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Sítios Paleontológicos como Representantes da Geodiversidade na Paraíba

Article · February 2015

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Leonardo Figueiredo de Meneses


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REVISTA TARAIRIÚ – ISSN 2179-8168

SÍTIOS PALEONTOLÓGICOS COMO REPRESENTANTES


DA GEODIVERSIDADE NA PARAÍBA.

Lesleyanne Rodrigues de LIMA1


Leonardo Figueiredo de MENESES2

1 Graduada em Ecologia pela UFPB, Rio Tinto, PB, Brasil. lesley_rodrigues@hotmail.com


2 Geógrafo/Msc Engenharia Urbana; Professor Assistente do Departamento de Engenharia e Meio Ambiente
(DEMA) – UFPB Campus IV, Rio Tinto – Coordenador do Laboratório de Análises Geoambientais.
lfmeneses@hotmail.com

Campina Grande - PB, Ano VI – Vol.1 - Número 09 – Fevereiro de 2015


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REVISTA TARAIRIÚ – ISSN 2179-8168

SÍTIOS PALEONTOLÓGICOS COMO REPRESENTANTES DA


GEODIVERSIDADE NA PARAÍBA.

RESUMO

Este estudo tem o propósito de apresentar o mapeamento dos locais de ocorrência dos registros
fossilíferos no Estado da Paraíba. Foi feito um levantamento dos municípios paraibanos com
base em pesquisa bibliográfica e recorrendo a documentos primários encontrados em
instituições públicas, como o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e o Instituto do
Patrimônio Histórico e Artístico do Estado da Paraíba. Os dados coletados foram armazenados e
processados em um software de SIG – Sistema de Informação Geográfica - que possibilitou a
elaboração de mapas temáticos que localizam a distribuição dos registros fossilíferos por todo o
Estado. Dentre os municípios que apresentam em seu território sítios paleontológicos ou
registros bibliográficos sobre a descoberta de algum tipo fóssil, foi totalizado o número de 60. Os
registros paleontológicos identificados têm uma distribuição em todas as mesorregiões do
Estado, onde se destacam a megafauna pleistocênica e a mesorregião do agreste paraibano
com um total de 24 municípios com registros.

PALAVRAS-CHAVE: Paleontologia. Geodiversidade. Geoconservação.

ABSTRACT

This study aims to present the mapping of the occurrence places of the fossil registers in the
state of Paraíba. A survey was carried out in the municipalities of Paraíba based on the
bibliographical research and recurring to primary documents found in public institutions, such as:
the Institute of the National Historical and Artistic Heritage and the Institute of the Historical and
Artistic Heritage of the state of Paraíba. The collected data were stored and processed in the
Geographic Information System (GIS software), that enabled the construction of theme
maps that locate the distribution of fossil records throughout the State. Among the municipalities
that present in their territories paleontological sites or bibliographical records about the discovery
of any type of fossil, the number of 60 was totalized. The identified paleontological records have a
distribution along all State mesoregions, where the Pleistocene megafauna and the State agreste
mesoregion are highlighted with a total of 24 municipalities with records.

KEYWORDS: Paleontology. Geodiversity. Geoconservation.

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INTRODUÇÃO

Em estudos sobre a Paraíba, autores como Carvalho e Leonardi (1992) e Azevedo


(2012) referenciam o Estado com um enorme potencial paleontológico, onde os fósseis
encontrados são um dos integrantes da geodiversidade. A preocupação hoje é a conservação
desses sítios e a demanda de informações que eles nos fornecem sobre a história da Terra.
Segundo Leonardi (2000, p. VII),

[...] a Paleontologia é importante não somente para os que estudam o mundo e a


vida antigos, mas também para quem estuda os atuais; de fato não é possível
entender os viventes de hoje, animais e plantas – e nem o mundo em geral – sem
conhecer os viventes antigos, como eles nos são testemunhados pelos fósseis. Não
é possível entender a própria espécie humana sem conhecer sua evolução. Os
fósseis nos ensinam nossas origens físicas e nos colocam corretamente no conjunto
da criação. Dinossauros ou foraminíferos, árvores fósseis ou diatomáceas,
mamíferos ou peixes, o estudo da paleontologia nos faz entender que todos eles são
nossos parentes, irmãos de sangue e DNA.

