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O motivo da Epístola aos GÁLATAS foi o seguinte: alguns judeus cristãos queriam
obrigar os pagãos neoconvertidos a se conformarem à antiga lei religiosa judaica. O apóstolo
protesta contra esse particularismo. Nessa epístola (cuja data é controvertida, colocando-a
alguns em 48 e outros mais ou menos em 56), ele conta como foi chamado ao apostolado pelo
próprio Jesus, e afirma que só há um Evangelho autêntico, aquele que foi anunciado
unanimemente por todos os outros apóstolos (cap. 1 e 2). Mostra em seguida a conformidade
de sua doutrina com as promessas do Deus de Abraão, que foi "justificado pela fé" (cap. 3 e
4). Finalmente, expõe o que é a liberdade cristã e a vida do fiel sob a conduta do Espírito de
Deus (cap. 5 e 6).
GÁLATAS
1 - São Paulo escreve a Galácia com surpresa por eles terem aderido muito rápido a outro
"evangelho" que não era coerente do pregado por ele e adverte que ainda que um anjo desça
do céu e ensine outra coisa diferente da que ele anunciou, o anjo seja excomungado, pois o
que ele ensina não é doutrina humana, nem para agradar aos homens,mas foi revelado pelo
próprio Senhor. Ele encontrou-se com Cefas durante 15 dias e Tiago por último.
2 - 14 anos mais tarde Paulo sobe com Barnabé e Tito a Jerusalém por inspiração divina, e lá
ele é reconhecido como apóstolo dos pagãos-gregos-incircuncisos como Pedro é reconhecido
como apóstolo dos Judeus-hebreus-circuncisos, contudo surge uma resistência com Cefas
depois que alguns homens de Tiago chegam, pois são circuncisos e alguns que comiam junto
dos incircuncisos se separam e até Barnabé se afasta dos incircuncisos. Contudo Paulo
questiona Cefas que come com gentios-romanos como se fosse incircunciso, mas estão
fazendo resistência a comer com os pagãos-gregos, e pede coerência pois não é a lei quem
justifica ou salva a todos, mas a fé em Jesus.
3 - São Paulo critica os gálatas por terem aderido à fé e estarem retornando novamente a Lei e
questiona se os milagres e prodígios que viram acontecer foi dado pela lei ou pelo Espírito,
novamente recorda que a lei não salva, não redime, pois se assim fizesse não precisariam do
Espírito Santo e que é através da fé que todos se tornam filhos e descendência de Abraão.
4 - São Paulo novamente insiste com os gálatas perguntando o que se passa com eles que
receberam o Espírito do Filho que torna todos herdeiros, e livres e estão retornando a
escravidão da lei. Ele compara os filhos de Abraão com Hagar e Sara com ser escravo e ser
livre, ser filho da escravidão segundo a carne com a escrava Hagar e ser filho da promessa e
herdeiro através de Sara viver a liberdade de filhos de Deus. Ele afirma que retornar a
escravidão não é progredir. E recorda o quanto que os gálatas já foram solícitos nas
necessidades dele quando precisou e sofreu alguma coisa no corpo.
5 - Explicando que circuncidar-se é desnecessário, São Paulo alerta que quem for circuncidado
deve se submeter a lei e despreza a graça que recebeu e o tornara livre, pois todos devem
deixar-se conduzir pelo Espírito e não satisfazer aos desejos da carne, pois carne e Espírito são
contrários. Um escraviza e o outro liberta. Um conduz a morte com suas concupiscências e o
outro a vida com seus frutos de liberdade.
6 - São Paulo orienta os irmãos que vivam a prática da correção fraterna para o crescimento da
comunidade e glória de Deus e que eles tenham cuidado com os que discursam favorável a
circuncisão, pois o interesse desses é não sofrer perseguição por causa da cruz de Cristo e
submeter todos a lei, São Paulo conclui dizendo que quem semeia na carne, colherá corrupção
e quem semeia no Espírito colherá vida eterna.
A Epistola aos ROMANOS (que se pensa geralmente ter sido escrita no ano 57)
desenvolve ainda esse ponto de vista num magnífico comentário doutrinal, cujas ideias
principais são: cap. 1 a 3: o estado de pecado em que se encontram os homens e a
impossibilidade de se salvarem com seu próprio mérito; cap. 4 a 6: a salvação que Deus tinha
dado pela fé a Abraão ele a concede agora a todos os homens pela fé em Jesus Cristo; cap. 7 e
8: a transformação operada por Deus no fiel pelo poder do Espírito Santo, e o dom que Deus
dá aos homens por amor; cap. 9 a 11: exame da missão do povo hebreu, depositário das
promessas, infiel à sua vocação, mas chamado a uma conversão futura. Numa segunda parte,
cap. 12 a 15, o apóstolo expõe os fundamentos de uma vida moral verdadeiramente cristã,
onde descreve os deveres dos cristãos para com seus adversários, as autoridades; recomenda a
tolerância e a condescendência mútua na caridade.
ROMANOS
1 - Paulo expressa o desejo de ir a Roma e partilhar graças espirituais que os confirme na fé
para que ele colha algum fruto. Paulo alerta os irmãos de Roma referente ao comportamento
pagão, o não reconhecimento de Deus como merecedor de toda glória e adoração, e critica a
promiscuidade em que os romanos estão à idolatria a animas e as práticas sexuais contra a
natureza tanto com mulheres quanto homens.
2 - Paulo prega contra quem julga os que vivem distantes de Deus e diz que também eles
passarão pelo mesmo julgamento e só quem busca a Deus e faz o bem receberá paz, honra e
glória. Justos não são os que ouvem a Lei, mas os que a põem em prática, com isso, muitos
judeus pregam contra o adultério e o furto, mas os cometem.
3 - Não há vantagem em ser judeu ou pagão se não põem em prática os mandamentos de deus,
pois todos pecam. Todos nós somos justificados pela fé em Jesus, judeus circuncisos e os
incircuncisos sejam eles quais forem, pois Deus é Deus de todos.
4 - São Paulo fala sobre a importância de Abraão, de sua observância à Lei, porém, obedecer a
Lei era uma dívida, pois todos deveriam obedecer para serem justos, contudo, Paulo exalta sua
tamanha fé que o fez obter coisas impossíveis e também maravilhosas por apesar de sua
tamanha idade e esterilidade de sua esposa, ele creu em Deus e por Ele foi justificado devido
sua fé.
5 - Se por um só homem todos se tornaram pecadores, por meio da obediência de um só
homem todos se tornam justos. A lei fez com que o pecado superabundasse, mas onde
abundou o pecado, superabundou a graça, e assim como o pecado reinou para a morte, a graça
reinou para a vida eterna através de Jesus Cristo nosso Senhor, por quem somos justificados
através da fé.
6 - Devemos permanecer no pecado para que a graça superabunde em nós? Jamais! Pois
quando fomos batizados em Cristo, fomos batizados em sua morte, para com Ele
ressuscitarmos para a vida eterna e não mais vivermos sob o julgo do pecado, mas da graça. O
salário do pecado é a morte e o dom de Deus é a vida eterna.
7 - Igual à lei só domina a pessoa enquanto ela está viva, e a esposa só deve submissão
enquanto o marido vive, nós mortos para a lei, vivemos conforme a renovação do Espírito
Santo, pois a letra mata. A lei não leva ao pecado, pois é santa, boa e pura, mas o pecado
aproveitando-se do preceito excita-nos excessivamente para transgredi-lo e o mandamento que
devia-nos dar a vida, conduziu a morte devido o pecado, que para se mostrar realmente pecado
acarretou-nos a morte por meio do que é bom.
8 - O que era impossível a lei, Deus o fez, com isso, se continuamos a agir somente segundo a
lei e Cristo não estiver em nós, morreremos, pois é o Espírito Santo quem nos dá vida através
de Cristo. Mas se Cristo habita em nosso coração, a nossa carne morre devido o pecado, mas o
espírito vive pela justificação. A glória vindoura nem se compara com o tempo presente.
Todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus. Se Deus é por nós, quem
será contra nós? Nada nos separará do amor de Deus.
9 - Nem todos que descendem de Israel são verdadeiros israelitas, como também nem todos os
descendentes de Abraão são filhos de Abraão. Não são os filhos da carne que são filhos de
Deus, mas os filhos da promessa é que serão considerados como descendentes. Os gentios que
não buscavam a justiça alcançaram a justificação através da fé. E Israel que buscava uma lei
que desse a justificação, não a encontrou.
