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Atos 01: Resumo

Atos dos Apóstolos, ele contém a história da Igreja Primitiva, desde a ascensão de
Jesus até prisão do apóstolo Paulo em Roma. Em Atos, temos a história do Evangelho
indo de Jerusalém a Judéia e Samaria, e depois às partes mais distantes do globo
(At.1.8). Nos dias de hoje, os cristãos são convocados a continuar essa história de
interesse mundial, que é a divulgação do Evangelho a todos.

Lendo o livro de Atos dos Apóstolos, vemos que Lucas o médico, faz para Teófilo
(oficial romano) um relato sobre Jesus e seus discípulos. Havia muitas informações
erradas que estavam circulando, e Lucas queria corrigir quaisquer falsas impressões
que pudessem ter-se propalado. Como oficial romano, Lucas queria mostrar a Teófilo,
que nada tinha de temer por parte do Cristianismo. Começa então a relatar a aparição
de Jesus Cristo após a sua morte e ressurreição, sendo que Jesus Cristo foi visto por
um espaço de tempo de quarenta dias, falando a respeito do Reino de Deus, e
deixando também, um recado aos Seus discípulos, para ficarem em Jerusalém
receberem Poder do Alto.

Mas a frente, eles os discípulos escolhem através de sorte, o substituto para Judas, o
que traiu Jesus Cristo. José chamado Barsabás e Matias foram chamados, mas, a
sorte caiu em Matias que foi contado com os onze apóstolos.

Atos 02
“Cumprindo-se os dias de Pentecostes, estavam todos reunidos no mesmo lugar; e de
repente, veio do céu um som, como de vento veemente e impetuoso, e encheu toda a
casa em que estavam assentados. E foram vistas por eles línguas repartidas, como
que de fogo, as quais pousaram sobre cada um deles. E todos foram cheios do Espírito
Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme O Espírito Santo lhes concedia
que falassem” (vv.1, 2,3 e 4).

Lucas relata que em “Jerusalém estavam habitando judeus, varões religiosos, de


todas as nações que estão debaixo do céu” (v.5). Quando os discípulos cheios do
Espírito Santo falaram em outras línguas, um milagre aconteceu: Todos os estrangeiros
de varias nacionalidades reconheceram seus idiomas falados. Porém, algo mais do que
o milagre de falar em outras línguas atraiu a atenção das pessoas: Elas viram a
Presença e o Poder do Espírito Santo (vv.6,7e 8). Mais, alguns zombaram dizendo:
“Estão cheios de mosto” (v.13).

Pedro se levantou junto com os onze, e assume o papel de líder em Atos nesse
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ponto, e discursa dizendo:Varões judeus e todos os que habitais em Jerusalém,


escutais as minhas palavras. Estes homens não estão embriagados como pensais,
mas, estão cheios do Espírito Santo. Fala-lhes, a respeito da promessa feita pelo
profeta Joel no Antigo Testamento que se cumpria neste momento. Continuando com a
palavra, falou-lhes acerca do Deus Vivo e de Seu Filho que foi morto e agora estava
ressuscitado. Tudo o que aconteceu a Jesus estava sobre o controle do Deus Eterno.
Seus planos nunca foram interrompidos pelo governo romano ou pelos oficiais judeus.

Pedro cheio do Espírito Santo traz uma mensagem poderosa, as pessoas sentiram-se
profundamente tocadas e perguntaram: “Que faremos então”?” (v. 37), Pedro
responde-lhes assim: “ Arrependei-vos, e cada um de vós sejam batizados em Nome
de Jesus Cristo para perdão dos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo.
“Porque a promessa vos diz a respeito a vós, a vossos filhos e a todos os que estão
longe, a tantos quantos Deus, nosso Senhor chamar” (vv.37,38 e 39). Exortava-os
dizendo salvai-vos desta geração perversa, a palavra foi tão poderosa, que naquele dia
agregaram-se ou converteram ao Evangelho de Boas Novas quase três mil almas. Em
cada pessoa convertida havia temor. Maravilhas e sinais aconteciam. Perseveravam-se
unânimes todos os dias no templo, e comiam juntos com alegria e singeleza de
coração.

Atos 03
Numa tarde ao entrarem no templo, Pedro e João encontraram um homem coxo
desde do ventre de sua mãe esmolando perto da porta chamada Formosa.A porta
Formosa era a entrada do templo não da cidade, muitos passavam por ela a caminho
da adoração.Este coxo escolheu esta porta para esmolar. Enquanto estava ali, eis que
aproximaram Pedro e João. Logo este homem coxo pediu dinheiro a Pedro e João.
Pedro tomando a palavra disse assim: Olha para nós. O homem coxo olhando para
eles ouviu, quando Pedro disse assim: “ Não temos ouro e nem prata, mas, o que
temos isso de damos: “ Em Nome de Jesus Cristo, o Nazareno, levanta-te e anda” e
tomado-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram”, e
logo aquele que fora coxo saltava de alegria e andava e junto com Pedro e João entrou
no templo e louvava a Deus. E todo povo o viu andar e louvar a Deus (vv.4,5,6,7,8,e 9).

Pedro tomando a palavra começa a falar sobre o Poder de Deus que tinha sido
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O perado através deles, e que Jesus que morreu na cruz havia ressuscitado que tinha
sido morto por causa das atitudes e dos príncipes e demais pessoas. E agora era a
hora deles se arrependerem de seus pecados e crer em Jesus Cristo.

Atos 04
Mas, havia um grupo de sacerdote que influência, e não acreditavam em ressurreição
(saduceus). Os saduceus eram membros de uma pequena, porém poderosa, seita
religiosa judaica que não acreditavam na ressurreição dos mortos. A maioria daqueles
que planejaram e executaram a prisão e a crucificação de Jesus fazia parte desta seita
religiosa. E por não acreditarem na ressurreição, lançaram Pedro e João na prisão até
o dia seguinte. Mas, muitos daqueles que ouviram a palavra creram, e chegou o
número desses homens a quase cinco mil.

E aconteceram no dia seguinte, os principais, os anciões, os escribas, e Anás, o sumo


sacerdote, e Caifaz, e João, e Alexandre, e todos quantos havia da linhagem do sumo
sacerdote, reuniram-se em Jerusalém, e pondo João e Pedro no meio perguntaram:
Com que poder ou em nome de quem fizestes isso?

Então Pedro cheio do Espírito Santo, falou-lhes do benefício que Deus fez ao homem
coxo curando-o. Que seja conhecido em todo Israel que esse o homem está são em O
Nome de Jesus a quem vós o crucificastes. E que Jesus e a pedra que foi rejeitada por
vós, mas, que Deus nosso Senhor torno - ou como cabeça e pedra de esquina. E
também fique certo o Israel, que em nenhum outro há salvação. Porque também
debaixo do céu nenhum outro nome há, dado aos homens, pelo qual devamos ser
salvos

Então o Sinédrio, vendo o homem curado, e também vendo a ousadia de Pedro e


João, sabedores que eles eram sem letras e indoutos; tinham conhecimento que
realmente estiveram com Jesus, nada tinham que dizer ao contrário. Mas uma vez em
conferência, viram que nada podiam fazer, pois era notório de todos, a cura, e nós não
podemos negar. Mas vamos ameaçá-los, para que não digam o nome de Jesus.

Pedro ouvindo-os lhes disse: Julgai vós se é justo, diante de Deus, ouvir a vós, do
que a Deus Todo Poderoso? Porque não podemos deixar de falar do que temos visto e
ouvido.

A igreja primitiva crescia em harmonia, alegria. E o nome Deus era glorificado.


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Atos 5
Mas houve naquela comunidade, um casal chamado: Ananias e Safira, que venderam
a sua herdade e combinaram de mentir ao apóstolo Pedro. Mas, Pedro cheio do
Espírito Santo, disse: Ananias, por que encheu Satanás o teu coração, para que
mentisse ao Espírito Santo e retivesse parte do preço da sua herdade? Não mentiste
ao homem, mas a Deus. Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e morreu. Então ouve
um grande temor sobre todos os que ouviram.

E passando umas três horas, entrou sua mulher que nada sabia do acontecido. Disse
Pedro à mulher: Dize-me, vendeste por tanto aquela herdade? Ela disseque sim. Pedro
disse então: Por que tentais O Espírito do Senhor? Eis que te marido não falou a
verdade e por isso morreu, e os que enterraram a teu marido, levaram a ti também,
logo Safira caiu aos pés de Pedro e expirou. E entrando os jovens acharam-na morta e
a sepultaram junto de seu marido.

Os apóstolos continuaram realizando milagres, e os discípulos tinham paz entre si


(V.12).Muitas pessoas não quiseram ajuntar-se aos seguidores de Cristo, mas ainda os
respeitavam (V.13). O número de discípulos continuou a crescer (v. 14).Pedro fez
muitos milagres (v.15-16) pelo Poder de Deus e a igreja crescia.

E então o sumo sacerdote e os que estavam com ele (que eram da seita saduceus)
encheram-se de inveja, e lançaram os apóstolos em prisões públicas. Mas, de noite,
um anjo do Senhor os solto e lhes disse: Ide e apresentai-vos no templo e dizei ao
povo as palavras desta vida. E ouvindo a palavra do anjo do Senhor, já noutro dia pela
manhã bem cedo no templo ensinavam.