É através da paleontologia que descobrimos como ocorreram extinções, a estrutura e a


ecologia dos organismos; conhecemos também como foram a passagem deles no planeta e as
sucessivas mudanças climáticas ocorridas na escala de tempo de milhares e milhões de anos. A
carga de informação que os fósseis têm em sua composição nos conta muito sobre o pretérito do
planeta e tenta explicar as vias evolutivas dos organismos. De acordo com Soares et al (2013,
p. 24), “a Paleontologia passou da função de apenas documentar a história da vida na Terra para
assumir posição mais ativa quanto à proposição de mecanismos que tentam explicar as
transformações dos organismos ao longo do tempo geológico”.
Os restos orgânicos (animais e vegetais), preservados por processos geológicos, são
considerados, segundo Silva (2008), “objetos geológicos partes integrantes e importantes da
geodiversidade. As jazidas paleontológicas, o contexto geológico em que os fósseis ocorrem, e o
próprio fóssil também são geodiversidade”. Os fósseis são, portanto, um elo perfeito entre
biodiversidade e geodiversidade.
A ligação multidisciplinar do conhecimento científico com as áreas da paleontologia,
geologia, ecologia, biologia, entre outras, revela o acúmulo de bens da nossa natureza e nos
proporciona entender as relações ecológicas mostrando que o meio é dinâmico e que está em
constante transformação. As transformações vão acontecendo e, consequentemente, vão
deixando registros, e muito deles são fósseis. O patrimônio paleontológico agrega todos esses
registros passados e induz à conservação.

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Na Paraíba, o patrimônio paleontológico é bem rico e diversificado; por esse motivo, foi
escolhida essa temática de estudos para enriquecer o conhecimento na área e aprimorar as
pesquisas para divulgação do que o Estado possui, levantando o interesse de futuras gerações
para a sua conservação.
Este artigo busca recorrer às fontes documentais produzidas sobre sítios paleontológicos
no Estado da Paraíba, visando mapear os municípios que apresentem potencial para o
desenvolvimento de pesquisas científicas nesta linha, bem como para o desenvolvimento do
geoturismo.
Nessa perspectiva, estudamos a distribuição espacial dos sítios paleontológicos da
Paraíba a partir de uma revisão bibliográfica, entendendo esses sítios como integrantes da
geodiversidade.

SÍTIOS PALEONTOLÓGICOS NA PARAÍBA: registros de geodiversidade

A geodiversidade compreende toda a parte abiótica do planeta, constituindo assim a


estrutura e o alicerce para que existam a vida e a parte biótica, que compreende até os fatores
antrópicos. (SILVA, 2008). Brilha (2005, p.17), aprimora um dos conceitos mais completos, em
que a geodiversidade é “a variedade de ambientes geológicos, fenômenos e processos ativos
que dão origem a paisagens, rochas, minerais, fósseis, solos e outros depósitos superficiais que
são o suporte da vida na Terra”. Como citado, um dos elementos integrantes da geodiverdidade
são fósseis e esses possuem características insubstituíveis. (SHARPLES, 2002).
A Paraíba não é diferente dos outros Estados do Nordeste que possuem registros
fossilíferos. Aqui encontramos uma diversidade de registos e vestígios de seres que habitavam a
região e referenciaram o Estado no estudo da paleontologia.
Os primeiros registros encontrados e noticiados foram os achados do naturalista Manuel
Arruda Câmara no final do século XVIII. Os primeiros estudos de fósseis na Paraíba foram
iniciados em 1796, quando o naturalista encontrou o fóssil de um mastodonte e tornou o Estado
o pioneiro na paleontologia no país. (ALMEIDA, 1977, p. 19). Mas relatos de cartas de viagem
revelam que desde o começo do século XVIII são encontrados ossos fósseis.
Os registros vão desde os icnofósseis (a exemplo das pegadas de dinossauros),
passando pelos pequenos fósseis (microfósseis), preservados principalmente no litoral, até a
megafauna pleistocênica, que tem uma concentração bem mais extensa, ocupando todos os