10 - Quem subirá ao céu para fazer Cristo descer? Quem descerá ao abismo para trazer Cristo
da morte? Somente através da fé em Deus é que seremos salvos, e esta fé provém da pregação
e a pregação em razão da palavra de Cristo.
11 - Deus não rejeitou o seu povo, se utilizou da incredulidade de Israel e de seus pecados e
tropeços para salvar também os pagãos e enriquecê-los.
12 - Não vos conformeis com esse mundo, mas transformai-vos, todos nós temos dons
diferentes, que nos tornam um único corpo e cada um de nós, devemos colocar os nossos dons
a serviço da comunidade para o proveito do bem comum. Se houver divisões, não vos deixeis
vencer pelo mal, mas triunfa do mal com o bem.
13 - São Paulo nos orienta a obedecer a todas as autoridades constituídas, pois foram
instituídas por Deus. Se opor a elas é como se opor ao próprio Deus e se fazemos o bem, não
devemos temê-las, pois o bem nos dará o devido louvor, e somente os maus devem temer as
autoridades, já que elas são instrumentos de Deus para o nosso bem.
14 - Acolher o irmão que é fraco e não o reprimir se ele não come tudo e tu comes. Não faças
nada que para teu irmão seja motivo de escândalo ou de fraqueza, o que fizeres, faz para a
glória de Deus e o bem do teu irmão.
15 - Nós que somos fortes devemos suportar as fraquezas dos que são fracos, por isso
devemos nos acolher mutuamente para a glória de Deus. E também em espírito fraterno se
corrigirem mutuamente na caridade. São Paulo anuncia em Roma aonde ainda não tinha sido
anunciado o evangelho e fala que subirá a Jerusalém para levar a ajuda que os irmãos que lá
estão, precisam.
16 - São Paulo conclui sua carta, saudando todos os membros da comunidade nomeadamente e
os orienta a desconfiarem de qualquer um que cause divisão e escândalo, apartando-se da
doutrina que receberam e manda que evitem.
A Primeira aos Coríntios é dirigida aos fiéis de uma comunidade onde já reinavam
disputas e abusos. Ela é escrita de Éfeso, por volta do ano 55. O apóstolo começa por pregar a
união, dando como motivo de sua atitude a bela doutrina sobre a humildade que nos ensina a
cruz de Jesus (cap. 1 a 3); lembra seus direitos à afeição dos fiéis de Corinto (cap. 4); protesta
contra os escândalos sobrevindos na comunidade: processos judiciais entre os fiéis,
imoralidade; e aproveita a ocasião para expressar sua opinião sobre o casamento e a
virgindade (cap. 5 a 7); examina o que se deve fazer com as carnes provenientes dos
sacrifícios pagãos aos ídolos (cap. 8 a 10); trata do traje das mulheres na Igreja e da celebração
da comunhão (cap. 11); dá conselhos a respeito dos dons espirituais, escrevendo então uma
célebre passagem sobre a caridade (cap. 12 a 14); fala da ressurreição dos mortos (cap. 15); e
enfim apela para a generosidade de seus leitores em favor da comunidade de Jerusalém.
Depois dessa epístola deve-se colocar uma carta aos mesmos destinatários, atualmente
perdida, à qual alude aquela que chamamos de Segunda aos Coríntios. Nesta, o apóstolo
defende-se de seus contraditores, primeiro de um modo geral, defendendo os direitos dos
apóstolos, e em seguida justificando-se pessoalmente de todas as acusações de que ele fora
objeto por parte dos fiéis de Corinto.
1ª CORÍNTIOS
1 - Paulo chama a atenção para que não haja divisões na comunidade, pois soube que alguns
dentre o povo se consideravam de Paulo, Apolo, Cefas ou de Cristo. Ele afirma que Cristo não
está dividido! São Paulo não batizou, apenas anunciou Cristo Crucificado, escândalo para os
judeus e loucura para os gregos, mas para nós, causa de Salvação eterna.
2 - São Paulo anunciou Jesus Cristo e Jesus Cristo Crucificado em Corinto sem nenhum
prestígio de sabedoria humana, apenas com seus próprios desassossegos, fraquezas e temor, e
tudo que fez não foi por força própria, mas através do Espírito Santo que água nele e através
dele, esse Espírito que o deu Sabedoria divina e lhe revelou tudo aquilo que o Espírito lhe
inspirava a anunciar.
3 - São Paulo não pôde falar como a homens espirituais, mas, a carnais, e ainda não deu
alimento sólido, mas, ainda leite, e mesmo assim não conseguiram se alimentar, devido às
divisões. Ele reforça que Plantou que Apolo regou, mas é Deus quem faz frutificar. Ainda
acrescenta que tanto ele como Apolo são operários de Cristo e que o povo são o campo de
Deus, o edifício de Deus e que Jesus Cristo é o fundamento e que cada um será julgado de
acordo com o material que constrói sobre esse fundamento, se ouro, prata, madeira ou palha,
etc. Tudo é para o povo, mas todos são de Cristo e Ele é de Deus.
4 - São Paulo pede que todos os considerem apenas como simples operários de Cristo e
administradores dos mistérios de Deus. Acrescenta ainda sobre tudo que passa desde
perseguições e sofrimentos no anúncio do evangelho. Orienta também a todos que gerou em
Cristo Jesus pelo evangelho, que sejam seus imitadores e afirma que para isso enviou ao povo
Timóteo para que ele dê continuidade aos ensinamentos dele.
5 - São Paulo critica um escândalo de imoralidade, um filho que vive com a mulher de seu pai
e que ainda se orgulha na comunidade. Ele orienta a não darem brechas para esse tipo de
comportamento na comunidade, pois não é compatível com quem é nova massa, mas são
práticas de quem é velho fermento e pede para que a comunidade sequer se aproxime de
situações assim para não serem influenciados.
6 - São Paulo adverte os irmãos que entram em contendas entre eles mesmos da própria
comunidade e ainda vão pedir justiça diante de tribunais injustos. E questiona se dentro da
comunidade não existe alguém sábio e de boa índole que possa fazer um julgamento honesto e
justo. Mas eles preferem ir a busca de alguém que é tido como nada pela Igreja para serem
julgados. E ainda chama a atenção que tais irmãos, preferem fazer o mal e praticar a injustiça
que sofrê-las ou serem perseguidos como Nosso Senhor. E recorda que foram salvos e
santificados pelo sangue de Cristo e que são templos do Espírito Santo. São Paulo diz que tudo
é permitido, mas nem tudo nos convém e adverte a comunidade para não viver a impureza,
pois todo pecado é fora do corpo, apenas a impureza é dentro do corpo e o nosso corpo é
templo do Espírito Santo que habita em nós. Se nos ajuntamos com prostitutas nos tornamos
uma carne com ela, se nos unimos ao Senhor, nos tornamos um com ele.
7 - As mulheres e seus maridos, ambos se pertencem um ao outro e devem dispor do corpo do
outro, pois são casados. Os solteiros ou viúvos devem seguir o exemplo de Paulo, mas se não
conseguirem viver a continência é melhor que se case que viver se abrasando e dando contra
testemunho. As mulheres ou os homens que desposaram algum pagão e estes consentem em
coabitar, não rejeite, pois o marido ou a mulher que não tem a fé são santificados pelo seu
companheiro. Independentemente de serem circuncidados ou não, o que importa é cumprir os
mandamentos e fazer a vontade de Deus através de seu chamado. Aos solteiros e virgens dou o
meu exemplo, que vivam para cuidar das coisas do Senhor, mas se não conseguem, que se
casem e procurem agradar ao seu companheiro. Não há pecado em casar e nem em não casar,
pois casar é bom e não casar é melhor ainda, contudo, cada um da sua forma e estado de vida
procure viver desapegado de tudo e todos como se nada tivesse, pois, a figura desse mundo
passa.
8 - Todos têm ciência, mas o que importa é ser conhecido por Deus e não se envolver com
nada oferecido aos ídolos que são tantos, pois devemos ser exemplo para todos, pois se
alguém nos ver sentado à mesa num templo pagão também se achará permitido a fazer o
mesmo, devemos ter um testemunho ilibado, pois só existe um Deus, o Pai de Jesus Cristo
Senhor nosso.
