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TJBA

PJe - Processo Judicial Eletrônico

01/08/2022

Número: 8000416-89.2022.8.05.0244
Classe: ALIMENTOS - LEI ESPECIAL Nº 5.478/68
Órgão julgador: 2ª V DOS FEITOS RELATIVOS AS RELAÇÕES DE CONSUMO, CÍVEIS ,
COMERCIAIS, CONSUMIDOR E FAZENDA PÚBLICA DE SENHOR DO BONFIM
Última distribuição : 08/04/2022
Valor da causa: R$ 1.063,00
Assuntos: Alimentos
Segredo de justiça? SIM
Justiça gratuita? SIM
Pedido de liminar ou antecipação de tutela? NÃO
Partes Procurador/Terceiro vinculado
LEIDEJANE DOS SANTOS SILVA (REPRESENTANTE)
GILDASIO LIMA DA SILVA (REU) JORGE LUIS AZEVEDO NUNES (ADVOGADO)
Ministério Público do Estado da Bahia (CUSTOS LEGIS)
Documentos
Id. Data da Documento Tipo
Assinatura
18294 21/02/2022 22:03 Cumprimento de Alimentos Petição
8309 provisórios.Prisão.LEIDEJANE DOS SANTOS SILVA
EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DE DIREITO DA 2ª VARA CÍVEL DA COMARCA
DE SENHOR DO BONFIM – ESTADO DA BAHIA.

Distribuição por dependência ao Processo nº 8001904-16.2021.8.05.0244


Alimentos
Cumprimento de Alimentos provisórios

MARIA LETÍCIA SANTOS LIMA, menor impúbere, nascida em 15/05/2019,


contando atualmente com 2 anos de idade; MARIA VITÓRIA SANTOS LIMA, menor
impúbere, nascida em 20/08/2014, contando atualmente com 7 anos de idade, ambas
devidamente representadas por sua genitora LEIDEJANE DOS SANTOS SILVA, brasileira,
casada, lavradora, portadora do RG nº 59.688.959-8 SSP-SP, inscrita no CPF nº 047.987.945-
11, residente na Rua Maria Quitéria, nº 210, Distrito de Igara, Senhor do Bonfim – Bahia, tel.:
(74) 99907-6836 / (74) 99103-7906, por meio da Defensora Pública que a esta subscreve,
regularmente constituída1 na forma da Lei Complementar Estadual nº. 26/2006 (Lei Orgânica
da Defensoria Pública do Estado da Bahia), vem, à presença de V. Exa., com fulcro no artigo
911 do Código de Processo Civil, requerer o

CUMPRIMENTO DA DECISÃO DE ALIMENTOS PROVISÓRIOS

de ID 154505858 - Decisão, em face de GILDÁSIO LIMA DA SILVA, brasileiro, casado,


portador do RG nº 58.711.0284, inscrito no CPF nº 858.681.335-44, filho de CLEIAUNI
MAIRA DE SOUZA SILVA e JOAO LIMA DA SILVA, com endereço residencial na Fazenda

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Art. 148 – Constituem prerrogativas dos Defensores Públicos: I – representar os sujeitos de direito,
destinatários das funções institucionais da Defensoria Pública ou a coletividade, em processo administrativo ou
judicial, independente de mandato, ressalvado os casos para os quais a lei exija poderes especiais; II – receber
intimação pessoal em qualquer processo administrativo ou judicial e em qualquer instância administrativa ou grau
de jurisdição, contando-se-lhe em dobro todos os prazos;
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Fone: (074)3541-9838

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Rancharia, S/N, Zona Rural de Senhor do Bonfim, próximo a uma casa derrubada, conforme
informações contidas na Certidão 167216021 - Devolução de Mandado (CERTIDÃO SR.
GILDÁZIO LIMA.pdf), pelos fatos a seguir:

I - DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

Requerem os benefícios da gratuidade da justiça na sua integralidade, com esteio nos


incisos I a IX, do §1º do art. 98, face sua insuficiência de recursos, não tendo a mínima
condição de arcar com o pagamento das custas, despesas processuais e os honorários
advocatícios, conforme reza o art. 98 e 99, do Código de Processo Civil, indicando a
Defensoria Pública do Estado da Bahia para o patrocínio da causa.

II - DOS FATOS

A autora ingressou com Ação de Alimentos, processo nº 8001904-16.2021.8.05.0244,


em face do do genitor, ora Executado, uma vez que o mesmo não vem contribuindo para o
sustento da Exequente.
Na decisão do ID 154505858 - Decisão no processo supramencionado fixou alimentos
provisórios em 30% (trinta por cento) do salário mínimo, com vencimento no dia 5º dia útil de
cada mês.
O requerido/executado foi citado e intimado da referida decisão no dia 15 de novembro
de 2021.
Sucede, entretanto, que o genitor, de forma recalcitrante, não vem realizando o
pagamento dos alimentos provisórios arbitrados.
Sendo assim, a Autora vem requerer que seja notificado o executado para que realize o
pagamento da verba alimentar em atraso, bem como realize o pagamento conforme
determinado na supramencionada Ação de Alimentos.

