Você está na página 1de 1

30/04/2020 SEI/TJ-TO - 3111962 - Manifestação

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO TOCANTINS


Quadra 103 Norte, Rua NO 07, Complemento N2 CJ 01 LT. 41 T 01C - Anexo III - CEP 77001032 - Palmas - TO - http://wwa.tjto.jus.br

PROCESSO 20.0.000001620-0
INTERESSADO GABCGJUS
ASSUNTO Manifestação ao evento 3027834

Manifestação

Versam os presentes autos acerca da implementação das determinações do Conselho Nacional de Justiça, que aprovou a Resolução nº 299/2019, a qual
dispõe sobre o sistema de garantia e direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência.

Por determinação do Exmo. Corregedor, Desembargador João Rigo, evento 3081627, os autos foram encaminhados a este subscritor para manifestação
referente ao item 6, inserido na Ata de Reunião (evento 3027834), qual seja: “manifestação acerca dos artigos 3º da Resolução 299/2019 (participação de
magistrados na concretização dos fluxos locais), artigo 6º (regulamentar a forma de compartilhamento de provas) e e art. 25 (observância estrita do direto da
criança e do adolescente vitima ou testemunha de ser ouvida por magistrado na forma do depoimento especial, registrada em estatística da CGJUS);”

É a síntese.

Pois bem, o art. 3º da Resolução 299/CNJ determina que:

“Os tribunais estaduais e federais deverão reconhecer como atividade inerente à função judicial, para efeito de produtividade, a participação de
magistrados na concretização dos fluxos locais de atendimento a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas, observando-se as peculiaridades locais” (grifei)

Para fins de atender ao disposto no dispositivo acima transcrito, sugiro a Vossa Excelência seja encaminhada à Comissão de Organização e Regimento
Judiciário – COROJ, minuta de alteração da Resolução 146/2018, com vistas a incluir, na aferição da produtividade dos magistrados, a participação dos Magistrados
na concretização dos fluxos locais de atendimento a crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas de violência.

Por seu turno, o art. 6º da Resolução nº 299/2019 estabelece:

“os tribunais estaduais e federais deverão regulamentar a forma de compartilhamento de provas entre distintas jurisdições que possam vir a tomar
decisões a partir dos mesmos fatos, notadamente varas criminais, de família, da infância e da juventude, evitando a necessidade de repetição da prova e causação
de violência institucional”. (grifei)

No que diz respeito ao âmbito de atuação desta Corregedoria Geral, sugiro a Vossa Excelência a alteração do Provimento nº. 20/2019-CGJUS, com vista a
nele consignar a forma de compartilhamento das provas entre as unidades judiciais de 1ª instância, o que encontra amparo no art. 372 do Código de Processo Civil.

Por fim, o art. 25 da Resolução 299/2019 dispõe que:

“Os tribunais estaduais e federais deverão velar pela estrita observância do direito de crianças e adolescentes vítimas ou testemunhas serem ouvidas por
magistrados na forma do depoimento especial, não se tratando de faculdade procedimental. Parágrafo único. A realização do depoimento especial deverá constar
das planilhas de atividades dos magistrados a serem encaminhadas às Corregedorias-Gerais de Justiça mensalmente para efeito de estatística.”

A propósito do tema, como atualmente não há movimento específico no sistema E-proc que identifique a realização de depoimento especial, no momento
não é possível aferir tais audiências nas planilhas de atividades dos magistrados.

Sendo assim, sugiro a Vossa Excelência o envio dos autos à GESTPU para que providencie, com a devida urgência, a disponibilização no sistema
E-proc de movimento específico de realização do depoimento especial, de forma que tais dados estejam disponíveis nas planilhas de atividades estatísticas
dos magistrados.

Por oportuno, manifesto minha ciência quanto à reunião designada no evento 3109688.

É a manifestação que por ora apresento, a qual submeto a apreciação do Exmo Corregedor.

Documento assinado eletronicamente por Cledson José Dias Nunes, Juiz Auxiliar, em 29/04/2020, às 13:05, conforme art. 1º, III, "b", da Lei 11.419/2006.

A autenticidade do documento pode ser conferida no link http://sei.tjto.jus.br/verifica/ informando o código verificador 3111962 e o código CRC 5A7904E1.

20.0.000001620-0 3111962v17

https://sei.tjto.jus.br/sei/controlador.php?acao=documento_imprimir_web&acao_origem=arvore_visualizar&id_documento=10000002700289&infr… 1/1

Você também pode gostar