9 - São Paulo reclama que alguns não querem o reconhecer como apóstolo e fala a todos que
eles próprios são provas vivas que são Paulo tem anunciado o evangelho integralmente e
comunicado tantas graças espirituais, contudo ele questiona quem usufrui dos bens espirituais,
mas não quer permitir que ele usufrua dos bens materiais, como se quisesse que Paulo também
deixasse o ministério para trabalhar pra comer e ele reforça que o seu trabalho é o ministério
ao qual ele tem se dedicado integralmente e dele deve se alimentar. São Paulo sempre se fazia
um com o irmão que anunciava judeu com os judeus para ganhar os judeus, para os debaixo da
lei como se ele também estivesse debaixo dela para ganhar eles, etc. Contudo ele seguia a lei
de Cristo e se disciplinava nela com o objetivo de ser salvo por medo de ser excluído depois
de ter pregado aos outros.
10 - São Paulo adverte que todos foram batizados no mesmo batismo de Moisés, da nuvem e
do mar, e que beberam da mesma rocha e se alimentaram do mesmo maná, mas mesmo assim
eles morreram no deserto, na mão do inimigo, pelas serpentes etc., devido a desobediência,
para nos servir de exemplo. Para que também nós tenhamos discernimento em seguir e fazer a
vontade de Deus. Quem está de pé cuidado para não cair, pois, Deus não permite que sejamos
tentados além das nossas forças. O pão que comemos e o vinho que bebemos é a comunhão
com o corpo e o sangue do senhor e nos torna um só corpo no Senhor. Comam de tudo que
vos oferecerem sem questionar ou investigar, mas não comam de qualquer alimento
sacrificado ou oferecido aos ídolos, pois não são a ídolos que são oferecidos tais sacrifícios,
mas a demônios e quem participa da mesa do Senhor, não pode participar da mesa do
demônio. Quer comais, quer bebais, quer façais qualquer outra coisa faça sempre para a glória
de Deus.
11 - São Paulo pede que eles sejam seus imitadores, mas os lembram que senhor de todos é
Cristo e todos nós pertencemos a Deus, reforça que a mulher deve ser submissa ao homem e o
homem a Deus, que a mulher deve cobrir-se com um véu ou cortar o cabelo em sinal de
respeito a Deus, caso contrário estará desonrando ao Senhor. Já o homem não deve cobrir a
cabeça ao rezar ou profetizar, pois estará desonrando a Deus. São Paulo critica que a reunião
para celebrar e lembrar a última ceia está se tornando divisões e alguns vão para a reunião
somente para comer e deixam outros com fome, inclusive os pobres, ele recorda o que deve
ser a reunião: memorial da última ceia e descreve narrando que o que recebeu, era o que
transmitia que Jesus disse que o pão era seu corpo e o vinho seu sangue, caso alguém comesse
o corpo ou bebessem o sangue sem distinguir o que estava recebendo, comia a própria
condenação devido a sua desonra a Igreja de Deus.
12 - São Paulo evidencia que há diversidade de dons, de carismas, curas, milagres, falar em
línguas, etc., mas é o mesmo Espírito Santo que faz isso tudo em todos. Ele compara cada um
a uma parte do corpo e explica que todas as partes juntas formam o corpo, e que nenhuma
parte separada pode se considerar corpo, pois cada parte sozinha precisa da outra para ser
corpo e exalta os membros do corpo, do maior ao menor e afirma que nenhum se sente melhor
que o outro, mas que se alegra com o prestígio do outro e pede para seguir o exemplo. E fala
que foi Deus quem constituiu cada um naquilo que faz, desde apóstolo, até lideranças,
profetas, quem fala em línguas e as interpreta, etc. Conclui mandando aspirar aos dons
espirituais superiores.
13 - São Paulo afirma que mesmo que tivesse todos os dons grandiosos, e toda a ciência, que
tivesse fé a ponto de transportar montanhas, se ele não tivesse caridade/amor, de nada valeria.
Tudo vai desaparecer, e vão permanecer apenas três coisas: fé, esperança e caridade, porém a
maior delas é a caridade.
14 - Aspirai sempre aos maiores dons espirituais, mais ao de profecia que o de línguas, pois o
de línguas serve para orar a Deus e glorificar, mas a profecia serve para edificação da
assembleia e se caso entrar na assembleia alguém simples ou infiel, Deus pode dirigir alguma
profecia a tais pessoas revelando segredos dos seus corações e sobre suas vidas ou
necessidades, eles chorarão com o rosto em terra e reconhecerão que Deus está em vós. Se
além de orar, alguém fala em línguas, que fale em línguas quando tiver quem as interprete para
a edificação da comunidade e que tudo seja feito com dignidade e ordem.
15 - São Paulo fala da Paixão de Cristo desde que escolheu os doze apóstolos até aparecer a
ele e se coloca como menor dos apóstolos e até indigno de ser chamado ou considerado
apóstolo devido ter perseguido a Igreja de Deus. Ele critica que alguns que creem em Cristo,
não creem na ressurreição, e afirma que tais pessoas crendo assim, não creem em Cristo
verdadeiramente, pois está afirmando que os mortos não ressuscitam, logo, Jesus que morreu,
não teria ressuscitado. Acreditar nisso, torna vão a fé, pois se nada se pode esperar depois da
morte, se nada mais existe, os que morreram em Cristo, foi em vão, e o testemunho de fé de
todos é inútil, a começar do próprio Paulo. Logo Paulo afirma, então comamos e bebamos,
pois, amanhã morreremos. Por fim ele afirma que não devemos nos deixar enganar: "más
companhias, corrompem bons costumes.". São Paulo conclui falando como será a ressurreição
dos mortos e afirma que ressuscitará aquele que se reveste de Cristo para a imortalidade e cita
alguns exemplos.
16 - São Paulo conclui essa primeira carta orientando que as coletas sejam feitas como estão
sendo feitas as de Jerusalém, todo primeiro dia da semana e que não esperem ele para fazerem
a coleta, façam e quando ele chegar escreverá uma carta para encaminhar junto da coleta e que
talvez até ele também possa ir. Ele ainda dá várias notícias e pede que acolham Timóteo com
atenção e não o desprezem caso ele apareça por Corinto. Maranatá.
2ª CORÍNTIOS
1 - São Paulo escreve com Timóteo aos coríntios e comunica que todas as consolações que
recebem de Deus é para que eles sejam consolados, e também que os sofrimentos que tanto ele
e Timóteo suportam é também para que eles sejam consolados e para a salvação deles. Paulo
também reforça que o que eles fazem é para glória de Deus através de Jesus Cristo, pois ele é
quem confirma a todos, Silvano, Timóteo e ele próprio e a comunidade de Corinto. E explica
que não foi a Corinto, para contribuir para a alegria deles, pois todos estavam firmes na fé.
2 - São Paulo desiste de ir a Corinto por saber que alguns não se alegram com a sua presença e
ele não deseja contristar, algumas coisas entristecem bastante o coração dele, inclusive ele
relata certa insatisfação com um homem, provavelmente aquele que vivia com sua madrasta o
qual ele advertiu, e que a comunidade corrigiu, mas que provavelmente ele não deve ter
acolhido a advertência de Paulo e com certeza deve ter reagido ofendendo Paulo indiretamente
ou até pessoalmente, mas Paulo comunica à comunidade que o castigo que todos deram já é
suficiente. E que por amor a eles perdoa a tal sujeito e alerta a comunidade que fiquem alerta
as maquinações de satanás para que ele não vença a todos.
3 - São Paulo fala que não tem necessidade de carta alguma de reconhecimento do ministério
ou do que seja a própria comunidade e o próprio testemunho deles já é uma carta escrita no
coração deles, reconhecida e lida por todos. Ele fala também da superioridade da boa nova em
relação à lei de Moisés, e trata-a como uma lei de morte e a boa nova que é a ação do Espírito
Santo como Vida. Pois é a ação do Espírito que age com liberdade em nós que descobre o véu
que antes Moisés cobria quando o seu rosto resplandecia para o povo não ver o rápido
desaparecimento.
