Republicanos Novo 259.023 6.149.822 31 198.381
conquistaram vaga com votos próprios, ou seja, atingiram
sozinhos o quociente eleitoral. Esse número representa menos RS Marcel Van Hattem Novo Reeleito 256.913 6.149.822 31 198.381
de 5% da composição da Casa. O PL, partido que recebeu o GO Silvye Alves Uniãp Nova 254.653 3.440.515 17 202.383
maior número de votos na eleição e elegeu a maior bancada,
PR Filipe Barros PL Reeleito 249.507 6.038.588 30 201.286
tem oito deputados nessa relação. Destaque para Nikolas
Ferreira, recordista de votos desta eleição, cuja votação não PE Clarissa Tércio PP Nova 240.511 4.969.863 25 198.795
só superou o quociente eleitoral estadual como garantiu a MG André Janones Avante Reeleito 238.967 11.181.098 53 210.964
eleição de outros seis correligionários em Minas Gerais.
RS Paulo Pimenta PT Reeleito 223.109 6.149.822 31 198.281
No PP, quatro deputados atingiram quociente, entre AL Arthur Lira PP Reeleito 219.452 1.650.763 9 200.940
eles, o atual presidente da Câmara, Arthur Lira (AL). O DF Bia Kicis PL Reeleita 214.733 1.607.519 8 186.339
PSOL aparece na sequência com três deputados nessa
condição. Um deles é Guilherme Boulos, candidato mais RJ Daniela do Waguinho União Reeleita 213.706 8.571.572 46 201.286
votado em São Paulo, com mais de 1 milhão de votos. PR Beto Preto PSD Novo 206.898 6.038.588 30 186.339
RJ Eduardo Pazuello PL Novo 205.324 8.571.572 46 198.381
Embora tenha alcançado a segunda maior votação entre
todos os partidos, o PT teve apenas dois candidatos RS Fernanda Melchionna PSOL Reeleita 199.894 6.149.822 31 186.339
eleitos com votos próprios. O União Brasil obteve a RJ Talíria Petrone PSOL Reeleita 198.548 8.571.572 46 186.339
mesma quantidade. PSD, Republicanos, PSB, Podemos,
RJ Dr. Luizinho PP Reeleito 190.071 8.571.572 46 186.339
Cidadania, Avante e Novo tiveram um deputado cada.

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ELEIÇÃO PARA
o senado
Senado com APENAS UM NOVATO
e centro-direita fortalecida
Na disputa pelas 27 vagas do Senado Federal,
apenas um eleito nunca exerceu nenhum
cargo político anteriormente: o empresário
Jaime Bagatolli (PL-RO). Em contraste
com o pleito de 2018, quando houve uma
onda de outsiders eleitos, 2022 teve vários
candidatos já experientes na arena política.
Dos 14 senadores que buscaram a reeleição,
apenas cinco foram reconduzidos: Omar Aziz
(PSD-AM); Davi Alcolumbre (União-AP);
Otto Alencar (PSD-BA); Wellington Fagundes
(PL-MT); e Romário (PL-RJ). Entre os que já
tiveram experiências no Legislativo, dois ex-
senadores retornam à Casa: Magno Malta (PL-
ES); e Wilder Morais (PL-GO). Outros sete
são procedentes da Câmara dos Deputados:
CENÁRIOS POLÍTICOS
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Alan Rick (Republicanos-AC); Beto Faro
(PT-PA); Hiran Gonçalves (PP-RR); Tereza
Cristina (PP-MS); Efraim Filho (União-PB);
Professora Dorinha (União-TO); e Laércio
Oliveira (PP-SE). Dois são deputados estaduais:
Teresa Leitão (PT-PE); e Cleitinho (PSC-MG).
Há ainda quatro ex-governadores que se
elegeram para a Câmara Alta: Camilo Santana
(PT-CE); Wellington Dias (PT-PI); Flávio
Dino (PSB-MA); e Renan Filho (MDB-AL).
Entre os novatos eleitos, alguns vêm de
experiências no Executivo: Hamilton Mourão
(Republicanos-RS); atual vice-presidente da
República; astronauta Marcos Pontes (PL-SP),
ex-ministro da Ciência e Tecnologia; Sergio
Moro (União Brasil-PR), ex-ministro da
N° 255
Justiça; Damares Alves (Republicanos-DF),
ex-ministra da Mulher e Direitos Humanos;
Rogério Marinho (PL-RN), ex-ministro
da Integração Nacional; e Jorge Seif (PL-
SC), ex-secretário nacional da Pesca.
Em termos político-partidários, o pleito
também foi marcado pela preponderância
dos partidos de centro-direita. O PL foi o
grande vencedor da disputa, com oito eleitos,
e terá a maior bancada. Somando-se aos atuais
senadores que ainda possuem mais quatro
anos de mandato, o partido terá uma bancada
com 14 representantes. Na sequência, vêm o
PSD com 11, União Brasil e MDB, ambos com
dez. Juntamente com os demais partidos desse
espectro, o grupo comandará 66 das 81 cadeiras.
ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 27
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No campo da esquerda, o PT é o partido
com melhor colocação. A legenda elegeu
cinco candidatos e terá uma bancada
de nove senadores. O PDT não elegeu
nenhum nome e continuará com três
cadeiras. O PSB elegeu apenas Flávio Dino
(MA), que será o único representante do
partido a partir do próximo ano. A Rede
não elegeu nenhum postulante e manterá
somente Randolfe Rodrigues (AP).
Contudo, os números podem mudar
em razão de eventuais migrações para
outras legendas, visto que senadores não
se submetem ao instituto da fidelidade
partidária. Caso mudem de partido, eles
não ficam sujeitos à perda do mandato.

