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RESUMO
ABSTRACT
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os registros fotográficos dos fósseis da Megafauna Incluiu-se também nessa discussão uma ocorrência
Pleistocênica, coletados nos arredores de Goiânia, localizada em Brasília, no Distrito Federal.
depositados neste museu. Registros fotográficos
cedidos pelo Museu de Arqueologia do Instituto 3.2.1 Serranópolis/GO
Anchietano de Pesquisas da Universidade do Vale
do Rio dos Sinos/UNISINOS também foram utili- Localizado na porção sudoeste do estado
zados nesta contribuição. de Goiás, o município de Serranópolis possui
extensas áreas sobre os arenitos da Formação
Botucatu, unidade geológica do Grupo São Bento
3 CONTEXTO GEOMORFOLÓGICO E – Mesozoico da Bacia do Paraná (MILANI 1997,
REGISTRO PALEONTOLÓGICO DO LIMITE GOLDBERG & GARCIA 2000, MILANI et al.
PLEISTOCENO/HOLOCENO DE GOIÁS 2007). A região é rica em abrigos de pequeno
e médio portes, os quais foram intensamente
3.1 Contexto geomorfológico das localidades
utilizados pelos primeiros habitantes humanos
fossilíferas
do planalto goiano há cerca de 11.000 anos AP
As unidades geomorfológicas originadas (MOREIRA 1981). Pesquisadores do Instituto
durante o Pleistoceno no estado de Goiás são o Pla- Goiano de Pré-História e Antropologia (IGPA)
nalto Rebaixado de Goiânia e a Depressão do Ara- da Pontifícia Universidade Católica de Goiás
guaia, com destaque para o primeiro, que corres- realizaram estudos arqueológicos nesta locali-
ponde ao compartimento mais baixo – cotas de 650 a dade e recolheram materiais de escavações efe-
850 m – do Planalto Central Goiano (BRASIL 1983). tuadas nestes abrigos sob rochas, com especial
Esta unidade geomorfológica abrange extensas referência àquele identificado como GO-JA-01
(MOREIRA 1981, SCHMITZ et al. 1989).
áreas peneplanizadas, que compõem os chapa-
O método de escavação foi o
dões ou chapadas, recobertos por delgada capa
quadriculamento de superfícies amplas, com
de depósitos detrítico-lateríticos de natureza pre-
decapagem artificial em nível de 10 em 10 cm.
dominantemente areno-argilosa (BRASIL 1975),
Destas escavações resgataram-se mais de 90 kg de
frequentemente associados a cascalheiros cons-
restos faunísticos (zooarqueológicos), utilizados,
tituídos por seixos de tamanhos variados, por
pelo menos parcialmente, como fonte alimentar,
vezes, diamantíferos.
incluindo restos ósseos e malacológicos (Tabela
Dentre as principais características que per- 1) (MOREIRA 1981). Os elementos ósseos
mitem situar estes depósitos como pleistocênicos, apresentam uma expressiva riqueza biótica,
ARAÚJO & MORETON (2008) destacam sua compreendendo representantes de vários grupos de
ocorrência em cotas topográficas rebaixadas, depo- vertebrados, entre os quais, testudinos, lacertílios,
sitados sob alternância de condições climáticas, e ofídios, crocodilianos, aves e mamíferos. Entre os
fitofisionômicas, típicas do Quaternário brasileiro. mamíferos, elementos ósseos indicaram a presença
Encontram-se ainda frequentemente associados à de Artiodactyla, Xenarthra (Figura 2), Carnivora,
rede de drenagem recente (BRASIL 1975, 1983; Primates e Marsupialia. Os restos da arqueofauna
ARAÚJO & MORETON 2008). Entretanto, a geralmente encontravam-se associados a
idade destes depósitos ainda é incerta e carece de materiais líticos do mesmo nível de deposição
estudos mais detalhados. Os depósitos aluvionares dos sedimentos. Isso permitiu, com base nas
distribuem-se ao longo da calha dos principais rios características destas ferramentas, correlacionar
da região, sendo geralmente pouco extensos e com- esses restos zooarqueológicos a uma indústria
postos por cascalhos associados a argilas, areias, lítica específica (SCHMITZ et al. 1989, 2004).