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compartimentos do Estado. Além desses, incluem-se outros registros como fósseis de vegetais
(troncos de madeira, frutos), entre outros.
As informações mais antigas sobre a existência de uma área sedimentar com registros
fossilíferos na Paraíba datam de 1854, nas proximidades do município de Sousa, na bacia
sedimentar do Rio do Peixe e foram revelados por Jacques Brunnet, médico e naturalista
francês, que estava em viagem pelo interior nordestino. (CRANDALL, 1910 apud CARVALHO;
LEONARDI, 1992, p. 231). Segundo Azevedo (2012), o primeiro registro específico sobre as
pegadas fósseis, em 1920, é do geólogo Luciano Jacques de Moraes. Mas as pesquisas mais
bem desenvolvidas começaram na década de 70 e 80 e houve um aumento das descobertas,
pertencentes ao paleontólogo italiano Giuseppe Leonardi.
Além de Sousa, mais três municípios do Estado estão inseridos na bacia sedimentar,
sendo Aparecida, São João do Rio do Peixe e Uiraúna. Nestes municípios, segundo Silva (2010,
p. 76), revela-se a existência de 32 sítios paleontológicos com registros correspondentes às
pegadas (icnofósseis) (Figura 01) dos dinossauros que datam do período Cretáceo, cerca de 65
milhões de anos atrás.
A bacia do Rio do Peixe possui, ainda, um vasto registro de fósseis como palinomorfos,
fragmentos de plantas (pólens, esporos, algas, troncos fossilizados), ostracodes,
conchostráceos, escamas de peixes e ossos de crocodilomorfos e outros tipos de icnofósseis,
sendo eles, pistas e escavações produzidas por artrópodes e anelídeos. (LEONARDI &
CARVALHO, 2002 apud SILVA, 2010, p. 61).

Figura 01 - Pegadas de dinossauros na Bacia de Sousa – PB (Fonte:


http://folhadosertao.com.br/portal/noticia.php?page=noticiaCompleta&id_noticia=15168)

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As pegadas até hoje são alvo de muitas pesquisas que favoreceram a publicação de
inúmeros trabalhos científicos, e contribuíram para a divulgação do Estado no país e no mundo.
A área com maior relevância designada pelos pesquisadores para a preservação imediata está
localizada no município de Sousa, sendo nela proibida qualquer tipo de atividade no local por
conta da criação da Unidade de Conservação de Proteção Integral. A área é conhecida como
Passagem das Pedras, possuindo uma extensão de 40 hectares.
A área foi tombada, em 2004, como patrimônio natural e nela criada, logo depois, o
Monumento Vale dos Dinossauros que foi reconhecido como sítio paleontológico de valor
inestimável e turístico do Estado. Recentemente, o Monumento Vale dos Dinossauros passou
por uma reforma (Figura 02), cujo projeto teve o financiamento do Governo do Estado e da
Petrobras, visando à melhoria na sua infraestrutura e o incremento do fluxo de turistas ao
Estado.

Figura 02 - Reforma concluída ao Monumento dos Dinossauros – PB (Fonte:


http://www.odiariopb.com/news/single.php?code=3160)

Em março de 2014, uma descoberta foi noticiada nas redes sociais e comentada por
pesquisadores sobre o primeiro fóssil encontrado de dinossauro no município de Sousa. O fóssil
estava cravado na rocha sedimentar e, de acordo com os pesquisadores, no local, antigamente,
era encontrado um lago e poderá ter aprisionado mais exemplares fósseis. O fóssil foi
encontrado dentro de uma propriedade privada que fica a 12 km de Sousa. (WSCOM Online,
2014). O fóssil tem datação de aproximadamente 120 milhões de anos. (BOM DIA PB, 2014).
Os estudos sobre a megafauna pleistocênica são consolidados desde os achados de
Charles Darwin no Uruguai e na Argentina. Esses achados atraíram a atenção de muitos
pesquisadores sobre essa fauna inusitada e extinta e consolidaram, cada vez mais como ciência,
a Paleontologia. (CARTELLE, 1994 apud XAVIER, 2012, p. 14).