Os líderes receberam a notícia que os apóstolos não estavam mais no cárcere, mas
sim no templo pregando (vv.22-25). Os líderes prenderam os apóstolos de novo, e os
acusaram de desobedecer ao mandamento do Sinédrio, para não falarem em nome de
Jesus (vv. 26-28). Os apóstolos responderam: "Antes, importa obedecer a Deus do que
aos homens" (v.29). Eles afirmaram que Jesus ressuscitou e foi exaltado à destra do
Pai (vv.30-32).Mas, um fariseu chamado Gamaliel aconselhou que os apóstolos fossem
libertados, dizendo que as coisas do homem não vão prevalecer, e que as coisas de
Deus não podem ser destruídas (v.33-39).Os membros do Sinédrio açoitaram os
apóstolos e os soltaram (v.39-40).Os apóstolos se regozijaram por que foram
considerados dignos de sofrer em nome de Cristo, e continuaram a pregar com
intrepidez (vv.41-42).

Atos 06 e 07 A Instituição dos Diáconos (6.1-15),a defesa de Estevão e a


sua morte de Estevão (7.1-60).
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Apareceu uma reclamação a igreja. Havia necessidade de diáconos para dar


assistência ás viúvas, então a igreja reuniu, e escolheu homens com tais qualidades:
Boa Reputação, Cheio do Espírito Santo, de Sabedoria, e pareceu bem ao povo então
foi convocado: Estevão, Felipe, Prócoro,e Nicanor, e Timão, e Parmenas,e Nicolau
prosélito de Antioquia. Então os apóstolos oraram ao Senhor Deus, e impuseram ás
mãos sobre eles e os abenço-os, e crescia a Palavra de Deus, e em Jerusalém se
multiplicava muito o número dos discípulos, e grande parte dos sacerdotes obedecia à
fé.

Estevão cheio do Espírito Santo, de fé e de poder, fazia prodígios e grandes sinais


entre o povo. Levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e de
cireneus e dos alexandrinos e outros que disputavam com Estevão. Como não
puderam resistir a sabedoria de Estevão quando falava, subornaram uns homens para
que dissessem, que ouviram Estevão blasfemar contra a Lei, contra Moisés e contra
Deus. Excitaram o povo, os anciões e os escribas contra a Estevão, arrebatando-o,
levaram-no ao conselho, apresentando falsas testemunhas, que diziam que ouviram
Estevão dizer, que Jesus o Nazareno há de destruir este lugar e mudar os costumes
que Moisés nos deu. Então todos que estavam assentados no conselho fixando os
seus olhos em Estevão viram o seu rosto com de um anjo.

Então o sumo-sacerdote (provavelmente Caifáz, mesmo homem que anteriormente


interrogou e condenou a Jesus Jo.18.24) perguntou a Estevão se era verdade? Então
Estevão fez um longo discurso sobre o relacionamento de Deus com Israel. Mostrou
que os judeus constantemente rejeitaram a mensagem de Deus e seus profetas, e que
o Sinédrio rejeitado o Messias, O Filho de DEUS. Então ele no seu discurso destacou
três pontos:

1)A história de Israel é a ação de Deus no mundo;

2)As pessoas adoravam a Deus muito antes de existir um templo,porque Ele não vive
em um templo;

3)A morte de Jesus foi apenas mais um exemplo de rebelião de Israel e de sua rejeição
a Deus.

Estevão aproveitou a oportunidade, e resumiu seu ensino sobre Jesus. Também


acusou os líderes religiosos de falharem em obedecer às Leis de Deus, as quais eles
diziam com orgulho de obedecerem.

Jesus já lhes tinha acusado da mesma maneira.


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Então no versículo (54) líderes religiosos de Israel se enfureceram, rangeram os


dentes contra Estevão. Mas Estevão cheio do Espírito Santo fixando os olhos para o
céu viu a glória de Deus e Jesus, que estava à direita de Deus. Então eles gritaram
com vozes muito altas, taparam seus ouvidos arremeteram unânimes contra ele
tiraram-no da cidade e o apedrejaram e jogaram suas vestes aos pés de um jovem
chamado Saulo. Mas Estevão, colocando-se de joelhos dizia assim: Senhor Jesus
recebe meu espírito e não lhe imputes este pecado. Tendo disto isto, adormeceu.

Atos 8 A Primeira Perseguição à Igreja (8.1-3). Ler também Atos 26.9-11.


A perseguição forçou os cristãos a saírem de Jerusalém e seguirem para Judéia e
Samaria, cumprindo assim a segunda parte da ordem de Jesus (1.8). A perseguição
ajudou na divulgação do Evangelho de Boas Novas. Deus trouxe grandes resultados a
partir do sofrimento dos cristãos.

a) Felipe Prega em Samaria (vv.4-8)

A palavra de Deus nos diz que Saulo perseguindo a igreja, fazendo com que homens e
mulheres andassem dispersos, e assim iam por toda parte anunciando a Palavra de
Deus. E Felipe um dos sete homens escolhido para ajudar no programa na distribuição
de alimento da igreja, cheio de sabedoria e que fala grego (6.3,5), desceu à Samaria
anunciava-lhes Cristo. As multidões atendiam unânimes às cousas que Felipe dizia, e
vendo os sinais que ele operava. Os espíritos imundos dos possessos saíam gritando,
e paralíticos e coxos foram curados.

b) Pedro e João em Samaria (vv.14-25)

Dia a Palavra de Deus que Pedro e João foram enviados a Samaria, para verificar se
os samaritanos haviam se tornado crentes em Jesus ou não. Pois estavam inseguros a
respeito da possibilidade de O Espírito Santo ser concedidos aos gentios. Porém essa
dúvida foi desfeita com a experiência de Pedro com Cornélio (Cap.10). Quando Pedro
e João perceberam O Senhor trabalhando na vida daqueles samaritanos, tiveram a
certeza que O Espírito Santo trabalha em todos os cristãos, nos gentios, nos
samaritanos e nos judeus.

c) Felipe e o Eunuco (vv.26-40)

Era comum usar eunucos como oficiais nos governos orientais. Talvez esse eunuco
fosse era um prosélito. Diz que ele se tornou um missionário entre os etíopes. No verso
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28, ele lia em voz alta. Lucas deixa bem claro que o avanço da Igreja foi dirigido passo
a passo pelo O Espírito Santo.

A Palavra de Deus diz que um anjo do Senhor falou a Felipe, para ir para a banda do
sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza, que este lugar estaria deserto, Felipe
levantou-se e foi.

Neste caminho um etíope, eunuco, alto oficial da rainha Candace, vinha lendo Isaías.
O Espírito Santo pediu a Felipe que se aproxima do veículo, e o acompanha. Então
perguntou ao eunuco: Entendes o que ler? Respondeu o eunuco: Não, pois não quem
me explique, e convidou a Felipe para subir no carro e lhe explicasse. Felipe subindo
no carro lhe explicou e lha falou de Jesus Cristo. Enquanto avançava, chegaram a um
lugar em que havia água, e Felipe batizou ao eunuco. Quando saíram da água O
Espírito Santo arrebatou a Felipe, não o vendo mais o eunuco, mas seguiu o caminho
cheio de júbilo. Mas Felipe achou-se em Azoto, indo a frente, evangelizava todas as
cidades até chegar a Cesárea

Atos 09
Saulo o perseguidor dos cristãos estava buscando cartas para ir para Damasco, buscar
e matar cristãos. Ao sair para Damasco no caminho, subitamente uma luz do céu
brilhou ao seu redor, e caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo,
Saulo porque me persegues? Saulo perguntou: Quem és tu, Senhor? A resposta foi: Eu
Sou Jesus, a quem tu persegues, mas levanta, e entra na cidade, onde te dirão o que
convém fazer. Saulo levantou da terra e, abrindo os olhos, nada podia ver, e guiado
pela mão, levaram-no para Damasco.

Havia em Damasco um discípulo de Jesus Cristo, chamado de Ananias. Disse O


Senhor em visão: Ananias, dispõe-te vai a casa de Judas na rua direita, procura por
Saulo, apelidado de Tarso, ele está orando. Ananias foi entrando na casa
encontrando-o lhe impôs as mãos dizendo: Saulo, irmão, O Senhor Jesus me enviou
para que recuperes a visão e fiques cheio do Espírito Santo. Imediatamente lhe caíram
dos olhos como que escamas, tornando a ver, e a seguir foi batizado, e depois de
alimentar-se, sentiu fortalecido, permaneceu alguns dias com os discípulos em
Damasco.