4 - São Paulo afirma que não desanima porque esse ministério foi conferido a ele por
misericórdia, e que eles se afastam de tudo que é vergonhoso ou fingido que possa deturpar ou
envergonhar o evangelho anunciado por eles. Já que muitos incrédulos se perdem porque a
inteligência foi obcecada pelas coisas mundanas que impedem a luz do evangelho de iluminá-
los. Ele também afirma que trazemos em nosso corpo as marcas da morte de Jesus para que
também a vida de Jesus se manifeste em nosso corpo e conclui dizendo que enquanto a morte
opera nele através do sofrimento e tribulações, a vida age em todos que recebem a palavra. E
que para eles que sofrem está reservada uma glória incomensurável.
5 - São Paulo fala da tenda perecível que é nosso corpo e da imperecível que é a salvação que
nos aguarda e ainda diz que está tão confiante preferindo ausentar-se logo do corpo para ir
habitar junto do Senhor. Justamente por isso que vivos ou mortos devemos agradar ao Senhor,
pois compareceremos diante do tribunal de São Paulo também alerta os que se gloriam da
aparência e não do que há no coração. E fala que quando ficam arrebatados fora dos sentidos é
por Deus e quando raciocinam sobriamente é para o povo. Reforça também que um morreu
por todos de forma que todos morreram Nele e Dele, ele é um embaixador e é o próprio Deus
quem os exorta através deles. Em nome de Cristo rogamos: Reconciliai-vos com Deus.
6 - São Paulo reforça que faz de tudo para não ser motivo de escândalo para ninguém, nem o
ministério ser criticado e que por onde passa se apresenta como ministro de Deus e por isso
são grandes as tribulações que sofre para permanecer fiel a esse ministério e principalmente a
Deus. Fala aos coríntios com franqueza e de coração aberto para ser acolhido, porém percebe
que embora os coríntios ocupem um grande espaço dentro do seu coração, o espaço que possui
no deles é pequeno e estreito. Por fim conclui conscientizando que é impossível conciliar
justiça e iniquidade, luz e trevas, Cristo e Belial.
7 - Tito vai ao encontro de Paulo e torna-se causa de muita alegria, principalmente por saber
que os coríntios acolheram Tito fervorosamente e que demonstraram um ardor e grande
solicitude por Paulo e isso muito alegrou São Paulo. Remontando ainda a carta anterior que
causou aos coríntios tristeza, disse que aquela tristeza causou neles penitência e a penitência
conversão que gerou agora alegria em Deus, mas a tristeza do mundo e do pecado gera morte.
E congratula-se com a comunidade por nada ter faltado com Tito confirmando assim tudo de
bom que Paulo dissera deles a Tito e também de Tito a eles.
8 - São Paulo elogia a comunidade pelo pioneirismo nas coletas em prol dos irmãos mais
carentes juntamente com Tito. Ele dá graças, pois sabendo das limitações de Corinto, eles
fizeram questão em ajudar e deram boa quantia, de forma que quem tem de sobra, não deixa
quem não tem passar necessidade e assim vivem a igualdade.
9 - O testemunho da caridade dos coríntios tem motivado outras comunidades, inclusive a
Acaia a fazer o mesmo. São Paulo envia irmãos adiante a Corinto para preparar com eles a
coleta generosa, para quando ele for com os macedônios não sejam pegos de surpresa e nem a
oferta seja pouca e de improviso, gerando constrangimento a todos, mas que seja dada com
alegria.
10 - Chega a São Paulo a crítica de que suas cartas são imperativas e fortes, mas quando ele
está presente é fraco e sua palavra desprezível, contudo ele reforça que o que ele é através da
carta o é também quando está presente na comunidade, sempre agindo dentro dos limites que
Cristo lhe permite sem ser ele a própria medida de si, como alguns fazem, mas a vontade de
Deus.
11 - São Paulo manifesta insatisfação com Corinto devido a forma como facilmente eles
acolhem outras pregações diferentes das que ele anunciou. E reconhece sua pouca eloquência
na pregação, mas seu bom desempenho na ciência e adverte a comunidade dos falsos
apóstolos e falsos pregadores, que imitam Satanás que muitas vezes se apresenta como anjo de
luz e conclui dando seu testemunho que fez de tudo pra não ser um peso, inclusive sendo
mantido no meio deles pelos macedônios e fala de tudo que sofreu por Jesus Cristo e para
propagar a pregação do Evangelho.
12 - São Paulo em nada pretende se gloriar, pois quem deveria se gloriar seria aquele que foi
arrebatado ao terceiro céu, mas ele não o fará, pois quem deveria fazer a própria defesa dele
seria a comunidade, mas infelizmente não faz, pelo contrário continuam a dar ouvidos a falsos
apóstolos que em nada se sacrificaram pela comunidade e que Paulo se for se gloriar será de
sua própria fraqueza que é nela que Deus o fortalece. Ele comunica da possível terceira visita
e que já espera encontrar divisões, contendas, impurezas, vícios do pecado e fornicação etc. na
comunidade e que eles não ficarão satisfeitos com a reação de Paulo.
13 - A comunidade de Corinto exige a prova de que é Cristo que fala em Paulo e isso o deixa
indignado a ponto de dizer que não mais tornará a perdoá-los como fez na visita anterior e que
inclusive, ele questiona se Cristo Jesus estaria na comunidade sim ou não e se eles não
estariam saindo da fé que receberam, já que foi Paulo quem anunciou o evangelho. Ele conclui
a carta dizendo que escreve de longe para que quando chegar, não precise usar de rigor e eles
já tenham se corrigido e saúda a todos.
As epistolas aos Efésios, aos Filipenses e aos Colossenses são chamadas "epistolas do
cativeiro" porque foram escritas durante uma detenção que sofreu o apóstolo em Éfeso e em
Roma em 60-62. Nessas epístolas (sobretudo nas epistolas aos Efésios e aos Colossenses, que
têm o mesmo plano), São Paulo trata do "mistério do Cristo na Igreja", e junta, em uma
segunda parte, uma série de conselhos morais dirigidos aos fiéis que vivem a nova vida de
Jesus Cristo. A Epístola aos Filipenses, que tem um caráter mais pessoal, é notável pelas
múltiplas expressões de alegria que contém. Quanto a Epistola a Filêmon, é mais um bilhete
que uma carta, e dirige-se a um rico cristão de Colossos, cujo escravo fugitivo viera buscar
proteção junto ao apóstolo. Este implora do senhor irritado o perdão para o escravo
arrependido.
EFÉSIOS
1 - São Paulo saúda os efésios com muita alegria e fala do plano de Deus que predestinou a
todos sermos filhos através do Filho, Jesus Cristo e fala que através Dele, nós fomos
redimidos e obtivemos a remissão dos pecados e ainda através Dele recebemos o Espírito
Santo, pelo qual fomos selados e aguardamos a completa redenção. Enfatiza o desejo do Pai
de reunir todas as coisas, as da terra e as do céu em Jesus Cristo, o qual Ele constituiu chefe
supremo da Igreja que é o seu corpo.
2 - São Paulo relembra que em outro momento todos estavam mortos por causa do pecado,
mas graças a Jesus Cristo foram salvos mediante a fé. Ele enfatiza que a salvação é gratuita e
não meritória ou adquirida por boas obras para que não se gloriassem, mas esclarece que Deus
já os preparou de antemão para praticar as boas obras. E que quando não havia esperança de
Salvação para os gentios, eles eram considerados incircuncisos e que para eles não havia uma
promessa, eram tidos como distantes, agora em Jesus Cristo de dois povos ele fez um através
de sua cruz e que não existe mais judeu e nem grego, mas todos são um em Jesus Cristo, pois
ele é a nossa paz, do que era dividido ele fez um só povo para formar um único edifício
harmonioso no Senhor, um templo santo.
3 - São Paulo exprime que foi por graça de Deus que foi anunciado o mistério que acabou de
revelar, que os gentios também são co-herdeiros da mesma promessa de Jesus Cristo pelo
evangelho e com isso todos devem resistir firmes na fé e suportar os sofrimentos do tempo
presente para permanecerem fiéis, pois é essa fidelidade a Deus nos sofrimentos que se
exprime a glória merecida.
4 - São Paulo afirma que há um só Senhor, uma só fé e um só batismo e que todos somos
filhos de um só Deus e Pai que atua em tudo e por meio de todos e que devem conservar a paz
e o vínculo da unidade que o Espírito os concedeu para que assim cada um seja solícito e
suportem-se mutuamente na caridade. Ele também destaca os cargos constituídos por Deus na
Igreja, desde apóstolos, profetas, evangelistas, pastores, doutores, tudo isso para a edificação
dos cristãos e crescimento do corpo de Cristo para que sejam firmes na fé e cada vez mais
convictos e não sejam agitados por qualquer vento de doutrina, e que possam se renovar cada
vez mais constantemente se despojando do homem velho e se revestindo do homem novo
cheio do Espírito de Deus.