e, eventualmente, restos ósseos que constituem Entre os materiais resgatados na campanha
as assembleias fossilíferas (MOREIRA & MELO arqueológica foram classificados 958 fragmentos
1969; MOREIRA 1970, 1973; PAULO 2009, ósseos derivados de restos alimentares de origem
2014; PAULO & BERTINI 2013). animal – associados a evidências de fogueiras
– correlacionáveis à Fase Paranaíba, enquanto
3.2 Principais localidades fossíliferas 251 fragmentos corresponderiam às fases Serra-
nópolis e Jataí, de acordo com SCHMITZ et al.
A figura 1 exibe as principais localidades onde (1989, 2004). As ferramentas mais antigas iden-
foram identificados restos de mamíferos do Pleisto- tificadas neste abrigo correspondem à Tradição
ceno/Holoceno no estado de Goiás, descritas a seguir. Itaparica, caracterizadas por indústria de objetos
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líticos lascados (artefatos unifaciais, geralmente zada de mamíferos, aves, ovos, peixes e frutos
reciclados), encontrados nas camadas mais pro- (SCHMITZ 2000, 2005) (Figura 3).
fundas de sedimentos. Esta fase relaciona-se ao A Fase Serranópolis, que se estende de 8.500
período entre 12.000 e 8.500 anos AP, durante o anos AP até cerca de 2.000 anos AP, caracteriza-se
qual as principais atividades destes agrupamentos pela predominância de populações humanas de
humanos teriam sido a caça e a coleta generali- caçadores/coletores de moluscos, o que permite
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inferir uma maior abundância destes invertebrados. mente reconhecida para o Brasil Central, de acordo
A Fase Jataí engloba os sedimentos mais recentes com SALLES et al. (1999).
(2.000 anos AP até a ocupação branca na área) e Resgataram-se ainda inúmeros restos fósseis e
caracteriza-se pela presença de cultivadores pri- sub-fósseis (materiais com menos de 10.000 anos AP,
mitivos anteriores à ocupação branca, a partir de sensu CASSAB 2010), atribuídos aos Rodentia. Diver-
aproximadamente 500 d.C., até a chegada dos sas famílias encontram-se representadas: Agoutidae,
colonizadores no século XVII (SCHMITZ et al. Dasyproctidae, Echimyidae e Muridae, esta última
1989, 2004). com a maior riqueza e abundância de restos coletados
nas quatro cavernas amostradas (Tabela 2) (SALLES
3.2.2 Serra da Mesa – Minaçu/GO et al. 1999, FRACASSO & SALLES 2005).
No âmbito dos Chiroptera foram reportados
Localizada no norte do estado de Goiás, a um total de 429 fragmentos coletados entre
Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa possui uma restos cranianos (Figura 4) e ossos longos.
área inundada de 1.784 km2 e altitude de 400 m, Por meio de exame e análise comparativa dos
abrangendo partes dos municípios de Cavalcante e fragmentos cranianos com exemplares modernos,
Minaçu. Entre os anos de 1996 e 1997, pesquisado- constatou-se a presença de 26 espécies, agrupadas
res do Museu Nacional/RJ realizaram trabalhos de em 2 gêneros e 6 famílias, onde se destaca a
levantamento paleontológico em quatro cavernas Família Phyllostomidae (SALLES et al. 1999,
nessa região. FRACASSO & SALLES 2005).