PROCEDÊNCIA DOS SENADORES ELEITOS

EXECUTIVO LEGISLATIVO SEM EXPÊRIENCIA
Estadual Federal Senado Deputados Federais Deputados Estaduais ANTERIOR
Camilo Santana (PT/CE) Hamilton Mourão (Republicanos/RS) Omar Aziz (PSD/AM) Alan Rick (Republicanos/AC) Teresa Leitão (PT/PE) Jaime Bagatolli (PL/RO)
Flávio Dino (PSB/MA) Marcos Pontes (PL/SP) Davi Alcolumbre (União/AP) Beto Faro (PT/PA) Cleitinho (PSC/MG)
Renan Filho (MDB/AL) Sérgio Moro (União/PR) Otto Alencar (PSD/BA) Hiran Gonçalves (PP/RR)
Wellington Dias (PT/PI) Damares Alves (Republicanos/DF) Wellington Fagundes (PL/MT) Tereza Cristina (PP/MS)
Rogério Marinho (PL/RN) Romário (PL/RJ) Efraim Filho (União/PB)
Jorge Seif (PL/SC) Professora Dorinha (União/TO)
Retornaram: Laércio Oliveira (PP/SE)
Magno Malta (PL/ES)
Wilder Morais (PL/GO)

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 CENÁRIOS POLÍTICOS N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 28
ELEIÇÃO PARA Exclusivo para clientes Arko
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governador AC Acre AL Alagoas AP Amapá AM Amazonas BA Bahia

GLADSON CAMELI PAULO DANTAS CLÉCIO WILSON LIMA JERÔNIMO RODRIGUES

(PP) (MDB) (SD) (União Brasil) (PT)
56,75% 1º TURNO: 46,64% = 708.984 votos 53,69% 1º TURNO: 42,80% = 819.021 votos 49,45% = 4.019.830 votos
1º TURNO:

votos: 242.100 2º TURNO: 52,33% = 834.278 votos votos: 222.168 2º TURNO: 56,65% = 1.039.192 votos 52,79% = 4.480.464 votos
2º TURNO:

MAPA Quem venceu

ELEITORAL Nos Estados JORGE VIANA RODRIGO CUNHA JAIME NUNES EDUARDO BRAGA ACM NETO
(PT) (União) (PSD) (MDB) (União Brasil)
24,21% 26,79% = 407.220 votos
1º TURNO: 42,58% 21,00% = 401.772 votos
1º TURNO: 1º TURNO: 40,80% = 3.316.711 votos
votos: 103.265 47,67% = 759.984 votos
2º TURNO: votos: 176.208 43,35% = 795.098 votos
2º TURNO: 2º TURNO: 47,21% = 4.007.023 votos
Eleitos no 1º TURNO
Eleitos no 2º TURNO CE Ceará DF Distrito Federal ES Espírito Santo GO Goiás MA Maranhão

ELMANO DE FREITAS IBANEIS ROCHA RENATO CASAGRANDE RONALDO CAIADO CARLOS BRANDÃO
RORAIMA (PT) (MDB) (PSB) (União) (PSB)
AMAPÁ 54,02% 50,30% 1º TURNO:46,94% = 976.652 votos 51,81% 51,29%
votos: 2.808.300 votos: 832.633 2º TURNO:53,80% = 1.171.288 votos votos: 1.806.892 votos: 1.769.187

CAPITÃO WAGNER LEANDRO GRASS MANATO GUSTAVO MENDANHA LAHESIO BONFIM

(União) (PV) (PL) (Patriota) (PSC)
31,72% 26,25% 1º TURNO: 38,48% = 800.598 votos 25,2% 24,87%
votos: 1.649.213 votos: 434.587 2º TURNO: 46,20% = 1.006.021 votos votos: 879.031 votos: 857.744
AMAZONAS
PARÁ MARANHÃO CEARÁ
RIO GRANDE
DO NORTE MT Mato Grosso MS Mato Grosso do Sul MG Minas Gerais PA Pará PB Paraíba
PARAÍBA
PIAUÍ PERNAMBUCO
ACRE MAURO MENDES EDUARDO RIEDEL ROMEU ZEMA HELDER BARBALHO JOÃO AZEVEDO
(União) (PSDB) (Novo) (MDB) (PSB)
25,16% = 361.981 votos 39,65% = 863.174 votos
ALAGOAS 68,45% 1º TURNO: 56,18% 70,41% 1º TURNO:

votos: 1.114.549 56,90% = 808.210 votos

2º TURNO: votos: 6.094.136 votos: 3.117.276 2º TURNO: 52,51% = 1.221.904 votos

TOCANTINS SERGIPE
RONDÔNIA
BAHIA
MARCIA PINHEIRO CAPITÃO CONTAR KALIL ZEQUINHA MARINHO PEDRO CUNHA LIMA
MATO GROSSO (PV) (PSDB) (PSD) (PL) (PSDB)
16,41% 26,71% = 384.275 votos
1º TURNO: 35,08% 27,13% 1º TURNO:23,90% = 520.155 votos
votos: 267.172 43,10% = 612.113 votos
2º TURNO: votos: 3.805.182 votos: 1.201.079 2º TURNO:47,49% = 1.104.963 votos

DISTRITO
GOIÁS
FEDERAL
PR Paraná PE Pernambuco PI Piauí RJ Rio de Janeiro RN Rio Grande do Norte
MINAS GERAIS

RATINHO JÚNIOR RAQUEL LYRA RAFAEL FONTELES CLÁUDIO CASTRO FÁTIMA BEZERRA
MATO GROSSO ESPÍRITO SANTO (PSD) (PSDB) (PT) (PL) (PT)
DO SUL 69,64% 1º TURNO: 20,58% = 1.009.556 votos 57,17% 58,67% 58,31%
votos: 4.243.116 2º TURNO: 58,70% = 3.113.312 votos votos: 1.115.139 votos: 4.930.288 votos: 1.066.496
SÃO PAULO
RIO DE JANEIRO

