Geraldo Alckmin

Médico, político brasileiro, ex-governador do estado de São Paulo

Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho[1] (Pindamonhangaba, 7 de novembro de 1952)[2] é um médico[3] e político brasileiro, filiado ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). Foi governador do Estado de São Paulo de 2001 a 2006 e de 2011 a 2018, tendo sido o político que por mais tempo
comandou o governo paulista desde a redemocratização do Brasil.[4] Atualmente é professor universitário no curso de medicina da Universidade Nove de Julho.[5][6][7]

Alckmin é sobrinho do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Rodrigues Alckmin, e sobrinho-neto do ex-vice-presidente da República, José Maria Alkmin. É casado com Lu Alckmin, com quem teve três filhos: Sophia Alckmin, Geraldo e Thomaz Alckmin, este último falecido.[8] Formado em
medicina pela Universidade de Taubaté, iniciou sua carreira política em Pindamonhangaba, onde foi eleito vereador, presidente da Câmara dos Vereadores e prefeito.[9] Depois, foi eleito para a Assembleia Legislativa nas eleições de 1982 e para deputado federal em 1986 e 1990.[10] Em 1988, foi um
dos fundadores do PSDB.[11] Entre 1991 a 1994, presidiu o PSDB-SP.[12]

Em 1994, elegeu-se vice-governador de São Paulo na chapa de Mário Covas.[13] Em 2000, concorreu à prefeitura de São Paulo, sendo derrotado no primeiro turno. Com a morte de Covas, em março de 2001, assumiu o governo do estado e se reelegeu em 2002.[14] Em março de 2006, renunciou ao
governo paulista para concorrer à presidência na eleição do mesmo ano.[15] Obteve 39,17% dos votos no segundo turno, sendo derrotado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.[16] Em 2008, candidatou-se a prefeitura de São Paulo, sendo novamente derrotado no primeiro turno.[17] Em 2009, foi
nomeado secretário de desenvolvimento do estado de São Paulo pelo governador José Serra.[18]

Foi eleito governador no primeiro turno da eleição de 2010, retornando ao Palácio dos Bandeirantes em janeiro de 2011.[19] Em 2014, reelegeu-se governador no primeiro turno.[20] Renunciou em abril de 2018 para disputar a eleição presidencial daquele ano,[21] em que concorreu novamente à
presidência da República e logrou a quarta colocação, com 4,7% dos votos válidos.[22]

Início de vida, educação e carreira

Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho nasceu na cidade paulista de Pindamonhangaba, Vale do Paraíba, descendente de judeus sefardistas.[23] É filho de Geraldo José Rodrigues Alckmin e Míriam Penteado;[24] sobrinho do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, José Geraldo Rodrigues de
Alckmin;[25] e sobrinho-neto do ex-vice-presidente da República, José Maria Alkmin.[26] Segundo a revista Época, Geraldo recebia formação cristã da prelazia católica Opus Dei, tendo declarado à revista que o seu tio, José Geraldo, era membro dessa instituição e que seu pai, Geraldo José, era
franciscano.[25]

É casado, desde 1979, com Lu Alckmin, com quem teve três filhos: Sophia, Geraldo e Thomaz.[27] Este último morreu em um acidente de helicóptero em 2 de abril de 2015 na cidade de Carapicuíba, Região Metropolitana de São Paulo.[28]

É formado pela Faculdade de Medicina de Taubaté, ligada à Universidade de Taubaté, com especialização em anestesiologia pelo IAMSPE.[29][30]

É professor convidado do Mestrado em Cidades Inteligentes e Sustentáveis da Universidade Nove de Julho - UNINOVE.[31]

Início da carreira política

Cartaz da campanha de 1976

Alckmin filiou-se ao antigo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) aos dezenove anos de idade, quando ainda estava no primeiro ano da faculdade de medicina. Iniciou a carreira política elegendo-se vereador no município paulista de Pindamonhangaba em 1972.[32][33] Foi eleito com 1 447 votos,
sendo o vereador mais votado entre os eleitos e o vereador proporcionalmente mais bem votado da cidade até hoje, com mais de 10% dos votos válidos.[27][34] Alckmin foi escolhido presidente da Câmara Municipal logo em seu primeiro mandato.[35]