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III – DO DIREITO

DO PROCEDIMENTO DA COERÇÃO PESSOAL.

É importante explicitar que no processo civil pátrio não há diversas formas de execução
e sim distintos meios de coerção.
No caso em tela, para a cobrança das três últimas prestações alimentícias inadimplidas
que somam R$ 1.063,00 (mil e sessenta e três reais), o art. 528, parágrafos 3º, 4º, 5º, 6º e 7º, do
Código de Processo Civil prevê a execução por coerção pessoal.

Art. 528. No cumprimento de sentença que condene ao pagamento de


prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos,
o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado
pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez
ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo.
[...]
§ 3o Se o executado não pagar ou se a justificativa apresentada não
for aceita, o juiz, além de mandar protestar o pronunciamento judicial
na forma do § 1o, decretar-lhe-á a prisão pelo prazo de 1 (um) a 3
(três) meses.
§ 4o A prisão será cumprida em regime fechado, devendo o preso ficar
separado dos presos comuns.
§ 5o O cumprimento da pena não exime o executado do pagamento
das prestações vencidas e vincendas.
§ 6o Paga a prestação alimentícia, o juiz suspenderá o cumprimento
da ordem de prisão.
§ 7o O débito alimentar que autoriza a prisão civil do alimentante é o
que compreende até as 3 (três) prestações anteriores ao ajuizamento
da execução e as que se vencerem no curso do processo.
[...]

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Este meio de coerção se coaduna aos interesses do Exequente, uma vez que o Executado
que não vem adimplindo com sua obrigação voluntariamente, ver-se-á obrigado a pagar a
prestação alimentícia que lhe fora imposta, sob pena de possuir sua liberdade cerceada.
A possibilidade do uso desse meio de coerção pessoal é aplaudida na doutrina, inclusive,
pelos Iminentes doutrinadores Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart na obra Curso
de Processo Civil, Vol. 3, Execução, Editora Revista dos Tribunais, Vol. 7:

Conquanto se trate de meio violento à liberdade individual, a prisão


civil constitui mecanismo extremamente importante à execução dos
alimentos. Não deve haver preconceito em seu uso, uma vez que, além
de poder ser imprescindível para garantir manutenção básica e digna
ao alimentando, apenas pode ser utilizada quando o devedor
descumpre a sua obrigação de forma “voluntária e inescusável” ou,
em termos mais claros, quando possui dinheiro e, mesmo assim, deixa
de pagar os alimentos.

IV - DOS PEDIDOS

Ante o exposto, lastreado no artigo 528 do Código de Processo Civil, requer:

a) a distribuição por dependência ao processo nº 8001904-


16.2021.8.05.0244;

b) que o alimentante seja citado, na forma da lei, para que, no prazo de três dias,
efetue o pagamento do seu débito no importe de R$ 1.063,00, referente a prestação alimentar
provisória dos meses de Dezembro de 2021, Janeiro e Fevereiro de 2022, mais as parcelas
vincendas, a serem depositados na conta de titularidade da genitora, qual seja: Agência 228-3 e
Conta 47022-8, Banco do Brasil, sob pena de protesto do pronunciamento judicial e
decretação da prisão civil;

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c) a adoção dos procedimentos legais para a total satisfação do crédito do
credor;

d) a intimação pessoal do(a) representante do Ministério Público para


acompanhar o feito em todos os seus termos;

e) a condenação do requerido nas custas processuais e nos honorários


advocatícios de sucumbência, sendo que estes deverão ser revertidos à Defensoria Pública do
Estado da Bahia, “ex vi” o artigo 6º, inciso II2, da Lei Complementar Estadual nº 26/2006 (Lei
Orgânica da Defensoria Pública do Estado da Bahia), e depositados na conta corrente
n°.992831-6, agência n°.3832-6, Banco do Brasil S/A.

Dá-se à causa o valor de somam R$ 1.063,00 (mil e sessenta e três reais).

Nestes termos, pedem deferimento.

Senhor do Bonfim, 21 de fevereiro de 2022.

Amanda Sales Alvarenga


DEFENSORA PÚBLICA

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Artigo 6º - Constituem receitas da Defensoria Pública do Estado da Bahia: II - os honorários advocatícios,
em razão da aplicação do princípio da sucumbência, nas ações em que qualquer dos seus representantes tiver
atuado, exceto com relação às pessoas jurídicas de direito público da administração direta e indireta;
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