5 - São Paulo instrui que a comunidade não viva segundo a carne e a devassidão dos pecados,
libertinagens, impurezas, fornicação etc., e orienta que todos pratiquem o que é agradável ao
Senhor e que vivam como filhos da luz conforme a vontade de Deus, ele conclui falando do
amor entre Cristo e a Igreja e pede que os maridos e as esposas imitem o mesmo amor que
Cristo tem por sua Igreja e a submissão que a Igreja tem por Cristo vivendo no amor e para o
amor.
6 - São Paulo pede aos filhos que em tudo obedeçam aos seus pais pois é um mandamento do
Senhor e recomenda aos pais que sejam solícitos aos filhos e não os constranjam, nem
briguem, mas os eduquem segundo a vontade do Senhor, também pede que os servos sejam
obedientes aos seus senhores pois neles é representado a figura de Deus e pede aos senhores
que tratem a todos com respeito, dignidade e sem ameaças, pois não há distinção entre servos
e senhores para Deus, todos são filhos de Deus e por fim são Paulo recorda que todos são
irmãos e devem se revestir das armaduras de Deus, vigiar e combater o mal e rezar também
por ele e por todos os cristãos.
FILIPENSES
1 - São Paulo juntamente com Timóteo escreve a comunidade de Filipos e saúda também os
Bispos e diáconos que lá existem. Ele muito se alegra ao rezar por eles e dar graças por ouvir
bons testemunhos da caridade crescente dentre eles e comunica que muitos estão recobrando
novo vigor e entusiasmo no anúncio do evangelho por toda a parte por saberem da prisão de
Paulo por causa do anúncio do evangelho. Embora alguns também estejam anunciando por
inveja, intriga e para gerar discórdia e aumentar os sofrimentos de Paulo na prisão, mas outros
o fazer na melhor boa vontade. Isso para Paulo pouco importa contanto que não parem de
anunciar a boa nova de Jesus Cristo. Ele diz que morrer era melhor pois estaria com Deus, mas
prefere continuar vivendo por causa de todos que ainda precisam ouvir falar de Jesus Cristo.
2 - São Paulo orienta a todos da comunidade a seguir em união, visando o bem estar de todos e
não os próprios, praticando as boas obras e vivendo conforme a vontade de Deus comunica
que logo enviará Timóteo para permanecer na comunidade e que será o informante dele, pois
tem muita estima por Timóteo e sabe da fidelidade que ele tem a si, mas que antes enviava
Epafrodito devido a problemas de saúde e também por ele está com muita saudade de Filipos,
pois ele estava muito preocupado com a saúde como Paulo também ficara e estando entre eles,
tinha a certeza que ficaria bem.
3 - São Paulo adverte a comunidade para terem cuidado com os charlatães mutilados que
tentam enganar o povo e desviar a comunidade, pois eles vivem segundo a carne-lei, que para
são Paulo a verdadeira circuncisão é deixar-se guiar pelo Espírito Santo e renunciar às obras
do mundo, contudo ele diz que se tais pessoas se gloriam na carne segundo o mundo, muito
mais ele é exemplo devido à carreira que seguiu como fariseu e discípulo de fariseu entre
outros cargos de destaque com privilégio irrepreensível, porém ele considera tudo isso como
esterco e anseia unicamente o poder de Deus e sua Salvação que não ainda conquistou, pois se
conquista aos poucos para ressuscitar.
4 - São Paulo orienta as lideranças de Filipos a permanecerem firmes no Senhor e que vivam
em paz, também que pratiquem todas as boas obras que aprenderam no convívio com Paulo e
viram-no praticando, concluindo a carta ele agradece por Filipos ter sido a única comunidade
solícita a ele nas suas necessidades, nunca terem deixado ele faltar nada, mesmo que ele tenha
aprendido a viver na penúria e abundância e agradece também a oferta enviada a ele através de
Epafrodito e que sempre Deus proverá as necessidades deles e que nunca cessassem de
apresentar a Deus suas necessidades.
COLOSSENCES
1 - São Paulo saúda a comunidade de Colossos e se alegra por ter ouvido falar muito bem por
meio de Epafras, do amor com que o Espírito anima a comunidade, a sua tamanha fé e
também por se destacarem na caridade com os irmãos. Ele constantemente reza pelos
colossenses pedindo para eles a Deus sabedoria e conhecimento pleno da vontade Dele para
que eles cumpram e suportem as dificuldades permanecendo fieis. Ele também fala de Cristo
como primogênito de toda a criação e que tudo que existe foi feito por meio Dele e para Ele e
que também foi redimido e salvo graças a Ele para a nossa salvação da qual também Ele foi o
primeiro a ressuscitar, por isso é a cabeça do corpo que é a Igreja e assim tornar todos santos e
imaculados através de si, do qual são Paulo sente orgulho em ter a missão de anunciar este
Evangelho de Jesus Cristo que pra ele é honra e necessidade de Salvação.
2 - São Paulo comunica do combate que sustenta por amor da comunidade e para que eles
sejam reconfortados, permaneçam firmes e enraizados na fé que ele anunciou que tomem
cuidado com falsas doutrinas e falsos discursos cheios de sofismas que têm como único
objetivo agradar aos ouvidos e seduzir para afastar de Cristo no qual habita toda a plenitude da
divindade e que ao morrer na cruz aboliu o documento que existia contra todos nós. São Paulo
também orienta sobre a relatividade das comidas e bebidas, do sábado e luas novas, pois isso
tudo já tinha passado e era sombra do que viria, e novamente reforça para não se deixar
seduzir por discursos eloquentes, humildade, culto dos anjos e visões cheias de orgulho ou
qualquer outra coisa que os levassem a separar o corpo da Cabeça e os afastassem.
3 - São Paulo orienta que todos busquem as coisas do alto, pois todos ressuscitaram com
Cristo através do batismo e devem mortificar seus membros em busca da perfeição, se
afastando de todo tipo de pecado, imperfeições, maldades e vícios que não são
comportamentos de filhos de Deus e da Luz, mas das trevas, e que todos devem se revestir do
homem novo conforme Cristo até chegarem à perfeição total. Também orienta as mulheres
serem submissas aos maridos, os maridos amarem suas esposas, os filhos obedecerem aos
pais, e os pais não irritar os filhos e os servos serem obedientes aos senhores não por vaidade,
mas para serem perfeitos e alerta aos senhores que sejam justos, pois se forem injustos
pagarão o preço da injustiça diante de Deus, pois não haverá distinção entre as pessoas.
4 - São Paulo encerra a carta aos colossenses recomendando a perseverança e a vigilância na
oração e pede que também rezem por eles para que continuem propagando os mistérios de
Cristo, apesar de estarem presos por causa Dele. Envia Tíquico e Onésimo para continuar a
missão iniciada por ele, consolarem os corações e manter a comunidade informada. São Paulo
conclui saudando a comunidade e mandando saudações dos que estão com ele na prisão e
manda a carta também ser lida em Laodicéia e a de Laodicéia ser lida na comunidade.
FILÊMON
1 - São Paulo demonstra muita satisfação com a tamanha fé dele e sua grandiosa caridade que
tem feito aos demais irmãos e pede que ele receba de volta Onésimo, um escravo dele, que
tinha sido preso por mau comportamento e que ele recebesse não mais como escravo, mas
irmão no Senhor pede também que Filêmon perdoe as transgressões por Onésimo cometidas e
qualquer dívida que haja, o próprio Paulo pagará.
As epistolas chamadas "pastorais" - duas a Timóteo, uma a Tito - foram escritas fora
do quadro que nos oferece a narração dos Atos dos Apóstolos. Elas devem ser situadas durante
as últimas viagens que fez o apóstolo, depois de sua provável libertação em 62.
TIMÓTEO, oriundo de Listra, na Licaonia, é filho de pai grego e de mãejudia. É
discípulo de Paulo e seu companheiro de viagem. A seguir é colocadoà frente da comunidade
de Éfeso. A Primeira a Timóteo é uma carta que visaa lembrar conselhos já recebidos e propor
um programa de vida concernente aoshomens, às mulheres, aos bispos e aos diáconos (é o
primeiro índice histórico quetemos de uma hierarquia na Igreja). Depois de ter combatido uma
falsa concepção de mortificação, ele dá enfim conselhos sobre o procedimento a ser
mantidocom as diversas categorias de fiéis: as viúvas, os anciãos, os escravos.