Em 1976, foi eleito prefeito de Pindamonhangaba, tornando-se o mais jovem prefeito da cidade.[36] Alckmin venceu a eleição por uma diferença de 67 votos.[37] Assumiu o cargo em 1977, seu último ano no curso de medicina.[27] Já empossado prefeito, nomeou seu pai chefe de gabinete da
prefeitura, o que gerou acusações de nepotismo.[27]

Nas eleições estaduais de 1982, foi eleito deputado estadual de São Paulo com 96 232 votos.[38]

Deputado federal

Nas eleições de 1986, Alckmin foi eleito deputado federal constituinte com 125 127 votos.[39][40] Em 1988, descontente com os rumos do PMDB, Alckmin, Franco Montoro, José Serra, Bresser Pereira, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas e outros dissidentes fundam o Partido da Social
Democracia Brasileira.[34]

Alckmin foi reeleito deputado federal nas eleições de 1990, desta vez com 55 639 votos, sendo o quarto mais votado dentre os candidatos do PSDB.[39] Neste segundo mandato, foi autor do projeto que transformou-se na Lei 8078/90, o Código de Defesa do Consumidor, que apresentou para
apreciação do Congresso em 16 de novembro de 1988.[41] Foi relator, na Câmara dos Deputados, do projeto que converteu-se na Lei de Benefícios da Previdência Social.[40] Também foi autor de um dos projetos que se converteram na Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), e relator do projeto
de lei que facilita e disciplina a doação de órgãos para transplantes.[40]

Vice-governador de São Paulo

Alckmin foi presidente estadual do PSDB de São Paulo entre 1991 a 1994.[29] Como presidente do partido, Alckmin fundou diretórios e atraiu aliados pelo interior do estado.[42] Esse trabalho despertou a atenção de Mario Covas, que o escolheu como seu candidato a vice-governador nas eleições
estaduais em São Paulo de 1994. A chapa Covas-Alckmin venceu a eleição, derrotando em segundo turno Francisco Rossi.[42][43]

No primeiro ano de seu mandato, Covas nomeou Alckmin para a presidência do Programa Estadual de Desestatização (PED). O PED era um programa complexo que previa a privatização de importantes empresas estatais e concessão de trechos de rodovias e ferrovias à iniciativa privada.[44]
Naquele momento, o governo do estado passava por uma grande crise financeira, estando o Banespa, então o principal banco estatal do estado, sob intervenção do Banco Central do Brasil desde 31 de dezembro de 1994.[45] O governo também estava impedido de contrair novos empréstimos e
rolar dívidas. O PED foi o único programa estadual que cumpriu todas as metas de privatização estipuladas pelo governo federal.[46]

Alckmin tornou-se também um dos principais articuladores políticos de Covas no interior paulista, principalmente no Vale do Paraíba e Litoral Norte, o que lhe garantiu a permanência como candidato a vice de Covas na campanha para a reeleição de 1998, onde ambos foram vitoriosos contra o
então candidato Paulo Maluf.[carece de fontes

?
]

Em 2000, Alckmin licenciou-se do cargo de vice-governador, e, por indicação de Covas, foi o candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo. Semi-desconhecido na capital, partiu de índices de intenção de votos minúsculos para uma votação de 17,21%, ficando apenas 7 691 votos atrás do segundo
colocado, Maluf (então no PPB), que foi para o segundo turno com Marta Suplicy (PT).[47][48] Marta venceu a eleição,[49] e Alckmin voltou a ocupar o cargo de vice-governador. Esta foi a primeira eleição que Alckmin foi derrotado.[47]

Governador de São Paulo (2001–2006)

Primeiro mandato; 2001–2003

Alckmin em 2003

Em 22 de janeiro de 2001, com o agravamento da saúde de Mário Covas,[50] Alckmin assumiu interinamente o governo do Estado de São Paulo.[51] A saúde de Covas ficou debilitada devido a um câncer na bexiga e teve piora rápida de seu estado de saúde, vindo a falecer por falência múltipla dos
órgãos em 6 de março de 2001.[52][53] Alckmin foi empossado definitivamente no cargo no mesmo dia, com um mandato que terminaria em 1º de janeiro de 2003.[51]