Diz a Palavra de Deus, que logo que Saulo pregava em Damasco em Jerusalém e
Tarso. E todos que o ouviam estavam atônitos e diziam, não é este que perseguia
exterminava em Jerusalém aos que invocavam o de Jesus? Mas Saulo, mais e mais se
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fortalecia e confundia os judeus que moravam em Damasco, demonstrando que Jesus


é O Cristo. No verso 31, diz que a Igreja crescia,edificando-se e caminhando no temor
do Senhor e, no conforto do Espírito Santo, e crescia em número.

a) a Cura de Enéias (vv.32-35)

Passando Pedro por toda parte, desceu também aos santos que habitava em Lida,
cidade evangelizada por Felipe. Encontrou um homem chamado Enéias, que há oito
anos jazi na cama. Lhe Pedro assim: Jesus Cristo te cura! Levanta-te, e arruma teu
leito. Enéias levantou imediatamente.

b) A Ressurreição de Dorcas (vv.36-43)

Havia também em Jope uma discípula chamada de Tabita. Aconteceu naqueles dias
que ela adoeceu e veio a morrer, levaram o corpo e colocaram no cenáculo. Como Lida
estava perto de Jope e sabedores que Pedro estava ali dois discípulos foram buscá-lo.
Pedro atendeu e foi com eles, chegando ao cenáculo, encontro as pessoas chorando.
Pedro então pediu que todos saíssem, pondo-se de joelhos orou, e voltando-se para o
corpo disse: Tabita levanta-te, ela abriu os olhos e, vendo a Pedro sentou-se. Pedro
dando-lhes a mão, chamando os santos, especialmente as viúvas, apresentou-a viva.
Isso foi conhecido por toda Jope, e muitos creram no Senhor.

Atos 10 O Centurião Cornélio


Morava em Cezaréia um homem chamado de Cornélio, centurião da corte italiana.

Temente a Deus, piedoso, e que fazia muitas esmolas ao povo e de contínuo orava a
Deus.

Este homem observou numa visão, cerca da hora nona (três horas da tarde) que um
anjo de Deus, aproximou-se dele e lhe disse assim: As tuas orações e esmolas
subiram para a memória diante de Deus. Envia mensageiro a Jope e manda chamar a
Pedro. Ele está hospedado com Simão o curtidor, e sua residência é beira mar.

Nesse ínterim, Pedro também teve uma visão, algo como um grande lençol, que
baixando na terra, nele continha coisas comum e imunda. E uma voz lhe falou, levanta
mata e come. Mas Pedro replicou que não, pois não comia coisa comum e Imunda.
Pela segunda vez a voz lhe falou: Ao que Deus purificou não considere comum, e isto
aconteceu por três vezes. Enquanto Pedro meditava acerca da visão, disse lhe O
Espírito, há dois homens que te procuram vá com eles nada duvidando, porque Eu os
enviei, descendo Pedro os encontrou e lhes disse eu sou Pedro. Então os mensageiros
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falaram-lhe sobre Cornélio homem bom e temente a Deus, que lhes enviou, para levar
até a Pedro. Pedro os hospedou, e no outro dia partiu com eles, Pedro levou alguns
irmãos que habitavam em Jope em sua companhia.

Chegando à casa de Cornélio, este prostou-se aos pés de Pedro, que lavantando-o,
lhe disse que era homem igual a ele. E lhe perguntou por que mandas-te chamar-me?
Respondeu- lhe Cornélio: Quatro dias a traz, tive uma visão em que um varão me pedia
que fosse chamar, portanto sem demora, mandei buscá-lo, e foi bom tê-lo aqui, agora,
pois, estamos todos aqui, na Presença de Deus, pronto para ouvir tudo o que foi te
ordenado da parte do Senhor. Pedro começa, mas primeiro ele tem que admitir: Que
Deus não faz acepção de pessoas. Diz também que a salvação não é por obras, mas
sim para aquele que teme e faz o que é justo a Deus. Destaca (todos). Cristo não é
apenas o Messias nacional de Israel, mas o Rei o mundo o evangelho de Paz de Deus
e os homens (Is.52.7)e entre os judeus e gentios(Ef.2.17). Continuando com a palavra,
Pedro fala das Boas Novas do Evangelho de Jesus Cristo, sua morte na cruz, sua
ressurreição testemunhada por Pedro e os outros apóstolos. O cumprimento das
Escrituras por parte de Jesus, e a necessidade da fé pessoal NELE.

Naquele dia na casa de Cornélio um novo capítulo da história cristã foi escrito, quando
um líder cristão judeu e um cristão gentio convertido descobriram que Deus é de todos
que o aceita como Deus e a Seu Filho como Senhor.

Mas quando falava cheio do Espírito Santo, caiu O Espírito Santo sobre todos os que
ouviam a palavra. E os fiéis que eram da circuncisão, e que vieram com Pedro,
maravilharam-se que dom do Espírito Santo se derramasse também sobre os gentios,
porque os ouviam falar em línguas e magnificar a Deus. Pedro diz assim: Pode alguém,
recusar a água, para que não sejam batizados estes que também receberam como
nós, O Espírito Santo? Então batizados em Nome do Senhor.

Atos 11 A Defesa de Pedro, Os discípulos são chamados cristão, Ágabo prediz


Grande Fome

a) A Defesa de Pedro

Chegou ao conhecimento dos apóstolos e dos irmãos que estavam na Judéia que
também os gentios haviam recebidos a Palavra de Deus. Quando Pedro subiu a
Jerusalém, os que eram da circuncisão o arguiram. Estes crentes judaicos que se
opuseram à admissão de gentios incircuncisos na Igreja, logo se constituíram num
partido da circuncisão ou judaizantes. Mantinham a validez permanente da Lei e
exclusividade dos judeus na comunhão da mesa (cf.15.1-5; 21.20; Gl.2.4,12).
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Sabedores por Pedro da Conversão de Cornélio, estes crentes ficaram chocados por
saberem que Pedro participou de uma refeição juntos com os gentios.

Então Pedro passou a fazer-lhes uma exposição em ordem de tudo que aconteceu.
Ouvindo estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus (11.18) dizendo: “Na
verdade, até aos gentios deu Deus o arrependimento para a vida”.

b) Os Discípulos São Chamados Cristãos Em Antioquia

Fica patente para nós, que a perseguição e dispersão resultaram na missão muito
bem sucedida entre os judeus. Mas havia os que anunciavam o evangelho somente
aos judeus (v.19). Porém alguns de Chipre e de Cirene, e que foram até Antioquia,
falavam aos gregos, anunciando-lhes o evangelho do Senhor Jesus, a Mão do Senhor
estava com eles, e muitos crendo na Palavra se converteram ao Senhor.

Logo esta notícia chegou aos ouvidos da Igreja que estava em Jerusalém, e então,
enviaram Barnabé até Antioquia. E tendo chegado, e vendo a Graça de Deus, alegrou-
se, e exortava a todos a que, com firmeza de coração, permanecessem no Senhor. E
partiu Barnabé para Tarso a procura de Saulo, encontrando-o levou para Antioquia, e
por todo um ano se reuniram naquela igreja, e ensinaram numerosa multidão. Em
Antioquia os discípulos pela primeira vez, foram chamados de cristão.

c) Ágabo Prediz Grande Fome

Ágabo uns dos profetas que desceram a Antioquia, pelo Espírito Santo deu a
entender que estava vir uma grande fome para todo o mundo, e esta profecia cumpriu-
se nos dias de Cláudio que reinou de 41-48 dC.

Os discípulos segundo suas posses, resolveram enviar socorro aos irmãos que
moravam na Judéia.

Atos 12 Herodes Persegue A Tiago E A Pedro


Por aquele tempo, Herodes o rei,mandou prender alguns da igreja para os
maltratar,Fazendo passar ao fio de espada a Tiago irmão de João, discípulos de Jesus,
filhos de Zebedeu. Tiago bebeu o cálice predito pelo Senhor (Mc.10.38,39). Vendo ser
agradável aos judeus prendeu também a Pedro. O plano de Herodes era executar
Pedro, mas os cristãos intercederam pela segurança de Pedro. A oração sincera da
Igreja afetou o resultado dos acontecimentos

Então O Todo Poderoso enviou um anjo para resgatar a Pedro. As orações daquele
grupo de cristão foram atendidas. Mas quando a resposta chegou, eles não creram
(vv.12-16).
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No outro dia Herodes estava irritado, com o sumiço de Pedro, castigou os guardas e
partiu para Cezaréia e ficou ali. E num dia, Herodes vestindo vestes reais, estava
assentado no tribunal e dirigiu a palavra ao povo. E ouvindo o povo exclamava: Voz de
Deus, e não de homem. No mesmo instante, feriu-o o anjo do Senhor, porque não deu
glória Deus; e, comido de bichos, expirou (vv.22,23).

Atos 13
Estando a igreja em Antioquia orando junto com os doutores e profetas, o Espírito
Santo mandou separar Barnabé e Saulo para a obra que os tenho chamado. Então,
jejuando, e orando, e pondo sobre eles as mãos, os despediram. E sobre a direção do
Espírito Santo foram para Chipre, entrando nas sinagogas dos judeus, anunciavam a
Palavra de Deus. Atravessando a ilha até Pafos acharam certo judeu, mágico, falso
profeta chamado Barjesus, que estava com o pro cônsul Sérgio Paulo, varão prudente.
Este chamando a Barnabé e Saulo procurava muito ouvir a Palavra de Deus. Mas
Elimas (Barjesus) o encantador resistia-lhes. Barjesus percebeu que, se Sérgio Paulo
cresse em Jesus, ele logo perderia seu emprego. Mas no verso (9) Saulo que também
se chama Paulo cheio do Espírito Santo fixou seus olhos nele disse: Filho do diabo a
mão do Senhor é contra ti, ficarás cego sem ver a luz do sol por algum tempo. No
mesmo instante, a escuridão e as trevas caíram sobre ele, que andando em roda
buscava a quem o guiasse pela mão. O procônsul vendo o que aconteceu, creu
maravilhado na doutrina do Senhor.

