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Bom, fazendo uma rápida introdução ao meu trabalho. Iniciando pelo contexto da pesquisa.

Como já dito no título do meu trabalho, meu material de pesquisa é a união de aço carbono e
cobre eletrolítico. E o que esta união implica?

Implica que, por se tratar de dois materiais metálicos diferentes, teremos, portanto, dois
potenciais galvânicos distintos e característicos de cada metal. Isso fara que, quando em contato
em meio condutor, o material mais anódico seja atacado.

Em outras palavras, cada um destes metais apresenta uma força eletro potencial dissimilar, que
por consequência gerara uma força eletromotriz a partir da diferença de potencial, fazendo com
que a troca de elétrons acelere o ataque ao membro anódico e proteja o membro catódico – que
é a situação da pilha galvânica que estamos habituados desde o ensino médio.
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Então o contexto é este: a existência de corrosão galvânica quando unimos metais distintos.
Apresentado isto, apresento então a minha hipótese de pesquisa:

Geralmente, e tradicionalmente, em projetos de engenharia de engenharia mecânica realizamos a


união de metais distintos por componentes que favorecem a passagem de elétrons, ou seja,
condutores como são as soldas metálicas e fixadores metálicos como rebites e parafusos, por
exemplo. E a hipótese de pesquisa se sustenta basicamente no “E SE...” unirmos metais distintos
por meio de materiais que os isolem eletricamente?

Portanto, como alternativa a este desafio, partimos de juntas unidas por fixadores metálicos
tradicionais (como demonstrado na figura à esquerda) e passamos a estudar a viabilidade de
utilização da junta representada na figura da direita, onde unimos as placas por um isolante
elétrico, que no presente estudo será adesivo estrutural.
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E o que justifica este estudo? Podemos citar alguns aspectos, como o aspecto econômico dos
custos de corrosão provenientes das problemáticas geradas por corrosões de componentes,
também os custos totais de produção, uma vez que conseguimos unir maiores áreas em menor
tempo e com menos mão de obra quando utilizado adesivo para realizar as uniões, temos
algumas vantagens teóricas como uma melhor transmissão de forças mecânicas nessas juntas,
assim como o isolamento elétrico e também um apelo de sustentabilidade, principalmente no
setor de transportes.

Adiantando parte da minha revisão bibliográfica para justificar meu tema, trago este infográfico
da 3M que demonstra a evolução da composição típica de automóveis. Vemos que em 1977
trabalhávamos na produção de carros majoritariamente compostos por aço convencional.
Atualmente já observamos a tendência desse cenário de trazer mais elementos leves e a
projeção para daqui 12 anos é uma distribuição praticamente igual entre componentes
metálicos pesados e materiais mais leves, como compósitos e polímeros. Com certeza nessa
evolução será de suma importância a utilização de adesivos tanto na união metal-metal quanto
na união de materiais de natureza distinta. E esse apelo se dá pela necessidade de redução de
emissão de gases poluentes, uma vez que diminuindo o peso, diminuímos o trabalho realizado
por motores e economizamos energia diminuindo emissões de gases.
A figura demonstra a formação dos produtos de corrosão sobre a superfície do ferro e cobre. O
produto é este que conseguimos enxergar com coloração alaranjada na figura da direita, após 130
dias de submersão. O produto é Fe2O3, produzido pela reação de oxidação do anodo de ferro e
que gera íons de Fe+2 que reagirão com as hidroxilas formadas no cátodo de cobre pela reação de
redução de oxigênio dissolvido na água destilada. Posteriormente, o Fe2O3 sofre redução do Fe+3
para Fe2+, produzindo o depósito negro de óxido ferroso depositado na superfície dos eletrodos.

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