Eleições estaduais de 2002

Sua candidatura a reeleição em 2002 foi contestada por alguns partidos.[54] O PT e o PPB entraram com uma ação na justiça pedindo a invalidação de sua candidatura e de seu vice, Cláudio Lembo.[54] Os partidos argumentaram que Alckmin foi vice-governador por dois mandatos consecutivos e
tornou-se governador após a morte de Covas, o que configuraria um terceiro mandato.[54] Apesar da controvérsia, Alckmin foi candidato pela coligação "São Paulo em Boas Mãos", formada por três partidos: PSDB, PFL e PSD, sendo eleito no segundo turno com mais de doze milhões de votos.[55]
Nas pesquisas iniciais, Alckmin estava atrás do ex-governador Paulo Maluf.[56] Alckmin passou a liderar as pesquisas de intenções de votos após a segunda semana de setembro de 2002.[57] Nas vésperas do primeiro turno, que foi realizado em 6
Geraldo Alckmin
de outubro, pesquisas indicavam Alckmin na primeira colocação, seguido por Maluf e José Genoino empatados tecnicamente na segunda colocação.[57]

No primeiro turno Alckmin conseguiu 7,5 milhões de votos (38,28%), classificando-se para o segundo turno, juntamente com José Genoino.[58] No segundo turno, Alckmin tinha vantagens consideráveis em todas as pesquisas que foram
realizadas.[59] Os resultados das pesquisas confirmaram-se e Alckmin foi reeleito, tendo 12 008 819 votos (58,64%), cerca de 3,5 milhões de votos a mais que Genoino.[55]

Segundo mandato: 2003–2006

Alckmin como governador

35º Governador de São Paulo

Alckmin com o governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto em 2006. Período 1º de janeiro de 2011

a 6 de abril de 2018

Vice-governador Afif Domingos (2011–

Segundo pesquisas realizadas pelo Datafolha em 4 de janeiro de 2004, Alckmin foi considerado o segundo melhor governador do país, tendo recebido nota 7,1 (numa escala de 0 a 10), perdendo somente para o governador de Pernambuco, Jarbas 2015)

Vasconcelos (PMDB), que havia recebido 7,2.[60] Segundo outra pesquisa do mesmo instituto, divulgada em 17 de março de 2006, Alckmin conseguiu manter a alta popularidade e obteve o melhor índice de aprovação de seu mandato: 68% da Márcio França (2015-
2018)
população considerou a administração ótima ou boa, 23% regular e apenas 6% ruim ou péssima. A nota média do governo Alckmin subiu para 7,3. Segundo o próprio instituto e considerando pesquisas realizadas entre 1995 a 2006, poucos foram
os governadores que alcançaram avaliação positiva tão alta quanto a de Alckmin.[61] Antecessor(a) Alberto Goldman

Alckmin deixou o governo do estado em 30 de março de 2006 devido à data-limite para sua desincompatibilização, tendo em vista a candidatura à Presidente da República. Passou o cargo para o vice-governador Cláudio Lembo (PFL) em uma Sucessor(a) Márcio França
cerimônia realizada no Palácio dos Bandeirantes.[62]
31º Governador de São Paulo

Período 22 de janeiro de 2001

Campanha presidencial em 2006

até 31 de março de
2006

Vice-governador Nenhum (2001–2003)

Cláudio Lembo
 
(2003–2006)

Antecessor(a) Mário Covas

Sucessor(a) Cláudio Lembo

Presidente Nacional do PSDB

Período 9 de dezembro de
Alckmin e o candidato a vice José Jorge durante a formalização da aliança entre PSDB e PFL para a eleição presidencial. 2017

a 31 de maio de 2019

Antecessor(a) Aécio Neves

Em 14 de março de 2006, Alckmin foi escolhido como o candidato do PSDB na eleição presidencial de 2006,[63] A escolha ocorreu após a desistência do prefeito paulistano José Serra, preferido pela cúpula do partido.[64][65]
Sucessor(a) Bruno Araújo