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A ocorrência da megafauna pleistocênica encontrada em quase todo o Brasil é bem


difundida em pesquisas científicas. Na Paraíba, esses animais também tiveram passagem. Os
registros são bem diversificados e encontrados em todas as mesorregiões do Estado. Os
registros achados, na sua maioria, foram retirados de tanques (cacimbas) que estavam sendo
desobstruídos para a canalização de água, pois se trata de regiões secas e os tanques são
aproveitados como reservatórios, em períodos chuvosos para o abastecimento das populações
locais. (CLEROT, 1969).
Não se sabe concretamente como esses animais ficaram presos nos tanques, mas
existem hipóteses de como aconteceu o aprisionamento. A mais viável é que restos aleatórios
desses animais, que morreram nas proximidades dos tanques, tenham sido levados para o seu
interior por enxurradas. (BERGQVIST et al, 1997 apud CORREA et al, 2012). Segundo Almeida
(1977, p. 19),
Os fósseis de mamíferos pleistocênicos ocorrem em pequenos depósitos de
sedimentos, aprisionados em depressões implantadas nas zonas de fraqueza das
rochas cristalinas (pré-cambrianas). Estas depressões têm sido chamadas de
tanques ou cacimbas, e foram preenchidas por sedimentos, cascalhos e lamas,
transportadas por cursos d`água temporários ou enxurradas. A maior parte dos
esqueletos são encontrados normalmente com suas partes separadas, quebradas e
desgastadas, o que evidencia que sofreram algum transporte ou remanejamento.

Deste modo, o Pleistoceno é caracterizado pela diversidade de animais gigantes que


habitavam o planeta há 10 ou 12 mil anos. Dentre eles, os encontrados na Paraíba, por exemplo,
são animais como o mastodonte, o toxodonte (espécie de rinoceronte primitivo), Tigre-dente-de-
sabre, preguiça gigante e o tatu gigante, dentre outros (Figura 03).

Figura 03 - Representação dos animais da megafauna Pleistocênica (A) Preguiça gigante


((Eremotherium laurillardi) (B) Tigre-dente-de-sabre (Smilodon populator populator) (C) Mastodonte
(Haplomastodon waringi) (D) Tatu gigante (Panochthus greslebini) (E) Toxodonte (toxodon platensis) (F)
Macrauchenia (xenorhinotherium bahiense).

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Os grandes herbívoros necessitavam de condições muito particulares para sobreviver,