1ª TIMÓTEO
1 - São Paulo escreve a Timóteo lembrando a recomendação que ele permanecesse em Éfeso
para evitar que pessoas extravagantes pervertessem a comunidade com doutrinas estranhas que
as fizessem acreditar em fábulas, genealogias e tudo mais, tais coisas só servem para gerar
disputas. A recomendação foi dada para estabelecer a caridade nascida de um coração puro, de
uma boa consciência e de uma fé sincera. Contudo, São Paulo afirma que alguns se
entregaram ao discurso vão apartando-se da recomendação dada. São Paulo também afirma
que a lei foi feita para os transgressores, pecadores, ímpios e demais que se opunham ao
Evangelho. Ele dar graças a Deus por ter sido chamado ao ministério que exerce e que antes
era um blasfemo transgressor e perseguidor do Evangelho, mas que através de Jesus Cristo
que deu a sua vida para salvar os pecadores do qual ele é o primeiro salvo e glorifica a Deus
por isso, por fim recomenda a Timóteo que se lembre das profecias a respeito dele e que ele
sustenta o combate nelas diferente de outros como Himeneu e Alexandre que foram entregues
por São Paulo a Satanás por blasfemarem.
2 - São Paulo recomenda a Timóteo que todos dirijam ergam os braços para o céu e orem por
todas as autoridades constituídas, lhes sejam submissos e obedientes para que todos vivam em
paz e harmonia, piedade e honestidade, pois isso é bom e agradável a Deus. Ele pede também
que os homens orem todos os dias superando todo ódio e ressentimento, por fim orienta às
mulheres que se portem com modéstia, sobriedade e piedade, se vistam de boas obras e
caridade, sejam submissas a seus maridos e ouçam as instruções em silêncio, pois elas não
podem ensinar, apenas os homens, devem elas se santificarem no trabalho diário de casa.
3 - São Paulo continua as recomendações a Timóteo que os que aspiram ao episcopado devem
ser irrepreensíveis, casado uma só vez e de comportamento exemplar, etc., pois se não
administra bem a sua própria casa como poderia administrar bem a Igreja de Deus que é um
templo vivo. Também recomenda que os diáconos não sejam de bebedeiras, casados uma só
vez e de bom testemunho, pois estes receberão de Deus altos dons, também recomenda às
mulheres que sejam honestas, não difamadoras, mas sóbrias e fiéis em tudo, além dessas
recomendações ele também expressa o desejo de visitar Timóteo muito em breve.
4 - São Paulo fala também a Timóteo que o Espírito diz expressamente que nos tempos
vindouros alguns irão apostatar da fé dando ouvidos a espíritos embusteiros e doutrinas
diabólicas, de hipócritas e impostores, que proíbem o casamento e outros alimentos que Deus
criou para serem tomados em ação de graças, tudo que Deus fez é bom e não faz mal, nem é
reprovável quando se usa com ação de graças, pois se torna santificado pela palavra de Deus e
oração. Ele pede também que Timóteo não permite ser desprezado por ninguém por ser jovem,
mas que ele se torne modelo de falar, de viver, de fé, caridade e castidade e pede que enquanto
ele não chegar, ele se aplique a leitura e não negligencie o carisma que está nele e foi dado por
profecia quando os anciãos em assembleia impuseram as mãos sobre ele.
5 - São Paulo recomenda a Timóteo que repreenda os anciãos como a pais, às mulheres de
idade como a mães, aos moços e às jovens como a irmãos e orienta a forma que ele deve tratar
as viúvas distinguindo entre as viúvas que são realmente viúvas, de idade e as viúvas jovens.
Onde ele orienta que a comunidade assuma a assistência/caridade às viúvas de idade que são
piedosas, que casaram uma só vez, que não possuem família, tem bom testemunho na
comunidade, vida de fé e oração que tem serviços prestados na comunidade através da
educação dos filhos e o serviço aos santos na comunidade e recomenda que as viúvas jovens
sejam mantidas por seus familiares, pois é comum que elas queiram casar outra vez abrasadas
pela paixão e também se tornam curiosas, indiscretas, falando coisas que não devem e exprime
que deseja que elas se casem uma segunda vez e assuma os deveres de mãe e do lar. Se
alguém tem uma viúva em casa, São Paulo recomenda que deem a assistência para não
tornarem-se um peso para a Igreja e ela cuidar das viúvas que realmente precisam. Faz
recomendação também a respeito que os presbíteros devem receber duplo salário, e não se
deve receber qualquer denúncia, apenas as com três testemunhas e as correções devem ser
feitas em público para que os outros também se atemorizem e não caia no mesmo erro.
6 - Os servos devem considerar seus senhores dignos de toda honra para que não sejam
caluniados o nome de Deus e sua doutrina, principalmente se o senhor for um irmão, não o
menospreze, mas sirvam-no melhor ainda pelo fato deles serem fiéis amados de Deus. São
Paulo faz um alerta para as práticas de piedade interesseiras, pois ele diz que toda piedade
deve ser desinteressada e afastada dos vícios dos pecados, pois a piedade é uma grande fonte
de lucro, mas quando acompanhada de espírito de desprendimento e afirma que por causa da
cobiça alguns se desviaram da fé e passaram muitas aflições. São Paulo conclui exortando
Timóteo a se empenhar na prática da fé, fugir dos vícios e dos pecados e procurar viver a
caridade, a paciência e a mansidão e relembra a nobre profissão de fé que ele fez publicamente
e que seja fiel ao seu ministério sem se desviar, recomenda aos ricos que tenham apenas em
Deus sua riqueza e não nos bens materiais e que enriqueçam em boas obras praticando o bem.
Por fim, exorta Timóteo a evitar conversas frívolas e mundanas.
2ª TIMÓTEO
1 - São Paulo saúda Timóteo e recorda à fé sincera de sua avó Lóide, da sua mãe Eunice e que
afirma também habitar nele. Com isso exorta Timóteo a ser fiel ao ministério que recebeu
através de suas mãos, que ele tome como modelo os ensinamentos que recebeu sobre a fé e o
amor a Jesus Cristo para uma vida de santidade autêntica, não por causa das boas obras, mas
em virtude dos desígnios de Deus e da sua graça que desde a eternidade destinou Jesus Cristo.
Ele também lamenta ter sido abandonado por todos da Ásia, dentre eles, Figelo e Hermógenes
e que somente Onesíforo por misericórdia de Deus foi quem o consolou e não o abandonou
quando estava preso, ao contrário, foi o visitar na prisão e não teve vergonha de suas cadeias.
2 - São Paulo exorta Timóteo a progredir na graça de Deus e na fidelidade mesmo em meio às
dificuldades do ministério, pois será assim que se alcança a salvação eterna e dá o exemplo de
Jesus que permaneceu fiel até a morte e foi ressuscitado por causa de sua fidelidade. Ele
também dá o próprio exemplo por estar preso por causa de Cristo, mas afirma que o evangelho
ninguém consegue acorrentar, pois tudo deve ser suportado por amor dos escolhidos para que
alcancem a glória eterna. Orienta Timóteo a se afastar de conversas frívolas e mundanas, pois
foi assim que Himeneu e Fileto se desviaram da verdade dizendo que a ressurreição já havia
acontecido. São Paulo orienta Timóteo a perseverar até o fim, se conservando puro, íntegro,
distante das falsas doutrinas para se tornar um utensílio nobre diante de Deus que rejeita as
discussões tolas e absurdas, que corrige os adversários com paciência e condescendência na
esperança que Deus conceda a eles o arrependimento e o conhecimento da verdade.
3 - São Paulo orienta Timóteo sobre o que irá acontecer no futuro, que muitas pessoas vão
abandonar a fé e se entregar às paixões desordenadas vivendo mergulhadas em todo tipo de
pecado e entregue aos vícios mundanos e que ele deve se afastar desse tipo de gente e evitar,
para não se perder como tantos outros que se perderam. Ele recomenda que Timóteo siga seu
exemplo e testemunho de fé e fidelidade a Jesus suportando tudo e permanecendo fiel em
meio às perseguições e tribulações e que ele se guie pelas Sagradas Escrituras que instrui aos
bons costumes, dá sabedoria e conduz a salvação de Jesus Cristo.