Seu programa de governo, intitulado "Caminhos para o desenvolvimento", enfatizava o crescimento econômico com redução de impostos.[66] Objetivava também melhorar os seguintes aspectos: educação, saúde, segurança pública e inclusão 22º Vice-governador de São Paulo
[67] [68]
social. Pretendia oferecer transparência e eficiência em sua gestão, em um verdadeiro "choque gerencial e de decência". Em seus discursos, Alckmin criticava parlamentares petistas, citando principalmente o chamado "mensalão".
Período 1º de janeiro de 1995

O candidato a vice-presidente da chapa de Alckmin ficou para ser escolhido pelo PFL, em uma convenção que foi realizada em maio de 2006.[69][70] Nesta convenção, havia dois candidatos: os senadores José Jorge, de Pernambuco, e José até 22 de janeiro de
Agripino, do Rio Grande do Norte. O PFL organizou um colégio eleitoral composto por deputados federais, senadores, governadores, prefeitos de capitais e outros membros da executiva nacional que não cumpriam mandato. Esse colégio eleitoral 2001

escolheu, por 51 votos, o senador José Jorge, que venceu Agripino por uma diferença de seis votos.[70][71] Governador Mário Covas

No primeiro turno, muitos já davam como certa a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva,[72] do Partido dos Trabalhadores, pois este aparecia com mais de 51% das intenções de voto nas pesquisas de institutos como Ibope,[73] Vox Antecessor(a) Aloysio Nunes
Populi[74] e Datafolha.[75] Até que, em setembro, poucas semanas antes das eleições, estourou um escândalo envolvendo pessoas ligadas à campanha do presidente: o Escândalo do Dossiê, uma operação montada para comprar um dossiê contra
Sucessor(a) Cláudio Lembo
Alckmin e José Serra.[76][77] O dossiê seria comprado em São Paulo, dos chefes da Máfia das Ambulâncias, Darci e Luiz Vedoin, por 1,7 milhão de reais — R$ 1,168 milhão e mais US$ 248 mil.[78][79]
Deputado federal por São Paulo

Período 1º de fevereiro de
1987

 
a 1º de janeiro de
1995

Deputado estadual de São Paulo

Período 1º de fevereiro de
1983

até 1º de fevereiro de
Família Alckmin vestindo camisetas promocionais durante a campanha eleitoral 1987

27º Prefeito de Pindamonhangaba

Período 31 de janeiro de 1977

Atribui-se ainda ao não-comparecimento ao debate na Rede Globo entre os candidatos à presidência, ao qual compareceram Alckmin, Cristovam Buarque, e Heloísa Helena, uma queda nas intenções de voto em Lula.[80][81] Em uma pesquisa até 15 de maio de
divulgada pelo instituto Datafolha sobre o debate da Globo, 45% dos entrevistados responderam que Alckmin foi o candidato que se saiu melhor, seguido por Heloísa Helena (24%) e Cristovam Buarque (10%).[80] Pela primeira vez em muito tempo, 1982
as pesquisas de intenção de voto demonstraram que Alckmin se aproximava do presidente nas pesquisas.[82] No primeiro turno, ocorrido no dia 1º de outubro, Alckmin e Lula foram ao segundo turno.[83] Lula recebeu mais de 46 milhões de votos,
Vice-prefeito Thiers Fernandes
somando 48,6% dos votos válidos, enquanto Alckmin recebeu quase 40 milhões de votos, ficando com 41,63% dos votos válidos.[84][85]
Lobo

No segundo turno, Alckmin teve uma postura mais agressiva em relação à disputa, principalmente no primeiro debate. Desta vez, Lula compareceu a todos os debates.[86][87][88] Muitos analistas da imprensa consideraram que Alckmin venceu os
Antecessor(a) João Bosco Nogueira
debates do segundo turno,[89] mas, se vitoriosa, sua atuação não repercutiu nas pesquisas de intenção de voto, que apontavam o crescimento de Lula.[90] A vantagem deste foi atribuída por muitos aos boatos de que o tucano, se eleito, privatizaria
empresas estatais como o Banco do Brasil, Petrobras e Caixa Econômica Federal,[91] e que acabaria com o programa Bolsa Família. No segundo turno, ocorrido no dia 29 de outubro, Lula reelegeu-se com mais de 58 milhões de votos, 60,82% dos Sucessor(a) Thiers Fernandes
Lobo
votos válidos. Alckmin obteve 39,17% dos votos válidos, 2,4 milhões de votos a menos do que no primeiro turno.[84][92][93]
Vereador de Pindamonhangaba