principalmente de grandes córregos de água e dieta farta. Isso explica, por exemplo, como esses
animais foram extintos. É notório que a falta de alimento acabou com todos os herbívoros e,
consequentemente, os carnívoros morreram de fome. Outra hipótese é que eles tenham sido
reduzidos em número populacional, em algum momento, por paleoíndios. (ALMEIDA, 1977).
Por serem animais muito grandes, é comprovado que a Paraíba, no passado, possuía
grandes florestas densas, que alimentavam esses animais bem como extensos lagos e rios que
os hidratavam. A cadeia alimentar para o carnívoro Tigre-dente-de-sabre (Smilodon populator)
era bem diversificada. Esse animal possuía um seleto grupo de herbívoros, entre outros, com
que possivelmente se alimentaria.
Hoje, no Estado, ainda existem resquícios de florestas, mas foram reduzidas, ao passar
dos anos, pela ocupação do solo e extração dos recursos naturais. A vegetação predominante,
depois que ultrapassamos as fronteiras do litoral, é a caatinga; vegetação essa típica e endêmica
da região nordeste que sofreu adaptações por conta das mudanças climáticas que a região
passou, como identificado anteriormente, já que em tempos pretéritos, tínhamos grandes matas
e uma vegetação farta que alimentavam esses animais gigantes. (ALMEIDA, 1977).
Na atual região litorânea, nos municípios de João Pessoa, Conde, Lucena, por exemplo,
podem ser encontrados exemplares fósseis relacionados a ambientes marinhos preservados,
particularmente nos calcários da Formação Gramame. Muitos desses fósseis vieram de
pedreiras próximas à capital, onde os registros fossilíferos encontrados também apresentam
estruturas provenientes dos depósitos calcários. Muitos desses registros foram levados para
pesquisa fora do Estado e nunca retornaram. (CLEROT, 1969).
Os registros encontrados na extração de minérios não são uma particularidade só da
capital. Outras empresas instaladas no Estado, que praticam a atividade, também descobrem
fósseis. Portanto, a falta de fiscalização, informação bem como instrução sobre o que fazer com
os achados e pesquisas sobre os mesmos resultam em perdas imensuráveis que poderiam vir a
contribuir para pesquisas futuras.
Entre os fósseis cretáceos coletados no litoral, predominam os invertebrados (crustáceos
moluscos e equinodermos). Os vertebrados incluem quatro espécies de peixe, um Mosassauro e
Pterossauro. Quanto a fósseis de vegetais, só se conhece do cretáceo paraibano, o fruto de uma
palmácea do gênero Palmocarpon, proveniente dos calcários do rio Gramame. (CLEROT, 1969).
Na bacia sedimentar do município de Boa Vista foi encontrado um vasto número de
exemplares fósseis de vegetais, como folhas e troncos de madeira fossilizados. E, ainda,

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icnofósseis de nervuras de raízes, que ainda hoje crescem na região. (MOURA et al, 2008).
Também foram registradas algumas espécies de macrofósseis em áreas da bacia.
Ressalta-se que para proteger os elementos geológicos que os fósseis representam são
necessárias ações de geoconservação.

METODOLOGIA

A revisão bibliográfica sobre a paleontologia paraibana foi em livros, artigos e sites de


prefeituras. A pesquisa documental ocorreu nas Instituições que tratam o patrimônio
paleontológico. A partir desse referencial, tornou-se possível o levantamento de municípios com
registros fossilíferos. A análise dos documentos institucionais sobre paleontologia ocorreu com
idas às Instituições como IPHAN- Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional nos
meses de novembro e dezembro de 2013, e ao IPHAEP- Instituto do Patrimônio Histórico e
Artístico do Estado da Paraíba, em janeiro de 2014.
Com a coleta desses dados, houve o armazenamento e o processamento deles em um
software de SIG – Sistema de Informação Geográfica - que possibilitou a elaboração de mapas
temáticos que localizam a distribuição dos registros fossilíferos por todo Estado. A construção
dos mapas deu-se em cima da base cartográfica da Agência de Gestão das Águas do Estado da
Paraíba (AESA), tendo adotado como Sistema Geodésico de Referência o Datum horizontal
South American Datum 1969.
Através da pesquisa realizada, foram construídos, na ferramenta de SIG, dados
vetoriais dos registros fossilíferos na Paraíba, como também a inserção de pontos
georreferenciados com as ocorrências específicas nos municípios paraibanos. Assim, foram
gerados cinco mapas: um que representa em quais municípios há registros fossilíferos e os
outros quatro que definem o tipo de ocorrência encontrada nos municípios específicos inseridos
nas mesorregiões paraibanas.