E partindo de Pafos, Paulo e os que estavam com ele chegaram a Perge, da Panfília.
Mas João ( Marcos) voltou para Jerusalém, os outros foram para Antioquia da Pisídia,
entrando na sinagoga num dia de sábado assentaram-se.Ali ouviram sobre a Lei e dos
Profetas, ao ser convidados para falar uma palavra de consolo. Paulo pediu a palavra
falou-lhes da aliança de Deus com Israel. Este era ponto de acordo, por que os judeus
tinham de ser o povo escolhido de Deus. Falou-lhes sobre as Boas Novas que eram o
cumprimento da aliança. Mas para alguns judeus, era difícil aceitar esta mensagem. No
verso 37 falou-lhes de Jesus ressuscitado, e que a remissão de pecados só através
DELE Jesus. E se Lei não pode justificá-los, Ele Jesus pode justificá-los. Os líderes
religiosos não gostaram do ouviram e apresentaram argumentos contra Paulo e
Barnabé. Mas, a razão era outra: Inveja (v.45). Mas, Paulo e Barnabé cheios do
Espírito Santo e ousadia continuaram suas pregações, porque o Senhor mandará. Os
gentios, ouvindo isto, alegraram-se e glorificaram a Palavra do Senhor. E então a
Palavra do Senhor se divulgava por toda a província. Mas os judeus incitaram algumas
mulheres honestas e religiosas, e os principais da cidade que levantassem perseguição
contra Paulo e Barnabé, e os lançaram fora de seus limites. Paulo e Barnabé cheios da
alegria sacudiu contra eles o pó dos pés, pois rejeitaram o Evangelho de Boas Novas.
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Atos 14
Na sinagoga em Icônio, falaram de tal modo, que uma grande multidão creu, não de
judeus, mas também de gregos. Mas judeus incrédulos não gostaram. Mas Paulo e
barnabé continuaram a pregar o evangelho com, ousadia acerca do Senhor, com sinais
e prodígios. E dividiram-se a multidão da cidade, uns a favor dos judeus, outros a favor
dos apóstolos. Houve um motim, os judeus como gentios com seus líderes, procuram
os apóstolos para apedrejarem, sabendo eles, fugiram para Listra e Derbe, cidades da
Licaônica, e ali pregavam o evangelho.

Havia em Listra um varão assentado, que era leso dos pés, coxo desde o seu
nascimento, o qual nunca tinha andado. Este ouviu falar de Paulo, que olhando fixo
para ele, vendo que tinha fé para ser curado, falou-lhe com voz alta Levanta-te direito
sobre seus pés, ele saltou e andou. A multidão vendo o que aconteceu, falando em
língua Licaônica, que os deuses desceram até eles, Chamaram a Paulo de mercúrio e
a Barnabé de Júpiter. Então Paulo e Barnabé rasgaram suas vestes e saltou no meio
deles, e disse que eram homens iguais a eles, e sujeitos as mesmas paixões, o que
nós fizemos, foi anunciá-los o Evangelho de Boas Novas. Mas, incitados por seus
líderes convencendo a multidão, apedrejaram a Paulo e o arrastaram para fora cidade,
pensando que Paulo estava morto. Mas, rodeados por discípulos, levantou-se e entrou
na cidade. No outro dia, voltaram para Listra, e Icônio e Antioquia. Por comum acordo,
elegeram anciões em cada igreja. Passando depois por Písidia, foram a Panfília. Tendo
anunciado o evangelho em Perge, desceram a Atália, e dali navegaram para Antioquia.
E quando chegaram reuniram a igreja e anunciaram quão grandes coisas fez o Senhor
Deus através deles, e como abrira aos gentios a porta da fé. E ficaram ali não pouco
tempo com os discípulos

Atos 15
Ao retomar da primeira viagem, Paulo deparou com um problema sério no meio dos
judeus cristãos. Ele havia descoberto a fórmula da transculturação, ou seja, evangelizar
os gentios sem os judaizar. Os radicais que permeavam a Igreja, os judaizantes,
queriam que esses novos crentes seguissem o seu modo de viver. Essa discussão deu
origem ao Concílio de Jerusalém
DEUS abriu a porta da fé aos gentios. Isso era ponto pacífico (At 11.18; 14.27). Outro
problema surgiu sobre a situação deles: deviam ser judaizados? Essa questão era séria
e podia ameaçar as bases do Cristianismo. Alguns dentre os de Jerusalém foram a
Antioquia, dizendo que os gentios deviam se tomar judeus para serem salvos.
Diziam que os gentios deviam viver o modo de viver judaico, prescrito na lei (At 15.1,5).
Isso era proveniente dos fariseus que se haviam convertido. Eles se apresentaram como
vindos da parte de Tiago (GI 2.12), que jamais os autorizou, como ele mesmo declara
(At 15.24). Saíram da igreja em Jerusalém, realmente, mas não foram autorizados a
falar em nome dos apóstolos.
13

Em Antioquia da Síria, eles fizeram um estrago muito grande. Até Pedro e Barnabé se
deixaram levar por essa "dissimulação", fazendo "vista grossa" (GI 2.11- 13). Paulo
entendeu com clareza a o que isso representava ( A liberdade cristã estava ameaçada)
e com justiça ficou revoltado. Repreendeu publicamente um dos principais líderes da
Igreja (GI.2.14).
Então Paulo e Barnabé e mais alguns subiram a Jerusalém ao encontro dos apostos e
anciões. Quando chegaram, foram recebidos pela igreja, os apóstolos e anciões, e lhes
disse quão grandes coisas deus tinha feito com eles.
Tiago esperou que Pedro, Paulo e Barnabé que apresentassem o seu parecer sobre o
assunto, para depois tomar a palavra.
A citação de Amós 9.11,12 é apenas uma das muitas passagens do Antigo Testamento
que prevê a salvação dos gentios (Gn 22.18; SI 22.27; Is 9.2; 42.4; 45.22; 49.6; 60.3;
66.23; Dn 7.14, etc.). JESUS determinou que se pregasse a todas as nações (Mt 28.19;
Lc 24.47; At 1.8). A expressão "povo para o seu nome" era usada com referência a
Israel (2 Cr7.14). No entanto, Tiago reconhecia que a Igreja era um povo com essa
dignidade, constituído de judeus e gentios convertidos ao Senhor. O que os demais
participantes do evento acabavam de ouvir de Pedro, Paulo e Barnabé que era o
cumprimento das promessas de DEUS e profecias do Antigo Testamento. Por isso,
Tiago dirigiu-se, respeitosamente, aos presentes, chamando-os de "irmãos". Não tinha
intenção de atacar nem os legalistas e muito menos os "liberais", mas o seu
compromisso era com a Palavra de DEUS. E por fim Tiago pede que se escreva para
abstivessem das contaminações dos ídolos, da prostituição, do que é sufocado e do
sangue.
No versículo 36, Paulo e Barnabé discordam abertamente a respeito de João Marcos.
Parece que Paulo não estava satisfeito com ele, pois ele Marco os deixou (13.13,38),
por está razão separaram-se.

Atos 16

Nesta segunda viagem, (três anos depois da primeira) Paulo, que trabalhava na
igreja em Antioquia, escolheu Silas, da igreja de Jerusalém, para acompanhá-lo em sua
segunda viagem por muitas cidades, a fim de pregarem o evangelho de Boas Novas.
Indo pelas Igrejas mostrando os decretos que haviam sido estabelecidos pelos
apóstolos e anciões em Jerusalém.
Paulo uma noite teve uma visão em que um varão da Macedônia lhe rogava, pedindo
que viesse à Macedônia e os ajudassem, logo após a visão, partiram para a
Macedônia. Navegaram de Troade, passaram em Somatrácia, e no outro dia em
Neápolis. Dali foi para Filipos, estiveram ali, alguns dias. No sábado foram a beira de
um rio onde queriam orar, e la começou a falar com as mulheres. E certa mulher
chamada de Lídia, vendedora de púrpura, da cidade de Tiatira, e que servia a Deus os
ouviu, e O Senhor lhe abriu o coração e atenta ouvia o que Paulo falava, e logo após
foi batizada, e ela rogou ao apóstolo que entrasse em sua casa.
Saindo para orar, uma jovem por muitos dias seguia-os, sempre dizendo, estes
homens são servos do Deus Altíssimo, está jovem tinha um espírito de adivinhação
14

que dava lucro aos seus senhores. Paulo perturbado com essa insistência repreendeu
o espírito de adivinhação em O Nome de Jesus. Vendo que os seus lucros estava
perdido, seus senhores reclamaram e Paulo e Silas foram presos, açoitados e lançados
na prisão. Perto da meia noite eles oravam, quando de repente sobreveio um tão
terremoto que os alicerces do cárcere se moveram e todas as portas se abriram , mas,
ninguém fugiu, mas, carcereiro não sabia e quis se matar. Paulo gritando lhe disse para
não fazer tal coisa, pois ninguém fugira. Então carcereiro perguntou o que devo para
ser salvo? Disse Paulo crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e tua casa.
Já pela manhã os magistrados mandou-os soltarem.