As cavernas investigadas no Programa de A presença de gêneros pertencentes às famílias
Pesquisa, Resgate e Prospecção Paleontológica Natalidae e Mormoopidae em depósitos quaternários
foram Igrejinha, Nossa Senhora Aparecida, Car- das cavernas da Serra da Mesa, ambas adaptadas a
neiro e Itambé. Estas cavernas desenvolvem-se ambientes relativamente florestados e úmidos e,
em terrenos calcários pré-cambrianos, domínio sobretudo, ausentes na fauna atual da região, sugerem
das rochas metassedimentares dos grupos Araxá e que o clima daquela área teria sido muito mais quente
Bambuí (DNPM 1984 apud SALLES et al. 1999). e úmido no limite Pleistoceno/Holoceno ou eo-Holo-
Os materiais coletados encontram-se atualmente ceno, do que o predominante nesta região atualmente
depositados no Museu Nacional/RJ (SALLES et (FRACASSO & SALLES 2005).
al. 1999, FRACASSO & SALLES 2005).
Entre os materiais coletados nas cavernas
destacam-se restos de Tayassuidae, Cervidae e
Artiodactyla, estes últimos representados por ele-
mentos dentários, do esqueleto apendicular e meta-
podial inúmeros restos esqueléticos de marsupiais
permitiram o reconhecimento de representantes da
Família Didelphidae, bem como o registro de ele-
mentos dentários não atribuíveis a gêneros atuais
dentro deste grupo, sugerindo a presença de novos
morfótipos indeterminados (SALLES et al. 1999).
Entre os Carnivora, as principais ocorrências
concentram-se na Família Procyonidae, gênero
Nasua. Com relação aos Xenarthra, os restos mais
conspícuos e diversos são do grupo dos Cingulata,
como a Família Dasypodidae, representada por
fragmentos crânio-mandibulares, molares, falanges FIGURA 4 – Phyllostomidae coletados nas
unguiais, placas de bandas móveis e fixas (SALLES cavernas da região da Serra da Mesa. Em A, ramo
et al. 1999), além de elementos ósseos atribuídos a mandibular de Anoura geoffroyi; em B, ramo
dois morfótipos de Dasypodinae indeterminados, mandibular de Glossophaga sp. ambos em vista
correspondendo a duas placas móveis e duas fixas. oclusal. Escala 1 mm (Modificado de FRACASSO
Estas não se assemelham a nenhuma espécie previa- & SALLES 2005).
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3.2.3 Jazimento Fossilífero de Pau Ferrado – (MOREIRA 1970, 1973), associado a cascalheiro
Jaupaci/GO aluvial, com aproximadamente 6 a 7 m de espes-
sura mínima (BRASIL 1975). Nesta localidade
Distante aproximadamente 260 km da capi- foram reportados os primeiros registros de mamí-
tal, o município de Jaupaci localiza-se na região feros pleistocênicos do estado de Goiás, represen-
do Centro-Oeste goiano. Ocupa uma área de cerca tados pelos gêneros Platygonus, Eremotherium,
de 527.200 km2 e faz limites municipais com Dio- Stegomastodon e Tapirus (Tabela 3).
rama, Fazenda Nova, Iporá, Israelândia, Mon- O material atribuído ao gênero Platygonus
tes Claros de Goiás e Novo Brasil. A origem do compreende uma caixa craniana parcial, apresen-
município está ligada diretamente à descoberta de tando região palatina com a arcada dentária supe-
jazigos diamantíferos durante a década de 1950 rior portando seis dentes molariformes de cada
às margens do rio Claro, um importante curso flu- lado, faltando a extremidade distal (MOREIRA
vial que corta a região (MOREIRA 1970, 1973; 1970, 1973). Este material recebeu especial aten-
MOREIRA et al. 1971). ção, pois apresentava características peculiares,
O Jazimento Fossilífero de Pau Ferrado como crânio aparentemente baixo e alongado, típi-
localiza-se no garimpo de mesmo nome, margem cos do gênero Platygonus. Embora ausente a extre-
esquerda do rio Claro, em áreas com delgada capa midade distal deste elemento ósseo, com dentes
de cobertura detrítica, de natureza areno-argilosa, caninos e incisivos, as partes restantes, ou seja, os
parcialmente laterizada (BRASIL 1975). Este jazi- seis molariformes, exibindo característico padrão
mento é predominantemente constituído por seixos de desgaste, foram suficientes para permitir a iden-
de tamanhos diversos, misturados a material argi- tificação desse gênero (MOREIRA 1970, 1973;
loso, rico em matéria vegetal em decomposição MOREIRA et al. 1971).