REQUIÃO MARÍLIA ARRAES SILVIO MENDES MARCELO FREIXO FÁBIO DANTAS

PARANÁ
Reeleito
(PT) (Solidariedade) (União) (PSB) (SD)
26,23% 1º TURNO: 23,97% = 1.175.651 votos 41,62% 27,38% 22,22%
votos: 1.598.204 2º TURNO: 41,30% = 2.190.264 votos votos: 811.806 votos: 2.300.980 votos: 406.461
SANTA
CATARINA
RS Rio Grande do Sul RO Rondônia RR Roraima SC Santa Catarina SP São Paulo SE Sergipe TO Tocantins
RIO GRANDE
DO SUL
EDUARDO LEITE MARCOS ROCHA ANTONIO DENARIUM JORGINHO MELLO TARCÍSIO DE FREITAS FÁBIO MITIDIERI WANDERLEI BARBOSA
(PSDB) (União Brasil) (PP) (PL) (Republicanos) (PSD) (Republicanos)
1º TURNO: 26,81% = 1.702.815 votos 1º TURNO:38,88% = 330.656 votos 56,47% 1º TURNO:38,61% = 1.575.912 votos 1º TURNO:42,32% = 9.881.995 votos 1º TURNO: 38,91% = 294.936 votos 58,14%
2º TURNO: 57,12% = 3.687.126 votos 2º TURNO:52,47% = 458.370 votos votos: 163.167 2º TURNO:70,69% = 2.983.949 votos 55,27% = 13.480.643 votos
2º TURNO: 2º TURNO: 51,70% = 623.851 votos votos: 481.496

ONYX LORENZONI MARCOS ROGÉRIO TERESA SURITA DÉCIO LIMA FERNANDO HADDAD ROGÉRIO CARVALHO RONALDO DIMAS
(PL) (PL) (MDB) (PT) (PT) (PT) (PL)

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1º TURNO:37,50% = 2.382.026 votos 37,05% = 315.035 votos
1º TURNO: 41,14% 1º TURNO: 17,42% = 710.859 votos 1º TURNO: 35,70% = 8.337.139 votos 44,70% = 338.796 votos
1º TURNO: 22,5%
SUMÁRIO 2º TURNO:42,88% = 2.767.786 votos 47,53% = 415.278 votos
2º TURNO: votos: 163.167 2º TURNO: 29,31% = 1.237.016 votos 2º TURNO:44,73% = 10.909.371 votos 48,30% = 582.940 votos
2º TURNO: votos: 186.361
 CENÁRIOS POLÍTICOS N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 29
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governador
PT e UB elegem o MAIOR NÚMERO de governadores
O PT e o União Brasil (UB) manteve os governos que já tinha: Embora tenha eleito apenas um estadual, fortemente marcada pelo para a centro-direita. As conquistas
saem das urnas como os dois de Alagoas (Paulo Dantas); do governador, o Novo manteve continuísmo, outra característica dos partidos de esquerda ficaram
partidos que elegeram o maior Distrito Federal (Ibaneis Rocha); o comando de Minas Gerais importante foi o voto inclinado mais restritas ao Nordeste.
número de governadores. Cada e do Pará (Helder Barbalho). O (Romeu Zema). E o Solidariedade
legenda elegeu quatro. PSDB também conquistou três conquistou um governo estadual: PERFORMANCE
governos estaduais: Rio Grande do Amapá (Clécio Luís). Eleitos Eleitos no Eleitos no Total de eleitos
Partido em 2018 Atuais 1º Turno 2º Turno em 2022
O PT, como vem ocorrendo nas Sul (Eduardo Leite); Pernambuco
últimas eleições, concentrou sua (Raquel Lyra); e Mato Grosso do O MAIOR ÍNDICE DE PT 4 3 3 1 4
força no Nordeste. O partido Sul (Eduardo Riedel). O destaque REELEIÇÃO DA HISTÓRIA União 0 4 2 2 4
reelegeu a governadora do Rio das conquistas tucanas foi o Rio Dos 20 governadores que tentaram MDB 3 3 2 1 3
Grande do Norte (Fátima Bezerra) e Grande do Sul, cuja vitória marca a reeleição, 18 foram reeleitos: PSB 3 4 1 2 3
venceu as eleições para governador a quebra de um paradigma, já que Gladson Cameli (AC); Paulo PSDB 3 3 0 3 3
na Bahia (Jerônimo Rodrigues), no pela primeira vez o estado reelegeu Dantas (AL); Wilson Lima (AM); PL 0 1 1 1 2
Piauí (Rafael Fonteles) e no Ceará um governante. O PSB reelegeu Ibaneis Rocha (DF); Renato
PP 1 2 2 0 2
(Elmano de Freitas). A conquista de os governadores do Maranhão Casagrande (ES); Ronaldo Caiado
PSD 2 2 1 1 2
quatro estados no Nordeste mostra (Carlos Brandão), da Paraíba (GO); Carlos Brandão (MA);
a força do lulismo, com destaque (João Azevêdo) e do Espírito Mauro Mendes (MT); Romeu Republicanos 0 2 1 1 2
para a Bahia, onde o PT chegou Santo (Renato Casagrande). Zema (MG); Helder Barbalho NOVO 1 1 1 0 1
ao quinto mandato consecutivo. (PA); João Azevêdo (PB); Ratinho SD 0 0 1 0 1
Vale lembrar que o Nordeste foi PP, PSD, PL e Republicanos Júnior (PR); Cláudio Castro (RJ); DEM 2 0 0 0 0
o grande responsável pela vitória conquistaram dois estados cada Fátima Bezerra (RN); Eduardo PCdoB 1 0 0 0 0
de Lula, que conquistou cerca de um. O PP reelegeu os governadores Leite (RS); Marcos Rocha (RO); PDT 1 2 0 0 0
70% dos votos válidos na região. do Acre (Gladson Camelli) e de Antonio Denarium (RR); e PHS 1 0 0 0 0
Roraima (Antônio Denarium). Wanderley Barbosa (TO). PROS 0 0 0 0 0
Em sua primeira eleição, o O PSD venceu em Sergipe PSC 2 0 0 0 0
União Brasil (UB) reelegeu (Fabio Mitidieri) e no Paraná Entre os governadores que tentaram
PSL 3 0 0 0 0
os governadores de Goiás (Ratinho Júnior). O PL venceu a reeleição, foram derrotados
Total 27 27 15 12 27
(Ronaldo Caiado); do Mato em dois estados: Rio de Janeiro apenas os que não chegaram ao
Grosso (Mauro Mendes); do (Cláudio Castro) e Santa Catarina segundo turno: Carlos Moisés (SC)
Amazonas (Wilson Lima); e de (Jorginho Mello). O Republicanos e Rodrigo Garcia (SP). Com isso, 1998 2002 2006 2010 2014 2018 2022
Rondônia (Marcos Rocha). conquistou São Paulo, o maior temos o maior índice de reeleição Reeleição 21 16 20 20 18 21 20
colégio eleitoral do país (Tarcísio da história (90%). Até então, o
REELEITO 14 9 14 13 11 10 18
MDB, PSDB e PSB elegeram de Freitas) e manteve o controle do maior índice tinha sido registrado
% 66,66 56,25 70 65 61,11 47,61 90
três governadores cada. O MDB Tocantins (Wanderley Barbosa). em 2006 (70%). Nesta eleição