Atos 17

Continuando a sua viagem, saíram da Macedônia, passaram por Anfípolis e Apolônia


chegando a Tessalônica, entrando em uma sinagoga de judeus disputando com eles
por três sábados sobre as Escrituras, expondo e demonstrando que convinha que O
Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos. Alguns creram e ajuntaram-se com
Paulo e Silas. Mas judeus desobedientes e com invejas, reuniram homens vadios e
perversos foram a casa de Jasom, porém não achando, prendendo a Jasom levaram-
no a presença dos magistrado que ouvindo de Jasom e seus irmãos suas razões, os
soltaram.
Nesta caminhada chegara a Atenas onde Paulo faz seu discurso sobre o Deus
desconhecido, falando de Jesus que ressuscitou dos mortos. Os Atenienses riram e
escarneceram, e disseram que outra hora os ouviria. Paulo saiu do meio deles, mas
alguns creram.

Atos 18

Depois disto, partiu Paulo de Atenas e chegou a Corinto. Achando certo judeu por
nome Áquila, que há pouco tempo havia chegado da Itália com sua mulher chamada de
Priscila, pois o imperador Cláudio no ano 49 decretou a expulsão dos judeus de Roma.
Paulo e Áquila tinham sido treinados para fabricarem tendas, costurando os tecidos de
lã de cabra, as tenda eram usadas para alojar os soldados. Mas todo o sábado
discorria na sinagoga, persuadindo tanto a judeus e gregos. Deus numa visão, disse a
Paulo que temesse e não calasse, porque EU serei contigo e te fará mal algum. Paulo
ficou ali um ano e seis meses
Paulo foi acusado de promover uma religião não aprovada pelas leis de Roma. Os
judeus que eram contra o que Paulo pregava, o acusaram que ele persuade os
homens a servir a Deus contra a lei. Tomando a palavra Gálio o Procônsul, disse
assim: Se houvesse algum agravo ou crime enorme, com razão sofreriam; mas, se a
questão é de palavras, e de nomes, e da lei que há entre vós, resolvam vocês mesmos,
eu não quero ser juiz destas coisas! E os expulsou do tribunal.
Paulo ficou ali alguns dias, despediu-se dos irmãos e navegou para Síria,
Acompanharam-no Priscila e Áquila que por um voto rasparam suas cabeças. Em
Éfeso deixou-os ali, mas entrando nas sinagogas disputava com judeus. Partindo e
Éfeso chegando a Cezaréia, subiu a Jerusalém saldando a Igreja, desceu a Antioquia,
15
depois passou sucessivamente pelas províncias da Galácia e da Frígia confirmando a
todos os discípulos.
Chegou a Éfeso certo judeu chamado Apolo natural de Alexandria varão eloquente e
poderoso nas Escrituras. Era instruído no caminho do Senhor, fervoroso de espírito,
falava e ensinava diligentemente as coisas do Senhor, conhecendo somente o batismo
de João. Ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Ouvindo Áquila e Priscila,o
levaram consigo e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus.

Atos 19 O Começo da Terceira Viagem de Paulo

Sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo tendo passado por todas as
regiões superiores, chegou a Éfeso e, achando ali alguns discípulos, perguntou-lhes já
o Espírito Santo quando creste? Eles disseram que não, nem ainda ouvimos que haja
Espírito Santo, e somos batizados no batismo de João. Paulo impondo-lhes as mãos
veio sobre eles o Espírito Santo, todos doze varões. Paulo entrando na sinagoga falou
ousadamente, e isso pelo um período de três meses¸disputando e persuadindo-os
acerca do Reino dos Céus. Mas houve alguns deles que endureceram e não
obedeciam, falando mal do Caminho perante a multidão, retirando-se deles e separou
os discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano, e isso por um
espaço de dois anos. Deus pelas mãos de Paulo fazia maravilhas extraordinárias. Até
os lenços e aventais que se levavam do seu corpo aos enfermos, as enfermidades
fugiam deles, e os espíritos malignos saíam.
Ouve também alguns exorcistas judeus ambulantes, tentando invocar o Nome do
Senhor Jesus sobre os que tinham espíritos malignos, e os que assim faziam eram os
setes de Ceva, judeu principal dos sacerdotes. Mas, o espírito maligno disse que
conheciam a Jesus, e sei quem é Paulo e vós quem sois? Saltou sobre eles e
dominando dois foi mais forte que eles, de tal maneira que tiveram que fugir, nus e
feridos, e isso foi notório a todos que habitam em Éfeso tanto a judeus e a gregos. E
por isso caiu temor sobre todos eles, e o Nome do Senhor Jesus foi engrandecido.
Após estas coisas, Paulo propôs em espírito ir a Jerusalém, passando pela Macedônia
e pala Acaia, e depois irei a Roma. Enviando dois daqueles que o serviam, Timóteo e
Erasto, ficou ele por algum tempo na Ásia.
Naquele tempo houve não um pequeno alvoroço acerca do Caminho. Éfeso era sede
da adoração da deusa Diana, e havia nesta cidade uma sociedade de ouvires que
vendiam miniaturas de nichos de prata com a imagem da deusa.
Mais o ministério de Paulo foi tão eficaz, que a venda destas miniaturas diminuiu, um
ouvires chamado Demétrio convocou uma reunião. E nesta reunião, mostrou que as
coisas iam mal e precisavam fazer alguma coisa contra Paulo, pois com sua pregação
sobre Jesus Cristo estava levando a descrédito a deusa Diana, pois era adorada por
mais de trinta nações do mundo antigo. Ouvindo isto, a multidão encheu-se de furor e
clamavam em alta voz grande é Diana. Procurando Paulo não o achando, foram para
cima dos companheiros de Paulo, Gaio e Aristarco. Paulo quis se apresentar na
reunião, os discípulos não deixaram.
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Atos 20
Passando o alvoroço em Éfeso, Paulo se despede dos discípulos e vai para
Macedônia, havendo atravessado aquelas terras, dirigiu-se a Grécia, ficando por três
meses. Havendo uma conspiração contra ele por parte dos judeus, quando estava para
embarcar para Síria, voltou pela Macedônia.

Em Trôade estando reunido com fim de partir o pão, mesmo tendo que viajar no outro
dia, Paulo prolongou o discurso até a meia-noite. Um jovem chamado Eutico, que
estava sentado na janela, adormeceu profundamente, caiu do terceiro andar abaixo e
foi levantado morto. Paulo descendo o abraçou e disse não temam, pois há vida no
rapaz. Subindo de novo, partiu o pão e comeu, e voltou a lhes falar até o romper da
alva e partiu. O povo alegre e confortado pois o rapaz estava vivo.

Atos 21
Agora Paulo e seu grupo retomaram a sua viagem de barco e chegaram a Cós e
Rodes. No dia seguinte pegaram um navio que ia para Fenícia. O navio chegando a
Tiro, Paulo e seu grupo ficaram alguns dias de lazer, pois era necessário sete dias para
o navio descarregar, ali encontraram discípulos que vieram à Fenícia em resultado da
perseguição após a morte de Estevão. Na igreja havia profetas que revelaram pelo
Espírito Santo que Paulo enfrentaria sérios perigos, e tentaram dissuadi-lo do seu
propósito. Paulo insistiu, e toda igreja o acompanhou até o navio.

Passaram Ptolemaida onde saudaram os irmãos, passando um dia com eles, no dia
seguinte chegaram a Cesaréia. E entrando na casa de Felipe o evangelista que era um
dos sete, e ficaram com ele. Felipe tinha quatro filhas donzelas que profetizavam, e
Paulo passou diversos dias com Felipe. Ágabo um profeta profetizou a Paulo, que os
judeus o entregariam aos judeus. Paulo vendo que os irmãos choravam, disse assim:
Que ele estava pronto para ser preso e morrer em Jerusalém pelo Nome do Senhor
Jesus, os discípulos tristes disseram: Faça-se a Vontade do Senhor.

Depois daqueles dias chegamos a Jerusalém, e os irmãos nos receberam de muito


boa vontade, no outro dia fomos recebidos por Tiago em sua casa. Paulo, então, fez
um relato de seu trabalho entre os gentios, a nos mostrar, uma vez mais, que, apesar
de ter realizado a terceira viagem missionária por conta própria, sem ser encaminhado
por qualquer igreja, o apóstolo sentiu-se na obrigação de relatar à “igreja-mãe” tudo
quanto fizera em nome do Senhor. Após o relato de Paulo, porém, tanto Tiago quanto
os anciãos da igreja em Jerusalém deram um quadro não muito favorável ao apóstolo a
respeito de seu ministério.Os judaizantes, apesar de derrotados no concílio,
17

continuaram a perturbar o ministério do apóstolo Paulo e passaram a espalhar falsas


notícias, principalmente a de que Paulo estava a incitar os judeus a não observarem a
lei de Moisés. Como se sabe, no concílio, havia sido decidido que os gentios não
estavam submissos à lei mosaica, mas nada se decidira a respeito dos judeus, que, em
Jerusalém, eram “zeladores da lei”. As notícias apresentadas pelos judaizantes não
eram verdadeiras. Paulo, embora ensinasse que não estavam mais os crentes debaixo
da lei, jamais havia mandado que os judeus deixassem de observar a lei, considerando
que este dado cultural deveria ser mantido para que não houvesse escândalo, como,
aliás, havia deixado claro no capítulo 14 da epístola que encaminhara aos romanos,
escrita pouco antes de sua viagem a Jerusalém. Tanto assim é que, como já vimos no
início de sua segunda viagem circuncidou a Timóteo (At.16:3). Os anciãos, então,
propuseram a Paulo que, a fim de dar um basta em toda aquela maledicência,
acompanhasse quatro varões que fizeram voto e que se santificasse com eles, fazendo
por eles os gastos para que rapem a cabeça e, deste modo, cumprindo um ritual da lei,
o apóstolo mostraria que não era verdade o que estavam a dizer dele (At.21:20-24).