4 - São Paulo conclui sua carta a Timóteo ordenando que ele seja fiel ao ministério, se dedique
a pregação totalmente em tudo que for oportuno e também importunamente para que em tudo
que estiver ao alcance dele para a glória de Deus, ele faça para consagrar o ministério dele,
mesmo que seja necessário dar a vida. Ao falar de si, comunica a Timóteo que está prestes a
ser morto, mas que mantém fidedigno a missão que recebeu e que tem a certeza que está
reservada a coroa da justiça para ele que aguarda com amor a aparição do Senhor Justojuiz.
São Paulo encerra pedindo que Timóteo venha ao encontro dele o mais rápido possível, pois
Demas o abandonou por amor às coisas do século e foi para Tessalônica, Crescente para a
Galácia, Tito para a Dalmácia, Tíquico enviou para Éfeso e somente Lucas permanece com ele
e pede que também Timóteo traga Marcos. São Paulo finda falando dos sofrimentos que está
passando sendo tratado mal por Alexandre o ferreiro que se opôs a pregação, falou que na
primeira defesa ninguém o assistiu, mas mesmo em meio a esses sofrimentos, Deus
permaneceu com ele dando-lhe forças.
TITO é também um grego, colaborador de Paulo. Este lhe escreve para lhe dar
conselhos sobre a organização das comunidades da ilha de Creta. Esses conselhos são
semelhantes aos da Primeira Epístola a Timóteo. Enfim, a Segunda a Timóteo é uma carta em
que o apóstolo, novamente prisioneiro e pressentindo já o martírio, dá aos seus discípulos suas
últimas recomendações. É quase um adeus; tudo respira uma profunda emoção nessa carta.
TITO
1 - São Paulo cumprimenta Tito e recomenda a ele escolher anciãos de boa conduta, casado
uma só vez e que tenham filhos com boa reputação e que não sejam insubordinados. Para
serem bispos, devem ser prudentes, homens santos, irrepreensíveis, mansos, fiéis a doutrina e
bons administradores. São Paulo também alerta Tito para ter cuidado com os vícios dos
cretenses, pois entre eles estão surgindo muitos charlatães e sedutores para desviar e confundir
o povo de Deus e a maioria deles é dos circuncidados, pois são mentirosos, preguiçosos e
enganadores. São Paulo recomenda que Tito os advirta para eles permanecerem firmes na fé e
fiéis a verdade, pois quem é puro ver as coisas todas puras e quem é impuro ver tudo como
impuro.
2 - São Paulo recomenda que Tito se porte na instrução aos fiéis de acordo com a Sã doutrina,
que os homens de mais idade sejam, íntegros, honestos, fortes na fé, na caridade e na
paciência, exemplos e modelos para os mais novos, as mulheres sejam bondosas, não sejam
maldizentes, nem intemperantes, mestras do bom conselho, ensinem as mais novas serem fiéis
os seus maridos, submissas, a cuidarem da casa, ser castas, cuidarem de seus filhos, que os
moços sejam modelo de bom comportamento vivendo conforme a integridade da doutrina,
gravidade, linguagem sã e irrepreensível para que ninguém tenha nada a reclamar de nós, aos
servos sejam obedientes e submissos aos seus senhores procurando em tudo os agradar-lhes, e
evitar reclamações para que por toda a doutrina seja respeitada. São Paulo acrescenta ainda
que a graça de Deus veio para nos ensinar a renunciar a impiedade e as paixões mundanas e a
viver nesse mundo com toda a sobriedade, justiça e piedade, se portando assim fala a Tito que
Deus nos constitui seu povo de predileção, por isso é isso que ele deve ensinar, pregar e
defender com toda autoridade.
3 - São Paulo orienta Tito que admoeste a todos que respeitem e sejam submissos aos
magistrados e às autoridades, que sejam obedientes e prontos para qualquer obra boa, e
lembra-lhe que um dia também eles foram desordeiros, entregues as paixões mundanas e não
conheciam a graça de Deus. E hoje conhecem, não por causa de boas obras ou algum
testemunho de caridade, mas por pura misericórdia de Deus, que os salvou mediante o batismo
de profusão e regeneração, que possibilitou uma esperança viva na eternidade. São Paulo
reafirma a certeza da doutrina que ensina e manda que ele repasse para todos que desejam
crescer em boas obras e recomenda que Tito não perca tempo com quem estimula divisões
mesmo depois de ser advertido e corrigido mais de duas vezes, pois esses tais não querem
abandonar o pecado, são vãos e inúteis. Conclui dizendo que enviará Ártemas e Tíquico para o
local onde Tito está e pede que Tito venha ao encontro dele em Nicópolis e que prepare a
viagem do Jurista Zenas e Apolo de modo que nada lhes faltem. É desejo também do coração
de Paulo que os dele aprendam a se dedicar as boas obras de modo que não fiquem
infrutuosos. Finaliza saudando Tito juntamente com todos que o acompanham.
A Epistola aos Hebreus deve ser mencionada à parte. Embora reflita as ideias mestras
de São Paulo, ela não parece, entretanto ter sido escrita por sua mão, tão diferente é o seu
estilo das outras.
A carta é dirigida a uma parte dos judeus convertidos que sofriam por terem de
abandonar o culto do templo e da sinagoga, ao se tornarem cristãos. A Epístola aos Hebreus
estabelece, mediante uma sólida argumentação, partindo da lei de Moisés, que o Evangelho
não somente contém toda a substância do culto israelita, mas que também é a realização
efetiva daquilo que esse culto só possuía em imagem: 1) Jesus é Filho na casa de Deus, onde
Moisés não passava de servo (cap. I a 4); 2) Jesus foi um sacerdote maior que Aarão (cap. 5);
3) Jesus é maior que Melquisedeque (cap. 6 e 7); 4) O céu em que Jesus nos introduz é
incomparável ao templo do antigo culto (cap. 8); 5) Jesus, oferecendo-se a Deus em seu
sacrifício sangrento, torna inúteis todos os sacrifícios do culto mosaico (cap. 9 e 10; 6) Os
heróis do Antigo Testamento não obtiveram de Deus o cumprimento de todas as promessas
(cap. 11); nós é que seremos os verdadeiros beneficiários dessas promessas, contanto que
sigamos as pisadas de Jesus (cap. 12).
HEBREUS
1 - O autor afirma que de diversos modos Deus falou ao povo-nossos pais através dos profetas,
e ultimamente enviou o próprio filho para nos falar diretamente e nos chamar a conversão e
conferir a salvação, ele que é maior do que todos os anjos e está sentado à direita do Pai e o
que foi falado Dele e para Ele nunca nenhum anjo ouviu ou se iguala.
2 - Deve ter atenção a Palavra que foi anunciada, pois foi primeiro anunciada aos apóstolos
com comprovação, ou seja, testemunhada com milagres e prodígios através da ação do
Espírito Santo e o anúncio deve continuar o mesmo. Fala que colocou Jesus abaixo dos anjos
por um tempo para que através de sua paixão, morte e ressurreição pudessem fazer de si e dos
que salvou uma única coisa, como um único corpo, e chamar a todos de irmãos, concedendo
sua graça através da sua morte para livrar aqueles que estavam sujeitos a morte e tinham medo
dela.
3 - O construtor é maior que a construção, e toda a construção contém o construtor, Jesus é
maior do que Moisés, Moisés conduziu seu povo pelo poder de Deus no deserto e todo o povo
testemunharam durante quarenta anos os prodígios e milagres, mas não puderam entrar na
terra prometida por que endureceram o coração e deixaram de ouvir a voz de Deus, Jesus é
nosso construtor, e nós devemos manter a fé e não perder a confiança na ação de Deus para
que assim adentremos ao seu descanso/céu.
4 - No sétimo dia da criação Deus descansou e todo o povo de Israel foi convidado para
adentrar naquele descanso ao passar pelo deserto sendo conduzido por Moisés, mas por falta
de confiança e fé em Deus, endureceram o coração e não foram aceitos no descanso de Deus,
mas através da descendência de Davi, Deus preparou um novo povo que se mantenha firme na
fé para adentrar nesse descanso, num novo dia, num novo hoje, do qual Jesus é o sumo-
sacerdote capaz de se compadecer das nossas fraquezas, dores e sofrimentos, pois ele sofreu
tudo e experimentou tudo, exceto o pecado, por isso não devemos perder a fé, ela é
indispensável para adentrar no descanso preparado por Deus.
