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Carlos Alberto Wahnon de Carvalho Veiga 

(21 de outubro de 1949 em Mindelo) é um político


caboverdiano que serviu como Primeiro-Ministro de Cabo Verde entre 3 de abril de 1991 e 29 de
julho de 2000. Foi o primeiro chefe de governo da nação eleito através de eleições
multipartidárias.
Foi um dos principais nomes de oposição ao regime de partido único existente em Cabo Verde,
assumindo, na década de 1990, papel preponderante dentro do partido Movimento para a
Democracia.

Biografia
Carlos Alberto Wahnon de Carvalho Veiga nasceu a 21 de Outubro de 1949, no Mindelo, na Ilha
de São Vicente, em Cabo Verde.
Fez os estudos secundários no Liceu Nacional da Praia[1], na cidade da Praia, partindo depois
para Portugal onde, em 1971, fez a Licenciatura em Direito na Faculdade de
Direito da Universidade de Lisboa.
No ano seguinte, mudou-se para Angola, país onde viveu até 1974, trabalhando como
Conservador no Registo Civil da cidade do Bié, no Huambo.
Carlos Veiga regressou a Cabo Verde em 1975 para exercer o cargo de Director-geral da
Administração Interna, e de seguida foi nomeado Procurador Geral da República, a cargo que
exerceu até 1980.
Em 1985 Carlos Veiga foi eleito Deputado para Assembleia Nacional Popular de Cabo Verde,
onde integrou a Comissão de Assuntos Constitucionais e Legais. Três anos mais tarde voltou a
ser eleito para a Assembleia Nacional Popular, onde se tornou numa voz de contestação contra
o sistema de partido único liderado pelo Partido Africano para a Independência de Cabo
Verde (PAICV). Carlos Veiga tomou como pauta política pessoal a realização de eleições
democráticas multipartidárias em Cabo Verde.
Fundou e foi eleito Presidente do extinto Instituto do Patrocínio e Assistência Judiciários (IPAJ),
órgão que deu origem a Ordem dos Advogados de Cabo Verde. Juntamente com outras figuras
fundou, em 1990, o partido político Movimento para a Democracia (MpD), para o qual foi eleito
líder na primeira convenção em outubro desse mesmo ano.
A 13 de Janeiro de 1991, nas primeiras eleições democráticas realizadas em Cabo Verde para
a Assembleia Nacional o MpD elegeu 56 dos 79 deputados com lugar no Parlamento. Carlos
Veiga foi assim escolhido para primeiro-ministro e formou o primeiro governo democraticamente
eleito em Cabo Verde. Nas eleições seguintes, quatro anos depois, o MpD conquistou outra
vitória clara e Carlos Veiga foi reconduzido no cargo de primeiro-ministro.
Quase no fim da Legislatura, Gualberto do Rosário ficou como Primeiro Ministro e Carlos Veiga
ficou á espera para se candidatar a Presidente da Republica. O MpD, perdeu as Legislativas
para o PAICV e Carlos Veiga perdeu as presidenciais para Pedro Pires em 2001.
Em 2006, voltou a defrontar Pedro Pires, sendo novamente derrotado, retirando-se da política
até Outubro de 2009, quando novamente é eleito (eleição indireta) presidente e líder do MpD
sem convenção nenhuma, retirando do lugar de presidente Jorge Santos, que passou a ser
apenas um dos vice-presidentes.
Em 2013 cessa a seu mandato á frente da Presidência do MpD, passando o bastão a Ulisses
Correia e Silva. Em Novembro de 2016, Carlos Veiga é nomeado Embaixador de Cabo Verde
em Washington, Estados Unidos

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