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STJ mantem multa de R$3 milhões e revolta Deltan:

‘Onde está a Justiça?’


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Juliana Pimentel 9 de junho de 2023

Ex-procurador da Operação da Lava Jato mostrou revolta ao ser


condenado novamente a pagar por supostos gastos indevidos
com diárias e passagens de integrantes da ação em Curitiba

09/06/2023 15:26 | Atualizado 09/06/2023 15:26

Deltan Dallagnol. Foto: Pedro de Oliveira/ALEP


O ex-procurador e ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) manifestou
indignação e revolta com a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de manter sua
condenação em um processo que pede a restituição de valores gastos indevidamente
durante a Operação Lava-Jato.

“Mais uma bomba foi jogada em mim essa semana e agora também sobre a minha
família. Eu fico me perguntando onde está a Justiça nesse país? Eu estou revoltado”,
questionou em vídeo divulgado nas redes sociais na última quinta-feira (8).

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“Eles estão cobrando de mim o dinheiro gasto para a Lava Jato funcionar, o dinheiro de
diárias, passagens que foram pagas para outros procuradores virem toda semana
trabalhar em Curitiba e recuperar R$ 15 bilhões”, afirmou Deltan. “A parte política do
TCU quer acabar com o patrimônio de quem combateu a corrupção. Eles querem que
quem ousou combater a corrupção pague o preço nesse País, com seu mandato, com
seu patrimônio e com a vida da sua família”.

Em 2022, o Tribunal de Contas da União (TCU) condenou Dallagnol, o ex-procurador-


geral da República Rodrigo Janot e o ex-procurador-chefe do Ministério Público no
Paraná João Vicente Beraldo a ressarcirem R$ 2,8 milhões aos cofres públicos pelo
pagamento de diárias e passagens a integrantes da operação.

Desde 2020, o TCU investiga as despesas de integrantes da Operação Lava Jato. No


entanto, em junho do ano passado, o juiz da 6ª Vara Federal de Curitiba Augusto César
Pansini Gonçalves decidiu suspender o processo do Tribunal de Contas.

Na avaliação do magistrado, Deltan não foi o mandante dos gastos e não “arquitetou o
modelo de pagamentos das diárias e passagens dos colegas”. 

Pouco depois, o então presidente do STJ, ministro Humberto Martins, suspendeu a


decisão de Curitiba e deu prosseguimento ao processo no TCU. Martins entendeu que a
Justiça do Paraná havia ferido a autonomia do Tribunal.

Em agosto de 2022, Dallagnol  foi condenado pela 2ª Câmara Ordinária do TCU, que
observou “ato de gestão ilegítimo e antieconômico” na Lava Jato em Curitiba. Os
condenados teriam de pagar solidariamente R$ 2,8 milhões, bem como uma multa
individual de R$ 200 mil.

Já em dezembro do mesmo ano, a 6ª Vara Federal de Curitiba anulou o acórdão que


condenou Deltan, decisão confirmada no Tribunal Regional Federal da 4ª Região. Agora,
o Superior Tribunal de Justiça determinou manter o processo aberto no TCU, por 6 votos
a 5.

O julgamento aconteceu na quarta-feira (7). A Corte Especial do STJ analisava um


recurso da defesa do ex-deputado contra a decisão de Humberto Martins em junho de
2022. Os ministros mantiveram o entendimento anterior de que a Justiça do Paraná
violou a ordem pública ao suspender a ação do Tribunal de Contas.

Assista ao vídeo de Deltan:

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Watch Video At: https://youtu.be/8vZTGN3SZSc

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