5 - Jesus é o pontífice escolhido dentre os homens para em favor dos homens oferecer dons e
sacrifícios em expiação pelos pecados, mesmo sendo filho de Deus, aprendeu a obedecer
através dos sofrimentos que passou. Nos últimos dias de seu dia terrestre dirigiu preces e
súplicas com forte clamor e lágrimas Àquele que poderia livrá-lo da morte e foi atendido por
causa de sua obediência e se tornou causa de salvação para todos os que Nele crerem. O autor
relata também que devido o tempo de conhecimento da palavra, os hebreus já eram para serem
mestres espirituais, mas ainda não conseguem comer alimento sólido, e precisam ainda tomar
a palavra como se alimenta com leite.
6 - O autor fala da doutrina, dos batismos, e tantas outras coisas referentes a fé e relata alguns
que fizeram uma experiência verdadeira com Deus, onde puderam testemunhar milagres e
prodígios, a intervenção de Deus em suas vidas, mas mesmo assim abandonaram este
caminho, a fé, a doutrina, crucificando assim mais uma vez Jesus Cristo. Com isso ele relata
da importância de manter firme a esperança e a fé confiando na promessa e imitando aqueles
que testemunharam, pois todo aquele que permanece fiel na esperança alcança a realização da
promessa, pois Deus não pode desdizer-se.
7 - Melquisedeque, rei de Salém, possui um sacerdócio eterno, por ele não ter pai e nem mãe,
genealogia ou origem, nem nascimento, e muito menos data de morte, devido a isso se entende
que ele vive. O sacerdócio de Melquisedeque é maior que o sacerdócio dos filhos de Levi,
pois eles eram muitos e morriam, e também Abraão oferece o dízimo de seus despojos a
Melquisedeque para ele oferecer sacrifício, isso também, demonstra a grandiosidade do seu
sacerdócio, pois até Abraão precisou dele para oferecer seus sacrifícios e receber a benção,
pois a benção é concedida ao menor pelo maior. Com isso Jesus possui um sacerdócio eterno e
maior que o da tribo de Levi e também o de Melquisedeque, pois ele se oferece uma vez por
todas para a salvação de todos, um sacrifício eterno e que não se repete, por ser santo, puro,
imaculado e perfeito.
8 - Existe um sumo sacerdote sentado à direita do trono da majestade divina no céu, ministro
do santuário e do verdadeiro tabernáculo feito pelo Senhor e não por homens, ele foi
constituído pontífice para oferecer dons e sacrifícios, e se ele estivesse na terra, não seria
sacerdote, pois o sacerdócio que existia aqui era apenas uma sombra das realidades celestiais
reveladas a Moisés, porém, Cristo é o verdadeiro e sumo-sacerdote que compete um ministério
mais perfeito, santo e eterno, pois ele é mediador de uma nova aliança, melhor que a primeira
e verdadeiramente perfeita, pois se ele é mediador de uma nova aliança, é que a primeira está
antiquada, fadada a desaparecer, possui defeitos e está envelhecida.
9 - No santuário existia uma tenda chamada Santo, nela ficava o candelabro e a mesa com os
pães da proposição, atrás do segundo véu ficava o Santo dos Santos, aí se encontrava o altar de
ouro para os perfumes e a Arca Da Aliança coberta de ouro e dentro existia o Maná, a Vara de
Aarão que floresceu e as Tábuas da Aliança, e acima dela os querubins voltados para o
propiciatório. Na primeira parte, o Santo sempre entra os sacerdotes constantemente para
desempenhar suas funções, porém na segunda, no Santo dos Santos, somente o Sumo-
Sacerdote entra uma vez no ano, com o sangue da vítima nas mãos para oferecer pelos seus
pecados e pelos pecados dos outros. Jesus é o Sumo-Sacerdote eterno que não entra em um
santuário construído por mãos humanas, nem é escolhido por homens, nem entra com sangue
de vítimas, mas Ele próprio se oferece uma única vez para salvar a todos, oferecendo a si
mesmo, pois se o sangue de carneiros e as cinzas de touros aspergidas sobre o povo
purificavam o corpo naquele ano, o sangue de Cristo purifica a alma de todo pecado e introduz
no santuário celeste. Por isso Ele é mediador do Novo Testamento, pois por sua morte, ele
expiou os pecados cometidos no decorrer do Primeiro Testamento para que os eleitos recebam
a herança eterna que lhes foi prometida. Todo testamento só entra em vigor após a morte do
seu testador, então para que o Primeiro Testamento dê lugar ao Novo Testamento mediado por
Jesus, é necessário que seu testador, Jesus, morra para o Novo Testamento entrar em vigor,
pois enquanto Ele estiver vivo, o Testamento não tem efeito. Mesmo Moisés depois de
anunciar o Primeiro Testamento, precisou fazer sacrifícios de cabritos e touros e aspergir o
testamento, e todo o povo com o sangue das vítimas imoladas. Cristo, porém, por ser Sumo E
Eterno Sacerdote, não precisa repetir sacrifício e entrar diversas vezes, mas apenas uma e
permanece diante de Deus como intercessor nosso e virá uma segunda vez não por causa do
pecado, mas para trazer a salvação aqueles que o esperam.
10 - A lei é apenas sombra dos bens vindouros e os sacrifícios não apagam os pecados, pelo
contrário, renova a cada ano a memória do pecado, pois Deus não aceitou ofertas e nem
vítimas para remissão dos pecados, apenas o sacrifício de Cristo perdoa os pecados, pois ele
fez um sacrifício eterno, puro e santo uma vez por todas e subiu aos céus onde está sentado à
direita de Deus. Ele abriu um caminho novo para a salvação através do seu sangue e dele todos
aguardam o grande dia do seu retorno. Para quem conheceu a verdade fazendo sua
experiência, e abandonar voluntariamente, não há mais possibilidade de expiação desse
pecado, irá pagar o preço de ter abandonado a verdade sendo julgado e punido por isso.
Contudo aos que foram iluminados e suportam desde o início sofrimentos, e todo tipo de
humilhações permaneçam firmes e fiéis naquilo que vocês aderiram através da fé e que sabem
que é mais valioso que qualquer outro bem ou tesouro, pois nada de valioso se compara com
os bens vindouros.
11 - A fé é fundamento da esperança, a certeza a respeito do que não se vê em toda a história
da salvação a fé foi a base e o fundamento para o êxito dos heróis do antigo testamento, desde
Abel que ofereceu um sacrifício melhor que o de Caim até o Rei Davi, Samuel e os profetas e
tantos outros que lutaram e deram a vida pelo Senhor, tornando-se mártires na firme esperança
do que lhe assegurava a fé.
12 - Corramos ao encontro com o olhar fixo no autor e consumidor da nossa fé, Jesus. Da
mesma forma que possuímos pais na terra que nos corrigem e educam à sua medida para uma
vida passageira aqui na terra, temos muito maior um Pai no Céu que nos corrige para nos
comunicar a sua eternidade e santidade, se nós submetemos aos pais da terra nessa vida
passageira, muito ganhamos nos submetendo ao do Céu. Procurai a paz com todos e a
santidade sem a qual ninguém pode ver o Senhor, ficarem alerta para não deixar passar a graça
de Deus como Esaú que vendeu o direito à primogenitura por um prato de comida e mesmo
assim queria ainda receber a benção. Vós vos aproximastes da assembleia dos santos, da
montanha de Sião, das miríades dos anjos, das almas dos justos que chegaram à perfeição,
guardai-vos de recusar ouvir Aquele que fala.
13 - O autor exorta aos hebreus que vivam a caridade fraterna, a hospitalidade e todo tipo de
generosidade para com os mais necessitados. Lembra que os sacrifícios eram costume serem
realizados fora da entrada e que os sacerdotes adentravam com o sangue dos animais imolados
no santuário, da mesma forma Cristo quis como vítima seguir à risca no seu sacrifício de
expiação, fora da entrada. Ele conclui lembrando-se dos dirigentes que pregaram a palavra e
manda imitar a fé, recordando principalmente da ressurreição de Jesus Cristo, que devem rezar
uns pelos outros e que aceitem de bom grado as exortações.