Atividades entre a campanha presidencial e o governo paulista Período 1 de fevereiro de

1973

No segundo semestre de 2007, Alckmin viajou com a filha e a esposa para a cidade de Cambridge, em Massachusetts, nos Estados Unidos. Ele foi aluno visitante do Centro de Relações Internacionais de Weatherhead (em inglês, Fellow of the até 31 de janeiro de
Weatherhead Center for International Affairs), cursando diversas disciplinas na John F. Kennedy School of Government, na Universidade Harvard.[94] 1977

Dados pessoais
Eleição municipal de São Paulo em 2008
Nome completo Geraldo José
Em agosto de 2007, Alckmin liderava uma pesquisa realizada pelo Datafolha para a prefeitura de São Paulo em 2008. Nesta pesquisa, ele tinha 30% das intenções de votos, seguido por Marta Suplicy (24%), Paulo Maluf (11%), Gilberto Kassab (10%) Rodrigues Alckmin
Filho
e Luiza Erundina (9%).[95]
Nascimento 7 de novembro de 1952 (68 anos)
O PSDB estava dividido entre lançar a candidatura de Alckmin e apoiar a reeleição de Gilberto Kassab.[96] Na convenção do partido, realizada em julho de 2008, Alckmin recebeu o apoio de 89% dos militantes tucanos.[97] Sua coligação recebeu o
Pindamonhangaba, SP
nome de São Paulo na Melhor Direção e foi composta por cinco partidos.[98] O candidato a vice-prefeito foi o deputado estadual Campos Machado.[99]
Nacionalidade brasileiro
[100] [101]
Pesquisas de intenções de votos realizadas até julho de 2008 mostravam que Marta e Alckmin iriam para o segundo turno. Com o início da propaganda gratuita de rádio e TV em agosto, Kassab passou a crescer nas pesquisas. Nas
vésperas da eleição, o Datafolha mostrou Alckmin com 19% das intenções de votos e fora do segundo turno. [102]
No primeiro turno, realizado em 5 de outubro, Alckmin obteve 1,4 milhão de votos (22,48%), contra os 2 milhões (32,79%) de Marta e Progenitores Mãe: Myriam
Penteado Rodrigues
2,1 milhões (33,61%) de Kassab.[103][104] Alckmin e o PSDB declararam apoio a Kassab,[105][106] que foi reeleito.[107]
Alckmin

Pai: Geraldo José

Secretário estadual de Desenvolvimento Rodrigues Alckmin

Em 19 de janeiro de 2009, o governador do estado de São Paulo, José Serra, anunciou Alckmin como o novo secretário estadual de Desenvolvimento, cargo que até então era ocupado pelo vice-governador, Alberto Goldman.[108][109] Ele deixou a Alma mater Faculdade de
Medicina de Taubaté

secretaria em 1º de abril de 2010 para concorrer ao governo do estado.[110]

IAMSPE

Governador de São Paulo (2011–2018) Esposa Maria Lucia Ribeiro

(1979-presente)

Eleições estaduais de 2010 Filhos Sophia, Geraldo e

Thomaz

Partido MDB (1972-1980)

PMDB (1980-1988)

 
PSDB (1988-presente)

Religião católico

Profissão médico com

especialização em
anestesiologia

Alckmin e José Serra em um evento eleitoral da campanha de 2010. Assinatura

Na convenção do PSDB, realizada em 13 de junho de 2010, Alckmin foi oficializado como o candidato do partido ao governo de São Paulo.[111] Sua coligação, que recebeu o nome de "Unidos Por São Paulo", foi formada por seis partidos.[112] O candidato a vice-governador foi Guilherme Afif
Domingos, do DEM.[113] A coligação teve como candidatos ao senado o ex-governador Orestes Quércia (PMDB), que acabou desistindo da candidatura para tratar de um câncer de próstata,[114] e o ex-secretário da Casa Civil de São Paulo Aloysio Nunes Ferreira, que foi eleito senador com a maior
votação para o cargo na história do país.[115]

Alckmin foi eleito governador no primeiro turno com 11,5 milhões de votos (50,63% dos votos válidos), derrotando o senador Aloizio Mercadante (PT), que obteve oito milhões de votos (35,23%).[116][117]
No mesmo ano, Alckmin foi considerado pela revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano,[118] destaque que recebeu também no ano seguinte.[119]

Terceiro mandato; 2011–2014

Alckmin durante o Fórum Econômico Mundial de 2011.