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Fragmentos ósseos variados de Eremotherium Haplomastodon, merecem especial atenção no que diz
(mandíbula, dentes, vértebras, sacro, costelas, úmero, respeito à sua classificação. ALBERDI et al. (2002)
fêmures, falanges ungueais) estão depositados no reconhecem que as diferenças entre o gênero supraci-
acervo do Museu de História Natural do Instituto tado e Stegomastodon não seriam diagnósticas, a ponto
do Trópico Sub-Úmido da Universidade Católica de permitirem a distinção entre os dois gêneros na
de Goiás (MHN – ITS/UCG). O material coletado América do Sul. Assim sendo, segundo esses autores,
totaliza, pelo menos, cinco indivíduos (MOREIRA a espécie “Haplomastodon” waringi deveria situar-se
1970, 1973; MOREIRA et al. 1971). Os restos de dentro do gênero Stegomastodon, de modo que todos
xenartros megaterioides, noticiados por MOREIRA os materiais atribuídos ao Gênero “Haplomastodon”
(1970) em Pau Ferrado como pertencentes ao gênero fossem relacionados a Stegomastodon, e consequen-
Eremotherium, foram mais tarde identificados temente, à espécie Stegomastodon waringi Holland,
por Cástor Cartelle, ainda em meados da década 1920 (ALBERDI et al. 2002).
de 1970, como pertencentes a Eremotherium Entre os representantes de Perissodactyla,
laurillardi (Figura 5). No entanto, não foram reportou-se, pela primeira vez, a ocorrência de
comparados a outros materiais e submetidos a uma Tapirus para o Pleistoceno de Goiás. O material
análise osteológica mais completa. Recentemente, a relacionado a este gênero encontra-se bastante
comparação e análise osteológica detalhada destes danificado em sua integridade, em função, prova-
elementos permitiu o reconhecimento inédito de velmente, do longo tempo em que permaneceu sub-
restos da Família Mylodontidae, pela primeira vez merso nas águas do rio Claro (MOREIRA 1973).
relatados para o estado de Goiás (PAULO 2014).
A recente datação radiométrica (CENA-USP) 3.2.4 Arredores de Goiânia
de fragmentos parcialmente carbonizados de úme-
ros de Eremotherium laurillardi, provenientes Considerada a maior cidade do Centro-Oeste
deste importante sítio fossilífero, forneceram idade brasileiro, Goiânia localiza-se a aproximadamente
de 15.700 anos AP ± 40, com idade calibrada de 209 km de Brasília, na região central do estado de
18.000 anos AP (PAULO 2014). Goiás. As ocorrências fósseis neste município são
registros pontuais e discutíveis.
Restos de mamíferos da Megafauna, representa-
dos por fragmentos de Eremotherium e Stegomastodon
(Tabela 4), foram coletados nas escavações das obras
de reforma e canalização do córrego Botafogo, região
central da cidade de Goiânia, e correspondem a elemen-
tos bastante fragmentados. Eles foram identificados por
Cástor Cartelle, do Museu de Ciências Naturais da Pon-
tifícia Universidade Católica de Minas Gerais, onde se
encontram atualmente depositados.
TABELA 4 – Taxa do Córrego Botafogo, cidade de
Goiânia/GO (Altair Sales Barbosa, comunicação verbal).
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- SEGEP, Universidade Estadual de Goiás, Campus Anápolis de Ciências Exatas e Tecnológicas, CCET,
BR 153, nº 3.105, Fazenda Barreiro do Meio, Caixa Postal: 459, CEP 75132-400 Anápolis, GO, Brasil
E-mail: pedro.paulo@ueg.br
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