Paulo aquiesceu ao pedido dos anciãos e foi cumprir o rito do voto feito pelos quatro
varões (At.21:26). Esta decisão de Paulo era absolutamente coerente com o que havia
escrito aos romanos, sob inspiração do Espírito Santo, ou seja, que não devemos ser
instrumento de escândalo aos irmãos para que eles não percam a salvação (Rm.14).
Além do mais, o próprio Paulo ainda observava costumes da lei, não para fins de
salvação, mas como elemento cultural que havia mantido em sua maneira de viver,
visto que também havia feito voto similar ao que os quatro varões estavam a fazer, voto
este feito em Cencreia por ocasião da segunda viagem missionária (At.18:18).

Mas próximo ao fim dos sete dias do ritual, Paulo foi reconhecido no templo por alguns
judeus da Ásia e houve um alvoroço no templo, tendo lançado mão do apóstolo,
acusando-o de ser um ensinador contra o povo e contra a lei por todas as partes, além
de ter introduzido no templo grego, profanando aquele lugar sagrado, cuidando que
Paulo tivesse feito entrar no templo a Trófimo de Éfeso, que fazia parte de sua
comitiva. Paulo, então, foi arrastado para fora do templo e, como havia intenção de
matá-lo, a notícia chegou ao tribuno da corte, (Claudio Lísias At.23:26), que, então,
interveio no tumulto, prendendo a Paulo e o mandando atar com duas cadeias e,
perguntando o porquê do tumulto e, diante da confusão formada, mandou que
levassem Paulo até a fortaleza, o que se fez com grande dificuldade, pois a multidão
queria matá-lo. O apóstolo fora confundido com um egípcio que havia feito uma
sedição naqueles dias, tendo, então, Paulo se identificado como natural de Tarso,
judeu, tendo pedido e obtido a oportunidade de se dirigir ao povo (At.21:27-40). Aqui há
algo estranho, Paulo foi preso por cumprir a Lei? Ele foi preso porque foi a Jerusalém?
Fato é que não deveria estar em Jerusalém mas, Deus queria levá-lo a Roma..

Atos 22 e 23
18

Paulo, então, proferiu uma defesa perante aquela multidão enfurecida que queria
matá-lo. Havia falado com o tribuno em grego, mas se dirigiu ao povo em hebraico, o
que fez com que todos se silenciassem. Neste seu discurso, o apóstolo conta o seu
testemunho, a sua conversão a Cristo, bem como sua chamada para os gentios,
instante em que a multidão não quis mais ouvi-lo, tentando matá-lo, o que obrigou o
tribuno a mandar levá-lo para a fortaleza e a examiná-lo com açoites (At.22:1-24).

Paulo, então, identificou-se como cidadão romano antes de ser açoitado, o que
impediu que sofresse aquele suplício, tendo o tribuno, temeroso do fato de que havia
prendido a Paulo apesar de sua cidadania romana, resolvido saber do que o estavam
acusando, tendo, então, resolvido levá-lo ao Sinédrio (At.22:25-30).

Notemos que a multidão não quis ouvir Paulo a partir do momento em que ele se disse
enviado pelo Senhor aos gentios. Jerusalém não queria ouvi-lo, pois sua chamada era
para os gentios. Assim como o Senhor já revelara durante toda a viagem de Paulo a
Jerusalém, ali não era o seu lugar, ali ele não deveria testificar.

Perante o Sinédrio, tribunal demasiadamente conhecido do apóstolo (que, ou foi


membro do Sinédrio ou o assessorava antes da conversão), Paulo apresentou-se como
alguém que tinha boa consciência diante de Deus (At.23:1) Esta é uma lição que temos
de ter como servos do Senhor: sempre que comparecermos perante as
autoridades, temos de estar em boa consciência diante de Deus. Esta afirmação
do apóstolo levou a ser ferido na boca por ordem do sumo sacerdote e o apóstolo,
então, pronunciou uma sentença contra o sumo sacerdote, sendo imediatamente
repreendido, o que o levou a se retratar e, ante a situação delicada em que se
encontrava, aproveitou-se da divisão que havia na suprema corte judaica, invocando a
sua condição de fariseu, dizendo-se julgado no tocante à esperança e ressurreição dos
mortos, que era o principal ponto de discórdia entre saduceus e fariseus, que dividiam
entre si os assentos no Sinédrio. Os membros do Sinédrio passaram, então, a se
altercar entre si, querendo os fariseus que Paulo nada sofresse, ao contrário dos
saduceus e, ante o tumulto instalado, o tribuno mandou que levassem Paulo para a
fortaleza. Na fortaleza, o Senhor reafirma que o propósito era levar o apóstolo a Roma
(At.23:1-11). Um grupo de judeus, então, fez uma conspiração e prometeram não
comer nem beber enquanto não matasse a Paulo, o que foi denunciado ao tribuno
que, descobrindo o plano de matar o apóstolo, enquanto fosse ele novamente
conduzido ao Sinédrio, encaminhou-o ao então presidente da Judéia, Félix, em
Cesárea, onde foi guardado no pretório de Herodes. O Senhor, assim, confirmava a
Sua Palavra dita a Paulo, livrando-o das mãos dos judeus, mas o pondo nas mãos dos
romanos (At.23:12-35).

Atos 24 PAULO EM CESAREIA

O sumo sacerdote Ananias e os anciãos do Sinédrio foram, então, até Cesárea,


acompanhados de Tértulo, um orador, i.e., um advogado que haviam contratado para
defender sua causa diante do governador contra Paulo. Tértulo, então, formulou a
19

acusação contra o apóstolo, chamando-o de “peste e promotor de sedições entre todos


os judeus, por todo o mundo, e o principal defensor da seita dos nazarenos, que havia
intentado profanar o templo”. O apóstolo era, pois, acusado de profanação do templo e,
como tal, o Sinédrio queria julgá-lo, visto ser o tribunal competente para as causas
religiosas judaicas (At.24:1-9).

O presidente Félix deu, então, a palavra a Paulo que, como cidadão romano, tinha
direito à defesa, negando que tivesse sido achado no templo, onde fora há não mais de
doze dias, falando com alguém ou amotinando o povo nas sinagogas nem na cidade,
nem tampouco havia provas das acusações feitas, mas, com relação ao que haviam
afirmado a respeito “daquele caminho que chamam seita”, o apóstolo admitiu servir ao
Deus de seus pais, crendo em tudo quanto estava escrito na lei e nos profetas, tendo
esperança em Deus, na ressurreição dos mortos, tanto justos quanto injustos,
buscando ter uma consciência sem ofensa tanto para com Deus como para com os
homens. Confirmou que estava se santificando no templo e que nada havia praticado
daquilo que o haviam acusado e Félix, então, disse que aguardaria a vinda do tribuno
para tomar uma decisão (At.24:10-22).

Félix, então, dias depois, chamou Paulo para ouvir a respeito da fé em Cristo,
acompanhada de sua mulher Drusila, que era judia. O apóstolo, uma vez mais, não se
envergonhou de suas crenças, falando a respeito da justiça, e da temperança, e do
juízo vindouro, causou pavor no presidente que o mandou embora, dizendo que, em
outra oportunidade, o chamaria (At.24:23-25). Paulo não se acovardou diante do
presidente, mesmo necessitando de um parecer favorável dele para se mantiver vivo.
O apóstolo tinha convicção de que iria para Roma, o Senhor assim lhe havia prometido
e, portanto, aproveitava todas as oportunidades que tinha para evangelizar, mesmo na
prisão. Mais uma vez vemos que o conteúdo da pregação do Evangelho envolve o
arrependimento dos pecados, a santificação e a esperança da volta de Jesus Cristo
para arrebatar a Sua Igreja. Paulo falou a Félix sobre a justiça, ou seja, a necessidade
que temos de sermos justificados pela fé em Cristo; da temperança, ou seja, da vida
com moderação, da vida sob o controle do Espírito Santo (a temperança é o último
“gomo” do fruto do Espírito – Gl.5:22) e do juízo vindouro, ou seja, de que todos
deveremos comparecer perante o Senhor para dar conta daquilo que fizemos em
nossa existência terrena.Paulo foi chamado outras vezes por Félix e, nestas
oportunidades, sempre testificava do Evangelho. Félix, entretanto, não tinha interesse
em se converter mas em criar um clima propício para que recebesse dinheiro de Paulo
e, deste modo, o soltasse. Félix estava, pois, convencido da inocência do apóstolo,
mas queria obter dinheiro. Paulo, porém, em momento algum, deixou levar-se por estas
insinuações, mantendo-se, durante dois anos, ali em Cesárea, sem ceder aos “cantos
de sereia” do corrupto Félix que, quando foi substituído por Pórcio Festo, manteve
Paulo preso para agradar os judeus (At.24:26,27).