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governador
Eleitos no 1º TURNO
% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados
ACRE - AC na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

54,17% 50,00% 24
Gladson Cameli Engenheiro civil e empresário, é sobrinho do ex-governador
4 3 3 3 2 2 2 2 1 1 1
PP Orleir Cameli. Gladson foi eleito governador no meio do
1º TURNO mandato de senador, em 2018. Antes, foi deputado federal por
dois mandatos (2007-2014). No Senado, votou a favor da PEC
% de votos 56,75 do Teto dos Gastos Públicos e da Reforma Trabalhista. Tem como
vice a senadora Mailza Gomes, que era suplente de Cameli no
Nº de votos 242.100 Senado e assumiu o mandato quando ele se elegeu governador. COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: PP/PDT/Federação PSDB-Cidadania/PODE/SD/Patriota/DC/PMN/PMB

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

AMAPÁ - AP na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS
14
37,04% 41,00% 27
Clécio Luís Geógrafo e professor, Clécio Luís foi prefeito de Macapá duas 4
3
2
Solidariedade vezes consecutivas (2013-2020), eleito pelo PSOL e pela Rede,
1 1 1 1

1º TURNO respectivamente. Também exerceu dois mandatos de vereador

na capital e foi secretário municipal de Educação. Oriundo
% de votos 53,69 da esquerda, alinhou-se mais ao centro e atualmente está
filiado ao Solidariedade. O vice na chapa é o servidor público
Nº de votos 222.168 federal e suplente a senador Antônio Teles Júnior (PDT). COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) / REPUBLICANOS / PP / PL
/ PDT / UNIÃO / SOLIDARIEDADE

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

CEARÁ - CE na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia 13 COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

34,78% 48,00% 26 8

Elmano de Freitas Ex-presidente do PT no Ceará, Elmano dirigiu o Orçamento 4 4

3 3 3
PT Participativo de Fortaleza. Em 2012, chegou ao segundo turno na
2
1 1 1 1 1 1

1º TURNO disputa pela prefeitura, sendo derrotado por Roberto Cláudio, com
quem disputou o governo do Ceará este ano. Deputado estadual
% de votos 54,02 em segundo mandato é ligado ao ex-governador Camilo Santana,
que disputou e foi eleito para a vaga de senador nesta eleição.
Nº de votos 2.808.300 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV) / PP / MDB /
PRTB / Federação PSOL REDE (PSOL/REDE) / SOLIDARIEDADE

= Reeleito CONTINUA >>>

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>>> Eleitos no 1º TURNO
% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados
DISTRITO FEDERAL - DF na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

50,00% 50,00% 24
Ibaneis Rocha Advogado e empresário, Ibaneis Rocha foi reeleito governador da 4 3 3 2 2 2 2
MDB Capital Federal. Em 2018, surpreendeu ao ser eleito governador
1 1 1 1 1 1

1º TURNO em sua primeira disputa eletiva. Ao Tribunal Superior Eleitoral,

declarou patrimônio de R$ 79,8 milhões, o que o coloca entre os
% de votos 50,30 10 candidatos mais ricos do país. Depois de atuar com Paco Brito
como vice, escolheu a deputada Celina Leão (PP) para a sua chapa.
Nº de votos 832.633 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: PTB** / AVANTE / PROS / AGIR / PP / SOLIDARIEDADE / MDB / PL /
PATRIOTA**

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

GOIÁS - GO na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

63,41% 51,00% 41
7
Ronaldo Caiado Ronaldo Caiado assumiu o primeiro cargo político em 1991,
6
4
3 3 3
União Brasil quando se elegeu deputado federal, cargo que exerceu por cinco
2 2 2 2 2 2
1 1 1

1º TURNO mandatos. Antes disso, foi líder do setor rural, quando presidiu a
União Democrática Ruralista (UDR) e se candidatou à Presidência
% de votos 51,81 da República, em 1989. Também foi senador (2015-2018). Foi
reeleito para o segundo mandato como governador nas eleições deste
Nº de votos 1.806.892 ano. Seu vice na chapa é o ex-deputado Daniel Vilela (MDB). COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: MDB / UNIÃO / PODE / PTB / PSC / PSD / AVANTE / PRTB / PP / SOLIDA-
RIEDADE / PROS / PDT

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

MARANHÃO - MA na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS
11
64,29% 64,00% 42
Carlos Brandão Carlos Brandão assumiu o governo do Maranhão em abril deste ano,
5 5
4 4
3
PSB quando o então governador Flávio Dino renunciou para concorrer
2 2 2 2
1 1

1º TURNO ao Senado. Médico veterinário e empresário, atuou como vice-

governador (2015-2022) e cumpriu dois mandatos como deputado
% de votos 51,29 federal (2007-2014). Oriundo do PSDB, passou pelo Solidariedade
antes de se filiar ao PSB. Seu vice é o petista Felipe Camarão.
Nº de votos 1.769.187 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: PSB / MDB / PP / PATRIOTA / PODE / Federação Brasil da Esperança - FE
BRASIL (PT/PC do B/PV) / Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)