Alckmin assumiu o governo de São Paulo pela terceira vez em 1º de janeiro de 2011. A posse ocorreu durante uma cerimônia realizada na Assembleia Legislativa do Estado.[120]

Sua administração enfrentou, em 2013, greves na educação e na saúde.[121][122] Após o reajuste nas passagens dos trens metropolitanos e do metrô, iniciaram-se grandes manifestações de protestos, que também aconteceram por todo o Brasil, e que tiveram várias causas e objetivos. Este reajuste
foi posteriormente suspenso por Alckmin e pelo prefeito de São Paulo Fernando Haddad.[123]

Em março de 2011, uma pesquisa do Datafolha mostrou que 48% dos paulistas consideravam o governo de Alckmin como ótimo ou bom, 29% consideravam como regular e 14% como ruim ou péssimo.[124] Em junho de 2013, 52% consideravam sua gestão como ótima ou boa, 31% como regular e
15% como péssima.[124]

Durante a onda de manifestações de junho a julho de 2013, o Datafolha indicou que o número de cidadãos que aprovavam a sua administração caiu, enquanto os que reprovavam aumentou. A pesquisa inicial sobre o desempenho de Alckmin frente aos protestos mostrou que pouco mais da
metade dos habitantes da capital reprovavam a sua atuação. Esses índices caíram sucessivamente nas pesquisas posteriores.[125][126] No final de 2013, sua popularidade teve um leve aumento, indo a 41% de ótimo ou bom.[127]

Eleições estaduais de 2014

Discurso de posse como governador em janeiro de 2015

O diretório estadual tucano oficializou a candidatura de Alckmin à reeleição em 29 de junho de 2014.[128] A coligação encabeçada por ele recebeu o nome de "Aqui é São Paulo" e foi composta por catorze partidos.[129] Segundo a coluna Painel da Folha de S.Paulo, o nome da coligação pretende
"apelar ao orgulho paulista".[130] O candidato a vice-governador foi o deputado federal Márcio França, do Partido Socialista Brasileiro.[131] A coligação teve como candidato ao senado o ex-governador José Serra, que foi eleito.[132]

Alckmin liderou todas as pesquisas de intenções de votos realizadas.[133][134] No primeiro turno, ocorrido em 5 de outubro de 2014, ele foi reeleito com 12,2 milhões de votos (57,31%), sendo o segundo maior percentual de votos desde a redemocratização. A diferença em relação ao segundo
colocado, Paulo Skaf, foi de 7,6 milhões de votos.[135] Alckmin venceu em 644 das 645 cidades paulistas.[136] Sua vitória garantiu o sexto mandato consecutivo do PSDB no comando do Palácio dos Bandeirantes.[137]

Quarto mandato; 2015–2018

Alckmin tomou posse pela quarta vez como governador de São Paulo em 1º de janeiro de 2015.[138] Ele foi empossado em cerimônia solene na Assembleia Legislativa, juntamente com o vice-governador eleito, Márcio França, e com os 25 secretários.[139]

Em 6 de abril de 2018, Alckmin deixou o governo para se dedicar a candidatura a Presidência da República, sendo sucedido pelo vice-governador Márcio França.[140]

Presidente do PSDB e campanha presidencial de 2018

Alckmin com o senador Antonio Anastasia durante evento de campanha, em setembro de 2018.