RESULTADOS

No primeiro levantamento feito por Lima et al (2012), foram localizados trinta e dois
munícipios que apresentam em seu território sítios paleontológicos ou a descoberta de algum
registro fóssil. Nesse presente momento do estudo, foram localizados mais vinte e oito registros,

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contabilizando um total de sessenta municípios com registros fossilíferos bem diversificados em


todo o Estado. (TABELA Nº 01)
Muitos desses fósseis foram recolhidos para estudos e análises e hoje se encontram em
Museus espalhados no Estado, como o Museu de Ingá, o Museu de História Natural da UEPB,
em Campina Grande, o acervo Municipal de Pedra Lavrada e o de Puxinanã, o Parque dos
Dinossauros no município de Sousa. Nesses, encontram-se as pegadas (icnofósseis) e outros
fósseis ocorrentes daquela região.

Figura 04 - Mapa da localização dos municípios com ocorrência fossilífera no Estado da Paraíba

A Figura 04, mapa da localização dos municípios com ocorrência fossilífera na Paraíba,
mostra as diversas mesorregiões do Estado que possuem registros fossilíferos.
Para melhor visualização desse mapa (Figura 04) e identificação dos tipos de registros
encontrados em cada mesorregião do Estado e distribuídos por município, construíram-se os
mapas de ocorrência fossilífera por mesorregião (Figuras 05 a 08).
O mapa das ocorrências na mesorregião Mata Paraibana (Figura 05) mostra registros
fossilíferos em 6 municípios, os quais são: João Pessoa, Conde, Lucena, Alhandra, Jacaraú e
Mamanguape. Os tipos de registros são: amonita gigante, invertebrados, pterossauro,
mosassauro, vegetais, mastodonte e megafauna não identificada.

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O mapa da ocorrência fossilífera na mesorregião do Agreste Paraibano (Figura 06)


apresenta a maior concentração de municípios com registros fossilíferos no Estado, sendo 24
municípios. São eles: Araruna, Areia, Areial, Aroeiras, Bananeiras, Barra de Santa Rosa, Boa
Vista, Cacimba de Dentro, Caiçara, Campina Grande, Casserengue, Cuité, Damião, Esperança,
Ingá, Lagoa Seca, Montadas, Pocinhos, Puxinanã, Queimadas, Remígio, Solânea, Soledade,
Umbuzeiro. Os tipos de registros são: madeira fossilizada, mastodonte, tigre-dente- de-sabre,
preguiça gigante, toxodonte, tatu gigante, macrauchenia e megafauna não identificada.
O mapa da ocorrência fossilífera na mesorregião da Borborema (Figura 07) apresenta a
segunda maior concentração de municípios com registros fossilíferos no Estado, um total de 19.
São eles: Alcantil, Baraúnas, Boqueirão, Cabaceiras, Camalaú, Gurjão, Juazeirinho, Monteiro,
Pedra Lavrada, Picuí, Prata, Santa Luzia, São Mamede, Serra Branca, Sumé, Taperoá, Caturite,
São Domingos do Cariri e Várzea. Os tipos de registros são: madeira fossilizada, mastodonte,
tigre-dente-de-sabre, preguiça gigante, tatu gigante, macrauchenia e megafauna não
identificada.
O mapa das ocorrências na mesorregião do Sertão Paraibano (Figura 08) mostra
registros fossilíferos em 11 municípios, são eles: São João do Rio do Peixe, Aparecida,
Catingueira, Catolé do Rocha, Olho d’Agua, Patos, Piancó, Princesa Isabel, Sousa, Teixeira e
Uiraúna. Os tipos de registros são: icnofósseis, preguiça gigante e megafauna não identificada.

Figura 05 - Ocorrência fossilífera na mesorregião Mata Paraibana

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Figura 06 - Ocorrência fossilífera na mesorregião do Agreste Paraibano

Figura 07 - Ocorrência fossilífera mesorregião Borborema

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Figura 08 - Ocorrência fossilífera na mesorregião do Sertão Paraibano.