= Reeleito CONTINUA >>>

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>>> Eleitos no 1º TURNO
% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados
MINAS GERAIS - MG na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS
12
28,57% 32,00% 77 9 9

Romeu Zema Romeu Zema é empresário e presidente do Conselho de

6
4
3 3 3 3 3 3 3
2 2 2 2
Novo Administração do Grupo Zema, que atua no interior do estado
1 1 1 1 1 1 1 1

1º TURNO nos ramos de eletromóveis, distribuição de combustíveis,

concessionárias e locadoras de veículos, autopeças e negócios
% de votos 56,18 financeiros. Eleito em 2018, foi reeleito e passa a ser uma das
opções do Novo para a presidência da República em 2026.
Nº de votos 6.094.136 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: PP / PODE / SOLIDARIEDADE / PATRIOTA / AVANTE / PMN / AGIR / DC /
MDB / NOVO

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

MATO GROSSO - MT na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

75,00% 25,00% 24
Mauro Mendes Ligado à indústria, Mauro Mendes presidiu por seis anos a Federação 4 4 4

União Brasil
2 2 2 2
das Indústrias do Mato Grosso, chegando a ser vice-presidente 1 1 1 1

1º TURNO da Confederação Nacional da Indústria. Pelo PSB, foi prefeito

de Cuiabá entre 2013 e 2017. Formado em Engenharia Elétrica,
% de votos 68,45 fundou a Bimetal, fabricante de torres de telecomunicações.

Nº de votos 1.114.549 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) / UNIÃO / REPUBLICANOS /
PL / MDB / PODE / PSB / PROS

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

PARÁ - PA na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

83,33% 39,00% 36
8
Helder Barbalho Reeleito ao governo do Pará, Helder foi ministro da Integração
6
4 3 3 3
2 2 2
MDB Nacional, da Pesca e dos Portos no governo Dilma/Temer.
1 1 1

1º TURNO Filho do senador Jader Barbalho, é pós-graduado em Gestão

Pública. Também foi vereador, deputado estadual e prefeito de
% de votos 70,41 Ananindeua, segunda maior cidade do estado, por dois mandatos.

Nº de votos 3.117.276 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: MDB / Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) / Federação Brasil da
Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV) / PP / PSD / PDT / REPUBLICANOS / AVANTE / PODE / UNIÃO / DC / PTB / PSB

= Reeleito CONTINUA >>>

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>>> Eleitos no 1º TURNO
% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados
PIAUÍ - PI na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS
11
73,33% 37,00% 30 9
7
Rafael Fonteles Economista, Rafael Fonteles foi secretário da Fazenda do Piauí
PT (2015-2022) e eleito duas vezes presidente do Comitê Nacional dos
2
1

1º TURNO Secretários de Fazenda. Posicionou-se contra a redução de ICMS

sobre os combustíveis. Themistocles Filho (MDB) é o vice-governador
% de votos 57,17 na chapa. Representa a continuidade do PT no comando do estado.

Nº de votos 1.115.139 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV) / MDB / PSD /
SOLIDARIEDADE / PSB / PROS / AGIR

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

PARANÁ - PR na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS
15
74,07% 44,00% 54
Ratinho Júnior Atual governador do estado, Ratinho Júnior é filho do apresentador
7 7
5 5
3 2 2 2 2
PSD Carlos Massa, mais conhecido como Ratinho. Foi deputado
1 1 1 1

1º TURNO estadual (2003-2007) e federal (2007-2014), além de secretário

estadual de Desenvolvimento Urbano (2013- 2014; 2015-2017).
% de votos 69,64 Já foi filiado ao PSB, PPS e PSC. Se reelegeu com quase 70%.

Nº de votos 4.243.116 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: REPUBLICANOS / MDB / SOLIDARIEDADE / PL / PSD / UNIÃO / PMB / PP /
AGIR / PROS / PTB

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

RIO DE JANEIRO - RJ na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS
17
64,29% 46,00% 70
Cláudio Castro Reeleito governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro foi
8 7 6 5 4 3 3
PL assessor especial da Câmara dos Deputados e chefe de gabinete
2 2 2 2 2 1 1 1 1 1 1 1

1º TURNO do vereador Márcio Pacheco. Foi vereador (2017-2019) e

disputou o governo do estado em 2018 como vice de Wilson
% de votos 58,67 Witzel (PSC). Assumiu o governo após o impeachment de
Witzel por denúncias de desvio de dinheiro público.
Nº de votos 4.930.288 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: AVANTE / DC / MDB / PL / PMN / PODE / PP / PROS / PRTB / PSC / PTB /
REPUBLICANOS / SOLIDARIEDADE / UNIÃO

= Reeleito CONTINUA >>>

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>>> Eleitos no 1º TURNO
% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados
RIO GRANDE DO NORTE - RN na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

29,17% 38,00% 24 9

Fátima Bezerra Governadora reeleita, Fátima Bezerra foi duas vezes deputada 4
3 3
PT estadual, três vezes federal e uma vez senadora. Deixou o
2 2
1

1º TURNO Senado para ocupar o Executivo estadual, em 2019. Mas

antes disso, foi relatora da MP que regularizou o Fundeb.
% de votos 58,31 Professora da rede pública e ex-dirigente sindical, foi a única
mulher eleita para o executivo estadual em 2018.
Nº de votos 1.066.496 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV) / PDT / MDB /
PROS / REPUBLICANOS

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

RORAIMA - RR na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

54,17% 42,00% 24
Antonio Denarium Especialista em Finanças, Antonio Denarium é o atual governador de 4 3 3
2 2 2 2 2
PP Roraima. Empresário no agronegócio e no setor imobiliário, é diretor-
1 1 1 1

1º TURNO presidente do Frigo 10 e diretor da Cooperativa dos Produtores de

Carne de Roraima. Tem Edilson Damião (Republicanos) como vice.
% de votos 56,47
Nº de votos 163.167 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: PSD / PP / PRTB / REPUBLICANOS / UNIÃO

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

TOCANTINS - TO na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

58,33% 38,00% 24
Wanderlei Barbosa Político de carreira, Wanderlei Barbosa foi vereador de Porto
7
4 3
2
Republicanos Nacional e de Palmas, deputado estadual (2011-2018) e vice-
1 1 1 1 1 1 1 1

1º TURNO governador de Mauro Carlesse, eleito em 2018. Wanderlei assumiu

o posto após a afastamento de Carlesse pela Justiça. Laurez
% de votos 58,14 Moreira (PDT), ex-prefeito de Gurupi, é o vice-governador.