Atos 25 e 26 Paulo Festo e Paulo perante o rei Agripa

Com a mudança de presidente, os adversários de Paulo fizeram nova investida,


20

buscando uma forma de trazê-lo até Jerusalém, de modo a poder matá-lo no caminho.
Festo ainda estava em Jerusalém, nem havia ido a Cesárea, quando foi interpelado
pelo sumo sacerdote e pelos principais dos judeus. Notamos aqui que os adversários
de Paulo não estavam nem um pouco interessados em fazer um julgamento do
apóstolo, mas tão somente em ceifar-lhe a vida pelo caminho. Festo, porém, preferiu
ir a Cesárea e lá cuidar do caso. Em Cesárea, mandou que trouxessem a Paulo, sendo
reiniciada a causa, novamente Paulo sofrendo acusações e apresentando sua defesa.
Festo, então, propôs a Paulo, para agradar os judeus, que fosse julgado em Jerusalém
e lá ser julgado perante Festo, mas, então, Paulo, sabendo da má intenção de seus
adversários, apelou para a sua cidadania romana, querendo, então, ser julgado perante
César em Roma. Ante esta afirmação, Festo, então, determinou que o caso fosse
levado ao Imperador em Roma (At.25:1-12). O apóstolo teve discernimento espiritual
para apelar para César. Havia uma promessa de Deus de que iria testificar do nome do
Senhor em Roma. Ora, apelando para César, iria para Roma, ou seja, estaria a fazer a
vontade do Senhor. Também, havia compreendido que seu lugar não era Jerusalém,
aonde teimosamente fora há dois anos, apesar de todas as advertências do Espírito
Santo. Assim, usando de algo que Deus lhe concedera, ou seja, a cidadania romana,
fez com que a vontade de Deus se cumprisse.

Quando Festo recebeu a visita do rei Herodes Agripa II e de sua mulher Berenice,
ficando o rei (que tinha praticamente domínio sobre todo o território que fora de seu
avô, Herodes, o Grande), cuidou do caso de Paulo, tendo, então, marcado para que
Paulo falasse na presença dos monarcas, a fim de que tivesse o que relatar ao
Imperador no encaminhamento do apóstolo a Roma (At.25:13-22). Nesta menção a
respeito do caso de Paulo, Festo disse que as questões envolvendo os judeus e o
apóstolo diziam respeito a “um tal Jesus, defunto, que Paulo afirmava viver”
(At.25:19). Vemos, pois, claramente que o apóstolo Paulo centrava a sua
mensagem na morte e ressurreição de Cristo Jesus. Por isso, dizia que nada
propunha saber entre as pessoas senão Cristo e Este, crucificado (I Co.2:2),
afirmando ainda que se Cristo não tivesse ressuscitado, vã seria tanto a pregação
quanto a fé (I Co.15:14). Jesus era o centro da pregação de Paulo e as pregações
que ouvimos atualmente? Podemos chamar de cristãos aqueles que não mais falam
da morte e ressurreição de Cristo? Diante de Herodes Agripa II e de Berenice,
Paulo, mais uma vez, aproveitou a oportunidade que se lhe dava para testificar
do nome do Senhor. Afinal de contas, não estavam presentes apenas os monarcas
mas os tribunos e os varões principais de Cesareia. Mais uma vez, o apóstolo conta
o seu testemunho, como de fariseu se tornara um cristão, mostrando que tudo o que
fazia era obedecer à visão celestial que tivera no caminho de Damasco, no seu
encontro com o Senhor Jesus. Paulo limitara-se “…a anunciar primeiramente aos
que estavam em Damasco em Jerusalém, e por toda a terra da Judeia, e aos
gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de
arrependimento” (At.26:20). A mensagem central de Paulo era o arrependimento dos
pecados e o que estamos a pregar atualmente? Prosperidade material? Pensamento
positivo? Não foi esta a mensagem que o Espírito Santo espraiou nos dias
apostólicos, não foi esta a mensagem que se pôs na Bíblia Sagrada no livro modelar
21

da Igreja, que é Atos, para ser pregada até a volta de Jesus! O apóstolo, ainda,
afirmou que, apesar de ser preso por causa dos judeus, não deixava de anunciar
esta verdade a grandes e pequenos, mesmo na prisão, até porque o que dizia não
era senão o cumprimento da lei e dos profetas. Agripa II, então, tem uma reação
parecida com a de Félix, mandando que Paulo parasse de falar, pois “as muitas
letras o faziam delirar” e “por pouco o querer persuadir a que se fizesse cristão”. O
apóstolo diz que está em perfeito juízo e que seu objetivo, mesmo, era que não só o
rei, mas todos os ouvintes se tornassem tal qual ele era, com exceção das cadeias.
O resultado de tudo foi à convicção de todos de que Paulo era inocente e que
poderia ser solto se não tivesse apelado para César (At.26). Como Félix, Agripa
também tinha a resistência “civilizada” ao Evangelho. Ambos não se renderam ao
Senhor Jesus, mas não se mostraram severos contra o apóstolo. São pessoas que,
apesar de não crerem em Jesus, apresentam-se como “tementes ao Senhor”, ou
seja, revelam respeito e consideração por Deus, não se atrevendo a interromper a
evangelização. Oremos para que tais pessoas continuem a ser maioria em nosso
país!

Atos 27 Paulo é mandado para Roma e naufrágio do navio

Festo, então, após elaborar seus escritos, mandou que Paulo fosse para a Itália,
mandando Paulo e outros presos para um navio, sob a responsabilidade de um
centurião chamado Júlio. Paulo fazia-se acompanhar de alguns companheiros. De
Sidom, foram navegando abaixo de Chipre, porque os ventos eram contrários e,
tendo atravessado o mar, ao longo da Cilícia (terra natal de Paulo) e Panfília,
chegaram a Mirra, na Lícia, onde o centurião os fez embarcar num navio que vinha
de Alexandria, que navegava para a Itália. A navegação mostrava-se difícil, tendo
assim permanecido mesmo com a mudança de navio, tendo o navio navegado
vagarosamente, chegando apenas defronte de Cnido, não os permitindo o vento ir
mais adiante, navegando abaixo de Creta, junto de Salmone, que foi costeada
dificilmente, tendo se chegado a um lugar chamado Bons Portos, perto do qual
estava a cidade de Laseia (At.27:4-8). Esta dificuldade na navegação não passou
despercebida por Paulo que foi buscar ao Senhor a respeito destas circunstâncias
adversas, a ponto de ter, passado muito tempo e sendo já perigosa a navegação, ter
o próprio Paulo admoestado a todos dizendo que a navegação seria incômoda e
com muito dano, não só para o navio e carga, como também para a vida de todos.
Entretanto, o centurião cria mais no piloto e no mestre do que no que dizia Paulo, de
modo que, como aquele porto era incômodo para invernar, resolveram partir para
Fênix, um porto de Creta, para ali passar o inverno (At.27:9-12). No início da viagem
a Fênix, pareceu que haviam acertado não seguir o conselho de Paulo, pois o vento
sul soprava brandamente, mas não muito depois deu nela um pé de vento, chamado
euroaquilão e, sendo o navio arrebatado, não podendo navegar contra o vento, nada
puderam fazer, indo o navio à toa. Como se não bastasse, o navio foi atingido por
uma veemente tempestade, tendo, então, se perdido, entre os que estavam no
navio, a esperança de salvar-se, após dias de tempestade, sem que aparecesse
seja o sol, sejam as estrelas (At.27:13-20).
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O desânimo era tanto que nem sequer as pessoas se alimentavam no navio, mas,
Paulo, pondo-se em pé no meio deles, reiterou que deveriam tê-lo ouvido quando
dissera para não saírem de Creta, mas, diante das adversidades, que ninguém
temesse porque todos iriam se salvar, com exceção do navio, pois assim lhe fora
dito por um anjo de Deus, visto que era necessário que Paulo fosse a Roma e que,
por isso, Deus lhe havia dado todos quantos navegavam com ele, mas era
necessário que parassem numa ilha (At.27:21-26). Após ter sido desconsiderada
sua admoestação, Paulo permanecera em oração, em contato com o Senhor. O
desânimo tomara conta de todos (inclusive dos amigos de Paulo na viagem), porque
desânimo é o resultado de quem se envolve tão somente com as coisas dos
homens, quem confia apenas na ciência, técnica e tudo quanto se relacione com o
que é criado e construído pelo homem. Humanamente falando não havia esperança
para aquela gente, mas entre eles havia um servo de Deus que buscou ao Senhor.
Deus queria que Paulo fosse a Roma e, por causa dele, todos quantos estavam no
navio estavam desfrutando do livramento que seria dado naquela situação
irremediável. Paulo, por estar a fazer a vontade de Deus, trazia bênção e livramento
para os que com ele estavam. Como verdadeiro “filho de Abraão”, Paulo era uma
“bênção” para todos os que navegavam naquele navio (Gn.12:2). Temos sido,
também, uma bênção para os que nos cercam? Se formos servos de Deus
orientados e conduzidos pelo Espírito Santo, seremos, sim, uma bênção. Mesmo
em sua viagem para Roma, ainda que como prisioneiro, Paulo era utilizado pelo
Senhor como mensageiro da esperança e de boas novas. Paulo pôde testificar do
Senhor, mostrando que Ele está sobre tudo e sobre todos, mostrando que é Ele
quem tem controle sobre a natureza. Também mostrava que o Senhor é justo e que,
diante da relutância em se ouvir a admoestação do apóstolo antes da partida de
Creta, as pessoas seriam salvas, mas não o navio, que se perderia. Nunca nos
esqueçamos: o Senhor nos salva, mas respondemos pelas consequências de nossa
desobediência.