Tabela 01: Municípios Paraibanos e seus Registros Paleontológicos


MUNICÍPIOS LOCALIDADE TIPO DE REGISTRO REFERÊNCIA
Alhandra Propriedade Árvore Alta Amonita Gigante Clerot, 1969.
Alcantil Comunidade de Juá
Araruna Fazenda da Serra Verde
Areia Imbú
Fazenda próxima ao
município
Aroeiras Nome desconhecido Fósseis da Megafauna não
identificados IPHAN, 2013.
Bananeiras Corte da estrada de
Ferro
Baraúna Lagoa da Caraibeira
Barra de Santa Rosa Fazenda Riacho da Cruz
Cacimba de Dentro Fazenda Capivara
Rio Curimataú
Caiçara Nas proximidades do
município.
Camalaú Nome desconhecido
Catingueira Serra da Catingueira
Cuité Fazenda Damião
Damião Fazenda Solidão
Jacaraú Fazenda do Forte
Juazeirinho Sítio Ana de Oliveira
Mamanguape Litoral de Mamanguape e
Pedreiras
Monteiro Sítio Minas

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Olho D`Água Nome Desconhecido


Patos Tanque numa Fazenda
Pedra Lavrada São Gonçalo
Tanque do Capim
Canoa de Dentro(Lagoa
dos Campinhos)
Sítio Quixaba
Piancó Nome Desconhecido
Picuí Lagoa das Pedras
Currais
Princesa Isabel Sítio Lagoa de São João
Queimadas Barrigudo
Remígio Nome desconhecido
Santa Luzia Nome desconhecido
São Mamede Fazenda de Santana
Lagoa das Lages
Soledade Fortuna
Sumé Nome Desconhecido
Teixeira Fazenda Vieira
Várzea Sítio Navios
Areial Lagoa Salgada Mastodonte (Haplomastodon http://www.areialpb.com
waringi); Preguiça gigante br/lagoa_salgada/lagoa
(Eremotherium laurillardi) e Tigre- html JORNAL DA PARAÍBA
dente-de-sabre (Smilodon populator 27/04/2006
populator)
Boqueirão Sítio Quarenta Tigre-dente-de-sabre (Smilodon http://jonatasarquivos.blogspot.
populator populator) com.br/search/label/Paleontologi
a
Boa Vista Lagoa Salgada Mastodonte (Haplomastodon Cabral, 1977.
waringi); Preguiça gigante http://www.cprm.gov.br/publique/
(Eremotherium laurillardi); Tigre- media/evento_0071.pdf
dente-de-sabre (Smilodon populator
populator), vegetais (troncos
fossilizados)
Cabaceiras Fazenda Cedro Preguiça gigante (Eremotherium Alves et al, (2008)
Serra do corredor laurillardi); Tigre-dente-de-sabre http://www.sumarios.org/sites/de
Fazenda Tapera ou Pai (Smilodon populator populator) fault/files/pdfs/47321_5702.PDF
Mateus (Lagoa Manuel
Jorge)
Fazenda Aldeia(Lagoa
do Canto, Cacimba da
Janela)
Casserengue Cinco Lagoas Mastodonte (Haplomastodon http://jonatasarquivos.blogspot.c
waringi); Toxodonte (Toxodon om.br/search/label/Paleontologia
platensis);
Caturité Sítio Manoel Justino Preguiça gigante (Eremotherium http://www.institutodonacarminh
laurillardi) a.org.br/site/localizacao/localizac
ao.html
Catolé do Rocha Nome Desconhecido Preguiça gigante (Eremotherium Clerot, 1969.
laurillardi)
Campina Grande Caatinga da Navalha Preguiça gigante (Eremotherium Clerot, 1969.
Curimatãs laurillardi) e tatu gigante
Fazenda Mumbuca (Propraoupus ou Eutatus)
Campo Formoso
Conde Nome Desconhecido Mastodonte (Haplomastodon Sobrinho, 2006.
waringi) Fósseis não identificados
do Cretáceo.
Esperança Lagoa de Pedra Mastodonte (Haplomastodon Clerot, 1969.
waringi) e Preguiça gigante
(Eremotherium laurillardi)

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Gurjão Sítio Serrota Preta Vegetais (madeira fossilizada) Silva, 2011.