Nº de votos 481.496 COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) / UNIÃO / PDT / SOLIDARIE-
DADE / PTB / REPUBLICANOS / PSC

= Reeleito
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Eleitos no 2º TURNO
% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados
ALAGOAS - AL na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

59,26% 41,00% 27 14

Paulo Dantas Formado em Administração de Empresas, Paulo Dantas exerceu

MDB mandato de deputado estadual (2019-2022). Renunciou para se eleger 4
3
governador em um mandato-tampão, após a renúncia de Renan Filho,
2
1 1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
que concorreu e foi eleito senador. Antes, na condição de presidente da
% de votos 46,64 52,33 Assembleia Legislativa, assumiu o governo interinamente. Foi prefeito
de Batalha por dois mandatos (2005-2008 e 2009-2012). Representa
Nº de votos 708.984 834.278 a continuidade do grupo dos Calheiros no comando de Alagoas. COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: MDB / Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV) / PDT /
PSC / PODE / SOLIDARIEDADE

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

AMAZONAS - AM na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

79,17% 42,00% 24
Wilson Lima Jornalista de grande popularidade no estado, o governador Wilson
União Brasil Lima foi eleito na primeira vez que concorreu ao cargo, em 2018.
6
4
3 3
À frente do governo, foi alvo de críticas pela gestão da pandemia,
2
1 1 1 1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
o que resultou em pedidos de impeachment. Tem como vice o
% de votos 42,80 56,65 procurador Tadeu de Souza, ex-secretário de Defesa Civil de Manaus.

Nº de votos 819.021 1.039.192

COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: REPUBLICANOS / PP / PTB / PSC / PL / PRTB / PMN / UNIÃO / PATRIOTA /
AVANTE

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

BAHIA - BA na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

49,21% 41,00% 63
Jerônimo Rodrigues Engenheiro agrônomo e gestor público, Jerônimo Rodrigues foi
10
9 9

PT secretário de Desenvolvimento Rural (2015-2018) e secretário

6
4 4 4
3 3
da Educação da Bahia (2018-2022). Também atuou como
2 2 2
1 1 1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
secretário Nacional do Desenvolvimento Territorial na gestão
% de votos 49,45 52,79 de Dilma Rousseff. Essa foi a primeira vez que concorreu
a um cargo público eletivo. Sua eleição dá continuidade ao
Nº de votos 4.019.830 4.480.464 projeto de poder do PT no estado, que já dura 16 anos. COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL (PT/PC do B/PV) / PSB / PSD /
AVANTE / MDB

= Reeleito CONTINUA >>>

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>>> Eleitos no 2º TURNO
% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados
ESPÍRITO SANTO - ES na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

50,00% 53,00% 30
Renato Casagrande Renato Casagrande está na vida política desde 1984. Antes do
PSB atual mandato, foi governador entre 2011 e 2014. Também foi 5
4
3 3
vice-governador, deputado estadual, deputado federal e senador,
2 2 2 2 2
1 1 1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
além de ocupar outros cargos públicos. Ex-militante do PCdoB, foi
% de votos 46,94 53,80 filiado ao PMDB e ingressou no PSB em 1987. Presidiu a Fundação
João Mangabeira, órgão de formação e estudos do partido.
Nº de votos 976.652 1.171.288
COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: MDB / PP / PROS / PSB / PODE / Federação Brasil da Esperança - FE BRASIL
(PT/PC do B/PV) / Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) / PDT

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

MATO GROSSO DO SUL - MS na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

25,00% 29,00% 24
Eduardo Riedel Produtor rural, Eduardo Riedel já foi considerado uma das 100 6
PSDB personalidades mais influentes do agronegócio no país. Foi presidente 3 3 3
2
da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul e
1 1 1 1 1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
da Confederação Nacional da Agricultura. Também foi secretário
% de votos 25,16 56,90 de Governo e secretário de Infraestrutura em seu estado.

Nº de votos 361.981 808.210

COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: PSDB

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

PARAÍBA - PB na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

58,33% 39,00% 36
João Azevedo Atual governador, foi secretário de Serviços Urbanos de 8
6
PSB João Pessoa (1986-1989), secretário de Planejamento 4
3 3 3
2 2 2
de Bayeux (2004) e chefe de Gabinete da Secretaria de
1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
Desenvolvimento e Controle Urbano (2005). Seu vice é Lucas
% de votos 39,65 52,51 Ribeiro (PP), que foi vice-prefeito de Campina Grande.

Nº de votos 863.174 1.221.904

COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: PSB / AGIR / PP / AVANTE / PMN / PSD / SOLIDARIEDADE / PODE / REPUBLI-
CANOS / PATRIOTA / PROS**

= Reeleito CONTINUA >>>

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>>> Eleitos no 2º TURNO
% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados
PERNAMBUCO - PE na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

6,12% 49,00% 49 14

Raquel Lyra Ex-delegada da Polícia Federal e procuradora de Pernambuco, 8

PSDB Raquel Lyra foi prefeita de Caruaru por duas vezes e deputada
5 5
3 3 3 3
2
estadual por dois mandatos consecutivos. De berço político,
1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
é filha do ex-governador de Pernambuco João Lyra Neto,
% de votos 20,58 58,70 e sobrinha do ex-ministro da Justiça Fernando Lyra.