Em 9 de dezembro de 2017, Alckmin foi eleito presidente nacional do PSDB, substituindo o senador mineiro Aécio Neves. A convenção que o elegeu com 470 votos a 3, foi uma das maiores da história do partido, com mais de quatro mil presentes.[141]

Após a eleição como presidente do PSDB, em 9 de dezembro de 2017, Alckmin lançou sua pré-candidatura ao Planalto.[141] Em 23 de fevereiro de 2018, após a desistência do prefeito manauara Arthur Virgílio Neto, virou candidato único das prévias. A cúpula do partido homologou em 6 de março
de 2018 a candidatura de Alckmin.[142]

Ao deixar o governo paulista, Alckmin perdeu o foro privilegiado e passou a ser investigado pela Justiça Eleitoral de primeira instância devido a alegação, refutada por Alckmin, de que a empreiteira Odebrecht repassou-lhe ilicitamente 10 milhões de reais nas campanhas de 2010 e 2014.[143][144]

No início de maio de 2018, Alckmin anunciou seu time de comunicação, com Luis Felipe D'Avila no comando e Lula Guimarães como marqueteiro da campanha.[145] Em meados do mesmo mês, anunciou sua equipe econômica, entre eles, dois integrantes da equipe que criou o Plano Real, Edmar
Bacha e Pérsio Arida.[146] No final de julho, fechou uma aliança com os partidos do "centrão", um bloco formado por PP, DEM, PR, PRB e SD.[147] Em agosto, Alckmin anunciou que a senadora Ana Amélia Lemos, do PP do Rio Grande do Sul, havia aceitado seu convite para ser a candidata a vice-
presidente de sua chapa.[148]

Em setembro de 2018, o Ministério Público de São Paulo acusou Alckmin de improbidade administrativa, em um processo que era acusado de receber 9,9 milhões de reais em forma de caixa 2 pagos pela Odebrecht durante sua campanha para o governo do estado de São Paulo em 2014. A ação
do Ministério Público solicitou, ainda, o bloqueio de seus bens e suspensão de seus direitos políticos.[149] Conforme relato dos delatores, parte dos repasse das propinas era feito ao empresário Adhemar Cesar Ribeiro, irmão de Lu Alckmin.[150]

Alckmin terminou a eleição em quarto lugar, com 5.096.349 votos (4,76%), o pior resultado para um candidato do PSDB à presidência da República.[151][22] Para o segundo turno, o PSDB decidiu, através das deliberações presididas por Alckmin, pela neutralidade, liberando seus militantes a apoiarem
Fernando Haddad ou Jair Bolsonaro.[152]

Honrarias

Alckmin possui pelo menos quatro títulos de doutor honoris causa:

Concedido em julho de 2001, pela Universidade de Taubaté, sua alma mater;[153]

Em maio de 2002, concedido pela FECAP;[154]

Em maio de 2003, concedido pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo; e[155]

Em maio de 2011, concedido pela Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas.[156]

Cronologia sumária

Livro com a cronologia biográfica de Alckmin, de autoria de Acir Filló.

Referências
1. «Candidatos a governador: Geraldo Alckmin» (http://www1.folha.uol.com.br/especial/2010/eleicoes/fichadecandidatos/governador/geraldo_alck
min.shtml) . Folha de S.Paulo. Consultado em 6 de abril de 2015
2. «Governador de São Paulo, Alckmin foi vereador, deputado e prefeito» (http://noticias.uol.com.br/ultnot/politica/ultimas/2006/03/14/ult3453u8
5.jhtm) . Uol. 14 de março de 2006. Consultado em 6 de abril de 2015
3. Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Geraldo José Rodrigues Alckmin Filho. (https://www.cremesp.org.br/?siteAca
o=GuiaMedico&pesquisa=proc) CRM: 32222. Situação: ativo. Não possui especialidade registrada no CREMESP
4. «Geraldo Alckmin é o governador de São Paulo com mais tempo no cargo» (http://noticias.r7.com/eleicoes-2014/sao-paulo/geraldo-alckmin-e-o-
governador-de-sao-paulo-com-mais-tempo-no-cargo-05102014) . Portal R7. 5 de outubro de 2014. Consultado em 16 de outubro de 2015
5. «Após derrota nas urnas, Alckmin será professor na Uninove» (https://exame.abril.com.br/brasil/apos-derrota-nas-urnas-alckmin-sera-professor
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