Ingá Sítio Torre tatu gigante (Propraoupus ou Museu do Ingá
Eutatus) e Preguiça gigante
(Eremotherium laurillardi)
João Pessoa Fazenda Congo – Rio Invertebrados (moluscos, Sobrinho, 2006.
Gramame equinodermos e crustáceos) Clerot, 1969.
Vertebrados (peixes, Mosassauro e
um Pterossauro)
Vegetais ( Palmocarpon)
Lagoa Seca Nome Desconhecido Preguiça gigante (Eremotherium Clerot, 1969.
laurillardi) e tatu gigante
(Propraoupus ou Eutatus)
Lucena Nome Desconhecido Invertebrados Clerot, 1969.
Montadas Lagoa Salgada Mastodonte (Haplomastodon http://www.areialpb.com.br/lagoa
waringi) e Preguiça gigante _salgada/lagoa.html
(Eremotherium laurillardi) http://www.montadas.pb.gov.br/p
ortal1/municipio/ponto_turistico.a
sp?iIdMun=100125121
Prata Sítio Balança Preguiça gigante (Eremotherium http://jonatasarquivos.blogspot.c
Paraíso laurillardi) e Tatu gigante om/2010/05/sitio-paleontologico-
(Propraoupus ou Eutatus) paraiso.html
http://www.prata.pb.gov.br/index.
php?spgmGal=Arqueologia&spg
mPic=13&option=com_spgm&Ite
mid=3#spgmPicture
Pocinhos Olho D`Água Mastodonte (Haplomastodon http://www.areialpb.com.br/lagoa
Sítio Açude de Pedra waringi) e preguiça gigante _salgada/lagoa.html
Lagoa da Telha
Sítio Serra ou Parque
das Pedras (Lagoa
Comprida)
Puxinanã Lagoa de Dentro Mastodonte (Haplomastodon http://www.institutodonacarminh
waringi); Preguiça gigante a.org.br/site/localizacao/localizac
(Eremotherium laurillardi) e Tatu ao.html
gigante (Propraoupus ou Eutatus);
Toxodonte (Toxodon platensis); http://www.institutodonacarminh
Macrauchenia (Xenorhinotherium a.org.br/site/localizacao/localizac
bahiense); Tigre-dente-de-sabre ao.html
(Smilodon populator populator)
São Domingos do Riacho Gravatá Tatu gigante (Propraoupus ou http://www.institutodonacarminh
Cariri Eutatus); a.org.br/site/localizacao/localizac
ao.html
Serra Branca Tanque do Saco Mastodonte (Haplomastodon http://www.institutodonacarminh
waringi); a.org.br/site/localizacao/localizac
ao.html
Solânea Lagoa da Capivara Mastodonte (Haplomastodon Clerot, 1969.
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platensis)
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Lagoa da Caatinga greslebini); Macrauchenia
(Xenorhinotherium bahiense);
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Fonte: Lima et al (2012); dados da Pesquisa atualizada, 2014.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo constituiu-se de uma pesquisa bibliográfica em publicações científicas e em


documentação das instituições sobre sítios paleontológicos no Estado. Como podemos perceber,
os registros fossilíferos identificados, até o presente momento, revelam sua existência em todas
as mesorregiões do Estado, divulgando a geodiversidade presente e destacando o meio abiótico,
os tipos de fósseis e os ambientes.
Foi comprovada a existência de sessenta municípios paraibanos com registros
fossilíferos, sendo a maior concentração deles nas mesorregiões do Agreste e Borborema com
registros pleistocênicos predominantes.
Os fósseis são componentes da cultura e cabe sua proteção às Instituições
responsáveis pelo gerenciamento dos bens de valor cultural. Identificamos, no levantamento
bibliográfico e documental, a carência das Instituições paraibanas em relação ao cadastro de
sítios ou ocorrências fossilíferas nos municípios.

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