Nº de votos 1.009.556 3.113.415

COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) / PRTB

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

RIO GRANDE DO SUL - RS na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

25,37% 44,00% 55
Eduardo Leite Formado em Direito, Eduardo Leite foi prefeito de Pelotas,
11

7
PSDB vereador, presidente da Câmara de Vereadores e secretário
6
5 5 5
4
3
municipal de Cidadania. Em novembro de 2017, tornou-
2 2
1 1 1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
se presidente estadual do PSDB. Após renunciar ao cargo
% de votos 26,81 57,12 de governador para disputar a Presidência da República,
voltou atrás para tentar a reeleição no governo estadual.
Nº de votos 1.702.815 3.687.126
COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: Federação PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA) / MDB / PSD / PODE / UNIÃO

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

RONDÔNIA - RO na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

58,33% 54,00% 24
Marcos Rocha Marcos Rocha é administrador, ex-policial militar e professor. Foi
União Brasil secretário municipal de Educação e comandou a Secretaria de Justiça 5
3 3
do estado. Seu vice é Sérgio Gonçalves (UB), ex-superintendente
2 2 2 2
1 1 1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
estadual de Desenvolvimento Econômico e Infraestrutura.
% de votos 38,88 52,47
Nº de votos 330.656 458.370
COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: UNIÃO / REPUBLICANOS / AVANTE / MDB / PATRIOTA / PSC / Federação
PSDB Cidadania (PSDB/CIDADANIA)

= Reeleito CONTINUA >>>

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% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados
SANTA CATARINA - SC na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

27,50% 40,00% 40
Jorginho Mello Senador por Santa Catarina, Jorginho Mello foi vereador em
11

PL Herval d’Oeste (1976-1978), deputado estadual (1995-2010)

6
4
3 3 3 3
e federal (2011-2018). Atualmente, é presidente do diretório
2
1 1 1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
do PL em Santa Catarina. É graduado em Estudos Sociais e em
% de votos 38,61 70,69 Direito. No Senado, foi autor do projeto que criou o Pronampe.

Nº de votos 1.575.912 2.983.949

COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: PL

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

SÃO PAULO - SP na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS
19
18
35,11% 41,00% 94
Tarcísio de Freitas Ex-diretor do DNIT no governo Dilma e coordenador do 9
8 8
Republicanos Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) no governo Temer, 5
4 4 4
3 3
Tarcísio de Freitas ganhou notoriedade política ao assumir o
2 2
1 1 1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
Ministério da Infraestrutura no governo Bolsonaro. Além de
% de votos 42,32 55,27 engenheiro, é militar formado pela Academia Militar das Agulhas
Negras e consultor legislativo da Câmara dos Deputados.
Nº de votos 9.881.995 13.480.643
COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: REPUBLICANOS / PL / PSD / PTB / PSC / PMN

% de deputados da Coligação % de renovação Nº de Deputados

SERGIPE - SE na Assembléia Legislativa da Assembleia na Assembleia COMPOSIÇÃO PARTIDÁRIA - DEPUTADOS ELEITOS

62,50% 63,00% 24
Fábio Mitidieri Fábio Mitidieri é empresário e deputado federal por
PSD Sergipe. Foi vereador de Aracaju (2009-2012), cidade 5
4
3 3
onde nasceu, secretário municipal do Esporte e secretário
2 2 2
1 1 1
1º TURNO 2º TURNO
estadual do Trabalho. Seu vice é Zezinho Sobral (PDT).
% de votos 38,91 51,70
Nº de votos 294.936 623.851
COLIGAÇÃO DO GOVERNADOR ELEITO: PDT / PSC / UNIÃO / REPUBLICANOS / PP / PSD / AVANTE

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ELEIÇÃO PARA
governador
O PT sai das urnas como a legenda
que elegeu o maior número de
governadores, ao lado do União
Brasil. O partido elegeu quatro
governadores (Bahia, Ceará, Piauí
e Rio Grande do Norte), todos no
Nordeste, o que mostra a força
do lulismo na região. O destaque
é o resultado na Bahia, onde os
petistas chegam ao quinto mandato
consecutivo. A legenda volta ao
Palácio do Planalto após mais de seis
anos. O desafio agora será encontrar
um presidenciável para 2026, já que
o presidente eleito, Lula, anunciou
que não disputará a reeleição.
CENÁRIOS POLÍTICOS
Boletim Eleitoral POR PARTIDO
O partido sai fortalecido das eleições.
Elegeu Geraldo Alckmin como vice na
chapa vitoriosa de Lula. Como Lula
promete não concorrer à reeleição em
2026, Alckmin despontará, naturalmente,
como presidenciável. Apesar de ter perdido
Pernambuco, que governava desde 2006,
o PSB conquistou três estados (Espírito
Santo, Maranhão e Paraíba). Os socialistas
mostram força no Nordeste, já que dos três
governadores reeleitos da sigla dois são da
região: Carlos Brandão e João Azevêdo.
Além disso, Flávio Dino, um dos principais
nomes do partido, elegeu-se senador.
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Mesmo tendo perdido o governo
de São Paulo, após o governador
Rodrigo Garcia sequer ter chegado
ao segundo turno, os tucanos fizeram
história no Rio Grande do Sul, com
a reeleição de Eduardo Leite, que
sai das urnas como o grande líder
nacional do partido. Além disso,
o PSDB elegeu, pela terceira vez
consecutiva, o governador do Mato
Grosso do Sul, e chegou ao governo
de Pernambuco pela primeira vez,
através de uma liderança nova: a
ex-prefeita de Caruaru Raquel Lyra.
N° 255
Apesar de ter reduzido sua bancada
federal, o partido conseguiu manter
o controle do segundo estado mais
importante do país: Minas Gerais. Reeleito,
Romeu Zema teve uma ativa participação
na campanha de Jair Bolsonaro. Embora
Lula tenha vencido Bolsonaro em Minas,
Zema sai fortalecido da eleição, tendo
feito importantes acenos ao bolsonarismo
no segundo turno. Romeu Zema desponta
como pré-candidato ao Palácio do
Planalto para as eleições de 2026.
ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 39
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O partido elegeu dois governadores,
ambos na Região Norte (no Acre, onde
governa desde 2018, e em Roraima).
O PP foi um dos principais aliados
do presidente Jair Bolsonaro (PL),
apoiando formalmente sua candidatura
à reeleição. Um dos protagonistas
do partido no cenário nacional, o
presidente da Câmara dos Deputados,
Arthur Lira (PP-AL), trabalhará nos
bastidores para seguir no comando da
Casa, preservando a sua relevância.
O partido conquistou dois
governos (Paraná e Sergipe,
governado pelo PSD desde
2018). A legenda é um dos
protagonistas do centro
político, sendo fundamental
para que Lula construa
sua governabilidade no
Congresso. Além disso,
o PSD elegeu o vice-
governador de São Paulo,
Felício Ramuth, ex-prefeito
de São José dos Campos.