Após quatorze noites de sofrimento, verificou-se que se estava perto de alguma


terra, ocasião em que os marinheiros quiseram fugir do navio, mas, Paulo,
percebendo esta manobra, voltou a insistir que eles ficassem no navio, senão não
poderiam ser salvos, tendo, então, desfeito esta intenção de fuga, conclamando a
todos para que se alimentassem, confiando em Deus e que nenhum cabeço cairia
da cabeça de qualquer deles. Ele mesmo, após dizer isto, tomou o pão, deu graças
e, partindo-o, começou a comer, sendo, então, seguidos por todos, que se animaram
e também comeram (At.27:27-38). Paulo assumira, então, definitivamente, o
comando daquela embarcação, embora fosse tão somente um prisioneiro. Exortou a
todos, manifestou sua fé a todos e levou todos a se alimentarem e a refazer as suas
forças, tanto físicas quanto espirituais. Na verdade, após todas aquelas 276 almas
se alimentarem, ainda tiveram ânimo para lançar trigo ao mar e aliviar o navio,
dando demonstração de que tinham esperança de salvar-se, apesar de as
circunstâncias não terem se alterado. No dia seguinte, viram uma enseada e
começaram a planejar como haveriam de encalhar o navio, tendo, então, os
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soldados tidos a ideia de matar os prisioneiros, ideia que foi rechaçada pelo
centurião, que queria salvar a Paulo. Todos nadaram, a começar dos que sabiam,
sendo seguidos pelos que não sabiam, mas que, usando de tábuas do navio ou de
outras coisas do navio, puderam chegar sãos e salvos, até a ilha, que era a ilha de
Malta, assim como dissera o apóstolo (At.27:39-44).

Atos 28

Paulo dissera que era necessário que, antes de irem para Roma, parassem nesta
ilha. Esta necessidade era espiritual. Em Malta, o Senhor havia reservado mais
um trabalho para o apóstolo.Bem recebidos pelos habitantes de Malta, quando se
acendeu uma fogueira para os náufragos, por causa do frio e da chuva que caía,
uma víbora, que fugia do calor, atacou o apóstolo, ficando em sua mão. O apóstolo,
então, foi considerado um “maldito”, visto que, tendo escapado do naufrágio, era
acometido por uma cobra. No entanto, Paulo sacudiu o animal no fogo e nada lhe
aconteceu, passaram a considerá-lo “um deus” (At.28:1-6).

- Recebidos foram, então, por Públio, o principal da ilha, que os hospedou por três
dias e Paulo, ao saber que o pai de Públio estava de cama enfermo de febres e
disenteria, orou por ele, impôs as mãos e o curou, o que foi o suficiente para que
todos os demais que estavam enfermos na ilha fossem até o apóstolo, sendo
curados. Foram, então, os viajantes distinguidos com muitas honras e todas as
coisas necessárias foram providas para o seguimento da viagem, o que se deu três
meses depois. Malta, que hoje é um pequeno país da Europa, que, inclusive, faz
parte da União Européia, passou, desde então, a ser um dos bastiões do
Cristianismo.

- Paulo mostra, nesta sua iniciativa de ir ao encontro do pai de Públio, que


continuava o mesmo que havia dito aos anciãos de Éfeso em Mileto, alguém
dedicado a auxiliar os enfermos. A Igreja deve ir ao encontro dos enfermos, levando-
os a cura divina. Muitos de nós temos negligenciado este aspecto importantíssimo
na evangelização. Muitos nem sequer mais se dispõem a impor as mãos sobre os
enfermos em nossos cultos. Isto é inadmissível! Paulo, por seu zelo com os doentes,
trouxe bem-estar a todos os passageiros do navio, navio este destruído. A viagem a
Roma foi possível mesmo na ausência de recursos, mas porque Paulo se dispôs a
fazer a obra de Deus. - Paulo e toda aquela gente embarcaram, então, no terceiro
navio, também de Alexandria, chamado Castor e Polux, chegando a Siracusa, onde
ficaram três dias. Dali foi até Régio e, no segundo dia, chegaram a Putéoli, onde
foram achados alguns irmãos, tendo com eles ficado sete dias e, depois, foram para
Roma (At.28:11-14). A chegada a Roma não poderia ter sido melhor. Paulo foi
recepcionado por irmãos na Praça de Ápio e em Três Vendas, e o apóstolo, ao
perceber que os crentes romanos os aguardavam e o recebiam de bom ânimo, deu
graças a Deus e tomou ânimo (At.28:15). Foi permitido a Paulo que morasse em
uma casa à parte, com um soldado que o guardava, ao contrário dos demais presos,
que foram entregues ao general dos exércitos (At.28:16). Assim que instalado, sem
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perda de tempo, três dias depois de sua chegada, o apóstolo convocou os principais
dos judeus, tendo então dado satisfação a eles do motivo de sua estada em Roma,
dos fatos que haviam ocorrido em Jerusalém e, principalmente, para lhes pregar o
Evangelho. O incansável apóstolo sabia muito bem porque estava em Roma e, por
isso, cumpria a vontade do Senhor, testificando de Cristo na capital do Império
(At.28:17-22). Paulo, então, ficou sabendo que a comunidade judaica de Roma não
havia sido informada de coisa alguma a respeito de Paulo, mas, como era notório,
mostraram suas reservas contra “a seita”, mas o apóstolo, então, marcou um dia
para lhes pregar a Palavra, tendo, então, declarado com bom testemunho o reino de
Deus, buscando persuadi-los à fé em Jesus, tanto pela lei de Moisés, quanto pelos
profetas, desde pela manhã até a tarde. Alguns creram no que foi dito, mas outros,
não. Houve, então, discordância entre eles, tendo se despedido de Paulo que,
então, lhes lembrou da palavra do profeta Isaías que dissera a respeito da dureza de
seus corações em aceitar o Evangelho, dizendo-lhes que a salvação seria dada aos
gentios, diante de sua rejeição (At.28:23-29). Paulo, em Roma, agia como sempre
havia feito. Pregara primeiro aos judeus para só então, depois, ir ao encontro dos
gentios. A comunidade judaica de Roma entrou em grande contenda por causa das
palavras que lhe foram ditas, mas, mesmo assim, não aceitou a Cristo. Confirmava-
se a dureza de cerviz a Israel e a abertura da oportunidade aos gentios como o
próprio Paulo escreveram aos crentes romanos em sua epístola (Rm.11).

Diante da rejeição dos judeus, Paulo voltou-se para os gentios, pregando-lhes


durante dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara e recebia tantos
quantos iam vê-lo. Pregava o reino de Deus e ensinava com toda a liberdade as
coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum (At.28:29-31).

Conclusão

Assim terminou a narrativa de Lucas em Atos dos Apóstolos: o apóstolo Paulo foi
mantido em prisão domiciliar por dois anos, pregando o Evangelho sem qualquer
impedimento. Por isso, entendem muitos que, nesta ocasião, após os dois anos de
prisão domiciliar em Roma, Paulo foi absolvido e pôde, então, realizar a sua
desejada viagem missionária à Espanha, enviado pela igreja de Roma. O texto de II
Tm.4:16,17 é a base para tal raciocínio.

Da Espanha, teria, então, retornado a Ásia Menor, mais precisamente a Trôade,


onde teria sido denunciado por um ferreiro chamado Alexandre (II Tm.4:13,14) e
mandado, então, a Roma, onde foi martirizado na primeira grande perseguição
romana contra a Igreja, a perseguição de Nero, quando, então, preso mais uma vez,
acabou condenado à morte, como prenunciou na sua última carta, II Timóteo (II
Tm.4:6).

Enquanto esteve em Roma, Paulo não só testificou de Cristo em sua residência


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alugada, como também escreveu cartas para as igrejas locais que havia fundado. As
chamadas “cartas da prisão” foram redigidas pelo apóstolo quando se encontrava
em Roma, dando continuidade a seu ministério epistolar. Em todas estas cartas, o
apóstolo informa a sua condição de preso, a saber: Filipenses (Fp.1:12-13),
Colossenses (Cl.1:24), Efésios (Ef.3:1; 4:1; 6:20) e Filemom (Fm.1).

O apóstolo, assim, incansavelmente, até os últimos dias de sua vida, dedicou-se a


evangelizar os gentios, pregando o reino de Deus e ensinando as coisas
pertencentes ao Senhor Jesus. Por isso, ao terminar seu labor, pôde dizer que havia
combatido o bom combate, acabado a carreira e guardado a fé, restando-lhe tão
somente aguardar o recebimento da coroa da justiça que tanto ele quanto os que
amam a vinda do Senhor Jesus receberão naquele dia (II Tm.4:7,8).

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