Perde relevância no cenário nacional. O
ex-ministro Ciro Gomes, que concorreu
à Presidência, obteve apenas 3% dos
votos válidos no primeiro turno. Além
disso, a legenda não elegeu nenhum
governador. Embora tenha apoiado
Lula no segundo turno, o PDT terá uma
posição secundária entre os partidos de
esquerda. Outro aspecto a ser destacado
é que Ciro não só apresentou um
desempenho ruim na eleição presidencial,
como também perdeu o controle do
Ceará. Seu candidato – Roberto Cláudio
– foi derrotado já no primeiro turno.
O partido sai das eleições com uma líder
nacional afirmada: a senadora Simone Tebet
(MDB-MS), que surpreendeu ficando em
terceiro lugar no primeiro turno e com uma
ativa participação na campanha vitoriosa de
Lula no segundo turno. O MDB elegeu três
governadores (Alagoas, Distrito Federal e Pará).
Em Alagoas, o MDB chega ao terceiro mandato
consecutivo, mostrando a força da família
Calheiros no estado. A legenda, com esses
resultados, preserva a sua relevância estadual.
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Originado da fusão entre PSL e DEM, o partido
teve um expressivo desempenho. Conquistou
quatro governos (Amazonas, Mato Grosso,
Goiás e Rondônia), sendo a legenda que mais
elegeu governadores, juntamente com o PT.
Tanto na Câmara quanto no Senado, o União
Brasil será um partido importante para a
governabilidade de Lula. Apesar da derrota de
ACM Neto na Bahia, a sigla mostra força no
cenário nacional, o que é uma vitória para o seu
presidente, o deputado federal Luciano Bivar.
Sai fortalecido das eleições.
Beneficiado por ter entre seus
filiados o presidente Jair Bolsonaro, o
partido sai das eleições com a maior
bancada da Câmara dos Deputados.
Conquistou ainda dois governos
estaduais importantes (Santa
Catarina e Rio de Janeiro).
O partido desponta como a principal
sigla de direita do país. O grupo
ligado ao presidente nacional da
legenda, Waldemar da Costa Neto,
pode almejar uma composição com
o novo governo, mas as lideranças
precisarão lidar com uma bancada
majoritariamente bolsonarista.
Aliado do presidente Jair Bolsonaro,
o partido conquistou o governo
estadual mais cobiçado do país: o
de São Paulo. O controle do estado
dará um grande poder político e
financeiro à sigla. Além disso, colocará
naturalmente o ex-ministro Tarcísio
de Freitas como presidenciável
para 2026. Jair Bolsonaro também
venceu Lula em São Paulo, o que
mostra a força do bolsonarismo no
maior colégio eleitoral do Brasil.
Além de São Paulo, a legenda
manteve o comando de Tocantins.
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 CENÁRIOS POLÍTICOS N° 255 ELEIÇÕES 2022 - 2º TURNO 40
Desempenho Exclusivo para clientes Arko
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partidário
Governadores Deputados Deputados
Partidos Senadores Total
1º Turno 2º Turno Estaduais Federais
PT 9 3 1 115 67 195
MDB 9 2 1 92 42 146
Agir 0 0 0 3 0 3
PSDB 4 0 3 54 13 74
PP 6 2 0 85 47 140
PSD 11 1 1 76 42 131
PSB 1 1 2 53 14 71
União 10 2 2 99 59 172
PDT 3 0 0 43 17 63
PR 0 0 0 0 0 0
Republicanos 3 1 1 75 41 121
PTB 0 0 0 8 1 9
SD 0 1 0 20 4 25
PSC 1 0 0 20 6 27
Podemos 6 0 0 28 12 46
PV 0 0 0 20 6 26
PCdoB 0 0 0 18 6 24
Cidadania 1 0 0 16 5 22
Pros 1 0 0 8 4 13
Psol 0 0 0 20 12 32
PHS 0 0 0 0 0 0
Patriota 0 0 0 17 4 21
Avante 0 0 0 13 7 20
Novo 0 1 0 5 3 9
PRP 0 0 0 0 0 0
PRTB 0 0 0 7 0 7
PTC 0 0 0 0 0 0
Rede 1 0 0 6 2 9
PMN 0 0 0 5 0 5
DC 0 0 0 1 0 1
PL 15 1 1 125 99 241
PMB 0 0 0 3 0 3
s/Part 0 0 0 0 0 0
Total 81 15 12 1.035 513 1.656

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CENÁRIOS
POLÍTICOS
Nº 255

Publisher Murillo de Aragão

Edição Cristiano Noronha
Redação Amanda Mota
Beatriz Vieira
Carlos Bellini Borenstein
Daniel Lledó
Daniel Marques Vieira
Lucas de Aragão
Luísa Rothenburg
Marco Lopez
Marcos Augusto de Queiroz
Maria Eduarda Gontijo
Melissa Fernandez
Michael Lopez
Pedro Leal
Rachel Vargas
Rildson Moura
Thiago de Aragão
Diagramação Edimilson Alves Pereira

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